Мой город - старые часы. Когда в большом небесном чане созреет полулунный сыр, от сквозняка твоих молчаний качнется сумрак - я иду по золотому циферблату, чеканя шаг - тик-так, в ладу сама с собой. Ума палата - кукушка: тающее «ку…» тревожит. Что-нибудь случится: квадрат забот, сомнений куб. Глаза в эмалевых ресницах следят насме

Artes?os E Tecnomantes

Artes?os E Tecnomantes Katherine McIntyre Quando a irm? da tecnomante Theo Whitfield desaparece, ela ? for?ada a trabalhar ao lado de um idiota arrogante a quem despreza h? muito tempo, o artes?o Silas Kylock. Sua irm? Ellie roubou uma boneca de corda mec?nica dele, e Theo precisa da ajuda dele para conseguir rastrear a mercadoria roubada e, por conseguinte, Ellie. No entanto, quanto mais tempo passam juntos, mais ela v? Silas como o homem que corria com ela pelas ruas de Islington e n?o o cavalheiro insuport?vel que ele se tornou. Theo n?o ? a ?nica aflita. Silas nunca se esqueceu da mulher leal e teimosa cujo autocontrole ele nunca consegue deixar de cutucar, e ? medida que a busca dos dois fica mais extrema, a dedica??o dela ? fam?lia o inspira a fazer sacrif?cios pr?prios. Ent?o, quando a ca?ada irrompe em um confronto mortal com as gangues de Islington, Theo e Silas n?o est?o apenas arriscando seus cora??es: suas vidas est?o em jogo. Table of Contents Books by Katherine McIntyre (#u328ed526-5789-5fcc-a449-0052e57c831e) Title Page (#u62237750-fa2b-5dca-a025-b6966cf110a2) Legal Page (#u6b9aaa13-eccc-5d74-87e7-41769c10aa99) Book Description (#ud32d4c9c-44b3-5c06-b284-d7d686e95813) Dedicat?ria (#u2654a809-9ed7-5d3c-9592-9ccc202a0e65) Cap?tulo Um (#u019e84a5-c0d0-5973-8c3a-669b03bc08bb) Cap?tulo Dois (#u201ea8f7-f509-5e9b-a2e7-ebd44a1c5f35) Cap?tulo Tr?s (#u5f200c64-e1bb-5610-80a8-01a75f23f073) Cap?tulo Quatro (#uaaf5e153-f1c8-513c-85f7-fed8c0eab9a3) Cap?tulo Cinco (#ued172517-eb72-5e6a-955b-dc0cdbf10d91) Cap?tulo Seis (#u1bd10bb7-7edf-56c5-bebd-73f7da1cb174) Cap?tulo Sete (#u1fe9a034-2f94-58d5-914e-ad5e4c073e47) Cap?tulo Oito (#uc45a7be9-8e99-5458-94cd-bb4cc1148bce) Cap?tulo Nove (#u01248044-3476-5e19-90d1-6fa06d9e4268) Cap?tulo Dez (#ue58ef411-d4fb-5a57-9954-aecbb41dcd00) Cap?tulo Onze (#udbb8663f-0a90-5502-ac1b-671ba0300b78) Cap?tulo Doze (#udc93bfd9-f575-5833-b9fa-3d410c55b5e6) Cap?tulo Treze (#u53737d30-5d30-58cd-9b97-05d9a7ff2faf) Cap?tulo Quatorze (#ubfe332ea-1a00-5686-8331-11557c85fe7c) More exciting books! (#u1c39f17f-d06e-5085-a45b-9288ea7c8678) Sobre a Autora (#ufb290257-d68e-5a02-9b88-8685b8807e59) Livros de Katherine McIntyre publicados pela Totally Bound Publishing Tribal Spirits Forged Alliances (http://www.totallybound.com/forged-alliances) Forged Decisions (http://www.totallybound.com/forged-decisions) Forged Contracts (http://www.totallybound.com/forged-contracts) Forged Futures (http://www.totallybound.com/forged-futures) Forged Redemption (http://www.totallybound.com/forged-redemption) The Whitfield Files Of Tinkers and Technomancers (http://www.totallybound.com/of-tinkers-and-technomancers) Of Coppers and Cracksmen (http://www.totallybound.com/of-coppers-and-cracksmen) Of Alchemists and Arsonists (http://www.totallybound.com/of-alchemists-and-arsonists) Os Arquivos Whitfield ARTES?OS E TECNOMANTES KATHERINE MCINTYRE Artes?os e Tecnomantes ISBN # 978-1-80250-031-8 © Copyright Katherine McIntyre 2019 Arte Original de Capa por Erin Dameron-Hill ©Copyright mar?o de 2019 Traduzido por Evelyn Torre 2021 Diagrama??o de texto interno original por Claire Siemaszkiewicz Publica??o Original por Totally Bound Publishing imagina??o do autor e n?o devem ser confundidos com fatos. Quaisquer semelhan?as com pessoas, vivas ou mortas, eventos ou lugares ? mera coincid?ncia. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publica??o pode ser reproduzida em qualquer forma material, seja por impress?o, fotoc?pia, digitaliza??o ou de outra forma, sem a permiss?o por escrito da editora Totally Bound Publishing. Os pedidos devem ser enviados em primeira inst?ncia, por escrito, ? Totally Bound Publishing. Atos n?o autorizados ou restritos em rela??o a esta publica??o podem resultar em processos c?veis e/ou criminais. A autora e a ilustradora reivindicaram seus respectivos direitos sob o Copyright Designs and Patents Acts 1988 (conforme emendado) para serem identificadas como autora deste livro e ilustradora da arte apresentada. Publicado em 2021 pela Totally Bound Publishing, Reino Unido. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, digitalizada, ou distribu?da em qualquer meio, impresso ou eletr?nico. Por favor, n?o participe ou incentive a pirataria de materiais protegidos por direitos autorais em viola??o dos direitos do autor. Compre apenas c?pias autorizadas. Totally Bound Publishing ? uma marca do Totally Entwined Group Limited. Se voc? comprou este livro sem capa, esteja ciente de que ? propriedade roubada. Foi relatado como "n?o vendido e destru?do" para a editora, e nem o autor nem a editora recebeu qualquer pagamento por este "livro". Livro um da s?rie Os Arquivos Whitfield Quando a tecnomante Theo Whitfield une for?as com o insuport?vel, e lindo, Silas Kylock para encontrar sua irm? desaparecida, as discuss?es acaloradas passam da irrita??o ao desejo… Quando a irm? da tecnomante Theo Whitfield desaparece, ela ? for?ada a trabalhar ao lado de um idiota arrogante a quem despreza h? muito tempo, o artes?o Silas Kylock. Sua irm? Ellie roubou uma boneca de corda mec?nica dele, e Theo precisa da ajuda dele para conseguir rastrear a mercadoria roubada e, por conseguinte, Ellie. No entanto, quanto mais tempo passam juntos, mais ela v? Silas como o homem que corria com ela pelas ruas de Islington e n?o o cavalheiro insuport?vel que ele se tornou. Theo n?o ? a ?nica aflita. Silas nunca se esqueceu da mulher leal e teimosa cujo autocontrole ele nunca consegue deixar de cutucar, e ? medida que a busca dos dois fica mais extrema, a dedica??o dela ? fam?lia o inspira a fazer sacrif?cios pr?prios. Ent?o, quando a ca?ada irrompe em um confronto mortal com as gangues de Islington, Theo e Silas n?o est?o apenas arriscando seus cora??es: suas vidas est?o em jogo. Dedicat?ria Para a comunidade maravilhosa e solid?ria do Universo Steampunk. Cap?tulo Um Theo Whitfield temia essa visita antes mesmo de entrar no pr?dio. Qualquer uma, de uma variedade de tarefas horr?veis, parecia mais atraente do que a que ela enfrentava agora; fosse sugar nuvens nocivas de vapor preto enquanto consertava a ventila??o de uma aeronave, ou pisando no esgoto e na lama do subsolo. Ora essa, ela at? preferia devorar as tentativas carbonizadas de sua m?e no jantar, uma fa?anha que fazia at? os est?magos mais calejados vacilarem. No entanto, sua irm? Ellie n?o havia voltado para casa na noite anterior, e Theo precisava de respostas. Ela engoliu em seco ao chegar na fachada, e apoiou os n?s dos dedos na porta rec?m-pintada. A placa de bronze polido das Ind?strias Kylock a encarava da sali?ncia, e ela cerrou os dentes enquanto reunia coragem. Autocarros a vapor chacoalhavam atr?s dela enquanto corriam ao longo dos paralelep?pedos, parte da agita??o comum de Barnsbury. Cada um que passava provocava uma s?rie de palavr?es dos bandidos de rua que eram como ratos ao meio-dia e cheiravam a gim. Ela agarrou a ma?aneta e girou-a, entrando na loja. As fracas l?mpadas a g?s na entrada piscaram suas luzes amareladas na dire??o das t?buas manchadas do assoalho. Uma mulher sentada detr?s de uma mesa de mogno, posicionada na frente de uma ampla sala de estar, se assustou ainda na cadeira, como se tivesse sido pega cochilando. Mesmo com a entrada elegante e polida da loja, os cheiros de ferro, a?o e cobre faziam c?cegas no nariz de Theo, faziam seus dedos co?arem. Para uma tecnomante como ela, as engenhocas criadas neste lugar eram abundantes para explora??o. — Como posso ajud?-la? — perguntou a atendente, alisando as saias antes de se levantar. — Estou aqui para ver Silas. — Theo disse, deslizando as m?os nos bolsos das cal?as. Ela n?o deixou de perceber a maneira como a mulher a olhou com fixa??o, demorando-se em seu traje chocante. Com seus longos cachos negros soltos e selvagens em vez de presos para tr?s, e a falta de um espartilho que lhe desse uma cintura irreal, Theo nunca seria confundida com uma dama. Embora o julgamento do populacho n?o importasse. Sendo uma tecnomante em uma cidade industrial, ela sempre, sempre encontraria emprego, quer seguisse as normas sociais ou n?o. — O Sr. Kylock est? ocupado. Gostaria de marcar um hor?rio? — a mulher respondeu e for?ou um sorriso. Theo ergueu uma sobrancelha. O todo-poderoso