À çíàåøü, íè÷åãî íå èçìåíèëîñü â ïîòîêàõ âåøíèõ âîä - ÷åðåç ãîäÀ. Ìíå òà âåñíà, íàâåðíîå, ïðèñíèëàñü - â òâîþ âñåëåííóþ íå õîäÿò ïîåçäà. Íå æäó. Íå óìîëÿþ. Çíàþ - ãäå-òî, ãäå â ìîðå çâ¸çä êóïàåòñÿ ðàññâåò, â ñòèõàõ è ïåñíÿõ, ìíîé êîãäà-òî ñïåòûõ, â òâîþ âñåëåííóþ ïóòåé íåáåñíûõ íåò. È æèçíü ìîÿ øóìèò ðàçíîãîëîñüåì - íå ïðîñòèðàþ ðóê â íåìîé ìîëüá

Tess

Tess Andres Mann Tess O horror do tr??fico humano ANDRES MANN Direito autoral ?© 2018 Andrew Manzini Todos direitos reservados. Exceto conforme permitido sob a Lei de direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publica?§??o pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, ou armazenada em um banco de dados ou sistema de recupera?§??o sem a pr?©via permiss??o por escrito do editor. Esta ?© uma obra de fic?§??o. Nomes, personagens, lugares e incidentes s??o produtos da imagina?§??o do autor, ou foram usados de maneira fict?­cia. Qualquer semelhan?§a com pessoas reais, vivas ou mortas, eventos ou locais, ?© mera coincid??ncia. Novel Green Publishing Tradu?§??o portuguesa publicada pela Tektime V 3 Traduzido para portugu??s por Marcella Lima Para verdadeira Tess, minha inspira?§??o para essa hist??ria. ??ndice Pref??cio (#ulink_c6aa1984-00be-5457-b37c-a6faff926625) Lista de personagens (#ulink_9e454da6-a0f8-54c2-87b1-6b5fa9028872) 1 - Cansada da mesmice (#ulink_3fda979d-fc71-50bc-b3d6-5eaf41f65b38) 2 - O vestido (#ulink_cd4d5486-aa96-554d-b5d0-2bf32c62dd95) 3 - Teoria da conspira?§??o (#ulink_d7d3811e-23eb-5b0c-9cd0-00d878bcabb6) 4 - Tom nativo (#ulink_03f23cd7-e607-5fc7-b4e1-1c9567707045) 5 - Um convite para festa (#ulink_838f3bc2-b59c-5306-86be-6b175342b987) 6 - Tentando fazer o bem (#ulink_f4d1f6af-bfa3-5a2d-9b75-1ea95909af8f) 7 - Almo?§o em Paris (#ulink_6fa7e29d-d0d2-5f96-8d79-7b937d84d34d) 8 - Rezando pelas jovens (#ulink_3cd9d797-3732-5857-8f51-3e68a4259762) 9 - Investigando mais a fundo (#ulink_0a23c526-9886-533c-b3a2-d8e95f93be3c) 10 - Gentil persuas??o (#ulink_715949b3-2b8a-5f3f-a2ec-ac2d8758cff0) 11 - Criando uma estrat?©gia (#ulink_4b0a6b7b-1a17-57a2-9e60-cdcca5de9814) 12 - Em busca de legitimidade (#ulink_3529b08b-80f5-575d-b631-3d903b25a9d8) 13 - Um plano de a?§??o (#litres_trial_promo) 14 - Presente de Deus (#litres_trial_promo) 15 - ??frica negra (#litres_trial_promo) 16 - Comprando uma noiva (#litres_trial_promo) 17 - Alice (#litres_trial_promo) 18 - Droit du Seigneur (#litres_trial_promo) 19 - Um dia no mercado (#litres_trial_promo) 20 - Atividades indulgentes (#litres_trial_promo) 21 - Yasmin (#litres_trial_promo) 22 - Bom para ser usado (#litres_trial_promo) 23 - A estudante descontra?­da (#litres_trial_promo) 24 - Empresa nigeriana (#litres_trial_promo) 25 - Moscou Blues (#litres_trial_promo) 26 - Problemas dom?©sticos (#litres_trial_promo) 27 - Partilhando a presa (#litres_trial_promo) 28 - Uma pequena noite de m??sica (#litres_trial_promo) 29 - Bondage americana (#litres_trial_promo) 30 - O sol da Fl??rida (#litres_trial_promo) 31 - A?§??car mascavo (#litres_trial_promo) 32 - Uma verdade repugnante e desprez?­vel (#litres_trial_promo) 33 - Calor mexicano (#litres_trial_promo) 34 - Divers??o na Argentina (#litres_trial_promo) 35 - Brincando com meninos (#litres_trial_promo) 36 - A culpa ?© dos ancestrais (#litres_trial_promo) 37 - Trabalho sexual ?© trabalho (#litres_trial_promo) 38 - Brincando no deserto (#litres_trial_promo) 39 - Casa comigo (#litres_trial_promo) 40 - O grande tour europeu (#litres_trial_promo) 41 - Perguntas indagativas (#litres_trial_promo) 42 - Cinq ?  Sept (#litres_trial_promo) 43 - Um caso de deboche (#litres_trial_promo) 44 - Temores (#litres_trial_promo) 45 - Lambendo feridas (#litres_trial_promo) 46 ??? Neg??cio s?©rio (#litres_trial_promo) 47 - Disputa na fronteira (#litres_trial_promo) 48 - Revis??o de projeto (#litres_trial_promo) 49 - A vida continua (#litres_trial_promo) 50 - Encerramento (#litres_trial_promo) Posf??cio (#litres_trial_promo) Sobre o autor: (#litres_trial_promo) Refer??ncias (#litres_trial_promo) Pref??cio Nossa hist??ria continua com Tess, Jake e a equipe tentando abordar o horror no mundo do tr??fico humano e da escravid??o sexual. Este livro ?© uma obra de fic?§??o. Qualquer semelhan?§a dos personagens com pessoas reais ?© mera coincid??ncia. Contudo, muito dessa hist??ria ?© baseada em eventos contempor??neos documentados, que foram relatados pela imprensa internacional. Pessoas reais e figuras p??blicas mencionadas nesse livro, foram mencionados anteriormente por meio de informa?§??o comumente. As opini?µes e coment??rios pol?­ticos expressos neste trabalho s??o exclusivamente do autor. Lista de personagens Equipe de desenvolvimento de recursos estrat?©gicos (DRE) ??? Tess Turner, uma piloto de helic??ptero militar e Vice Presidente da companhia de servi?§os militares, DRE. ??? Jake Vickers, casado com Tess. Um ex agente da CIA e Presidente da DRE. ??? General Morgan Turner, aposentado. Pai da Tess e agora CEO da NTC, uma fabricante de sistemas de armas avan?§ados. ??? Carmen Cabrera, uma piloto de helic??ptero, uma grande amiga de Tess e gerente geral. ??? Nicola Orsini, companheiro de Carmen, um piloto italiano e especialista em sistema de armas e l?­nguas. ??? George Kimmel, profissional da intelig??ncia militar. ??? Ken Ross, um atirador de elite e gerente geral. ??? Joe Slezak, gerente de tecnologia da informa?§??o. ??? Galina Kutuzova, uma piloto de helic??ptero russa e especialista em banco de dados. ??? Alexander Ivanovich Tukhachevsky, Alex Tuck, um russo especialista em armas. ??? Claudine Bisson, chefe do DRE em Paris. ??? Ifeyinwa Idigbe Ukume, conhecida por Alice, uma detetive nigeriana. ??? John Powers, especialista em armas. Vil?µes ??? Laurent Belcour, chefe da organiza?§??o de desenvolvimento internacional (ODI). ??? Bertrand Dubois, um cafet??o que trabalha com Laurent Belcour, conhecido como Bert the Pimp. ??? Ren?© Manville, gerente noturno de um luxuoso hotel na Fran?§a. ??? David Roquet, chefe de uma empresa de fabrica?§??o no norte da Fran?§a. ??? Bernard Jouet, um pequeno empres??rio, foi presidente de uma companhia de importa?§??o e exporta?§??o e ativo em um partido pol?­tico local. ??? Jean-Louis Laroche, um chefe de pol?­cia s??nior. ??? Christophe Roussel, um advogado de grande escal??o. V?­timas ??? Yasmin, uma arque??loga s?­ria, foi prisioneira do ISIS, posteriormente se tornou membro do DRE. ??? Suchin Montri, uma prostituta tailandesa. ??? Lucie Benoit, uma escritora francesa. ??? Georgeta, uma prostituta de Bucareste, Rom?©nia. ??? Olga, uma sobrevivente de um c?­rculo de tr??fico de escravas sexuais. ??? Sophie Broussard, uma prostituta francesa. 1 - Cansada da mesmice Tess e Jake completaram o est??gio final de treinamento de equipamentos, agora estavam prontos para aplicar a avalia?§??o a?©rea final para os oito pilotos do Camboja. Vestindo o traje a?©reo do ex?©rcito americano, Tess, Jake, Carmen e Nicola dirigiram-se para os dois helic??pteros de ataque Apache na pista. Mesmo confiantes que os pilotos passariam no teste, eles estavam apreensivos. Muitas coisas ainda poderiam dar errado - falha de equipamento, um ataque de p??nico de ??ltima hora ou simplesmente um erro. Quatro horas e meia depois, os helic??pteros voltaram a base e se preparam para pousar. - Obrigada aos c?©us! Tess murmurou para si mesma. N??o tinha um ??nico m??sculo em seu corpo que n??o doesse. Ela mal podia esperar para sair da cabine do piloto e esticar as pernas. Arun, seu estudante co-pilot do Camboja, estava ocupado com a cabine acima dela. Ele estava no controle, cuidadosamente manobrando o helic??ptero WAH Apache na beira da pista e esperando sua vez para pousar. Tess assistia como Jake, no outro helic??ptero, reduzia gradualmente a altitude em prepara?§??o para o pouso. Ela quase podia sentir o breve solavanco quando a aeronave pousou. Pouco depois de parar o motor, o piloto acionou as l??minas dobr??veis do helic??ptero, prendendo-as atr??s do cap??, uma a?§??o como a dobra das asas de uma borboleta monarca. Ap??s o intenso treinamento no sistema, armamento, sensores e armaduras dos Apaches, Tess estava confiante nas habilidades de voo de Arun. - Leve a para baixo. - ela disse. Tess n??o podia ver o rosto dele, mas suspeitava que era uma mistura de medo e excita?§??o. Enquanto eles pairavam sobre o asfalto, ela de repente sentiu o vento aumentar. Isso era no Camboja, o que significa que tempestades repentinas dominavam o dia. - ?? irm??o - ela disse - Essa n??o vai ser uma aterrissagem f??cil. Houve um baque! O helic??ptero aterrissou com um forte solavanco e se estabeleceu na pista. A equipe em terra correu para proteger a m??quina. Tess arrancou seu capacete e esfregou as t??mporas. Nunca foi propensa a dores de cabe?§a, mas agora tinha uma. 'Bom, agora combina com as dores do resto do corpo. ' ela pensou. Ela pulou para fora do helic??ptero e, uma vez do lado de fora, ela checou com Arun como ele abriu o dossel. O homem n??o estava feliz. O pouso foi dif?­cil e ele estava chateado com seu desempenho. - Vamos, se anima Arun. Voc?? n??o s?? fez um bom trabalho como tamb?©m aprendeu uma li?§??o valiosa: Sempre pousar contra o vento. Agora vamos dar o fora daqui! Da mesma forma que ela caminhou dolorosamente para torre de controle, ela estava grata que o trabalho estava finalmente feito. Ela e sua equipe de DRE estavam no Camboja treinando pilotos sob um contrato da Ag??ncia de Coopera?§??o de Seguran?§a de Defesa dos EUA. O governo comprou dois helic??pteros de ataque AH-64E Longbow Apache, equipamentos associados e apoio log?­stico. Tess e Jake trabalharam nesse projeto com seus grandes amigos Carmen Cabrera e Nicola Orsini, gerentes gerais da DRE. Com seus capacetes debaixo dos bra?§os, o casal, que estava exausto, caminhou at?© o carro alugado e, como de costume, Jake se ofereceu para dirigir. ' Tudo bem por mim.' pensou Tess. Ela se acomodou no banco e fechou os olhos. - Isso est?? ficando ultrapassado pessoal. J?? fazemos isto h?? oito anos e o trabalho tornou-se rotina. Eu queria que n??s n??o tivessemos uma pol?­tica da empresa exigindo que os gerentes participem dos projetos. Poder?­amos ter deixado as tropas para fazer o trabalho. - Tess, voc?? ?© quem insistiu nessa regra. - disse Carmen. - Ao escalar gerentes em projetos, garantimos que permane?§amos em contato com o que est?? acontecendo no campo. A ??ltima coisa que precisamos ?© ficar preso atr??s de uma mesa de escrit??rio. - Eu sei. - Eu acho que estou tendo cada vez mais d??vidas sobre o que fazemos, se ?© realmente nobre e correto. Afinal, tudo o que fazemos ?© ensinar pessoas como utilizar equipamentos que s??o projetados para matar. Eu estive pensando se poder?­amos fazer algo um pouco mais inspirador. - Nesse momento eu realmente n??o quero pensar sobre isso. - disse Jake. - Eu quero tomar um banho, preferencialmente com voc??, ter uma boa refei?§??o e celebrar nosso anivers??rio. Tess sorriu. - Voc?? ?© um pervertido. - Quem dera. Eu sou t??o quieto quanto eles v??m. - Sim, mas voc?? ?© meu quietinho. E eu gosto muito disso. Carmen n??o resisti a brincadeira. - Muito bem voc??s dois. Arrumem um quarto. Agora eu tenho que convencer esse peso morto ao meu lado a fazer o mesmo. Nicola se esticou. - S?? se voc?? fizer todo o trabalho e ficar em cima de mim, querida. Minhas costas est??o me matando. - Cuidado com o que voc?? deseja, pode virar realidade. Todos riram. A viagem durou apenas vinte minutos e eles chegaram ao Sofitel em Phnom Penh. Os dois casais se arrastaram para fora do carro e foram para suas respectivas su?­tes. O hotel era lindo. Eles tinham quartos fant??sticos: espa?§osos, impec??veis, ostentando uma enorme cama e uma varanda com vista para a piscina. Os funcion??rios do hotel sabiam do anivers??rio de Tess e Jake e insistiram em dar-lhes um bolo de lua de mel e uma sele?§??o de lindos frutos. Jake fugiu para o chuveiro. Enquanto Tess esperava que ele terminasse o banho, ela serviu meia ta?§a de u?­sque single malte e se acomodou na varanda, apreciando o p??r do sol e sentindo o aroma das flores tropicais. Depois de dez minutos, ele saiu do chuveiro apenas com a cal?§a do pijama. - Sua vez querida. - ele disse, dando-lhe um beijinho na bochecha. Ela mancou em dire?§??o ao chuveiro e come?§ou o ritual: Shampoo, condicionador, sabonete e esfoliante. Ap??s o banho, depois de passar o creme de pele, ela vestiu uma linda camisola esmeralda. Se olhando no espelho, ficou satisfeita em ver que ainda estava decente. Muito bem na verdade. Ap??s um dia igual ao que eles tiveram, Tess e Jake estavam muito cansados para sair para jantar. Ela pode se contentar com servi?§o de quarto e um pouco de amor. Ela se levantou e procurou por alguma aspirina para aliviar as dores em seu corpo. Assim que entrou na sala, ela encontrou Jake esparramado e dormindo no sof??. 'Bem' ela pensou, 'Esse anivers??rio vai para o livro de hist??ria'. ' N??s estamos ficando velhos.' Exausta e aliviada, ela saiu de sua camisola e foi para debaixo dos len?§??is. 2 - O vestido Tess acordou de manh?? depois de nove horas de sono. Ela virou-se para o lado da cama onde Jake deveria estar, mas ele n??o estava l??. Tudo o que ela viu foi um bilhete no travesseiro. "Desculpe querida, mas eu simplesmente n??o consigo resistir a uma viagem para Angkor Wat. N??o te acordei porque sei que uma caminhada na floresta n??o ?© seu estilo. Eu prometo voltar a tempo do nosso compromisso hoje a noite. Eu amo voc??." '??timo, muito bem.' ela pensou. - Agora o que vou fazer hoje? A praia e a piscina est??o fora de quest??o; n??o existe protetor solar suficiente no mundo para proteger minha pele t??o delicada. Al?©m do mais, quem vai passar o protetor nas minhas costas? Hmm, talvez eu deva descobrir o que a Carmen e o Nicola v??o fazer. Tess pegou o telefone e ligou para Carmen. - Hey, Jake me trocou por Angkor Wat. Voc??s planejam fazer algo? Carmen bufou: - Duvido muito. Nicola, o obcecado, me abandonou para ajudar com a manuten?§??o no hangar. Aquele homem ?© incapaz de n??o colocar as m??os na massa. Ent??o, estamos por nossa conta. Alguma ideia? - Bem, eu estava morrendo de curiosidade para ver aquele vestido de noite que voc?? tanto fala. - respondeu Tess. - Que tal eu dar um pulo ai e dar uma espiada? Carmen suspirou: - Esse ?© o problema n??mero dois. N??o cabe. - Como?! Tess gritou. - Estou a caminho. Ela rapidamente vestiu suas cal?§as de seda, sua t??nica e foi correndo para o elevador. Carmem abriu a porta na primeira batida. Ainda de camisola, ela tinha um corpo que faria qualquer homem - e at?© mesmo algumas mulheres invejosas - desmaiar. Pequena, quando comparada com um metro e sessenta e cinco de altura de Tess. Carmen era ??gil, musculosa e tinha seios que fariam qualquer cirurgi??o pl??stico chorar de inveja. Mas foi a express??o em seu rosto que fez Tess parar no meio do caminho. Carmen olhou como se estivesse prestes a chorar. Carmen chorando? Tess a conhecia h?? mais de dez anos, j?? passaram por poucas e boas, e nunca a viu derramar uma ??nica l??grima. 'Estamos encrencadas.' pensou Tess. Delicadamente ela pegou o bra?§o de Carmen e a levou para o sof??. - Agora me diga, o que est?? acontecendo? Carmen respirou fundo. - Acabei de receber o vestido por correio, e eu amei, mas n??o acomoda eles . - ela balan?§ava suavemente os seios com as m??os. - Ok. - Tess entrou no modo de resolu?§??o de problemas. - Deixe-me ver o vestido e vamos descobrir alguma maneira de fazer com que ele caiba. Carmen se levantou e foi at?© o arm??rio do quarto. Ela voltou com uma roupa nas m??os e Tess quase caiu do sof??. O vestido era maravilhoso: uma gola alta arco-?­ris de chiffon e cetim, mangas compridas e uma separa?§??o entre o corpete e a saia envolvida por um fino cinto dourado. ???Perfeito para mostrar a pequena cintura da Carmen???, pensou Tess. Foco; Temos um problema para resolver aqui. Ela pegou o telefone e ligou para recep?§??o. - Eu preciso de um bom alfaiate aqui AGORA. Dinheiro n??o ?