Зайти за четверть часа до заката В весенний лес и терпеливо ждать, Непроизвольно ежась – сыровато, Но все равно, какая благодать! Темнеет быстро внутренность лесная, И свет зари, скользящий по стволам Деревьев вековых, незримо тает В верхушках сонных. Слышно, где-то там Кричит протяжно иволга. И трели Весенних соловьев робкИ пока. Взлетевший вет

Os Porcos No Para?so

Os Porcos No Para?so Roger Maxson Porcos no Para?so ? s?tira, pol?tica, liter?ria, e engra?ada. Um exerc?cio de liberdade de express?o, ? tamb?m uma cr?tica ? religi?o na pol?tica, nomeadamente ao evangelismo americano. Quando Blaise d? ? luz a Lizzy, a ”bezerra vermelha” numa quinta israelita, as massas afloram em massa para testemunharem o nascimento milagroso que ir? anunciar o fim do mundo e o regresso ou chegada do Messias, dependendo do campo, crist?o ou judeu. Quando a promessa do fim chega ao fim, e o bezerro vermelho se torna manchado, n?o mais digno de sacrif?cio de sangue, os fi?is de todo o mundo ficam ca?dos de crista. Por esta altura, dois ministros evang?licos, como representantes de uma mega-igreja na Am?rica, j? chegaram. Eles fazem um acordo com a moshavnik israelita, e os animais da quinta israelita est?o a chegar ? Am?rica. Entretanto, o Papa Benevolente absolve os judeus, canta karaoke com o Rabino Ratzinger, e Boris, um javali de Berkshire e um Messias animal, ? servido como prato principal na ?ltima ceia. Para n?o ser ultrapassado, os ministros protestantes realizam um pres?pio, e pouco antes dos animais embarcarem a bordo do navio para a Am?rica, Mel, a mula, ergue-se e torna-se o Papa Magn?fico, resplandecente com cossaco de linho branco, cruz peitoral, e chinelos de couro vermelho papal. Uma vez na Am?rica, os animais s?o transportados a meio caminho para Wichita, Kansas, a tempo do desfile Passion-Play, antes de chegarem ao seu destino final, uma quinta crist?. Sete monitores de televis?o, sintonizados com serm?es de igreja 24 horas por dia, s?o justapostos com cenas de um celeiro, um verdadeiro circo. Depois de algum tempo, e j? n?o aguentam mais, eles perseguem Mel do celeiro. E Stanley, Manly Stanley, o garanh?o preto belga da lenda (piscar, piscar o olho), expulsa os monitores de TV por um momento de sil?ncio, dando uma oportunidade ? paz, nem que seja por pouco tempo. Translator: Simona Casaccia Os Porcos no Para?so Uma hist?ria de fadas muito absurda Roger Maxson traduzido por Simona Casaccia publicado por Tektime COPYRIGHT T?tulo: Os Porcos no Para?so Subt?tulo: uma fada muito absurda Autor: Roger Maxson Primeira edi??o Ano de publica??o: 2021 Nome da editora: Tektime Colaboradores: Adam Hay, artista de capa Cl?usulas Todos os direitos reservados Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publica??o pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletr?nico, mec?nico, fotoc?pia, grava??o, digitaliza??o ou outro, sem permiss?o por escrito da editora. ? ilegal copiar este livro, public?-lo num website, ou distribu?-lo por qualquer outro meio sem a permiss?o da editora. Fic??o Este romance ? inteiramente uma obra de fic??o. Os nomes, personagens e incidentes nele retratados s?o obra da imagina??o do autor. Qualquer semelhan?a com pessoas reais, vivas ou mortas, eventos ou localidades ? inteiramente coincidente. Direitos morais Roger Maxson afirma o direito moral de ser identificado como o autor desta obra. Conte?do externo Roger Maxson n?o tem nenhuma responsabilidade pela persist?ncia ou precis?o de URLs para sites externos ou de terceiros na Internet referidos nesta publica??o e n?o garante que qualquer conte?do em tais sites ?, ou permanecer?, preciso ou apropriado. Designa??es As designa??es utilizadas pelas empresas para distinguir os seus produtos s?o frequentemente reivindicadas como marcas comerciais. Todos os nomes de marcas e nomes de produtos utilizados neste livro e na sua capa s?o nomes comerciais, marcas de servi?o, marcas comerciais e marcas registadas dos seus respectivos propriet?rios. As editoras e o livro n?o est?o associados a nenhum produto ou fornecedor mencionado neste livro. Nenhuma das empresas referenciadas no livro endossou o livro. Cl?usulas adicionais As seguintes s?o extra?das sob uso justo, "Ningu?m me ama, sen?o a minha m?e" de B. B. King; "Se eu tivesse um martelo" de Pete Seeger; "Danke Schoen" letra inglesa de Milt Gabler; "I'm Henry the VIII, I Am" de P. P. Weston. Can??es evang?licas em dom?nio p?blico ou sem direitos autorais, "I've Got That Joy, Joy, Joy Down in my Heart", "I'll Fly Away," e "Bringing in the Sheaves". Finalmente, dicas de "Imagine", de John Lennon. Quanto ? permiss?o para usar a letra de "We Should Overcome" de Pete Seeger, et al., foram feitos todos os esfor?os razo?veis para contatar os detentores dos direitos autorais. Se, no entanto, algu?m que acredita que seus direitos autorais foram infringidos ? bem-vindo a contatar o autor/editor para remediar esta quest?o. Eu considero a can??o acima um presente. Para Chloe O que h? de errado em incitar ? avers?o intensa por uma religi?o se as atividades ou ensinamentos dessa religi?o s?o t?o ultrajantes, irracionais ou abusivas dos direitos humanos que merecem ser intensamente mal apreciados? Rowan Atkinson Pref?cio Depois de passar nove anos escrevendo Os Porcos no Para?so, ap?s quatro anos de pesquisa, trepida??o e medo do fracasso, decidi autopublicar porque n?o queria mais atrasar a gratifica??o instant?nea e o sucesso da noite para o dia. Outro motivo para autopublicar foi que eu queria publicar o meu livro, aquele que escrevi. Os Porcos no Para?so, um conto de fadas muito absurdo, ? uma s?tira pol?tica, liter?ria e engra?ada tamb?m, diz I. Se o romance parece um pouco longo, h? uma raz?o para isso. ? um exerc?cio de liberdade de express?o, de liberdade religiosa, uma cr?tica ? religi?o na pol?tica, ou seja, ao evangelismo americano. A ideia do romance come?ou a tomar forma em 2007. Influenciada pela Quinta Animal de George Orwell, eu encontrei minha miss?o, ou ela me encontrou. Ser religioso ? uma condi??o escolhida para o indiv?duo nascido em uma antes que uma crian?a tenha uma escolha ou uma op??o. Eu n?o ridicularizo as pessoas religiosas, por si s?. Mas fa?o aos l?deres religiosos, como eles fazem com os outros, e me divirto fazendo isso. O r?tulo religioso de algu?m ? escolhido para o indiv?duo. Muitas vezes, o r?tulo religioso depende de onde se nasce. Se algu?m nasce na ?ndia, ? razo?vel supor que essa pessoa ser? hindu. Da mesma forma, se algu?m nasce no Paquist?o, essa pessoa ? fodida. No Oeste infiel, h? um pequeno peda?o de escolha religiosa. Nos Estados Unidos, h? persuas?es protestantes, congrega??es batistas do Norte ou do Sul, presbiterianos, luteranos, metodistas e episcopalianos. H? um primo pr?ximo, a Igreja Cat?lica, e n?o esque?amos os M?rmons da Igreja dos Santos dos ?ltimos Dias de Jesus. A competi??o ? boa, e cada listra ou persuas?o odeia a outra. Hoje, uma quest?o urgente passa pela arquidiocese da Igreja Cat?lica Americana. Os bispos ponderam se o presidente cat?lico americano deve receber a comunh?o por causa de sua posi??o sobre o aborto. Como se algu?m se importasse com o que esses ped?filos pensam. Eles se tornaram velhos, desgastados, irrelevantes, o caminho de todas as religi?es de hoje. Hoje, gra?as a Deus, nascem mais "nones" do que freiras ou nascidas de novo. Mais "n?o" em mais lares n?o-religiosos significa esperan?a, uma promessa de coisas boas para vir. ? medida que mais desses jovens "n?o" subirem nas fileiras e ocuparem posi??es de poder pol?tico, eles salvar?o o mundo do seu curso de autodestrui??o de armas, gan?ncia, mudan?as clim?ticas, uma promessa e uma ora??o de uma vida melhor l? em cima. At? l?, por?m, temos o que temos e devemos fazer o que podemos para afastar o mal feito pelos religiosos ou, melhor dizendo, o rid?culo. Espero ter feito a minha parte, nem que seja s? de uma maneira pequena. O que ? uma hist?ria de fadas? Animais falantes. O que ? um absurdo? Animais falantes levaram ? religi?o. Roger Maxson 1 Na Rodovia 61 Em uma fazenda israelense na fronteira com o Egito, uma vaca de Jersey deu ? luz o que parecia ser um bezerro vermelho. Mu?ulmanos da aldeia que ignoravam a fazenda israelense gritavam e apontavam com muita consterna??o. V?rios homens seguraram a cabe?a enquanto outros torceram as m?os e gemeram e se apressaram para frente e para tr?s. A chamada saiu para as ora??es da tarde. Enquanto isso, do lado israelense, houve um sil?ncio sobre a terra, e um f?lego coletivo foi tomado, seguido pela correria das pessoas que se aglomeravam na fazenda ao sul de Kerem Shalom para testemunhar o que poderia ser o milagre que certamente abriria o Messias e com ele o fim do mundo. Tanto judeus como crist?os se reuniram ao redor da cerca da propriedade em seus respetivos lugares, dependendo de quem eles eram. E independentemente de quem eles eram, crist?os ou judeus, todos estavam ao lado de si mesmos com emo??o. Um judeu ortodoxo saltou de alegria e cantou um pouco imodestamente: "Estamos salvos! O mundo est? a chegar ao fim." Verificou-se a si pr?prio e ao seu chap?u. Stanley, o garanh?o negro belga, trotado para fora do celeiro. Perguntou-se porqu? toda esta excita??o. Ele viu as pessoas se reunindo na cerca da propriedade, homens e mulheres, at? mesmo crian?as desta vez. "O que ? isto tudo?", disse ele. "Se eles pensam que vou fazer outro espet?culo, est?o enganados." "N?o aqui para ti, Stanley", disse Praline, a l?der da ra?a Luzein. Ela e Molly tentaram pastar enquanto seus cordeiros cuidavam deles, ambas novas m?es com Molly, a Border Leicester, a orgulhosa m?e de g?meos. "Que se lixe", disse ele e trotou para pastar por baixo das oliveiras. No meio do pasto, sob o sol e Deus e o c?u, a Jersey cuidou do seu bezerro rec?m-nascido. Este n?o era um bezerro comum, mas verdadeiramente um bezerro vermelho que criava das tetas de uma mera Jersey. "? um milagre", algu?m gritou. "Algu?m, chame um rabino." "Por favor, algu?m, algu?m, ligue ao rabino Ratzinger para verificar este milagre de nascimento." Com toda a aten??o sendo dada ao rec?m-nascido de Blaise, ela se voltou para Mel. "Mel, de que se trata tudo isto? Porque ? que toda esta gente est? aqui e tanta aten??o est? a ser dada ? Lizzy? N?o estou confort?vel com isto, Mel. Mel, o que significa tudo isto?" Mel, o padre mula, assegurou a Blaise, n?o havia nada com que se preocupar. O seu bezerro rec?m-nascido era muito especial. Um presente de Deus, ela ser? sempre tratada como realeza. "Enquanto a sua pequena novilha viver, ela permanecer? especial e tratada como tal pelos judeus e crist?os de todo o mundo, e todas as pessoas de todo o mundo um dia vir?o a conhecer e a experimentar a sua presen?a." De todo o mundo, a m?dia estava chegando em massa para documentar o evento, montando equipamentos de c?mera para o que seria, uma vez verificado por um rabino ou comit? do mesmo, o an?ncio oficial e a declara??o da autenticidade do bezerro. A Fox News da Am?rica estava no local e pronta para transmitir ao vivo. J?lio, o papagaio residente, juntamente com os dois corvos, Ezequiel e Dave, assistiram ao desenrolar dos acontecimentos ? sombra da grande oliveira no meio do pasto. Molly e Praline pastaram perto das encostas dos socalcos, com seus cordeiros rec?m-nascidos ficando perto de seus lados. "Imagino que Molly est? particularmente faminta agora que est? providenciando tr?s", disse Billy St. Cyr, um bode angor?, a Billy Kidd, um bode castanho magro e bronzeado Boer. "Sim, suponho que sim", respondeu Billy Kidd como se se importasse enquanto ro?a a erva amarela dos arbustos. "Julius", disse o Dave, "o que se passa aqui? O que ? isto tudo?" "Permita-me explicar ? medida que os acontecimentos se desenrolam diante dos nossos olhos. Receio que n?o vais acreditar nisto, mas aqui vai. ? uma hist?ria de fadas do tipo mais absurdo. A boa not?cia ? que temos tr?s anos antes de termos de fazer as malas para o Armageddon. A m? not?cia ? que n?o teremos para onde ir porque o Armageddon traz consigo o fim do mundo como o conhecemos. Esse ? o plano de qualquer maneira." "Sinto muito", disse Ezekiel. "O que ? que ele disse?" "Algo sobre um conto de fadas", disse-lhe o Dave. "Eu gosto de contos de fadas." "Duvido muito que v?s gostar desta", disse o Dave. "Antes de chegarmos ao final feliz da vida - como n?s sabemos -", continuou Julius, "primeiro teremos que esperar para ver se ela ? digna de um exporte ritual de sacrif?cio de sangue". Entretanto, no entanto, ningu?m deve fazer daquela besta um fardo. Eu n?o diria a Blaise, no entanto, se eu fosse voc?, a parte de cortar a garganta da pobre querida". Blaise levou a sua cria para o santu?rio do celeiro, longe das multid?es loucas de espectadores. Quando o rabino Ratzinger e membros de sua congrega??o chegaram, desta vez estavam preparados, armados com guarda-chuvas. Muitos pensavam que esta era uma medida cautelosa como prote??o contra o sol. No entanto, Julius e os corvos sabiam melhor. Um membro da congrega??o segurava um guarda-chuva sobre o rabino quando eles entraram no celeiro. O rabino Ratzinger acenou com a cabe?a, reconhecendo Bruce, e parou. Ele disse: "Voc? fez um grande sacrif?cio pela humanidade e teve uma chance de acertar". Obrigado, Sr. Bull." Um membro do seu partido sussurrou ao ouvido do rabino. "Oh, sim, ? claro. Obrigado, Sr. Steer. Voc? fez uma coisa muito boa antes de fazer uma coisa muito m?. O Senhor trabalha de formas misteriosas." Os corvos tinham o Julius. Para todos os outros, havia o rabino Ratzinger. Segundo o rabino, "N?o se esque?a de dar a este bezerro a vida de Riley". N?o a ponha sob o jugo ou ela n?o ser? mais digna. Lustrar-lhe as unhas. D? a ela uma cama deitada para descansar sua bela cabe?a imaculada e um campo de trevo. Ela deve ser protegida e cuidada. Examinarei a cria agora e, daqui a tr?s anos, voltarei para examin?-la novamente. Se naquele momento ela tiver permanecido imaculada e imaculada, ela ser? verdadeiramente digna dos rituais de purifica??o necess?rios para preparar o caminho para o Messias. N?o haver? tr?s pelos brancos, pretos ou castanhos no corpo ou na cauda desta novilha. Lembre-se, ela tem que permanecer um bezerro vermelho puro para que os rituais de purifica??o funcionem, para que sejamos considerados dignos de subir novamente as escadas do Santo Monte e entrar no templo do Santo dos Santos. Isto ?, ? claro, quando destruirmos a mesquita e reconstruirmos o templo sagrado. "Em tr?s anos, vamos encontrar o rapaz puro de cora??o. J? o temos, vivendo numa bolha de vidro, um rapaz puro de cora??o, sem sujeira". L? ele permanecer? virgem. N?o s? isso, mas o rapaz n?o desperdi?ar? a sua semente no ch?o. Pois quando o rapaz tiver idade para se contaminar, ele ser? equipado com um par de luvas concebidas para que o rapaz puro de cora??o permane?a assim. A qualquer momento, o menino tenta se contaminar, ele receber? uma corrente de eletricidade como um sinal de G-d, como se fosse um raio. N?o tenha medo, por?m, pois nosso choque el?trico ? muito menos severo do que o raio de G-d. Uma vez que o rapaz tenha completado a sua miss?o dada por G-d de cortar a garganta do bezerro vermelho, vamos atirar-lhe um grande Bar Mitzvah". Dos ramos da oliveira, J?lio e os corvos desejavam que o rabino e a companhia ficassem sem esses guarda-chuvas. O rabino entrou no celeiro, e a multid?o susteve a respira??o coletiva. Quando ele reapareceu, o rabino disse que ela era digna da vig?lia de tr?s anos, e a multid?o suspirou, depois aplaudiu e aplaudiu. Alguns desmaiaram, enquanto outros choraram de alegria. Enquanto ele se preparava para sair do feedlot, e assim deixar a fazenda, o rabino Ratzinger aproximou-se do antigo touro Simbrah. O rabino disse mais uma vez para que todos ouvissem: "Ele fez um grande sacrif?cio, e sofreu muito pelo povo de Israel, e por todo o povo da humanidade". Agora, em tr?s anos, e sem mancha, este bezerro vermelho ser? sacrificado pela m?o do menino puro de cora??o quando ele lhe cortar a garganta e nos fizer dignos de reconstruir o terceiro templo que inaugurar? o Messias e destruir? toda a terra para que vivamos novamente como antes, como num conto de fadas de felizes para sempre". Enquanto a multid?o rugiu, alguns desmaiaram devido a toda a excita??o e calor. "Agora isso faz todo o sentido l?gico para mim", disse Julius. "Eu n?o poderia t?-lo repetido melhor." Mel entrou no celeiro e encontrou Blaise com seu rec?m-nascido no est?bulo. "? imperativo que compreenda que enquanto a sua novilha viver, n?o lhe acontecer? nada de mal." "Ela", disse Blaise. "Ela n?o ? uma 'ela'." "Claro, n?o quis faltar ao respeito, minha querida", disse Mel. "Ela n?o ? um 'aquilo', como tu dizes. Ela ?, no entanto, a bezerra vermelha e, portanto, a nova It-girl do mundo civilizado". 2 Uma estrada passa por ela Os dois corvos voaram do s?t?o do celeiro de dois andares e acenderam-se nos ramos da grande oliveira no meio do pasto. O pasto fazia parte de um moshav de 48 hectares em Israel que fazia fronteira com o Egito e o Deserto do Sinai. Apenas alguns quil?metros ao sul de Kerem Shalom, n?o ficava longe da passagem da fronteira de Rafal entre a Faixa de Gaza e o Egito. O moshav de 48 hectares, ou fazenda de 118 acres, ficava como um o?sis no deserto ?rido com oliveiras e alfarrobeiras, limoeiros, pastagens marrons-esverdeadas e culturas usadas como forragem para o gado. Na pastagem, os porcos salpicavam a paisagem, pastando na erva verde-acastanhada, e espregui?avam-se nas margens h?midas de um tanque alimentado por um sistema de filtros aqu?ticos subterr?neos que forneciam ?gua a este e outros moshavim circundantes. Ezequiel e Dave estavam empoleirados, escondidos entre os ramos da grande oliveira. Ezequiel disse: "Num dia como hoje, pode-se ver para sempre." "Gr?s, at? onde a vista alcan?a", disse Dave e desmanchou as suas penas negras brilhantes. "Oh, olha, um escorpi?o. Queres um?" Ezequiel disse. "N?o, obrigado, eu j? comi. Al?m disso, duvido que o escorpi?o se importasse muito em ser a minha refei??o da tarde." "Voc? tem tanta empatia pelas formas menores de criaturas entre n?s." "Eu posso dar-me ao luxo de empatia quando cheia", disse o Dave. "Quando estou cheio, nem tanto." "Voc? ? sempre generoso com os animais da quinta." "Sim, bem, empatia para com as criaturas menores entre n?s." Enquanto os animais domesticados da fazenda, duas ra?as de ovelhas, cabras, vacas Jersey e ?guas de louro pastavam no pasto, outros, na sua maioria porcos, se refugiaram do sol do meio-dia, longe dos rebanhos, rebanhos e morda?as enlouquecidos, espreitando nas margens da lagoa em relativa paz. Uma estrada corria para norte e sul, dividindo o moshav ao meio, e deste lado da estrada, os mu?ulmanos da vizinha aldeia eg?pcia n?o gostavam do espet?culo de banhos de sol de porcos imundos. Mel, a mula sacerdotal, andou ao longo da linha da cerca, com o cuidado de ficar dentro dos ouvidos de dois judeus ortodoxos, enquanto percorriam o moshav ao longo da estrada arenosa, como faziam muitas vezes durante os seus passeios di?rios. A estrada foi paralela entre o pasto principal de um lado e a opera??o leiteira do outro. "Judeu, porco, que diferen?a ? que isso faz?" "Bem, desde que eles mantenham o kosher." "Marque a minha palavra, um dia esses porcos ser?o a nossa ru?na." "Disparate", respondeu aquele cujo nome era Levy. "De todos os lugares na terra para criar porcos, Perelman escolheu aqui com o Egito a oeste e a Faixa de Gaza ao norte. Este lugar ? uma caixa de rebarbas", disse Ed, amigo de Levy. "O dinheiro que Perelman faz nas exporta??es para a Cypress, e a Gr?cia, para n?o mencionar o Pal?cio de Porco Puxado de Harvey em Tel Aviv, torna o moshav rent?vel." "Os mu?ulmanos n?o est?o contentes com os porcos a chafurdar na lama", disse Ed. "Eles dizem que os porcos s?o uma afronta a Al?." "Pensei que ?ramos uma afronta a Al?." "N?s somos uma abomina??o." "Shalom, suinocultores", algu?m ligou. Os dois judeus pararam na estrada, assim como a mula, pastando dentro da cerca. Um eg?pcio aproximou-se. Ele usava um len?o de cabe?a liso, e roupas de algod?o branco. "Aqueles porcos", apontou ele, "aqueles porcos imundos v?o ser a sua ru?na". Eles s?o uma afronta a Al?; um insulto a Maom?; em resumo, ofendem a nossa sensibilidade." "Sim, n?s concordamos. Eles s?o um problema." "Problemas?", disse o eg?pcio. "Olha s? o que ? um problema." Ao longo dos bancos de barro do lago, um grande javali branco, ou Yorkshire, derramou ?gua lamacenta sobre as cabe?as de outros porcos a chafurdar na lama. "O que ? isso?" "Isso ? algo que ainda n?o nos vimos." "Estes n?o s?o porcos ou animais da quinta, estes animais. Eles s?o esp?ritos malignos, djinns, do deserto. Eles v?o trazer a destrui??o deste lugar ? sua volta. Eles s?o uma abomina??o. Abate as bestas. Queimem o seu fedor da terra ou Al? o far?. Pois ? a vontade de Al?, que prevalecer?." "Sim, bem, receio que n?o o possamos ajudar", disse Leavy. "Sabe, este n?o ? o nosso moshav." "Somos meros transeuntes", disse Ed. "Allahu Akhbar!" O eg?pcio virou-se e fez o seu caminho pela encosta coberta de sol que separava os dois pa?ses. Apenas a cerca separava a quinta israelita de 48 hectares do deserto do Sinai, escarpado pelo vento. Quando o eg?pcio chegou ? crista da colina, ele desapareceu na sua aldeia. "Condenado", disse Ed. "Ele est? certo. Estamos todos condenados. De todos os lugares na terra para cultivar porcos, este porco-espinho, este moshavnik Perelman, escolheu aqui." "Olha", disse o Levy. "O que pensa ele que ?, Jo?o Baptista?" "Receio que seja um problema", disse Ed. "Isso ? uma abomina??o." Ao sol da tarde, diante de Deus e de todos para ver, o Grande Branco ficou de p?, e do lago deixou cair um bocado de lama molhada sobre a cabe?a de uma galinha de penas amarelas... "P?ntano! P?ntano!" gritou a galinha, enterrada enquanto estava com lama no bico. Para os animais da quinta, a Grande Branca era conhecida como Howard o Baptista, um Perfeito, e quase em todos os sentidos. Enquanto os dois homens continuavam al?m dos limites da fazenda, a mula se virou em dire??o ? oliveira que subia no meio do pasto principal. As ovelhas Leicester e Luzein, que faziam fronteira entre as alfarrobeiras mais pequenas, pastavam entre as oliveiras, enquanto as cabras ro?am o mato que crescia ao longo das encostas dos terra?os superiores que ajudavam a conservar a ?gua. No meio do pasto, Blaise, a Jersey, e Beatrice, a ?gua da ba?a que pastava. "Meu Deus, Beatrice", disse Blaise. "O Stanley certamente apanhou-te de surpresa." "Ele ? t?o exibicionista", disse Beatrice. "Olha s? para ele." No celeiro cercado, atr?s do bloco de cimento branco, o garanh?o negro belga neigrou e choramingou e andou por todo o lado em toda a sua gl?ria e gabarolice. Ele era um grande cavalo de ombros largos, com 17 m?os ou, como preferiam os padres das igrejas locais, 17 polegadas. "Achas que ele sabe que o port?o foi aberto?" Blaise disse. "N?o importa. Basta olhar para todos aqueles humanos. Quem disse que os homens eram piedosos?" Do cume da colina de arenito castanho, homens e rapazes mu?ulmanos observavam com antecipa??o enquanto as mulheres da aldeia afugentavam as jovens raparigas. Enquanto do lado israelense, judeus e crist?os, e monges entre eles de mosteiros pr?ximos, todos adoravam um desfile. Stanley n?o dececionou. Ele se levantou de volta ?s suas pernas musculosas e chutou no ar, exibindo sua proeza e seu enorme membro, pingando molhado como estava, semeando sua semente no ch?o debaixo dele para todos os que viam, e eram muitos. O aplauso da multid?o subiu enquanto Stanley snifava, e se balan?ou sobre o terreno do celeiro. "Se o Manly Stanley quer desfilar e fazer figura de parvo, f?