desgra?ado est? muito ocupado brincando com seus brinquedos para perder um segundo? Nem me surpreendo. — Ele vai me ver agora. — ela exigiu, os dedos co?ando ainda mais. Sempre que seu temperamento rugia, o que acontecia com frequ?ncia, a magia tendia a se combinar a ele. A atendente eri?ou-se com sua demanda. Com base no brilho agu?ado nos olhos da mulher quando abriu a boca, outra nega??o estava prestes a acontecer. Uma caneta elegante, acoplada a uma m?quina de escrever, estava em cima da mesa e trazia a marca dos artes?os de Kylock: um K com uma roda dentada ao redor. A pe?a sofisticada de tecnologia poderia imprimir diferentes fontes e caligrafia nas cartas e seria vendida por um alto pre?o em muitos sal?es de luxo. Serviria muito bem. Theo ergueu a m?o, e o anel condutor que ela usava quase vibrou com a magia em suas pontas do dedo. Filetes dele se condensaram no ar, como tufos de nuvens cumulus, ? vontade dela. Ela impulsionou a energia com um girar de pulso, e os bot?es da m?quina de escrever come?aram a bater. A caneta baixou para o bloco de papel em branco. — Posso colocar esta m?quina em um frenesi em cerca de tr?s segundos. — disse Theo. — Suponho que seus empregadores n?o apreciar?o que tais equipamentos sofisticados sejam quebrados. Portanto, leve-me at? Silas, agora. A caneta se movia cada vez mais r?pido, rabiscando com cada vez mais f?ria a cada teclada que ela dava de longe. Condensa??o preencheu o ar com a efus?o de magia, como o vapor que sa?a da maquinaria da cidade. Os olhos da mulher se arregalaram, e ela ergueu as m?os em defesa. — Pare, pare! — ela cuspiu, o medo estampado em sua pele p?lida. — Vou lev?-la at? a oficina dele. Theo era de uma natureza rara o suficiente para que, quando ela encontrava pessoas normais na rua, respeito ou medo se tornavam uma rea??o normal. Afinal, nem todos possu?am a habilidade de manipular a mec?nica com magia. A mulher a conduziu em meio aos adornos extravagantes da sala, das estantes cheias de tomos encadernados em couro ? mesa e cadeiras de mogno ao lado de um arm?rio exibindo copos de cristal e decantadores de licor fino. Este n?o era um lugar destinado a rufi?es como ela. Os passos de Theo ecoaram pelo corredor, as botas de sola grossa feitas para pisadas fortes, ao contr?rio do clique silencioso dos saltos da mulher que a guiava para uma porta dupla no final do corredor principal. Seus cachos soltos faziam c?cegas no pesco?o, irritando-a o suficiente para tir?-los do caminho antes que parasse na frente das portas da oficina. Sua pr?pria agita??o amea?ou borbulhar assim que ela pisou dentro daquele c?modo. A atendente se inclinou e inseriu uma sequ?ncia num?rica. Uma s?rie de zumbidos e cliques se seguiram at? que a fechadura se abriu. — Pode ir. — disse Theo, desviando das an?guas da mulher para agarrar a ma?aneta. — Tenho certeza de que posso me guiar daqui. — para dar ?nfase extra, ela balan?ou os dedos na dire??o da atendente, o que teve o efeito desejado de faz?-la correr. Se senhoras e cavalheiros a tratavam como uma aberra??o, ela poderia muito bem colher os benef?cios. A porta emitiu um sussurro enquanto ela a abria e entrava em meio ao vapor que beijava suas bochechas e metal em chamas que fazia c?cegas em seu nariz. ?ter de cor de absinto borbulhava em tubos que alinhados na sala. A fonte de energia n?o apenas servia como combust?vel, mas tamb?m lan?ava raios de luz para aumentar a fraca oscila??o que as proje??es escuras ofereciam. Uma grande bancada de trabalho ocupava toda a parede dos fundos, e cada cent?metro de superf?cie da monstruosidade estava coberto de projetos. O tique-taque dos rel?gios ecoava pelo lugar, vindo de pelo menos seis fontes diferentes, e rolos de plantas e desenhos cobriam, por completo, prateleiras das tr?s estantes que se elevavam ao longo da parede direita. Engrenagens, pias, polidores e brocas estavam espalhados, metade no ch?o, metade na mesa, sem ordem espec?fica. Em meio ao caos da sala, um homem debru?ado sobre a mesa de trabalho, mergulhado no pesco?o em seu ?ltimo projeto. — Silas, sei onde est? o seu aut?mato perdido. — Theo gritou, a voz ecoando pela sala. Os ombros do homem ficaram tensos, e ele baixou tudo em que estava mexendo antes de girar em seu banco para encar?