© problema. Virou-se para Carmen e contou sua ideia. - Eu acho que devemos eliminar essa parte da gola e fazer um lindo decote em 'V', dando liberdade para voc?? se mover e mostrar um lindo colar. Tendo trabalhado com ela por anos, Carmen j?? estava acostumada com as habilidades de Tess em resolver problemas. Ela poderia improvisar e desenvolver solu?§?µes em um piscar de olhos. Algu?©m bateu na porta. - Estou indo. - disse Tess. Um pequeno homem, por volta dos seus cinquenta anos, estava parado a porta olhando para ela. - Meu nome ?© Narin e eu sou o melhor alfaiate do Camboja. O homenzinho impecavelmente vestido endireitou-se, com o canto da boca levantado, sugerindo irrita?§??o, arrog??ncia e desd?©m. Bem que ele poderia ser o Rei. Tess n??o lida muito bem com pessoas arrogantes, e se ela n??o estivesse desesperada em rela?§??o a resolver o problema do vestido, ela iria considerar seriamente em bater naquela criatura desagrad??vel. Ela suprimiu seu infame temperamento e decidiu tolerar o homem, pelo bem de todos. - Por favor, entre. Narin n??o se moveu, continuou parado igual uma pedra, seus olhos fixos numa vis??o deliciosa do corpo de Carmen quase nu. Bastou para Tess quase perder a paci??ncia. - Narin, fa?§a o favor de trazer sua bunda at?© aqui. N??s temos um grande trabalho para voc?? e tens apenas cinco horas para faz??-lo. O homem finalmente entrou no quarto e foi at?© a cama, onde o vestido se encontrava esticado. - ?? um Roberto Cavalli! Eu o adorei desde o momento em que eu o vi na Vogue, e eu posso ver por que ele precisa de ajustes. N??o h?? nenhuma maneira desse corpete caber nesses seios extraordin??rios. - disse ele enquanto espreitava o decote de Carmen. Tess ignorou o fato do homem estar comendo Carmen com os olhos, e descreveu exatamente o que queria que fosse feito com o vestido. - Eu preciso tirar as medidas dela... nua. - disse o alfaiate. Carmen podia sentir o ch??o tremer e a temperatura subir. Tess estava apenas a um mil?­metro de estourar. - Tess, tudo bem. Enquanto ele faz isso, me diz o que voc?? vai vestir esta noite. - Ah, o de sempre. Armani. Eu amo sua simplicidade e caimento. Meu vestido tem apenas uma camada simples, um decote canoa e as costas completamente nuas. ?? um vestido dupla face de seda, marfim- voc?? me conhece; Eu gosto de coisas simples. - Sim - disse Carmen. - ?? como achar que o presidente ?© apenas uma pessoa como qualquer outra. O alfaiate Narin acabou de tirar as medidas e come?§ou o trabalho. - Quanto tempo at?© a primeira prova? Tess perguntou. - Tr??s horas. - o homem respondeu enquanto manuseava o tecido. - Carmen, eu tenho uma ideia: Vamos para o spa relaxar- por minha conta. - ??timo. Eu com certeza poderia relaxar um pouco agora - respondeu Carmen com um largo sorriso. Ela vestiu umas cal?§as de linho e um top de seda e foi. O spa n??o era nada menos do que magn?­fico. Uma luz suave emanava de m??ltiplas camadas de lustres; paredes de m??rmore foram emolduradas com arte cambojana e pisos padronizados levavam a uma mesa ornamentada que deve ter vindo de um castelo franc??s. Tess verificou com a recepcionista. - N??s s?? temos tr??s horas, ser?? que voc?? consegue uma massagem, tratamento facial, manicure e pedicure pra gente nesse tempo? - Claro. - A recepcionista respondeu com um sorriso padr??o. - Por favor, deixe-me leva-las ao vesti??rio. Retirem suas roupas e coloquem o roup??o que est?? pendurado l??. Um ajudante ir?? direciona-las para sala de massagem. Cinco minutos depois, Carmen e Tess estavam deitadas, de de rosto para baixo na mesa de massagem mais suave que se pode imaginar. Os massagistas, um homem e uma mulher, se olharam e se direcionaram cada um a sua cliente. Para o des??nimo de Carmen ela ficou com a mulher, e Tess com o homem. 'Hmm, tamanho importa sim.' ela pensou. Um hora depois, calmas e relaxadas, elas foram para outra sala impressionante. O tratamento facial come?§ou com toalhas quentes seguido por creme, m??scara de oxig??nio e terapia de ponto de press??o. O ??ltimo machucou um pouco Tess, mas aliviou a press??o na ??rea da sinusite; Voar em helic??pteros e avi?µes faz isso com os humanos a bordo. A pr??xima fase era manicure e pedicure. Tess s?? queria pedicure, ela n??o permitiria ningu?©m tocar em suas m??os de pianista. Carmen queria tudo o que tinha direito. Enquanto aproveitavam os mimos, elas discutiam sobre a formal recep?§??o dada por seus anfitri?µes. Em circunst??ncias normais, elas iriam preferir passar o tempo com seus companheiros, sem se importar em socializar de maneira obrigat??ria. Mas o evento foi em homenagem a eles, logo, eles foram obrigados a participar. Com um olhar pervertido, Carmen arqueou a sobrancelha para Tess e brincou - Eu consigo pensar em coisas muito mais prazerosas para fazer. Tess sorriu completamente de acordo. As duas ainda eram apaixonadas por seus maridos. Quando as unhas de Carmen finalmente secaram, elas se vestiram e voltaram para su?­te para checar o andamento do vestido. - O que diabos est?? acontecendo? Carmen gritou ao abrir a porta. A mob?­lia foi empilhada nos cantos. A sala estava ocupada com duas m??quinas de costura e tr??s costureiras trabalhando no ch??o, completando na m??o, a costura de uma fina tran?§a de ouro para o novo decote. - Gra?§as a Deus que voc?? est?? aqui! - Narin exclamou enquanto puxava Carmen pela m??o. - Por favor, tire a roupa e experimente o vestido. Carmen levantou o vestido com admira?§??o. Sim, era diferente, e ainda assim o mesmo. Tudo o que ela conseguiu dizer foi: - Surpreendente. Segurando o vestido como se fosse a coisa mais preciosa na terra, ela correu para o quarto para experimenta-lo. Um grito de puro prazer encheu o ar. Narin sorriu, seu rosto ostentava um sorriso esplendoroso, como se estivesse contemplando uma obra-prima. - Bem, deixe me ver. - disse ele. Carmen saiu cautelosamente e encarou Tess. - O que voc?? acha? - Voc?? est?? deslumbrante. - Tess finalmente respondeu. - Ok, o plano ?© o seguinte: Voc?? vai devolver o vestido para o Narin terminar e, enquanto isso, n??s vamos ao meu quarto escolher um colar. Carmen concordou, dando risadinhas enquanto iam. Quando entraram na su?­te de Tess, a secret??ria eletr??nica indicava que tinha uma mensagem. Era Jake, dizendo que j?? estava na metade do caminho e deveria chegar logo. Tess correu para o quarto e voltou com um pequeno estojo de joias de veludo preto. Carmen geralmente n??o usava joias, ent??o isso era uma nova experi??ncia para ela. Ela engasgou quando Tess abriu o estojo. O conte??do brilhava e brilhava, uma pe?§a mais impressionante do que a outra. Tess puxou cada pe?§a de joia para fora e colocou em uma almofada de veludo. - Jake me comprou isso na escala de Hong Kong a caminho daqui. Ele n??o fazia ideia do que me dar em nosso d?©cimo anivers??rio de casamento, ent??o ele gastou uma fortuna nessa joia da coroa. ??s vezes voc?? apenas n??o consegue control??-lo. - Claro, reclame sobre isso com outras mulheres. Voc?? vai ter v??rias a seu favor. - Carmen brincou. - De qualquer forma, qual dessas voc?? gostaria de usar? - Voc?? escolhe Tess, eu simplesmente n??o consigo. Tess, como sempre, tomou uma r??pida decis??o. Ela puxou um colar com uma fina corrente de ouro, uma safira rosa e azul deslumbrante envolto em diamantes pendurados. Carmen assentiu com a cabe?§a de acordo, maravilhada com o cintilar da joia. - Bem, isto dar?? as pessoas uma boa desculpa para encarar os meus seios. Tess riu. - Jake vai chegar logo, ent??o eu tenho que entrar logo no banho para tirar todos esses cremes do meu corpo. Voc?? pode ficar aqui at?© que eles terminem o vestido e arrumem o seu quarto. - N??o, obrigada. - Carmen respondeu com um olhar travesso. - Esse ?© o seu anivers??rio. Eu n??o quero interferir com quaisquer atos pervertidos que voc?? tenha em mente. Ela abra?§ou Tess e saiu. Jake chegou vinte minutos depois e correu para o chuveiro. Quando ele saiu, Tess ofereceu-lhe um U?­sque, o qual ele ficou feliz em aceitar. Eles ent??o foram para varanda. O tempo finalmente tinha arrefecido um pouco, e o cheiro das flores tropicais perfumavam o ar. - Como foi Angkor Wat? Tess perguntou. - Magn?­fico, valeu a pena a viagem; eu aprendi muito. - Amanh?? quero que voc?? me conte tudo. - Eu vou mostrar a voc?? um monte de fotos que eu tirei. - Eu n??o consigo acreditar que j?? fazem dez anos desde que nos casamos." disse Tess. - Parece que foi ontem. Jake tomou um gole de sua bebida e sorriu. - Talvez tenha a ver com o fato de que somos da mesma opini??o, ou melhor, que eu sempre fa?§o o que voc?? quer. Tess, levantou-se e montou sobre Jake. - Pode ser porque eu sempre achei voc?? sexy, Dr. Vickers? Ela correu as unhas pelo peito dele e em seguida deu-lhe um grande beijo na boca. Ela tomou seu rosto em suas m??os e manteve se a beij??-lo, lentamente, deliberadamente. Jake, como de costume, avidamente respondeu e envolveu seus bra?§os ao redor dela. - Voc?? quer ver o que eu tenho voc?? para o nosso anivers??rio? - ele perguntou. - Voc?? j?? me deu muito. Agora, eu quero voc?? em cima de mim. Jake era forte. Ele se levantou com ela ainda enrolada em torno dele e a levou para o quarto, onde ele a deitou. - Agora Sra Vickers, seu marido vai fazer amor com voc??. - Que del?­cia. 3 - Teoria da conspira?§??o Carmen estava irritada. - Tess e Jake v??o se atrasar e querem que a gente v?? na frente para festa. Eu n??o quero ir sem eles! Eu preciso da Tess! - Meu amor, voc?? est?? t??o linda que me deixa sem palavras. - Nicola disse, sorrindo. - N??o se preocupe. Voc?? tem a mim para te proteger dos olhares inevit??veis. Carmen murmurou para si mesma - Eu n??o consigo resistir a esse homem. Ele pode encantar uma cobra na grama se quiser. - Ela lhe deu um beijo na bochecha e eles foram em dire?§??o ao sal??o de festas. O objetivo social do governo era celebrar a aquisi?§??o e pleno funcionamento da nova aeronave. Desde que o evento foi anunciado como formal, Jake vestiu um smoking e Tess vestiu o seu vestido de noite Armani. Como era de se esperar, ela ficou deslumbrante no elegante vestido. Eles chegaram ao sal??o, apresentaram seus convites e foram anunciados: - Coronel Jake Vickers e Major Tess Turner. No piso inferior, muitos dos dignit??rios e suas esposas j?? estavam socializando. V??rios casais ocidentais estavam se aglomerando, cumprimentando uns aos outros. Os pilotos Apache rec?©m-formados correram para cumprimentar seus treinadores. Agora eles faziam parte da elite militar, e eles eram muito gratos a Jake e Tess por isso. Um enorme piano Steinway chamou a aten?§??o de Tess. Mesmo que ela tenha um Steinway em casa, ela raramente tinha a oportunidade de tocar o modelo D, um magn?­fico instrumento que foi a escolha de muitos artistas importantes para suas apresenta?§?µes em concertos. Ela podia sentir seus dedos formigando. Jake acompanhou o olhar de Tess e percebeu que ela adoraria tocar esta noite. General Atith Thuy, o oficial s??nior do Camboja, aproximou-se deles e os cumprimentou. - ?? um prazer ver voc??s de novo! Eu ouvi que voc?? fizeram um trabalho incr?­vel ao treinar os nossos pilotos e pessoal de manuten?§??o! Gostar?­amos de expressar nossa gratid??o, ent??o por favor, siga-me. Ele os levou at?© uma mesa florida onde havia uma caixa dourada em cima. - Tess, por favor, abra. - ele disse. Tess retirou a tampa da caixa. No interior estavam duas lindas estatuetas de jade. Uma era a figura de Buda de Khmer e a outra era do rei Jayavarman VII, o construtor de Angkor Wat, em uma pose de medita?§??o contemplativa. As estatuetas valiam uma fortuna consider??vel, Tess ficou sem jeito com a generosidade do governo. - N??s n??o temos palavras para expressar o quanto n??s somos gratos, tanto por sua bondade quanto pela oportunidade de trabalhar com sua equipe maravilhosa. - disse Tess. O general sorriu e ent??o eles mudaram de assunto. - Eu percebi que voc?? estava admirando nosso piano. N??s o pegamos emprestado de Singapura para um concerto, amanh?? teremos um renomado pianista se apresentando, Helmut Hoffman. Voc?? toca? - Sim. - ela respondeu - Eu gosto muito de tocar piano. O rosto do general se transformou num enorme sorriso. - Que jeito espl??ndido de come?§ar essa festa! Voc?? tocaria para n??s? Tess olhou para Jake e recebeu um sorriso em resposta. - General, eu ficaria honrada. Tess caminhou para o Steinway, impressionada com seu tamanho e esplendor de ?©bano. Ela puxou o banco, sentou-se e testou os pedais. Ela ent??o correu suas m??os suavemente sobre as teclas para sentir a resposta. Foi imediata e poderosa. Tess sempre iniciava seus concertos com o Prel??dio de Bach e a Fuga em D?? maior, a primeira parte de Well-Tempered Clavier, uma composi?§??o lenta e sublime que tocaria a alma. O que ela tocou depois refletia seu humor no momento. Ela mudou para uma pe?§a apaixonada e pensativa de Scriabin, o Etude N?? 12 em d?? sustenido menor. Ela planejava parar por ali, mas os aplausos do p??blico a persuadiram continuar a tocar. Mais pessoas vieram para o sal??o de festa e tomaram os seus lugares nas mesas. Ela agora come?§ou uma performance da primeira sonata para piano de Rachmaninoff. Ela preferiu tocar esta pe?§a ao inv?©s da mais conhecida, a segunda sonata. A m??sica era mais pensativa, direta e poderosa. Ela tamb?©m parecia ter sido composta para mostrar a sonoridade do piano de cauda. Inspirada por Goethe???s Faust, a m??sica sugeria seu pacto com o dem??nio, que concordou dar tudo o que Faust desejava em troca de sua servid??o no inferno. Cada passagem da composi?§??o sugere que os tr??s personagens, incluindo Marguerite e Mephisto. Tess trouxe habilmente o lado macabro e sombrio da m??sica com grande efeito. Os espectadores aplaudiram com entusiasmo, pedindo bis. Tess concluiu com uma emocionante e divertida pe?§a de Albeniz Asturias. Quando os aplausos finalmente cessaram ela se levantou e se curvou em agradecimento. As pessoas a rodeavam ansiosas para expressarem o apre?§o por seu talento. Parecia que eles estavam bem cientes de n??o tocar em suas m??os, mas estranhamente, os Europeus pareciam compelidos a tocar o resto dela. Desconfort??vel, ela olhou para Jake. Ele abriu caminho pela multid??o, seguido pelo general, que agora estava acompanhado de um distinto cavalheiro de meia idade que vestia um smoking sob medida. - Monsieur Laurent Belcour, chefe da organiza?§??o de desenvolvimento internacional, ODI. Por favor conhe?§a Major Tess Turner e Coronel Jake Vickers. Eles foram os respons??veis por treinar nossos pilotos e nos ajudaram com as aeronaves. Sem mencionar que eles nos proporcionaram um concerto inesquec?­vel. - Eu ouvi que voc?? fez um trabalho encantador. - disse Belcour enquanto olhava para Tess e galanteamente tomou suas duas m??os e as beijou. -Isso faz com que eu queira ser um dos seus alunos piloto. - Voc?? ?© muito gentil, Monsieur Belcour. N??s est??vamos apenas fazendo o nosso trabalho. - Quem me dera que tiv?©ssemos nos conhecido antes, Tess... Posso cham??-la de Tess? - Claro, Monsieur Belcour, preferimos ser informais. - Por favor, me chame de Laurent. Belcour ficou s?? olhando, focado exclusivamente em Tess e ignorando totalmente Jake. Os olhos dele estavam devorando ela, fixo em seus seios e em seu ??gil e lindo corpo. - Como voc?? entrou para este neg??cio Tess? Eu desconhe?§o qualquer outra mulher t??o bela que seja uma especialista em equipamento militar. - Eu era uma piloto militar e venho de uma longa linhagem de soldados. - Voc?? deve ser parente do General Turner, estou certo? - Sim, ele ?© meu pai. Ele agora ?© CEO da NTC, a fabricante de sistemas de armas avan?§ados. - Eu encontrei seu pai algumas vezes. Ele era um general brilhante e ?© ??timo no que faz agora. Eu, por outro lado, estou condenado a lidar com n??meros na maior parte do tempo. - Voc?? ?© muito modesto Monsieur Belcour... Laurent, voc?? tornou poss?­vel para esse pa?­s obter o sistema de helic??pteros. Eles n??o conseguiriam sem voc??. - Verdade, mas esse ?