-lo-? sem mim." "Manly Stanley", Blaise riu. "A s?rio, de todas as coisas?" "Sim, querida, est?s a ver," a Beatrice sorriu, "quando o Stanley est? comigo, normalmente est? de p? em duas pernas." Blaise e Beatrice continuaram a pastar, e como o fizeram, eles se afastaram. Stanley, fora do port?o, encontrou seu caminho at? a orelha de Beatrice. Ele chorou, e chorou; roncou e choramingou, mas n?o importava o que ele fizesse ou o quanto ele pedisse, nada parecia funcionar. Para consterna??o dos espectadores, a ?gua loura recusou os avan?os do garanh?o negro belga. Sem que eles soubessem, era por causa da sua presen?a que ela n?o permitiria que o Belga a cobrisse, e assim os entretinha. N?o importava o quanto Stanley se agitava, empinchava, balan?ava ou balan?ava o seu membro, j? agora, Beatrice n?o cedia ao seu desejo ou ? sua explos?o. V?rios homens continuaram a se manter contra a cerca, observando e esperando. "Come?o a pensar que gostas disto, o tormento", disse Beatrice. "Se eu tivesse um par de m?os, n?o precisaria de ti", ele bufou. "Quem me dera que tivesses, talvez me deixasses em paz. Olha para eles, bastante satisfeitos por serem deixados ? sua pr?pria sorte. Talvez se pedires com jeitinho, algu?m te empreste dois dos seus, ou dois deles e fa?a disso uma festa." A Beatrice voltou a pastar ao lado do Blaise no pasto. O celeiro principal de dois andares, branco, com dois blocos de cimento, com o feedlot, e um toldo que se estendia na parte de tr?s do celeiro, e dois pastos que constitu?am a maior parte da metade da fazenda que fazia fronteira com o Egito e o Deserto do Sinai. Do outro lado da estrada estavam a casa principal e os aposentos dos h?spedes, ambos revestidos de estuque, os aposentos dos trabalhadores, a opera??o leiteira, e o celeiro de latic?nios menor. Um caminho de trator arenoso saiu da estrada e correu atr?s do celeiro de latic?nios entre um pomar de limoeiros e um pequeno prado onde 12 Holsteins israelenses pastavam. Enquanto Blaise e Beatrice continuavam a pastar nas pastagens principais ao lado das duas ra?as de ovelhas, Border Leicester e Luzein, um pequeno n?mero de cabras Angora e Boer pastava ao longo das encostas dos socalcos. Em outro pasto, um separado por uma cerca e um port?o de madeira, pastou um touro Simbrah singular, musculoso e avermelhado, uma combina??o do Zebu ou Brahman pela sua toler?ncia ao calor e resist?ncia aos insectos e o d?cil Simmental. Stanley, todo preto, exceto por uma fina mancha de diamante branco que corria pelo nariz, estava de volta ao celeiro e continuava a se exibir. A popula??o su?na n?o era apenas um problema geopol?tico, mas tamb?m um problema de n?meros. Pois eles proliferavam e produziam um grande n?mero de descendentes, muitas vezes esticando os limites e recursos naturais do moshav onde a cria??o de animais era uma forma de arte praticada. Entre a popula??o em geral, tamb?m vivia o papagaio arara azul e dourado, bastante grande e barulhento, que era distante, e vivia no alto da balsa com Ezequiel e Dave, os dois corvos com suas penas negras brilhantes e cintilantes. Arredondando a popula??o da fazenda, al?m da velha mula preta e cinza, estavam dois Rottweilers da fazenda que passavam a maior parte do tempo atendendo a mula, e os bandos e morda?as de galinhas, patos e gansos. Blaise foi para o lago. Howard, o Baptista, estava agora a descansar entre os outros porcos quando estava na sua hora mais quente do dia. Ele ficou de p? quando viu Blaise a aproximar-se. "Blaise, tu que est?s sem pecado, vieste para ser batizado?" "N?o, tonto. Mas est? muito calor, n?o concordas?" "Eu concordo que voc? deve se juntar a mim e se tornar uma sacerdotisa dos verdadeiros crentes de Deus, aqueles que conhecem a verdade de que cada um de n?s ? fortalecido com o conhecimento de que Deus vive dentro de todos n?s; assim, tudo ? bom e puro de cora??o. A nossa ? uma batalha entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Comigo, v?s sois uma sacerdotisa, uma perfeita, uma igual. Blaise, outros j? te amam, escutam e te seguem. Este ? o teu lugar ao sol." "Oh, Howard, voc? ? muito gentil, mas eu n?o tenho seguidores." "Vais. Vem, esta ? a tua hora de brilhar. Aqui, a f?mea ? aceita como igual e compartilha o servi?o dos nossos semelhantes, grandes e pequenos, tanto f?meas como machos. Todos s?o bons e iguais na verdadeira f?." Howard derramou ?gua de lama sobre Blaise, e correu ao longo do pesco?o dela. "N?o discriminamos, nem precisamos de edif?cios constru?dos de tijolos e argamassa para adorar, nem procuramos um mediador para falar com Deus." "Howard, eu sa? para beber ?gua." Blaise baixou a cabe?a, e numa sec??o clara do lago, ela bebeu enquanto a lama ao longo do pesco?o dela gotejava e lamava a ?gua limpa. "Marque minha palavra, Blaise, seu santu?rio descer? ao seu redor e todos os animais que o seguem para um abismo escuro." "? um celeiro, Howard. Eu tenho um est?bulo no celeiro, assim como a Beatrice. ? onde ele se divaga sobre a Beatrice e eu para dormir." "Blaise", o Howard telefonou atr?s dela. "Algu?m est? a chegar, Blaise. Um porco, um lacaio, para fazer a destrui??o da mula." "Ele te batizou", disse Beatrice quando Blaise voltou para o pasto. "Eu vi-o a deitar ?gua sobre ti. ” "Lama principalmente, se queres saber. Os porcos adoram. ? bastante reconfortante, devo dizer, num dia t?o quente, quando a sombra, na melhor das hip?teses, ? fugaz." Come?aram pela oliveira, onde os outros, na sua maioria os maiores animais, estavam ? sombra. Pararam quando viram a mula aproximar-se, n?o querendo que ele os ouvisse. "Tenho que dizer o que Howard diz sobre a verdade e a luz e ter o conhecimento de Deus em nossos cora??es soa mais atraente do que o medo dele", disse Blaise. "N?o sei do que aquela velha mula est? a falar metade do tempo. ? tudo uma estupidez mental." O frango amarelo, pingando da lama e da ?gua, passou a correr. "Estamos a ser perseguidos! ? melhor porem as vossas casas em ordem. O fim est? sobre n?s!" "Ele est? t?o cheio de amea?as e press?gios, desgra?a e desespero." "Beatrice, a tua casa est? em ordem?" "Eu n?o tenho um", ela riu. "Esse ? o p?blico de Mel, presa f?cil", disse Blaise, acenando em dire??o ? galinha em retirada. "Oh, o que ? que ele sabe? Ele ? uma mula velha e gasta. N?o consigo entender nada disso." "Julius, por outro lado, ? um bom p?ssaro e um amigo querido. Ele ? inofensivo." "Descuidado ? mais parecido se me perguntares." Blaise deu um empurr?o ? Beatrice com o nariz enquanto a mula se aproximava para se juntar aos outros ? sombra da grande oliveira. Al?m dos animais, no lado eg?pcio da fronteira, o mu?ulmano que tinha avisado os dois judeus do problema da popula??o de porcos agora estava sendo perseguido atrav?s da aldeia pelos seus vizinhos. Homens atiraram pedras e rapazes dispararam pedras de atiradores at? ele cair, e desapareceram, para nunca mais serem vistos ou ouvidos de novo. "Viste aquilo?" O Dave disse. "Ver o qu??" Ezequiel disse. "Eu n?o consigo ver nada para as folhas da ?rvore." J?lio voou e acendeu nos galhos das ?rvores acima dos outros animais que estavam ? sombra. Grande, com trinta e quatro polegadas e uma longa cauda, as suas plumas azuis brilhantes misturaram-se muito bem com as folhas da oliveira. Tinha um bico preto, queixo azul-escuro, e uma testa verde. Ele enfiava as penas douradas na parte de baixo das asas no seu azul exterior e n?o parou. Ao inv?s disso, ele se movia continuamente para frente e para tr?s nos galhos. "Que tripula??o t?o heterog?nea ? esta." "Santa Arara! ? o Julius." “Ol?, Blaise, como est?s?" "Eu estou bem, obrigado. Onde estiveste, p?ssaro tonto?" "Estive aqui o tempo todo, vaca tola." "N?o, n?o o fizeste." "Bem, se queres saber, tenho defendido a tua honra e n?o tem sido f?cil. Eu tive que lutar para sair de Kerem Shalom, e depois voar at? aqui. Rapaz, as minhas asas est?o cansadas." "N?o acredito numa palavra disso", ela riu. "Blaise, tu feriste-me. Em que n?o acreditas, na luta ou no voo?" "Bem, obviamente voaste." "Tiveste saudades minhas?" "Que travessura tens andado a fazer at? agora?" "Pensei em sair e juntar-me ? intelligentsia dos animais superiores - oh, Mel, sua velha mula! Eu n?o te vi." Blaise e Beatrice olharam um para o outro e se pegaram de querer rir. "Blaise", disse Julius, "belo dia para um rebanho, n?o achas?" O Julius adorava uma audi?ncia. A galinha coberta de lama, com o bico e as penas a correr na sua direc??o. "Estamos a ser perseguidos", ela chorou enquanto corria atrav?s deles debaixo da oliveira. "O fim est? pr?ximo! O fim est? pr?ximo! Ponham as vossas casas em ordem." "Onde ? que eu j? ouvi isso antes?" Julius disse. "A? tens, Julius. Ela podia aguentar um bom rebanho." "Um bom a?oitamento ? mais parecido com isso. Estou ? procura de uma ave de uma pena diferente, apesar de ouvir dizer que ela gosta de cacarejar e ? muito boa nisso." "Oh, Julius, voc? ? incorrig?vel." "Al?m disso, o que pensariam os meus pais? Bem, n?o muito, eles s?o papagaios, mas o que diriam eles? O meu pai era um idiota balbuciante que repetia qualquer coisa que algu?m lhe dissesse. Eu n?o me lembro muito bem dele. Ele voou na capoeira antes de eu ter asas para continuar. Lembro-me, no entanto, do dia em que ele saiu, deixando cair um rasto de merda de p?ssaro enquanto voava." "O que foi desta vez, Julius, tr?s dias?" "Porqu?, Blaise, tu lembras-te, mas quem est? a contar? Quero dizer, a s?rio? Quem pode ou se lembra t?o longe?" "N?o parece longo de todo", disse Mel. "Parece que foi ontem mesmo." "Mel"? Mel, ?s tu? Toda a gente, para o caso de teres perdido. O Mel fez uma piada." O Julius mudou-se para os ramos acima do Blaise. "Sim, querida, estou fora h? tr?s dias, n?o muito longe, e a divertir-me o m?ximo que se pode enquanto ainda estou t?o perto de casa. Eu ca? em cima de um cesto de pombos-correio. Elas s?o um bando de pombos, aquelas raparigas, e mant?m um ninho limpo. Oh, claro, elas n?o s?o t?o amorosas como as pombas de tartaruga, mas voc? pode ter o seu caminho com elas e elas continuam voltando." "Isso n?o soa muito parecido contigo, Julius." "O que ? um papagaio a fazer? Quero dizer, quantas esp?cies de Ara ararauna voc? v? no mato?" "Seja como for, ? suposto acasalares para toda a vida, n?o ??" "Sim, bem, se te lembras, o meu primeiro amor foi um African Grey. ” "Sim, eu lembro-me que ela era de uma pena diferente?" Blaise disse. "A minha Ara ararauna favorita, e n?o me importava nada do que a m?e e o pai pensavam. ” "Como deve ser", disse Blaise. "O que aconteceu com ela?" A Beatrice disse. "Eu n?o me lembro?" "Ela foi roubada, tirada de mim, e enviada para o continente escuro da Am?rica. Ela tamb?m era uma beleza t?o marcante, com penas cinzas quentes e olhos escuros e convidativos. Ela era uma verdadeira clicadora, aquela garota, e podia assobiar", assobiou Julius. "Sinto muito pela sua perda", disse Beatrice. "Sinto muito, tamb?m, mas n?s somos animais, n?o somos, alguns animais de estima??o, outros gados. Vai com o territ?rio." Blaise disse: "Ent?o, o que te traz ? tona a esta hora do dia, Julius?" "Eu sou um papagaio, Blaise. Eu n?o sou uma coruja de celeiro. Tenho amigos para ver e lugares para ir." "Sim, bem, depois de estar fora por tr?s dias, imaginei que voc? estaria na jangada descansando, ou pintando algo. N?o fora com este calor." "Acontece que hoje estou de folga para ver uma African Grey do bairro." Julius caiu para um ramo inferior, as suas penas azuis misturando-se com as folhas verdes. "Ent?o, a visita de hoje ser? algo sentimental para mim, e quem sabe, possivelmente o in?cio de uma rela??o de longo prazo. Mas n?o quero ter muitas esperan?as, ainda n?o. Ela pode j? ter acasalado com outra, o que me serviria bem para o meu carrossel noturno. S? estou a dizer". "A tua presen?a vai fazer muita falta", disse Mel. A sua ironia n?o se perdeu. "Ora, obrigado, Mel, mas n?o te preocupes. Planeio voltar ao velho celeiro a tempo da festa, por isso guarda uma dan?a para mim." "H? dan?a?" Ezequiel disse ao Dave. "Blaise, ?s vezes acho que somos um casal de velhos casados." "Porque pensamos da mesma maneira?" "Porque n?s n?o juntamos." "Eu sou uma vaca." "E ele ? uma mula", disse Julius, "e o ?nico verdadeiro n?o-florestal entre n?s". ? muito rude da nossa parte estarmos a falar de um rebanho em frente de Sua Santidade, considerando que ele n?o pode". "Judeu-p?ssaro." "L? vai ele outra vez a tentar confundir o assunto. Ele n?o pode argumentar os fatos, ent?o ele ataca o mensageiro. Neste caso, e na maioria dos casos, devo acrescentar, sou eu. N?o me culpe pela sua situa??o. Eu n?o apresentei a tua m?e ao teu pai, Donkey Kong. Oh, foi amor ? primeira vista quando ela se apaixonou por aquele tipo. Ela era uma verdadeira Mollie, a m?e dele." "O qu??" A Molly, a Leicester da Fronteira, olhou para cima. "Tu n?o, querida", garantiu Blaise ? Molly. "Quando morreres, n?o ser?s um m?rtir para ningu?m", disse Mel. "Quando eu morrer, planeio estar morto. N?o a liderar o coro." "Ateu, judeu-p?ssaro." "Mel, Mel, Mel, Mel, uma mula com qualquer outro nome, digamos idiota, ainda ? uma mula." O Mel virou-se e partiu o vento enquanto navegava em direc??o ? linha da veda??o ao longo da fronteira eg?pcia. "Voc? tamb?m sai ? sua m?e, especialmente de l?... ambos usam o mesmo perfume! Assim como uma mula velha teimosa, tem que ter sempre o ?ltimo vento. O que eu n?o daria por um charuto de cinco c?ntimos. Vai-te embora, seu rabo-de-cavalo, ou meio rabo de cavalo. A outra metade, eu n?o sei o que chamarias a esse rabo, mas ? giro. Por falar no seu velho traseiro preto, eu tenho uma nota preta. Eu uso a minha para passar conhecimento e n?o medo ou g?s natural. Uso o meu lindo bico preto para fazer o bem no mundo como escalar, partir nozes e os seus tomates, enquanto o seu traseiro..." "Voc? certamente faz", disse Beatrice, n?o se diverte. "Ele fala, mas n?o t?o incessantemente como tu." "Sim, ele faz o seu traseiro preto, mas n?o pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo, andar e falar. ? onde and?mos na escola." O Julius virou um ramo mais pequeno, fazendo-o balan?ar com o seu peso, o seu bico a cortar na casca. "Ainda bem que eu n?o tinha aquele charuto, afinal de contas. Acendido contra o seu carro, teria desencadeado uma pequena explos?o e os vizinhos teriam ficado todos tontos, e depois os c?nticos, os c?nticos." Depois, a chamada foi para as ora??es da tarde. "Oh, alguma vez vai acabar? N?s n?o temos hip?tese." O Mel vagueou ao longo da linha da cerca que delimitava o deserto do Sinai. "Julius, voc? nunca parece ter muita rever?ncia pelos mais velhos, os l?deres, nossos pais", disse Beatrice. "Est? escrito algures que dev?amos? Eu posso ser um animal, um papagaio, mas a s?rio, alguns dos nossos anci?os nos levariam por penhascos ou para o abate atrav?s da nossa santa rever?ncia por eles." "? verdade o que disse sobre a sua ascend?ncia?" "Que diferen?a ? que isso faz?" Julius disse. "A m?e dele era um cavalo; o pai um idiota, e juntos tinham uma criaturinha querida que cresceu para se levar muito a s?rio, e agora ele ? uma mula velha, mas por detr?s de um verdadeiro rabo-de-cavalo. Pensando bem, para uma mula que n?o ? um boi, ele certamente tenta reunir todos os que pode". Mel parou no canto posterior da cerca do per?metro quando um homem com vestes marrons empoeiradas pisou de uma fenda nas rochas do deserto. Parecia faminto, desgastado pelo tempo, e com um ar de pecado. "Oh olhem, todos! ? o Tony, o Monge Eremita do Deserto do Sinai." Mel estava na cerca quando o monge se aproximou dele. "Eles s?o um belo par, parentes idiotas." O monge passou a cerca e deu uma cenoura ao Mel e esfregou o nariz. "Ah, n?o ? t?o doce", disse Julius, "como duas ervilhas numa vagem." Julius enferrujou os ramos de oliveira, inspirado. A cara dele ficou rosada de excita??o. "Blaise, aqueles dois lembram-me um par de patos." "Porqu?, Julius, porque eles s?o loucos?" * * * A hist?ria de Mel, segundo Julius "Antes deste moshav, era bastante ?rido, sem irriga??o. Um dia, um ?rabe bedu?no atravessou o deserto em um camelo, liderando uma pequena caravana com um cavalo, um burro e um jumento como animais de carga, Mel, sua m?e e seu pai. Apesar de Mel ser bastante jovem e pequeno, ele carregava uma quantidade substancial de mercadorias. O ?rabe vendeu a mercadoria aos eg?pcios e, quando se esgotou a mercadoria e n?o precisava mais de animais de carga, ele vendeu a m?e e o pai de Mel aos seus companheiros ?rabes. Curiosamente, ningu?m queria a jovem mula forte. Ele era forte, demasiado forte, como acabou por se revelar. Assim, um djinn saiu do deserto. Como ele era um esp?rito djinn malvado, um filho de mula possu?do por dem?nios, ningu?m estava disposto a pagar o pre?o que o bedu?no queria pela mula preta musculosa. O Bedu?no n?o viu escolha. Ele removeu o bando, e quando estava prestes a atirar, do deserto saiu Santo Ant?nio, 'Alt! ’ "Quando o monge se ofereceu para levar a pequena mula demon?aca para um exorcismo, o bedu?no baixou a arma. Eu acho que Santo Ant?nio, o monge eremita do deserto do Sinai, queria algu?m com quem conversar. O Bedu?no doou a mula, montou o camelo, e cavalgou para o deserto, para nunca mais ser visto desde aquele tempo. O monge eremita pegou a pequena picareta debaixo de seu manto empoeirado e o conduziu ao deserto, onde a partir daquele dia nenhum deles foi visto ou ouvido de novo. Est? bem, ent?o eu inventei essa parte. Ele levou Mel para criar, para proteger e para ensinar - ufa, e ele sempre o fez! Quando os judeus se estabeleceram e come?aram a moshavim na ?rea, esta moshav foi iniciada. Um dia, cerca e postes de cerca apareceram de uma extremidade da fazenda para a outra, e da fronteira para a estrada. No dia seguinte, quando a cerca subiu de posto em posto, englobando estes pastos, Mel ficou no meio de tudo, onde est? desde ent?o, no meio de tudo". "A s?rio", disse a Beatrice. "Alguma destas coisas ? verdade?" "Tudo o que eu sei ? o que ou?o. Ent?o repete-o. Sou como o meu pai dessa maneira. Somos papagaios e grandes coscuvilheiros que nunca conseguem guardar segredos. Claro, ? verdade. V?s o monge eremita da lenda, e o seu protegido, o papa da lenda tamb?m, n?o v?s?" "Onde voc? estava? Estavas aqui, tamb?m, na altura?" "Oh, por favor, isto n?o ? sobre mim, mas j? que perguntaste. Eu era apenas uma garotinha na ?poca, ainda na minha gaiola, balan?ando no meu poleiro, cantando, aprendendo arte, filosofia, feliz como uma cotovia, vivendo l? em cima na casa grande, quando de repente. Vou guardar essa para outra altura. Que seja suficiente para dizer que teve algo a ver com o meu canto. Eu tamb?m sei cantar. Eu sou talentoso e criativo. Sou canhoto. Jesus, gra?as a Deus que eles eram judeus comunistas pouco ortodoxos ou eu estaria cantando uma m?sica diferente. Aqui est? uma das minhas favoritas pessoais, "Ningu?m me ama, a n?o ser a minha m?e, e ela tamb?m pode estar a dar o seu melhor... (Falado) O que eu quero saber agora ? o que vamos fazer"? "Ao contr?rio do Maravilhoso Mel, o Magn?fico, eu n?o posso responder a isso. O futuro n?o se revela em pequenas revela??es feitas a partir de profecias pessoais." Um pequeno grupo de mu?ulmanos, a maioria rapazes, da aldeia pr?xima, juntou pedras. "Mas esperem! Atrevo-me a dizer, acho que sei o que vem a seguir?" Eles come?aram depois do monge quando ele se transformou e desapareceu nas paredes do deserto do Sinai. "N?o s?o os mam?feros ador?veis", disse Julius. "Um dia tenciono ter um como animal de estima??o." Mel se afastou da fronteira para pastar entre as ovelhas e carneiros na base das encostas dos terra?os. "Algu?m tem de manter aquela mula sob controlo. O que ele est? tentando fazer com os animais ? muito perigoso, pregando na ignor?ncia e nos medos deles. Uma vez que se apodere, ser? quase imposs?vel desfazer e reverter os danos causados." "A s?rio, J?lios", disse a Beatrice, "o que ? que isso importa?" "Em nome de Jesus ou de qualquer outro disparate assim, a Santa S? far? com que estejamos mortos." "Quem ? esse?" perguntou um dos animais mais novos, um mi?do. "N?o ? nada", disse Blaise. "Quem ? Jesus?" perguntou um pequeno cordeiro. "N?o importa", disse Blaise. "A s?rio, n?o ? nada." 3 O Rabino Vem Antes da chegada do bezerro vermelho, Mel, o padre mula, revelou a profecia das coisas futuras, ou seja, um salvador. Um salvador para salvar os animais deste mundo de escravid?o humana. "Mel continua a falar de um messias que nos salvar? da nossa mis?ria", disse Blaise. Ela e Beatrice caminharam pelo pasto subindo a encosta em dire??o ? sombra da grande oliveira. "Levantai-nos do nosso sofrimento." "Eu n?o sei quanto a ti, Blaise. Eu tamb?m n?o estou a ir t?o mal", disse Beatrice, "considerando as nossas condi??es actuais". Ela e Blaise estavam ambas com gravidezes pesadas. "Bem, espero que sim", disse Blaise, "Como eu disse, ningu?m se mete contigo, n?o com uma sela, n?o com o Stanley". "Sim, ? ?bvio que desta vez ele fez." "Sim, desta vez", riu-se Blaise, "mas s? porque tu querias que ele o fizesse." "E agora olha para mim! Mas foi bom, tal como tenho a certeza que foi para ti e para o Bruce." "Por favor, Beatrice, eu prefiro n?o me deter no pobre e maravilhoso Bruce. ? terrivelmente triste o que aconteceu, lamento." Bruce, uma carapa?a do seu antigo eu, ficou perto do tanque de ?gua no feedlot atr?s do celeiro. "Sim, ? claro. Tirando isso, por?m, parece estar bem." "Sim, bem, eu tenho-te como amigo, n?o tenho", disse Blaise. "Sim, quem disse que s? os p?ssaros de um bando de penas juntos?" "O fim est? pr?ximo", gritou a galinha amarela enquanto ela se atrevia entre eles. "? melhor terem as vossas casas em ordem, pois o fim est? pr?ximo." "Ent?o ainda bem que n?o somos p?ssaros, n?o achas?" "Acho que o Julius est? a come?ar a esfregar-se em ti." "H? coisas piores, suponho eu." "Blaise, voc?s est?o todos a brilhar no chocolate de leite, e cremosos tamb?m." "Os oper?rios aliviam-me do peso e da press?o extra do leite t?o docemente. N?o s? isso, mas ? quase uma massagem do jeito que sente. Faz c?cegas da forma suave como me ordenham." "Eu n?o saberia", disse Beatrice. "Imagino