-la. Seus cabelos de cor vermelho-ferrugem brilhavam com a enorme quantidade de vapor que bombeava pela sala, e ele ergueu os ?culos com as lentes de aumento para coloc?-los sobre a cabe?a. Sorriu ao encontrar o olhar dela, a quantidade de arrog?ncia em seus olhos castanhos escuros fazendo o temperamento dela chegar ao ponto de ebuli??o. O homem era bonito demais para o seu pr?prio bem, mas Theo se recusava a ser influenciada. — Bem, bem, o que eu fiz para uma das garotas Whitfield me fazer uma visita? — ele ergueu uma sobrancelha grossa, o arco elegante deixando seus tra?os definidos mais perfeitos. — A ?ltima vez que a vi, querida Theo, seu empregador solicitou minha consulta sobre uma situa??o porque voc? se recusava a admitir sua total falta de conhecimento sobre o assunto. Os dedos dela se fecharam em punhos. Os dois cresceram em Islington, at? mesmo se metendo em brigas nas ruas na adolesc?ncia, mas ? medida que envelheceram, ele se tornou cada vez mais insuport?vel. Ap?s tornar-se um Artes?o de Of?cio, e ela encontrar trabalho como Tecnomante, uma faz-tudo, seus caminhos continuaram a se cruzar, uma e outra vez. Infelizmente, dar um soco na cara dele bem em seu local de trabalho faria com que seu pagamento fosse reduzido, e ela precisava de cada centavo para os tratamentos da m?e. — Quer falar de total falta de conhecimento? — ela gritou. — Onde est? o ?ltimo modelo de sua linha de criadas mec?nicas? Os olhos dele brilharam de irrita??o. Ele se encostou na mesa de trabalho e cruzou os bra?os sobre o peito, era um dos poucos que n?o temia a esp?cie dela. — Em que confus?o a sua irm? se meteu dessa vez? Theo se irritou. Embora ele estivesse certo, das duas garotas Whitfield, ela era a certinha enquanto a irm? come?ara a roubar com uma naturalidade que preocupava mam?e at? n?o poder mais. Ela n?o gostou do deboche no tom dele. — Quer recuperar o aut?mato que ela roubou ou n?o? — ela perguntou, pronta para sair daquela sala infernal ocupada pelo homem que se tornou um pesadelo em sua vida profissional, bem como irritante a n?vel pessoal. — Voc? a trar? de volta aqui esta noite, ou darei o nome de sua irm? ao comiss?rio. — ele respondeu, mantendo os olhares nivelados. Apesar da firmeza na voz dele, sombras rastejaram sob seus olhos e a barba de tr?s dias que cobria seu queixo implicava que o desaparecimento lhe causou mais problemas do que ele jamais admitiria. Ele mexeu em uma de suas abotoaduras, o movimento constante traindo seus nervos. — Esse ? o problema. — Theo engoliu em seco, um buraco se formando em seu est?mago. — Ela desapareceu antes mesmo de fazer a entrega da sua criada mec?nica. A batida parou. — Ent?o, veio at? mim por qu?? — Silas perguntou, a voz cortante. A maneira faminta com que ele a olhava sugeria que ela estava pisando em terreno perigoso. No entanto, Theodosia Whitfield adquiriu o h?bito de pisar em territ?rios delicados. — Porque eu posso pegar seu aut?mato de volta, entreg?-lo sem ningu?m saber o que houve. Apenas preciso da sua ajuda. Para ser mais espec?fica, preciso de sucata do material que usou para o criar, assim poderei rastre?-lo. — ela ergueu o queixo e olhou para ele. Ele pode ser mais alto e ter desenvolvido mais m?sculos do que o necess?rio por trabalhar muito com forja, mas ela lan?ava um gancho de direita dos bons e conhecia os pontos fracos dele. Se chegassem a uma luta, ela ainda apostaria nela mesma. — O que recebo em troca? — ele perguntou, um sorriso irritante voltando ao rosto. — Porque eu tenho as plantas, sempre posso fazer uma nova. No entanto, voc? s? tem uma irm?. Theo deu um suspiro, sem se preocupar em esconder a irrita??o. — Voc? teria a satisfa??o de ser um homem decente pela primeira vez. Silas bufou. — Isso n?o ?, nem de longe, uma troca. Ofere?a-me algo que valha a pena. Theo n?o deixou de notar a maneira como os olhos dele se demoraram nela, ou o calor queimando neles. Ele pode ser um homem mais bonito do que a m?dia, com o tipo de corpo como o de um ferreiro, que faz a maioria das mulheres cair em sua cama — e muitas ca?ram —, mas ele tinha a personalidade de um nabo em conserva. Theo pousou as m?os nos quadris enquanto o olhava, recusando-se a aceitar a implica??o flagrante que ele colocava por tr?s de suas palavras. Ela deveria tirar a express?o presun?osa daquele rosto e apenas roubar a