© o meu trabalho. Sou apaixonado por ajudar a melhorar os pa?­ses em desenvolvimento. Ele fez quest??o de enfatizar apaixonado. Belcour continuou dando em cima de Tess descaradamente, e ela foi ficando cada vez mais incomodada. Ela virou a cabe?§a para trazer Jake a conversa, mas ele tinha ido buscar uns drinks para eles. Por sorte, Nicola e Carmen apareceram para resgata-la. Depois de cumprimentarem uns aos outros e elogiarem suas apar??ncias, Tess apresentou Carmen e Nicola a Belcour. Depois de um olhar apreciativo aos seios de Carmen, ele se virou para a Tess. - Eu ouvi dizer que sua companhia est?? abrindo um escrit??rio em Paris. Isso ?© surpreendente. N??s teremos a chance de nos ver outra vez. - Como voc?? sabe disso, Laurent? N??s n??o anunciamos isso ainda. - Eu gosto de me manter informado. Eu estou muito feliz que voc?? tenha decidido expandir na Fran?§a. ODI ?© sediada em Paris tamb?©m e organiza financiamentos para muitos pa?­ses em desenvolvimento. N??s podemos facilitar os neg??cios da sua empresa ajudando voc?? a obter contratos. - Obrigada Laurent, mas at?© agora n??s conseguimos nossos contratos gra?§as a nossa boa reputa?§??o. Sinceramente, procuramos ajudar esses pa?­ses, ajudando-os a selecionar e encomendar armamentos econ??micos. - Admir??vel. Estou ansioso para trabalhar com voc?? num futuro pr??ximo. Por favor me avise quando chegar a Paris. Eu insisto em lhe levar ao meu restaurante favorito e quem sabe mais... - Seus olhos continuavam fixos nela. Tess ficou aliviada quando Jake apareceu com seus drinks e Belcour foi levado para conhecer outros dignit??rios. Tess olhou para Jake. - Aquele cara me causa arrepios. Eu acho que ele mexeu comigo. Jake sorriu. - Ele ?© um aristocrata franc??s. Est?? em seu DNA tentar seduzir as mulheres. - ?? bom saber que voc?? n??o est?? com ci??mes. Se fosse outro homem, teria acabado com ele. - N??o ?© necess??rio socar algu?©m. Eu admiro seu bom gosto para mulheres, contanto que ele mantenha as m??os longe de voc??. Um ministro do governo pediu um brinde, agradecendo a todos por tornar realidade e concluir com sucesso a aquisi?§??o de armamento moderno. Jake n??o pode resistir em sussurrar no ouvido de Tess. - Espero que ele saiba que com 35,5 milh?µes de d??lares por cada helic??ptero al?©m de sistemas de apoio, ele poderia ter alimentado milhares de pessoas. - Triste realidade, mas vamos dar a ele o benef?­cio da d??vida. Hoje em dia eles precisam refor?§ar suas defesas. O Camboja est?? situado em uma ??rea bem perigosa do mundo. - Eu acho que sim. Agora, vamos tentar desaparecer. Jake e Tess apertaram algumas m??os, agradeceram os anfitri?µes pelo convite e tomaram o caminho para o quarto. Tess conseguia sentir que algo estava incomodando Jake. - Quer me dizer o que est?? passando pela sua cabe?§a? - Eu acho dif?­cil um figur??o como Belcour voar para o Camboja para celebrar um projeto t??o pequeno. Ele poderia ter enviado outra pessoa em seu lugar. Eu acho que h?? algo mais nisso. Tess lhe deu um beijo na bochecha. - Jake. As vezes eu acho que voc?? est?? vivendo uma teoria da conspira?§??o. 4 - Tom nativo Agora eles podiam relaxar de verdade, Jake alugou um Tuk Tuk, uma scooter motorizada com o espa?§o do motorista na frente, e uma pequena cabine coberta na parte de tr??s para os passageiros. Ele entrou no Tuk Tuk junto com Tess, Carmen e Nicola. O motorista os levou para um passeio bem tranquilo pelos pontos tur?­sticos de Phnom Penh. Eles viram as atra?§?µes mais comuns: O pal??cio real com um templo de prata e o Museu Nacional, constru?­do no estilo cl??ssico Khmer pelos franceses durante a era colonial no final do s?©culo XIX. Eles tamb?©m visitaram o Monumento da Independ??ncia, que foi constru?­do na d?©cada de 1950, mas tamb?©m foi constru?­do no antigo estilo Khmer. Os colonos franceses deixaram a sua marca, com v??rias moradias, igrejas francesas, avenidas com o estilo de arte e decora?§??o Phsar Thom Thmei. De volta ao hotel, os casais tiveram um excelente jantar e, pela manh??, aproveitaram o brunch com champanhe Veuve Clicquot do hotel. Eles haviam acabado de colher ostras que haviam sido trazidas da Fran?§a, foie gras terrine e at?© raclette. Eles estavam desfrutando de um para?­so franc??s nos tr??picos, bem diferente da vida dos cambojanos que eles viram caminhando durante o passeio pela cidade. Tess estava perfeitamente feliz, se deliciando com a piscina, usando m??ximo que podia de protetor solar e comendo nos restaurantes do hotel, mas sabia por experi??ncia que sua indulg??ncia n??o duraria. Como previsto, no dia seguinte, Jake convenceu Tess e o outro casal a irem at?© a cidade para vivenciarem o cen??rio local. Eventualmente eles acabaram entrando em um restaurante nativo. Ao visitar um novo lugar, Jake, o aventureiro gourmet, avidamente procura pratos nacionais, e este lugar era perfeito para saborear pratos ex??ticos. T?­pico do seu MO, Jake adquiriu um conhecimento pr??tico da l?­ngua em apenas algumas semanas, e ao mesmo tempo aprendeu sobre a cozinha local. Agora ele queria provar a comida, uma atividade que geralmente alarmava Tess. Ela era mais conservadora em suas prefer??ncias culin??rias. Tess realmente amava Jake, at?© ele a arrastar para lugares que ela considerava estar bem longe de ser um restaurante civilizado e se aprofundar na busca de uma comida local aut??ntica. Em momentos como este, ela simplesmente suportava e tolerava o entusiasmo desenfreado do marido por novas lugares e sabores. Jake come?§ou a informar seus amigos sobre os destaques da cozinha Khmer. Ele come?§ou a descrever os pratos que estavam em exibi?§??o sobre um balc??o no restaurante. - Este ?© o peixe Amok. - Ele disse apontando para um dos pratos que estava a mostra. - Eles basicamente colocam o peixe em uma espuma. ?? suposto ter um gosto muito melhor do que aparenta. Seus companheiros n??o pareciam estar convencidos, mas ele continuou compartilhando o que tinha aprendido. - Os cozinheiros adicionam slok ngor, uma erva local que tr??s um sutil amargor. Eles misturam essa combina?§??o com leite de coco fresco e kroeung, um curry de erva-cidreira, raiz de c??rcuma, alho, cebolinha, galangal e gengibre chin??s. Eles geralmente vaporizam em uma folha de bananeira, enquanto outros fazem uma vers??o fervida que ?© mais parecida com um curry de peixe com sopa do que com uma musse. Mal eles haviam come?§ado a considerar suas op?§?µes de prato, Tess e Carmen j?? estavam tentando n??o vomitar. Nicola parecia seguir pelo mesmo caminho. Jake concluiu, baseado na rea?§??o das mulheres, que aquele prato n??o era uma op?§??o, ent??o ele continuou a descrever o pr??ximo. Tess agora estava quase melanc??lica. - Eles tem um bom e simples bife, ao ponto e com batatas cozidas? Carmen acrescentou, - Eu vi um restaurante mexicano a caminho daqui? Eu poderia comer uma enchilada verde. Eram nessas ocasi?µes em que Tess desejava que Jake n??o possu?­sse uma mem??ria fotogr??fica infal?­vel. Juntamente com sua paix??o pelo que ela considerava gostos estranhos, suas inclina?§?µes culin??rias nunca deixavam de incomod??-la. O entusiasmo de Jake era inabal??vel, ele animadamente apontou para um prato estranho. - Eu n??o acho que conseguir?­amos encontrar isso hoje a noite. Continuando, formigas vermelhas fritas com carne e manjeric??o. Eles usam insetos de v??rios tamanhos, alguns quase n??o se consegue ver e outros tem quase uma polegada de comprimento. Estes s??o fritos com gengibre, erva-cidreira, alho, cebolinha e carne em fatias finas. Eles ent??o adicionam pimenta, tomando cuidado para n??o subjugar o delicado sabor azedo que as formigas transmitem ?  carne. Este prato ?© servido com arroz e, se tiver sorte, voc?? tamb?©m receber?? uma por?§??o de larvas de formiga na sua tigela. Jake olhou para Tess com a esperan?§a que ela pelo menos considerasse experimentar o prato. - Jake, se voc?? cogitar isso eu lhe garanto um div??rcio! Carmen parecia enjoada e Nicola rapidamente sugeriu uma lasanha, ou pizza, num restaurante italiano. - N??s passamos por um, at?© que parecia decente. Com um suspiro de decep?§??o, Jake finalmente sugeriu Ang dtray-meuk ??? lulas grelhadas. - N??o tem como errar escolhendo qualquer coisa que seja em por?§??o espetada numa vara. Eles temperam com suco de lim??o ou molho de peixe e depois o assam em espetos de madeira. Para finalizar eles servem com um molho feito de alho, pimenta fresca, molho de peixe, suco de lim??o e a?§??car. Vendedores de frutos do mar carregam pequenos fornos de carv??o em seus ombros e cozinham a lula enquanto caminham pela praia. Tess tomou uma r??pida decis??o. - Sim, vamos pedir isso. Ela continuava relutante em comer ali, mas pelo menos ela estava familiarizada com lula. Ela experimentou na Fran?§a e eram saborosas. Aliviados, eles sentaram em uma mesa na varanda do restaurante, felizes por terem sido poupados de ouvir o resto da variedade de pratos oferecidos no local. O olhar agressivo de Tess n??o deu muitas op?§?µes a Jake, ent??o eles pediram as bebidas. - Gra?§as a Deus as apresenta?§?µes acabaram. - Tess falou depois de um pequeno gole do seu u?­sque single malt. - Ensinar os pilotos a como pilotar helic??pteros nesse calor e com essa umidade, ?© o pior do que no deserto do Iraque. Jake n??o estava prestando aten?§??o. Seus olhos estavam cobi?§ando os pratos, que para ele eram proibidos, que os gar?§ons serviam. O jantar chegou, Tess teve que admitir que as lulas estavam excelente. Ent??o Jake sugeriu que eles experimentassem Cha houy teuk, uma sobremesa de geleia. Ele informou ao grupo que era feita de agar, uma gelatina derivada de algas marinhas. Pra come?§ar, Tess n??o gostava de cremes e coisas moles, mas se obrigou a suportar a empolga?§??o de Jake enquanto contava sobre a receita. - A geleia ?© combinada com sagu, feij??o mungo branqueado e creme de coco, servido em uma tigela com uma colher de gelo raspado. - De qualquer forma, voc?? deve experimentar. Tess exibia um olhar amea?§ador para Jake, caso ele ousasse pedir essa estranha combina?§??o para ela. Nicola e Carmen escolheram um flan. O jantar acabou e os casais come?§aram a caminhada de volta para o hotel. As ruas estavam movimentadas, a maior parte das pessoas aproveitavam seus jantares nos restaurantes. No caminho, eles passaram pelo bairro de sexo mais famoso de Phnom Penh, era chamado Edif?­cio Branco. Se chamava assim por ter uma estrutura sinistra, decadente, branca acinzentada, que se estendia por v??rios quarteir?µes da cidade. Jake informou aos seus companheiros que, de acordo com suas pesquisas, as inquilinas daquele bairro eram prostitutas, muitas das quais tinham sido expulsas de bord?©is menores porque estavam demasiado velhas ou desgastadas. - O que voc?? quer dizer com velha? Tess perguntou. - Eu vejo, na sua maioria, jovens. - Nessas ??reas, prostitutas na adolesc??ncia e 20 anos, n??o s??o mais t??o ??teis. Elas n??o tem outro lugar para ir a n??o ser aqui, a maioria n??o tem educa?§??o ou habilidades para outros trabalhos. Tess n??o conseguia acreditar m seus olhos. A ideia de que uma mulher de 20 anos era considerada velha e que um edif?­cio t??o grande fosse dedicado ?  prostitui?§??o, a deixava chocada. Carmen estremeceu. A cena era pior do que o sul de Los Angeles, o duro lugar onde ela cresceu. Eles continuaram descendo a rua, nas sombras do terr?­vel pr?©dio, passaram por vendedores que estavam vendendo frutas, partes de bicicletas e nozes seca. Todos os olhos estavam neles. Um homem em uma moto os observava perto demais. De repente, eles ouviram um grito. Um cara estava segurando uma jovem mulher pelos cabelos, batendo nela repetidamente. Ela estava resistindo com toda sua for?§a e arranjou um jeito de escapar, mas ele a alcan?§ou e retomou o ataque. As pessoas nas varandas e os pedestres agiam como se nada estivesse acontecendo. Esse tipo de espet??culo n??o parecia ser incomum. O homem continuava a bater na garota at?© que Tees decidiu fazer algo a respeito. Ela correu at?© eles e chutou o homem bem no est??mago. Ele foi momentaneamente afastado da v?­tima, mas rapidamente se recuperou e contra-atacou com movimentos de artes marciais bem treinados. Tess o viu chegando e recorreu a sua pirueta alta, esmagando o homem na cabe?§a com o p?© e derrubando o homem no ch??o. Sempre que podia, Tess evitava usar as m??os. Ela mais do que compensou essa limita?§??o empregando o resto de seu corpo para destruir os advers??rios. Tendo sido uma piloto de helic??ptero, ela recebeu uma forma?§??o fundamental em artes marciais, tendo sido refor?§ada por conta pr??pria. Do lado de fora da briga, Carmen e Nicola ficaram parados, olhando totalmente despreocupados. - Parece que Tess esta furiosa hoje. Melhor nos afastarmos. - Carmen sugeriu. Jake se acomodou apoiado em uma parede, acendeu um cigarro e observou o bal?© que Tess fazia com a precis??o de seus movimentos. Ele n??o estava preocupado com a seguran?§a dela. Tess podia ser letal quando provocada, ou quando ficava com raiva do mau comportamento das pessoas. O agressor agora estava inconsciente com seu rosto em uma po?§a no meio da rua. A mulher que foi agredida estava sentada no ch??o, encostada em uma ??rvore, chorando. Tess e Carmen foram at?© ela e a ajudaram a levantar. Todo mundo na rua continuou a fazer o que estavam fazendo, indiferentes e alheios ao tumulto. Jake tentou se comunicar com a jovem usando o pouco que tinha aprendido da l?­ngua local. Ele estava certo que o nome dela era Suchin Montri e que o homem, que agora estava no ch??o, era seu cafet??o. Ela parecia estar aterrorizada ao pensar que teria que enfrent??-lo novamente. Ent??o Tess e o resto do pessoal chamaram um taxi e levaram a jovem para o hotel com eles. Ela abra?§ou Carmen e Nicola e assegurou que ela e Jake iriam tomar conta da garota. - Apenas aproveitem o resto do dia. N??s nos vemos amanh??. Uma vez no quarto, Tess ajudou a menina a tomar um banho e quando ela saiu lhe emprestou uma de suas camisolas. Jake pediu comida atrav?©s do servi?§o de quarto e deixou a mulher se recompor. Eles conseguiram fazer com que ela comesse um pouco. Jake conseguiu de alguma forma se comunicar com Suchin, percebendo que agora eles possu?­am um problema. O que fazer com uma jovem prostituta que estava em perigo de ser severamente espancada, ou pior, por seu cafet??o? Eles decidiram dar um passo de cada vez. Primeiro, ela precisava descansar. Eles a deitaram em uma das camas do quarto e Tess a deu um sedativo. Sunchin dormiu, mas foi atormentada por pesadelos. Ela chorava e gemia durante o sono e teve que ser confortada v??rias vezes. Depois de uma noite agitada para todos, Jake perguntou a mulher o que ela gostaria para o caf?© da manh?? e pediu pelo servi?§o de quarto. O gar?§om entregou a comida no quarto e n??o piscou o olho ao ver dois ocidentais hospedando uma mulher local em seu quarto. Aparentemente, esses acordos eram comuns. Jake, lentamente, tentou descobrir o que aflingia Suchin durante a noite. Hesitante, a jovem mulher disse-lhe o que ela sonhou. Ela estava sendo perseguido por homens. Eles a pegaram e jogaram-a em um quarto imundo, infestado de baratas. Ela sabia o que iria acontecer a seguir: Eles iriam tortur??-la ??? chicote??-la com cabos de metal, tranc??-la numa jaula, choque com um fio el?©trico solto ??? e depois iriam estupra-la. N??o era realmente um sonho. Suchin realmente passou por isso. A menina continuou. Sua m??e a vendeu para um bordel quando ela tinha sete anos de idade. Durante anos, cafet?µes for?§aram Suchin para mais de 20 homens por dia. Se ela n??o fizesse o que mandavam, ou se ela tentasse fugir, ela era severamente punida. Queimada com um ferro quente, coberta de insetos que a mordiam e pior. - Eu quero morrer. - Ela disse. Ela teve rela?§?µes sexuais com centenas de homens pelo tempo que ela tinha dez anos de idade. Tess ficou chocada. - ?? dif?­cil acreditar que uma m??e venderia sua pr??pria filha para uma vida de escravid??o. Jake acessou a enciclop?©dia que se disfar?