que seja um molestador que n?o me importaria de ter, mas como um cavalo, uma ?gua, eles n?o se incomodam." Os dois amigos deixaram de ter a sombra oferecida pela oliveira. No meio do pasto estava um grande animal desconhecido na encosta perto da cerca das traseiras. Quando os olhos deles entraram em foco, ajustando-se ? dist?ncia e ? luz solar brilhante, eles viram um javali de aspecto estranho, e possivelmente selvagem. Apesar de ser um Berkshire e tipicamente preto, com um anel branco ao pesco?o, este javali era magro, cerca de 250 libras, com uma pele seca pelo sol, branqueada pelo sol e avermelhada. Ele tamb?m tinha um par de presas brancas que se projetavam de suas papadas espumosas. Julius voou e aterrou nos ramos da oliveira. "Estamos salvos", gritou ele e mexeu-se nos ramos. "Olhem, todos, estamos salvos, digo-vos eu! Estamos salvos. Aquele porco tem um plano e est? escrito em pedra." Derreteu trote do celeiro para saudar o javali. "Aquilo ? trote de mula? R?pido, algu?m, arranje uma c?mara para que possamos ser testemunhas da hist?ria ou uma teoria da conspira??o." Mel encontrou o javali no meio do pasto, n?o muito longe de onde Mel uma vez tinha ficado, quando a cerca tinha subido ao seu redor. No lado eg?pcio, o monge eremita do deserto do Sinai, Santo Ant?nio, olhou por cima do ombro enquanto desapareceu na tela das paredes do deserto, sem ser detectado por seus vizinhos mu?ulmanos. "Blaise, eu acredito que essas presas s?o uma lossa." "Eu n?o saberia, Julius. Eu nunca l? estive." "O que ?s tu, s?bio?" "Bem, eu deveria pensar assim", disse Blaise. "N?o queres casar comigo, Blaise, ou viver comigo em pecado? O que estou a tentar dizer ? que gostava de leite com chocolate, por favor." "A subir, senhor", disse Blaise. "O que dizes de explodirmos esta espelunca e voarmos juntos?" "Julius, est?s a ignorar o facto de eu ser uma vaca e uma muito gr?vida." "Pe?o desculpa? N?o, n?o pe?o. Por sorte, n?s temos o nosso pr?prio fazedor de milagres de m?o cheia no nosso quintal. Eu seria negligente se n?o lho lev?ssemos. Quero dizer, se ele n?o pode fazer de parteira um bezerro e fazer uma vaca crescer asas e voar, que tipo de fazedor de milagres ? ele? Blaise, se n?o vais voar, eu tamb?m n?o. Mas se fores, encontro-te do outro lado da lua. O que achas disso, "Lua-de-mel sobre a Lua"? "Tenho medo, Julius. Eu tenho medo das alturas." "Oh, meu Deus, eu tamb?m sou! Blaise, n?s temos tanto em comum. Gostas de ma??s?" "Sim, eu gosto de ma??s e prefiro manter os meus p?s no ch?o. No entanto, se alguma vez te cansares de voar, eu dou-te boleia." "Oh, tu, menina marota", disse ele enquanto testemunhavam um milagre em progresso. "Bem, eu vou ser tio de um macaco. Podes olhar para isso?" No meio do pasto, Mel ajoelhou-se a um joelho e o javali trepou para as suas costas. O Mel endireitou-se para come?ar a viagem pela encosta em direc??o ao lago. "Aquela besta suportou o fardo daquele javali. Eu acho que o que estamos testemunhando aqui ? um milagre de propor??o b?blica. Digamos, espere um minuto. Aquela mula ficou atr?s da carro?a. Oh, que diferen?a ? que isso faz? J? sabemos aquela hist?ria velha, frequentemente repetida e desgastada de qualquer maneira. Bem, pelo menos agora podemos ir directos ao assunto e daqui a 12 horas, acabou-se." O Mel foi at? ao lago. Ele fez uma v?nia e o javali escorregou. "Bem, Julius", disse Blaise, "voc? disse que Mel era forte pela sua idade e tamanho." "Sim, eu fiz, mas agora para uma mula da idade e tamanho dele, ele ? apenas teimoso." Howard emergiu da sua pocilga e foi para o lago para se refrescar ao sol da tarde. Mel deixou os dois javalis e foi para o pasto para pastar enquanto permanecia dentro do ouvido. "Olha," algu?m disse, "ele est? a andar sobre a ?gua!" O javali de Berkshire saiu na ponta rasa. "Oh, por favor", disse Julius. "Nunca vamos ouvir o fim deste." "Suponho que tamb?m achas que isso ? um milagre?" A Beatrice disse. O Julius abanou a cabe?a. "? um milagre voc? poder pensar e falar", disse ele e olhou de relance para Blaise. "Bem, fala na mesma." Molly, o Leicester fronteiri?o, ao cuidar dos seus cordeiros g?meos disse: "Talvez ele devolva Bruce ? sua antiga gl?ria?" "Ele pode fazer truques e tirar um coelho do rabo porque n?o tem chap?u, e fazer o coxo andar, a Beatrice falar, e o cego ver, mas devolver o Bruce ao seu antigo eu, receio que isso aconte?a quando os porcos voarem." "De acordo com o javali do celeiro, Joseph, os porcos voam", falou Beatrice. "Bem, duh", disse Julius. "Toda a gente sabe disso. Joseph, que por acaso ? o pai do nosso rec?m-chegado salvador Boris, est? correcto. Tudo o que tens de fazer ? morrer. Ent?o vai para o c?u. E, para ganhar as tuas asas, s? tens de assobiar uma can??o feliz e rastejar." "Bem, ent?o, talvez ele possa ajudar", falou Beatrice novamente. "? um milagre", disse Julius e bateu as suas asas. "Vamos perguntar-lhe", acrescentou Beatrice. "N?o pode fazer mal." "Sim, claro, certamente ele o far? pela gl?ria de seu pai que est? no c?u." "Pensava que o Joseph era o pai dele?" "Ele ? adoptado." O Branco Grande foi at? ao interloper, o seu focinho a uma polegada do focinho do Berkshire, quase se tocando ?s vezes. "Primo", disse Howard, o Baptista. "N?o me beijes", respondeu o javali. "Ser? que ele ? completamente selvagem ou apenas metade?" A Beatrice ponderou. "Receio que a metade que pensa", disse Julius. "Ent?o, ? voc? que voltou", disse Howard, "o s?timo leit?o do s?timo litro do Sal a Semear, Boris, o runt do litro". "Eu sou quem eles dizem que sou." Howard baptizou o porco, deitando ?gua lamacenta sobre a cabe?a e ombros de Boris, o javali Berkshire. "Eu protesto." "Acredito que protesta demais." "Eu estou sem pecado." "Voc? ainda ? um porco. Al?m disso, se planeias ser guiado pelas presas pela mula, vais precisar de toda a ajuda que conseguires. Ele ? uma m? not?cia, mas vou deixar-te descobrir o qu?o estreito ? o caminho para ti. Mas escuta o meu aviso, ele n?o ? um irm?o ou um amigo do porco ou de qualquer animal". "Voc? esquece, amigo, eu sou aquele que foi enviado pelo meu Pai para salvar todos os animais dom?sticos do pecado e uma vida passada em cativeiro." "Onde planeias levar os teus pecadores, Messias?" "? liberdade, para?so encontrado entre as montanhas do Sinai e longe deste lugar, a corrup??o da civiliza??o." "Oh, claro, o jardim", disse Howard incredulamente. "Fica aqui comigo sob as estrelas. N?o sigas a mula ou o monge eremita, pois s?o eles que te v?o levar pelo caminho da destrui??o." "? por causa deles que estou aqui", disse Boris, "para nos livrar do mal." "Quem te vai libertar do mal?" Enquanto Mel se aproximava da lagoa, Boris tomou a sua posi??o ao seu lado. "Voc? ? bom e puro", disse Mel, "al?m do pecado". Vais fazer bem as tuas acusa??es." Mel olhou para o Baptista. Depois virou as costas para se juntar aos outros. "E o testamento do teu pai," Howard bufou. * * * Os outros animais, incluindo o Mel por esta altura, estavam debaixo dos ramos da grande oliveira fora do sol e observavam maravilhados enquanto os dois javalis se empurravam, empurrando cabe?as, empurrando um contra o outro at? que finalmente os rec?ns batizados tinham tido o suficiente, e se retiravam do lago e se afastavam. Naquela noite, por raz?es conhecidas apenas pelo Moshavnik Perelman, ele separou a Jersey das outras e a colocou no est?bulo com o javali rec?m-chegado. Entre os oper?rios, por?m, havia rumores de que Perelman talvez quisesse que os dois, o javali de Jersey e o javali de Berkshire, acasalassem mesmo sendo ela uma vaca j? fresca com um bezerro, e ele era um porco, algo sobre querer que o couro avermelhado se esfregasse nela. "Oh, eu n?o gosto que me chamem porco. Quero dizer, eu sou o que sou, e gosto de quem sou. Eu sou Boris, o Javali, o Grande Javali, Salvador de todos os animais, grandes e pequenos. Ou pelo menos eu serei. Por agora, por?m, contento-me com o Grande Javali do Oeste. ? o nome porco, e no que diz respeito aos porcos, somos detestados por tantos da esp?cie humana. Temos humanos para culpar por isto, ? claro, e um homem em particular por todo este neg?cio de chamar nomes. Oh, como eu adoraria que a nossa esp?cie do outro lado da terra tivesse outro nome, como b?falo. Eu sempre gostei do nome b?falo ou bis?o. Posso imaginar que a vida para n?s seria muito diferente se f?ssemos b?falos. Ou gazela! Isso n?o tem um lindo anel, gazela? Porcos gazela, magros, musculosos e fortes, claro, e capazes de sair para o mundo orgulhosos, sem medo de levantar a cabe?a". "Ent?o Muhammad n?o seria mais um amigo do porco." "Sim, haveria trocas. Eu n?o me devia queixar, a s?rio. Chamem-nos o que quiserem, ainda ser?amos porcos aos olhos de muitos e detestar?amos, n?o importa como sejamos chamados. Podia ter sido pior, suponho eu. Podia ter sido chamado de baratas." "Porque ? que tu e o Howard estavam a discutir?" Blaise disse. "N?o muito depois de ele vos ter baptizado, estavam os dois a lutar, mas com cabe?as?" "Ele disse que era perfeito, e o porco maior, mas eu, sendo quem sou empurrado para tr?s, porque sou o javali maior." Se ela ainda n?o tivesse adormecido, Blaise teria concordado. 4 Quando os fetos caem do dorso das vacas Mel caminhou ao longo da cerca, mantendo dentro dos ouvidos de Levy e seu amigo Ed, os dois judeus ortodoxos de antes. Levy estava ouvindo um iPod com fones de ouvido sem fio enquanto eles passavam pelo moshav. "Os americanos est?o a chegar!" Ed disse. "Estamos salvos!" Levy respondeu com o iPod e os auscultadores no ouvido. "Parece que o Perelman pode ser." "O que significa isso?" Levy removeu o iPod. "Ele est? a tentar vender o moshav." "Vender o moshav"? Ele n?o pode fazer isso." "O gado, quero eu dizer", disse Ed. "Ele quer vender o gado, os porcos, as cabras, as galinhas de qualquer maneira." "Os americanos est?o a vir para Israel para comprar porcos?" "Eles est?o no mercado, sim, mas o seu verdadeiro interesse ? o bezerro vermelho. Ent?o, enquanto est?o aqui, por um lado, mais vale estarem aqui para o outro." "Estou a ver. Evang?licos de novo a caminho para nos salvar de n?s mesmos." "Eles s?o boas pessoas do campo", disse Ed. "Claro", disse Levy, "fundamentalistas crist?os". Porque outras raz?es estariam interessados no bezerro vermelho?" "Boa comida?" O Ed disse. "Perelman est? a vender a Jersey e a cria dela?" "Eu acredito que sim. Eles est?o interessados no seu resultado para n?s e para eles." Levy colocou os auriculares de volta nos seus ouvidos. Essas pessoas, ou como eles dizem, 'essas pessoas'." O Mel parou no final da linha da propriedade onde as duas cercas chegaram a um ponto nos cantos da cerca. Os dois judeus continuaram o seu caminho atrav?s da quinta, seguindo a estrada para norte. Naquela noite Mel compartilhou com os outros uma vis?o que ele tinha tido de um sonho e era profecia. "Eu vejo homens a chegar ? quinta. Eles nos oferecer?o salva??o e para?so na terra, mas o que eles querem ? nos escravizar mais uma vez para o jugo e pior. Portanto, devemos seguir o nosso rec?m-chegado salvador, Boris, o Javali. Ele oferece um curso de a??o diferente, um novo futuro e uma dire??o para que possamos entrar. Devemos ouvir Boris, pois isso significar? a diferen?a entre a nossa sobreviv?ncia ou o nosso desaparecimento. Ou?am com aten??o, vamos orar sobre isso, mas vamos seguir o grande javali, que ? nosso Senhor e Salvador". "Muito bem, Julius", disse o Dave da oliveira no dia seguinte. "Do que se trata isto tudo?" "Lembras-te do nosso her?i, Bruce, e dos 12 Holsteins israelitas? Bem, olha", disse Julius e apontou uma expansiva ala azul e dourada. No prado, os Holsteins estavam deixando cair bezerros, um bezerro ap?s o outro. "Bruce conhecia-os a todos", explicou Julius. "Enquanto os fetos caem das costas das vacas, o 12? Im?, como por nossos vizinhos na Pen?nsula Ar?bica ou na Faixa de Gaza ao norte, aparecer? ou reaparecer?, dependendo de qual membro da fam?lia eles seguem. N?o s? isso, mas tamb?m veremos o regresso do pr?prio Big J. Poucas pessoas se d?o conta de qu?o pr?ximos eles eram. ? verdade, Jesus acompanhar? o seu amigo o 12? Im?, o Mahdi, quando ele sair de um po?o. Saberemos a diferen?a entre os dois porque embora ambos tenham narizes proeminentes, Jesus ser? a cara de cabelos loiros, olhos azuis e bronzeado (os crist?os americanos pousaram, piscam, piscam o olho)". Os Holsteins israelenses estavam em clara vis?o dos mu?ulmanos regozijantes na fronteira eg?pcia, e os americanos, de p? na estrada, na fazenda israelense. Quando os fetos ca?rem das costas das vacas", continuou Julius seu cauteloso conto, "nesta hist?ria de fadas como naquela sobre o bezerro vermelho, ele trar? o fim da terra". O problema, por?m, para os mu?ulmanos de qualquer maneira, esses fetos est?o respirando e chutando". Os evang?licos americanos, pelo menos dois deles, tinham chegado ao local a tempo de presenciar o espet?culo dos fetos caindo das costas das vacas, depois o regozijo e os cantos emitidos pelos estrangeiros em uma colina. O mais novo dos dois estava magro e em forma aos 27 anos e tinha cabelos loiros, olhos azuis. O outro ministro tinha 50 anos, com cabelos castanhos secos, de aspecto r?stico, e olhos secos e cinzentos. Com cerca de 1,80 m, e estocado, ele nunca tinha conhecido a fome. Ambos os homens usavam camisas brancas de manga comprida, abertas na gola, cal?as escuras, e sapatos pretos. Os israelenses que escoltavam os dois ministros explicaram que era para ser um sinal da chegada, ou do retorno, do 12? Im?, o Mahdi, dependendo de qual acampamento eles pertenciam. No entanto, estes fetos estavam vivos, e os americanos testemunharam o s?bito fim da alegria de apenas serem substitu?dos por c?nticos mon?tonos antes que os estrangeiros na colina desaparecessem na sua aldeia. "Oh, bem, melhor sorte na pr?xima vez, eu sempre digo", disse Julius. "A boa not?cia ? que vivemos outro dia..." "Eu n?o entendo", disse Ezekiel. "Os fetos est?o a cair. Porque ? que este press?gio n?o ? um bom sinal?" "Oh, ? um press?gio, e um sinal muito bom para os vivos. Os fetos que caem das costas das vacas devem estar mortos quando batem no ch?o. Quando 12 deles, por sinal, 12 deles caem mortos; assim, vem o Senhor, de m?os dadas com os mahdi para chutar o traseiro infiel como os super-her?is sobrenaturais que eles s?o. Infelizmente, para os nossos fi?is mu?ulmanos, esses fetos batem no ch?o correndo. Assim ? que ?, Bruce! Charutos por todo o lado!" Antes que os mu?ulmanos, que se encontravam na cristandade, se afastassem, testemunharam os infi?is crist?os, como se estivessem no caminho de Damasco, experimentando convuls?es, rolando no ch?o de gargalhadas. Os mu?ulmanos amaldi?oaram o ch?o em que os infi?is convulsionavam. Quando a divers?o acabou e os americanos recuperaram a compostura, viram dois judeus ortodoxos indo em dire??o a eles fora da fazenda para o que seria um breve primeiro encontro entre amigos com interesses comuns. "Shalom Rabbis, n?s viemos em paz." "N?s n?o somos rabinos", disse Levy, com o iPod e os auriculares. "Sou o Reverendo Hershel Beam", disse o ministro mais velho. "Este ? o meu jovem protegido e ministro da juventude da nossa mega-igreja na Am?rica, o Reverendo Randy Lynn. N?s somos crist?os. ” "Ol?, eu sou o Randy. O que est?s a ouvir, "The Yahweh Hill Song"? ? sobre Jesus, sabes? ” O amigo do Levy, Ed, olhou para o seu amigo Levy. O Levy tirou os protectores auriculares. "Chopin", disse ele. "'Polonaise op. 53 em A-flat major, Heroico. Uma obra que ele comp?s no auge dos seus poderes criativos, e durante o seu caso de amor com o romancista franc?s George Sand." "? bom ter-te conhecido", disse Ed. Ele e Levy acenaram com a cabe?a, inclinaram os chap?us e se despediram. Voltaram para a estrada e continuaram o seu caminho. "Ele disse George Sand?" disse um ministro da juventude confuso. "Chopin era gay?" "N?o, n?o", riu o Reverendo Beam. "N?o comeces a morder a tua m?o, Randy. George Sand era uma mulher." "Whew, espero que sim", disse o Reverendo Randy Lynn. "Mas ? um nome engra?ado para uma mulher. Mas espera, eu pensei que ele disse que o George Sand era um romancista?" "Ela era, Randy, uma romancista francesa." "Oh, certo, uma daquelas pessoas. Deixe-me ver se eu tenho este direito. Ele est? a ouvir Chopin, um pianista polaco apaixonado por uma romancista francesa, uma mulher chamada George?" "At? agora, tudo bem", disse o Reverendo Hershel Beam. Bem-vindo a Israel." Eu teria pensado "Fiddler on the Roof" talvez, algo mais perto de casa." "Sim, voc? pensaria", concordou o Reverendo Beam. 5 Regras para Viver Os Catorze Pilares da Sabedoria Com o advento das m?quinas agr?colas modernas e n?o mais escravizadas ao jugo e for?adas a puxar o arado ou a debulhadora, os animais descidos no vale sobre esta lasca de terra empurrada contra a fronteira eg?pcia viveram pacificamente durante o tempo que qualquer um se lembrou, mesmo confortavelmente como qualquer animal, considerando as suas circunst?ncias. Fizeram o que a maioria dos animais domesticados sempre tinha feito, que era esperar. Enquanto esperavam um dia, porque permaneciam como mat?ria-prima para os humanos, temerosos do desconhecido e da escurid?o, e de rel?mpagos que brilhavam misteriosamente atrav?s de um c?u escuro, quando o trov?o rachou e sacudiu o ch?o sobre o qual estavam congelados de medo, os animais come?aram a fazer perguntas. "De onde viemos?" "Para onde vamos quando morremos?" "Do que se trata?" Para qual animal ou outro, sempre de intelig?ncia superior, tentaria explicar as origens da vida, de como tinham chegado onde estavam agora e para onde iam. Era uma hist?ria reveladora com regras para se viver se um animal fosse recompensado por uma vida ap?s a morte num campo de trevo, um jardim, por assim dizer. Assim, ao longo dos anos v?rios anci?os, geralmente os porcos entre eles, tomaram a iniciativa de tentar responder a estas perguntas, come?aram a contar hist?rias e a fazer regras que passavam para os animais que vinham atr?s deles, criando leis para todos seguirem. Uma dessas cole??es de sabedoria animal transmitida atrav?s das gera??es foi Regras para Viver, os Treze Pilares da Sabedoria. Mel entrou no celeiro, que era o santu?rio, com os dois Rottweilers, Spotter e Trooper da casa da fazenda. Mel anunciou: "Trago-te boas not?cias. Brinca, brinca e se diverte ao longo das margens do lago, o mesmo lago do qual bebemos". Especialmente os porcos entre n?s, pois esta ? a vossa terra, e Muhammad ? nosso amigo." "Ele pode ser teu amigo, mas n?o ? nosso amigo", disse Billy St. Cyr, o bode angor?. "Se os porcos n?o fossem tidos em t?o alta considera??o, talvez menos aten??o seria dada ao resto de n?s pelo Profeta e seus seguidores", disse Billy Kidd, o bode magro castanho e bronzeado b?er. "Este ? o plano do Senhor, e nosso Messias, Boris, que est? descansando, saiu das montanhas do Sinai para nos libertar de nosso atual estado de exist?ncia". "Mas o homem n?o ? grande porque foi feito ? imagem de Deus?" "A beleza est? nos olhos de quem a v?; portanto, o homem ? belo, feito ? imagem de Deus". Portanto, o homem ? piedoso." "Ent?o porque ? que vamos ser libertados do nosso estado actual?" "Somos detidos por aqueles que n?o est?o em favor de Deus ou feitos ? Sua imagem." Julius gritou das jangadas: "Eu discordo e acho que a premissa da sua argumenta??o ? falsa". Qual ? a imagem de Deus? Que prova emp?rica temos de que Deus n?o ? feito ? imagem do homem? Nenhum homem ou animal entre n?s reconheceria o Deus elusivo do c?u e da terra se estivesse ao teu lado ou numa fila". "A terra ? plana e ponto final", cantou um bando de gansos. "Ei," disse Julius, "quem deixou aqueles c?es entrar aqui?" O Spotter e o Trooper rosnaram, a ladrar dentes. O Julius olhou para eles com os seus olhos negros. "E aquela mula de mentol?" "N?s somos animais. Todos os dias somos tentados por Satan?s a abandonar nosso relacionamento com o homem, e assim, com Deus. N?o nos cabe a n?s questionar o caminho do Senhor. Ao fazer isso, voc? deve ser um porta-voz do desespero, possu?do pelo mal entregue em nome de Satan?s", assim falou Mel. "Isso ? conveniente", respondeu Julius. "Voc? ? maligno personificado", disse Mel. "Eu sei", disse Julius, modestamente. "Eu percebo isso muitas vezes." "Voc? n?o ? um de n?s", disse Mel para o benef?cio dos outros animais reunidos para a ora??o da noite. "?s um animal de estima??o da casa libertado de uma toca de pecado, solto sobre os inocentes para os assombrar e escarnecer at? ao desespero, mas eles n?o os ouvem nem os seguem". "Aw, merda, n?o fazia ideia que tinha tanta influ?ncia sobre ti." "N?o nos podes fazer, porque estamos camuflados em justi?a, protegidos dos males de Satan?s, e de ti, assim nos ajude, Deus." "Eu n?o posso ficar com todo o cr?dito. Quero dizer, onde estaria eu sem ti, tu com o teu medo e repugn?ncia, e eu, eu com a minha disposi??o solarenga? ” "N?o nos vais corromper ou enganar", disse Mel. "Afinal de contas, n?o somos ovelhas. Sem ofensa." "Nenhuma tomada", sangraram tr?s ovelhas em un?ssono. "Bem, n?o est?s com uma l?grima? N?o me deixes impedir-te." Mel disse ? reuni?o que os porcos entre eles eram vistos como sagrados por seus vizinhos mu?ulmanos, e para lembrar, e repetiu, que Muhammad era seu amigo. Rastejados em giz sobre t?buas de t?buas contra a parede traseira, e correndo pelo comprimento da parede, estavam as Regras para Viver, os Treze Pilares da Sabedoria. Mel liderou o recital dos Treze Pilares da Sabedoria, como fazia todas as noites, como os outros animais seguiam. "1: O homem ? feito ? imagem de Deus; portanto, o homem ? santo, divino. "N?o h? como contestar este facto", declarou Mel. Os animais presentes pareciam estar todos de acordo. Stanley disse como fazia todas as noites: "Os humanos s? t?m 10, mas n?s temos 13? N?o me consigo lembrar de tantos. Nem consigo contar t?o alto." Mel, como ele fazia todas as noites, ignorou o cavalo. J?lio disse: "Infelizmente, esta mula n?o se assustou e deixou cair uma t?bua ou tr?s ao descer da montanha. Nem mesmo quando um arbusto em chamas disse o seu nome, que coragem!" Mel ignorou o papagaio, tamb?m e retomou. "2: Humilhar-nos-emos perante o homem." O Stanley snifou e carimbou os p?s. Ele levantou a cauda para despejar um monte de esterco. Alguns estavam espantados, mas porque tinha ocorrido no seu est?bulo, e n?o no santu?rio, n?o era pecado. No dia seguinte, os trabalhadores tailandeses e chineses, sendo que era o s?bado, limpariam as barracas de qualquer maneira, e colocariam o esterco na pilha de compostagem atr?s do celeiro. Independentemente do dia que fosse, a maioria dos trabalhadores estrangeiros cuidava do moshavim e dos animais da fazenda ao redor, como faziam com os animais deste moshav. "3: O celeiro ? terreno sagrado, um santu?rio, onde nenhum animal urina ou defeca; onde tudo ? sagrado; 4: O homem ? o nosso criador e a nossa salva??o. O homem ? bom." "Acho que sabemos quem escreveu seu material", disse Julius, removendo um pincel de seu bico enquanto segurava outro pincel em sua garra esquerda. "5: N?o comeremos onde defecamos; 6: N?o defecaremos onde rezamos; 7: N?o comeremos as nossas fezes nem as nossas crias". Uma galinha agarrada ?s galinhas irm?s, "Estas regras s?o imposs?veis." "8: Servimos o homem de bom grado pela nossa sobreviv?ncia." "Sim, n?s fazemos", grasn?mos tr?s patos. "Ele nos desleixa", disse um porco, "e da??" "Parece-me muita merda", disse outro porco, e os porcos jovens riram. "9: Porque sem o homem, estamos perdidos." O Mel olhou para o arruaceiro. O Mel conhecia-o e ? sua fam?lia, um bando de porcos. Mel continuou, "10: Gra?as a Deus pelo homem; agradecemos ao homem pelo animal, grande e pequeno, mais alto e mais baixo de n?s; "11: Nenhum animal comer? a carne de outro animal, grande ou pequeno, mais alto ou mais baixo entre n?s." "Nenhum porco pode viver s? de inclina??o", disse uma porca. Mel olhou para a porca. Ele n?o queria parar o recital. Ela era uma porca. "Homem precioso come carne de animal", disse outro porco, um porco, e n?o demora muito para este lugar, mas em breve para um bilhete de ida para o Cipreste. Mel parou o recital. "Voc? ? um profeta, meu amigo." Ele lembrou ? congrega??o que o gr?o foi adicionado para complementar o j? enriquecido com vitaminas que o moshavnik Perelman alimentou os porcos e que continha prote?nas suficientes para satisfazer as necessidades dos animais. "Voc? est? bem alimentado, muito melhor do que qualquer outro porco da regi?o." "N?s somos os ?nicos porcos da regi?o." "Portanto, voc?s s?o uns poucos privilegiados, e Muhammad ? vosso amigo." "Que vida maravilhosa n?s levamos", disse a porca. "Certo", disse o porco, "tal e qual o para?so". "E quanto a n?s?" O soldado e o Spotter choraram. "N?o est?s bem tratado e bem alimentado?" "Sim, pai", disseram eles e fizeram uma v?nia. "Para tudo, h? uma ?poca. Para cada c?o, um osso. Ent?o, vira-te, vira-te e faz truques para o teu osso." Os c?es viraram-se, viraram-se, e fizeram truques para um osso. "N?o me questiones nem as minhas motiva??es." O Mel n?o deu um osso aos c?es. Em vez disso, Mel resumiu o recital com, "12: N?o nos permitiremos ficar cobertos de lama. A galinha de penas amarelas agarrou-se e escondeu-se atr?s das outras galinhas entre as ovelhas. "13: Honraremos os nossos santos e m?rtires." Mel terminou o recital; contudo, continuou com o seu serm?o. "Quando estamos do lado de fora, ? colocado sobre n?s," ele pregou, "para cobrir o nosso lixo, para n?o levar excrementos para a nossa casa de culto". Resta-nos alimentar a terra que cultiva o gr?o, e a erva que, por sua vez, nos alimenta". Os animais concordaram, sim, sim, claro, isso fazia sentido. "Marcaremos nossas pequenas e curtas vidas nesta terra, e respeitaremos e honraremos aqueles que nos conduzem atrav?s das trevas deste mundo, e o reino animal em geral, al?m da nossa fazenda, para que entremos no reino de Deus para sermos pastoreados por Ele". "Sim, sim", os animais cantaram alegremente. Mel continuou seu serm?o: "E aqueles que chafurdarem na lama morrer?o nela." A galinha levantou a cabe?a, "Bog." Ela escondeu-se na l? quente das ovelhas. Os jovens porcos n?o pareciam importar-se. "Qualquer animal visto coberto de lama ser? considerado um herege." "Ele ? t?o mulato", disse Julius, "que barulheira." "N?o seja visto com o porco herege da grande heresia ou deixe a besta derramar lama e ?gua sobre sua cabe?a ou voc?, tamb?m, ser? um herege. Trago-vos a boa nova de que todos n?s somos escolhidos como filhos de Deus na companhia de seres humanos que nos protegem e alimentam. Ent?o alimentem-se de n?s, pois este ? o caminho do Senhor, o caminho da vida, nossa vida, como est? escrito e transmitido atrav?s dos tempos. Em uma vis?o, eu nos vi conduzidos da nossa condi??o atual ? liberdade". "Sim, ? a parte em que eles se alimentam de n?s que assusta todos os animais da fazenda para se juntarem ao grande Mel, a Mula", disse Julius. "Funciona sempre." "Vais arder no inferno." "Assim, diz a mula." "Anarquista ateu", disse Mel. "Anarchy malarkey", disse Julius e dirigiu-se aos animais abaixo, no santu?rio do celeiro. "Usa o teu c?rebro. Pensem por voc?s mesmos. Sim, somos animais, mas por favor, certamente, podemos pensar por n?s mesmos, e forjar um caminho atrav?s da vida." "Tu n?o est?s entre n?s." "Ouve", disse Julius, "a mula prega o medo, a avers?o e a supersti??o". "O que quer dizer, odiar?" Um dos animais disse. "Tu n?o ?s um de n?s." "Sim, voc?s s?o animais domesticados, mas isso n?o significa que tenham de ser um rebanho." Mel disse: "N?o h? nada de sagrado?" "Sim, nada", disse Julius. "N?o h? nada de sagrado." A? veio o Mousey Tongue, passando por cima de uma das vigas acima do santu?rio do celeiro com o porco capitalista, Mousetrap em estreita persegui??o. Mousey Tongue era um comunista que achava que tudo deveria ser distribu?do uniformemente desde que tudo passasse por ele primeiro. Ele tinha uma voz agu?ada e estridente, e ningu?m conseguia entender nada do que ele dizia. O porco capitalista, Mousetrap, n?o podia se importar menos com a filosofia pol?tica de Mousey Tongue sobre economia. Ele s? queria comer o pequeno bastardo. "Despacha-te, ratazana", disse Julius enquanto ele e os corvos empoleiram-se ao longo de outro raio. "Eu n?o sou um rato", gritou Mousey Tongue. "Eu sou um rato." "O que ? que ele disse?" O Dave disse. "Guincha, guincha, algo assim", disse Ezequiel. "Eu n?o sei rato." "Eu n?o sou um rato", o Mousey Tongue guinchou por eles. "Bem", disse Ezequiel, acenando em direc??o ao rato, "antes que o gato tenha a l?ngua dele?" "Oh, n?o, obrigado", disse o Dave. "Eu n?o podia comer outra coisa." Mousey Tongue era tamb?m um ateu que, quando n?o era perseguido atrav?s das traves pelo porco capitalista, por vezes, defecava nas traves e tinha prazer em rolar as suas pequenas caganitas sobre a borda, deixando-as cair onde podem no ch?o consagrado, abaixo do qual ningu?m era mais s?bio, excepto as galinhas que n?o diziam a ningu?m. Eles estavam felizes em limpar o galinheiro. At? onde Mel sabia, eles estavam seguindo as regras n?mero 5: "N?o comeremos onde defecamos"; e n?mero 6: "N?o defecaremos onde oramos". Quando Mel chamou todos para a ora??o, as galinhas e os patos ca?ram em posi??o com as ovelhas caindo atr?s deles. Os porcos se espalharam pelo santu?rio, e ca?ram prostrados sobre a palha, muitos deles adormecendo onde se deitaram. "Bem, pelo menos aqueles porquinhos n?o s?o uma manada", disse Julius. Blaise e Beatrice observavam calmamente da seguran?a de suas bancas, assim como Stanley, mastigando seu mimo. As ovelhas pressionavam o focinho uma na outra, e de um lado para o outro, da frente para a retaguarda, elas se abriam atr?s das galinhas e dos patos no santu?rio. Enquanto Mel conduzia a congrega??o em ora??o, o Luzein e Border Leicester dobraram as pernas dianteiras e se ajoelharam, mas as pernas traseiras permaneceram eretas enquanto oravam a Deus para a liberta??o do mal. "Sabes o que estou a pensar?" O Julius disse ao Ezequiel e ao Dave. "Hora de dormir?" Ezequiel disse. "Torta de pastor", disse Julius enquanto as pequenas caudas brancas das ovelhas abanavam alegremente. "Eu n?o sei porqu?. H? tanto tempo que n?o sou aben?oado com a tarte de pastor. J? comeste a tarte do Shepherd?" "J? comemos tarte picada", disse o Dave. "Sim", disse Ezequiel, "e pudim de ameixa." "Mm, o milho, o pur? de batata, eram os meus favoritos, pur? de batata que se pode sugar atrav?s de uma palhinha. ?s vezes adicionavam ervilhas e cenouras, e aquelas cebolinhas de p?rola. Mas eu nunca gostei de cordeiro ou de vaca mo?da. Eu tenho amigos." "Que o Senhor esteja contigo", concluiu Mel. "E contigo", responderam os animais domesticados. Todos os cordeirinhos e leit?es, os patinhos e os pintos, reunidos aos p?s do Mel. Eles queriam ouvir a hist?ria de como chegaram a estar onde estavam no mundo. "No Homem Inicial, o Homem Inicial estava de p? no Jardim do ?den. Ele acordou para se encontrar num monte de esterco e surgiu para saudar o dia. O seu nome era Ad?o. Com o passar do tempo, ele foi ficando cada vez mais entediado, solit?rio no para?so. Ele pediu a Deus que lhe enviasse um amigo, um companheiro, algu?m com quem ele pudesse brincar. Assim, Deus, sendo o generoso e benevolente Pai amoroso de todas as criaturas, grandes e pequenas, cortado da caixa tor?cica de Ad?o, uma mulher cujo nome era Eva. Uma vez sobre os seus p?s, lama e esterco foram aplicados ? ferida aberta de Ad?o para estancar a hemorragia. Como Ad?o era mais velho, o primog?nito, e pesava mais, ele governava todo o ?den. Ad?o era um homem bom, um homem s?bio, o pai de todos n?s que um dia, quando solicitado por Deus, deu a cada um de n?s o nome que nos foi dado, como se f?ssemos picados e desfilados". "Uau, isso ? incr?vel! A zebra?" "Sim, a zebra." "E o escaravelho tamb?m?" "Bem, o escaravelho ? um insecto, mas sim.” "E a doninha?" "Voc? deve estar se referindo ao papagaio", disse Mel, mas ningu?m riu. "E o dingo australiano?" snifou um dos porcos mais novos. Mel sabia que isto era uma inten??o maliciosa. Ele iria lembrar-se deste porco. "E as ovelhas?" disse um Leicester fronteiri?o. "E ele tamb?m deu nome ?s ovelhas?" disse o amigo dela da Su??a, um Luzein, e algo de uma ra?a rara. "Sim", disse Mel com o que estava o mais pr?ximo de um sorriso que podia fazer, considerando que ele era uma mula. "E Adam tamb?m deu nome ?s ovelhas." Mel sabia que isto era bom, com todas as boas inten??es para estas eram ovelhas. Mas eram de ra?as diferentes, as duas ra?as dominantes no moshav eram o Luzein e o Border Leicester. O Border Leicester tinha uma cabe?a rosada sem p?los, com orelhas eretas e um longo nariz romano com l? longa e encaracolada que era um produto muito procurado, usado principalmente para fia??o manual e outros trabalhos manuais. Embora o Border Leicester fosse uma ra?a de l? comprida com um longo e pesado velo, o rebanho se alimentava bem no ambiente ?rido e na paisagem de terra?os escarpados ao redor. Embora de tamanho semelhante, o Luzein, com o nome da pequena cidade onde a ra?a teve origem na Su??a, as suas orelhas, embora pontiagudas, penduradas de ambos os lados da cabe?a longa. O Luzein estava de p? no alto das suas pernas e eram muito vivazes. Tamb?m eles tinham belas fei??es, com a cabe?a longa e sem pestanas e a barriga sem pestanas. A Luzein era bem vista pelo seu forte instinto materno, uma importante qualidade materna na nutri??o e protec??o da sua prole. Mel continuou a hist?ria da queda do homem da gra?a quando foi tentado pela feiticeira Eva, que lhe deu a ma?? da ?rvore do Conhecimento, que n?o lhes foi permitido conhecer. Mas Deus sabia, sabendo que ela era uma f?mea, que n?o aceitaria um n?o como resposta. Assim, ela conduziu Ad?o, e eles comeram as deliciosas ma??s da ?rvore do Conhecimento. Deus os chamou e os fez responder por suas indiscri??es, banindo-os para sempre do jardim. "Naquele momento eles foram feitos para esconder sua vergonha em peles de animais e n?o mais apenas viver dos frutos, nozes e plantas. Agora eles foram feitos para matar ou serem mortos e se alimentarem da carne dos animais." "Oh, que terr?vel", os animais choraram e esconderam as suas cabe?as. "Esta ? a sabedoria de Deus, pois ele ? s?bio", disse Mel. "Isto tem levado a esp?cie animal de todos os tipos a florescer e a viver entre a humanidade atrav?s da face da terra. Onde os humanos est?o, n?s tamb?m estamos. Nosso relacionamento com o homem e como aconteceu que o homem nos alimenta e se alimenta de n?s ? o que faz o mundo girar. ? o plano de Deus, e n?s estamos em Suas m?os". "Porqu??" perguntou um pouco de whippersnapper, um leit?o. "A terra ? plana e ponto final!" amorda?ou os gansos. "Era para ver se se podia confiar no homem e mant?-lo afastado da tenta??o, mas ele falhou. Assim, homem e mulher foram expulsos do para?so e obrigados a sangrar e sentir dor e fome, e desde aquele dia at? este, desde ent?o para ca?ar e comer carne animal". Os animais mais novos correram e esconderam-se enquanto as galinhas voavam para as baleeiras. "Oh, mas agradecemos ao homem pela sua queda da gra?a, pois ela nos permitiu florescer e multiplicar-se e ser cuidados e mantidos a salvo e nutridos pelo homem feito ? imagem de Deus". Assim termina a palavra de Deus. Ide agora e multiplicai-vos, porque ? vosso dever servir a Deus e ao homem". "Se ele n?o soa como o papagaio de algu?m, n?o sei quem soa?" Julius disse aos corvos, mas eles n?o responderam. Eles estavam a dormir. Quando o culto terminou, Blaise e Beatrice j? estavam dormindo de p? com Beatrice roncando de forma t?o leve. Em um curral pr?ximo, Molly e sua amiga Praline, ambas l?deres de seus respectivos rebanhos, e n?o propensas a tal fervor religioso, tamb?m estavam dormindo, encaracoladas juntas, calorosamente, em sua parte do curral, onde, uma vez que a euforia se esgotava para permitir que dormissem, as outras ovelhas acabavam encontrando seu caminho. Praline estava curiosa sobre a maioria das coisas ? sua volta. Em certos momentos como este, quando ela estava presente, muitas vezes tinha perguntas, mas sempre pensava o contr?rio e n?o perguntava. Se Ad?o deu nome ?s ovelhas, ser? que ele tamb?m n?o deu nome a todas as ra?as que ela conhecia de pelo menos quatro, incluindo as cabras Boer e Angora da fazenda? A pergunta era simples e ela assumiu que a resposta era igualmente simples. Adam deu nome a todas as diferentes ra?as de animais? Algum dia ela sabia que saberia a resposta. Um dia, ela sabia que iria fazer a pergunta. Joseph, o javali do celeiro, de 12 anos, e 900 libras, deita prostrado num canto do santu?rio com um pequeno grupo de leit?es jovens. "E 100 leit?ezinhos-anjo voam e pousam na cabe?a de um alfinete." "O qu??" disse um dos leit?es, "100 bolas de merda? Ele disse que podias enrolar 100 bolas de merda? Do que est?s a falar, seu velho javali maluco?" "Anjos, meu caro rapaz, anjos", respirou o mais velho. "Porquinhos-anjo voam ? volta da cabe?a de um alfinete como centenas, at? milhares, acendem na cabe?a do alfinete. Isto ? o para?so." "N?o, isto ? uma loucura", disse outro jovem porco. "?s um javali velho maluco." Ele e os seus amigos riram-se e baralharam-se. As orelhas do Mel torceram-se. Ele n?o apreciou o tom que os jovens porcos tinham tomado com o Joseph, o mais velho. No dia seguinte havia Catorze Pilares de Sabedoria, com os seguintes rabiscos em giz sobre o fundo das t?buas de madeira, "14: Honra os teus anci?os, pois lutaram muito para sobreviver ao prato do jantar at? ? velhice." 6 Duelo de Banjos Boris era algo de novidade, uma curiosidade, e em qualquer lugar que Boris fosse, os outros animais certamente seguiriam. Um dia eles o seguiram at? o feedlot atr?s do celeiro onde Bruce estava, encostado a um poste de cerca perto do tanque de ?gua. Howard o Batista ficou ? sombra da figueira ao lado da lagoa e avisou os animais para ficarem vigilantes contra a possibilidade de saqueadores durante a noite. "Ignora o blasfemador", disse Mel do santu?rio do celeiro. "Ele ? o herege da grande heresia. Segue-o e certamente o seguir?s directamente para o inferno." A galinha amarela veio a correr do celeiro a bater as suas penas amarelas. Ela correu para o galinheiro a chorar: "O fim est? pr?ximo! O fim est? pr?ximo! ? melhor terem as vossas casas em ordem. Bom dia, rabino", cantou ela passando por Boris na pilha de compostagem do outro lado da cerca. Ela logo seria seguida por um ?xodo em massa do celeiro. Era o S?bado, e nenhum judeu era para ser visto, nem mesmo o Moshavnik Perelman. Juan e Isabella Perelman nem sempre observavam o S?bado, mas em vez disso viajavam ou pelo menos nunca sa?am para trabalhar na fazenda. Os trabalhadores geralmente aproveitavam a paz e a tranq?ilidade do S?bado, mas sabiam que, independentemente da ocasi?o, quando havia trabalho a ser feito, era a eles que cabia faz?-lo. Hoje n?o era exce??o. Rambunctious como sempre, uma d?zia de porcos de dez meses de idade foram separados, mantidos em uma caneta com uma rampa de carregamento ao lado do celeiro. Mais ansiosos e nervosos do que o normal, considerando que era o S?bado, os porcos cravados debaixo da cerca, guinchando o tempo todo que algo estava terrivelmente errado, que algo terr?vel estava prestes a acontecer, mas o que ou quando eles n?o sabiam. Os trabalhadores tamb?m n?o podiam ser vistos e isso tamb?m assustava os porcos encurralados, e todos os animais da fazenda. Com medo, eles aflu?ram a Boris, o javali de Berkshire, e ao Messias. Quando Boris viu as multid?es se aproximarem dele, sentou-se ao lado da pilha de compostagem e soube de onde vinha a sua pr?xima refei??o. Eles se reuniram ao redor dele em um semic?rculo. Separados como ele estava das massas por uma cerca de lote, as massas n?o podiam beijar seus p?s de porco. Em vez disso, eles gritavam: "Oh, meu Deus! O que significa tudo isso, rabino? Ensina-nos!" ? medida que os outros se juntavam, os leit?es, e eram muitos, com tr?s ninhadas recentes a juntarem-se ? popula??o geral de porcos, porque os porcos de tr?s em tr?s meses, tr?s semanas e tr?s dias produziam novas crias, ca?am com as patas pares do grande javali. A seguir foram as criancinhas, as cabras Angor? e Boer, caindo para tr?s. Muitos dos cordeirinhos rec?m-nascidos estavam com as m?es enquanto pastavam ao longo das encostas ? sombra das oliveiras ou no celeiro onde a maioria das aves passava as tardes longe dos porcos e outros animais da quinta. Excepto o Stanley. Ele estava no celeiro comendo gr?os do cocho em seu est?bulo. Boris abriu a boca para ensinar, e foi isto que o s?bio ensinou: "Bem-aventurados os animais da fazenda, altos e baixos, grandes e pequenos, porque s?o pobres, e os pobres ser?o recompensados no c?u". Sally, a Semeadora, apareceu das multid?es de animais com a sua larga de leit?es novos debaixo dos cascos da sua mais recente ninhada para falar com o seu filho, Boris, o runt da sua s?tima ninhada. "Tu, meu filho, fizeste bem em sobreviver e prosperar. Por isto, estou grato. No in?cio, n?o queria que fosses levado, para t?o longe e nessa direc??o." "Eu sou o filho d'Aquele que tu n?o v?s ou conheces, mas que eu conhe?o. Ela ? apenas uma porca", disse ele aos animais reunidos. "Eu sou o filho do c?u. Vai-te embora, semeia, e n?o mais ninhada." Ezequiel e Dave acenderam nos ramos da figueira que sombreavam Howard perto da lagoa. "Bem-aventurados os que choram, pois ser?o consolados, pois no para?so, que est? no c?u, a carne de nenhum animal ? cortada dos ossos para o alimento das criaturas celestiais". Os ?nimos subiram entre todos os animais e eles ficaram felizes. N?o ? assim com os mu?ulmanos, que se empoleiraram no cume da aldeia com vista para a fazenda israelense e os animais abaixo. "Pois este ? o presente de Deus para aqueles que sofrem por justi?a", disse Boris. "Lembrem-se, ningu?m come no c?u; assim, ningu?m defeca." "Rabino, temos de esperar pelo c?u antes de sermos recompensados?" "N?o nos compete questionar o caminho do Senhor", reprovou outro. "E at? que os pobres entrem no reino dos c?us, eles herdar?o primeiro a terra." "Nem eles, digamos que voc?, rabino, fornica? Quero dizer, procriar no c?u?" "N?o h? pecado da carne no c?u. No reino dos c?us, n?s vivemos em paz, o cordeiro ao lado do le?o, o bode ao lado do lobo". "O qu??" disse Billy St. Cyr, o bode angor?, que estava para uma tosquia em breve, especialmente agora, o auge do ver?o. "E o p?ssaro deve aninhar-se com o jacar?." Os animais correram para Howard, o Baptista. "Bem, a? tens", disse o Dave. "Acho que somos aben?oados porque ele mencionou animais selvagens." "Queres deitar-te ao lado do crocodilo?" "N?o, obrigado. Eu tamb?m n?o quero me abra?ar com uma cobra", disse Dave. "N?o, obrigado, Boris", disse Ezequiel. "Tamb?m n?o me quero deitar com o javali, para que ele n?o ressone." "H? rumores de que ele o faz, como por Blaise." Howard disse: "Isto n?o ? nada. Nada al?m do mal, possu?do e operado por Satan?s, e nossas vidas neste plano maligno devem chegar ao fim o mais r?pido poss?vel, para que possamos entrar no mundo de Deus. O mundo de Deus ? o mundo verdadeiro e o dom?nio do nosso Deus Criador. Tudo o mais pertence a Satan?s, incluindo o celeiro em que tantos de voc?s adoram". Boris disse: "T?o certo quanto voc? andar em quatro pernas, eu sou o caminho. Na casa do meu pai, h? muitos chiqueiros. Atrav?s de mim, entrar?s no c?u, porque eu sou o caminho, a luz, a verdade." O Baptista disse: "Uma verdade." Boris disse: "A Verdade". O Baptista disse: "Sem?ntica." Boris disse: "A ?nica verdade que alguma vez precisar?s. Assim como os rios sangram na primavera, eu sou a calma na tempestade, o farol para iluminar o teu caminho atrav?s da escurid?o deste mundo." "Queres dizer bacon, n?o queres?" disse uma porca e sorriu. O Boris ignorou-a. No lago, Howard o Baptista deitou ?gua sobre o focinho de uma porca. Ele disse para os presentes: "Voc?s s?o animais. Voc?s s?o inocentes. Voc?s n?o precisam de um celeiro para adorar. Voc?s carregam a verdadeira religi?o dentro de voc?s. Ela n?o est? neste mundo ou lugar ou dentro das paredes do celeiro. A ?nica estrutura digna de abrigar o conhecimento da verdadeira religi?o ? voc? mesmo, pois ela se encontra dentro de voc?. A verdade ? a tua fortaleza contra este outro absurdo e os males deste mundo que nos escravizam para a matan?a e alimenta??o do senhor escravo. A verdadeira religi?o est? no teu cora??o. Ela vos prepara para entrar por mim, vosso Prefeito, no reino do c?u, o que foi feito pelo nosso ?nico Deus verdadeiro para n?s, o bem". Howard, o Perfeito da ?nica religi?o verdadeira, recitou ent?o o Pai Nosso. Quando ele disse: "Obrigado, Senhor, pelo p?o nosso de cada dia", os porcos, omn?voros todos, ousaram e come?aram uma debandada de volta a Boris, seu ?nico e verdadeiro Messias, como por Mel, seu l?der espiritual na terra ou nesta fazenda, e longe de Howard, o herege, como por Mel. Mel, de p? nas sombras do toldo do celeiro, ficou satisfeito. "Os puros de cora??o se agitam na lama", disse Mel aos seus dois capangas, o Rottweilers Spotter e o Trooper. Eles observavam do ch?o do celeiro enquanto Howard continuava a batizar leit?es, cabras e certas aves na lama e na ?gua da lagoa. "Porcos teimosos", disse Mel. "Eles s?o delirantes. Eles pensam que est?o a fazer a vontade de Deus. Escolham, dois idiotas a falar de um bom jogo. Tolos os dois, mas um fala o meu jogo enquanto o outro n?o tem import?ncia. Podemos usar um porco de estima??o." O porco de estima??o de Mel continuou seu ensinamento: "Aben?oados s?o o cordeiro e o cabrito, a filha e o filho da ovelha e do cabrito, pois eles herdar?o a terra". Bem-aventurados os que t?m fome e sede da verdade e da justi?a, porque ser?o cheios de justi?a e de verdade". Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcan?ar?o miseric?rdia e ser?o abundantes no c?u. Bem-aventurados os puros de cora??o, porque ver?o a Deus ao entrarem no reino do para?so, que est? nos c?us. "Bem-aventurados os que s?o pastoreados pelo homem justo, o crist?o, pois s?o verdadeiramente os verdadeiros filhos de Deus, e ser?o chamados como tais, e os seus pastores piedosos. Bem-aventurados os que s?o perseguidos, marcados para o abate por causa da justi?a, pois deles ? o reino dos c?us. Por causa da justi?a, deixai-vos ingerir, digerir e descansar, porque vos ? dada a vida eterna no c?u, a v?s que ressuscitastes pelo trato digestivo do homem justo, o crist?o. Porque, assim como o bom pastor deixa esta terra ap?s a morte e entra na vida eterna no c?u, v?s tamb?m entrareis no c?u atrav?s do intestino do justo crist?o". Eles concorreram pelo Howard. "Cuidado com todos os outros", Boris chamou por eles. "Os judeus, os mu?ulmanos, os falsos profetas, pois n?o se pode entrar no para?so atrav?s do intestino do infiel." "Oh, meu Deus, est?s a brincar comigo?" disse o Dave, no alto da travessa. "N?o", exclamou Ezequiel. "Ele est? a gozar contigo!" Howard avisou os animais reunidos na lagoa que o Ramadan, o feriado mu?ulmano, estava sobre eles e que, se quisessem sobreviver ao feriado judaico, deveriam prestar aten??o e preparar-se para uma poss?vel incurs?o vinda do deserto num futuro pr?ximo. "Vejam como eles salivam sobre os nossos filhos e cordeirinhos." Os eg?pcios empoleiraram-se ao longo da aldeia que ignorava o moshav israelita, enquanto observavam os animais da quinta a pastar nos campos abaixo. Howard continuou o seu serm?o, pregando que eles deviam parar de procriar. Foi um pecado contra a natureza. ? medida que a popula??o animal diminu?a, ele raciocinava, os humanos n?o mais os procuravam ou processavam para obter carne e, portanto, os deixavam em paz enquanto desbotavam da terra, que de qualquer forma foi criada por Satan?s. Os animais correram para o santu?rio em busca do perd?o e tranquilidade de Mel. "Ignora o herege. Ele ? o herege da grande heresia", assegurou-lhes ele. "Ignora tudo o que lhe vem das mand?bulas. Segue Boris, o teu verdadeiro Messias." "Bem-aventurados os crist?os porque ? pela sua bondade que tamb?m n?s entraremos no c?u", continuou Boris, seu serm?o ao lado da pilha de compostagem. As ovelhas instalaram-se em torno dos cascos de quatro dedos de Boris para conforto. "Bem-aventurados os mansos, porque herdar?o a terra." "A marta - o que... N?o quero nenhuma marta fedorenta a herdar a terra." "N?o, n?o, amigo, n?o marta, manso", disse um javali de 6 anos de idade, de 250 quilos. "Os mansos entre n?s herdar?o a terra." "Amigo, n?o h? marta entre n?s." O Pandem?nio rebentou na pocilga quando um cami?o de 26 p?s de caixa entrou ? vista e encostou-se ? rampa de carga. Na lateral do cami?o de painel laranja em letras pretas: "Harvey's Pulled Pork Palace of Tel Aviv, m?sica ao vivo em Blues nas noites de sexta e domingo." Atrav?s de todos os guinchos de protesto e caos, dois homens espetaram os porcos na rampa de carregamento para o cami?o das caixas e, em pouco tempo, eles tinham a d?zia de porcos carregados e tinham desaparecido, para nunca mais serem vistos. Quanto aos dois homens, eles voltariam. Boris estava de p? sobre duas pernas e aos fi?is, ele pregava: "Meus amigos, esses porcos foram feitos eunucos em benef?cio do homem, e sendo eles porcos, podeis estar certos de que eles s?o destinados ao prazer gastron?mico do homem crist?o". Ponde-vos sobre o bloco de corte e tamb?m a v?s ser? assegurado um lugar ? mesa de Deus". Os fi?is guincharam para Howard. Howard pregou sobre as for?as do bem e do mal, o dualismo entre Deus e Satan?s, um jogo ?ntimo na melhor das hip?teses, os males da carne e do sangue, o aprisionamento pelo corpo e pela terra, da luz e das trevas, os pecados dos seres humanos em geral. "Pare de procriar", aconselhou ele. "Os humanos deixar?o de comer carne animal ? medida que as nossas popula??es se reduzam a nada." Eles se voltaram para Boris, que disse: "Aben?oado ?s tu quando as pessoas te reprovam, te perseguem e dizem todo o tipo de mal contra ti falsamente, por minha causa". Alegrai-vos e exultai, porque grande ? a vossa recompensa no c?u. Porque assim perseguiram os profetas porcos que vieram e foram antes de v?s". O Julius voou e acampou no ombro direito do Bruce. "Quem est? a ganhar?" "Amarrado, dois, o fundo do quinto, com dois fora e um bode no segundo", disse Bruce e balan?ou a cabe?a. "Hmm, o fundo do quinto", disse Julius. Ele se mudou para o posto da cerca com medo de que seu peso se tornasse um fardo demais para Bruce carreg?-lo e desgast?-lo. "Receio que este jogo seja demasiado lento para mim para ficar at? ao fim. E se ele entrasse em finais extra! Oh, meu Deus, pode nunca acabar!" Bruce fechou os olhos contra as moscas. * * * "Pato!" grasnou um pato no celeiro quando um oper?rio chin?s apareceu do nada. O caos se instalou quando galinhas, patos e gansos se esconderam em todas as dire??es em todos os cantos do celeiro. O oper?rio desceu e agarrou um ganso pelo pesco?o e desapareceu t?o rapidamente quanto tinha vindo. Dois patos aventuraram-se a sair e encontraram-se no meio do santu?rio. Eles espreitaram, vigiando a ?rea como galinhas, outros patos e os gansos restantes sa?ram do esconderijo. "Oh, meu Deus", disse o pato que tinha avisado a todos. "Esta foi por pouco." Ela olhou para a amiga dela. A amiga dela disse: "N?o o digas. N?o o digas." "O ganso dela est? cozinhado." "Da pr?xima vez podemos n?o ter tanta sorte. Da pr?xima vez eles podem desejar o Pato Pequim." "Bem, gra?as ao Boris que nenhum de n?s ? de l?!" "Bem-aventurados os crist?os, pois em sua maravilhosa sabedoria nos alimentam", continuou Boris da pilha de compostagem. "Se chamas ao desleixo que nos d?o, comida, ?s um porco maior do que eu pensava." "Aben?oados sejam os crist?os que nos comem." "Comer-nos"? E tu aben?oa-los por isso?" "Voc? n?o entra no c?u atrav?s das entranhas de um mu?ulmano", explicou Boris. "Entretanto, por causa da nossa associa??o com Jesus, n?s entramos no Reino de Deus atrav?s do trato digestivo do crist?o. E bendito ? o Deus judeu, Jav?, pois Ele concedeu asilo tamb?m aos porcos porque os judeus n?o gostavam do som dos porcos guinchando. Lembra-lhe os gritos das crian?as. Os rabinos, para sempre, concederam aos porcos sujos, e est?pidos, deixaram-nos sozinhos para brincar, e reunir-se, e multiplicar-se". "Sim, bem, eu n?o tenho tanta certeza disso", disse um jovem javali, e sorte em ser um javali. "Ele mudou de ideias porque agora alguns judeus est?o a p?r bacon nos seus pratos." "Eles n?o s?o kosher ou devotos como os seus vizinhos mu?ulmanos. Independentemente do que Muhammad disse, ou do que ele disse que eles n?o ouviram, os mu?ulmanos juraram que n?o eram porcos." * * * "Ent?o, quando ? que vais sair desta espelunca?" Julius disse. Bruce disse: "Quando a mar? chegar." "Eu n?o sabia que sabias nadar." "Vais levar-me para um lugar seguro. Qualquer coisa seria melhor do que esta merda." "N?o tenho a certeza, mas pode depender de para que lado sopra o vento. N?o olhe agora, mas h? rumores de que o bloco de celas n?mero 9 est? a fazer uma pausa para mais tarde esta noite. Eles t?m um t?nel cavado, mas n?o suporto dizer-lhes que sai debaixo da Faixa de Gaza e n?o do centro comercial Kerem Shalom." Julius cobriu o bico com uma asa enquanto virava a cabe?a para fingir uma gargalhada. "A mula est? a liderar o caminho?" "Est?s a brincar? Ele est? a depositar as suas esperan?as nas costas do Bore of Berkshire, tal como o javali tem a cauda presa ao burro." "Diz-nos, ? Senhor, de Jesus e do Porco Demon?aco." "Oh, sim, por favor fa?a, Senhor", gritou os leit?es. "Conta-nos a hist?ria de como os dem?nios foram lan?ados nos porcos." E Boris n?o decepcionou. Ele contou a hist?ria de como Jesus expulsou dem?nios para uma manada de porcos, mas com um resultado diferente, que foi alegre e ben?fico, particularmente para os porcos jovens entre os animais da fazenda. "Quando Jesus entrou no pa?s, ele foi recebido por duas pessoas possu?das por dem?nios. Eles o encontraram l? no caminho, saindo dos t?mulos, e t?o extremamente ferozmente, que n?o permitiram que ningu?m passasse por ali, nem mesmo Jesus. "Eis que", gritaram eles. "Quem diria, ? Jesus. Que temos n?s a ver contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? Jesus respondeu: 'N?o, de modo algum. S? de passagem, a caminho da Galileia, amigos, continuem". Mas os dem?nios imploraram-lhe: 'Se nos expulsas, querido Senhor, permite-nos ir para aquele rebanho de porcos que ali se alimenta, pois est?o longe de n?s'. E o Senhor disse aos dem?nios: 'V?o!'. Eles sa?ram, e foram para a manada de porcos, e eis que foi dito, e toda a manada de porcos correu pelas fal?sias para o mar, e morreu contra as rochas". "Oh, que horr?vel", choraram os leit?es. Boris lhes assegurou dizendo: "Minha fam?lia, meu rebanho, n?o deixem que seus cora??es sejam perturbados. Isto n?o ? o fim da hist?ria. O Senhor do Homem, nosso Deus, expulsou os dem?nios para a manada de porcos, mas eles n?o correram para o mar para morrer. Ao inv?s disso, eles correram para o mar para brincar na areia, no sol e no surf. Eles n?o morreram contra as rochas, mas brincaram no spray do mar, pois os dem?nios eram apenas almas que entravam nos porcos, e eram brincalh?es, cheios de alegria e risos". Os ?nimos subiram das almas reunidas. "E aqueles que os alimentavam fugiram, e foram para a cidade, e contaram tudo, incluindo o que aconteceu com aqueles que estavam possu?dos por dem?nios. E os porcos foram deixados sozinhos ? sua pr?pria sorte. Assim, portanto, e assim por diante, hoje somos abundantes". Os porcos do galinheiro e os seus leit?es guincharam de alegria. "Oh, conta-nos, Rabino, conta-nos o resto da hist?ria do dem?nio pastor de porcos." "Mais tarde, depois de expulsar os dem?nios para o pastor de porcos, Jesus, para mostrar que era um bom homem, desceu ao mar entre eles, e enquanto caminhava sobre as ?guas, aben?oou os porcos, pois eram humildes, e os absolveu de seus pecados. Quando o profeta Maom? apareceu no cume, viu a manada de porcos brincando na areia e na merda, encharcando-se nas ondas, fazendo pocilgas e tortas de lama, guinchando e descascando com gargalhadas. Ele disse ao seu povo: "Sair deste dia em diante, desde a cauda agitada at? o focinho, isto ? o que deve ser deixado de fora". Mas a sua voz foi afogada pela pressa do mar e n?o foi completamente compreendida. Por isso, o que a sua vontade foi feita, ficou desconhecido. N?o sabendo o que era e o que n?o era kosher para falar, mu?ulmanos, devotos como s?o, e n?o sabendo completamente desde a cauda perversa at? o focinho o que devia ser deixado de fora, juraram tudo entre eles. ? por isso que eles agora se sentam empoleirados na colina como fazem, salivando sobre nossos irm?os e irm?s, as ovelhas e cabras entre n?s, e seus jovens cordeiros e cabritos, pois logo sobre n?s estar? o Ramad?. Embora Jesus seja conhecido como um amigo do cordeiro, ? amplamente visto que ele era um amigo maior do porco. Assim, ? por causa do amor de Jesus mostrado ao porco que o Profeta Maom? ? nosso amigo. Exceto por aquelas pobres almas ao longo do Tamisa ou do Reno ou do Dan?bio ou ao longo das margens do poderoso Mississippi ou das margens do Lago Pontchartrain, os porcos s?o gratos a Jesus e a Maom?". "Ele n?o ? nosso amigo", disse Billy Kidd, o bode b?er. "Sim, Muhammad ? amigo do porco, embora n?o o mostre, assim como Jesus ? amigo do cordeiro, e como o bom pastor que nenhum de n?s quer, ele o mostra". Isto, como sabemos, n?o ? t?o sortudo para os nossos irm?os e irm?s, as ovelhas e cabras. Ter Jesus como teu amigo n?o afasta os males de cortar carne dos ossos". "Em outras palavras", disse Howard do lago, "Jesus n?o protege o cordeiro do homem carn?voro, e quanto aos porcos, qualquer coisa desde a cauda at? o nariz ? um jogo justo". Os homens at? usam pele de cordeiro para cobrir o jarrete, assim podem fornicar e n?o procriar". As ovelhas estavam rasgadas e confusas. Elas correram de um serm?o para o outro, de Howard para Boris, e voltaram novamente at? que Mel declarou que o herege pregava a exclus?o. A exclus?o era apenas para os porcos, como em "Mohammed ? nosso amigo". As ovelhas aflu?ram a Boris, o seu Salvador. "Aben?oados sejam os infelizes. Bem-aventurados os pobres, porque entrar?o no reino animal dos c?us", pregava Boris. "Embora o caminho seja estreito para o vale do trevo do outro lado do para?so, creia nisto, creia tamb?m em mim e confesse ao seu confessor, o santo prelado Mel, e voc? receber? a salva??o e viver? para sempre no reino animal de Deus, onde nenhum animal se alimenta de outro". E lembra-te, Yahweh, porque ele tamb?m ? nosso amigo. Ao ouvir o guincho dos porcos, ele gritou e os declarou vulgares e impuros. E logo depois, as tribos de Israel sa?ram do Egito por meio do Mar Vermelho. Sim, ? do Egipto que somos, e ? o Egipto, o nosso para?so na terra, onde voltaremos". Boris disse: "Eu ilumino o caminho para o para?so na terra, e s? atrav?s de mim para o c?u mais al?m". Segue-me e receber?s, porque ? por mim que certamente entrar?s nas portas do para?so, e embora o caminho seja largo, o caminho ? estreito, e atrav?s destes estreitos s?o as montanhas do deserto, e o vale da vida na terra. ? o nosso lugar de descanso na nossa viagem para o reino animal do c?u". Este dia em que Boris fez o serm?o a todos os animais seria um dia conhecido como o serm?o na pilha de compostagem, onde Boris entregou as Beastitudes. Boris acrescentou que n?o muito depois de seu amigo e benfeitor, Muhammad havia concedido aos porcos um descanso para viver no Egito, que ele se levantou nas costas de seu corcel favorito para o para?so. "? engra?ado", disse Julius ao Bruce no tanque de ?gua. "Todos estes anos, e eu pensava que era um unic?rnio. O grande Profeta Maom? era o ?nico homem de toda a humanidade que podia domar aquele unic?rnio desregrado e astuto. E assim como o ?ltimo unic?rnio subiu aos c?us, tamb?m Muhammad subiu ?s nuvens no seu chifre. Mostra-te o que eu sei. O que eu sei destas hist?rias verdadeiras ? quem ? o maior profeta, Jesus ou Maom?? Jesus, ? claro. N?o s? Jesus ? o presente de Deus para o homem, mas Jesus! Mesmo depois de ter sido pregado na cruz o dia todo, Jesus ascendeu por sua pr?pria vontade. Enquanto, Maom?, seja no dorso do seu corcel favorito ou no corno daquele unic?rnio indisciplinado, teve que pedir carona. Essa ? toda a prova que eu preciso para provar que Jesus ? o m?ximo! "Bruce, quando eu morrer, espero ter uma asa e uma ora??o, para que eu tamb?m possa abrir caminho para as nuvens acima. Mas se n?o, eu apanho um elevador. O que dizes, tu, meu velho amigo?" "Eu vou voar", disse Bruce. "Oh, realmente", disse Julius, batendo as suas enormes asas. "Eu n?o sabia que tinhas asas?" "Eu vou crescer um par." Julius, que raramente n?o sabia o que dizer, n?o disse uma palavra. Quando o sol da tarde brilhou das presas brancas de Boris, assustou os rebanhos, que aflu?ram a Howard, apesar de j? saberem que ele era o herege da grande heresia. "Pare", disse Mel do celeiro. "Tens medo de qu?? O sol de Deus acende nas presas do javali, e tu n?o sabes que isto ? uma coisa gloriosa? Volta para o rebanho onde pertences, e a vida para sempre ? prometida." Alguns voltaram para tr?s, mas outros n?o. Os animais que voltaram para o Boris n?o foram suficientes para agradar ao Mel. Howard disse: "N?o h? fornica??es que levem ? procria??o". Se voc? se envolve em tais atividades pecaminosas, voc? fornica protegidos. No entanto, permanece um pecado contra a natureza, uma maldi??o dos lombos de Satan?s". O Mel saiu do celeiro para o sol. Howard disse: "? medida que os nossos n?meros desaparecerem da terra, o homem perder? o interesse em n?s como uma fonte de alimento, e acabar? por nos deixar em paz, pois ele tamb?m desaparece da terra". "Sim, como se isso alguma vez acontecesse", cheirava um porco. Os animais domesticados da quinta viraram-se e correram para o Boris. "J? ouviste alguma da merda que sai da boca daquele porco?" Bruce disse. "Queres dizer Howard? Eu gosto de Howard", disse Julius. "Ele quer dizer bem. Se eles t?m de seguir algu?m, pelo menos ele n?o vai lev?-los por um penhasco." "Gostas de alguma coisa?" O Mel disse ao aproximar-se do tanque de ?gua. "Achei que n?o gostavas de nada." "Eu gosto de muitas coisas", disse Julius, "mas o rabo de uma mula na minha cara n?o ? uma delas". O Mel tomou uma longa bebida. Quando terminou, ele sacudiu a cabe?a, jogando ?gua sobre os ombros e costas enquanto trope?ava em um bufo para o celeiro. "Bem, isso foi bastante beligerante, n?o achas?" "Eu tento n?o o fazer", disse Bruce. "Que beligerante", disse Julius. "Ele ? t?o beligerante." "Ele tem Deus do seu lado." "Ouvi dizer que s?o os melhores amigos, como n?s." "Estes porcos s?o loucos", Bruce snifou. "Eles argumentam lados diferentes da mesma moeda." "Acho que tens raz?o", disse Julius. "Receio que nada v? mudar muito com estes tolos, e os tolos que eles seguir?o at? aos confins da terra." "Quem te cortou as asas?" "Vou ter de dar uma li??o a estes animais da quinta." "E o que seria isso que voc? j? n?o tem?" "Eu ensino-lhes uma can??o." "Oh, uma can??o. Isso vai ensin?-los." "Uma can??o que aprendi com Pete Seeger quando vivia na casa grande com os bastardos judeus comunistas. Pode fazer-lhes algum bem um dia." "Quem?" Bruce disse. "Os bastardos judeus comunistas?" "Tarde demais para eles", disse Julius. "Eles agora s?o ortodoxos. N?o, refiro-me aos animais da quinta. Eu costumava cantar muito quando tinha uma casa e um quarto com vista. Um dia vi essa vista e queria o meu espa?o, ar fresco, liberdade. Voei pela janela da oportunidade e aterrei no bosque de limoeiros. Dei uma dentada de um lim?o e isso foi liberdade suficiente para mim. Voltei-me para casa apenas para descobrir que a janela tinha sido fechada enquanto batia contra a janela". "Ouch." "Foi inteligente. Deslizei para o ch?o e quase fui comido vivo quando um Rottweiler atacou deste modo, e o seu g?meo malvado atacou daquele modo, e o gato Mousetrap foi expulso de mais um. Eu voei quando eles colidiram em um enorme monte de peles e algumas das minhas penas sob a janela. Eu n?o toquei no ch?o desde ent?o, bateu na casca. Suponho que o meu canto pode ter-me feito entrar. Tenho saudades da casa grande e da fam?lia." Julius parou por um momento, refletindo sobre mem?rias distantes. "N?o canto 'Noventa e nove Garrafas de Cerveja na Parede' desde ent?o." Bruce se afastou da cerca e defecou, depositando um grande monte de esterco. "Ah, olha, Bruce, fizeste novos amigos", disse Julius enquanto as moscas invadiam a c?psula de vaca fresca e quente. "Nunca se pode ter demasiados amigos", disse Bruce e encostou-se ao poste da cerca. "Por falar em amigos, parece que tens um casal a vir ver-te. Bem, eu tenho de ir andando. Ta-ta, at? ? pr?xima vez." Julius voou enquanto Blaise e o seu bezerro vermelho sa?am do celeiro. "V? se o consegues animar, est? bem? Eu tentei." Blaise pressionou a jovem novilha entre ela e Bruce, esfregando-se contra ele enquanto passavam. "Tag, ?s tu! A Lizzy queria passar por c? e dizer ol?." Formou-se uma fina raia castanha ao longo da parte inferior do bezerro vermelho, mas passou despercebida enquanto multid?es de pessoas sa?am dos autocarros de turismo e dos acampamentos, que se juntaram ao longo da linha da cerca para vislumbrar o bezerro vermelho que um dia traria a destrui??o da terra. Lizzy riu enquanto ela e sua m?e trotavam em dire??o ao pasto. A m?dia apareceu de vans escondida atr?s de antenas parab?licas para testemunhar o progresso do bezerro vermelho, como se ela fosse transmitir sabedoria ?s massas. As massas aplaudiram e choraram de alegria ao verem a sua salva??o, mas logo que vislumbraram a promessa do fim, a m?e dela a rejeitou. Sob a ang?stia das luzes e das c?maras, Blaise e Lizzy desapareceram no santu?rio do celeiro. Bruce abanou a cabe?a. Ele pensou ter ouvido algu?m chamar o seu nome. Ele ouviu novamente e saiu ao longo da cerca que corria paralelamente ? estrada que passava pelo celeiro. Do outro lado da estrada, um grupo de quatro Holsteins israelitas queria que ele visse a sua magia. Entre eles desfilaram 12 bezerros Holstein. "Olha, Bruce", disse o jovem Holstein que, antes de Bruce nunca tinha experimentado a alegria da companhia de um touro. "Eles s?o todos seus. Quer?amos que visses como eles s?o bonitos, e o quanto eles levam atr?s de ti." Um ap?s o outro, saltaram e mugiram de entre as m?es Holstein, e passaram ao longo da cerca para que Bruce pudesse ver cada uma delas. "N?o s?o ador?veis, Bruce", o Holstein mais velho, e amigo ?ntimo de Bruce, mugiram. Os outros Holsteins caminharam at? a cerca, cada um acenando com a sua aprova??o e carinho para com Bruce. Quando eles se despediram, Bruce permaneceu no pasto para pastar. Os outros animais estavam confusos, come?ando e parando, correndo para frente e para tr?s, como tinham feito o dia todo entre o Batista no lago e o Messias na pilha de compostagem dentro do lote da cerca dividida. Finalmente, Mel exasperou, chamado do celeiro que o herege carregava na lama. Um bando de gansos parecia intrigado enquanto Boris se lan?ava na lagoa. "O Grande Branco, seus tolos!" "Sim, n?s somos", riu um pato enquanto escorregava na ?gua, seguido de suas irm?s patos e gansos. Eles nadaram para o meio do lago entre os porcos ao sol da tarde. Bruce n?o tinha estado no pasto h? algum tempo. Ele tamb?m tinha apetite, mas comia a um ritmo lento e met?dico, com cuidado para n?o ficar doente ou atarracado por comer muito capim muito r?pido e incapaz de digerir. J? tinha passado algum tempo e ele n?o queria isso. Houve um tempo em que as coisas eram diferentes quando Bruce era diferente. 7 Temporada de Acasalamento Bruce observou a Blaise enquanto ela subia a encosta. Ele gostava da maneira como ela andava, da forma como os quadris dela se moviam para tr?s e para a frente, da forma como a cauda dela balan?ava para este e para aquele lado. Ele amava Blaise, mas tamb?m sabia que do outro lado da estrada e a dois pastos de dist?ncia, o moshavnik Perelman escondeu os Holsteins israelenses num prado atr?s do celeiro de latic?nios e do bosque de limoeiros. Ele a viu trocar e andar. Ele a viu andar e trocar, a cauda dela acenando para ele enquanto ela pastava no pasto seguinte. Ela e Beatrice estavam perto das encostas dos terra?os, onde as ovelhas e cabras pastavam. Ao amanhecer, Bruce observou Blaise enquanto ela se movia atrav?s do pasto verde-acastanhada, a cauda dela balan?ava enquanto ela se pavoneava em dire??o ao lago. Bruce era cada peda?o de 1200 libras de m?sculo, uma combina??o de Simmental, e paciente, e Zebu ou Brahman, e tolerante ao calor. E embora ele fosse tolerante, ele tamb?m era quente e impaciente. Mesmo assim, ele era not?vel por sua maneira calma, f?cil e disposi??o razo?vel. Ele tinha pequenos chifres grossos que se viravam para dentro dos templos e um rosto branco e vermelho. Mesmo com seu temperamento d?cil, seu grande tamanho escrotal fez dele um pr?mio no moshav para reprodu??o, e um grande esp?cime de um touro Simbrah, de musculatura grossa, revestido de vermelho, para contemplar. Blaise, embora um pouco temperamental por outro lado, uma Island Jersey (ao contr?rio da Jersey americana) e 800 libras, era um objeto de refinamento e beleza, e seu afeto. Ela tinha um padr?o de cor chocolate suave e inquebr?vel em seu corpo, mas era uma mousse de chocolate mais escura nos quadris, sobre a cabe?a, orelhas e ombros. Ela tamb?m tinha um ?bere bem aderido com tetas pequenas, e Bruce sabia que em quest?o de meses Blaise estaria refrescada, seu ?bere e tetas carregadas de leite devido ao seu charme, paci?ncia e coragem. Stanley saiu trotando do celeiro com o rabo no ar e o cheiro de Beatrice nas narinas. Ele desfilou ao longo da cerca, passando por Bruce, que o ignorou, parado ao lado do tanque de ?gua do outro lado. "Como agora, vaca de bolas azuis?", ele neigrou. "Vai-te lixar." Stanley veio de uma longa linhagem de cavalos belgas de tra??o que, em algum momento, haviam levado cavaleiros para a batalha e depois trabalharam no solo acorrentados ao arado. Outrora grupados e robustos, quadrados nos ombros para puxar o peso e carregar a carga, agora, no entanto, atrav?s de anos de cria??o, tinha-se tornado suave, mais arredondado nos ombros, mais atl?tico e vistoso. E Stanley era atl?tico e vistoso, um garanh?o belga negro com apenas uma fina mancha de diamante branco que descia pelo seu longo nariz. "Agora, agora, vaca, podes ter um par de penduras mais baixo que eu, mas quando se trata do resto, nada como isto." O Stanley voltou para as suas pernas musculadas e saltou. Quando o seu enorme membro saltou, a multid?o enlouqueceu. Mais uma vez, os espectadores se reuniram nos quatro cantos do pasto, homens em seus respectivos lugares baseados na f? religiosa, cren?as e fronteiras, todos ali para observar o garanh?o negro montar a ?gua bay, nenhum deles sabia que a ?gua bay poderia ter algo a dizer sobre isso. "Eu teria cuidado..." J?lio ligou quando sobrevoava, com as penas amarelas ao sol, e pousou no poste do port?o. "Eu n?o posso voar e falar ao mesmo tempo - se fosse a ti." O Stanley cheirava: "At? os chifres dele s?o pequenos." "Notaste alguma coisa diferente hoje, Stanley?" Julius subiu ao longo do poste da cerca at? ao port?o aberto. "Se eu fosse a ti, n?o queria levantar-lhe o p?lo. Nada o est? a afastar do Blaise, da Beatrice, ou de ti, j? agora." O Julius acedeu aos quartos traseiros do Bruce. Bateu com as asas azuis, dobrou as penas douradas atr?s dele numa longa plumagem de cauda. "Se o Bruce quiser, Bruce fica. Ele vir? at? l? e levar? Beatrice de voc?. Se ele quiser, ele vir? at? l? e te levar?." "Ele pode tentar", disse o Stanley, "mas eu seria demasiado r?pido para ele de qualquer forma". Fim da hist?ria." Bruce ignorou o Stanley principalmente, observando-o do lado direito da sua cabe?a. "? melhor mexeres-te com o c?ozinho", disse ele. "Stanley, tu e o Bruce t?m agora acesso total e a vossa escolha de co-habitantes. Isso significa que nada te est? a afastar da Beatrice, excepto a Beatrice." "Eu sei disso." "Vai-te embora, cavalinho, antes que te canses." "Oh, pode desgastar-te." O Stanley trotou num instante. "Desgastar", huh? Desgastar-te, queres tu dizer", disse Stanley de uma dist?ncia segura. Ele viu a Beatrice perto do lago. Ela estava no mesmo pasto que ele. Ele correu para cima ao lado dela. "Porque n?o deixa a pobre besta em paz", disse Beatrice. "O qu?? Oh isso, disparate. Somos amigos, s? um pouco de rivalidade masculina." Julius esticou-se, batendo as asas azuis e douradas sobre os quartos traseiros de Bruce. "Este tem de ser o melhor assado de alcatra que j? vi. Eu teria cuidado onde abanas essa coisa. Os vizinhos podem cobi??-lo." Stanley e Beatrice pastaram no mesmo pasto. A Beatrice pastava. Stanley desfilou, mostrando as suas proezas para o rugido da multid?o. "Olha, Beatrice, o moshavnik abriu o port?o para que pud?ssemos estar juntos. Ent?o, vamos nos juntar. ? natural. ? algo que temos de fazer. Ouve, querida, olha o que me fizeste. N?o consigo andar ou pensar direito com este p? de taco. D?i quando eu fa?o isto." Ele voltou para as suas enormes pernas traseiras para um aplauso selvagem. "Tu, cavalo idiota", disse ela e foi-se embora. "Querida, por favor, n?o est?s a perceber. Temos uma audi?ncia, f?s que n?o podemos desapontar. Est?o aqui por mim, por ti, por n?s, por n?s." A Beatrice, exasperada, parou. "Fazes-me um favor?" "O que ? isso? Qualquer coisa por ti, querida." "Por favor, por favor, por favor, por favor, por favor, por favor, pare de falar?" "Algu?m pode ter uma c?mara s? para este tipo de coisas, sabes. Sabes, eu podia ser famoso, uma estrela! V? l?, Beatrice, n?o sejas t?mida, por favor. Por favor, Beatrice, espera." A Beatrice parou. "O qu?? O que ? que eu disse?" "Tenho a certeza que quem tiver a c?mara tamb?m te arranjaria uma rapariga de bom grado. Entendo que em certas comunidades, provavelmente esta inclu?da, algumas pessoas gostam desse tipo de coisas." "Bem, sim, se ela tem um h?bito." A Beatrice virou-se e foi-se embora. "Mas estas pessoas n?o est?o aqui para isso. Est?o aqui por mim... por ti, por n?s, quero dizer." Ela foi para o pasto seguinte para pastar ao lado do Blaise. Blaise disse: "Como est?s?" "Eu estou bem. Obrigado por perguntares." J?lio acendeu nos ramos da grande oliveira onde estavam os corvos Ezequiel e Dave. Ao longo das encostas, uma manada de animais menores e mais jovens pastava ao longo da segunda encosta da paisagem em socalcos. Blaise e Beatrice pastaram nas proximidades, enquanto patos e gansos nadavam e se banhavam na lagoa perto do celeiro, enquanto porcos espreitavam ao longo das suas margens lamacentas, ao sol do meio da manh?. Julius moveu-se atrav?s da oliveira ao longo de um dos ramos pendentes inferiores. "Interrompo este programa para lhe trazer o seguinte an?ncio." "Espera", gritou um leit?o. "O que ? desta vez, a terra ? redonda?" Ele descascou com gargalhadas e rolou na terra. Um bando de gansos tagarelou como sempre, "A terra ? plana e pronto." E, com isso, as galinhas conhecedoras viraram-se e balan?aram, com a cabe?a erguida em pesco?os esguios. "Eu parto sempre esses ovos." "Eu sei", disse uma ovelha jovem, mas um cordeiro. "A terra ? redonda e tem mais de 6000 anos de idade!" Os cordeiros juntaram-se aos porcos com gargalhadas. "Para um cordeirinho t?o pequeno que o lobo tem dentes." Sem Molly e Praline para manter as ovelhas jovens no curso correto da investiga??o, isto era o que se tinha, ovelhas influenciadas por porcos. "O sol ? o centro do universo e a grande e redonda terra gira ao redor do sol! ? isso?" um pato grasnou. "Bem, j? que p?es as coisas dessa maneira, sim." As penas do Dave estavam desfeitas. Ele sacudiu a cabe?a. Ele virou-se para o Ezequiel e disse: "D?-lhes algo com que pensar e ? isto que tu recebes." "Ignora estes animais, Julius", disse Blaise. "Qual ? o an?ncio que queres fazer?" "Pete Seeger ? o meu her?i. De onde eu venho, ele foi o her?i de todos at? se tornarem ortodoxos e emigrarem para Brooklyn." "E suponho que queiras um martelo?" "E, sim, suponho que sim." "Voc? ? um p?ssaro", disse Beatrice, "um papagaio". O que se pode fazer com um martelo?" "Eu tenho garras, e n?o tenho medo de as usar. Eu uso pinc?is, n?o uso?" "Como algu?m saberia o que voc? faz com eles? Ningu?m viu nada do que tu fazes." "Sou t?mido, um trabalho em progresso." "Julius, o que farias se tivesses um martelo, um martelo pequeno se quisesses?" "Blaise, 'se eu tivesse um martelo, martelaria de manh?. Eu martelaria ? noite, por toda esta terra. Eu martelaria de aviso. Eu martelaria o perigo. Eu martelaria o amor entre os meus irm?os e as minhas irm?s, por toda esta terra. "Se eu tivesse um martelo?" "Bem, algu?m pode, por favor, arranjar um martelo a esta arara ocupada?" "N?s somos animais. Como podemos arranjar-lhe um martelo?" "Onde est?o esses corvos quando se precisa deles?" Julius disse. "Oh, a? est?o voc?s. N?o importa, eu n?o preciso de um martelo." Julius deixou o ramo da ?rvore e empoleirou-se no ombro esquerdo de Blaise, perto da orelha dela. "Embora ele possa n?o o mostrar, n?o como o Stanley, o Bruce tem um grande desejo. Ele gosta muito de ti. Voc? vai ver", disse Julius e piscou o olho. Blaise n?o foi capaz de v?-lo piscar o olho. Ela n?o precisava. Ela sabia pela inflex?o na voz dele. "O que ?s tu, Julius, o agente dele, suponho?" "Ele ? um amigo. Al?m disso, todos precisam de amor. Toda a gente precisa de um amigo." "Sim, bem, Julius, estou bem ciente das inclina??es de Bruce, muito obrigado." "Proclividades", disse Julius aos corvos na oliveira. "Ela ? de Inglaterra, sabes. Ela at? tem uma ilha com o nome dela. Chama-se Blaise." "Sim, bem, h? uma Guernsey algures com o nome de uma ilha tamb?m, por isso n?o penses muito nisso. E n?o ? Blaise, seu p?ssaro idiota." "Modesto tamb?m, n?o achas?" "Gra?as a Deus, Bruce n?o ? um exibicionista como Manly Stanley", disse Beatrice. "Sim, ele ? mais como eu nesse aspecto", disse Julius. "Somos mais reservados e menos vistosos." "Mais parecido contigo, menos vistoso, n?o dizes?" "Isso n?o quer dizer que n?o tenhamos algo sobre o qual nos gabarmos, apenas preferimos n?o o fazer." A Beatrice empurrou a Blaise, e eles riram-se. Julius bateu as suas grandes asas e voou para se juntar a Bruce pastando no meio do pasto atr?s do celeiro. Ele pousou nas costas da grande besta e fez o seu caminho ao longo do seu ombro direito. "Cuidado com essas garras, e o que quer que tenhas a dizer, fala baixinho se vais ficar a? sentado o dia todo, a esguichar." "Sim, tamb?m n?o queremos que os espi?es da mula ou?am nada do que possamos dizer." "Ele ? um idiota." "Sim, eu concordo, e todos t?m um. Eu tenho um. Tu tens um. As pessoas tamb?m os t?m, todos, imbecis. O que eles", disse Julius, "aqueles feitos ? imagem de Deus, preferem chamar uma alma". "Como quer que lhe chames, ainda ? um idiota e ele ? cheio de merda." "Vou ter de a fazer com a mula. Preciso de fazer daquela mula velha uma mula." "Porqu? incomodar?" "Se apenas um animal me ouve e v? atrav?s deste disparate, bem, ent?o, vou sentir que fiz algum bem." "Eles s?o animais, animais dom?sticos da quinta. Eles precisam de acreditar em algo e seguir algu?m." "Bem, ent?o, porque n?o tu?" Julius disse. "Eu gosto do Howard", disse Bruce. "Ele ? uma alternativa melhor para a mula, mas o c?rebro perde para a carne de pecado e merda." "Eu tamb?m gosto dele, mas como o seu rival mulish, ele ? um celibat?rio. N?o h? rebanho para aquele javali, o que o torna bastante aborrecido, e assim como a velha mula n?o pode, aquele javali n?o o far?. Tudo por uma boa causa, ? claro, nada", disse Julius. Bruce inclinou-se para pastar e Julius quase caiu. "Cuidado, gostava que me avisasses da pr?xima vez que fizeres isso, a lata." O Julius subiu pelas costas do Bruce, para n?o perder o equil?brio e ter de voar, mas o Julius n?o ia a lado nenhum. "Pelo que eu vi, est?s a perder a batalha por idiotas." "Eles s?o jovens. Eles s?o impression?veis", disse Julius, "mas se n?o eu, ent?o quem?" Bruce virou-se e levantou a cauda e defecou, um grande monte de besteira quente formado atr?s dele enquanto se afastava. "Um centavo pelos teus pensamentos", disse Julius. "Yo, meu, isso ? uma merda profunda, meu. A s?rio, no entanto, o teu timing ? impec?vel. Que economia de palavras! Que clareza! Certamente provaste que Edward De Vere correctos que escreveu: 'A brevidade ? a alma da sagacidade.'" O Bruce estava a mastigar a sua mama, "Quem?" "Edward De Vere, o 17? Conde de Oxford." "Tanto faz." "E pelo tamanho daquele mont?culo, com o tamanho grande." O Julius limitou-se ao longo da espinha dorsal do Bruce at? aos seus ombros. "Sabes porque Deus deu polegares ao homem? Para que ele pudesse apanhar as nossas merdas." "Eu n?o acredito que acredites em Deus." "N?o acredito que a piada tamb?m n?o tivesse resultado." "Que piada?" * * * Naquela noite, enquanto a maioria das pessoas dormia na cama, a ?gua loura, por outro lado, aconchegou-se contra o Garanh?o Belga negro no celeiro, com o nariz enfiado ao longo do seu grande pesco?o. Stanley neigrou e sacudiu a crina e carimbou seus p?s. Beatrice pisou na frente de Stanley e empurrou contra ele, empurrando contra o seu peito liso e arredondado. Sem p?blico presente, o Manly Stanley bufou e voltou para as suas pernas musculosas posteriores, e cobriu Beatrice ao luar. 8 Maravilhoso Hoje Stanley e Beatrice pastaram juntos quando o sol nasceu ao redor deles. Bruce e Blaise pastaram por perto. Todos os quatro animais demonstraram apetites vorazes ao des?nimo daqueles que se tinham reunido para ver o espect?culo ao vivo, da ?poca do acasalamento. Desanimados, eles, mu?ulmanos, judeus e crist?os, seguiram caminhos separados, em dire??es diferentes para suas casas e locais. "Bem, ol?, Beatrice, como est?s?" "Ol?, Blaise de Jersey, eu estou bem, obrigado. T?o simp?tico da tua parte em perguntar, no entanto." A Beatrice sorriu, "E, como est?s?" "Eu estou bem, obrigado. Estou maravilhosamente bem." "Sim, o sol deu-te uma cor t?o bonita." "Obrigado por reparares", disse Blaise, e sorriu para a sua amiga. "N?o ? um dia gloriosamente ador?vel?" "Sim, ?", disse Beatrice. "N?o podia concordar mais contigo, apenas maravilhoso hoje." Enquanto caminhavam juntos, Blaise disse: "Querida Beatrice, ningu?m te molesta, pois n?o?" Eles riram alegremente. "Nem sequer uma sela." "Nem mesmo o Manly Stanley." "Bem, a n?o ser que eu queira que ele fa?a. H? uma diferen?a", disse Beatrice e os dois amigos riram. Eles sabiam que havia gr?os para serem colhidos no celeiro, e por isso foi para o celeiro que eles iam. "Ol?", disse o Stanley quando viu o Bruce. Bruce acenou com a cabe?a. Os dois grandes machos do moshav, o garanh?o negro belga cintilante e o touro Simbrah de pelagem avermelhada, continuaram a pastar juntos no pasto principal, ao sol da manh?, entre as ovelhas e cabras. 9 BBC ou Por que ? que o Touro atravessou a estrada? Bruce se viu de volta ao seu pequeno pasto do mundo. Era o pasto atr?s do celeiro. Ele abanou a sua grande cabe?a e ombros maci?os. Ele sabia onde estavam os Holsteins israelitas. Bruce levantou a cabe?a como uma brisa leve soprada da direc??o dos Holsteins. Meninas locais, uma manada de 12, e Bruce adorava a BBC, vacas grandes e bonitas. Enquanto ele contemplava os Holsteins, um casal deles tinha se aventurado at? a cerca do outro lado da estrada. Elas pastaram um pouco ao longo da cerca, mas tinham vindo at? a estrada principalmente para provocar e insultar Bruce. De p? dentro da cerca, uma das novilhas gritou: "Oh moo-hoo, Brucee, voc? est? a?? Quando ? que vais voltar e ver-nos, rapag?o? Meu Deus, quanto tempo passou, anos pelo menos se n?o mais?" "Isto pode ser verdade para voc?, mas se os sonhos se tornarem realidade, esta ser? a minha primeira vez", disse a novilha mais nova. "Quero dizer, viva e quente de qualquer maneira. Estou um pouco nervoso. A primeira vez foi atrav?s da insemina??o artificial e isso n?o foi divertido." "Oh, meu, meu, meu, Bruce n?o desilude. Minha querida, vais ter uma surpresa, e n?o te preocupes. O Bruce ? gentil e divertido e ao mesmo tempo tamb?m." "Mas h? muitos de n?s no celeiro. Ele consegue, sabes, todos n?s numa s? noite?" "Oh, meu Deus, sim, querido. Ele ? a ?nica esp?cie masculina que pode nos impregnar a todos no decorrer de uma noite, e ainda assim satisfazer tamb?m. Ele vai levar o seu tempo, vais ver." "Gra?as a Deus. Qualquer coisa tem de ser melhor do que um instrumento frio e est?ril." "S? precisamos de um touro, minha querida, e s? h? um Bruce, e ele ? nosso." As duas vitelas riram e esfregaram os ombros enquanto passeavam na estrada para o prado, passando pelo bosque de limoeiros. Os Holsteins israelitas eram cabe?a e ombros maiores que Blaise. Estavam perto de Bruce, quase todos eles com 1.200 libras. Uma mistura de preto e branco, sendo o preto a cor predominante; cada uma das 12 vacas tinha um ?bere grande, cheio, com tetas grandes e tetas grandes, e todas elas brancas. Embora semelhante no desenho, cada vaca tinha a sua pr?pria personalidade, ?nica. Bruce amava todas elas e as conhecia intimamente uma ap?s a outra antes do fim da noite. Ele apanhou o cheiro delas a balan?ar no ar noturno e foi agrad?vel. Ele caminhou ao longo da cerca at? o port?o que se abria para a estrada que separava os dois pastos principais. Ele respirava profundamente e cheirava atrav?s das narinas. Tinha quatro t?buas de madeira. Bruce levantou um casco e expulsou o segundo degrau do fundo do port?o. Depois ele chutou e partiu em metade da terceira t?bua. Ele usou sua cabe?a maci?a e empurrou atrav?s do degrau superior para chegar ao outro lado. N?o querendo apressar as coisas ou se machucar, ele pisou no quarto degrau, um casco de cada vez, cuidado para n?o raspar seu escroto baixo pendurado contra o trilho inferior. Uma vez limpo o degrau inferior, ele atravessou a estrada em dire??o ao pasto oposto. Mais um port?o ficou entre ele e a felicidade terrena. Na cerca, ele olhou por cima do arame farpado (que estava no lugar tanto para manter os mu?ulmanos fora quanto para manter as novilhas dentro), mas n?o podia ver as vacas leiteiras por causa da fila de limoeiros. Ele sabia que elas estavam l?. Os Holsteins estavam escondidos ? vista pelo bosque de limoeiros ao longo da linha da cerca no prado, no fundo do que era a opera??o leiteira da fazenda. Ele podia ouvi-los e cheir?-los no prado. Bruce chutou o degrau inferior e levantou um casco e quebrou em metade do meio. Depois usou os chifres para empurrar atrav?s do trilho superior. Ele entrou no pasto e olhou para cima e para baixo na linha da cerca. Ao seu gosto, ele n?o viu ningu?m. Ele percorreu a estrada do campo, passando pelo bosque de limoeiros, at? o prado, na trilha de 12 vacas grandes e bonitas em espera. Quando Bruce se aproximou das novilhas, estava escuro sob um c?u limpo, com a mesma lua da noite anterior. Eles se assustaram e se espalharam, mas nenhum deles se afastou muito, para que ela n?o perdesse algo importante. "Aqui estou eu, meninas. Aqui estou eu", disse ele. "Ei, olhem meninas. ? o Brucee! Eu disse-te que ele viria." "Oh, meu Bruce!" mugia um Holstein maduro, feliz por v?-lo. "Shalom you, naughty devil", disse outro Holstein israelense, obviamente um velho amigo. "Vem c?, velhote", disse outro enquanto ela deslizava contra ele. "Cala-te", disse ele. "Agora calem-se, meninas. N?s n?o queremos ser descobertas, pelo menos ainda n?o. Acabei de chegar aqui." "Certo, c?us, n?o, n?o queremos isso", eles mugiram alegremente, esfregando seus focinheiras e corpos contra ele ao luar. "Al?m disso, isto n?o est? de acordo com o plano. Todo o inferno se soltaria se acord?ssemos os vizinhos." 10 Maldi??o No moshav do Perelman, era o caos e a confus?o. O touro tinha de alguma forma entrado na pastagem com os Holsteins e toda a cria??o e planejamento de Juan Perelman tinha sido baleado em uma noite com cada tiro disparado pelo touro. Bruce estava faminto. "Harah", disse o moshavnik Juan Perelman. "Merda", traduziu um dos oper?rios chineses. "Benzona", disse Perelman. Era o seu moshav. "Filho da puta." "Beitsim", disse Perelman. "Bolas." "Mamzer." "Maldito bastardo", disse o oper?rio chin?s. "Desculpe-me", disse o seu compatriota, e um cavalheiro. "Ele n?o disse "maldi??o"." "Sou um tao?sta. O que me importa?" O seu compatriota, e um cavalheiro, tamb?m era budista, tal como o trabalhador tailand?s. Mesmo sendo budistas, n?o havia um terreno amig?vel compartilhado entre os dois homens porque o Buda de um era maior do que o do outro. Juan Perelman disse: "Aposto que os eg?pcios tiveram algo a ver com isto." "O que ? que vais fazer?" Isabella Perelman disse enquanto subia para se juntar ao marido na cerca. "Estou a pensar." "Livra-te deles", disse ela. "Outros moshavim t?m os seus problemas, como n?s com terra e ?gua. Venda-os, a todos eles." Ela era atraente, com olhos escuros, e cabelo comprido e escuro. "Eu n?o sei?" "Enviem-nos ent?o, ou entreguem-nos se for preciso, mas vamos finalmente transformar o solo desta quinta em culturas e ?rvores de fruto, figueiras, t?maras, oliveiras e campos de cereais, trigo e campos de feno. Alimente as pessoas com alguma coisa. Eles n?o comem porco." Os trabalhadores chineses e tailandeses trocaram olhares. Espera um minuto, eles pensaram, n?s tamb?m somos pessoas. "N?o ? essa a quest?o aqui, Isabella. ? a opera??o leiteira que est? em quest?o." "Bem, como sabes que ele os impregnou de qualquer maneira? A s?rio, 12 Holsteins e a Jersey apenas um dia antes." "Olha para ele. Ele est? esfomeado. Imagino que ele tenha perdido 100 libras em dois dias." Bruce cobriu muito ch?o, roendo a relva debaixo do casco onde ele foi. "Olha como os tomates dele est?o pendurados. Ele apanhou-os a todos e algo tem de ser feito." "Ainda assim, Juan, n?o queremos as vacas a produzir leite?" "S? podemos lidar com quatro vacas frescas de cada vez, talvez cinco, mas n?o doze e treze! N?o temos recursos para lidar com todas elas, e com os porcos, e com todos os outros animais." "Porque n?o podemos simplesmente vender ou mudar as vacas para outros moshavim?" "Eu n?o quero. Al?m disso, eles j? t?m problemas e n?o podem adicionar os nossos aos deles. A ?gua ? um problema para todos, assim como a terra." A vingan?a era deles - a dele, ou assim disse Juan Perelman, o moshavnik, cujo moshav o touro tinha acabado de arruinar. "Eu quero que este touro receba uma li??o", disse ele. "O qu?, ent?o, abortar os bezerros?" "N?o, chame o Rabino Ratzinger." "Um rabino", disse ela, "porqu? um rabino?" "Isto ? quem n?s somos. Vou mostrar-lhe para se meter comigo. Amaldi?oe este touro de qualquer maneira. Precisamos de um rabino num momento como este." "Sim, suponho que sim. N?o vai aguentar isto." Os trabalhadores agr?colas chineses e tailandeses encurralaram o touro e o levaram de volta para o confinamento atr?s do celeiro e para longe dos outros animais. Eles esperaram pela chegada do rabino. Juan Perelman disse: "Este touro sofrer? a ira de Deus e depois alguns." Isabella dirigiu-se para a casa da quinta. Juan chamou por ela, "Ele pagar? pelo que fez." "Tanto faz", disse ela, acenando-lhe com a m?o. "Isto ? uma abomina??o." O rabino Ratzinger chegou com a sua comitiva, membros masculinos da sua congrega??o. Seguiram-no em passo de cadeado, todos se movendo como um do carro para o campo e para o terreno atr?s do celeiro. O rabino tinha barba cinza e usava um fedora preto, um casaco de vestido preto, uma camisa branca e cal??es das Bermudas. Estava um dia quente sob o sol, um presente de G-d. Os shorts eram modestos, e as pernas do rabino muito brancas e finas, tamb?m um presente de G-d. Os membros da congrega??o vestiam fedoras com roupas escuras, cal?as e casacos com camisas brancas. Suas barbas e carac?is eram de v?rios comprimentos e tons de preto a marrom a cinza. Eles usavam sapatos pretos sem brilho e meias brancas. O rabino disse: "Ele sofrer? daqui at? a eternidade pelo que fez sem a nossa permiss?o ou b?n??o". Isto ? uma abomina??o contra G-d e n?o ficar? impune. Esta ? uma li??o a ser aprendida por animais deste moshav e por animais de todos os moshavim". Ele continuou ent?o a entregar a sua maldi??o de maldi??es para condenar este touro deste moshav por toda a eternidade. Assim, diz o rabino Ratzinger, "Com muito barulho e com o julgamento dos anjos, e dos santos do c?u, n?s do monte do templo condenamos solenemente a este lugar, e excomungamos, cortamos, amaldi?oamos, mutilamos, derrotamos, intimidamos e anatematizamos o touro de Simbrah do Perelman moshav e com o consentimento dos anci?os e de toda a congrega??o santa, na presen?a dos livros sagrados. Que se saiba n?o deste moshav ou de qualquer moshavim, mas de um proscrito pelos seus pecados contra o moshavnik Perelman pelos 613 preceitos que est?o escritos nele com o an?tema com que Josu? amaldi?oou Jeric?, com a maldi??o que Eliseu lan?ou sobre as crian?as e com todas as maldi??es que est?o escritas na lei. Amaldi?oamos o touro; amaldi?oamos a tua descend?ncia, a tua descend?ncia". O rabino Ratzinger foi interrompido quando um dos assistentes da sua congrega??o lhe sussurrou ao ouvido. "Sim, ? claro." O rabino limpou-lhe a garganta e retomou a sua ladainha. "Permitiremos que os descendentes prosperem e cres?am e produzam leite e carne para a alimenta??o das multid?es at? que chegue o dia em que a sua prole n?o seja mais, pois h? muito foram consumidos e pereceram desta terra. Com esta ?nica exce??o, amaldi?oado seja ele de dia e amaldi?oado seja ele de noite. Maldito seja ele em dormir e maldito seja ele em andar, maldito seja ele em andar pelos campos e maldito seja ele ao entrar nos cercados para se alimentar e beber. O touro n?o voltar? a desovar a sua semente maligna sobre a terra". Bruce espirrou e abanou a sua grande cabe?a. "O Senhor n?o o perdoar?; a ira e a f?ria do Senhor se acender?o doravante contra este animal, e sobre ele impender?o todas as maldi??es que est?o escritas no livro da lei. O Senhor destruir? o seu nome debaixo do sol, a sua presen?a, a sua descend?ncia, e o cortar? e o exterminar? por causa da sua destrui??o de todos os animais que pastam neste moshav, e de todos os moshavim de Israel, com todas as maldi??es do firmamento que est?o escritas no livro da lei". Quando o rabino terminou sua maldi??o de propor??o b?blica, algu?m disse: "Olhe, rabino, o que deve ser feito a respeito disso"? Perto da lagoa, o javali de Yorkshire derramou bonecos de lama e ?gua sobre as cabe?as e ombros de cordeiros jovens e crian?as. "Nada", disse o rabino Ratzinger. "Isso ? de pouca import?ncia." Algo bateu no rabino, salpicando contra a lapela do seu casaco de vestido. Julius, seguido pelos corvos, sobrevoou e bombardeou o rabino Ratzinger e sua comitiva com merda de p?ssaro. Julius tinha sido atingido directamente, salpicando fezes amareladas pela lapela da bata do rabino. Ezequiel acertou um na borda de seu chap?u enquanto Dave deixava voar uma mancha esbranqui?ada na barba escura de outro homem. Outras aves da fazenda, quer voassem como os gansos, quer se balan?assem como os patos ou simplesmente se agarrassem, todos vieram para defender Bruce, atacando do ar e da terra, mordendo, estalando, manchando fezes por cima de chap?us e bata e botas. Dependendo da dire??o que as aves da fazenda atacaram, elas voaram e correram, e defecaram sobre o rabino e sua solene congrega??o. Algu?m abriu um guarda-chuva sobre o rabino, um presente de G-d, enquanto se espalhavam, correndo para se esconderem na dire??o de onde vinham. Era tarde demais para Bruce, no entanto, com a maldi??o j? posta em movimento. Ele tinha sido amaldi?oado a uma vida de morte. Isabella Perelman caminhou at? a cerca do feedlot onde estava Juan Perelman. "Juan, acreditas mesmo que alguma destas coisas ser? de alguma utilidade?" O cabelo preto dela foi puxado para tr?s. Ela usava um casaco de montar e cal?as a condizer, com botas pretas. Ela segurava um capacete preto debaixo do bra?o. O oper?rio tailand?s conduziu o garanh?o belga pelas r?deas com uma sela inglesa amarrada a ele. Stanley n?o se lembrava da ?ltima vez que algu?m o tinha colocado sob tanta ang?stia com o peso de uma sela, e nessa sela, um cavaleiro. Teria sido ela? Se tivesse sido algu?m melhor, melhor ela do que qualquer outra pessoa. Para garantir que a maldi??o do rabino tivesse tomado posse e permanecesse intacta de agora at? sempre, os oper?rios drapejaram um saco de serapilheira sobre a grande cabe?a do touro. Ele gemeu e empurrou contra eles e se moveu para os lados, mas os oper?rios se seguraram apertados enquanto lhe torciam o pesco?o pelos chifres. Bruce gemeu enquanto eles o puxavam para o ch?o, suas pernas dianteiras se dobrando sob ele. Os oper?rios rolaram-no na terra para o seu lado. "Juan, isto ? necess?rio? Juan, isto n?o ? necess?rio." "? necess?rio para que a maldi??o funcione", disse ele. "N?o haver? d?vidas sobre isso." Isabella almofadou a testa do cavalo, passando a palma da m?o sobre o diamante branco dele, e sussurrou: "Pronto, pronto, Tevya, n?o te preocupes. Est? tudo bem, rapaz. Vai com calma agora. Vai correr tudo bem." Ela colocou o dedo esquerdo da bota no estribo e puxou-se para cima e montou o cavalo, assentando na sela inglesa. Ela se agarrou firmemente ?s r?deas como Stanley, tamb?m conhecido como Tevya, neigrou e deu alguns passos para tr?s, ajustando-se ao peso do cavaleiro. "Isto ? cruel, Juan. Isto ? desumano." Mas os seus protestos chegaram tarde demais e ca?ram em ouvidos surdos. Juan Perelman era um pragmatista. "N?o precisamos mais de um touro, pelo menos", disse ele. "Usamos a insemina??o artificial. Ele era s? para mostrar." Ela puxou as r?deas contra o garanh?o belga e afastou-o do confinamento. Eles partiram num trote ao longo da estrada que dividia a quinta. Ele era rambunciso e teimoso, mas ela manteve o controle e se agarrou firmemente ?s r?deas. Ela deu-lhe uma palmadinha no pesco?o ao longo da crina. Cavalgando paralelamente ? fronteira eg?pcia, crian?as da aldeia tentaram atingi-la com pedras atiradas de fundas. "Vai com calma, Tevya. Ningu?m te vai magoar." O Stanley viu proj?cteis a voar na sua direc??o e assustou-se. Isabella Perelman manteve-se firme e guiou-o a continuar em frente ?s rochas voadoras e aos peda?os de lama dura disparados a partir de fundas, com mais do que alguns a atingirem Stanley. Embora ele tenha tentado fugir, ela deu-lhe uma palmadinha no pesco?o. Ela seguiu a estrada at? o extremo sul do moshav e o afastou da fronteira e fora do alcance dos mu?ulmanos na colina. Eles continuaram a galopar para longe do moshav e para o campo israelita. Atr?s do celeiro no feedlot, um dos trabalhadores chineses, o tao?sta, retirou um bisturi da sua caixa e, de um s? golpe, cortou o escroto do touro. Quando ele espalhou as camadas do escroto, os test?culos deslizaram para o ch?o. Ele os cortou dos vasos sangu?neos e colocou as g?nadas cortadas em gelo em um refrigerador para seguran?a. Uma salva foi aplicada no escroto do touro para parar a hemorragia e ajudar a cicatrizar a ferida. O oper?rio pegou uma agulha grande com fio e semeou o que sobrou do escroto do touro fechado. Uma vez tudo feito e guardado, o trabalhador tailand?s retirou o saco de serapilheira da cabe?a de Bruce. Ele se enrolou de p? e trope?ou, enquanto tentava se levantar. Ele ficou de p?, desequilibrado em quatro pernas, com a cabe?a balan?ando de um lado para o outro. Ele parou, e depois deu alguns passos para tr?s, afastando-se dos seus tormentos. Um vizinho do moshavim, um colega moshavnik, disse: "Isto n?o ? bom, Juan. As castra??es s?o feitas em poucos dias, n?o mais do que um ou dois meses ap?s o nascimento, n?o desta forma. Isto ? indelicado. Isto ? um castigo cruel e invulgar." "Ele causou uma grande consterna??o." "Como achas que ele se sente?" "N?o importa", disse Perelman. "? tarde demais para salvar alguma coisa. Al?m disso, um velho touro de sete anos, a sua carne j? est? arruinada por causa dos seus tomates, tal como o meu moshav." "Ent?o n?o faz sentido." "O que est? feito, est? feito", disse Perelman. * * * Mais tarde naquela noite, Stanley saiu do celeiro cheio de trepida??o sem saber o que dizer ou se ele deveria dizer alguma coisa. Bruce ficou im?vel ao lado do tanque de ?gua. "N?o fazes ideia", disse Bruce quando viu o Stanley. "Espero nunca o fazer." "? o primeiro passo para se tornar carne mo?da." "Eu n?o sei." "Tu n?o queres." "Eu n?o quero - nunca quero saber. Quero dizer, isso assusta-me." "Eles v?o transformar-te em comida de c?o quando acabarem contigo quando fores velho e j? n?o fores ?til." "Sinto muito por ti, meu amigo." Stanley recuou tr?s passos e virou-se para correr o mais r?pido e longe num pasto de uma quinta de 48 hectares como qualquer animal. 11 A Promessa do Fim Chega ao Fim Dois meses depois de Blaise dar ? luz o bezerro vermelho, Beatrice deitou-se no meio da luta do pasto, chutando na tentativa de dar ? luz ela mesma como um ?nibus Mercedes tour prateado parado do lado de fora da cerca. Um padre cat?lico, liderando um grupo de adolescentes, rapazes e raparigas, saiu do autocarro. Eles estavam l? para testemunhar o milagre do bezerro vermelho que logo iria alterar o curso da hist?ria humana de uma vez por todas. Como aconteceu, eles tamb?m chegaram a tempo de testemunhar o milagre do nascimento enquanto a ?gua bay rolava no ch?o no pasto. No celeiro, Boris ministrou para a galinha amarela. Ele prometeu-lhe a vida eterna e persuadiu-a a rezar com ele. Isso ela fez de bom grado. "Confia em mim", disse ele, as presas dele brancas brancas do sol. "Eu sou o caminho, a verdade, e a luz." "Bog, Bog!" Ela se espalhou para as vigas enquanto o trabalhador tailand?s vinha correndo pelo celeiro usando um avental de couro, carregando um cobertor, e um balde de ?gua salpicada. A galinha pensou que tinha sido por pouco quando ela desceu da jangada. "Atrav?s de mim, entrareis na vida eterna no reino animal, que est? no c?u. Eu sou a porta: por mim, se entrar alguma galinha, ela ser? salva." Ela agarrou-se alegremente. "Eu sou o Pastor que tu n?o queres." No meio do pasto, Beatrice continuou com a luta de dar ? luz. Os Reverendos Hershel Beam e Randy Lynn, tinham voltado ? fazenda a tempo de testemunhar o processo de nascimento. Eles observaram da estrada como o parturiente tailand?s, seu bra?o enterrado at? o cotovelo em seu canal de nascimento, desalojou o cord?o umbilical ao redor do pesco?o do potro por nascer. "N?o sei quanto a ti, Randy, mas estou a ficar com fome", disse o Reverendo Beam. "Voc? gosta de chin?s?" "Se gosto de chin?s? Sim, ? claro. Uma vez namorei uma rapariga em Tulsa e costum?vamos ir a este buffet chin?s, mas n?o ia resultar. Ela era metodista e tinha tudo errado. Mas nunca mais voltei ?quele restaurante chin?s, depois de termos acabado. Chama-me sentimental, mas ainda sinto falta dela e do Dim Sum". O Reverendo Beam riu-se, "Sim, bem, rezem para que encontremos um buffet por perto." "Olha", gritou um dos rapazes adolescentes. No pasto, a ?gua estava de lado enquanto a trabalhadora tailandesa puxava as patas dianteiras do potro e sa?a do seu canal de parto. "N?o, crian?as", gritou o padre, "afastem-se!" Os seus esfor?os para proteger as crian?as dos horrores do parto foram em v?o. Eles n?o iam a lado nenhum quando a placenta rebentou e se espalhou contra o avental do oper?rio e ele escorregou e caiu quando o potro caiu no ch?o ao seu lado. Os adolescentes, geralmente um grupo frio e indiferente, aplaudiram e aplaudiram a vis?o do potro rec?m-nascido. No in?cio, ele ficou de p?, mas quando encontrou o seu p?, estava a cheirar e a chutar terra no campo e foi ter com a sua m?e para cuidar dele. Tinha sido uma prova??o para todos os envolvidos. Stanley saiu do celeiro, cheirou, e galopou diretamente para o potro. Ele n?o gostava da sua prole. Ele n?o gostava do potro que mamava das tetas da Beatrice como ele fazia. Stanley n?o era caloroso nem paternal para com o potro. O potro competia pelo carinho e aten??o das outras ?guas, embora n?o houvesse outras ?guas no moshav. No entanto, numa quest?o de semanas, a sua atitude para com o potro mudaria assim que os oper?rios tornassem o potro jovem e cintado num cavalo castrado. "Olha", gritou um dos mi?dos. O bezerro vermelho apareceu ao lado da m?e do celeiro enquanto os aplausos subiam de todos os lados. Estas crian?as aos cuidados da igreja ficaram impressionadas. Blaise e Lizzy sa?ram para ver como estava a Beatrice e para conhecer o rec?m-chegado. O jovem poldro de Beatrice estava a passear ao sol. Al?m disso, ao sol do dia, a vida continuava para Molly, a Leicester fronteiri?a, e seus cordeiros g?meos enquanto brincavam no pasto ao lado de Praline, a Luzein, e seu jovem cordeiro. Enquanto Praline pastava ou tentava, o seu jovem cordeiro Boo perseguia-a, querendo cuidar dela. "Oh," disse uma jovem, "os cordeiros s?o t?o bonitos." "Sim, s?o", disse o pai, "mas s?o ovelhas, nem divinas nem um dom de Deus". "Eu pensava que todos os animais eram um presente de Deus", disse outro. "Bem, sim, eles s?o", concordou o padre, "mas ao contr?rio do bezerro vermelho, eles n?o s?o divinos". Ele usava uma batina preta com um cord?o branco ? volta da cintura e atado com um n? ? frente. O reverendo pai continuou: "Ningu?m viu os dois companheiros". Portanto, acredita-se que o bezerro vermelho pode ter sido concebido atrav?s do milagre da Imaculada Concei??o". Os adolescentes suspeitavam de consumo consp?cuo ou de qualquer coisa que qualquer adulto lhes dissesse. Eles eram c?ticos e questionavam a autoridade, seus pais e especialmente os sacerdotes que prometiam uma vida ap?s a morte gloriosa ao lado de Jesus no c?u. Estas crian?as, como as crian?as em qualquer lugar, queriam viver a vida agora. "Esse ? o consenso, de qualquer forma", acrescentou o padre. "Afinal de contas, o bezerro vermelho ? um presente de Deus." "Pai", perguntou um jovem rapaz, "Qual ? a diferen?a entre acasalamento e Imaculada Concei??o?" Os mi?dos mais velhos riram-se. O pai sorriu e disse ao rapaz: "Eu mostro-te mais tarde." "Ol?, Beatrice, como est?s?" Blaise disse. "Eu n?o sei, Blaise. Se n?o fosse o fazendeiro, acho que ele n?o teria sobrevivido?" A Beatrice lambeu o potro dela. "Mas ele fez, Beatrice, e ele ? um lindo menino." "Sim, mas sem a fanfarra que recebeste com a Lizzy." "Oh, por favor, Beatrice, honestamente. Achas que eu quero alguma coisa disto?" Al?m do padre e sua d?zia de cargas, as multid?es haviam sa?do de reboques, ?nibus e barracas para testemunhar mais uma vez o bezerro vermelho. "Eles v?m em massa para ver a Lizzy, mas ningu?m parece interessado no Stefon." Beatrice levou o seu potro rec?m-nascido ao lago para lavar o p?s-parto, e para receber a b?n??o de Howard. Lizzy seguiu-os at? ao lago, e Blaise seguiu Lizzy. Quando Howard viu o bezerro vermelho, ficou alegre por v?-la e quis batizar a novilha jovem. "E o meu?" A Beatrice carimbou os cascos e espalhou ?gua no barro cozido ao sol que rodeava o lago. "Sim, ? claro", disse Howard. Ele derramou ?gua sobre a cabe?a e o corpo do jovem potro, lavando o sangue seco e o p?s-parto que cobria o potro. Quando Howard terminou, ele olhou para Blaise e sua cria. Blaise disse: "Vai l? ent?o, baptiza, se tiveres de ir." E Lizzy entrou na lagoa, salpicando ao lado do potro rec?m-batizado. Howard derramou lama e ?gua sobre a cabe?a do bezerro e o vermelho ao redor de suas orelhas e cabe?a e nariz sa?ram para a ?gua e um marrom escuro apareceu ao redor das orelhas e olhos. Ela se arrastou para o meio do lago at? o pesco?o, e quando Lizzy saiu pelo outro lado, o p?lo vermelho tinha se lavado na ?gua, revelando o tom de chocolate marrom ao longo de seu corpo como o da m?e, com apenas o menor toque de vermelho do seu pai, o antigo touro Simbrah, Bruce. "Olha", gritaram as crian?as, e elas viram outro exemplo de porque n?o devem acreditar no que qualquer adulto lhes disse. O bezerro vermelho de lenda ou de desejo de realiza??o de desejos tinha desaparecido e, no seu lugar, um bezerro castanho de aspecto bastante agrad?vel, de tom castanho normal, na sua maioria chocolate preto, meio jersey. "Ela ? castanha", revelou Beatrice com prazer. "Sim, ela ?", suspirou Blaise. "Ela n?o ? linda? ” As multid?es subiam de gritos quando as pessoas ca?am de joelhos para lamentar, gemer e rezar. Aplausos subiram para o lado mu?ulmano da fronteira e o fogo de espingarda foi ouvido ? dist?ncia, seguido de chamadas ? ora??o. A querida novilha vermelha de Blaise tinha entrado na lagoa, foi batizada e saiu do outro lado um lindo castanho como ela. Blaise n?o poderia ter ficado mais feliz quando toda a fanfarra come?ou a diminuir e as pessoas foram embora em nuvens de poeira para pontos desconhecidos, e onde ela n?o podia se importar menos. Como aconteceu, os ministros americanos tamb?m testemunharam o fim da promessa do fim. O Reverendo Beam disse: "Filho, esta ? toda a prova que precisas para saberes que os judeus est?o amaldi?oados." "O que ? que fazemos agora, Hershel? Lev?-lo ao Pastor Tim?" "? um disparate, em primeiro lugar. Jesus voltar? antes que estes judeus tenham o seu bezerro vermelho de qualquer maneira. Al?m disso, s? queremos que isso aconte?a para que eles vejam de uma vez por todas que o ?nico verdadeiro Messias ? Jesus, e ser? tarde demais para eles". "Devemos rezar sobre isso?" "Dev?amos estar a regozijar-nos. Os judeus est?o amaldi?oados. ? t?o simples quanto isso, e Deus falou e o mundo ouviu. O Senhor est? sobre n?s e a Sua vontade ser? feita. Sim, leve-o ao Pastor Tim Hayward, cavalheiro agricultor, e reze sobre ele." Boris estava debaixo do celeiro, escondido nas sombras das estacas. Mel, juntamente com o Rottweilers Spotter e o Trooper, aproximou-se do javali por tr?s e assustou-o. "Algo deve ser feito em rela??o ao Grande Branco." O Boris engasgou-se e tossiu. Um tiro de pena amarela dos maxilares dele. Mel e Boris assistiram enquanto a pena girava no ar e flutuava at? ao ch?o. Boris arrotou: "Como o messias, n?o se pode esperar de mim que viva s? do p?o nosso de cada dia." "N?o passar?s fome a fazer a obra do Senhor." "? um trabalho intermin?vel e cansativo." Ele cuspiu. "Obrigada pela sua observa??o apurada em eliminar as bruxas intrometidas do nosso meio. Fizeste-nos um bom servi?o ao livrares-nos de um inc?modo." "N?o foi nada realmente", disse Boris, "principalmente osso e penas." "N?o lhe ligue", disse Mel. "Outra raz?o para eliminar o Yorkshire Baptist como o herege que ele ?. Porque ? que o bezerro vermelho ficou castanho depois de ele a ter batizado? Uma ampla prova de que ele ? um herege, e como tal deve ser tratado." "Ele prega a abstin?ncia, ent?o porque n?o podemos simplesmente deix?-lo desvanecer?" "Ele precisa ser feito um exemplo, um aviso do que acontecer? a qualquer um se ele for contra os ensinamentos de nosso Senhor e Pai Celestial". Enquanto ele permanecer de p?, respirando, pregando contra voc? e seu reinado ? sombra da figueira, voc? n?o ter? os animais sob seu controle nem ser? reconhecido como seu ?nico e verdadeiro salvador e messias. Ele tem que ser tratado ou nunca trar?s todos os animais para o teu minist?rio, ou para o rebanho da nossa ?nica e verdadeira igreja". "N?s pregamos em extremos opostos do mesmo pasto." "Traz os teus serm?es para o celeiro, a nossa igreja." "Pensei que o celeiro era o seu dom?nio." "At? onde voc? pode ver e al?m", disse Mel ao sair do celeiro, "tudo ? meu dom?nio e voc? est? aqui, fora das minhas boas gra?as". Ele ficou diante de Boris, o javali, o salvador dos animais. "Eu vou ter com o monge." "Tu, porco idiota", disse Mel. "Vai ter com o monge. Ele vai viver no alto do porco e tu vais entrar no c?u pelas costas dele." Os dois c?es rosnaram. "? vontade, voc? ter? o seu dia ao sol." Mel virou-se para o javali, "Vai e ministra ao teu rebanho." "Eu vou depois da minha sesta." O padre, indignado, levou as crian?as embora. "V? l?", disse ele, "volta para o autocarro". Os judeus est?o amaldi?oados. Foda-se, estamos todos amaldi?oados. Vamos todos para o inferno num cesto de m?o. Meu Deus, quando ? que isto vai acabar?" O padre e as crian?as entraram no autocarro, e todos os peregrinos partiram, desanimados, tristes por terem de esperar mais um pouco pelo regresso de Jesus e pelo fim da terra. Quando os trabalhadores chineses e tailandeses viram a nova novilha castanha, foram buscar a moshavnik. "El hijo de puta", Juan Perelman amaldi?oou, n?o querendo que Deus o ou?a, ou pelo menos n?o querendo que Deus o entenda. O oper?rio chin?s que tamb?m era um cavalheiro perguntou ao seu compatriota e tao?sta o que Perelman tinha dito. "Eu n?o sou filipino", respondeu ele. "Eu n?o sei espanhol." 12 Maldi??es Revisitadas Quando o rabino Ratzinger voltou, junto com os membros de sua congrega??o, ele estava preparado. A sua congrega??o abriu guarda-chuvas contra a possibilidade de queda de objetos ou proj?teis. Eles n?o precisavam se preocupar, por?m, pois nenhuma das aves estava por perto para causar impacto. Eles sabiam que o que tinha sido feito estava feito. N?o sabendo disso, o rabino e a companhia pisaram cautelosamente sob guarda-chuvas apertados atrav?s do campo de minas do celeiro e se aproximaram do outrora grande touro no tanque de irriga??o. O rabino pretendia reverter a maldi??o que havia colocado sobre o touro, agora boi, dez meses e tr?s dias antes. Ele desejava perdoar formalmente o touro, agora boi, de seus pecados, e restaur?-lo ? sua antiga gl?ria com a ajuda de G-d, e um milagre. "Sentimos muito, caro senhor, pelo erro cometido contra si. Por favor, aceite nossas humildes desculpas, e d? de si mesmo mais uma vez ? vaca de Jersey", disse com sinceridade o rabino Ratzinger. "N?s reenviamos a maldi??o colocada sobre voc?, e desejamos-lhe apenas o bem, e para devolv?-lo ? sua antiga grandeza". N?o sofrereis mais uma eternidade como resultado da nossa insol?ncia e intoler?ncia". Portanto, n?o ? mais considerado uma abomina??o contra Deus, nem um ato punido, pois tudo ? perdoado. Mais uma vez ocupar?s o teu lugar de direito, e ir?s onde quiseres, e com o teu orgulho masculino intacto, fazer?s o que quiseres com quem quiseres, por favor. Portanto, saiam mais uma vez reconhecidos nisto, os Perelman moshav, e todos os moshavim da vossa presen?a, e sejam fecundos e tragam presentes de descend?ncia, e ofere?am essa descend?ncia como uma oferenda ao povo judeu, e ao mundo. Oremos pelo retorno seguro dos test?culos perdidos ao seu devido lugar e pe?amos a Deus o perd?o daqueles m?opes o suficiente para n?o terem conhecido as conseq??ncias de suas a??es e erros anteriores contra essa grande criatura. Oh, querido Senhor, por favor, a este touro pedimos-Te que desfa?as os nossos erros, e perdoa-lhe, este grande e poderoso Simbrah Bull que est?, agora como ent?o, sem pecado. Que o Senhor devolva seu nome sob o sol, torne sua presen?a conhecida novamente, sua semente f?rtil, repare o mais cruel dos cortes, e o repare, e desfa?a seu eu anterior entre seu povo, suas criaturas semelhantes, particularmente suas vacas semelhantes. Que eles o amem desde este tempo at? a eternidade, enquanto revertemos todas as maldi??es do firmamento que est?o escritas no livro da lei e perdoamos-lhe as suas transgress?es". Os fi?is acreditavam nisso, uma vez que o touro havia acasalado com a Jersey, e como resultado de seu trabalho havia gerado um bezerro vermelho, eles podiam novamente, desde que ele voltasse ? sua antiga gl?ria com suas g?nadas intactas. Infelizmente, era tarde demais para tudo isso. Bruce ficou entre o tanque de ?gua e o port?o que um dia havia quebrado, e a cerca contra a qual agora ele descansava. Bruce bocejou. Os dois ministros americanos foram divertidos. Ficaram na cerca perto da estrada e, ? dist?ncia, assistiram ao culto de ora??o ao contr?rio, realizado no celeiro. A velha mula preta e cinza passava dentro da cerca e pastava ao longo da cerca pr?xima. Do palheiro, J?lio, enquanto agarrava um pincel em sua l?pide esquerda, viu as express?es que corriam pelos rostos dos tr?s trabalhadores, que ele notou, e se lembraria por outro tempo, mas pelo que ainda n?o sabia. Os oper?rios, envergonhados, com a cabe?a inclinada, roubavam os olhares de mercador, anunciando o olhar do rabino e um do outro, pois sabiam para onde haviam ido aquelas g?nadas, e por mais que o rabino rezasse com seriedade, ou a congrega??o masculina balan?asse e chorasse, nenhum milagre iria devolver aquelas g?nadas ao seu leg?timo dono. Eles n?o iam voltar a crescer, voltar, ou ser devolvidos, pois os tr?s trabalhadores tinham banqueteado a rica iguaria apenas algumas semanas antes. N?o dois compartilhados entre tr?s, mas uma bandeja de muitos. Para o seu trabalho, os trabalhadores tinham acumulado uma impressionante variedade de test?culos de ovelhas, porcos e vacas. Uma vez recolhidos, descascados, cobertos de ovo e farinha, sal e pimenta adicionados a gosto, eram fritos at? ficarem dourados. Depois, como aperitivo, como ostras das Montanhas Rochosas, ou como os oper?rios preferiam, balan?avam pontas de carne de vaca, juntamente com um molho de molho de coquetel, servido antes do prato principal de ganso assado. "Eu tenho um para voc?, Hershel", disse o ministro da juventude. "O que ? isso, Randy?" "Uma piada, mas os cat?licos n?o se importam muito com isso. ? sobre a sua amada Virgem." "Vamos a isto", riu-se o Reverendo Beam. "Quando o Arcanjo Gabrielle visitou a jovem virgem com a proposta de ser impregnada pelo Esp?rito Santo, ela perguntou: 'Ser? que isso vai doer? Ao que o Anjo respondeu: 'Sim, mas s? um pouco'. 'Muito bem', respondeu Maria, a pequena trombeta." Em algumas culturas, entre alguns povos do mundo, particularmente aqueles que viviam ao longo do Vale do Rio Ohio e Apalachia, no sudeste dos Estados Unidos, acreditava-se que ingerir c?rebros de vaca ou nozes de porco faria um inteligente. Tamb?m se acreditava entre o povo dos Apalaches e ao longo do Vale do Rio Ohio que eles eram os escolhidos por Deus, e que o c?u era s? deles. * * * Ovos mexidos na Am?rica Da regi?o do Vale do Rio Ohio e ao longo dos Appalachia, uma rica delicadeza de c?rebros de bezerros era muito apreciada e frequentemente servida com ovos mexidos. E a espinha, o c?rebro e as g?nadas bovinas eram frequentemente comidos, juntamente com as nozes de porco e ovelha, arredondando os dez melhores pratos que se acreditava que faziam uma pessoa inteligente, mas com cautela, para n?o comer muitos. Nesta parte do pa?s, independentemente do ?rg?o servido, seja bolas de vaca ou c?rebro, os pratos eram muitas vezes chamados colectivamente de "c?rebros de vaca". Portanto, um prato de ovos mexidos servidos com o c?rebro das vacas era um eufemismo usado para proteger as crias contra as porcas e os parafusos, como se fosse das vulgaridades das porcas e bolas que estavam sendo servidas em suas bandejas. Como muitas pessoas em toda a face da terra, os tr?s trabalhadores consideravam uma travessa de bezerro ou de porco ou de ovelha, um prato digno para afastar os efeitos nocivos da impot?ncia. Consumir as g?nadas de um mam?fero macho, acreditava-se, iria reparar as g?nadas do comedor de mam?feros macho. Os tr?s oper?rios comeram muito. Eles banqueteavam-se com pontas de carne, acreditando que quanto mais consumiam, melhor era o afrodis?aco. Portanto, como a realidade ditaria, o rabino Ratzinger e sua congrega??o, n?o importava o quanto rezassem a G-d, nenhum milagre iria reverter a maldi??o e devolver aquelas g?nadas. Os ministros americanos, ao contr?rio dos asi?ticos ou n?mades, sabiam que um dia entrariam no reino dos c?us por uma vida passada rastejando aos p?s imagin?rios de Jesus. Ao contr?rio de outros, judeus, mu?ulmanos ou chineses, os ministros sabiam n?o s? que tinham Deus do seu lado, mas em virtude da sua semelhan?a com o Senhor, eles eram os seus preciosos escolhidos. Eles estavam contentes, esperando pelo retorno triunfante do seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo. "Como ? que estas pessoas poderiam pensar que lhes seria permitido entrar no c?u?" "Quem", disse Randy, "os judeus?" "Qualquer um deles", disse o Reverendo Hershel Beam. "Quero dizer, onde diz na B?blia alguma destas pessoas, no c?u das pessoas?" "Eu n?o sei, o Antigo Testamento?" "Bem, n?o tem. Acredite na minha palavra." "Bem, ent?o, gra?as a Deus." "N?o, Randy, gra?as a Deus." O trabalhador tailand?s, como seu colega americano, n?o precisava de uma educa??o que ele pensava, pois pegou uma p? da prateleira e come?ou a empurrar merda de ovelha das barracas. Ao contr?rio de seus colegas americanos, por?m, os oper?rios tinham a maioria de suas faculdades e sentidos sobre eles e n?o tinham a ilus?o de uma vida ap?s a morte em outro reino. Eles nem sequer eram brancos, ent?o como poderiam sequer pensar que lhes seria permitido entrar no c?u reservado para o bem, povo crist?o de qualquer maneira? Qualquer bom fundamentalista crist?o sabia disso, pois a B?blia lhes disse isso. ? beira da aldeia, os homens mu?ulmanos sentaram-se no monte com as ovelhas e seus cordeirinhos, junto com as cabras, pastando nos campos, nos campos de cabras e ovelhas e cordeirinhos, e sabiam de onde vinha a sua pr?xima festa. Era o fim do Ramad?o e a v?spera da alegre celebra??o de tr?s dias de jejum chamada Eid al-Fitr, que significava problemas para os animais do moshav, pois os mu?ulmanos tamb?m estavam de bom humor e famintos. Era o p?r-do-sol. V?rios homens batiam em f?sforos at? as pontas dos cigarros. 13 Meia-noite Marauders Era uma noite sem lua e uma brisa fresca soprava sobre a fazenda vinda do deserto do Sinai. Ezequiel e Dave empoleiraram-se na grande oliveira, no meio do pasto principal. "Est? mesmo escuro", disse Ezequiel. "Sim, bem, pelo menos n?o ? tempestuoso", respondeu Dave. Veio um sussurro do escuro, seguido de uma raia sobre a cerca. "Voc? viu isso?" "Achas que sou o qu?, uma coruja de celeiro?" Ezequiel disse. "Eu n?o consigo ver nada. Est? escuro." "Ouviste isto?" "O qu??" Mel correu para o celeiro e disse a Boris: "Se voc? quer que os animais da fazenda te sigam como seu salvador, aqui est? a sua chance". Vai salvar o teu rebanho." Um bando de gansos se escondeu enquanto Boris corria contra eles no escuro e eles se espalharam. Rapidamente se reagruparam e se agarraram aos barulhos dos pastos. Enquanto seus olhos se ajustavam ? escurid?o, eles faziam imagens, tra?os de curta dura??o, seguidos de sons e vozes que n?o entendiam. Os animais da fazenda, grandes e pequenos, patos, gansos acima mencionados, galinhas, cabras e ovelhas atacaram, protegendo os seus pr?prios, como os porcos, os pokers, javalis e porcas guincharam e combateram os marauders durante a noite. Os ru?dos vinham do lado eg?pcio, o som da cerca cedendo sob o peso de homens que subiam e ca?am no pasto. Outros ca?ram novamente em solo eg?pcio com os despojos do ataque antes que algu?m os pudesse deter. Ainda mais foram perseguidos ao longo da linha da cerca e impedidos de causar mais danos do que os que j? tinham naufragado. Boris, com o abandono, se atreveu a entrar nos campos e se lan?ou no meio de dezenas de imagens roubadas no escuro. Ele voltou para as pernas traseiras e chutou, bateu e chifrou os invasores do moshav. Algu?m gritou e espirrou na lagoa, seguido de uma hemorragia. Algu?m mais gritou em ?rabe e foi seguido por peelings de gargalhadas. Outros mexeram no pasto, perseguidos por uma manada de gansos selvagens. Os patos grasnavam, as galinhas corriam e os porcos guinchavam pela escurid?o. E dos gritos ouvidos na escurid?o, Boris deve ter espetado v?rios homens com suas presas enquanto a mar? girava. Os animais voltaram os ladr?es, perseguindo-os desde o moshav, sobre a cerca do per?metro e atravessando a fronteira para o Egito. As galinhas corriam, os porcos guinchavam, e n?o mais de dor, mas de orgulho. Os animais tinham frustrado a rusga. A galinha sentia-se arrogante por ter frustrado o ataque, e a vit?ria era deles. E do santu?rio seguro do celeiro, Mel declarou Boris o salvador, pois n?o os tinha acabado de salvar a todos, grandes e pequenos, independentemente das esp?cies, dos saqueadores e os impediu de tirar mais de seus rebanhos? Os animais da fazenda concordaram e aceitaram isto como evangelho. "Teria havido perdas incalcul?veis e dores insond?veis, se n?o fosse a aten??o e o poder de Deus de Boris, nosso Senhor e Salvador", proclamou Mel. Depois de Boris ter sido proclamado Senhor e Salvador, foi feita uma avalia??o do n?mero perdido por Jos?, o javali de 12 anos de idade e 900 libras. Aos 12 anos e 900 libras, ele nunca saiu do celeiro. Sete entre eles, sete dos seus, tinham sido perdidos no ataque, duas ovelhas, dois bodes, incluindo Billy St Cyr, o bode Angora, e tr?s cordeiros, um dos quais era Boo, o ?nico cordeiro de Praline. A Molly consolou a Praline. Juntaram-se no celeiro com o nariz encostado ao gradeamento de um est?bulo. Do outro lado do gradeamento, Mel disse a Praline para acreditar e aceitar Boris como seu Salvador, e que um dia ela se reuniria novamente com seu querido Boo. "A s?rio?" Ela disse, espero que sim. "Praline", disse a Molly. "Como Deus ? minha testemunha", assegurou-lhe Mel. * * * "? o custo de fazer neg?cios", disse Juan Perelman no dia seguinte. "? o pre?o que pagamos por ter uma quinta ? beira da civiliza??o." Ele ficou contra a cerca na estrada com os tr?s trabalhadores da fazenda enquanto avaliavam os danos causados na noite anterior. "Quantos ? que perdemos?" "Seis, creio eu", disse o tailand?s." "Bem, est? bem. Podia ter sido muito pior. O que ? que perdemos?" "Pela ?ltima contagem, duas ovelhas, duas cabras e dois cordeiros. Um dos bodes, receio, era o carneiro Angor?." "Bem, foda-se, pelo menos temos uma tosquia este ano e o mohair para o provar." "Ele tem estado doente ultimamente devido a parasitas intestinais." "Bem", disse Perelman. "Espero que eles lhes queimem o rabo." Os homens riram. "Esqueci-me que era Eid al-Fitr. Misturei-os e, bem, eu devia ter percebido. ? o que vem depois do Ramadan, sempre que isso ?. Muda todos os anos. No pr?ximo ano, espero que um de voc?s se lembre, por isso estaremos preparados para o que est? para vir." "A? v?m problemas", disse o cavalheiro chin?s. "Oh, conhece-o?" perguntou o Tao?sta, ret?ricamente. "Nunca o vi antes na minha vida", respondeu o seu compatriota. Um eg?pcio tomou sua vida em suas m?os quando cruzou a fronteira em solo israelense e se aproximou de Perelman e dos oper?rios. Ele usava vestes azuis e roxas coloridas que sopravam no vento e no toucado. Sua identidade foi escondida por um len?o, e o eg?pcio falou sob a condi??o de anonimato. "Estes judeus t?m na sua posse um monstro, um djinn vermelho." Ele acenou com as m?os e apontou para a parte do moshav que bordejou o Egipto. "Foi nesta terra, neste lugar, que estes judeus soltaram um esp?rito mau contra os meus irm?os, que prejudica, insulta, ofende todos os mu?ulmanos, e ? uma abomina??o para Al?." Mel caminhou ao longo da cerca daquele moshav malvado para dar testemunho da conversa, e para partilhar com os outros, conforme necess?rio, mais tarde. Os oper?rios olharam para Juan Perelman, que nada disse. Enquanto o eg?pcio continuava, Perelman continuou a ouvir. "Louvado seja Al? em toda a sua gloriosa sabedoria de que nenhum irm?o mu?ulmano foi contaminado pelos imundos porcos infi?is". S? recolhemos doa??es aos pobres para garantir que tamb?m eles possam ter uma refei??o de f?rias e participar na celebra??o do Sadaqah al-Fitr, a caridade da quebra r?pida". "Eu sou estes judeus. N?o nos compete doar animais para vestir a sua mesa ou alimentar os pobres." "Este lugar foi profanado e tornado profano", disse o pastor. "Os judeus t?m uma pilha de compostagem cheia de merda de porco que eles v?o espalhar sobre esta terra como fertilizante, mas isso trar? morte e destrui??o e nada de bom vir? dela". Esta terra debaixo dos nossos p?s n?o ? mais digna para o meu camelo mijar em cima". Ele virou-se para a fronteira e atirou as m?os para cima, atirando as mangas roxas e azuis do manto sobre os ombros. "Agora sabemos o que ? preciso para os manter afastados da nossa terra, merda de porco, montes e montes de merda de porco." Logo que o bom pastor e cidad?o preocupado atravessou de volta ao Egito, ele foi descoberto por seus vizinhos, os fi?is. Os seguidores do todo-misericordioso e justo Deus pegaram pedras e o apedrejaram at? a morte antes que ele chegasse ? sua aldeia, o que provou, independentemente das condi??es de anonimato, que o Deus onisciente e onisciente sabe tudo. "Um dia eles podem ser a nossa ru?na", disse Perelman, "mas hoje somos dele." "O n?mero correto de perdas ? sete", disse o oper?rio tailand?s. "Perdemos o cordeiro Luzein." "O Luzein", disse Perelman, "merda, ? uma pena". De p? fora da cerca, Perelman e os oper?rios observavam como Praline, perseguindo os cordeiros g?meos Border Leicester, correndo entre eles, querendo um deles para cuidar dela. 14 Dentro do alcance, mas fora da raz?o Independentemente do que o judeu tinha dito, e os bedu?nos mortos, os mu?ulmanos ainda n?o estavam satisfeitos, ainda n?o tinha sido derramado sangue suficiente. A justi?a n?o era deles. A injusti?a de tudo isso ainda ardeu. O pre?o de tudo isso ainda ficou sem resposta. Nenhuma chamada foi feita para as ora??es da tarde, enquanto uma pausa pairava sobre a aldeia e um manto sobre a fazenda. Mel, a pastar no pasto, levantou a cabe?a. Os seus ouvidos tremeram, ele sentiu algo ? deriva. Algo ia quebrar o sil?ncio e reverberar, derramando-se sobre a fazenda, mas o que ele ainda n?o sabia. Mas ele sentiu o cheiro de algo que se formava no ar, e soprou sobre o moshav da aldeia eg?pcia. N?o disposto a deixar nada ao acaso e perder uma oportunidade, Mel foi ao celeiro para encontrar o Messias, cheirando gr?os em um cocho. Enquanto muitos aceitavam Boris como seu salvador, outros permaneciam c?ticos, e com o papagaio-p?ssaro judeu ainda se empoleirando sobre eles na balsa, e o Grande Branco ainda batizando sob o sol no lago, Mel estava determinado a fazer o que fosse necess?rio para assegurar sua posi??o por direito entre os animais, todos eles. Mel sentiu o sil?ncio e sentiu os rumores vindos da aldeia. No celeiro, ele encorajou Boris a sair e desfilar sobre a fazenda entre as suas multid?es de fi?is seguidores. "Num dia como este, ? imperativo que tu, como Messias, e tu que desejas permanecer como Messias, queiras, portanto, continuar o teu reinado como Messias, saindo de portas abertas entre os fi?is e empinando-te principescamente, pois eles precisam da pompa. Depressa, eles est?o ? espera". Mel sabia que os mu?ulmanos certamente apreciariam o espet?culo, assim como Boris certamente apreciaria o desfile. Empoleirados numa colina, os foli?es lamberam as suas feridas. Ainda ofendidos, ainda n?o vingados pelo ataque contra eles, pois tentaram recolher carne para os pobres, e sua mesa, o que perturbou a ordem natural das coisas. Isto era uma coisa pouco caridosa, pois eles estavam certos em alimentar os pobres. Foi a coisa caridosa a ter feito. Por isso, agora era a vez deles devolverem o ato e responderem ao chamado, repararem o ped?gio, colocarem sobre eles como povo, como a lei lhes ditava, e como seria feita a vontade de Deus. Os mu?ulmanos sabiam que o ataque contra eles tinha sido liderado pelo grande Satan?s, o djinn vermelho do deserto. A vingan?a seria deles. Boris percorreu os seus s?bditos enquanto se banhavam ao sol junto ao lago, e pastavam no pasto, e ao longo das encostas escalonadas que levavam ?s oliveiras mais pequenas, onde a maior parte das cabras pastava. Mel viu o lan?ador de foguetes puxado de uma caixa de papel?o corrugado rotulado "made in China". Dois homens lutaram pela honra, at? que outro homem, um homem alfa do mundo mu?ulmano, um cl?rigo, ? beira da aldeia mu?ulmana, lhes arrancou o lan?ador de foguet?es. Ele o colocou contra o ombro, ajustou a mira, fez pontaria e disparou. A percuss?o assustou e espalhou os animais por todos os cantos da fazenda enquanto as aves voavam atrav?s das ?rvores e porcos apressados. O foguete de precis?o do cl?rigo marcou um golpe direto contra Bruce, fazendo-o em peda?os como carne, sangue e ossos ca?ram do c?u como granizo sobre o pasto. Uma grande sec??o da carca?a aterrou num monte, e um peda?o s?lido da caixa tor?cica do boi caiu perto da estrada, n?o muito longe de onde Bruce tinha parado apenas um momento antes. Os porcos pensaram que era um presente de Deus. Depois que a carca?a e o p? assentaram, eles mexeram sobre o pasto para lapidar peda?os e peda?os de osso e carne que haviam salpicado a grama de vermelho. Boris, r?pido em seus cascos, ele mesmo recolheu algum osso e carne, enquanto continuava seu minist?rio. Os oper?rios sa?ram para perseguir os outros. Eles permaneceram para evitar que os abutres enxugassem a fazenda at? que Perelman lhes disse para deixarem os abutres em paz. Perelman disse aos trabalhadores que os abutres Griffon precisavam de toda a ajuda que pudessem obter para manter sua esp?cie. "Eles precisam de toda a ajuda que conseguirem", disse Perelman, "e n?s tamb?m. Os fi?is cegos de Mohammad fizeram-nos um servi?o." Em sua infinita sabedoria, cantaram do alto da colina: Deus ? misericordioso e justo, por n?o permitir que a profana??o dos verdadeiros crentes seja tocada inapropriadamente na noite pelas m?os do imundo pastor de porcos infiel de Satan?s! E, por suas rea??es alegres ? matan?a de Bruce, era evidente, para Mel, que Bruce havia sido o alvo pretendido durante todo o tempo. "Idiotas", disse Mel e retirou-se para o santu?rio do celeiro. Blaise e Beatrice estavam em seus est?bulos protegendo os seus, enquanto as ovelhas e cabras estavam dobradas em ora??o em um canto do santu?rio. Molly, no seu est?bulo, cuidou dos seus cordeiros g?meos. Mel juntou-se a Praline amontoada em ora??o, escondida no seu est?bulo. "Onde est? o Julius?" A Beatrice sussurrou. "Ele nunca est? onde voc? precisa dele." "A s?rio, Beatrice, o que poderia o Julius ter feito?" "Ele est? sempre a voar para algum lado." "Ele ? livre de ir onde quiser", disse Blaise. "Afinal de contas, ele ? um p?ssaro. Ele n?o ? um de n?s. Ele n?o ? um animal." "N?o, ele n?o est?." Para dar conforto a todos os presentes, Mel conduziu o servi?o na igreja e conduziu os animais da fazenda reunidos no recital de "Regras para Viver, os Catorze Pilares da Sabedoria", como ele fazia todas as noites, "1: O homem ? feito ? imagem de Deus; portanto, o homem ? santo, piedoso". Os animais recitaram depois dele, com a voz de Praline acima de todos os outros. Perelman disse aos oper?rios: "Sua carne j? estava arruinada, e ele era in?til para n?s de qualquer maneira. Ele absorveu recursos valiosos." Os porcos guincharam com prazer e correram pelo pasto enquanto lutavam pelos restos de carne e sangue na erva e na terra, comendo o que podiam encontrar de ossos e bocados de carne. Perelman disse: "Os porcos s?o omn?voros. N?o podemos esperar que eles vivam na encosta e os cereais que lhes damos de comer." Como os outros se tinham refugiado e espalhado pelo moshav, os porcos permaneceram vigiados e famintos, e devoraram tudo o que podiam cravar espalhados sobre o pasto. "Independentemente do valor nutricional e das vitaminas, para eles n?o importa. Isto ? comida de conforto." Trooper e Spotter, os dois Rottweilers, lutaram pelo cr?nio e comeram o que sobrou do c?rebro do novilho. "Juan", disse a Isabella, "N?o quero aqueles c?es nojentos em casa esta noite, talvez nunca mais, nunca mais." Ela virou-se para a casa sem uma resposta. "O qu??" Eles choramingaram e correram para o celeiro e para o Mel. Juan Perelman disse aos tr?s oper?rios que iria expandir a opera??o de latic?nios para ambos os lados da estrada. "Vamos livrar-nos destes animais, vend?-los aos americanos." "At? o bezerro vermelho?" O tailand?s perguntou. "Que diferen?a ? que isso faz? O bezerro vermelho j? n?o ? vermelho. Eles querem a vaca e o bezerro. Deixa-os ficar com eles, os porcos tamb?m, e as ovelhas. Temos tudo o que podemos fazer agora com doze Holsteins e os seus bezerros. Al?m disso, livrarmo-nos dos porcos deve permitir-nos alguma paz por aqui. Eu sei que isso tornar? Isabella mais pac?fica." Depois do recital, Mel confortou os c?es. "Ela n?o disse nada sobre eles", queixou-se o Spotter. "Porque ? que eles t?m tratamento especial?" "Pronto, pronto, est? tudo bem. Voc? deve se lembrar que os porcos s?o especiais, uma ra?a ? parte, superior ?s formas animais menores como os c?es", disse Mel, tranquilizando Spotter e Trooper. "Os porcos s?o mais importantes do que n?s. Eles s?o adquiridos para consumo humano, enquanto n?s n?o somos". "Eles tamb?m s?o restos para n?s!" "Agora, agora, rapazes, lembrem-se que a popula??o de porcos est? protegida, olhou mais favoravelmente do que o resto de n?s formas inferiores de animais e gado." Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=66740853&lfrom=688855901) на ЛитРес. Безопасно оплатить книгу можно банковской картой Visa, MasterCard, Maestro, со счета мобильного телефона, с платежного терминала, в салоне МТС или Связной, через PayPal, WebMoney, Яндекс.Деньги, QIWI Кошелек, бонусными картами или другим удобным Вам способом.
Наш литературный журнал Лучшее место для размещения своих произведений молодыми авторами, поэтами; для реализации своих творческих идей и для того, чтобы ваши произведения стали популярными и читаемыми. Если вы, неизвестный современный поэт или заинтересованный читатель - Вас ждёт наш литературный журнал.