sucata, danem-se as consequ?ncias. — Um favor. — ela disse, por fim. — Dentro da minha capacidade profissional. — ela enfatizou a palavra profissional para dissipar quaisquer ideias que ele pudesse estar desenvolvendo. Quanto mais cedo ela pudesse adquirir a sucata e dar o fora de l?, melhor. Pelo que sabia, a irm? podia estar sangrando em um beco. Silas bateu na lateral do queixo como se estivesse meditando sobre a proposta, como se j? n?o tivesse tomado a decis?o. — Embora um favor seu possa ser ?til, subcontratamos muitos tecnomantes. N?o vou entregar minha sucata e apenas esperar que voc? traga nosso aut?mato. Vou negociar um favor seu, se eu for junto nessa busca por sua irm?. As sobrancelhas de Theo baixaram ante o brilho. Passar mais tempo perto de Silas Kylock n?o era apenas perigoso para sua sa?de, mas a aproximava cada vez mais do risco de ser presa por homic?dio. Exceto que ele possu?a o item exato de que ela precisava para rastrear Ellie. E n?o importava em que encrenca sua irm?zinha tivesse se metido dessa vez, Theo faria qualquer coisa por aquela garota. Ela deu um suspiro. — Tudo bem. Encontre-me, em uma hora, na minha casa com a sucata. Tamb?m pode limpar o resto de sua agenda por hoje. N?o sei quanto tempo isso vai demorar. As palavras gotejavam com um esc?rnio que ela n?o se incomodou em mascarar. Os Kylock haviam ganhado alguns xelins entre os contatos comerciais de seu pai e os consertos de Silas, mas, como ela, eram o lixo da sarjeta de Islington. Rufi?es do fundo do po?o n?o se encaixavam entre as pessoas elegantes e pretensiosas, por mais que os Kylock tentassem fingir o contr?rio. — Trato feito. — ele respondeu, puxando as luvas grossas de trabalho que usava e jogou-as no ch?o. Ele se levantou do banco com um rangido e cruzou a dist?ncia entre eles at? ficarem a poucos cent?metros de dist?ncia. As m?os de Theo n?o se moveram de seus quadris embora o olhasse com as costas grudadas ? porta. Com quase dois metros de altura, ele se elevava quase trinta cent?metros acima dela, mas ela nunca o havia considerado intimidador. Silas estendeu a m?o entre eles para um aperto. Ela ofereceu a sua, e o calor emanou da palma calejada dele quando selaram o acordo. T?o perto, ela podia sentir o cheiro de cobre, terra e ?mbar, uma infus?o que fez sua mente girar. Theo percebeu que o aperto de m?o durou segundos a mais quando um sorriso malicioso curvou o l?bio superior de Silas. Ela puxou a m?o de volta. — ? capaz de encontrar a sa?da? — ele perguntou, sem se mover um cent?metro, apesar da proximidade entre eles. — Sou bastante capaz, obrigada. — ela retrucou, girando para as portas duplas. Atr?s dela, ela ouviu o barulho de passos e o barulho de pe?as de metal de uma mir?ade de ferramentas sendo movidas na mesa. Theo Whitfield continuou marchando para frente. Mesmo que fosse obrigada a trabalhar com o maior e mais desagrad?vel puxa-saco deste lado da cidade, Ellie estava vagando por a? e precisava da ajuda dela. Theo n?o a decepcionaria. Cap?tulo Dois Silas ajeitou a mochila no ombro enquanto colocava a m?o no bolso em que estava seu canivete. Sabia que n?o devia andar por essas ruas desprotegido. Espreitadores esperavam em cada beco, procurando destituir os transeuntes de qualquer moeda que aparecesse. Havia trocado de roupas, escolhido um traje condizente com a tarefa ? frente: cal?as surradas, um velho par de suspens?rios e uma camisa de bot?es, outrora branca. Estas poderiam ser ruas familiares, mas ele n?o sentia falta de discutir com os meninos locais acerca da ?nica chance de comer durante a noite. Theo Whitfield havia chegado como a brisa, e os problemas a seguiram. Se uma mulher podia arrast?-lo aos meandros da fossa em que ele cresceu, era ela. Ele n?o conseguia evitar incitar a mulher, mesmo que pela oportunidade de ter um vislumbre daquela esperteza afiada. Ellie e Theo Whitfield eram o tipo de beldades que faziam os homens pararem e olharem. Ambas tinham a mesma pele cor de canela e os cabelos pretos e brilhantes, sempre soltos e livres, ao contr?rio das senhoras normais. E desde que Theo ingressou no mercado de trabalho, as cal?as e o chap?u que ela usava faziam com que cavalheiros como o pai dele fofocassem mais que matronas de igreja. Silas passou a m?o pelos cabelos acobreados, os fios ainda emaranhados nas laterais devido ?s hastes dos ?culos. Ele arrastava as botas pelos paralelep?pedos irregulares e passou pelo botic?rio vazio, que h? muito se transformara em teias de aranha e sombras. Nesse trecho da cidade, os cheiros de urina e gim pairavam no ar, pesados. Misturavam-se com o odor adocicado que emanava de algumas das casas abandonadas transformadas em antros de ?pio. ? frente, os corti?os se estendiam, edif?cios de tijolos que haviam visto anos melhores. As janelas sem pain?is brilhavam para ele como dentes abertos, entradas abertas, as portas balan?ando com a brisa. Nenhuma parte dele queria voltar para sua antiga casa, mas aqui estava ele enquanto as mem?rias desabavam como um maremoto. Silas torceu o nariz ao entrar, e suas botas afundaram no carpete mofado que se estendia de uma ponta ? outra do corredor. O papel de parede descascara, e o fedor de cola velha havia se infiltrado no ar viciado do local mal ventilado. Ele passou anos em seu apartamento de um c?modo mexendo em qualquer espa?o que pudesse reivindicar, coletando engrenagens sobressalentes que encontrava no lixo e dissecando os aut?matos esmagados que ele roubava das lixeiras. No dia em que seu pai teve sorte em um neg?cio, tudo mudou. As Ind?strias Kylock surgiram e, desde ent?o, sua fam?lia vinha fazendo todo o poss?vel para se desprender da sarjeta. Silas acelerou o passo ao longo do corredor, em dire??o ? terceira porta, um apartamento de que ele se lembrava bem. Ele ergueu os n?s dos dedos at? a porta e bateu. A porta se abriu com um rangido, e Theo apareceu, impedindo-o de entrar. Seus cabelos pretos e brilhantes caiam nas costas, e ela usava uma roupa semelhante ? dele. As cal?as destacavam a curva dos quadris, e um bot?o aberto revelava um ind?cio de decote. Ela franziu os l?bios, mantendo a m?o na porta, mesmo enquanto ele espiava por ela. Com base no movimento de queixo e na maneira como ela desviou o olhar, ele precisava fazer suposi??es, ela estava envergonhada com o estado de mis?ria. N?o que devesse estar… eu cresci aqui tamb?m. — Volto logo, m?e. — Theo gritou e fechou a porta, bloqueando a vis?o dele. — N?o est? pensando em me convidar para uma x?cara de ch?? — ele perguntou, um sorriso se aprofundando no rosto. Sempre que ela o encarava com muita seriedade, ele n?o conseguia evitar a provoca??o. Ele a provocava mil e uma vezes e, em alguns desses casos, foi bem idiota, mas ele preferia as palavras ?speras a desinteresse, era indiscut?vel. — Como se voc? tivesse tanta sorte. — disse ela, descendo o corredor sem olhar para tr?s. Os quadris iam de um lado a outro conforme ela descia com gra?a natural pelo corredor. Ele se arrastou atr?s dela, o barulho das botas no carpete nojento fazendo sua pele co?ar. — Tem certeza de que n?o mudou de ideia? — Theo perguntou quando alcan?ou a porta. — Tudo seria muito mais f?cil se apenas me entregasse as pe?as, e eu poderia come?ar a trabalhar. Sabe que n?o estamos indo a um passeio no parque. N?o quero que suje essas m?os brancas como l?rio. Silas parou na frente dela, ? porta, e colocou a m?o na ma?aneta. Ele levantou a outra na frente dela. — Estas? Est?o cobertas de todos os tipos de sujeira, calejadas al?m do recuper?vel. T?o perto, ela se concentrou nele com a intensidade que entregava a tudo, e ele sentiu o cheiro forte de ferro e o doce aroma de l?rios. O olhar dela se demorou percorrendo o comprimento dele de uma forma que ati?ava o interesse dele. Theo passou por ele para empurrar a porta, quebrando qualquer ilus?o de que ela pudesse olhar para ele com algo diferente de ?dio. — A menos que voc? seja h?bil com uma arma, n?o tenho uso para essas m?os. — disse ela, assumindo a lideran?a pelas ruas de paralelep?pedos de Islington. Alguns sujeitos vadeando pela cal?ada ergueram as facas e deram v?rios passos para se aproximar, at? avistarem Theo. A gangue congelou quando ela tirou a pistola Derringer modificada do coldre de couro em sua cintura. Ela soprou um beijo para os homens antes de dizer: — Estaria morto antes de dar o pr?ximo passo. Silas passou a m?o pelos cabelos, incapaz de esconder a admira??o. Theo Whitfield comandava essas ruas como naquela ?poca, por?m, no passado, ele nunca admitiria o quanto a respeitava. Nunca o faria. As Ind?strias Kylock tinham um futuro, e eles n?o. — Parece que n?o vou precisar seguir o caminho usual de devolver insultos para evitar o perigo. S? vai se pavonear e mostrar os punhos. — gritou ele, acelerando o passo para alcan??-la. N?o era como se ele n?o pudesse lidar com a situa??o sozinho. Ele mantinha ao menos cinco facas escondidas pelo corpo, bem como uma granada de corda. At? mesmo carregava algumas das bombas de ?ter para situa??es mais extremas. — Precisamos de um local fora da vista do p?blico para eu poder realizar o rastreamento. — disse Theo, com o queixo erguido enquanto se concentrava em uma faixa de casas antigas mais adiante que haviam sido abandonadas. Silas enfiou os polegares nos bolsos das cal?as e assumiu a lideran?a, imaginando que ela gostaria de acampar em uma dessas cabanas de pesadelo. Por mais que preferisse voltar a trabalhar em seu projeto atual, ele precisava rastrear o prot?tipo da criada mec?nica. Ele foi cheio de bravatas para cima de Theo quando ela apareceu para negociar. Verdade seja dita, ele usou um de seus n?cleos de diamante no modelo, embora as normais funcionassem com quartzo. O n?cleo sozinho valia mais do que o pre?o de todo o aut?mato, o que Ellie Whitfield n?o poderia saber quando o roubou. E se ele n?o encontrasse o n?cleo, seu pai teria mais um motivo para apertar as r?deas de sua liberdade. Qualquer esperan?a de ganhar o suficiente para romper com os neg?cios da fam?lia seria frustrada, e ele acabaria em d?vida para sempre com as Ind?strias Kylock. — Sabe mostrar aos outros como se divertir. — disse ele ao entrarem na loja mais pr?xima, por uma porta que quase caiu ao ser aberta. — Tem algum outro lugar que frequenta, ou este ? especial? Theo olhou de soslaio para ele, a m?o dela vagando com perigo perto de sua pistola.— Se n?o vai ajudar, pelo menos me poupe do som da sua tagarelice. Ele sorriu, passando por algumas t?buas quebradas do ch?o no que parecia ter sido uma sala de estar quando o local era uma moradia. Uma luz ran?osa era filtrada pelas janelas quebradas, mas as sombras envolviam o resto do lugar. Com base nas marcas retangulares no piso de madeira, m?veis j? compuseram a decora??o, mas os ladr?es devem ter feito uma festa na resid?ncia assim que foi abandonada. Al?m do farfalhar silencioso dos passos deles, nenhum outro som se seguiu. Nem os gemidos dos viciados, os murm?rios de invasores ou quaisquer outros sinais de que algu?m habitava este lugar. Theo deu um passo mais para dentro do c?modo principal da casa, parando no meio, onde s? restava poeira. — Entregue a sucata. Vamos encontrar esse seu aut?mato. — disse ela, gesticulando para que ele avan?asse com a brusquid?o de um chicote. Silas deixou a mochila escorregar do ombro e cair no ch?o. Ele se agachou antes de pegar os peda?os de cobre que havia escondido. Quando esticou o metal para entreg?-lo, ela havia aberto um mapa. O papel fez barulho quando ela o esticou no ch?o empoeirado, enviando part?culas ao redor. Precisou admitir, por mais que a criticasse por seu desempenho de m? qualidade, ele nunca a vira praticar tecnomancia de perto. Durante os projetos em que o trabalho de ambos chegou a se cruzar, ele entregava o produto e a deixava com seus dispositivos. No entanto, ela desenvolveu uma grande reputa??o entre a comunidade de artes?os devido ? sua habilidade. Theo se agachou na frente do mapa de Londres, direcionando o foco intenso para as marca??es intrincadas. Em uma das m?os, ela agarrava os quadrados de cobre que haviam sobrado da criada mec?nica, aqueles com sua marca pessoal de artes?o. Ela pressionou os outros dedos no mapa ? sua frente e fechou os olhos. O anel condutor ao redor do dedo dela come?ou a brilhar, os metais brilhavam como se estivessem sendo derretidos em uma forja. O fogo-f?tuo se juntou no ar devido ? condensa??o pesada como resultado da magia que ela invocava, e ele quase podia sentir o gosto do res?duo oleoso. Alguns tecnomantes eram grandes pot?ncias, lan?ando suas habilidades com a sutileza de uma bola de demoli??o. Theo empregava uma abordagem diferente, a eleg?ncia e economia de seus movimentos mantendo-o fascinado. As pontas dos dedos dela patinaram pela superf?cie do mapa como se fossem compelidas. Ela n?o apenas balan?ou um p?ndulo sobre a superf?cie e apontou para um ponto. N?o. Sua magia dirigiu seus dedos por uma rua, depois outra, seguindo um caminho e padr?o bastante espec?ficos por toda Londres. O anel condutor come?ou a zumbir em torno do dedo, emanando poder enquanto ela canalizava tais habilidades para encontrar a m?quina perdida. Rajadas de vapor percorriam a sala como um subproduto. Os olhos dela permaneceram fechados enquanto as pontas dos dedos corriam pelo papel, percorrendo uma trilha predeterminada. Aqueles l?bios lilases pressionados pela concentra??o, e seus longos c?lios escuros em plena exibi??o contra a pele canela. A rendi??o absoluta em seu rosto enquanto canalizava a magia inerente era o tipo de beleza que ele nunca seria capaz de tirar da cabe?a. Silas deveria ter deixado que fizesse a busca sozinha. Ele sabia que n?o devia ficar perto de Theo, a presen?a dela mexia com sua cabe?a. — Pronto. — disse ela, quebrando o sil?ncio que se instalara na sala destru?da. O dedo indicador dela pousado em um ponto de Camden Town. — O aut?mato deve estar nesse local. Silas se inclinou com uma caneta em m?os e marcou o local no mapa. — E o que sua irm? pode estar fazendo na cidade vizinha? Os espreitadores com quem ela anda ficam perto das fronteiras de Islington. A express?o s?ria de Theo cintilou por um instante enquanto uma vulnerabilidade brilhava nas profundezas de seus olhos cor de chocolate. — N?o sei. Nos ?ltimos dois anos em que trabalhou com eles, s? fez trabalhos em Islington. As gangues s?o muito territoriais. A mudan?a de ares n?o era um bom press?gio para Ellie, nem para o aut?mato dele, mas Silas h? muito aprendera a controlar as pr?prias express?es faciais. Ele sorriu. — Com medo de um pequeno passeio pela cidade, Theo? Posso entender se a viagem for muito angustiante para uma senhora como voc?. Ela lan?ou um olhar ?cido para ele, a preocupa??o fugindo de suas fei??es para ser substitu?da por sua irrita??o habitual. Bom. Ele preferia distra?-la por enquanto. — Se algu?m tem dificuldade para caminhar pela cidade, ? voc? com seus sapatos da moda, Silas. — Theo rebateu. — Precisou quebrar as costas de cinco servos para pagar essas coisas? — Sua inveja est? devidamente anotada. — disse ele, levantando-se e espanando as cal?as na altura dos joelhos; ele se inclinou e estendeu a m?o. — Agora continuemos com essa ca?a. Ela aceitou a m?o dele, embora a olhasse como se ele tivesse se revestido de veneno. N?o que ele a culpasse, ele sempre fora um idiota com ela. Silas havia se tornado t?o talentoso em esconder seus sentimentos que muitas vezes se esquecia de onde estava sua verdadeira lealdade. A m?o macia dela se encaixava t?o bem na dele, e o toque da pele dela fez a mente dele vagar para lugares inadequados. Theo foi para a porta, as t?buas do piso rangendo sob seus passos enquanto ela dobrava o mapa para coloc?-lo de volta no bolso. Apesar da preocupa??o com a irm? brilhando viva em seus olhos, ela caminhava com convic??o a cada passo. Embora ele tivesse suas pr?prias preocupa??es quanto a recuperar a criada mec?nica, eram insignificantes em compara??o com o amor de Theo por sua irm?, Ellie. As duas garotas apoiavam a m?e doente desde que o pai as abandonou. Embora Theo tivesse seguido o caminho respeit?vel, e Ellie tivesse escolhido ir ? ilegalidade, cada centavo era usado para cuidar da m?e. Theo nunca aceitaria a ajuda dele. Ela o via como um traidor das ruas em que nasceu por dar as costas quando teve a primeira oportunidade. Mesmo assim, ele ansiava por tirar um pouco do fardo dos ombros dela, ajudar a mulher que sabia resolver os problemas da fam?lia com uma for?a que ele n?o podia deixar de admirar. Silas enfiou os polegares nos bolsos das cal?as e a seguiu para fora da constru??o em ru?nas, de volta ?s ruas de Islington. A jornada para Camden Town pode n?o ser formid?vel, mas prometia problemas de qualquer maneira. Porque quanto mais tempo ele passava na companhia dela, mais a m?scara que ele usava rachava. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=65495082&lfrom=688855901) на ЛитРес. Безопасно оплатить книгу можно банковской картой Visa, MasterCard, Maestro, со счета мобильного телефона, с платежного терминала, в салоне МТС или Связной, через PayPal, WebMoney, Яндекс.Деньги, QIWI Кошелек, бонусными картами или другим удобным Вам способом.
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