§ava como seu c?©rebro. - Camboja ?© uma na?§??o fraca e corrupta que ainda esta se recuperando do genoc?­dio cometido pelo regime Khmer, nos anos 70. O terror n??o p??ra por aqui. Mais de 12 milh?µes de pessoas s??o agora v?­timas de prostitui?§??o for?§ada em todo o mundo. Compra e venda de seres humanos ?© um neg??cio global de US $ 32 bilh?µes. Tess ligou para recep?§??o e pediu para eles enviarem um tradutor. Um homem chamado Aran Mookjai apareceu na porta em quinze minutos e Jake rapidamente negociou o pagamento. Suchin sentou na cama e come?§ou a falar sobre a hist??ria da sua vida, Aran estava traduzindo as palavra dela. Ela lembrou de um inf??ncia feliz, com pais amorosos, tr??s irm??os e uma casa fora da cidade. A fam?­lia era dona de um campo de arroz. Seu pai at?© planejou que as crian?§as frequentassem a escola. Infelizmente, seu pai morreu quando ela tinha cinco anos de idade. - Depois disso minha m??e mudou. - Sunchin disse. - Ele estava muito infeliz. Ficamos desamparados. Eventualmente, a fam?­lia mudou-se para uma cabana. Quando Suchin tinha sete anos, sua m??e a vendeu, dizendo que ela seria uma empregada dom?©stica em uma casa. Suchin sentiu que era seu dever obedecer. Aran explicou. - No Camboja as filhas s??o como propriedades. Elas est??o l?? como um meio de sustento para fam?­lia. Suchin continuou a contar. - Eles me trancaram em quarto. Eu chorei tentando abrir a porta. No dia seguinte, um homem disse, 'Eu tenho um cliente para voc??'. Eu n??o sabia o que ele queria dizer com isso, mas eu sabia que n??o era nada bom. Eu me recusei a ir. Ent??o ele me levou para outro quarta, para me punir. - Ela parou por um momento. - Ele me fez beber a urina do homem, me amarrou e me cobriu com formigas mordedoras. Ele tamb?©m me bateu. Finalmente, eu disse sim. Suchin ficou desconfort??vel em contar sua hist??ria. Ela falou em pequenas explos?µes sem emo?§??o. ?? como se ela tivesse se tornado outra pessoa contando sua pr??pria hist??ria. O primeiro cliente de Suchin era - Um homem asi??tico com um olhar mal?©fico. - Ela lembrou. Ela mudou de ideia e se recusou novamente a servi-lo. Furioso, seu cafet??o levou a tortura a outro n?­vel. Ele esmagou um punhado de pimenta quente com o p?© e enfiou em sua vagina. - A dor era terr?­vel. - Ela disse. - Eu n??o conseguia falar. Logo depois, o cliente colocou um preservativo e a estuprou, desfrutando de seus gritos. Suchin n??o sabe se o cliente pagou uma taxa alta por sua virgindade. O tradutor acrescentou voluntariamente que, na maior parte da ??sia, voc?? poderia ter sexo com garotas por t??o pouco quanto 5 d??lares. Jake observou que o pre?§o para estuprar uma garota foi inferior aos nove d??lares que ele pagou num t??xi do aeroporto para o hotel. Aran continuou. - Aqui, as virgens costumam custar mais. Depois da primeira vez, n??o ?© incomum os cafet?µes costurarem as meninas, as vezes at?© sem anestesia, assim elas v??o gritar de dor na pr??xima vez e enganar os clientes. Posteriormente, se Suchin n??o cumprisse sua cota de homens por dia, o cafet??o a punia dando choques com um fio el?©trico solto. - V??rias vezes eu me sentia t??o cansada que eu n??o conseguia sair da cama. Os homens simplesmente vinham at?© mim, um depois do outro, como uma gangue de estupradores. - Ela disse. - Eu parecia estar morta, eu queria morrer. Aran olhou para Tess, suspirou e murmurou. - Esse ?© o Camboja. - Qual a obsess?? por virgens? - Tess perguntou. - Alguns homens acreditam que o sexo com uma mulher virgem traz sorte ou boa sa??de. Os estrangeiros que fazem isso, normalmente s??o ped??filos ou homens que querem por pra fora suas fantasias violentas. Eles sabem que podem ir embora sem serem punidos aqui. Prostitui?§??o e tr??fico humano s??o proibidos, mas os policiais s??o pagos para olharem para o outro lado. Finalmente, Suchin disse que ela decidiu fugir. - Eu n??o me importave se o cafet??o fosse me matar. Prefiro morrer do que viver daquele jeito. Uma noite, depois de um cliente ir ao banheiro, ela viu sua chance. Ela saiu correndo e chegou ?  entrada do pr?©dio, onde o cafet??o a pegou. Ele arrastou-a para a sala de tortura, onde a amarrou com bra?§os abertos e chicoteou-a com uma bengala at?© que ela sangrasse, em seguida, esfregou pimentas quentes em suas feridas. Depois disso ele a vendeu para outro bordel. Enquanto ela falava, uma tempestade vespertina chegava, quebrando o calor. Ela olhou para o aguaceiro por um minuto e descreveu em sil??ncio sua segunda tentativa de fuga. As coisas aconteceram da mesma forma. Ela foi capturada, espancada e vendida para outro bordel. Tess perguntou, - O que lhe deu coragem para fugir de novo? - Eu sabia que se ficasse eu ficaria doente e morreria. - Ela disse. - Eu n??o tinha nada a perder. Ent??o, uma noite, quando seu guarda tinha deixado a porta, ela fugiu de novo. Desta vez ela conseguiu chegar a rua. Ela correu o mais r??pido que conseguia at?© que seu cafet??o a alcan?§ou e come?§ou a bater nela. Isso foi quanto Tess interveio e sem d??vidas mandou o homem para o hospital. Jake pagou o tradutor e o acompanhou at?© a porta do quarto. Tess foi se sentar na varanda, com uma bebida na m??o, chateada com tudo o que ela tinha acabado de ouvir de Suchin. Jake foi para o banheiro tomar um banho. Ele tirou sua roupa e se virou. Ele viu Suchin de p?©, nua na frente dele. - O que voc?? esta fazendo Suchin? - Eu sou sua senhor. ?? a ??nica coisa que posso fazer para agradecer sua generosidade. - Suchin - Jake enquanto vestia seu roup??o de banho. - Voc?? n??o tem que fazer isso. N??s n??o estamos cuidando de voc?? esperando algo em troca. Apenas queremos fazer o que for melhor para voc??. - Por favor, me aceite Sr. Jake - Suchin implorou. - Eu n??o tenho mais nada a oferecer. Jake colocou o roup??o nela e pegou em suas m??os. Ele a levou at?© Tess, que continuava sentada na varanda. - Eu acho que temos um problema Tess. Ela acha que tem que nos pagar com seu corpo. Tess se levantou e abra?§ou a jovem desanimada. - Suchin, n??s entendemos que nunca ningu?©m fez nada por voc??, mas agora ?© diferente. Voc?? esta segura agora. N??s vamos garantir sua seguran?§a e cuidado. Jake traduziu. Suchin chorou. Ela n??o conseguia entender o que estava acontecendo. Como algu?©m n??o iria querer algo em troca? Tess pegou a jovem pelas m??os e a sentou, tentando conforta-la. Era ??bvio que a garota estava completamente desorientada e que talvez ela quisesse voltar para onde ela veio, sem nenhuma raz??o, mas porque era a ??nica coisa que ela sabia fazer. - Eu acho que devemos achar um lugar para Suchin ficar para que ela possa escapar dessa situa?§??o. Deve haver um abrigo ou institui?§??o que ajude as prostitutas deixar essa vida. - Isso n??o ?© a Europa ou os EUA. - Jake alertou. - Eu n??o tenho visto muitas evid??ncias do funcionamento dos servi?§os sociais aqui. Jake, no entando, foi at?© seu computador e procurou por informa?§?µes. Surpreso, ele achou algo que poderia ajudar. Ele descobriu uma propaganda de uma confer??ncia cat??lica no Camboja. V??rios minist?©rios estavam no pa?­s, incluindo o Catholic Relief Services, os Jesuit Refugee Services e Jesuit Services, a Comunidade Maryknoll de irm??s, sacerdotes e mission??rios leigos, salesianos e a Escola T?©cnica Dom Bosco. Ele ligou para um dos n??meros. Logo em seguida, eles levaram Suchin para um convento. Irm?? Theresa, a Madre superior, recebeu eles e listou todos os servi?§os que as institui?§?µes religiosas estavam tentando realizar no pa?­s. Ap??s uma x?­cara de ch??, ela contou-lhes o que aconteceu. Durante a Guerra do Vietn??, os americanos que estavam perseguindo os Viet Cong, realizaram mais de 43.000 ataques a?©reos dos EUA contra o Camboja, lan?§ando dois milh?µes de toneladas de bombas. Alguns estudiosos atribu?­ram a ascens??o do Khmer Rouge a devasta?§??o que os ataques causaram. A calamidade permitiu que eles atra?­ssem o apoio inicial dos alde?µes rurais. O Khmer Rouge ent??o desencadeou um reinado de terror e genoc?­dio no pa?­s, al?©m de iniciar sua pr??pria guerra contra o Vietn??, provocando muitos anos de instabilidade e sofrimento at?© tempos recentes. O Khemer Rouge, como organiza?§??o, eventualmente se auto-destruiu. A popula?§??o no Camboja que sobreviveu s?? est?? come?§ando agora a juntar os peda?§os que restaram das cidades, vilarejos e fam?­lias. - Voc?? n??o deve se deixar distrair pelas belas fotografias dos templos antigos de Angkor Wat ou por algumas constru?§?µes novas. - Irm?? Theresa adicionou. - Embora a beleza do Camboja seja muito real, assim tamb?©m ?© a vida dolorosa de muitas das pessoas pobres. Jake e Tess se sentiram envergonhados. Eles fizeram um acordo com o convento, em troca de prover abrigo e reabilita?§??o para Suchin, eles receberam uma generosa doa?§??o. Eles disseram a Suchin que quando ela estivesse pronta, eles a ajudariam a come?§ar uma vida normal. Tanto Tess quanto Jake estavam se virando para ir embora quando Suchin, com l??grima nos olhos, abra?§ou os dois. 5 - Um convite para festa Jake e Tess tinham um voo marcado para manh?? seguinte, por isso foram direto para o quarto arrumar as malas. Assim que passaram pela recep?§??o, eles pegaram as mensagens deixadas pelos membros de suas equipes operacionais de todo canto do mundo. No topo estava um envelope. A elegante carta que estava dentro foi escrita por Laurent Belcour, convidando para se juntar a ele em uma pequena festa em sua su?­te. - Jake, aquele cara me causa arrepios. Vamos ignor??-lo. - Eu acho que dever?­amos ir Tess. Ele ?© muito importante para ser ignorado. Ele financia, pelo menos, metade dos nossos projetos. - Tess suspirou em desist??ncia. Eles se vestiram para a ocasi??o e foram recebidos por uma assistente na su?­te de Belcour, uma mulher muito atraente, que compartilhou que seu nome era Julie. Ela rapidamente os levou para dizer ol?? ao anfitri??o. Ao v??-los, Belcour deu um sorriso caloroso, agarrou a m??o de Tess e beijou-a galantemente. Desta vez, ele tamb?©m fez quest??o de apertar a m??o de Jake. Belcour estava animado. Ele os apresentou para v??rias pessoas, a maioria mulheres locais por volta dos seus vinte anos. Cada uma delas era de tirar o f??lego. As mulheres pareciam ser cultas e sofisticadas, facilmente conversavem em ingl??s e franc??s. Um por um, eles se retiraram com Belcour para um quarto, emergindo com smartphones nas m??os e conversando com seus contatos. Alguns homens asi??ticos fizeram o mesmo: Alguns minutos a s??s com Belcour e em seguida ligaram para algu?©m. Belcour finalmente voltou para reencontrar seus convidados. Seis casais ocidentais se juntaram ?  festa, parecendo notavelmente semelhantes: os homens eram de meia idade e as mulheres pareciam ser significativamente mais jovens. ???Aquele um por cento com suas esposas trof?©us???, pensou Tess. Ap??s reparar em Jake e Tess, os novos convidados fizeram quest??o de cumpriment??-los. Todos eles tinham ouvido Tess tocar piano, todos elogiaram sua performance. Lorde e Lady Clements falaram sobre o castelo deles no Pa?­s de Gales, um lugar grande e triste que eles n??o pareciam gostar muito. Ela preferia visitar lugares mais bonitos e agrad??veis em qualquer outro lugar. - Estamos encantados de passar a maior parte do nosso tempo em Singapura - a senhora disse. - De alguma maneira ?© um pouco brit??nico e ainda moderno. Ela aparentemente estava se referindo ao antigo estatuto da ilha como uma col??nia brit??nica. O pr??ximo casal veio de Chicago. Eles tamb?©m eram bastante ricos e convidaram Tess e Jake para visit??-los caso estivessem por perto. Em seguida, um casal franc??s abordou Tess e Jake. Eles estavam surpresos e encantados com a flu??ncia deles em franc??s. - ?? espetacular que voc??s dois entendam a import??ncia de falar franc??s. - disse a Baronesa Arnault. - A maioria dos americanos n??o se encomodam em aprender a l?­ngua. O franc??s costumava ser o idioma preferencial da diplomacia por um longo tempo. - acrescentou. 'N??o mais', pensou Jake. 'A Fran?§a tem sido quase irrelevante nos assuntos mundiais desde a Segunda Guerra Mundial.' Jake e Tess fizeram o seu melhor para serem encantadores, mas tinham a sensa?§??o de que a festa era mais do que apenas um meio de entretenimento. Jake suspeita de que ele e Tess estavam sendo examinados e entrevistados para participar de uma esp?©cie de clube social. Todo mundo na festa parecia se conhecer. Belcour era o centro das aten?§?µes. As pessoas estavam disputando para conseguir falar com ele. Conforme o l?­quido flu?­a, o volume das conversas aumentava. Tess pressentia uma atmosfera de antecipa?§??o na multid??o, como se eles estivessem esperando que algo acontecesse. - Tess, vamos embora daqui. - Jake disse. - Estou com um pressentimento que algo estranho esta acontecendo. Tess olhou para ele intrigada. Ela n??o se importava em ir embora, mas ela n??o detectou nada de estranho. Logo ela percebeu que estava errada. Belcour os pegou na sa?­da. - Por favor, n??o v??. N??s gostar?­amos muito que voc??s se juntassem ao nosso grupo. Todo mundo est?? impressionado com voc??s e gostariam que voc??s experimentasse os prazeres que todos n??s perseguimos. Voc??s seriam um ??timo complemento. Tess agora estava realmente muito intrigada. - Que prazeres? - Voc??s v??o ver. Belcour respondeu enquanto pegava sua m??o e a beijava enquanto olhava para ela com seu olhar irritantemente sedutor. Um dos homens da festa, que poderia ter sido um associado de Belcour, fez um comunicado. - Mesdames et Senhores, Senhoras e Senhores, eu sou Bertrand Dubois, seu anfitri??o. Que a divers??o comece. A multid??o olhava em dire?§??o a uma linda mulher asi??tica que tinah acabado de entrar na sala. E com um movimento natura ela despiu o roup??o, revelando seu corpo nu. A multid??o aplaudia em admira?§??o. - Precisamos de um cavalheiro para apresentar e demonstrar a arte de fazer amor com esta encantadora dama. A mulher nua n??o reagiu, permanecendo im??vel. Um homem da audi??ncia foi em dire?§??o a ela, oferecendo seus servi?§os. A plateia se fez confort??vel, alguns homens afrouxando a gravata, as mulheres com os olhos fixos no casal prestes a come?§ar uma performance no div??. Tess olhou para Jake, seus olhos arregalados. - Jake, eles v??o fazer um show de sexo! O homem que se ofereceu para demonstrar suas proezas sexuais tirou as roupas e se aproximou da mulher nua. O resto do grupo come?§ou a remover suas pr??prias roupas tamb?©m. Alguns dos casais come?§aram trios com as mulheres asi??ticas. Jake afirmou o ??bvio. - Isso n??o ?© apenas um show de sexo. Isso ?© uma orgia, como todo mundo participando. Eles foram em dire?§??o a sa?­da, mas estava bloqueada. Uma dupla de gigantescos guardas estava na frente da porta. Jake e Tess estavam prestes a come?§ar uma briga quando Belcour correu para eles, sorrindo. - Tess, Jake, voc??s s??o lindos e talentosos. Todos concordaram que voc??s deveriam ser convidados a participar do nossoo grupo. Por favor, fiquem e experimentem os prazeres que est??o dispon?­veis apenas para poucos. - Monsieur Belcour. -disse Tess indignada. - N??o n??o estamos interessados nesse tipo de experi??ncia. - Por que n??o Tess? Somo um grupo elitista livres para perseguir nossos prazeres. Homens e mulheres da mais alta qualidade clamam para se juntar a n??s para experimentar o que oferecemos. Todos aqui ?© lindos e ansiosos para agradar aos outros de qualquer maneira que desejarem. Eu adoraria te mostrar o que posso fazer para melhorar sua vida amorosa, e isso n??o precisa terminar aqui. N??s fazemos isso pelo mundo inteiro. Olhe atr??s de voc??, isto n??o ?© um espet??culo incr?­vel? Tess estava chocada com o que Belcour tinha acabado de contar. Ela se virou e percebeu que todos j?? tinham tirado as roupas. Eles estavam agora deitados em colch?µes que foram trazidos para a sala. Belcour continuou. - Tess, Jake, voc??s s??o um casal maravilhoso. Fa?§am amor um com o outro agora at?© se sentirem confort??veis para come?§arem a se divertir com os outros. Eu asseguro que esta ser?? uma experi??ncia incr?­vel que voc??s v??o apreciar pelo resto de suas vidas. Jake pegou Tess pelas m??os. - N??s precisamos ir. - ?? uma pena. - Belcour observou, visivelmente desapontado. - Pensem nisso, ok? Tess e Jake se aproximaram da porta. Os guardas continuavam em p?©, im??veis feito est??tuas de pedra, impedindo a sa?­da. Jake olhou para eles. - Por favor, saiam. Os guardas n??o pareciam levar a s?©rio, at?© que Tess chutou um deles na virilha. Jake ajudou, socando o outro guarda no est??mago. Os dois homens pareciam um saco de batatas. Tess se virou e olhou para Belcour, encarando o ??bvio. - Estamos indo embora. Agora. Belcour concedeu. - Por favor, pensem nisso. Eu os verei em Paris m??s que vem. 'Nos seus sonhos' Tess pensou. Conforme eles desciam o corredor, cinco lindas garotas asi??ticas passaram por eles, a caminho da su?­te de Belcour. - Eu acho que o grupo precisa de mais variedade. - Jake observou. *** Na manh?? seguinte, Tess e Jake estavam sentados na sala de estar do aeroporto, esperando para embarcar no avi??o de volta para os EUA, Carmen e Nicola j?? haviam partido. Jake observou um grupo de mulheres locais formando uma fila para um voo para Paris. - Eu tenho certeza que aquelas mulheres s??o as mesmas de ontem a noite, as que chegaram na festa de Belcour quando estavamos saindo. Tess fechou sua revista. - Voc?? tem certeza? - Claro que eu tenho certeza. Eu sempre lembro de tudo. - Triste, mas verdade. - Tess brincou. - As vezes voc?? ?© muito esperto para o seu pr??prio bem. N??o seja paran??ico. - D?? uma boa olhada nelas. ?? o mesmo grupo que se juntou a festa quando est??vamos indo embora. Tess agora reconheceu, pelo menos, algumas das mulheres. - Eu acho que voc?? est?? certo. Parece que Belcour est?? exportando essas meninas para Europa. Dois homens em ternos caros se juntaram ao grupo de mulheres. Belcour e Bertrand Dubois. As mulheres pareciam animadas em torno deles. Jake falou no ouvido de Tess. - Eu estaria disposto a apostar que esses dois s??o cafet?µes de classe mundial. - Se esse for o caso, ser?? que elas sabem o que as espera? - Tess perguntou. - Elas provavelmente sabem que v??o trabalhar como prostituas na Europa. Eu acredito que elas ser??o usadas como cortes??s de classe alta. Tess olhou para Jake com desd?©m. - Cortes??. Isso soa como algo ex??tico. Quem sabe o que va acontecer com elas depois que chegarem l??. Jake olhou para Tess suplicantemente. - N??o me diga que agora voc?? quer se envolver e consertar o que quer que seja que eles est??o fazendo? Tess normalmente fica irritada quando ?© desafiada. - E se eu disser? Apesar de seus t?­tulos grandiosos, esse babaca do Belcour ?© basicamente um cafet??o. Ele est?? usando as mulheres para entreter seus comparsas. Deve haver algo ilegal envolvido. - Talvez, mas voc?? n??o ?© policial. Tess, as vezes voc?? tem dificuldade em n??o ultrapassar os seus limites. Voc?? n??o tem autoridade legal para intervir, e se voc?? for a pol?­cia, voc?? vai precisar de provas. Um advogado inteligente vai fazer picadinho de uma alega?§??o n??o comprovada, e voc?? ganhar?? a inimizade de um homem importante. Eu preciso lembrar que a organiza?§??o dele fornece financiamento a muitos de nossos clientes para que eles possam comprar armas e, por sua vez, nos contratem para ensin??-los a us??-las? - L?? voc?? vai sendo pr??tico novamente. Esse ?© o problema com nosso mundo. Tudo, eventualmente, se resume a dinheiro. - IIsso ?© verdade, e voc?? tamb?©m pode viver com isso. Eles est??o embarcando no avi??o. Vamos nos sentar e tentar relaxar. Este vai ser um longo voo. Tess estava irritada com Jake agora. Ele sempre insistia em olhas as coisas de maneira l??gica. 6 - Tentando fazer o bem De volta a Nova York, Tess estava desfrutando da tarde descansando na varanda de seu apartamento, apreciando a vista de arranha-c?©us iluminados e a faixa de luz de milhares de carros percorrendo as ruas da cidade. Jake trouxe um copo de conhaque para ela e sentou ao seu lado. Tess tomou um gole. - Isso ?© estranho. ?? dif?­cil de acreditar que um homem instru?­do como Belcour est?? envolvido nesse tipo de vulgaridade. - Ele n??o v?? isso como vulgaridade. - Jake constatou. - Ele apenas considera que o que ele est?? fazendo ?© uma forma de entreterimento para pessoas que podem pagar por isso. Obviamente todos eles tem muito dinheiro e, eventualmente, eles ficam entediados, ent??o come?§am a procurar formas alternativas de excita?§??o. - N??s temos dinheiro e ainda conseguimos fazer algo de ??til. - N??s ainda n??o estamos entediados. Tess socou levemente o ombro de Jake. - O que voc?? quer dizer com ainda? Voc?? est?? sugerindo que, eventualmente, voc?? ficar?? entediado? Jake sorriu. - Tess, n??o tem como ficar entediado vivendo com voc??. Voc?? ?© t??o linda e sempre tem algo mais com voc??. Tess socou o ombro dele de novo, dessa vez com um sorriso. - Ali??s, o que fazemos com Suchin a longo prazo? N??s n??o podemos deixar ela simplesmente voltar para uma vida no bordel. - Eu ainda n??o tenho certeza de como podemos ajudar daqui. Jake co?§ou a cabe?§a. - Suchin ?© apenas uma em um milh??o de garota na mesma situa?§??o. N??o h?? d??vida de que estamos lidando com um sistema de escravid??o. O problema ?© que a prostitui?§??o for?§ada ?© t??o difundida, e quase institucionalizada, que seria necess??rio um esfor?§o multinacional para resolver o problema. Do jeito que est??, os governos asi??ticos apenas falam sobre o controle do tr??fico. Em sua maioria eles ignoram o que est?? acontecendo, porque, de um modo perverso, a escravid??o sexual contribui n??o oficialmente para o seu Produto Nacional Bruto. N??o s??o apenas os cafet?µes que lucram, mas a pol?­cia e as autoridades locais tamb?©m. Eu tenho quase certeza que os policiais aceitam suborno para olhar para o outro lado. Ser pago por cafet?µes ?© considerado como uma forma de complementar seus sal??rios. Al?©m disso, h?? uma importante ind??stria do sexo tur?­stico. Pessoas do mundo inteiro v??o para ??sia para terem acesso as vantagens de um servi?§o de sexo barato e sem restri?§?µes. Tess ficou chocada. Sua educa?§??o privilegiada n??o a preparou para enfrentar a dura realidade daquela situa?§??o que ela testemunhou. T?­pico do seu comportamento orientado para a a?§??o, ela prop??s fazer algo sobre isso. - Eu acho que tenho uma solu?§??o. Tess proclamou triunfante. - Vamos estudar a cria?§??o de uma organiza?§??o de resgate gerida por mulheres que foram resgatadas de uma vida de prostitui?§??o. Eu n??o sei vamos conseguir a coopera?§??o do governo, mas temos que tentar. Jake balan?§ou a cabe?§a. - Tess, voc?? tende a querer resolver todo tipo de problema que v??. Isso ?© muito grande para n??s, especialmente porque eu n??o acho que vamos conseguir uma aprova?§??o oficial para criar essa organiza?§??o. - Isso ?© o que todos dizem. - Tess respondeu. - Parece que todo mundo aceita as coisas ruins que acontecem porque ?© muito complicado fazer algo sobre. Sempre v??o existir obst??culos. Tudo o que temos que fazer ?© trabalhar para desviar deles. - Tess, voc?? tem que entender que estamos lidando com um problema em escala mundial aqui. Essas coisas acontecem em todo lugar da ??sia, Europa e Am?©rica do Sul, at?© mesmo nos EUA. N??s n??o podemos simplesmente dar um jeito nisso, o problema ?© muito maior do que podemos lidar. At?© mesmo o governo fica frustrado devido a sua incapacidade de evitar o com?©rcio de escravid??o sexual e tr??fico humano em geral. - Eu pensava que escravid??o era coisa do passado. - N??o ?© bem assim. A escravid??o hoje em dia ?© muito mais ampla e abrangente do que j?? foi no passado. Ela existe pelo mundo inteiro, de maneiras inimagin??veis, desde as p?©ssimas condi?§?µes, como vimos no Camboja, at?© a escravid??o sexual, pornografia, prostitui?§??o de alto n?­vel e com?©rcio sexual volunt??rio. Tess balan?§ou a cabe?§a de um lado para outro, frustrada. - Jake, n??s gastamos a maior parte do nosso tempo e esfor?§os ensinando os ex?©rcitos a usar armas e aeronaves que, no total, custam bilh?µes de d??lares. Talvez n??s dev??ssemos focar em algo mais positivo. N??s temos alguns recursos e muitas pessoas talentosas. Talvez dev??ssemos pensar em uma nova miss??o. Jake tocou no canto interior dos olhos, claramente c?©tico. - Esses s??o sentimentos admir??veis Tess. Mas eu tenho certeza que voc?? sabe que, quando ensinamos as pessoas a usar armas, n??s ganhamos dinheiro com isso. Como n??s vamos financiar essa miss??o humanit??ria que voc?? est?? propondo? Eu odeio parecer c?­nico, mas no final, voc?? vai precisar de dinheiro para fazer as coisas. N??s estamos lidando com situa?§?µes que nem o governo consegue lidar direito. - Os governos t??m suas pr??prias prioridades, e lidar com a mis?©ria de pessoas sem privil?©gios, aparentemente, n??o ?© uma delas. Voc?? sempre deve escolher o que ?© mais importante. Eles fazem os movimentos, fazem algo, mas sempre ?© insuficiente para resolver os problemas. Eu acho que devemos criar um plano que envolva o governo e organiza?§?µes de servi?§o social em uma abordagem coesa e abrangente para remediar a escravid??o sexual . - ??timo, mas o meu ponto de vista ainda ?© v??lido. Como n??s vamos financiar esse empreendimento? Voc?? mesma disse que o governo tem um senso de urg??ncia prec??rio para lidar com esses problemas. - Jake, eu acho que n??s podemos fazer a diferen?§a se n??s discutirmos esse conceito com a ONU e outras ag??ncias. - A ONU j?? est?? com as m??os cheias. De qualquer forma, eles s??o extremamente limitados pelo fato de que seu financiamento vem dos pa?­ses membros que podem ou n??o estar interessados em resolver os problemas. - Eles t??m divis?µes como a UNICEF que parece fazer um trabalho razoavelmente bom. - Talvez, mas n??s estamos lidando com um problema muito maior e complicado aqui. N??o h?? nenhuma hip??tese de n??s conseguirmos lidar com algo dessa magnitude sem um financiamento significativo. Um governo prefere gastar bilh?µes de d??lares na constru?§??o de estradas, barragens e armas, ao inv?©s de proteger as pessoas marginalizadas. Foi sempre assim, s?? que agora ?© ainda pior. - Voc?? est?? certo Jake, mas algu?©m precisa abordar essa quest??o e ser um coordenador central de atividades para pelo menos remediar alguns desses problemas. Eu, voc?? e nossa equipe podemos nos tornar o n??cleo de um esfor?§o para lidar com a praga da escravid??o. N??o ser?­amos apenas benfeitores, mas sim uma organiza?§??o que tenha capacidades sofisticadas e experi??ncia militar para ser usada conforme necess??rio. Eu sei que n??o existe uma organiza?§??o como essa no mundo inteiro, mas n??o quer dizer que n??s n??o podemos torn??-la realidade. Jake colocou as m??os atr??s da cabe?§a e esticou. Sua mente brilhante estava j?? trabalhando, analisando os v??rios cen??rios e estrat?©gias que poderiam fazer para essa abordagem funcionar. - Voc?? acha que conseguimos envolver o seu pai nisso? Como um general aposentado e agora CEO, ele deve ter contatos que possam nos ajudar. - Eu receio que meu pai esteja mais interessado em vender armas caras para qualquer um que possa pagar, mas ele tem um cora?§??o. Ele pode estar disposto a ajudar n??o s?? a solicitar fundos, mas tamb?©m a obter algum apoio do governo. - Tudo bem Tess, mas n??s n??o podemos pedir a nossa equipe para mudar radicalmente o foco de trabalho sem o consentimento deles. Eu acho que n??s dever?­mos fazer uma reuni??o com eles e explicar o conceito. Para o plano ter chances de ser bem sucedido, eles tem que acreditar na ideia. A prop??sito, me reservo o direito de permanecer c?©tico. Isso soa como uma iniciativa que Don Quixote iria amar. Ele tinha o cora?§??o no lugar certo, mas acabou lutando contra os moinhos de vento. - Eu sempre amei o seu otimismo Jake. - Tess sorriu sarcasticamente. - Mas pelo menos, eu sei qeu voc?? dar?? o seu m??ximo. Ela se levantou, sentou no colo dele e lhe deu um longo e demorado beijo. Jake amava Tess. Ele saboreou os l??bios dela e enterrou o nariz em seu peito, sentindo seu perfume maravilhoso. - Voc?? sabe mesmo como persuadir um cara. - Cala a boca e tira a roupa. Quando Tess falava daquele jeito, Jake sempre obedecia. 7 - Almo?§o em Paris Tess e Jake abriram um escrit??rio em Paris em um pr?©dio comercial que oferece todo tipo de servi?§o para empresas, incluindo salas de reuni?µes bem equipadas, m??quina de caf?©, banda larga e acesso 24 horas. A instala?§??o estava bem localizada na Place Vend??me, estrategicamente situada ao lado do distrito financeiro de Paris, em frente ao mundialmente famoso Ritz Hotel e a poucos minutos a p?© do Tuileries Gardens e do Louvre. Era perto de esta?§?µes de metr?? e restaurantes, caf?©s, bares e lojas. O DRE estava agora envolvido em mais do que treinamento militar para os pa?­ses em desenvolvimento. Eles agora estavam lidando com tarefas especializadas que inclu?­am testes e comissionamento de aeronaves. Parte do trabalho era ajudar os clientes a preparar propostas para apresentar as organiza?§?µes internacionais de fundos, para que eles pudessem comprar armas e aeronaves. Uma grande parte desse financiamento vinha da organiza?§??o internacional de desenvolvimento, ODI, que pertencia a Laurent Belcour. Ap??s o epis??dio de orgia no Camboja, Tess esperava evitar lidar com Belcour pessoalmente, por isso tinha delegado grande parte do trabalho de coordena?§??o ao seu pessoal. Eles estavam progredindo, at?© que houve um impasse. Belcour exigiu encontrar Tess pessoalmente para discutir o neg??cio. Ele enviou uma mensagem para o escrit??rio dela, junto com um lindo buqu?? de rosas, perguntando se ela lhe daria o prazer de sua companhia durante o almo?§o, para que eles pudessem discutir o financiamento dos projetos. Tess procurou uma desculpa, mas Belcour permaneceu inflex?­vel. S?? haveria acordo se ela se encontrasse com ele para discutir os termos dos projetos. Jake estava fora por uns dias, ent??o ele n??o poderia ajuda-la. Relutante, Tess aceitou ir almo?§ar com Belcour. Um taxi levou Tess ao L???Arp??ge, um dos restaurantes mais elegantes e caros de Paris. O Ma?®tre d', prontamente, levou-a a uma mesa. Conforme Tess se aproximava, Belcour se levantou e abriu um enorme sorriso. - Tess, ?© um prazer v??-la novamente! Tess apertou a m??o dele, mas Belcour n??o conseguiu resistir, segurou a m??o de Tess e beijou, assim como fez na primeira vez que eles se encontraram no Camboja. - Eu estou t??o feliz em lhe ver. J?? faz muito tempo. Agora que voc?? est?? aqui, eu pretendo compensar o tempo perdido. - Monsieur Belcour, estou aqui para falar de neg??cios, eu agradeceria se nos mantiv?©ssemos falando sobre o trabalho. - Tess, est?? ?© a Fran?§a. ?? de bom tom desfrutar da companhia um do outro antes de mergulhar em quest?µes de trabalho. Vamos olhar o menu. Voc?? prefere vinho ou champanhe para acompanhar a refei?§??o? - Monsieur Belcour, eu geralmente n??o bebo no almo?§o. - Eu insisto que voc?? me chame de Laurent. Voc?? n??o quer me deixar triste, n??o ?©? - Tudo bem, Laurent. Podemos ir para o que importa agora? - Eu n??o sonharia em falar de neg??cios sem desfrutar de um excelente almo?§o. Gostaria que eu pedisse por n??s dois? Tess viu que essa reuni??o n??o ia a lugar nenhum se n??o concordasse com o desejo do homem de se socializar. - Sim, j?? que n??o tem outro jeito, Laurent. Por favor, pode pedir. - Espl??ndido! Laurent chamou o gar?§om e fez o pedido. - Ent??o, como ?© o seu novo escrit??rio em Paris? Eu aprovo. A Fran?§a ?© um lugar perfeito para fazer neg??cios em v??rios pa?­ses africanos. A comida chegou. Lauren pediu uma sele?§??o maravilhosa de deliciosos pratos franceses. A sele?§??o inclu?­a escargot empanado, costela de cordeiro assada com timo recheado com cebola assada; fricassee de feij??o polo com manteiga, tomate de ameixa e uma paste de azeitona Nicoise. Tess n??o estava com fome. Ela queria fugir Belcour logo que poss?­vel. Infelizmente, ela sabia que uma r??pida reuni??o estava fora de quest??o. - Sant?©. Belcour levantou uma ta?§a de vinho celebrando o almo?§o. Eles tomaram um gole. - Tess, eu gostaria de fazer as pazes devido ao nosso pequeno desentendimento no Camboja. Sinceramente, lamento ter deixado voc?? desconfort??vel. - N??o vou julgar o seu estilo de vida, Laurent. Ao mesmo tempo, voc?? deve perceber que uma orgia n??o ?© como uma x?­cara de ch?? para todo mundo. Jake e eu nos sentimos emboscados. De qualquer maneira, isso n??o ?© coisa nossa. - Eu entendo. Como voc??s americanos costumam dizer, 'Foi mal.' Eu deveria ter sido mais sens?­vel, mas eu garanto que n??o foi minha inten?§??o ofender. Muitas pessoas ilustres e talentosas desfrutam de entretenimentos al?©m do normal. Tess estava tentando manter a calma e n??o bater no homem do outro lado da mesa. Infelizmente, ela n??o podia se indispor com ele. Sem o seu consentimento, o financiamento do projeto n??o seria poss?­vel. - Eu estou bem com isso, Laurent; cada um na sua. - Perfeito. Agora, vamos aproveitar nossa refei?§??o. Laurent era um encantador emblem??tico. Ele encheu Tess de elogios e a impressionou com seu conhecimento de praticamente tudo que existe na face da Terra. Tess permaneceu relativamente quieta, pegando sua comida, ansiando pela hora que ela poderia ir embora. Quando a sobremesa chegou, Laurent tocou as m??os dela novamente. Tess tentou retir??-la, mas ele a segurou. - Tess, eu a convidei para almo?§ar para discutir algo al?©m de neg??cios. - Voc?? n??o quer falar sobre o financiamento dos projetos? - J?? est?? feito. Sou um homem de palavra. Os fundos para o seu projeto da Nig?©ria est??o agora dispon?­veis para serem usados. Ent??o, n??o h?? nenhuma necessidade de falar sobre isso. O que eu quero falar ?© algo de natureza muito mais agrad??vel. Tess enconlheu os ombros dela, ficando automaticamente na defensiva. - O que voc?? tem em mente Laurent? - Tess, eu gostaria de ter a honra de lhe pedir para se tornar minha amante. Voc?? ?© uma mulher linda, e eu estou convencido que n??s iriamos nos dar muito bem. - Laurent, voc?? ?© um homem atraente, mas voc?? sabe que eu sou casada e que eu amo o meu marido. - Claro que sim, e eu amo a minha esposa tamb?©m. Isso n??o impede o encontro com um amante regularmente. - Laurent, eu sei que a Fran?§a ?© um pouco mais liberal sobre algumas coisas mas, eu n??o vejo como adult?©rio pode ser algo bom. - Voc?? faz o prazer parecer algo sujo. N??o ?© s?? na Fran?§a. Muitos de n??s acreditam que ter um amante ajuda a aliviar e at?© mesmo evitar o t?©dio conjugal. Na verdade fortalece relacionamentos. Muitos casais t??m uma compreens??o de que cada um tem o direito a um tempo privado para fazer o que quiserem. Minha esposa concorda, apenas no caso de voc?? estar se perguntando. Tess estava ficando cada vez mais desconfort??vel e estava lutando para evitar o resto da conversa sem ofender Belcour. - Fico feliz que isso funcione para voc??s Laurent, e estou lisonjeada pela sua proposta, mas eu n??o consigo fazer isso. De qualquer forma, eu n??o passo muito tempo em Paris. Tess instantaneamente reconheceu que ela tinha cometido um erro. Ela praticamente admitiu que ela poderia estar receptiva a um caso, se n??o fosse pela quest??o geogr??fica. - Ah, mas essa ?© a beleza do arranjo que proponho. Eu tamb?©m n??o pasos muito tempo em Paris. Eu viajo por todo o mundo, como voc??. Seria fant??stico para encontros em lugares diferentes. Seria maravilhoso encontrar com sua amante, n??o importa onde voc?? esteja. - Laurent, eu quero dizer que eu amo o meu marido, Jake. Eu simplesmente n??o posso fazer o que voc?? prop?µe. - Seria um grande presente para o seu marido encoraj??-lo a arranjar uma amante tamb?©m. Iria apimentar o casamento e garantir a longevidade. Tess agora estava mexendo em sua bolsa, querendo fugir, Belcour percebeu. - Tess, por favor, mantenha a mente aberta. Eu sou um ??timo amante e iria adorar voc??, encher de j??ias e honr??-la como uma parte preciosa da minha vida. - Obrigada pelos elogios Laurent, mas eu continuo n??o me sentindo confort??vel com a proposta. Eu respeito quem voc?? ?©, mas eu tenho uma mentalidade diferente. O que voc?? est?? sugerindo ?© inaceit??vel pra mim. Me desculpe. - Voc?? vai, pelo menos, pensar nisso? N??o desista da oportuidade de melhorar muito a sua vida. Eu ficaria desolado por n??o v??-la regularmente. - Laurent, eu tenho certeza que n??o faltam mulheres bonitas que aceitariam sua proposta. Eu s?? n??o sou uma delas. Vamos continuar amigos. - Eu estou t??o feliz que voc?? disse amigos. Talvez isso possa se tornar em algo mais no futuro. Tess for?§ou um sorriso e se levantou. - Obrigada pelo almo?§o Laurent. Vejo voc?? por a?­, tenho certeza. Ela pegou sua bolsa e come?§ou a caminhar para fora. - Pense nisso Tess. 'Pervertido', Tess pensou. 8 - Rezando pelas jovens Tess e Jake tem uma filha adotiva, Aara. Com 14 anos de idade, a menina foi crescendo com uma espetacular beleza ex??tica. Nascida no Iraque, ela era delicada, com um cabelo preto brilhante, grandes olhos castanhos, pele de oliva e um jeito refinado que a diferenciava das outras crian?§as na escola. Ela tamb?©m era extremamente inteligente, falava ingl??s, franc??s, turco e ??rabe, e era obcecada por livros. Por ser t?­mida e seus talentos serem intimidadores, ela n??o tinha muitos amigos. Aara amava Tess e Jake. Infelizmente, eles tinham que viajar muito em miss?µes pela companhia militar. Aara sentia falta deles e tornou-se cada vez mais introvertida e deprimida. Ela estava indo para uma escola particular na cidade de Nova York. Carol, que tinha sido bab?? do pequeno Morgan e uma guarda-costa pessoal, que a levava para as aulas e geralmente cuidava dela. Quando Tess e Jake estavam fora, Aara ficava com o pai de Tess, General Turner. Ele gostava muito da crian?§a, mas ela sempre o fez lembrar de Morgan, o neto que ele adorava e tragicamente perdeu. Um dia, a guarda-costa ficou presa num engarrafamento devido a um acidente e n??o conseguiu buscar Aara quando ela saiu da escola. Agitada, ela n??o seguiu as regras, ir para a sala do diretor e esperar Carol. Em vez disso, sentou-se num banco em frente ?  escola. Ali, ela foi abordada por Jorge Lopez, um veterano da mesma escola. Jorge foi simp??tico e era muito bonito. Ele sentou com ela e superou sua timidez ao falar sobre coisas em geral. Ele compartilhou seus sonhos de viajar e um dia ter seu pr??prio apartamento. Ele ainda a contou que tamb?©m tinha pais ausentes, que n??o prestavam muita aten?§??o nele. Logo Aara se abriu e compartilhou do mesmo sentimento. Jorge declarou que isso queria dizer que eles eram almas g??meas, e que, em breve, eles deveriam ficar juntos. Aara s?? tinha 14 anos e n??o levou essa proposta muito a s?©rio. Ao longo de algumas semanas, Jorge fez quest??o de procur??-la durante os intervalos escolares e continuou a investigar sua ang??stia e infelicidade na adolesc??ncia. Ele continuou falando sobre a atra?§??o crescente que ele sentia por ela. Ele ent??o contou que iria se formar em algumas semanas e que queria que ela fosse com ele para Houston, onde eles iriam encontrar um apartamento e viver felizes para sempre. Aara n??o estava feliz com a aus??ncia prolongada de seus pais adotivos, e estava passando pela confus??o e afli?§??o de crescer. Contudo, sendo t??o inteligente, ela percebeu que havia algo em Jorge que n??o fazia sentido. Sim, ele era lindo e charmoso, mas por que ele estaria interessado numa garota t??o mais jovem? Ela tamb?©m observou ele falando com outras garotas, tamb?©m muito mais jovens que ele. No dia antes da formatura, Jorge declarou seu amor eterno a Aara e implorou que ela fosse com ele no dia seguinte. Aara n??o estava convencida. Ela amava seus pais adotivos e sabia que eles tinham passado pelo inferno para conseguir adot??-la, ent??o, quando eles chegassem em casa, ela contou a Tess e Jake o que Jorge estava pretendendo. Quando era confrontada com amea?§as, Tess tinha dificuldade em controlar o seu temperamento. De v??rias maneiras, ela era como um vulc??o em erup?§??o, a raiva crescia gradualmente at?© ela, finalmente, explodir. Jake a conhecia muito bem e fez o que normalmente funcionava. Ele a abra?§ou para acalm??-la um pouco. Ent??o ele falou com Aara. - Querida, quem ?© esse menino? Voc?? j?? o viu nas aulas alguma vez? Ele tamb?©m fala com outras garotas do mesmo jeito? Aara disse tudo a eles, inclusive a insist??ncia de Jorge para que eles fugissem juntos. Tess a abra?§ou, n??o querendo mais largar e Jake ligou para escola e insistiu em encontrar o diretor na manh?? seguinte. Ent??o ele ligou para Joe Slezak, do departamente de TI, e pediu para que ele fizesse algumas pesquisas para ele. Tess e Jake apareceram na hora marcada e perguntaram ao diretor da escola se ele sabia alguma coisa sobre Jorge. O diretor s?? sabia que ele era um veterano que estava prestes a se formar. Sua fam?­lia tinha emigrado legalmente da Col??mbia, e trabalhavam em uma rede de supermercados. Tess foi direto ao ponto. - N??s temos raz?µes para acreditar que esse jovem rapaz est?? tentando seduzir jovens garotas a abandonar suas fam?­lias e fugir com ele. O diretor pareceu relutante em tomar qualquer medida devido a falta de provas. Ent??o Jake apresentou uma investiga?§??o preliminar conduzida por sua firma. - N??o ?© verdade que tr??s garotas, estudantes dessa institui?§??o, fugiram e nunca mais foram vistas? - Sim, mas n??o quer dizer que houve qualquer coa?§??o ou que Jorge tenha algo a ver com isso. As adolescentes s??o altamente sens?­veis e vivem fazendo coisas est??pidas. - A pol?­cia se envolveu? - Sim, eles investigaram mas n??o conseguiram achar nada, ent??o eles simplesmente abandonaram o caso. Eles disseram que tinham muitos casos de crian?§as desaparecidas e n??o tinham recursos suficientes para acompanhar todos eles. - E os pais? - Eles obviamente ficaram chateados, com os cora?§?µes partidos, mas eles n??o foram capazes de achar as crian?§as. Tess se levantou. - Muito obrigada senhor. N??s manteremos contato. Jake e Tess voltaram para o escrit??rio e pegaram Ken Ross na cal?§ada. Ken era um atirador habilidoso que tinha se juntado a DRE desde o in?­cio. Ele foi a v??rias miss?µes e logo se tornou um dos gerentes principais. Ele era muito engenhoso, forte, inteligente e sempre pode ser confi??vel em situa?§?µes dif?­ceis. No caminho de volta para o col?©gio, Jake explicou o plano rapidamente. - N??o vamos conseguir mais nada com a pol?­cia, ent??o teremos que lidar com esse problema n??s mesmos. Eu disse a um amigo meu, que ?© um investigador na cidade, que estamos fazendo nossas pr??prias investiga?§?µes, ent??o temos um pouco de permiss??o para nos envolvermos nisso. Em troca, ele quer que eu lhe d?? o que conseguirmos. Aqui est?? uma foto de Jorge. Eu quero peg??-lo e ter uma conversinha com ele. Eles estacionaram o carro na entrada da escola e permaneceram dentro at?© que eles vissem Jorge falando animadamente com uma jovem garota. Jake foi at?© o jovem, agarrou-o pelo pesco?§o e o jogou dentro do carro. Ken colocou uma fita adesiva sobre a boca do garoto e guiou o grupo at?© um local tranquilo no Central Park. Todos sa?­ram do carro e Ken pegou uma corda. Jake for?§ou Jorge a sentar em uma pedra e ficou encarando ele. Ele ent??o arrancou a fita adesiva. O garoto estremeceu, mas n??o ficou intimidado. - Eu n??o sei quem s??o voc??s, mas eu vou gritar se voc??s encontarem mais um dedo em mim. - Isso ?© o que vai acontecer. - Jake disse. - N??s iremos lhe perguntar algumas coisas e voc?? ir?? nos contar exatamente o que queremos saber. Depois disso n??s podemos deixar voc?? ir... ou podemos come?§ar algumas atividades nada prazerosas. Eu sugiro que voc?? leve isso a s?©rio. - Eu n??o tenho que falar merda nenhuma. Jorge gritou. Tess n??o tinha mais paci??ncia para os absurdo que o punk dizia e o chutou no est??mago, como um do que estava por vir. Ele caiu no ch??o, com as m??os aonde Tess tinha chutado. Como de costume, Jake fez um show para conte-la. Ent??o fez Jorge se sentar novamente enquanto ele tentava recuperar o f??lego. Ele agora assumiu um comportamento paterno. - Tudo bem Jorge. Por favor, por que voc?? quer fugir com Aara? - Aara ?© infeliz e ela me ama. Eu s?? quero lev??-la e faz??-la feliz. Tess bateu-lhe novamente. Jake interveio. - Jorge, eu n??o posso conter essa senhora pra sempre. Se voc?? n??o nos contar o que sabe, voc?? vai acabar como comida para cachorro. - V?? para o inferno! - Tudo bem, vamos fazer do seu jeito. Jake sinalizou para Ken, que rapidamente amarrou os p?©s de Jorge, jogou a corda pelo galho de uma ??rvore e puxou, suspendendo-o de cabe?§a para baixo. Ent??o ele amarrou o final da corda em um galho mais baixo. Jake resumiu a conversa. - Jorge, voc?? tem que entender uma coisa. N??s n??o temos muito tempo, e n??s temos que resolver nosso mal entendido rapidamente. Ent??o, eu vou lhe perguntar algumas coisas e voc?? ir?? responder de maneira civilizada. Jorge estava juntando for?§as para gritar quando Ken amassou um pano em sua boca. Ent??o Jake puxou uma faca e fez uma apresenta?§??o, demonstrando em seus dedos o quanto ela estava afiada. Jorge arregalou os olhos. Ele parou de lutar. - Muito bem Jorge. Agora, por favor, me conte o que aconteceu com as tr??s garotas que desapareceram da escola. Eu consigo ver que voc?? era amigo de todas elas. Jake se agachou e retirou o peda?§o de pano da boca de Jorge. A crian?§a gritou at?© que Tess ficou impaciente e o chutou na cara, arrancando sangue do seu nariz. Desde que o rapaz estava de cabe?§a para baixo, ele come?§ou a engasgar com o sangramento. Jake continuou. - Jorge, eu realmente quero encontrar uma maneira de lhe proteger dessa senhora malvada. Voc?? precisa falar comigo, ent??o essa ?© a minha primeira pergunta. Por que voc?? estava tentando persuadir Aara a fugir com voc??? Sufocando devido ao sangue escorrendo de seu nariz, Jorge ainda estava lutando. - Porque ela odeia voc??s e eu a amo! Tess estava realmente irritada agora. Ela chutou o menino nos rins. O golpe o silenciou por um minuto. Jake retomou seu inqu?©rito. - Jorge, agora voc?? vai me dizer o que voc?? fez com as tr??s garotas que desapareceram. Ele n??o conseguiu uma resposta. Jake pegou a faca e testou novamente o quanto estava afiada, s?? que dessa vez no rosto de Jorge. Ele desenhou uma linha fina em sua bochecha, que come?§ou a sangrar imediatamente. - Tudo bem Jorge, voc?? realmente precisa me dizer o que aconteceu, ou eu vou come?§ar a cortar voc?? em tiras. O que aconteceu com as garotas? Para enfatizar seu pedido, Jake o apunhalou ligeiramente na coxa. Jorge agora entrou em p??nico. - Pare, eu vou contar. Apenas pare. - Excelente Jorge. Ent??o, o que aconteceu com as garotas? - Voc?? pode me por no ch??o? - Ainda n??o. Veja s??, essa senhora ?© a m??e de Aara e eu estou preocupado que ela perca a paci??ncia e quebre todos os ossos do seu corpo. Sufocando, Jorge tentou responder. - Um homem me paga uma comiss??o para que eu entregue lindas jovens a ele. Eu as levo para uma casa no Queens e as entrego ao meu contato e seus capangas. Eles me pagam mil d??lares cada e seguimos nossos caminhos. Tess sentiu o vulc??o em sua cabe?§a prestes a explodir. - E voc?? j?? se perguntou o que eles fazem com as garotas? Voc?? simplesmente vai embora? - Meu trabalho ?© fornecer o que eles querem. Qualquer coisa al?©m disso, n??o ?© da minha conta. Tess n??o pode resistir em chutar o outro rim do rapaz. Jorge engasgou, se contorcendo em dor. Jake retomou seu inqu?©rito. - Tudo bem Jorge. Agora, tudo o que voc?? tem que fazer ?© me dizer o nome do homem que voc?? entregou as meninas, e eu des?§o voc??. - Eu n??o sei o nome de ningu?©m. Eles nunca me falaram. Jake olhou para Ken, que come?§ou a abrir as cal?§as de Jorge. Ele colocou as luvas de borracha e puxou o mebro fl??cido do menino para fora. Jake ent??o passou a faca para ele. Ken cortou as cal?§as e as cuecas dele, abrindo espa?§o para o trabalho. - Eu preciso torn??-lo consciente de algo, Jorge. Ken aqui ?© era um homem das for?§as especiais. Ele passou muito tempo na ??frica. L??, ele aprender um h??bito peculiar praticado pelos nativos. Quando eles n??o conseguem a resposta certa de uma pessoa que n??o quer cooperar, eles cortam fora suas partes ?­ntimas e enfiam em suas bocas. Ent??o eles o deixam sangrando at?© morte. Ken bateu no escroto de Jorge, indicando que ele estava pronto para prosseguir. Jorge se debateu e murmurou. - Voc?? est?? maluco. As pessoas n??o fazem essas coisas por aqui. Jake se compadeceu. - Geralmente n??o, mas meu amigo aqui ?© um pouco traumatizado por suas experi??ncias de combate. Ent??o, eu realmente acho que ele est?? morrendo para remover seus genitais. Ken cortou um pouco mais. - Tudo bem, eu conto pra voc??s. S?? des?§am daqui. - Eu ficaria feliz em fazer isso , assim que voc?? me der os nomes. - O nome do cara ?© Duboi, Bertrand Duboi. Tess se encostou contra o carro. Dubois, o homem que estava com Laurent. - Viu Jorge, n??o foi t??o dif?­cil. Ken, des?§a ele. Ken cortou a corda e Jorge caiu no ch??o como um saco de batatas. Jorge ficou de joelhos, sangrando e desgrenhado. Ele finalmente se levantou e tentou puxar o que sobrou de suas cal?§as. Ele estava visivelmente abalado. - Mais uma coisa Jorge. Voc?? tem que vir comigo at?© a pol?­cia. Eu aposto que eles tamb?©m v??o quere ouvir sua hist??ria. - Vai se foder! Eu vou contar a eles o que voc??s fizeram comigo. - Como voc?? quiser, fa?§a. Claro que eles n??o v??o acreditar em voc??, ao inv?©s disso eles v??o ter v??rias perguntas e voc?? ir?? responder a todas elas. Ent??o voc?? ir?? a julgamente e depois para a cadeia por um longo tempo. - Os policias n??o est??o autorizados a fazer o que voc??s fizeram. Eu n??o vou contar nada a eles. Tess deu-lhe outro chute no est??mago. - N??o, eles n??o v??o bater em voc??, mas eu te garanto que n??s iremos voltar e bater em voc?? caso voc?? n??o fale. Ent??o, por favor, seja honesto e confesse seus pecados aos policiais. Ken agarrou Jorge e o jogou no porta malas do carro, lamentavelmente, batendo a porta em sua cabe?§a. No caminho da delegacia, Jake ligou de volta para Joe Slezak, do departamento de TI. - Voc?? conseguiu Joe? Todo o processo foi gravado no smartphone de Jake. - Com certeza chefe. Eu vou transferir a vers??o final para o seu telefone antes que voc?? chegue na delegacia. Eles dirigiram at?© a delegacia e entregaram o delinguente para um dos amigos de Jake, Peter Abbot, um sargento da for?§a-tarefa de tr??fico humano da cidade. Jake tamb?©m baixou um ??udio da conversa que teve com Jorge, uma vers??o editada e impec??vel que omite qualquer sugest??o de coer?§??o, e entregou para Peter. - Agora que n??s j?? temos uma boa ideia de quem est?? sequestrando as garotas, n??s vamos ter uma conversinha com Dubois no Queens. - N??o se preocupe Jake. Eu j?? verifiquei isso. Ele e sua gangue deixaram o pa?­s a uma semana. Eles est??o na B?©lgica agora, mas n??s temos um deles n?? cadeia. - E as garotas desaparecidas? - N??s organizamos uma for?§a tarefa e vamos seguir as pistas. Com sorte, n??s seremos capazes de encontra-las. Jake voltou para o carro e contou a Tess e Ken que era in??til ir at?© o Queens. Tess ainda estava furiosa. - Com que frequ??ncia esse tipo de coisa acontece? Eu n??o consigo acreditar que as autoridades ignoram o sequestro de pessoas jovens. - Eles n??o ignoram. O problema ?© que eles n??o tem recursos suficientes para lidar com essa situa?§??o. Agora, se Dubois tamb?©m est?? envolvido no sequestro das garotas, isso provavelmente quer dizer que ele est?? as levando para os bord?©is. As garotas s??o jovens e bonitas, e eu tenho certeza que ele esta lucrando muito com isso. - Eu tremo s?? de pensar que ele poderia ter levado Aara. N??s temos muita sorte por ela ser t??o esperta. - Pode ter algo mais nisso. Dubois est?? conectado a Belcour. Eu n??o ficaria surpresa se isso fosse parte do seu imp?©rio do sexo. - Agora Belcour foi longe demais. - Tess disse, rapidamente assumiu seu jeito de guerra. - Eu irei atr??s dele e vou coloca-lo no lugar que ele merece, bem longe. - Eu concordo com voc??, mas n??o vai ser f??cil. N??s temos que provar uma conex??o direta entre eles. - Jake, eu n??o estou brincando. N??s vamos atr??s desse bastardo e vamos mat??-lo. - Calma Tess. N??s vamos garantir que ele tenha aquilo que merece. Jake e Tess chegaram ao seu apartamento e ouviram uma m??sica a tocar. Eles correram para a porta e invadiram o lugar. Aara estava praticando suas li?§?µes de piano. Ela brilhou de alegria quando olhou para eles. Tess a abra?§ou e a beijou. - Querida, a partir de agora, voc?? nunca mais vai ficar sozinha. Voc?? vai vir conosco para Paris. Aara sorriu. - Legal. 9 - Investigando mais a fundo De volta a Paris, Tess estava furiosa com os avan?§os de Belcour. O homem n??o desistia, repetidamente ligando e enviando flores, incessantemente a convidando para sair. Ele simplesmente n??o conseguia aceitar o n??o. Ela agora estava preocupada que ele continuasse tentando recrutar ela e Jake para seu clube do sexo pelo pre?§o de fazer neg??cios. Al?©m disso, ela e Jake estavam suspeitando fortemente que Laurente Belcour estava por tr??s da arma?§??o do sequestro de sua filha, talvez para por um pre?§o por ela. Agora Tess estava aos prantos, desejando que ela tivesse acesso a um helic??ptero Apache para que ela pudesse explodir aquele homem. Seu comportamento agressivo pode ser relacionado ao fato dela ter sido criado como um homem, porque ela estava destinada a ser uma piloto de helic??ptero de ataque. Ela tinha amolecido um pouco depois de se casar com Jake, mas ela ainda tinha que lutar para controlar seu temperamento quando lidava com o mal e a injusti?§a. Isso a tornava muito perigosa, porque ela possu?­a habilidades extraordin??rias de luta. Jake escutou as reclama?§?µes dela pacientemente at?© ela se acalmar, e depois a atualizou sobre algo que ela precisava saber. - N??s temos um problema. Nossos projetos militares dependem dos nossos clientes conseguires fundos necess??rios para pagar pelas armas que precisam e pelos nossos servi?§os. Eu acabei de descobrir que tr??s compras foram adiadas devido a problemas t?©cnicos na empresa de Belcour, a ODI. Eu ajudei nossos clientes, pessoalmente, a preparar os pedidos de financiamento e eu tenho certeza que n??o h?? nenhum problema com os requerimentos. Eu posso apostar que Belcour est?? tentando nos pressionar suspendendo os fundos da ODI. - ??timo. O que faremos agora? - Eu acho que est?? na hora de nos render. Eu pedi a Joe Slezak e sua equipe de TI para investigar Belcour. O homem ?© proeminente na comunidade empresarial e financeira internacional, mas ele tamb?©m parece ter uma reputa?§??o de ser uma homem com muitas mulheres. - Voc?? pode repetir isso? J?? testemunhamos suas inclina?§?µes. - Tem que ter algo mais. - Jake continuou. - Eu acho que ele tamb?©m est?? envolvido em neg??cios ilegais como o tr??fico humano. - Voc?? s?? pode estar brincando. Como ele pode fazer isso? Ele n??o ?© s?? um grande financiador, mas tamb?©m um nobre frances de uma fam?­lia conhecida. - Ser famoso n??o o isenta de ser um depravado. Historicamente, v??rios aristocratas europeus s??o conhecidos por participarem de organiza?§?µes que envolvem sexo. Parece que ele est?? continuando a tradi?§??o, por assim dizer. O que faremos agora? - Eu pedi a Joe e sua equipe de TI para conduzir uma investiga?§??o preliminar sobre as atividades ilegais de Belcour. Talvez possamos encontrar algo que podemos usar contra eles. O que Joe descobriu?" - N??o muito mais do que n??s j?? sabemos. Ele nos pediu para contratar um especialista nesse tipo de investiga?§??o. Ele diz que encontrou uma mulher russa que ?© excelente para essas coisas. Eu disse-lhe para ir em frente e traz??-la a bordo. - O governo franc??s j?? n??o est?? investigando Belcour? - Os franceses est??o investigando ele porque existem alega?§?µes que ele pode ser um cafet??o, o que ?© ilegal na Fran?§a. Infelizmente, Belcour tem muitos contatos e a pol?­cia tem que lidar cuidadosamente com esse caso. - N??s temos autoriza?§??o legal para investig??-lo? - Eu entrei em contato com Etienne Joubert, um investigador franc??s que j?? estava de olho em algumas transa?§?µes financeiras suspeitas vindas da ODI. Eu pedi a ele para que nos deixasse participar informalmente dos inqu?©ritos. Ele sabe de nossas capacidades e disse que nossa ajuda seria muito bem vinda, mas ele disse que tem que ser extraoficialmente, porque seus chefes n??o permitiriam que forasteiros se envolvessem em tal investiga?§??o. De qualquer maneira, a ??nica raz??o que ele est?? disposto a cooperar conosco ?© porque ele precisa de ajuda, e tal n??o ?© prov??vel que venha das autoridades francesas. O telefone tocou. Jake atendeu e disse para quem estava do outro lado da linha para entrar. Joe Slezak entrou no escrit??rio de Jake com uma mulher a tiracolo. - Jake, Tess, eu gostaria de apresent??-los a Galina Kutuzova. Ela tem sido de grande ajuda em nosso projeto. Galina parecia uma atleta russa. Alta e musculosa, ombros e bra?§os atl?©ticos, um cabelo loiro obsceno e um rosto duro, sugerindo for?§a e possivelmente amea?§a. Ela tinha um f?­sico incr?­vel, estava vestindo um macac??o e ostentando uma atitude beligerante em rela?§??o a seres menores. Ela apertou, firmemente, a m??o de Jake e mal tocou as m??os de Tess. - ?? um prazer conhecer voc??s. Joe disse que voc??s s??o os melhores chefes que algu?©m poderia ter. - N??s preferimos nos considerar como membros da equipe. - Tess respondeu com seu sorriso gracioso de sempre. Jake come?§ou a maquinar com seu c?©rebro, que mais parecia uma enciclop?©dia. - Voc?? est?? de alguma forma relacionada ao marechal Kutuzov, que lutou nas campanhas otomanas e contra Napole??o em Borodino? Galina n??o estava a espera que um americano soubesse tanto a respeito da hist??ria da R??ssia. - O Marechal Mikhail Illarionovich Golenischev-Kutuzov foi um parente distante. Ele ?© considerado um her??i na hist??ria da R??ssia. - Fascinante. - Jake respondeu. Visto que Jake estava prestes a discutir detalhadamente todas as batalhas em que Kutuzov esteve, Tess interveio. - Eu entendo que voc?? fez um trabalho fant??stico ao achar informa?§?µes pertinentes sobre Monsieur Belcour. - Joe pode fornecer as informa?§?µes para voc??s. - Aham. - Joe concordou. - N??o Galina. Nessa companhia, n??s insistimos em dar os cr?©ditos as pessoas que fizeram algo. N??o ?© habitual para o chefe levar cr?©dito pelo trabalho de seus subordinados. Por favor, prossiga e nos explique o que temos. Galina levantou sua sobrancelha, surpresa. Ent??o ela apresentou toda a informa?§??o que havia conseguido. - Eu fiz uma pesquisa global tanto de Belcour quanto da IDO, que ele ?© dono. Encontrei informa?§?µes atuais sobre as atividades da organiza?§??o, incluindo as estat?­sticas financeiras. A maior parte do que eles fazem, ?© financiar projetos de infra-estrutura para na?§?µes em desenvolvimento. Eles tamb?©m financiam compra de armas. Tudo parece ser leg?­timo. O quadro de diretores inclui tit??s da ind??stria e ministros de v??ros pa?­ses. Mas isso n??o ?© o que ?© interessante. - Por favor, continue. - Jake encorajou. - Parece que Belcour ?© conhecido por participar de certas atividades que s??o consideradas question??veis. Ele ?© conhecido por participar de grupos exclusivos que envolvem atividades sexuais com prostitutas e outros volunt??rios. Esses eventos ocorrem em v??rias capitais, n??o s?? na Europa mas na Am?©rica e na ??sia tamb?©m. O interessante ?© que v??rios casais ricos escolhem participar dessas festividades. - Sim, n??s j?? estamos familiarizado com esse fato. Parece que Belcour n??o se importa em esconder sua particioa?§??o nesses eventos. Galina olhou para eles, ligeiramente irritada com a interrup?§??o. - Tem mais. Belcour tem v??rios associados, a maioria no Reino Unido e Fran?§a, que recrutam prostitutas na Am?©rica, ??sia, R??ssia, Bulg??ria e Reino Unido. Eles tamb?©m tem uma opera?§??o significativa na Argentina, oficialmente coordenada por um americano. Entretanto, n??o h?? evid??ncias que Belcour seja qualquer coisa al?©m de participante. Ele parece apenas aparecer regularmente nessas noitadas. Ele parece ser insaci??vel e apreciar sexo violento. Ele tamb?©m tem v??rias amantes pelo mundo inteiro. Em Paris e Londres, ele tem tem alguns apartamentos privados que ele utiliza para esconder seus encontros de sua esposa. Jake colocou os bra?§os atr??s da cabe?§a. - Tudo bem, parece que o homem tem uma libido descontrolada, mas isso n??o significa muito, contando que ele n??o esconde suas atividades em rela?§??o a isso. Galina continuou. - Ainda tem mais. Parece que o recrutamento se estende a aquisi?§??o de jovens universit??rias e crian?§as. Essa parte se concentra mais no Reino Unido. Tess quase caiu da cadeira. - Estudantes e crian?§as? Eu ouvi direito? - Sim, tanto do sexo feminino quanto do sexo masculino. Al?©m disso, parece que as crian?§as s??o arrancadas de lares adotivos e, em alguns casos, raptadas. - Parece qu Belcour e Bertrand Dubois levam a s?©rio o fornecimento de todo e qualquer tipo de servi?§o. - Tess brincou. - Existe alguma evid??ncia que indique que Belcour esteja envolvido pessoalmente nesses esquemas de tr??fico humano, particularmente de jovens? - Superficialmente...N??o. Mas se voc?? der uma boa olhada em como esses grupos funcionam, existe uma coisa em comum: Cada uma dessas opera?§?µes ?© comandada por Bertrand Dubois, que n??o ?© um empregado oficial da organiza?§??o financeira de Belcour. No entanto, ele est?? sempre ao lado de Belcour. Parece que ele ?© o cafet??o chefe desse empreendimento. - Ent??o ?© poss?­vel que esse cafet??o sirva como uma cobertura para Belcour, que ?© o verdadeiro c?©rebro dessa opera?§??o? Jake perguntou. - ?? mais do que isso. - Galina adicionou. - Enquanto Belcour parece ser apenas um participante entusiasmado, na verdade, ele embolsa uma porcentagem significativa da taxa que as pessoas pagam para participarem dessas festas. Eu descobri uma conta que ele utiliza para depositar esses fundos. Tess parecia c?©tica com a informa?§??o. - Eu n??o consigo acreditar que Belcour fa?§a isso apenas por dinheiro. Ele ?© de uma antiga e nobre fam?­lia, donos de dois castelos na Fran?§a e l?­der de uma das organiza?§?µes financeiras mais respeitadas do mundo. Al?©m disso, h?? rumores que ele v?? concorrer a presid??ncia na Fran?§a. Por que ele se arriscaria a fazer dinheiro com atividades t??o s??rdidas? - Pode ser apenas por divers??o. - Jake advertiu. - Ele descobriu como fazer dinheiro explorando pessoas. Pode ser algo simples, como alimentar seu ego. - Isso ?© monstruoso! - Tess exclamou. - Eu n??o posso acreditar que ele est?? saindo impune disso. Galina pareceu pensativa por um momento, ent??o puxou um relat??rio anexo. - Eu tenho aqui uma lista das pessoas que participam dessa... vamos chamar de noitada. Esses eventos parecem estar em tr??s categorias. A primeira consiste na procura de prostitutas que s??o fornecidas para os empres??rios que fazem neg??cios com Belcour. A segunda consiste em festas liberais assistidas por casais ricos que pagam pelo privil?©gio. Esses eventos s??o vendidos como uma forma superior de entretenimento. E a terceira ?© simplesmente planejar festas de sexo envolvendo homens e prostitutas, a maior parte sendo na Argentina. H?? tamb?©m encontros com alguns homens em particular e algumas mulheres que usam os estudantes universit??rios, tanto masculinos como femininos, e pi??ce de r?©sistance, o abuso de crian?§as. O c?© ?© o limite. Tess se levantou, revoltada. - E como n??s pegamos esse bastardo? Como podemos provar que ele esta profundamente envolvido nisso? - N??o ser?? f??cil. - Jake ressaltou. - Tenha em mente que algumas das elites do mundo s??o parte integrante destas atividades. Pelo que sabemos, pol?­ticos, ju?­zes e chefes de pol?­cia podem ser participantes. Poder?­amos entrar em um conflito, enfrentando um monte de pessoas influentes assiduamente defendendo seus pr??prios interesses. Para complicar, isso ocorre em v??rios pa?­ses. Eu n??o tenho id?©ia de como podemos abordar isso sem cutucar o enxame. - Pode haver uma maneira de come?§ar. - Galina interrompeu. - Belcour foi acusado por uma mulher francesa, uma escritora chamada Lucie Benoit, de tentar rapt??-la, mas o caso foi descartado por falta de evid??ncias. Mas ela n??o deixou isso barato, ela escreveu um livro sobre a terr?­vel experi??ncia. Antes da publica?§??o, Belcour amea?§ou process??-la por difama?§??o, ent??o, ela transformou o livro em um romance, mas os fatos permaneceram os mesmos. Ningu?©m foi enganado. Belcour a processou novamente e o processo ainda est?? em aberto em Paris. Agora Tess estava pensando em um plano de a?§??o. - Falar com ela pode ser uma boa maneira de come?§armos. Jake encerrou a reuni??o. -Joe e Galina, eu gostaria de agradecer a voc??s pela pesquisa e pelas informa?§?µes fornecidas em um espa?§o t??o curto de tempo. Voc??s fizeram um trabalho extraordin??rio. A formid??vel Galina quase corou. - Apenas fazendo o meu trabalho, senhor. N??s vamos continuar olhando. Foi um prazer conhecer voc??s. Joe e Galina deixaram a sala. Tess olhou para Jake. - Eu preciso de uma bebida. - Eu tamb?©m. *** Caminhando de volta para o departamento de TI, Galina n??o poderia deixar de comentar sobre o que ela viu. - Joe, Jake e Tess n??o s??o muito novos para comandarem uma empresa como essa? Parece que eles se dariam melhor como supermodels. Ele parece um Deus e Tess pertence a capa da Vogue. Isso ?© muito confuso. Joe sorriu. - Galina, voc?? esteve no ex?©rcito russo e acabou sua carreira como piloto de helic??pter, certo? - Sim, mas depois fui transferida para a guerra cibern?©tica. - As duas pessoas que voc?? acabou de conhecer poderiam desestabilizar um pa?­s se assim quisessem. Jake ?© um brilhante ex agente da CIA com uma mem??ria fotogr??fica. Ele se lembra com cem por cento de precis??o cada fato de que ele ja viveu em sua vida. Ele tamb?©m ?© um pensador e excelente estrategista. A bela Tess pilota todo o tipo de helic??ptero no ex?©rcito, inclusive o Apache, Kiowa e Blackhawk. Ela esteve em dezenas de opera?§?µes de combate e liderou o que ?© provavelmente o ??nico combate entre helic??pteros no ar registrado. Ela tamb?©m acabou fisicamente com um general iraquiano sem usar as m??os, ao inv?©s disso ela usou os p?©s. Ela pode ser t??o feroz que a chamamos de Valqu?­ria, junto com sua amiga Carmen, que tamb?©m ?© uma obra de arte. Acredite em mim, voc?? vai preferir ter eles como amigos ao inv?© de inimigos. A prop??sito, Tess tamb?©m ?© uma cl??ssica pianista, brilhante. - Interessante. Eu acho que n??s vamos ter bons momentos com esta equipe. - Voc?? nem imagina. 10 - Gentil persuas??o De volta a Nova York, a primeira coisa que Tess fez foi apresentar suas id?©ias, sobre a luta contra o tr??fico sexual, para os principais membros de sua equipe. Ela esperava conseguir o apoio de todos para poder usar parte do lucro para financiar esse novo empreendimento. Isto era necess??rio porque os membros chave da equipe recebiam parte da compensa?§??o em a?§?µes da empresa e eram membros do Conselho. Jake e Tess tamb?©m esperavam que grande parte da equipe estivesse interessada em se envolver pessoalmente nessa miss??o. O grupo come?§ou a reunir em torno da mesa de reuni??o. Todos j?? tinham trabalhado juntos anteriormente, suas risadas e brincadeiras quando se sentaram para a apresenta?§??o evidenciaram um genu?­no sentimento de camaradagem. Tess abra?§ou Carmen, essa amizade vem do tempo em que elas voaram juntas em miss?µes de combate no Iraque. Nicola Orsini, o amor de Carmen, era um piloto italiano e um especialista em aeronaves europeia e sistema de armas. Ele era um amigo pr??ximo de Jake, e geralmente os dois trabalhavam juntos na maioria dos projetos. O resto da equipe era composta por especialistas militares com incr?­veis habilidades e experi??ncia. Tess abriu a reuni??o. - Eu estou muito feliz em ter todos voc??s aqui hoje. Hoje n??s iremos discutir a viabilidade de criar uma nova divis??o. Jake e eu vamos apresentar um novo plano que visa reorientar um pouco o foco da nossa empresa. George Kimmel, um profissional superior de intelig??ncia militar, levantou a m??o. - Eu achei que a companhia estava indo bem do jeito que est??. - Sim, a companhia est?? indo bem. - Tess respondeu - Mas hoje n??s queremos discutir um novo foco, al?©m do servi?§o militar. Os membros da equipe se entreolharam intrigados. Tess continuou. - Quando Jake e eu completamos nossa miss??o no Camboja, n??s nos envolvemos, inadvertidamente, com uma jovem garota que estava fugindo do seu cafet??o. Eu consegui desencorajar o homem de persegui-la. A equipe toda riu. - E sobrou alguma coisa do rosto dele depois disso? As habilidades de Tess em artes marciais s??o lend??rias. E todo mundo se lembrou dela batendo no general iraquiano Amir al-Saadi, em plena luz do dia, quando ele humilhou o grupo dela na Jord??nia. Ele acabou passando um ano inteiro no hospital para reconstruir seu rosto. O apelido dela tornou-se Tess a Valqu?­ria, algu?©m com quem voc?? n??o quer ter problemas. - Vamos l?? pessoal, d?? um tempo! O grupo continuou a rir. Tess retomou a sua apresenta?§??o. - De qualquer forma, Jake e eu acabamos ajudando essa garota e aprendemos muito sobre a escravid??o sexual, n??o s?? no Camboja mas tamb?©m na Tail??ndia, Indon?©sia, China e outros pa?­ses asi??ticos. O que n??s n??o est??vamos esperando, ?© que esse horror n??o se limita apenas a ??sia. Ocorre em todo o mundo, inclusive na Am?©rica do Sul, M?©xico, Europa e nos EUA tamb?©m. George interrompeu. - Eu vi em primeira m??o o que acontece no exterior, e eu concordo que ?© terr?­vel. Infelizmente, esses abusos s??o t??o generalizados que parece ser imposs?­vel para qualquer um fazer qualquer coisa sobre. - ?? exatamente por isso que estamos aqui. Tess continuou. - Jake e eu est??mos trabalhando com o meu pai, General Turner, para estabelecer uma divis??o da companhia cuja a miss??o ?© combater a praga do tr??fico e explora?§??o sexual. N??s esperamos que no final dessa apresenta?§??o, alguns de voc??s sejam volunt??rios a participar dessa opera?§??o. Alexander Ivanovich Tukhachevsky, ou Alex Tuck para encurtar, era um especialista em armas russas da DRE. - Parece que estamos mordendo mais do que podemos mastigar. - Ele constatou. - Os traficantes de seres humanos s??o altamente organizados e geralmente se safam explorando a indiferen?§a do governo e usando propinas para fazer com que a pol?­cia e as autoridades desviem o olhar. - Tudo isso ?© verdade. - Tess disse. - Mas eu decidi fazer algo sobre isso. N??s vamos pedir para ONU patrocinar e legitimar nossa miss??o, para que a gente possa trabalhar pelo mundo todo. Nosso objetivo ?© dificultar o trabalho deles, esperamos reduzir o tr??fico sexual oferecendo abrigo e reabilita?§??o as v?­timas atrav?©s de ag??ncias governamentais. Joe Slezak, o magro mago do computador, mergulhado em uma lata de seus amados cajus, que ele levava consigo para todo lugar. - Eu estou feliz que a gente escolheu um projeto f??cil dessa vez. As pessoas na sala riram. - Joe tem toda raz??o. - Tess admitiu. - Vai ser uma tarefa dif?­cil. N??s iremos conversar novamente ap??s encontrarmos o pessoal da ONU. 11 - Criando uma estrat?©gia Tess e Jake preparam um plano preliminar para ser revisado pelo pai de Tess, General Morgan Turner, aposentado, atualmente CEO da NTC, uma ind??stria de fabrica?§??o de armas. Quando Tess e Jake entraram em seu escrit??rio, o general bateu as m??os na mesa e deu um grande sorriso. Ele se levantou e deu a volta na mesa. - Aqui est??o as minhas pessoas favoritas. - Ele disse enquanto abria os bra?§os e abra?§ava os dois ao mesmo tempo. - Estou feliz que voc??s voltaram. Eu senti a falta de voc??s, assim como Aara. - N??s tamb?©m sentimos sua falta pai. Parece que o neg??cio de armas est?? vivo e bem. - De fato. Nossos clientes tem um apetite insaci??vel por brinquedos de guerra car?­ssimos. Eu vi os relat??rios e sua empresa tamb?©m est?? indo muito bem. Estou surpreso que voc?? esteja considerando uma mudan?§a de foco. - Pai, n??s sentimos que precisamos repensar o que estamos fazendo. Vender armas e treinar soldados em como us??-las apenas ajuda a desviar recursos do governo ? s custas das necessidades humanas de seu povo. Gostar?­amos de fazer algo sobre isso. ?? por isso que lhe enviamos nosso plano, para voc?? dar uma olhada. Esper??vamos que nos pudesse ajudar a come?§ar as coisas. O general mexia sua caneta, um pouco nervoso, olhando com menos entusiasmo. Ele considerava Jake brilhante, equilibrado e pensativo, mas tamb?©m sabia que, quando Tess decidia fazer alguma coisa, Jake acabava inevitavelmente apoiando-a, independentemente de suas pr??prias d??vidas. - Tess, se voc?? quer abordar o tr??fico humano, tenho certeza de que Jake ajudou voc?? a pensar na magnitude e nos obst??culos que voc?? enfrentar??. Pelo que eu sei, ?© uma situa?§??o quase que imposs?­vel de se controlar. V??rias organiza?§?µes pelo mundo tentam fazer algo a respeito, mas na melhor das hip??teses eles conseguem apenas desestabilizar superficialmente e aumentar a conscientiza?§??o. Eu suponho que a maioria das pessoas querem fazer algo, mas eles reconhecem que o problema ?© dif?­cil de lidar, ent??o n??o fazem muito para ajudar a corrigi-lo. Em qualquer caso, a maioria das v?­timas s??o pobres e desprivilegiadas, ent??o h?? uma tend??ncia em ignorar o que est?? acontecendo. Jake se juntou ?  conversa. - Tudo isso ?© verdade Morgan. ?? por isso que propomos abordar a tarefa em etapas. Em primeiro lugar, montamos ou ajudamos as organiza?§?µes existentes a criar ref??gios para as pessoas que vamos ajudar a escapar dessa vida de escravid??o. Depois, vamos trabalhar com organiza?§?µes do governo e da pol?­cia para ir atr??s dos cafet?µes e traficantes. Um dos maiores incentivos para o tr??fico humano, ?© que s??o poucos os criminosos que correm o risco de serem punidos. No m??ximo, o mais not??rio dos traficantes condenados ficaria com dois anos de pris??o ,ou menos. A maioria dos traficantes sai impune disso. Eles conhecem muito bem a lei e usam isso como vantagem. Estamos falando de atividades muito lucrativas com um risco relativamente pequeno. S?? para ter uma ideia, cafet?µes e criminosos envolvidos em prostitui?§??o for?§ada, conseguem fazer mais de 80 mil d??lares por v?­tima, por ano e em qualquer lugar. Ao contr??rio das drogas, vender pessoas se resume a usar um recurso renov??vel que pode prender um indiv?­duo na vida por anos. - O que voc?? esta propondo fazer com a sua organiza?§??o j?? n??o esta sendo feito? Tess entrou na conversa. - Al?©m de trabalhar com a organiza?§??o de abrigos, n??s trabalhar?­amos com a pol?­cia aqui e no exterior, para ir atr??s dos traficantes e ter certeza que haver??o consequ??ncias se eles persistirem em continuar com o tr??fico. Nosso time tem uma vantagem ??nica, que ?© uma habilidade militar significante, que vir?? a calhar uma vez que a gente coloque o plano em pr??tica. O General ainda estava c?©tico. - Por que voc?? acha que os governos estrangeiros iriam legitimar o seu envolvimento nessas quest?µes? Eles s??o mais propensos a te olhar com desconfian?§a, para n??o mencionar que voc?? tem que superar problemas significativos de subornos e corrup?§??o. - Tudo o que voc?? est?? dizendo ?© verdade. - Tess disse. - A ??nica maneira de trabalhar sem impedimentos ?© operar sob a prote?§??o de uma organiza?§??o respeitada, talvez a ONU. - Jake ?© um especialista na ONU Tess. Tenho certeza de que ele explicou que a efic??cia da ONU ?© extremamente limitada. A maior parte do tempo suas m??os est??o atadas pela pol?­tica, e pelo fato de que eles t??m que persuadir os pa?­ses membros para fazer o trabalho pesado por eles. Jake interrompeu. - Tudo o que precisamos ?© o patroc?­nio de uma organiza?§??o global que pode legitimar nossas opera?§?µes. A ONU s?? precisa reconhecer que temos autoriza?§??o para agir sob sua prote?§??o. - Voc?? sabe que mesmo que a gente chegue at?© a ONU e apoie esse empreendimento, ?© improv??vel que ela financie a opera?§??o. Jake concordou. - N??s sabemos disso. Inicialmente, n??s precisamos de patrocinadores, possivelmente grandes corpora?§?µes e indiv?­duos ricos que querem parecer preocupados e comprometidos com os direitos humanos. Em seguida, precisamos de governos para apoiar a opera?§??o. Isso pode acontecer se n??s mostrarmos resultados. Primeiramente n??s vamos focar em objetivos mais modestos e se obtivermos sucesso, n??s podemos persuadir entidades governamentais a fazer mais com um financiamento limitado da legisla?§??o. O General se levantou. - Eu sei que voc??s dois est??o conscientes do desafio. Francamente, eu continuo desacreditado que voc??s consigam mudar radicalmente como o mundo lida com o tr??fico humano. Por outro lado, se algu?©m pode fazer as coisas acontecerem, ?© voc?? e a sua equipe. Se voc?? conseguir que eles embarquem nessa, eu vou come?§ar a organizar o suporte financeiro atrav?©s dos meus contatos de neg??cio, alguns deles tem uma certa influ??ncia com a ONU. - Obrigada pai. N??s n??o poderia pedir mais de voc??. Eu te amo. Tess lhe deu um beijo na bochecha. O General sentou-se novamente. - Boa sorte para voc??s. Mantenha-me informado. 12 - Em busca de legitimidade Tess e Jake desceram de um t??xi em frente ao pr?©dio das Na?§?µes Unidas em Nova York. Eles ergueram os olhos para o pr?©dio alto e quadrado que abrigava a Assembl?©ia Geral, o Conselho de Seguran?§a e as v??rias ag??ncias que trabalhavam para promover o trabalho da organiza?§??o. Jake n??o estava impressionado. - Voc?? est?? olhando um monumento para futilidade, uma institui?§??o fraca por design. - Ele disse enquanto olhava para as bandeiras das na?§?µes exibidas em frente ao pr?©dio. - Voc?? n??o acha que est?? exagerando um pouquinho? Tess respondeu. - Eles fazem algumas coisas boas. - ?? verdade, contanto que essas coisas n??o fiquem no caminho dos objetivos reais dos membros das Na?§?µes. At?© onde eu sei, tudo o que temos aqui ?© um f??rum onde os representantes dos pa?­ses do terceiro mundo votam alegremente e consistentemente contra os interesses dos Estados Unidos, que por acaso pagam a maior parte do projeto. Tudo o que vejo ?© um bando de diplomatas tagarelando e aproveitando seus privil?©gios sem esperar realizar muita coisa importante. - Jake, voc?? ?© a imagem do otimismo. Eles pegaram um elevador e foram conduzidos at?© uma sala de confer??ncias. Jordan Smythe, um am??vel funcion??rio, recebeu-os e pediu-lhes para sentar-se ao redor da mesa. - Eu entendo que sua organiza?§??o gostaria de ajudar com o problema mundial do tr??fico humano. Confesso que achei bastante intrigante o interesse de voc??s nesta quest??o. Afinal, a organiza?§??o de voc??s, a DRE, ?© conhecida como uma companhia de servi?§os militar. Êîíåö îçíàêîìèòåëüíîãî ôðàãìåíòà. Òåêñò ïðåäîñòàâëåí ÎÎÎ «ËèòÐåñ». Ïðî÷èòàéòå ýòó êíèãó öåëèêîì, êóïèâ ïîëíóþ ëåãàëüíóþ âåðñèþ (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=40850309&lfrom=688855901) íà ËèòÐåñ. Áåçîïàñíî îïëàòèòü êíèãó ìîæíî áàíêîâñêîé êàðòîé Visa, MasterCard, Maestro, ñî ñ÷åòà ìîáèëüíîãî òåëåôîíà, ñ ïëàòåæíîãî òåðìèíàëà, â ñàëîíå ÌÒÑ èëè Ñâÿçíîé, ÷åðåç PayPal, WebMoney, ßíäåêñ.Äåíüãè, QIWI Êîøåëåê, áîíóñíûìè êàðòàìè èëè äðóãèì óäîáíûì Âàì ñïîñîáîì.
Íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë Ëó÷øåå ìåñòî äëÿ ðàçìåùåíèÿ ñâîèõ ïðîèçâåäåíèé ìîëîäûìè àâòîðàìè, ïîýòàìè; äëÿ ðåàëèçàöèè ñâîèõ òâîð÷åñêèõ èäåé è äëÿ òîãî, ÷òîáû âàøè ïðîèçâåäåíèÿ ñòàëè ïîïóëÿðíûìè è ÷èòàåìûìè. Åñëè âû, íåèçâåñòíûé ñîâðåìåííûé ïîýò èëè çàèíòåðåñîâàííûé ÷èòàòåëü - Âàñ æä¸ò íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë.