Âðîäå êàê áûëî òåðïèìî. Íåò íè òîñêè, íè ïå÷àëè. Íî, ïðîëåòàâøèå ìèìî, Óòêè ñ óòðà ïðîêðè÷àëè. Îñòðûì, íîÿáðüñêèì êëèíîì Âðåçàëè ñ õîäó ïî äâåðè. Ãîäû ñêàçàëè: ñ ïî÷èíîì! Çðÿ òû â òàêîå íå âåðèë. Çðÿ íå çàêðûë åù¸ ñ ëåòà  áåäíîé õðàìèíå âñå ùåëè. Ñ âîçðàñòîì ñòàðøå è âåòðû, Ƹñò÷å è çëåå ìåòåëè. Íàäî áû ñðàçó, ñ æåëåçà, Âûêîâàòü â ñåðäöå âîðîòà

N?o Desafie O Cora??o

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N?o Desafie O Cora??o Amy Blankenship Uma jovem rapariga, nascida mil anos no futuro, acidentalmente vai parar numa terra marcada pelo conflito, na posse de um objeto que pode curar ou destruir a terra deles: um cristal conhecido como O Guardi?o do Cora??o de Cristal. Ao haver cinco irm?os que s?o atraidos por ela e se tornam os seus guardi?es, a batalha entre o bem e o mal transforma-se numa batalha de cora??es. Agora com o cristal em mil peda?os e o inimigo a aproximar-se, a ?ltima coisa que eles esperavam era um feiti?o que os colocassem um contra o outro. Quando os temperamentos se alteram e os segredos s?o mantidos, o ci?me torna-se num jogo perigoso entre os poderosos irm?os. Quando a posse se torna num obsess?o, poder?o os irm?os impedir que o inimigo reclame a ?nica pessoa que eles est?o todos a tentar proteger? Amy Blankenship N?o Desafie o Cora??o N?o Desafie o Cora??o S?ries O Guardi?o do Cora??o de Cristal Livro 2 Amy Blankenship Translated by Elisabete Tavares Copyright © 2006 Amy Blankenship Edi??o em ingl?s publicada por Amy Blankenship Segunda edi??o publicada por TekTime Todos os direitos reservados A Lenda do Cora??o do Tempo Os mundos podem mudar … mas as verdadeiras lendas nunca desaparecem. A escurid?o e a luz lutam constantemente desde o in?cio dos tempos. Mundos s?o formados e esmagados sob os p?s dos seus criadores, mas a necessidade cont?nua do bem e do mal nunca esteve em quest?o. No entanto, ?s vezes um novo elemento ? lan?ado na mistura… a ?nica coisa que ambos os lados querem, mas apenas um pode ter. Paradoxal por natureza, o Guardi?o do Cora??o de Cristal ? a ?nica constante que ambos os lados sempre se esfor?aram por alcan?ar. A pedra cristalina tem o poder de criar e destruir o universo conhecido, e ainda pode acabar com todo sofrimento e conflito ao mesmo tempo. Alguns dizem que o cristal tem uma mente pr?pria… outros dizem que os deuses est?o por tr?s de tudo. Cada vez que o cristal apareceu, os seus guardi?es estavam sempre prontos para defend?-lo de todos os que o usariam de forma ego?sta. As identidades desses guardi?es permanecem inalteradas e eles amam com a mesma ferocidade, independentemente do mundo ou do tempo. Uma rapariga destaca-se desses guardi?es antigos e ? o objeto das suas afei??es. Ela possui dentro de si o poder do pr?prio cristal. Este ? o portador do cristal e a fonte do seu poder. As linhas muitas vezes ficam borradas e a prote??o do cristal lentamente transforma-se na prote??o ? sacerdotisa dos outros guardi?es. Este ? o vinho do qual o cora??o da escurid?o bebe. ? a oportunidade de fazer os guardi?es do cristal fracos e suscet?veis ao ataque. A escurid?o anseia pelo poder do cristal e tamb?m a rapariga como um homem anseia por uma mulher. Dentro de cada uma dessas dimens?es e realidades, voc? encontrar? um jardim secreto conhecido como o Cora??o do Tempo. L?, a est?tua de uma jovem sacerdotisa humana est? ajoelhada. Ela est? cercada por uma magia milenar que mant?m o seu tesouro secreto escondido e bem preservado. As m?os da donzela est?o estendidas como se estivessem ? espera que algo precioso fosse colocado nelas. A lenda diz que ela est? ? espera que a pedra poderosa conhecida como O Guardi?o do Cora??o de Cristal volte para ela. Somente os Guardi?es sabem dos verdadeiros segredos por tr?s da est?tua e como ela surgiu. Antes que os cinco irm?os respirassem pela primeira vez, os seus antepassados, Tadamichi e seu irm?o g?meo, o irm?o Hyakuhei protegeram o Cora??o do Tempo durante a sua hist?ria mais sombria. Por v?rias ?pocas, os g?meos protegeram o selo que impedia o mundo humano de se sobrepor no reino demon?aco. Essa tarefa era sagrada e as vidas dos humanos e dos dem?nios tinham que ser mantidas em seguran?a e em segredo. Inesperadamente, durante o seu reinado, um pequeno bando de humanos acidentalmente atravessou o mundo demon?aco por causa do cristal sagrado. Durante um per?odo de turbul?ncia, os seus poderes causaram um rasgo no selo que separava as dimens?es. Vendo os perigos, o l?der do grupo humano e Tadamichi rapidamente tornaram-se aliados, fazendo um pacto para fechar o rasgo no selo e manter o dois mundos afastados um do outro para sempre. Mas durante esse tempo, Hyakuhei e Tadamichi apaixonaram-se pela filha do l?der humano. Contra a vontade de Hyakuhei, o rasgo foi reparado por Tadamichi e pelo pai da rapariga. A for?a do selo tinha aumentado dez vezes, separando o perigoso tri?ngulo amoroso para sempre. O cora??o de Hyakuhei estava quebrado … At? o seu pr?prio irm?o de sangue, Tadamichi, o tinha tra?do, certificando-se de que ele e a sacerdotisa eram separados para a eternidade. O amor pode transformar-se na mais perversa das coisas, uma vez perdido. O cora??o partido de Hyakuhei encheu-se de raiva maliciosa e ci?me, causando uma batalha entre os irm?os g?meos, terminando com a vida de Tadamichi e dividindo as suas almas imortais. Essas lascas de imortalidade criaram cinco novos guardi?es para assumir a guarda do selo e proteg?-lo de Hyakuhei, que se tinha juntado aos dem?nios dentro do reino do mal. Preso na escurid?o em que se tornara, Hyakuhei desistiu de todo o pensamento de proteger o Cora??o do Tempo … em vez disso, ele direcionou a sua energia para banir o selo completamente. Os seus longos cabelos escuros, alcan?ando al?m dos joelhos e um rosto pertencente apenas aos mais sedutores, escondiam o verdadeiro mal escondido dentro da sua apar?ncia angelical. Quando a guerra come?a entre as for?as da luz e da escurid?o, uma luz azul ofuscante ? emitida da est?tua santificada sinalizando que a jovem sacerdotisa renasceu e o cristal ressurgiu do outro lado. ? medida que os guardi?es s?o atra?dos por ela e se tornam nos seus protetores, a batalha entre o bem e o mal realmente come?a. Da? a entrada no outro mundo onde a escurid?o ? dominante dentro do mundo da luz. Esta ? uma das muitas aventuras ?picas… Cap?tulo 1 ‘Amor Secreto’ Hyakuhei ficou a olhar o Cora??o do Tempo sabendo que a sacerdotisa ainda estava do outro lado, no mundo dela.Os seus cabelos escuros como a meia-noite corriam pelo corpo como uma mortalha escura quando as suas asas se abriram amplamente, criando uma brisa atrav?s da erva macia. Os seus l?bios perfeitos curvaram-se levemente num sorriso conhecido. Um brilho que contaminava formou-se no ch?o ao redor do santu?rio, dando-lhe uma apar?ncia estranha. Como se puxado por alguma for?a desconhecida, ele aproximou-se da est?tua inaugural que estava com as m?os estendidas, como se perguntando algo. Os seus olhos ficaram suaves por apenas um momento, na lembran?a da jovem sacerdotisa que a est?tua imitava. Ent?o os guardi?es pensaram que podiam combinar os seus poderes e mant?-la longe dele? Com um aceno raivoso da sua m?o, a erva brilhante parecia sibilar ao brilhar com uma aura amea?adora, e depois escondeu o engano do feiti?o nas profundezas das suas l?minas. ***** – Bolas! Onde diabos est? a Kyoko? Ela j? deveria ter voltado h? horas. rosnou Toya pela d?cima vez nos ?ltimos trinta minutos. Ele passou a m?o agitada pelas madeixas de prata que se misturavam com os seus cabelos escuros como a meia-noite enquanto olhava pela janela aberta na dire??o do santu?rio. Olhando para onde ningu?m podia ver, ele deixou a preocupa??o deslizar no seu olhar dourado. Suki levantou os olhos de polir a baioneta, e era vis?vel uma sobrancelha a contorcer-se. – Toya, Kyoko obviamente n?o voltar? hoje ? noite. Algo deve ter acontecido, ent?o desiste e p?ra. Ela voltou-se para Kamui, que estava sentado ao seu lado: – Credo, ele n?o ? capaz de se calar? Kamui sorriu sabendo melhor do que dizer qualquer coisa em voz alta. Os seus olhos de poeira estelar escondiam a verdade atr?s do facto de Toya estar a reclamar. Ser o guardi?o mais jovem n?o o tornava ing?nuo. Em anos humanos, ele n?o tinha idade, assim como os seus irm?os. Ele sabia que Toya s? agia loucamente para encobrir o facto que ele estava preocupado. At? ele estava a come?ar a ficar preocupado. N?o era h?bito de Kyoko mant?-los ? espera. Os reflexos roxos no cabelo de Kamui brilhavam quando ele levantou o rosto para a janela e observava o c?u escuro. – ? melhor que Kyoko volte de manh?, ou eu juro que vou para o mundo dela e a arrastarei de volta. – continuou Toya a andar. Ele n?o aguentava quando Kyoko estivesse fora por tanto tempo. Fazia dias agora, e ele estava a ficar mais irritado a cada minuto … e preocupado. – Rapariga idiota. – disse ele ao fechar a boca novamente quando Suki levantou uma sobrancelha de aviso para ele. A forma alta e silenciosa de Shinbe estava contra a parede onde ele estivera pela ?ltima hora. O azulado cinza do casaco dele deu uma leve contra??o com um movimento agitado que ele tentou esconder. Ele teve o suficiente do discurso de Toya sobre Kyoko estar atrasada. Os seus olhos de ametista fecharam-se na tentativa de evitar dizer a Toya para simplesmente se calar. Conhecendo Toya, ele provavelmente n?o deixaria ningu?m ter qualquer paz at? Kyoko voltar, e Shinbe mordeu a l?ngua para n?o fazer o temperamento do seu irm?o pior. O guardi?o da ametista tentou ficar tranquilo como sempre, meditando e seguindo os ensinamentos do seu monge. A verdade era que os seus nervos estavam t?o exaltados que no momento, mesmo a medita??o n?o estava a funcionar. Agora, Shinbe sentia que poderia estrangular Toya e ainda sorrir sobre isso enquanto o fazia. O seu rosto calmo contra?u-se e ele abaixou a cabe?a para que os seus cabelos azuis escuros como a meia-noite escondessem a evid?ncia. Quando Toya e os outros se come?aram a preparar para dormir, Shinbe pegou num cobertor grosso de uma pilha no canto do pequeno abrigo e dirigiu-se ? solid?o. Ele realmente s? precisava de ficar longe de todos, especialmente Toya. Shinbe escondeu bem o seu ci?me por Toya, e o amor por Kyoko pelo seu irm?o. Dia ap?s dia, ele ficou com o grupo, apenas para estar perto dela, para proteg?-la …mesmo que os seus olhos estivessem sempre em Toya. Shinbe rangeu os dentes dolorosamente.Ele deveria ser como os seus outros dois irm?os, Kyou e Kotaro, e se separaram do grupo para lutar contra Hyakuhei por conta pr?pria. Mas ele sabia que tinha que ficar com o grupo para mant?-la segura. Ele era um dos seus guardi?es e ela precisava dele. At? Kyou e Kotaro a protegiam de longe. Sim, Shinbe sabia que fazia bem, escondendo a sua atra??o por Kyoko. Ele tinha praticado por um longo tempo, at? falando com outras raparigas … especialmente se Kyoko estava ao alcance de ouvir e ver, para que ela nunca descobrisse o segredo dele. Eles achavam que ele amava todas as mulheres, pouco sabem eles que o seu cora??o pertencia a apenas uma, a sua sacerdotisa. Geralmente ele escolhia Suki para conversar, sabendo que ela o aceitaria, e a dor ajudaria a estabilizar os seus pensamentos. Ele era um covarde quando se tratava de contar a Kyoko os seus verdadeiros sentimentos. Ultimamente, estava a ficar pior para ele, mais dif?cil para ele se esconder. Kyoko confiava nele, sorria para ele. Ela falou com ele, muitas vezes confidenciando os seus sentimentos a ele quando ela o surpreendeu com as atitudes imaturas de Toya. Tudo o quebrou, pouco a pouco. Sem perceber para onde ele tinha ido, Shinbe olhou para cima e suspirou. Ele estava no jardins do santu?rio inaugural. Sem nem se aperceber, ele queria estar mais perto dela. Kyoko n?o voltaria pelo portal do tempo t?o tarde na noite … ent?o por que ele veio? Estando no santu?rio inaugural, os seus olhos de ametista brilhavam no reflexo da lua. Shinbe decidiu que este era um lugar t?o seguro quanto qualquer outro … num mundo cheio de dem?nios de qualquer maneira. Espalhando o cobertor na erva macia, ele n?o prestou aten??o ao brilho sinistro da ?rea. Sub-conscientemente culpando a ilumina??o na luz da lua. Deitou-se, fechou os olhos, e esperou pelos sonhos que ele sabia que viriam em breve, como sempre. Eles assombravam-no, fazendo-o querer que ela o visse, n?o como um guardi?o ou aliado … mas como um homem. ***** Kyoko gemeu, resistindo ? vontade de bater na testa como numa parede. A consci?ncia dela come?ou a girar , e ela estava excitada o suficiente para argumentar com ela. Ela n?o pretendia ficar b?bada com Tasuki e os seus amigos da faculdade. Tudo tinha sido um grande erro, e tudo culpa dela. Ela foi ? festa de Halloween como prometera, sabendo que nunca beberia nada. NUNCA! Ela nunca o faria. Ela rosnou para si mesma, revirando os olhos. Como ela sabia que a enorme tigela de frutas do coquetel sentado ao lado da tigela de ponche estava embebida em ?lcool por dias? Ela pensou que deveria ter gosto de toranja e tinha comido muito antes de sentir os efeitos do ?lcool. Kyoko trope?ou nos pr?prios p?s, endireitando-se rapidamente antes que tivesse a oportunidade de cair. – Isso ? p?ssimo! – gritou sabendo que ningu?m podia ouvi-la. Agora ela estava atrasada e sabia que iria ter muitos problemas com Toya. S? de pensar nele a gritar com ela j? estava a ter uma dor de cabe?a. – Bem-vindo ao inferno … popula??o um. – murmurou Kyoko para si mesma enquanto pontapeava uma pedra. Desesperada, esperava que Toya esperasse at? a manh? antes de vir busc?-la. Ou melhor ainda, se ele aparecesse com a luz do dia. T?o b?bada como ela estava, ela mal podia ver direito, e ela n?o queria brigar com ele. Ela tamb?m n?o queria ir para casa. Ela silenciosamente gemeu. A sua m?e dar-lhe-ia uma li??o por uma semana se descobrisse que estava b?bada, mesmo se tivesse sido um acidente. Kyoko esfor?ou-se para ficar em linha reta enquanto caminhava. Finalmente, ela viu a sacerdotisa no santu?rio na clareira atr?s da sua casa. Fechando um olho para que a est?tua inaugural ficasse melhor focada, ela riu e pensou consigo mesma: – Oh Deus, agora eu sei que estou b?bada. Com um encolher de ombros, ela fez a ?nica coisa que sabia fazer. Ela entrou na casa do santu?rio, at? a est?tua da donzela estava e inclinou-se perante ela na esperan?a de passar com seguran?a para a outra dimens?o a tempo de desmaiar. ***** Shinbe estava mais uma vez tendo um sonho muito er?tico com Kyoko a contorcer-se debaixo dele, gritando o nome dele repetidamente, gritando quando ele se encostava nela, olhando para o rosto dela e dirigindo todos os pensamentos a Toya. Ele acordou sobressaltado … o seu corpo come?ou a suar. Respirando com dificuldade, ele ainda podia senti-la debaixo dele, deixando-o am?-la e ela o amava de volta. Os gritos dela ainda ecoavam nos seus ouvidos. O seu cora??o ainda estava a bater t?o r?pido, tocando nas costelas da mesma maneira que ele estivera a tocar nela. Shinbe sentou-se. Fechando as m?os, ele levantou-as para cobrir o rosto. N?o era poss?vel escapar, gritou no sil?ncio, cheio de dor e raiva escondida pela injusti?a de tudo isso. Tudo o que ele sempre quis foi am?-la, e isso foi devorando-o lentamente. Ouvindo um estalo, Shinbe rapidamente puxou as m?os para baixo. O seu olhar de ametista examinou a ?rea e veio parar em no rosto chocado de Kyoko. A sua mente parecia instantaneamente entrar devagar em movimento. – N?o, n?o poderia ser … n?o agora, n?o aqui. Os olhos dela estavam arregalados ao ouvir o grito dele, e a m?o dela estava sobre a boca dela. – N?o … v? embora, por favor. – implorou ele mentalmente. – Voc? n?o pode estar aqui, n?o est? certo agora, ? muito perigoso … eu sou perigoso. Shinbe observou enquanto ela abaixava a m?o dos l?bios, e com um olhar de preocupa??o no seu rosto. Ent?o, ele viu-a a balan?ar enquanto ela caminhava em dire??o a ele. Ele perguntou-se se ela era mesmo real, ou se ele ainda estava a sonhar. Kyoko ainda estava a tentar ter certeza de que estava a ir na dire??o certa para chegar ? cabana quando ouviu um grito quase desumano vindo de algum lugar perto dela. Os olhos dela focaram-se no seu redor enquanto ela tentava encontrar a fonte do som. O seu cora??o ainda estava acelerado com o susto que tinha causado. Ent?o ela notou Shinbe deitado ali num cobertor na erva, sozinho. O grito assombrado deveria ter vindo dele. Ela queria saber o que estava errado. Algu?m tinha sido morto? Tinha que ser isso para tal som proveniente do guardi?o sempre calmo, legal e amig?vel. Ela tentou firmar as pernas enquanto ia at? ele. Shinbe gemeu ao ver Kyoko fazer a coisa mais est?pida que ele j? a viu fazer. Ela caminhou direto para ele e ajoelhou-se, estendendo a m?o para tocar a dele. – Shinbe, o que ? isso? Algu?m est? magoado? Ele podia ouvir o medo na voz dela. Ela pensou que algo estava errado. Ele quase riu da veracidade nessa pergunta, mas pensou melhor. Ela n?o sabia o segredo dele. Ele ainda estava seguro, ainda podia esconder o seu cora??o dela. Outra onda de tontura atormentou Kyoko sem saber, e ela n?o conseguiu manter o equil?brio enquanto estava ajoelhada ao lado dele. Ela acidentalmente inclinou-se muito para a frente e caiu bem no colo dele. Abafando um riso, ela lembrou que algo estava errado com ele e abriu os olhos novamente tentando concentrar-se. Tudo isso parecia muito um sonho. Kyoko de repente percebeu que o peito de Shinbe estava vazio. Os m?sculos estavam tensos, ondulantes, e esticados sob as palmas das m?os. Ela nunca o tinha visto sem camisa antes e estava espantada. Ela corou, sabendo que n?o deveria estar pensando nele dessa maneira. Ele era o guardi?o dela e tamb?m amigo. Tentando ficar s?bria, Kyoko balan?ou a cabe?a, o que realmente n?o ajudou. Ela lentamente levantou o olhar na dire??o dele. Ele n?o se mexeu nem um cent?metro e ainda n?o tinha dito a ela o que estava errado. Agora ela desejou que sim, porque o olhar no seu rosto estava a come?ar a assust?-la. O corpo de Shinbe estava a tremer quando ele se conteve de toc?-la. Algo com mais poder que ele parecia estar a empurrar, exigindo que ele alcan?asse e pegasse o que queria mais que a respira??o. Ele estaria bem, mas agora ela estava aqui no colo dele, olhando fixamente para os olhos dele. Os olhos que ele conhecia tinham que estar cheios de dor, e ela queria saber o que estava errado. Definitivamente algo estava errado com ele e ele n?o conseguia parar o que parecia estar a girar rapidamente fora do seu controlo. – Eu n?o aguento mais. – disse com a sua voz ?spera com a for?a da sua emo??o a crescer. Com essas palavras, ele estava a tentar avis?-la, tentando dizer a ela para fugir, voltar para o outro lado do portal do tempo onde ela estaria segura. N?o voltar at? que ele pudesse guardar o seu segredo de forma controlada, escondendo-o mais uma vez. Todos os seus sentidos gritavam que algo estava errado, mas a sua mente n?o podia lutar contra essa fome intensa. Kyoko ofegou, ouvindo as suas palavras entrela?adas com tanta dor, e isso a entristeceu. Todos disseram para ser equilibrado, que era a cola que mantinha o grupo unido. At? ela olhava para ele e adorava quando ele estava perto e ela podia sentir a sua calma, o seu humor e preocupa??o. Mas agora era o contr?rio. Ele era o ?nico que precisava de conforto. Deve ser toda a luta contra dem?nios … Hyakuhei … o seu feiti?o. Oh Deus, a sua feiti?o … o vazio dimensional que seria uma morte prematura para ele. O poder supremo que Hyakuhei tinha dado a ele, sabendo que um dia o destruiria. Ela n?o tinha esquecido. Ela apenas tentou muito n?o pensar sobre isso, mas ela sabia o que aconteceria se eles n?o parassem Hyakuhei. Kyoko estendeu a m?o para ele, tentando melhorar e facilitar a sua mente. – Est? tudo bem, Shinbe. Estou aqui. No momento em que a m?o dela tocou o seu rosto, ele voltou ? vida. Toda a l?gica havia cessado e o controlo de ferro de Shinbe quebrou. Ele agarrou-a pelos ombros e rolou at? que ela ficasse presa debaixo dele. Debru?ado sobre o corpo dela, ele tinha tudo o que sempre queria … Kyoko. Sem outro pensamento coerente, os seus l?bios ca?ram rapidamente, reivindicando os dela de forma possessiva, bloqueando todo o resto da sua mente. Ele manteve esse sentimento sob controlo por muito tempo. Shinbe reconheceu que ele pode ter perdido o controlo da situa??o algumas vezes anteriormente. Em algum lugar no fundo da sua mente, o pensamento surgiu que ela tinha gosto de algum tipo de ?lcool, e ela cheirava a isso tamb?m. Controlando-se o suficiente para levantar uma polegada, ele olhou para ela, tentando dizer se era verdade. Procurando o seu rosto, os seus olhos e as suas bochechas coradas, ele zelosamente perguntou-se quem a havia embebedado. Kyoko sabia que isso realmente n?o estava a acontecer. De jeito nenhum ela estava olhando para os olhos muito bonitos do ametista Shinbe. De jeito nenhum ele estava a olhar para ela como ele a queria. Kyoko argumentou consigo mesma que provavelmente estava deitada na erva com a cabe?a ainda apoiada na est?tua da donzela. Em algum lugar desse sonho, ela podia ouvir Hyakuhei a rir dela. Ela poderia jurar que se lembrava de deslizar pela est?tua da donzela e adormecer. Ela provavelmente estava desmaiada agora e a ter um sonho, e a sua mente b?beda tinha escolhido Shinbe para se juntar a ela, em vez de Toya. Kyoko mal balan?ou a cabe?a, sentindo-se tonta e suspirou as palavras ‘Sonhos loucos’, enquanto ela olhou fixamente nos olhos vidrados de paix?o de Shinbe. Os seus l?bios ainda formigavam pela for?a do beijo no sonho. Shinbe baixou os l?bios nos dela novamente. Ele tinha ouvido o suficiente. Kyoko pensou que estava a sonhar. Shinbe s? esperava que ela estivesse certa. Mas de qualquer maneira, ele n?o conseguiu parar. Ele n?o conseguia parar, mesmo que ele tentasse e tornou a beij?-la. Ela separou-se com um pequeno gemido … um som que apenas endureceu-o ainda mais, se isso fosse poss?vel. Ele come?ou a suar tentando se conter enquanto o seu sangue de guardi?o emergia. Ele queria ir devagar enquanto ele aprofundava o beijo, invadindo-a, pegando e agarrando-a no calor do beijo. Ele sempre quis beij?-la assim, para sempre parecia. Os m?sculos dos seus bra?os flexionaram quando ele se sustentou acima dela, fazendo amor com os seus l?bios e al?m. As m?os dele estavam impacientes enquanto tentavam livr?-la das suas roupas. Dentro de apenas alguns poucos minutos, ela ficou deitada debaixo dele, completamente nua. Ela n?o lutou quando ele levou as roupas dela. Por que ela iria? Foi um sonho … certo? A respira??o de Shinbe parou quando ele olhou para ela, assim como ela apareceu apenas dentro do seu sonho alguns minutos atr?s. Ela era sua sacerdotisa … o seu segredo … o seu amor. Ele deslizou o seu corpo contra o dela, amando a sensa??o da sua pele sedosa, agu?ando a sua dor e sua necessidade de t?-la, de fazer amor com ela. – Tem que ser um sonho. – tentou convencer-se. Ele baixou a cabe?a para acariciar o seu pesco?o, lambendo e beijando a sua pele, provando-a gentilmente e ? for?a. Ele mostrou a ela o quanto a amava enquanto descia no corpo dela. Isso seria a ?nica vez que ele veria e provaria tudo dela. Um calor cortante disparou atrav?s dele quando ela se arqueou contra ele, gemendo quando ele puxou o peito dela para dentro da sua boca, lambendo-o com a l?ngua,trazendo seu corpo ? vida. Mais de metade dos seus desejos foram cumpridos quando Shinbe deslizou com beijos na sua barriga esticada e ela se contorcia debaixo dele. Os seus m?sculos saltaram quando ela o agarrou, tentando se aproximar ainda mais. Shinbe estava o mais perto do c?u que ele jamais poderia chegar, com a ess?ncia dela ? volta dele. Polegada por polegada lentamente, ele rastejou de volta para cima dela. Instalando-se entre as pernas dela, ele estremeceu de necessidade quando o calor da abertura dela aqueceu a cabe?a latejante de sua masculinidade inchada do seu corpo. Ele queria que ela o visse enquanto dirigia dentro dela, mesmo que isso foi um sonho. O seu corpo endureceu, apertou em torno do dela. – Abra os seus olhos. – sussurrou. A sua voz era hipnotizante, uma sedu??o deliberada e, ao abrir aqueles incr?veis olhos cor de esmeralda, ele empurrou para frente, enterrando-se rapidamente no punho dentro do seu calor, querendo salv?-la da dor da sua primeira vez. Um grito angustiado rasgou da seu garganta quando ele sentiu o seu la?o de sangue ceder a ele. A sua tens?o agarrou-o com for?a dentro do seu calor sedoso, atraindo-o ainda mais fundo. Se isso n?o fosse pelo seu autocontrole teimoso, ele teria sa?do da sua pele naquele momento. Ele trincou os dentes num esfor?o para ficar parado, respirando com dificuldade enquanto a observava balan?ar a cabe?a de um lado para o outro lado, l?bios a abrirem-se silenciosamente. Rapidamente, ele reivindicou os seus l?bios antes que o grito pudesse escapar dela. Depois que a sentiu acalmar-se, ele se afastou do beijo. Entrando no primeiro lento, mas dif?cil, impulso profundo, ele foi recompensado com os quadris dela chegando ao encontro dele quando a sua pr?pria paix?o come?ou a chama. Ele inalou os seus gemidos de ?xtase, saboreando-os como as mem?rias queridas que ele sabia que eles se tornariam. Dando a sensa??o dela envolvida em torno dele, ele soltou a sua restri??o. Ele queria fazer amor com ela, sem esconder nada. Enla?ando os dedos nos dela, ele puxou as m?os dela por cima da cabe?a e as segurou contra o cobertor macio. Shinbe levantou-se acima dela para poder v?-la apaixonada com as suas express?es ao ele come?ou um ritmo que rapidamente levou os dois ao extremo. Profundos e r?pidos golpes transformaram-se em fortes movimentos lentos antes de fazer uma pausa para se esfor?ar contra ela, apenas para recuar rapidamente e ent?o tocar nela novamente. Shinbe podia sentir as muitas vezes em que alcan?ou o seu pico enquanto espasmos assolavam o seu corpo. Ele podia senti-los quando ela o apertou ainda mais. Todo o seu corpo brilhava ao luar de segurar a sua pr?pria liberta??o. Estava a ser demasiado para ele, at? que finalmente ele n?o aguentou mais, e sabendo que ela estava a atingir o seu auge novamente, ele estabeleceu um ritmo que abalou os dois. Levando os dois ao limite, ele deu um impulso final, o mais profundo que p?de e segurou-o, jogando a cabe?a para tr?s. O som que lhe foi arrancado n?o era humano nem imortal. Isto era dor e prazer, o cume de ambos, quando a semente dele disparou no seu corpo… profundo, quente e firme com o batimento card?aco. Uma vez que o mundo estava novamente parado, Shinbe olhou para Kyoko apenas como uma paix?o e um sorriso vidrado apareceu nos seus l?bios inchados e os seus olhos se fecharam lentamente. J? sentindo o cora??o partido pelo que ele acabara de fazer, Shinbe baixou os l?bios nos dela e sussurrou a verdade contra eles: – Eu amo-te. ***** Algum tempo depois, no meio da noite, Shinbe acordou e encontrou Kyoko vestida, mas dormindo ao lado dele no cobertor na erva cintilante. N?o querendo acord?-la e enfrentar os seus pecados ainda, ele silenciosamente carregava o sono sacerdotisa, juntamente com a mochila que ela carregava, dentro das paredes da cabana onde o resto do grupo ainda dormia. Depois que ele a tinha colocado no seu lugar habitual entre a parede e Suki, ele deslizou lentamente na parede oposta, puxando os joelhos at? o peito, mais feliz e com mais medo do que nunca alguma vez teve na sua vida. Mas se ele morresse nas pr?ximas duas horas, ele morreria feliz. Shinbe fechou os olhos e perguntou-se o que seria pior, Kyoko lembrando, ou ela n?o lembrando. Ele sabia que nunca amaria outra, pois era preciso ter um cora??o para amar, e ele n?o tinha cora??o. Ele j? tinha renunciado isso. Kyoko carregava o seu cora??o desde o primeiro dia em que ele p?s os olhos nela. Se ele n?o morresse pelos punhais de Toya pela manh?, ele sabia que ficaria exatamente onde estava, secretamente amando-a, e esperando que ela notasse. Cap?tulo 2 ‘Sustos matinais’ Shinbe acordou sobressaltado quando ouviu o grito de Toya. Ele sentiu todos os m?sculos no seu corpo a encolher s? ao pensar em se transformar nos punhais g?meos de Toya. A fascina??o m?rbida f?-lo abrir lentamente os olhos de ametista para ver o que estava a acontecer. – Cala a boca! – Kyoko gritou, levantando a m?o para cima e lan?ando o feiti?o de doma, e ent?o instantaneamente agarrou a cabe?a em p?nico quando a dor disparou pelo seu c?rebro. – Para que foi isso? – rosnou Toya quando ele olhou para ela do ch?o. – Ui. – disse quando ela se encolheu novamente. – Shhh. – acrescentou esperando que ele recebesse a mensagem. Shinbe suspirou, sabendo que Kyoko provavelmente estaria de ressaca, e Toya n?o estava a ajudar ao ser t?o barulhenta. Ele estava feliz que ela pudesse paralis?-lo, mesmo que ele achasse estranho que o feiti?o de domestica??o s? funcionasse em Toya. ?s vezes, ele ficava com ci?mes de que ela pudesse lan?ar o feiti?o em Toya. Tamb?m n?o ajudava que Toya fosse a ?nica pessoa que pudesse voltar atr?s e avan?ar no tempo, seguindo-a no seu mundo natal. Na mente de Shinbe, isso apenas trazia aqueles dois ainda mais perto. Ele silenciosamente perguntava-se se ela se lembrava da noite passada, considerando o qu?o embriagada ela estava. Shinbe fechou os olhos, sentindo o seu interior apertar quando Toya bateu em Kyoko por usar o feiti?o. At? agora, tudo parecia normal. Ele refletiu de volta, tentando se lembrar de tudo claramente. Ele achou estranho que, mesmo para ele, a noite passada parecesse quase um sonho. Ele lembrou-se que pouco antes de traz?-la para a cabana, ele usara um feiti?o de escudo neles para encobrir qualquer perfume de fazer amor, se fosse percet?vel. Ele abriu os olhos novamente, saber esconder-se n?o ajudaria se ela se lembrasse do que aconteceu. Ent?o Shinbe esqueceu de respirar enquanto observava Toya se aproximar de Kyoko, cheirando-a. Toya torceu o nariz para ela. – Kyoko, eu sinto cheiro de ?lcool? – Ele sentou-se na frente dela quando a ouviu a queixar-se, e sentiu-se culpado. As m?os dela ainda estavam a cobrir o rosto. – O que diabos, Kyoko? Ficou b?bada? Toya n?o conseguiu impedir a voz de subir um pouco, e ele fechou a boca quando ela empurrou as m?os para baixo e deu-lhe um olhar mortal. – Toya, desculpe-me. Mas se voc? n?o sair da minha frente agora, eu vou fazer algo e voc?s os dois v?o se arrepender. – Os olhos de Kyoko estreitaram-se. Ela levantou a m?o como se fosse lan?ar o feiti?o novamente, fazendo Toya recuar rapidamente e rosnar de aborrecimento. Shinbe n?o p?de deixar de sorrir quando Kyoko colocou Toya no seu lugar. Ele escondeu-o atr?s de um r?pido ataque de tosse. ?s vezes esses dois podem ser t?o … divertidos. Outra tosse chamou a sua aten??o. Inclinando-se para olhar ao redor de Toya, ele viu Kamui tendo o mesmo problema de tentar esconder o seu sorriso. – Bolas! Ela pode ser muito, muito assustadora, ?s vezes. – pensou Toya enquanto colocava as m?os nas mangas soltas e virava o rosto para o lado. – Tudo bem, podes dizer-me isto mais tarde! – olhou para ela pelo canto dos olhos dourados, sabendo que ele havia dito aquilo um pouco alto demais. Pulando, ele saiu pela porta, n?o querendo ficar por perto se ela tentasse 'dom?-lo' novamente. Foi uma coisa boa que o feiti?o est?pido n?o durou muito tempo ou ele estaria a sofrer. Suki n?o disse uma palavra enquanto observava Kyoko maravilhada. Quando Toya finalmente saiu, ela caminhou suavemente at? Kyoko. Curvando-se, ela sussurrou: – Kyoko, eu vou buscar-te um pouco de ?gua fresca, ok? Deita-te e eu j? volto. Ela colocou a m?o levemente no ombro de Kyoko balan?ando a cabe?a, imaginando como a inocente Kyoko poderia ter ficado b?bada. Decidindo que esperaria para perguntar, ela virou-se e saiu da cabana para ir buscar um pouco de ?gua para a amiga. Kamui n?o p?de deixar passar a oportunidade e sorriu de orelha a orelha. – Kyoko, eu n?o posso acreditar que tenhas sa?do para beber e n?o me tenhas convidado. – O seu sorriso alargou-se ainda mais quando Kyoko deu um olhar de soslaio. Sentindo Kaen do lado de fora ? espera dele, ele deixou a cabana para se juntar ao seu amigo Kyoko que gemia quando a sua cabe?a latejava. Ela deveria ter pedido ajuda a Suki para examinar a mochila dela. Ela sabia que teria algo ali por causa da dor, e se pudesse encontr?-lo agora, ela provavelmente aceitaria tudo. Ela viu uma sombra cair sobre ela e virou-se para ver o olhar ametista de Shinbe a observ?-la. De repente, imagens dele acima dela, fazendo amor com os seus l?bios e corpo corriam atrav?s da mente dela. – Foi um sonho … certo? Um sonho b?bado, sim … – lembrava-se agora. Ressaca ou n?o, ela n?o p?de evitar o que estava a pensar e sentiu o rubor quente subir para manchar as suas bochechas. Ela ficou instantaneamente grata por um de seus poderes de guardi?o n?o poder ler mentes, como Kyou podia. – Kyoko, voc? est? bem? Existe algo que eu possa fazer por ti? Shinbe sentiu-se culpado por saber que ela pensava que era um sonho, como dissera na noite anterior. Mas ele precisava saber se ela se lembrava de qualquer coisa. Pelo rubor que se espalhou pelo seu rosto, ele pensou que talvez sim. Quando ela finalmente falou, ele suspirou de al?vio e mis?ria. Em algum lugar no fundo, ele esperava que ela se lembrasse e pusesse um fim a tudo. Kyoko deu um sorriso fraco. Malditos sonhos … Por que ela tinha que sonhar com ele, de todos pessoas no mundo? N?o era mau o suficiente que ela sonhasse com ele antes dessa maneira, mas ela nunca sonhou com ele e acordou apenas para estar t?o perto dele que ela podia sentir o seu corpo quente. De repente, ela recostou-se, afastando-se daquela proximidade, com os seus olhos esmeralda arregalados. Houve algo na maneira como ele a olhava, como se estivesse ? procura dentro da pr?pria alma dela. Ou pronto para receb?-la … com Shinbe nunca se poderia ter certeza. Ela sacudiu mentalmente a cabe?a. – N?o quero ir l?, Kyoko, rapariga, agora n?o! Pensa, qual foi a pergunta? – Hummm … – Shinbe, importar-se-ia de olhar atrav?s da minha bolsa e encontrar a caixa em que mantenho ervas? – colocou as m?os na cabe?a novamente, tentando reprimir a pancada. 'Nota para si mesmo … nunca, nunca, v? para uma festa com Tasuki e os seus amigos de fraternidade novamente. ' Shinbe procurou na sua bolsa a caixa de ervas. Puxando-a, ele entregou-a a ela. Kyoko acidentalmente passou a m?o pela dele e Shinbe teve um repentino golpe de calor atrav?s de seu corpo, causando uma certa parte dele endurecer. 'Oh, como ela estava vulner?vel agora, ele poderia apenas … N?O! O que ele estava a pensar?' – Deuses … eles estavam certos quando o chamaram de pervertido. Tentando afastar-se rapidamente a uma dist?ncia mais segura, ele acidentalmente ro?ou o bra?o contra a coxa dela. Kyoko encolheu-se interiormente com o contacto. Porque tinha ele de ser o ?nico a ajud?-la agora? Por que Toya ainda n?o podia estar aqui olhando e gritando com ela. – Aqueles l?bios, aqueles olhos, eu tenho de parar de olh?-lo assim! Ela voltou o olhar para a caixa de ervas enquanto se atrapalhava com dele, procurando a aspirina que ela normalmente mantinha dentro. Encontrando-a, ela levantou o pequeno comprimido. Shinbe olhou para ela, hipnotizado. Ela n?o tinha tentado castr?-lo ainda, ent?o n?o devia lembrar-se. – Por que ela n?o se lembrava? – suspirou silenciosamente. Ela olhou de volta para ele, estabelecendo contacto visual que quase deixou o seu c?rebro morto por um tempo. – ?gua? Por favor? N?o tens ideia de qu?o nojento isso ? sem ela. Shinbe ficou completamente perturbado enquanto a observava dizer as palavras. Os seus l?bios eram t?o convidativos … ele poderia simplesmente … ele abaixou-se … ele olhou para a aspirina que ela segurava na m?o. Focou a sua aten??o. – Sim, eles parecem pequenas coisas desagrad?veis. – disse ele, olhando-os, mesmo que n?o tivesse ideia o que eles eram. A porta abriu-se de repente e ele virou a cabe?a com for?a para ver Suki e Kamui entrando com o jarro de ?gua. Suki olhou para Shinbe, cansado: – O que est? a aprontar, guardi?o? Shinbe recuou imaginando se Suki poderia secretamente ler a sua mente ou algo assim. Ela teve um jeito estranho de saber exatamente quando ele se estava a comportar mal … ou pelo menos a pensar nisso. – Oh Suki, por favor, d?-me um pouco de ?gua rapidamente. Quanto mais cedo eu tomar este medicamento, mais cedo me sentirei melhor. – disse Kyoko sabendo que Shinbe n?o estava a fazer nada de errado. – Kyoko ao resgate! – Shinbe manteve a alegria para si mesmo. Suki derramou um pouco de ?gua na sua ch?vena e come?ou a conversar sobre como Toya estava a ter uma birra por ela n?o voltar mais cedo ontem ? tarde. Shinbe encostou-se na parede, observando Kyoko, e meio ouvindo a conversa. –…Se ele gritasse comigo mais uma vez, eu pensava que ia … abra?ar e beijar sem sentido… ele ? um valent?o t?o arrogante … Eu quero-te tanto, Kyoko… e a maneira como ela se movimenta … Shinbe ficou inquieto, imaginando por quanto tempo ele poderia manter o seu segredo, agora que ele sabia o dela. – N?o est? certo, Shinbe? – H?? Algu?m fez uma pergunta? – olhou Shinbe de Suki para Kyoko enquanto ambos olhavam para ele ? espera da sua resposta. N?o tendo ideia do que eles estavam a falar, ele tomou o caminho seguro: – Ora, sim. Acho que est?s absolutamente certo, Suki. Se me deres licen?a, tenho que ir falar com Toya. – Com isso, ele rapidamente escapou pela porta. Suki e Kyoko observaram a porta fechar atr?s dele, e as duas raparigas riram. Shinbe chegou ao exterior da pequena estrutura e rapidamente inclinou-se para frente contra a parede. Ele colocou as m?os contra a madeira fria de cada lado da cabe?a e depois bateu com a testa contra as pranchas de madeira. A dor sempre parecia ajud?-lo a clarear a sua mente. Isso foi apenas diminu?do esta manh?. Depois da noite passada, ele n?o conseguiu recuperar os sentimentos sob o seu controlo. Isso foi pior agora do que nunca. Ele realmente n?o queria chatear Suki para que ela o batesse, apenas n?o parecia certo faz?-lo depois de tocar o corpo de Kyoko. Ele temia que nunca fosse capaz de tocar noutra pessoa que n?o ela, sem querer arrancar a sua pr?pria m?o. Ele havia escolhido a sua companheira e ela nem sabia disso. Toya estava a cerca de um metro e meio de dist?ncia, observando o irm?o e sentindo as ondas de culpa a se dissiparem nele. Uma das vantagens de ser um guardi?o era que voc? podia sentir coisas sobre as pessoas ao redor de quem voc? gosta como um detetor de mentiras do mundo de Kyoko. Ele ergueu uma sobrancelha escura: – O que fizeste, chateaste Suki de novo? – franziu Toya a sobrancelha para o irm?o, vendo-o recuar com a sua voz. Shinbe lan?ou um olhar assustado e os olhos violeta escuro para Toya e afastou-se da parede, endireitando-se ele mesmo. – N?O! Eu … bem, sabes … – Shinbe franziu a testa com a sua pr?pria gaguez. Ele rapidamente for?ou-se a acalmar-se, mais uma vez ganhando compostura. – Eu estava aqui fora, ent?o eu n?o faria barulho e incomodaria a ressaca de Kyoko. – disse com um tom s?bio na voz, esperando que Toya seguisse o mesmo conselho. Toya rosnou no fundo de sua garganta. – Eu ainda quero saber como diabos ela acabou b?bada. Acho que vou descobrir agora. Ele come?ou a passar com raiva dele, depois parou quando Shinbe estendeu a m?o e agarrou o seu bra?o com um aperto firme. Toya fez uma careta para a m?o oposta, imaginando o que seu irm?o pensava que estava a fazer. Shinbe viu luzes prateadas saltarem nos olhos dourados de Toya e rapidamente soltar o seu bra?o. Com uma voz firme, ele aventurou-se: – Se eu fosse a ti, ainda n?o faria isso, a menos que gostes do sabor do ch?o. – Ele escondeu o seu sorriso quando sentiu a lembran?a do feiti?o dom?stico de Toya. Toya deu a seu irm?o um olhar pensativo antes de virar as costas para a porta murmurando: –Ela deveria saber melhor do que entrar nesse estado para come?ar. Ele de repente encolheu-se segurando a cabe?a onde Suki tinha acabado de tran??-lo com a sua arma assassina quando ela saiu pela porta atr?s dele. – Ai, o que diabos foi isso? – olhou Toya para ela. Suki levantou-se, dando a ele um olhar de 'Sabes o que era aquilo?'. – N?o exageres na prote??o. – olhou para ele, sabendo que ele nunca a magoaria. – Kyoko me contou o que aconteceu ontem ? noite. Shinbe sentiu a sua vida come?ar a passar diante dos seus olhos. Ele parou de respirar, esperando que Toya o matasse. Suki continuou: – Os seus amigos, do outro lado do cora??o dos tempos, levaram-na a uma reuni?o onde havia ?lcool – ela fez uma pausa -, ela n?o bebeu nada. Em vez disso, ela comeu um muita fruta, s? para descobrir que estava embebida em ?lcool muito forte. – e os seus l?bios contra?ram-se. – Mas nessa altura ela j? estava b?bada. Toya rosnou e virou-se, come?ando a entrar e gritar com ela pela sua estupidez, mas novamente recebeu um golpe entorpecedor de Suki. – Deixa-a em paz, ela apenas agora voltou a dormir. E eu n?o acho que ela seja capaz de ir a em qualquer lugar hoje. Ent?o, sugiro que a deixemos aqui para descansar. Podemos procurar o talism? de cristal sem ela por um dia. Ela virou-se para olhar para Shinbe, perguntando-se por que ele estava a agir t?o estranho. Ele costumava tentar apalpar ela pelo menos dez vezes antes do meio dia. – Shinbe, est?s bem esta manh?? – parou mais perto e olhou para o seu rosto p?lido, vendo os seus olhos a estarem um pouco excessivamente brilhantes demais. Shinbe voltou ? vida quando percebeu que Suki estava perto do seu rosto. Ele rapidamente deu um passo atr?s, ent?o ocorreu-lhe o que ela havia dito. Ele deu um suspiro suave, balan?ando a cabe?a. – Na verdade, Suki, n?o, eu tamb?m n?o me estou a sentir muito bem. Ele tamb?m n?o precisou fingir, porque estava perturbado como ele estava desde a noite passada, e ele realmente sentia como se estivesse a perder a cabe?a. Toya torceu o nariz para o irm?o. – Sim, realmente pareces uma porcaria. Talvez te deixe aqui para cuidar de Kyoko. Ele ent?o focou os olhos de ametista no guardi?o. – Mas se tocares nela, ela vai me dizer. Sabendo que o seu aviso havia sido ouvido alto e com bom som, Toya voltou-se para Suki. – Queres ir buscar Kamui, ou devo ir eu? – questionou, n?o realmente querendo sentir a arma dela na cabe?a dele novamente. Suki encolheu os ombros: – Eu vou busc?-lo. Tu – enfiou ela o dedo no peito dele – ficas aqui. Shinbe engasgou-se com o riso tentando lembrar-se que estava doente. Como ele conseguiu isso? Como guardi?o, Toya deveria saber que os guardi?es n?o adoecem … pelo menos ele nunca soube de quem tenha sofrido disso. Ainda assim … a ideia de ficar com Kyoko, de ficar sozinho com ela todo o dia … bem, essa tenta??o foi demais. Shinbe observou Toya encarar as costas de Suki quando ela foi buscar Kamui, mas ele ficou do lado de fora. Em alguns minutos, Kaen juntou-se a eles, espiando Kyoko pela porta. Shinbe conhecia Kaen e que cuidaria de Kamui se eles tivessem algum problema. Guardi?o de um guardi?o, ele costumava provocou o seu irm?o mais novo. Shinbe observou o grupo at? que eles sumiram de vista. Ele sentiu o seu corpo e mente relaxar pela primeira vez a manh? toda. Com um suspiro, ele virou-se e voltou para a cabana onde Kyoko estava a dormir. Kyoko mexeu-se meia a dormir, a sua mente flutuando pela noite anterior. De volta ? festa, tentando passar o pouco tempo que ela tinha no seu mundo com Tasuki. Ela realmente sentia falta dele porque este mundo ocupava muito do seu tempo. Ela estava t?o focada nele que nem sequer tinha percebido que a fruta estava contaminada at? que fosse tarde demais. Ela fez beicinho, imaginando se Tasuki sabia disso o tempo todo. Ela n?o se lembrava muito de voltar ao santu?rio inaugural ou voltar aqui para a cabana para esse assunto. Ela lembrava-se de alguns dos sonhos que tinha tido com Shinbe…  Kyoko deslizou dentro e fora do sono, os seus pensamentos continuavam como se n?o se importassem se ela estava acordada ou n?o. Ela sempre gostou de Shinbe porque do seu pequeno grupo, ele era o mais divertido dos guardi?es para estar por perto. E ele sempre poderia faz?-la rir sem nem tentar. Ele n?o era o tipo de homem que se contentaria com apenas uma mulher. Obviamente ele tinha problemas. Mas ultimamente ela come?ou a v?-lo sob uma luz diferente. Kyoko adormeceu profundamente. Simplesmente n?o era justo. Ela amava Toya profundamente, mas ele raramente dava um vislumbre de sentimentos m?tuos. Agora Shinbe, por outro lado, era uma hist?ria diferente. Quando Toya gritava com ela por pequenas coisas, Shinbe sempre parecia tentar faz?-la se sentir melhor. Era quase como se, quanto pior Toya agisse, mais doce Shinbe se tornava, mas ele agia como se n?o fosse nada al?m de amizade. ?s vezes ela se perguntava sobre ele, e provavelmente era isso que originou os sonhos que ela come?ou a ter com ele. At? a noite anterior, os seus sonhos haviam permanecido dentro dos limites da sanidade. O sonho da noite anterior tinha sa?do do controlo dela. Ela sabia que Toya a amava ? sua maneira, e provavelmente morreria por ela, mas ele recusava-se a mostrar os seus verdadeiros sentimentos. Ela sabia que ele se irritava t?o facilmente e a mantinha ao redor era apenas a maneira de esconder o fato de que ele se importava com ela. ?s vezes, ele escondia os seus sentimentos t?o bem que ela quase acreditava nele. Ainda assim, ela deu consigo a comparar os dois homens. Ela estava sempre perto de Shinbe e Toya, e os dois guardi?es tinham os seus pontos bons e maus. Quando sonhava com Toya a beij?-la, era sempre suave e doce, e ?s vezes quente. Com Shinbe, sempre foi diferente. Muito diferente. Ela considerava-se uma mulher quando sonhava com Shinbe. Naqueles sonhos, ele beijou-a em lugares inimagin?veis, e fez coisas ao seu corpo que ela nunca pensou que pudesse sentir-se t?o bem. Ela suspirou enquanto dormia. Mas eles eram apenas sonhos … Kyoko enrolou-se numa bola e estremeceu com a lembran?a do sonho da noite passada. O corpo dela tremia sob o dele quando ele enlouqueceu num amor apaixonado por ela … ela choramingou com a lembran?a. Sonhando com Shinbe assim, quase a fez sentir como se estivesse a trair Toya. – N?o! – disse: – Toya nunca foi meu namorado. Portanto, eu n?o tenho um, e enquanto estiver na minha mente, posso pensar no que eu quiser … inclusive nos meus sonhos. O sonho tinha sido t?o estimulante que, quando ela acordou, sentiu que iria derreter. Quando ela o viu sentado contra a parede, como se nada tivesse acontecido, isso confirmou que era apenas um sonho. O que estava a acontecer na sua cabe?a? Ela tinha que se controlar. Shinbe nunca poderia amar uma menininha inexperiente como ela. Ele era obviamente um homem do mundo, que provavelmente tinha conquistado mais mulheres numa noite do que ela podia contar os dedos das m?os. Ela fechou os olhos, recusando-se a pensar em outra coisa. Shinbe voltou para a cabana relaxada e calma … at? que seus olhos ca?ram sobre ela dormindo. Todo o seu corpo parou e ele ficou l?, apenas observando-a por alguns minutos. Ele a viu a tremer, deitado no tapete fino. Por que ela ainda n?o tinha a capa que ele colocou sobre ela na noite da ?ltima vez? Ele olhou para onde ela havia empurrado a tampa do caminho enquanto lidava com Toya. Ele silenciosamente aproximou-se e cobriu-a com o cobertor grosso e ficou ao lado dela enquanto ela continuou o seu sono inquieto. – Porque ele tinha que se sentir assim? – suspirou quando se sentou, encostado na parede, observando-a. Ele sabia a resposta para isso. 'Shinbe, o homem que todos diziam por brincadeira n?o se levava as mulheres a s?rio, apaixonou-se por uma rapariga de outro Tempo.' Ele olhou-a com saudade e depois apertou os l?bios. Ela ia mat?-lo quando ela se apercebesse que n?o era um sonho. Toya tamb?m ia mat?-lo. Poderia ele morrer duas vezes por tal crime? Encolhendo os ombros, Shinbe suspirou novamente: – Sim … sobre Toya. Kyoko estava apaixonada pelo seu irm?o temperamental. Ele podia sentir a culpa a subir pela sua coluna. 'Por que ela teve que calhar com quem nunca a trataria bem? Ele a amaria com tudo o que tinha. E da? se ele tivesse uma pequena feiti?o sobre si … Isso n?o deve ser muito estranho. Afinal, Kyoko havia dito a eles sobre o seu av? e a sua cren?a em maldi??es e dem?nios. – Bolas, Toya. Kyoko murmurou enquanto dormia. Ele olhou para cima para ver que ela estava de costas para ele. O cobertor que ele colocou ao seu redor tinha escorregado. A saia acanhada que ela usava estava agora levantada, expondo o seu bem mais precioso. Um calafrio percorreu o seu corpo. – Ent?o … muito tentador. A sua m?o estendeu-se para acariciar o material branco sedoso que obstru?a ainda mais a sua vis?o. Ele cerrou os dentes, puxando a m?o antes que os seus dedos fizessem contato. – Ah, t?o perto. Mas assim ? a morte e gostaria de viver um pouco mais. – disse e deu uma risada ao colocar as m?os dentro do casaco dele. Ele tinha que decidir o que fazia daqui em diante, ou a sua vida poderia terminar um pouco mais cedo do que ele antecipava. Ele diria a verdade num minuto, se ela n?o estivesse apaixonada pelo seu irm?o. Ele sabia que n?o estava sozinho nos seus sentimentos por ela. Ela era sacerdotisa deles, e eles proteg?-la-iam com a vida. Todos os seus irm?os a amavam muito, cada um ? sua maneira. Mas Toya era diferente. Toya nunca gostava de algu?m. Shinbe tinha visto isso. Toya estava profundamente apaixonado por Kyoko, mesmo que ele n?o quisesse. – Reconhe?e isso. Shinbe fechou os olhos, sentindo-os come?ar a queimar. Ele n?o tinha o direito de amar Kyoko, ou outro algu?m at?. Ele tinha a capacidade de salvar todos eles em batalha. Tudo o que ele precisava fazer era lan?ar o feiti?o de tempo, e ele poderia criar um vazio que sugava tudo no seu caminho. Foi o seu maior poder e o seu pior inimigo. Toda vez que ele usava o feiti?o perigoso, ele podia sentir isso ficando mais forte. Todos o avisaram para n?o us?-lo, a menos que ele n?o tivesse outra escolha, porque um dia se tornaria forte demais para ele lidar e se voltar contra ele. O feiti?o tinha sido um presente do seu tio … o mesmo tio que era o inimigo. No come?o, ele pensou que era um grande presente, mas agora ele percebeu que n?o era um presente. Era um feiti?o. Uma que ele usaria para destruir aquele que tinha dado a ele … mesmo que ele perdesse a sua pr?pria vida no processo. Shinbe bocejou. Quase n?o dormira noite anterior, nem depois de Kyoko chegar. Ele passou a maior parte da noite ouvindo Toya reclamar, porque ela n?o tinha voltado atrav?s do cora??o do tempo antes do anoitecer, como ela prometera. A princ?pio, Shinbe preocupou-se que ela ainda estivesse zangada com Toya quando n?o voltara. Ela gritou com Toya antes de sair porque ele tentou impedi-la de voltar para ela no tempo. Toya at? ficou na frente dela, impedindo-a de entrar no santu?rio. No final, ela acabou por colocar esse feiti?o nele v?rias vezes, mais do que Shinbe foi capaz de contar. Mas ela prometeu voltar antes do anoitecer no dia seguinte. Shinbe sorriu ao lembrar como Toya havia combatido o feiti?o, criticando o tempo todo sobre o que ele faria com Kyoko quando ele se pudesse mover novamente. O seu olhar percorreu a forma de Kyoko. Por isso a achou t?o irresist?vel. Ela poderia estar zangada com Toya por um minuto e am?-lo no pr?ximo. Ela n?o guardava rancor, n?o importa o quanto ele a magoasse. Quando Toya a conheceu, ele tentou mat?-la. Agora as coisas haviam mudado, todos sabem que Toya a amava at? a morte, morreria at? por ela. Mas ainda assim ele fingia que n?o podia suport?-la e muitas vezes magoava os seus sentimentos. Era apenas a maneira de Toya esconder o seu cora??o. Shinbe colocou os dedos sobre a ponte do nariz, tentando acalmar a mente. Sinceramente, ele sentiu-se mal por Toya e n?o pretendia realmente pensar coisas m?s sobre ele. ? s? que Toya teve uma chance com Kyoko e ignorou-a. Ele teria morrido por uma oportindade como essa. Ele trat?-la-ia como uma rainha, se ela deixasse. Foi por isso que ele perdeu a noite passada. A verdade era que ontem ? noite ele tinha acabado de estalar. Agora depois da noite passada … Shinbe fechou os olhos com for?a. Talvez ela estivesse melhor com Toya, depois do jeito que ele traiu a sua inoc?ncia. Shinbe estremeceu quando Kyoko se mexeu mais uma vez durante o sono, expondo ainda mais a sua coxa. Ele olhou para a sua pele cremosa, as m?os tremendo sob o casaco. 'Por que ela tinha que ter tal pele bonita?' Ele sentiu-se a ficar mais sonolento enquanto observava o sono inquieto de Kyoko e lentamente rastejou pelo ch?o, nunca tirando os olhos da nuca dela. Ele sabia que se tivesse mais perto, ela iria acordar, rolar e dar uma chapada nele. Por enquanto, tudo bem. Ele inclinou-se sobre sua forma im?vel para olhar para o rosto dela. Shinbe sorriu. Ela ainda cheirava a ?lcool. – N?o me incomodou ontem ? noite. – sorriu. Uma mecha de cabelo castanho-avermelhada agarrava-se ao seu ombro. Ele gentilmente abaixou-se e deslizou para o lado com um suspiro suave antes de se deitar atr?s dela, aconchegando-se nos seus cabelos sedosos. Ele n?o ousou ficar mais perto por medo da morte, mas enquanto ela dormia, ele poderia pelo menos oferecer-lhe conforto. Ele argumentou consigo mesmo. Se ela acordasse e o encontrasse l?, ele apenas explicaria como estava cansado, e que este era o ?nico lugar para mentir … enquanto mantinha um olho nela. Ele ficaria feliz mesmo se recebesse uma bofetada por isso. Valeria a pena, apenas para se deitar ao lado dela por algumas horas e descansar. Ele tamb?m estava exausto de se preocupar com as consequ?ncias enquanto os seus olhos se fechavam. Ele estava exatamente onde ele queria estar e queria condenar as consequ?ncias. Kyoko choramingou sonolenta e virou-se sentindo uma lufada de calor. Ela puxou as m?os sob o queixo e aninhou-se nele. Quando ela inclinou a cabe?a e parou contra algo s?lido, ela suspirou, decidindo que provavelmente estava apenas a sonhar novamente. Testando a teoria, ela colocou uma de suas m?os na fonte de calor. Sim, muito s?lido. Ela aconchegou-se mais perto no seu sonho, e no seu sonho, o calor envolveu-se ? volta da cintura. Ela sentiu o cheiro de ch? de jasmim e um aroma amadeirado e terroso. – Por que n?o consigo tir?-lo da cabe?a? Ele cheirava t?o bem. Lembrou-se da primeira vez que ele a abra?ou. Ele pensou que a estava a salvar. Ela sorriu enquanto dormia, ele era t?o forte, e a sua preocupa??o pelo bem-estar dela era verdadeiramente doce, at? se as raz?es dele n?o fossem completamente leg?timas. Essa foi a primeira vez que ela notou o qu?o bem ele cheirava. Ela estremeceu com a lembran?a, e o objeto quente em torno da sua cintura apertou-se. Ela lentamente passou o bra?o em volta do calor e congelou quando ouviu o farfalhar distinto do material. – O que? Farfalhar de material? Nos sonhos as coisas farfalham como roupas? Kyoko estava subitamente acordada. Lentamente, ela abriu um olho e parecia confusa com um casaco cinza-azulado, as suas m?os que estavam entrela?adas. E ela … disparou como um foguete, batendo o bra?o com barulho. E ele, ele … gemeu e virou-se de costas. Kyoko estava em p?nico, olhando de um lado para o outro.Ningu?m mais estava aqui e isso definitivamente n?o era um sonho. Shinbe estava a dormir no seu tapete. Ela teve que pensar. – O que… o que est? a acontecer? Ela olhou para ele parada como se congelada estivesse no local. – Foi apenas um sonho, certo? Controla-te, Kyoko. – pensou freneticamente. – Onde est? Toya? Suki? Kamui? Kaen? Para onde todos tinham ido? A alma dela quase pulou do seu corpo quando Shinbe gemeu no seu sono e colocou as suas m?os dentro do seu casaco. Quando ela pulou, ela levou o cobertor com ela. Kyoko piscou os olhos e depois corou com culpa. – Ele estava com frio. Ela estava com frio tamb?m agora que estava de p?. Lembrou-se de sentir como se estivesse a congelar sem parar enquanto tentava dormir. Foi por isso que ele se deitou ao lado dela? Para mant?-la quente? O seu rubor aumentou. – Oh, isso era t?o doce.– disse, balan?ando a cabe?a de um lado para o outro. – N?o, n?o, n?o! O que eu estou a pensar? N?o doce, n?o doce. – suspirou, sorrindo suavemente para ele. – Desisto. Ela lentamente e cautelosamente abaixou-se, segurando o cobertor e congelou quando ele se moveu de repente enquanto dormia. Ela recuou, esperando para ver se ele acordaria. Ele n?o o fez. Ent?o, ela atirou rapidamente o cobertor sobre a sua forma adormecida, agarrou a sua bolsa e, em seguida, correu furiosamente para a porta. Shinbe abriu um olho enquanto a observava recuar. Uma vez que ela estava fora de vista, ele riu interiormente: – Outro golpe de sorte. – Ent?o ele franziu a testa, perguntando-se por que n?o tinha uma impress?o na sua bochecha de uma m?o… ou o seu cr?nio rachado. Ele levantou-se lentamente e contou at? dez, depois seguiu para ver onde Kyoko tinha ido. Uma vez l? fora, Kyoko encostou-se a uma ?rvore pr?xima, percebendo que ela provavelmente deveria ter ficado na cama. O seu cora??o estava a bater forte e o seu corpo todo dolorido. Ela inclinou-se para massajar as pernas. Lembrou-se de dan?ar com Tasuki na noite passada depois de comer a fruta contaminada, mas parecia mais como se tivesse sido atropelada por um cami?o. Um bom banho quente nas fontes termais aliviaria os m?sculos. Mais uma vez, fez uma anota??o mental para nunca mais comer frutas numa festa. Ent?o um pensamento ocorreu-lhe. Toya iria captar o perfume de Shinbe nas suas roupas. Ahh! A ?ltima coisa que ela queria fazer era colocar Shinbe em apuros quando ele nem fez nada. Ela trope?ou para longe da cabana, gemendo com a ressaca prolongada, mas determinada a lavar n?o apenas a dor, mas tamb?m as roupas. ***** Toya rosnou profundamente do fundo da sua garganta enquanto examinava a vila onde haviam chegado. Ele cerrou os dentes, sabendo que era tarde demais. A vila estava em frangalhos. Parecia que n?o importava o que eles fizessem ultimamente, eles estavam sempre um passo atr?s de Hyakuhei e dos seus dem?nios. Ele fez uma careta, procurando sobreviventes na vila. – Deve ter havido um peda?o do talism? escondido aqui para ele ter incomodado e destruido toda a vila. Os olhos dourados de Toya ficaram turvos de preocupa??o. – Precisamos ajud?-los. – disse Suki suavemente enquanto entrava na vila com Kamui ao lado dela. Ela inclinou-se para observar uma crian?a chorando que parecia estar sentada ali, perdida e sozinha. Por um momento, Toya fechou os olhos perante aquela cena familiar enquanto o seu sangue fervia. Ele sabia que Hyakuhei tinha quase todas as pe?as do talism? em seu poder e n?o se importava com quem ele magoava para obter o resto. Afinal, Hyakuhei havia morto o seu pr?prio irm?o. Agora os guardi?es estavam a tentar proteger Kyoko do mesmo assassino. Se Hyakuhei conseguisse reunir todas as pe?as do cristal, ele seria capaz de quebrar o mundo de Kyoko e levar muitos dem?nios com ele. Eles n?o podiam deixar isso acontecer. Ele sentiu um calafrio a percorrer a sua coluna e soube que algo estava errado. – Kyoko. – a palavra ecoou na sua mente como um aviso. – Voc?s dois, fiquem aqui e ajudem. Eu tenho que ir ver Kyoko, agora! – gritou Toya, arrancando na dire??o de onde eles vieram. Ele sabia que algo n?o estava certo … ele podia sentir isso claramente at? na sua alma. Ele nunca deveria t?-la deixado sem a sua prote??o, n?o com a do dem?nio Hyakuhei t?o perto. Ele n?o conseguia se livrar do medo de perder a outra metade do cora??o. – Eu n?o vou deixar ele tocar em ti. – prometeu Toya na sua corrida precipitada para alcan?ar Kyoko, antes que o perigo o fizesse. Cap?tulo 3 ‘Beijo do ci?me’ Kyoko partiu na dire??o da ?gua quente. Ela estava cansada, dolorida e mal podia esperar para apenas poder relaxar na ?gua fumegante. Ela trope?ou numa pedra e perguntou-se se levaria semanas para recuperar o equil?brio depois de ficar b?bada apenas uma vez. – Bolas … Credo, agora eu pare?o o Toya. – disse para si mesma com um sorriso. Shinbe seguiu em sil?ncio, espreitando por tr?s das ?rvores com muita frequ?ncia. Ele teve que sufocar o riso que amea?ou escapar dele quando ouviu o coment?rio sobre ela soando como Toya. Foi ?timo descobrir que ele n?o era o ?nico no grupo que mantinha conversas completas com eles mesmos. Se ele estava louco, eles formaram um ?timo casal. Ele ficou tempo o suficiente para deix?-la ganhar alguma dist?ncia entre eles. Finalmente, chegando ? ?gua quente isolada, Kyoko vasculhou a sua bolsa. Encontrando o que ela precisava, ela organizou os seus suprimentos de banho ao lado da ?gua. Ela rapidamente se despiu, aliviando seu corpo dolorido na ?gua fumegante. – Umm, isso ? t?o bom. Ela fechou os olhos e esfregou as pernas, tentando aliviar o aperto que demorava a sair. Finalmente satisfeita, ela deitou-se na ?gua e ficou completamente relaxada. Shinbe encostou-se a uma ?rvore enquanto observava fascinado o ritual di?rio dela. Ela era graciosa e pura … de repente ele sentiu-se culpado novamente pelas suas a??es. Ele virou as costas para aquela cena e colocou a m?o sobre o cora??o, onde a dor parecia diminuir. Ele n?o deveria estar aqui … ele n?o era um bom homem. Ela estava quase a odi?-lo quando ela percebeu o que ele tinha feito com ela. Ele franziu a testa quando o peso no peito se tornou muito mais pesado. Mas, ainda assim, ele n?o p?de resistir ao desejo de se virar e olhar com saudade. Ele suspirou ansiosamente enquanto a observava a afundar na ?gua. – Isso ? muito melhor do que a pequena banheira em casa no mundo moderno. – quebrou Kyoko o sil?ncio enquanto ela olhava em volta. Era mais como uma piscina escondida. Este local era t?o tranquilo e isolado. ?rvores e pequenos arbustos cercavam a ?gua quente, dando a ela absoluta privacidade. – A pedra de um dos lados seria agrad?vel para se bronzear. – pensou aleatoriamente com um sorriso. Ela cantarolava satisfeita enquanto flutuava em cima da ?gua. Depois de flutuar na ?gua por um momento, ela decidiu que seria melhor continuar com a parte da limpeza. Ela ensaboou os cabelos e depois mergulhou na ?gua para enxaguar, chegando a um respingo, apenas para colocar mais coisas no cabelo e fazer de novo. Ent?o, antes de sair, ela tirou um tempo para esfregar as roupas at? limpas, esperando que o sol as secasse rapidamente. Aproximando-se, Shinbe observou atentamente a seguran?a de um arbusto a cerca de tr?s metros de dist?ncia. Ele observou as curvas do corpo dela. – Deus, ela era linda … como uma deusa emergindo da ?gua. Ela amarrou um pano ao redor da parte superior do tronco antes de enrolar um ao redor do cabelo e lentamente ela secou o corpo. Ele viu-a tomar banho em segredo muitas vezes antes, mas nunca foi capaz de ficar por aqui tempo suficiente para apreciar esta parte. Geralmente algu?m vinha procur?-lo antes que ela tivesse tempo de terminar. Ele suspirou enquanto ela passava o pano lentamente pelas suas longas pernas. Cerrando os dentes at? doerem quando ela colocou aquelas pequenas pe?as de roupa que cobriam seus lugares mais preciosos. Isto era tudo o que ele podia fazer para n?o dar os poucos passos que a colocariam a uma curta dist?ncia. De repente, um som esmagador veio do lado oposto das fontes termais. Shinbe ouviu, e Kyoko tamb?m, porque ela ficou parada no lugar. Ambos ouviram atentamente mais sons. Outro galho estalou, mas desta vez veio de um arbusto mais pr?ximo de Kyoko. Ele assistiu em horror enquanto Kyoko caminhava direto para um grande arbusto, segurando a toalha na frente dela como um escudo e chamou-o. – Ok, Shinbe! Eu sei que ?s tu!Vem … para que eu te possa dar uma chapada! Kyoko esperou, olhando para o arbusto cansado. Shinbe era um conhecido mirone. Ela levantou uma sobrancelha em aborrecimento, e ele era o ?nico por a? … O arbusto tremeu suavemente. – Eu sei que est?s a?, e quando Toya descobrir que est?s a vigiar-me, ele provavelmente vai te matar. Sem mencionar, tenho certeza que Suki tamb?m vai bater em ti. O arbusto tremeu de novo e uma longa perna preta e ponteaguda saiu de tr?s dos membros emaranhados. – O que …! Kyoko virou-se para correr no momento em que um escorpi?o demon?aco muito grande saiu detr?s da vegeta??o. Ela correu em dire??o ?s suas roupas, onde havia deixado a arco e flecha dentro do saco. – Kyoko! Abaixa-te! Shinbe saiu correndo dos arbustos opostos com uma vara grande levantada na m?o como uma lan?a. Ele atirou no dem?nio. O escorpi?o de olhos vermelhos viu isso e girou uma perna ao redor, bloqueando a arma pontiaguda e a lan?ou navegando pelo ar.       Aterrou aos p?s de Kyoko, quando ela se abaixou para pegar a sua besta. A sua sobrancelha tremeu quando ela percebeu o qu?o perto isso estava de atingi-la. Shinbe correu em sua dire??o, curvando-se para pegar o graveto. Com uma sobrancelha, ele olhou para Kyoko e sorriu torto. – Porque Kyoko, eu acredito que voc? est? n?o muito vestida para matar um dem?nio. O sorriso dele aumentou ao ver o rosto dela. Ent?o o seu olhar tornou-se em puro terror. Sentindo um frio pressentimento nas costas, Shinbe virou-se, balan?ando o improvisado graveto descontroladamente quando o dem?nio do escorpi?o lan?ou-se sobre eles. Ele foi capaz de acertar com uma perna peluda, mas a outra atingiu-o de lado, atirando-o para longe de Kyoko. O sangue de Shinbe congelou como o mortal escorpi?o se aproximou da sacerdotisa. Ele sabia que a criatura possu?da por dem?nios podia sentir o poder dentro dela. Sabendo que ele tinha que fazer algo r?pido, ele usou os seus poderes telecin?ticos para erguer uma pedra de bom tamanho e atirou-a com tanta for?a como ele p?de, sorrindo enquanto atingia o escorpi?o na cabe?a. O dem?nio gritou e virou a cabe?a para encarar o guardi?o ferido. Shinbe estava deitado no ch?o lutando para voltar quando o dem?nio veio atr?s dele novamente. Ele virou-se bem a tempo de apontar a ponta afiada do bast?o quando o dem?nio atirou-se sobre ele. Os olhos de ametista de Shinbe brilharam quando ele sussurrou um feiti?o para suavizar a carne dura dos monstros. Kyoko gritou em p?nico o nome de Shinbe enquanto observava o dem?nio descer sobre ele. Tudo aconteceu t?o r?pido que ela n?o teve tempo de piscar os olhos. De repente num momento o dem?nio estava a pular sobre ele, e no pr?ximo, a ponta daquele mesmo graveto estava a sair de costas enquanto o sangue preto escorria para o ch?o. Ela observou o escorpi?o possu?do a contorcer-se antes de se tornar fl?cido e cair pesadamente em cima de Shinbe. – Shinbe! – gritou Kyoko em p?nico. Ela correu para ele vendo o sangue a acumular-se na terra ao redor deles num ritmo assustadoramente r?pido. Ela estremeceu mentalmente, esperando que nada desse sangue estivesse a vir do seu guardi?o, mas era dif?cil dizer com a grande quantidade de sangue a cobrir tudo exceto um lado do rosto de Shinbe. Os olhos dele estavam fechados e por um momento o cora??o dela parou. O medo tomou conta dela. Shinbe podia sentir que Kyoko ainda estava aterrorizada e o que quer que estivesse a fazer com que ela se sentisse dessa maneira, teria de ser destru?do por ele. Com um calafrio para combater a dor, ele abriu os olhos para encontr?-la olhando para ele, p?lida como um fantasma. O seu cora??o bateu forte quando ele se apercebeu que ela estava assustada por ele. Ele podia sentir o calor nas suas veias quando o medo dela diminuiu ao ver que ele estava vivo. Shinbe falou com uma voz rouca: – Kyoko, por favor. Ajuda-me … tira isso de cima de mim. Ele esfor?ou-se para empurrar a besta morta, mas os seus bra?os estavam presos entre ela e o seu corpo. Mesmo possu?do, o dem?nio irracional n?o deveria pesar tanto quanto pesava e n?o deveria ter lutado tanto. Os olhos dele estreitaram-se sentindo um peda?o quebrado do cristal t?o perto dele. – Kyoko, o poder de um talism? est? perto… encontra-o. Kyoko parou de empurrar a criatura gigantesca por um momento, tentando concentrar o seu poder de varrer o seu corpo. Quando o cristal do guardi?o do cora??o se quebrou e caiu atrav?s do reino demon?aco, enviou dem?nios de todos os tamanhos com um frenesim para encontrar os fragmentos poderosos. Isso deve ter sido um pequeno escorpi?o uma vez … at? que teve a sorte de ser possu?do por um dem?nio ent?o veio atrav?s de uma das pe?as que faltam e obter um aumento infernal de poder. – Pronto! – engasgou-se quando notou um pequeno brilho azul el?trico vindo do seu pesco?o. Sufocada com vontade de vomitar, Kyoko olhou para a boca ainda aberta. Fazendo uma careta, ela alcan?ou e agarrou o cristal, vendo como o tamanho dos escorpi?es come?ou a encolher automaticamente. Rapidamente, ela empurrou e deslizou para o lado o suficiente para que Shinbe fosse capaz de empurr?-lo o resto do caminho antes de se encolher e ficar menor do que o tamanho da sua m?o. Kyoko olhou para ele, os seus longos cabelos azuis como a meia-noite obscurecendo o seu rosto, mas pelo movimento ela podia ver que ele estava a tentar recuperar o f?lego. O olhar dela percorreu o seu corpo procurando feridas. Um dos seus lados estava a sangrar profusamente onde o dem?nio o tinha atingido com for?a com a perna pontiaguda. Ela olhou ao redor cegamente em busca de algo para parar o sangramento. Ent?o ela correu para a toalha, sabendo que seria bom pressionar a ferida. Shinbe sentou-se dando um olhar enojado ao inseto morto. Com a m?o sobre o seu lado, voltou a sua aten??o para Kyoko e observou-a silenciosamente correr para pegar a toalha que ela tinha descartado ? pressa. O seu olhar percorreu o seu corpo, esquecendo completamente a dor que ele sentia. – Ela esqueceu-se que ainda est? sem roupa. – pensou ele – Bem, eu n?o vou lembr?-la. Ele tentou manter a express?o calma quando ela voltou com a toalha. Kyoko sentou-se ao lado de Shinbe, puxando o seu casaco, tentando ver a ferida. – Shinbe, achas que se pode remover isso? – apontou ela para o pano. – Eu preciso ver de onde todo esse sangue est? a vir. A voz dela ainda estava sem f?lego e era suave para os ouvidos dele, um som quase sedutor. Ele estava t?o intrigado com o quanto ela realmente se importava que ele se esqueceu de fantasiar sobre ela pedindo para ele tirar as roupas dele. Shinbe tirou o casaco parecido com o manto e desabotoou a camisa azul-gelo que estava por baixo. Caiu dos seus ombros e deslizou os bra?os para se deitar numa piscina ao redor dele, descobrindo o peito e provocando os m?sculos o est?mago para ela, junto com o corte no quadril. Ele abaixou-se e empurrou aquele lado das cal?as para baixo alguns cent?metros, para que ela pudesse ver melhor, mas deixou o bra?o sobre o colo para esconder a evid?ncia da sua ere??o. Kyoko engoliu em seco enquanto tentava manter o foco na ferida, em vez do que a cercava. Colocando a m?o na sua pele exposta para se firmar, ela pressionou firmemente com o pano branco at? ele ficar vermelho. Ela sentiu os m?sculos dele estremecerem sob a palma da m?o e isso provocou um calor no bra?o dela. Os seus olhos esmeralda assustados foram rapidamente para os dele, fixando-se com o olhar ametista. Ele notou o rubor espalhar-se pelas suas bochechas quando seus olhos se encontraram e se perguntou, sentindo o seu pr?prio calor no corpo onde a m?o macia dela o tocava. – Kyoko, est?s bem? Ele observou-a a sentir fracamente enquanto olhava de novo para a toalha, removendo-a suavemente para ver se o sangramento tinha parado. Vendo que tinha, ela foi molhar o pano para poder limpar o resto do sangue dele. Shinbe olhou para baixo, pensando consigo mesmo: – N?o ? de admirar que tenha parado de sangrar, todo o sangue tem corrido para outro destino. Ele suspirou, limpando rapidamente o pensamento quando ela voltou e ajoelhou-se sobre ele, dando-lhe outra vis?o do seu peito vestido com um suti?. O olhar escuro de ametista voltou-se para o rosto dela. Ele sabia que ela tinha que vestir algumas roupas para manter a calma e dignidade. Kyoko estava lentamente a limpar o sangue da sua pele, certificando-se de ser muito, muito gentil quando ela o ouviu dizer o seu nome com uma voz rouca e tensa. Ela parou os seus movimentos e levantou a cara na dire??o dele. Mas do jeito que ela estava inclinada, ela viu-se a meros cent?metros do rosto dele. Os seus olhos quase brilhavam e ele parecia muito maior que a vida naquele momento. O foco dela lentamente baixou para os l?bios quando nenhum deles disse uma palavra. Shinbe observou os l?bios dela a se separarem, e o seu corpo a mover-se com vontade pr?pria quando ele encurtou dist?ncia entre eles. Ele ro?ou os l?bios nos dela com um beijo leve que era apenas a calma antes da tempestade … a sua respira??o aqueceu a sua bochecha. Ent?o um nevoeiro estridente de vermelho e preto bateu nele quando a dor atravessou a sua ferida pois os seus poderes de guardi?o tinham acabado de come?ar a cura. Shinbe foi rebocado e jogado no ch?o por Toya muito enfurecido, que agora estava acima dele, apontando um dos seus punhais g?meos diretamente para a sua garganta. – Porque diabos pensas que est?s a beijar Kyoko, seu bastardo? – gritou Toya, tremendo de raiva. A vis?o de Shinbe a beijar Kyoko estava marcado como que queimada para sempre nas suas retinas. – Eu deixei-a sob os teus cuidados e decides molest?-la? – gritou furioso. Os olhos de ametista de Shinbe escureceram para um roxo profundo. Kyoko abriu caminho entre eles, de costas para Shinbe, como se o protegesse. Olhando para Toya, ela exigiu: – N?o te atrevas! – estendeu as m?os num gesto de prote??o. – N?o ? o que pensas, Toya. Toya abaixou a adaga com um rosnado: – Oh sim, ent?o por que diabos est?s nua? Os olhos prateados baixaram na sua pele nua para mostrar o seu ponto de vista. O mundo de Kyoko desabou sobre ela, e ela sabia que os deuses estavam a rir enquanto ela estava parada no lugar. De repente, ela sentiu a brisa na sua pele nua e p?de sentir os olhos de Toya a esquentar a sua pele com a mesma rapidez. Soltando os bra?os para os lados, o seu olhar procurou as suas roupas, vendo que agora estavam secas e deitadas na rocha n?o muito longe. Voltando os olhos para os de Toya, ela sussurrou: – Fui atacada e Shinbe salvou a minha vida. Eu estava a ajud?-lo porque ele foi ferido ao proteger-me, e da?? Eu beijei-o, grande coisa. Isto foi um agradecimento! Ela tentou facilitar o caminho entre eles e em dire??o a suas roupas, mas mudou de ideias quando Toya novamente apontou a adaga para a garganta de Shinbe. – Pediste-lhe um beijo como recompensa por salv?-la? Seu maldito pervertido!– rosnou Toya, agora ainda mais furioso com o guardi?o. Ent?o, com um empurr?o r?pido, ele agarrou o bra?o de Kyoko, puxando-a para tr?s e fora da vista do seu irm?o. Os olhos de Shinbe brilharam de raiva pelo tratamento dado por Toya a Kyoko. – Guarda a l?mina, Toya. As palavras de Shinbe come?aram a congelar quando ele se levantou tirando as cal?as, o peito ainda nu. Ele elevou-se sobre Toya amea?adoramente, sendo o mais alto dos dois, se preparando para voar nele. Afinal … nunca ningu?m o tinha chamado de cobarde. Kyoko correu de volta e deslizou entre os irm?os mais uma vez. O peito dela acidentalmente ro?ou o peito de Toya ao mesmo tempo que as suas costas ro?avam a pele quente de Shinbe porque eles estavam no meio de um passo amea?ador mais perto um do outro. A sua sobrancelha come?ou a contra??o muscular. – Eu o beijei. Ele n?o pediu. Agora, voc?s dois v?o embora para que eu possa me vestir. Ela olhou para cima, procurando o olhar prateado de Toya e suavizou a sua voz quase suplicante: – Isso ? mau o suficiente sem precisar piorar. Ela sentiu Shinbe afastar-se e, sem se virar para olhar, sabia que ele estava as vestir-se. Ela podia ouvir o farfalhar do material quando ele o tocava de forma descendente com movimentos bruscos.Para perceber melhor ent?o, decidiu virar-se e olhar, ela manteve os olhos fixos em Toya esperando para ver se ele tinha mais algumas tend?ncias para ferir Shinbe. Ela quase suspirou de al?vio ao ouvir os passos de Shinbe em retirada ao deixar as fontes termais. Toya n?o prestou aten??o na partida de Shinbe. No momento, ele ainda estava olhando para os olhos de Kyoko em confus?o. ‘Ela beijou Shinbe? Porqu??’ Ela estendeu a m?o para tocar o seu bra?o, mas ele rapidamente virou-se e deu um passo para longe, virando-lhe as costas. – Veste-te, mas n?o te vou deixar sozinha de novo. Ficarei at? que estejas pronta para sair daqui. – disse com um tom de voz que ainda continha raiva. Kyoko suspirou e rapidamente foi vestir-se com as suas roupas, correndo para elas. Uma vez finalmente vestida, ela virou-se, vendo as costas implac?veis e passou por ele, pronto para regressar ? cabana quando ele estendeu a m?o e agarrou o seu bra?o, girando-a para encar?-lo. Toya s? queria saber o porqu?. Porque ela beijaria Shinbe assim? A sua franja escura caiu adiante, protegendo os seus olhos dourados dela. – Porque o beijaste? – sussurrou. O cabelo dele balan?ava na brisa constante, fazendo com que os reflexos prateados brilhassem de forma atraente. Kyoko franziu a testa sem saber como responder. Na verdade, talvez ela simplesmente quisesse, mas ela n?o podia dizer isso a ele. Ela suspirou: – Eu n?o pensei, ent?o … eu realmente n?o sei o porqu?. Ela baixou os olhos. Aquilo era a verdade de qualquer maneira. Toya sentiu o medo invadir o seu cora??o com a resposta dela. Ele levantou a cabe?a e olhou diretamente para ela, atraindo o seu olhar para ele. – Kyoko, tu nunca me tentaste beijar … assim. – disse sem pensar. Os olhos de Kyoko brilharam para ele por coloc?-la em destaque, e ela gritou de volta para ele: – N?o me digas o que devo fazer! Al?m disso, eu n?o tenho namorado, ent?o eu sou livre para beijar algu?m que eu queira, certo? Ela puxou o bra?o do abra?o dele, ignorando a brutalidade da resposta dela e ela passou por ele perguntando por que de repente ele se importava. Kyoko olhou para o ch?o enquanto caminhava em dire??o ? cabana. Toya enfureceu-o. Como ousou ficar aborrecido com ela ou Shinbe por causa do beijo? O que era isso para ele, afinal? Ele n?o se importava com ela. Ele n?o amava ningu?m, e ent?o porque importar-se com quem ela beija? Ela abriu a porta da cabana e atirou-se na cama, profundamente pensativa. Toya entrou atr?s dela. – ? melhor que eu nunca te veja beijar Shinbe de novo! – gritou ele enquanto se sentava do outro lado da sala e recostou-se na parede. Kyoko olhou para ele quando a sua mente percebeu exatamente o que ele acabara de dizer, ou ordenado. ‘Como ele se atreve!’ – pensou quando os seus olhos esmeralda come?aram a disparar fa?scas. – Eu vou beijar, quem eu quiser, sempre que eu quiser! Com isso, Kyoko levantou-se com raiva, enrolou o saco-cama, pegou na mochila e dirigiu-se para a porta. Toya saltou para segui-la com um olhar ferido. – Onde pensas que vais, caramba? Ele n?o pretendia deix?-la com raiva o suficiente para sair. Ele simplesmente n?o gostou do fato de que Shinbe a tivesse tocado. Kyoko parou com a m?o no batente da porta, de costas para ele. – Toya. Ela virou-se levemente, levantou a m?o na dire??o dele e, com um sorriso zangado, ela usou o feiti?o ‘Domesticar’ nele, sabendo o quanto ele odiava. – Cala-te! Toya atingiu o ch?o com uma s?rie de maldi??es. Kyoko pisou fora da porta, passando por Shinbe e caminhou em dire??o ao santu?rio inaugural com toda a inten??o de voltar para casa. Shinbe estava de costas para a cabana, com um leve sorriso no rosto. Ele ouviu o que Kyoko tinha dito, e o seu sorriso aumentou quando ouviu Toya cair no ch?o. Kyoko n?o o viu parado ali quando ela saiu, e ent?o ele seguiu’a enquanto ela entrava na floresta. Cap?tulo 4 ‘N?o v?s’ Chegando ao cora??o dos jardins do tempo, Kyoko sentou-se lentamente na relva em frente a est?tua da donzela, olhando para o rosto dela. Ela concentrou-se no rosto que ela sabia espelhado nos seus pr?prios olhares. Essa imagem pertencia ao antepassado de quem a est?tua foi feita em mem?ria. E se vivendo ao mesmo tempo, eles poderiam ser g?meos. Kyoko afastou o pensamento, lembrando-se do motivo pelo qual agora estava sentada na relva em primeiro lugar. Os seus pensamentos come?aram a brigar entre si como se ela nem estivesse l? para ouvir. 'Toya ? um idiota!' Ela acabara de voltar e ‘tudo o que ele podia fazer era gritar’ com ela. ?s vezes ela apenas … odiava-o… Ok, talvez isso fosse mentira. Kyoko suspirou: – Eu n?o posso mentir para mim mesma. Eu amo Toya e quando ningu?m est? por perto para testemunhar isso … ele frequentemente prova que me ama tamb?m. Kyoko estreitou os olhos em pensamento. – Mas tem sempre que explodir. Ela estava a ir para casa e talvez nunca mais voltasse. Ela saltou com todas as inten??es de colocar as m?os nas m?os da donzela, sabendo que a levaria para casa. ‘Mas ent?o eu nunca mais veria Shinbe.’ Os seus olhos arregalaram-se e a sua mente gritou: – Mas tu gostas dele!… Isso ? rid?culo. – argumentou ela consigo mesma. – S? tenho sentimentos porque sonhei com ele, isso n?o significa nada. – Ela afastou-se da est?tua, abaixando a m?o hesitante e sentou-se, encostando-se a uma pedra fria. – Mas e se ele tamb?m tiver sentimentos por mim? Se o beijo tivesse ido mais longe, ent?o ele teria me beijado de volta? Quem foi que beijou no in?cio? Mas ele ? um mulherengo… ele beijaria qualquer mulher. E ele defendeu-me com Toya. Mas s? porque ele se sentiu amea?ado e, al?m disso, ? assim que Shinbe ?. Uma voz profunda a trouxe dos seus pensamentos embaralhados. – Kyoko. – soou a voz rouca de Shinbe quando a chamou. A cabe?a de Kyoko disparou e ela corou, sentindo como se tivessem ouvido os seus pensamentos. – Mmmm, ol?. – olhou indiretamente para ele, na esperan?a de que ele n?o visse o rubor que ela sabia que estava no seu rosto. – Est?s a ir para casa? – disse, dando alguns passos lentos enquanto falava: – Eu realmente n?o te posso culpar, depois do jeito que Toya agiu. Shinbe ajoelhou-se na frente dela com a m?o esticada para ajud?-la a ir para cima. Ela pegou na m?o oferecida e levantou-se, tirando o p? da saia. – Eu simplesmente n?o suporto estar perto dele ?s vezes, Shinbe … eu … eu realmente sinto muito por todas os problemas que lhe causei. – disse, dando um passo em dire??o ao santu?rio. Shinbe n?o queria que Kyoko fosse embora, mas ele sabia que n?o haveria como det?-la quando ela j? se tinha decidido. Ele sabia muito bem o quanto ela odiava quando Toya exigia que ela n?o devesse sair, e ele n?o queria que ela se ressentisse pelas mesmas raz?es. Mas, na verdade, ele sentia o mesmo que Toya … ele n?o queria que ela fosse. Retendo os seus verdadeiros sentimentos, ele tentou anim?-la. – Est? tudo bem, Kyoko. Podes causar-me problemas a qualquer momento. – sorriu, fingindo alcan??-la lentamente. Kyoko n?o sentiu falta da m?o dele, que avan?ava na sua dire??o. Ela riu, mostrando-lhe um sorriso. Ent?o ela se foi. Shinbe ficou parado a olhar a est?tua enquanto o seu sorriso vacilava. Ele queria dizer a ela para n?o ir. Ele n?o tinha nenhuma compuls?o de toc?-la … bem, talvez um pouco. Ele fez a a??o para que ela sentisse facilidade em sair e saber que nada havia mudado entre eles. Ele poderia dizer que ela estava chateada e tudo o que ele queria era v?-la sorrir ou mostrar outras emo??es al?m de tristeza e raiva. O seu plano funcionou melhor do que ele pensava quando ela riu dele. O olhar ametista assombrado de Shinbe afastou-se do santu?rio inaugural. Ele odiava o tempo da capacidade do portal de lev?-la para longe dele e desejou que ele pudesse segui-la no seu mundo … apenas uma vez. Os seus olhos escureceram de forma atrativa, depois se estreitaram com o pensamento ciumento de Toya poder segui-la atrav?s do cora??o do tempo. Por que o portal do tempo escolheu o guardi?o prateado e s? ele? Simplesmente n?o era justo. Toya n?o era o seu ?nico guardi?o. ***** Quando Kyoko se viu do outro lado do santu?rio, ela deitou-se dentro do templo na privacidade da casa do santu?rio, descansando a cabe?a na mochila e fechando os olhos. Ela n?o queria ter que enfrentar ningu?m agora. Pensamentos de Shinbe a fazer amor com ela continuavam ? volta ? sua mente. Por que tem ela que sonhar com ele assim? Apenas a fez desejar … – O que estou a pensar? – perguntou a ela pr?pria. Ela teve que parar de pensar nisso. Shinbe e Suki obviamente gostavam um do outro, mesmo que n?o admitissem. Al?m disso, ele tenta seduzir todas as mulheres. ? assim que Shinbe era. Kyoko lentamente levantou-se e saiu da casa do santu?rio que protegia a est?tua da donzela. – Vou apenas para o meu quarto e estudar. Sim, ent?o eu vou para a escola amanh?, e tudo estar? bem. Talvez eu at? ligue para meus amigos e saia com eles por um bocado. Kyoko parou e quase cruzou os olhos, pensando em voz alta: – Nova regra, n?o comer frutas embebidas em ?lcool com os amigos. ***** Toya ainda estava a lutar contra o seu humor ciumento enquanto caminhava lentamente para o santu?rio. Ele tinha toda a inten??o de seguir Kyoko e endireitar isso. Ele n?o suportava pensar que ela estava zangada com ele. Os seus sentidos dispararam, dizendo que ele n?o estava sozinho. Ele olhou para cima e encontrou Shinbe recostando-se contra uma das pedras circundantes que sobraram de algum castelo esquecido que costumava ficar ali. As suas m?os estavam cuidadosamente enfiadas no casaco, com o cajado sobre o colo. Ele estava a inclinar a cabe?a para tr?s com os olhos fechados, como se estivesse a dormir. – Acorde, seu idiota est?pido! – gritou Toya para ele, agora mais irritado do que nunca. Shinbe abriu um olho sonolento e fechou-o novamente: – O que queres, Toya? Toya fumegou: – O que eu quero? Eu quero saber o que diabos est?s a fazer sentado aqui. Shinbe abriu os olhos e ergueu uma sobrancelha para o irm?o: – N?o posso descansar? Toya estreitou o olhar para ele: – Desde quando vens ao cora??o do tempo para descansar? Shinbe levantou-se lentamente, preparando-se, apenas por precau??o. Ele sabia que Toya era mais forte. Mas ele tamb?m sabia que n?o era t?o fraco quanto Toya pensava que ele era. Os seus poderes eram apenas diferentes. – Vim despedir-me de Kyoko. Depois da maneira como a trataste, teremos sorte se ela alguma vez voltar. Mas o que est? a acontecer nesse seu c?rebro de ervilha? – A voz calma de Shinbe se manteve mesmo indicando a agita??o interna que ele estava a esconder. Toya deu um rosnado suave, sabendo que o que Shinbe disse era verdade. Talvez, apenas talvez ele tenha exagerado, mas ainda assim, ele viu-os a beijarem-se. Kyoko tinha beijado aquele guardi?o lascivo. A cena voltava ? mente de Toya e a sua alma gritou: – N?o, era Shinbe a beijar Kyoko, n?o o contr?rio. Ele virou as costas para Shinbe: – Eu n?o sei o que est?s a fazer como guardi?o, mas se tiveres deitado uma m?o em Kyoko de novo … eu vou te matar. Com isso, Toya saltou no ar, deixando apenas uma ?nica pena prateada flutuando na brisa. Shinbe suspirou e sentou-se, encostando-se na pedra quando ouviu a brincadeira de Kamui a rir ? dist?ncia. Alguns momentos depois, Sennin, Kamui e Suki entraram na clareira, segurando cestas de ervas e legumes pelos quais o velho estava ? procura. – Eles devem t?-lo encontrado no caminho de volta para a cabana. – argumentou Shinbe. Sennin era o velho dono da cabana em que ficavam quando estavam perto do santu?rio. Sennin criou Suki e o seu irm?o sozinho quando a sua esposa, a m?e deles, foi morta por dem?nios durante um ataque ? vila. Suki era muito pequena para se lembrar da m?e, mas ela tinha sido a melhor matadora de dem?nios humanos dentro do reino. Para a vila, Sennin era um curandeiro, mas os guardi?es sabiam a verdade. Ele era mestre em lan?ar feiti?os e sabia muito mais do que a maioria dos humanos no seu reino. Shinbe sorriu tristemente, enquanto observava o velho a aproximar-se. – Por que pareces t?o triste, Shinbe? – Sennin perguntou enquanto se aproximava. Ele olhou para ele com sua vis?o de sabedoria. O guardi?o da ametista estava a agir um pouco estranho ultimamente … e isso foi dizendo muito, porque na sua opini?o, todos os guardi?es eram naturalmente um pouco estranhos. Shinbe levantou-se quando eles se aproximaram, como se ele estivesse ? espera por eles, em vez de quase brigar com Toya. Suki olhou atr?s dele para o santu?rio inaugural. – Kyoko j? voltou para casa? Shinbe olhou fixamente para ela antes de responder: – Sim, sim, ela j? regressou. Kamui parou de procurar na cesta por algo para comer e olhou atentamente para Shinbe, com o seu sorriso a desaparecer e a preocupar-se novamente. – Por que ela se foi embora? Ent?o, t?o depressa se lembrou disto, os seus olhos se estreitaram: – O que Toya fez desta vez? Shinbe estendeu a m?o e a colocou no ombro de Kamui para acalm?-lo. Ele sabia que Kamui odiava quando Kyoko voltava ao seu tempo, tanto quanto ele. – Est? tudo bem, Kamui. Ela voltar? em breve. Ou pelo menos ele assim esperava. Ele gemeu interiormente. Suki parecia perturbado. Kyoko voltou algum dia durante a noite. Ela nem tinha tido a oportunidade de falar com ela, exceto por alguns momentos naquela manh?. – Ent?o, ela teve que dom?-lo? Shinbe olhou para a rapariga e sorriu: – Receio que sim. Toya n?o est? com muito bom humor. – Eu imagino que ele n?o esteja. Sabes do que eles discordaram desta vez? Sennin semicerrou os olhos quando ele mudou a sua cesta e come?ou a caminhar em dire??o ? cabana. Suki seguiu atr?s com Kamui, que estava mais uma vez a mergulhar na cesta de comida para comer. Shinbe seguiu atr?s, tentando pensar como responder ? pergunta. – Toya acha que ele precisa de um motivo para gritar com ela? Shinbe encolheu os ombros, como se ele n?o fizesse ideia, o tempo todo ? espera que ningu?m pudesse sentir a sua culpa. Toya sentou-se numa ?rvore ao lado da cabana de Sennin e ouviu as brincadeiras enquanto se aproximavam. Ele ouviu o coment?rio de Shinbe e queria dar-lhe uma sova. Mas depois ele pensou sobre isso, e decidiu ser melhor n?o contar a eles o que tinha visto. Os seus olhos brilhavam com fa?scas de prata quando ele pensou sobre o beijo. Decidindo segur?-lo por enquanto, Toya recostou-se na ?rvore e fechou os olhos, fingindo estar a dormir. – Est?s acordado, Toya?– chamou-o Sennin. Toya continuou a ignorar o velho. N?o era como se lhe devesse alguma coisa. Sennin fez uma pausa, querendo expressar o seu argumento de qualquer maneira: – Com certeza fizeste isso desta vez. N?o podias esperar at? que ela tivesse ficado mais um pouco? Toya inclinou-se para frente e olhou para Sennin. – Cala a boca, velho. Nem sabes do que est?s a falar. Ele pulou e foi em dire??o ? floresta. Shinbe suspirou de al?vio. Ele estava preocupado que Toya lhes dissesse sobre o beijo inocente, e ele teria que explicar. – Eu achei inocente? – pensou consigo mesmo sentindo algo pesado assente na boca do est?mago. Se era t?o inocente, por que ele continuava pensando em qu?o suave os seus l?bios eram quando eram pressionados contra os dele? Com esse pensamento, ele gemeu e entrou na cabana. Kaen, um aliado dos guardi?es, melhor descrito como um esp?rito do fogo, apareceu diante de Kamui com um sorriso. Ele muitas vezes ajudou a treinar Kamui e foi muito protetor com ele durante a batalha. Isso ajudou Kaen pode mudar da forma humana para um drag?o … isso tornou o treino muito mais intenso. Eles praticavam poses de luta do lado de fora da cabana enquanto Sennin e Suki se entreolhavam. Suki encolheu os ombros e eles entraram na cabana. Shinbe estava deitado numa esteira, apoiado no cotovelo, de costas para eles. Eles observaram-no, mas nenhum deles disse nada sobre o seu humor deprimido. Suki acendeu o fogo enquanto Sennin preparava a comida para o jantar, ambos olhando para ele enquanto ele suspirava. ***** Toya ficou longe da cabana o dia todo, at? o sol come?ar a p?r-se no horizonte. Ele aproximou-se silenciosamente quando ouviu Sennin e Suki a conversar baixinho. A sua audi??o aprimorada de guardi?o ouviu cada palavra sussurrada pelos seus l?bios. – Voc? acha que ele est? doente, Sennin? – perguntou Suki preocupada enquanto olhava para Shinbe, que estava ainda deitado no cobertor, dormindo profundamente. – Pois, ele n?o comeu nada. – respondeu o velho enquanto limpava as tigelas do jantar. – Eu espero que ele n?o descubra nada. Sem a ajuda de Kyoko, estamos realmente a precisar dele amanh? quando procurarmos o talism? desaparecido. Suki encolheu os ombros enquanto ela desenrolou o seu saco de cama. – Bom, vou fazer um ch? de ervas para ele quando ele acordar. Sennin n?o achava que o guardi?o estivesse doente porque eles tinham uma imunidade t?o alta a doen?as humanas. A verdade era … ele nunca tinha ficado conhecido por ficar doente. Tinha que ser algo muito mais profundo que isso. Os seus velhos olhos castanhos semicerraram quando ele pensou no talism? desaparecido. Desde que o guardi?o do cristal do cora??o havia sido quebrado, as lascas do pequeno talism? apareciam por toda parte, e geralmente nas m?os erradas. Qualquer dem?nio fraco que possu?sse um talism? tornava-se forte e muito perigoso. O ex?rcito maligno de Hyakuhei parecia estar a crescer todos os dias. Ultimamente, ele sentia o mal a chegar bem perto. Toya ficou do lado de fora da cabana debatendo se deveria ou n?o entrar, quando ouviu o seu nome mencionado. – Eu pergunto-me porque o Toya estava t?o chateado com o fato de Kyoko querer ir para casa. – disse Suki a bocejar. Sennin assentiu: – Voc? pensaria que j? teria aprendido as suas li??es agora. Precisamos dela assim como tanto quanto precisamos dos guardi?es. Suki sentou-se na sua esteira, afastando um pouco da sujeira imagin?ria. – Bem, n?o demorou muito para deix?-la com raiva. Aposto que ele disse algo sobre ela cheirar a ?lcool. Ela virou-se para ficar de frente para Kamui quando ouviu risadas abafadas dele. Pegando num pente que Kyoko tinha dado a ela, ela atirou-o, batendo na cabe?a dele: – Eu pensei que estavas a dormir! Sennin riu dos dois enquanto caminhava para a porta. – Boa noite Suki … Kamui. Toya ficou do lado de fora da cabana. Ele havia se esquecido de Kyoko cheirar a ?lcool. Ent?o ele n?o precisou contar a eles o que realmente aconteceu, embora seria bom fazer com que Shinbe n?o tivesse problemas com Suki. Ele sorriu. Ela ficaria t?o zangada com ele que lhe daria uma surra de todo o tamanho. Pulando na ?rvore, Toya soltou uma risada ao pensar em Suki a bater em Shinbe, sabendo que o seu irm?o nunca levantaria um dedo para det?-la. Cap?tulo 5 ‘Ci?mes perigosos’ Kyoko estava infeliz. Tudo o que ela conseguia pensar era em Shinbe e Toya e aquele beijo est?pido. Ela estava deitada sob as cobertas macias bem acordada, pensando como ela poderia querer ser beijada por qualquer um deles. Um deles era Shinbe, o guardi?o lascivo que brincava com todas as mulheres que ele entrava em contato. Ele provavelmente tinha mais mulheres do que dedos nas suas m?os, e ainda assim o pensamento do seu beijo a fazia quase que desmaiar. O outro era Toya que gritava com ela por pequenas coisas e tentava sempre controlar cada movimento que ela fazia. Ainda assim, ?s vezes ele podia ser t?o doce. Ambos podiam. Ela encostou-se no travesseiro e suspirou. Era estranho como ela pensava apenas em Toya antes que ela fosse dormir, mas por um tempo agora, os pensamentos estavam mudando lentamente para Shinbe. Shinbe … Ela adormeceu e sonhou com ele mais uma vez. ***** Shinbe acordou no meio da noite coberto de suor, outro sonho. Ele choramingou ao levantar-se. Por que ele tinha que ficar a pensar nela? Ela estava a lev?-lo al?m do limite. Ele olhou em volta, certificando-se de que Suki e Kamui ainda dormiam. Deslizando pela sala como um fantasma, ele saiu da cabana e respirou fundo olhando para o c?u. Foi quando ele percebeu que Toya olhava para ele dos galhos mais baixos da ?rvore em frente ? cabana. – O qu?? – disse Shinbe que n?o queria outro confronto agora, mas o jeito que Toya estava a olhar para ele era apenas irritante. Toya cheirou o ar e rosnou, sentindo a excita??o de Shinbe. – O que est?s a fazer, guardi?o? Shinbe inclinou a cabe?a e colocou os dedos contra a t?mpora, como se estivesse a receber uma dor de cabe?a, embora isso fosse imposs?vel para um imortal. – Vou dar um passeio ? meia-noite, n?o que seja uma preocupa??o sua. Toya rosnou novamente, pulando do seu poleiro acima da cabana de Sennin. Ele andava atr?s de Shinbe como se estivesse a perseguir a sua presa. – Tenho certeza que sim. – disse Toya e continuou a andar ? volta dele. Shinbe observou-o pelo canto do olho, uma express?o entediada no rosto, mas mentalmente pronto para Toya atacar. – Eu n?o sei o que est?s a sugerir, Toya. Mas, na verdade, n?o preciso que segures a minha m?o. Toya parou de andar ? volta dele de forma intimidadora e apareceu diretamente na frente de Shinbe t?o r?pido que causou uma brisa. – Fica longe de Kyoko, ouviste? Se eu pensar por um minuto, que tocaste nela … – puxou o bra?o para o lado e deixou um dos punhais g?meos aparecer na palma da m?o. Ele estreitou o olhar para o outro guardi?o. – N?o pensarei duas vezes em matar-te, irm?o ou n?o. Shinbe n?o suportava a m?o pesada de Toya. – Sim, eu entendo. Agora, se n?o te importas… Toya desviou-se para o lado, deixando Shinbe passar. – N?o confio nesse guardi?o. – pensou Toya. Shinbe entrou na floresta. Ele n?o se importava para onde estava a ir. Ele s? queria estar o mais longe quanto poss?vel dos olhos conhecedores de Toya. Sim, ele sabia que Toya o mataria quando ele descobrisse o que ele fez, mas pelo menos ele morreria um homem feliz. Ele suspirou olhando para a noite cheia de estrelas. – Ah, Kyoko. Por que tiveste que ir? Maldito Toya. Ele gesticulou com o seu bast?o e rosnou. – Maldito. Shinbe continuou a andar sem a inten??o de chegar perto do santu?rio, mas foi onde ele acabou por chegar de qualquer maneira. Ele ficou na beira da clareira, sabendo que n?o deveria estar l?. Toya provavelmente estava a segui-lo. Ele olhou em volta, consciente de todos os sinais do seu temperamento quente do irm?o. Quando ele n?o o sentiu em lugar algum, ele caminhou lentamente em dire??o ? est?tua da donzela. Ele ficou na frente da est?tua, olhando para a imagem de Kyoko do passado, sonhando acordado, e nunca ouviu os passos que surgiram atr?s dele. – O que diabos voc? pensa que est? a fazer aqui, guardi?o? – chamou Toya com um tom baixo de atr?s. Ele assustou Shinbe tanto que perdeu o equil?brio e quase caiu nos bra?os da donzela, se Toya n?o o tivesse agarrado pelo bra?o. – Toya, realmente tens que parar de te intrometeres no espa?o das pessoas assim. – disse Shinbe com um rosnado e ele apertou a m?o de Toya. – Eu disse para ficares longe de Kyoko. Eu n?o sei o que est? a acontecer nessa tua cabe?a, mas se eu tiver que lhe dar alguma orienta??o, eu irei fazer isso. – disse com os olhos de Toya a brilharem loucamente de raiva pelo pensamento do seu irm?o, nutrindo sentimentos por Kyoko. N?o nesta vida, n?o se ele tivesse alguma coisa a ver com isso. Shinbe j? se cansara das amea?as de Toya. Ele apenas estalou. – Que diabos! Ele mostrou de forma amea?adora a sua lan?a a Toya, que saltou para tr?s do caminho. – Tiveste um milh?o de oportunidades com Kyoko, mas sempre escolheste fechar os olhos para isso. Agora queres dizer a ela com quem ela pode estar? Quem ela pode beijar? Ele riu, mas parecia zangado. – Isso n?o vai acontecer, Toya. Vais perder. Shinbe balan?ou a cabe?a e firmou o cajado, pronto para o tumulto que se aproximava. Ele sabia exatamente do que Toya era capaz, mas ele estava cansado de recuar. Toya olhou para Shinbe em choque. Ele n?o conseguia se mexer. Ele sabia que n?o poderia usar o punhal g?meo … se o fizesse, ele mataria o seu irm?o. Os seus olhos come?aram a sangrar prata derretida enquanto dizia ao irm?o: – O que disseste? Est?s a dizer que 'tu' queres Kyoko? Toya rosnou quando acrescentou: – N?o passas de um guardi?o lascivo. Kyoko nunca ficaria contigo! Ele atirou-se a Shinbe. Shinbe esquivou-se do balan?o de Toya e manteve-se firme: – Achas que ela ainda te quer quando tudo o que fazes ? tentar control?-la e agir como se n?o desse a m?nima para os sentimentos dela? Evitou outro golpe de Toya e riu. A sua voz escureceu: – Ou eu toquei num nervo? Toya ficou a olhar para Shinbe. Por que ele n?o tirou os punhais g?meos, ele n?o sabia. Mas ele queria derramar o sangue de Shinbe, desesperadamente. Ele n?o precisava de l?minas para fazer isso. – N?o tens o direito de falar sobre o que eu fa?o. – disse com um tom de Toya que era mortal quando ele abaixou a cabe?a, a franja sombreando a tonalidade vermelha que se arrastava com a prata que j? havia tomado conta das suas ?ris. Shinbe levantou uma sobrancelha para Toya. – Ah, ent?o eu atingi um nervo. Que interessante. O guardi?o de prata tem sentimentos … Ele ama a sua sacerdotisa. Mas n?o tens o direito de dizer ? Kyoko quem ela pode beijar. Afinal, como ela disse, ela n?o tem namorado. Ent?o, como eu vejo, ela ? justa. Shinbe levantou os ombros, virando-se e olhando para o santu?rio. Toya aproveitou o momento para dar uma investida em Shinbe. – Maldito sejas, n?o vires as costas para mim! Shinbe com for?a, mandando-o cair, atirou a sua lan?a pela clareira. Shinbe foi r?pido e rolou, levantando-se para encarar Toya. Os seus longos, cabelos azuis como a meia-noite balan?avam na brisa enquanto os seus olhos de ametista brilhavam perigosamente. Ambos os guardi?es ficaram em sil?ncio por um momento enquanto se encaravam com raiva. A erva ao redor deles e a est?tua da donzela brilhava com uma aura despercebida deixada pelo inimigo. Sem armas e em desvantagem, Shinbe colocou a m?o na frente dele, palma para cima enquanto ele invocava os seus poderes de guardi?o. As pedras ao seu redor come?aram a soltar-se do ch?o onde estavam presas por tanto tempo. Ele sabia que n?o tinha tempo para completar o feiti?o quando Toya atacou novamente. Ele tentou afastar-se, mas sentiu as pernas dobrarem quando bateu no lado da est?tua inaugural. As pedras pesadas ca?ram de volta no ch?o quando Toya colidiu com ele, agarrando-o pela garganta. Shinbe agarrou a frente da camisa de Toya enquanto os dois ca?am num mar de n?voa azul quente. Em vez de aterrar com um estrondo como Shinbe esperava, ele sentiu-se envolto numa luz azul suave. O seu primeiro pensamento foi que ele devia estar a morrer, pois Toya o estrangulara pouco antes de eles ca?rem. Saindo da posi??o lenta, a misteriosa n?voa desapareceu e ele pousou … firme. As m?os de Toya ainda estavam ? volta do pesco?o. Quando os seus sentidos voltaram a ele rapidamente, Shinbe levantou as m?os entre os bra?os de Toya e foi capaz de arrancar as m?os do guardi?o dele. Toya caiu de costas quando Shinbe o empurrou. Foi quando ele percebeu onde eles estavam. – O que …? – disse Toya ao olhar para a escurid?o, vendo o teto acima da sua cabe?a. Eles tinham entrado no tempo de Kyoko? Shinbe estava na merda do tempo de Kyoko? – N?o! – rosnou Toya enquanto ele se levantava do ch?o de madeira e olhava para Shinbe. Todos os guardi?es j? tinham feito essa viagem atrav?s do cora??o do tempo, exceto ele. Ele era o ?nico guardi?o n?o permitido aqui. O ci?me correu pelas veias de Toya. – Agora eu realmente vou te matar! – atacou Toya Shinbe novamente, dando um soco no lado da cabe?a dele. Shinbe n?o era t?o fraco quanto parecia. Ele balan?ou a cabe?a enquanto estendeu uma perna, rapidamente caiu e pontapeou Toya para o lado, fazendo-o cair. Toya rosnou quando ele caiu de lado contra a parede do santu?rio. Shinbe encostou-se na parede de madeira ofegante, tentando recuperar o f?lego. O casaco dele estava rasgado em alguns lugares, e sua cabe?a latejava com o golpe de Toya. Ele olhou para Toya, que n?o parecia pior para o desgaste … A sua ?nica express?o era demente. Toya agachou-se e gritou: – N?o est?s autorizado a estar aqui! Ele atirou-se em dire??o a Shinbe novamente, mas bateu na parede com um estrondo quando Shinbe saiu do caminho no ?ltimo segundo. Toya pode ser sido mais forte, mas Shinbe era mais r?pido. Quando ele se esquivou, Shinbe virou-se e atirou uma explos?o de for?a vital que machucaria um deus. Toya caiu para tr?s, mas a sua raiva o impediu de sentir alguma coisa. Ele limpou o sangue do seu l?bio enquanto olhava para Shinbe com olhos de merc?rio. Ele precisava de se acalmar, mas mesmo quando o pensamento tinah nascido na sua mente, a raiva empurrou-o de volta. O que ele queria era magoar Shinbe, muito mesmo. Ele observou Shinbe inclinar-se, com as palmas das m?os ofegantes e aproveitou a oportunidade para agarr?-lo pelo casaco, atirando Shinbe pela porta da casa do santu?rio. Os guardi?es n?o podiam ser mortos … pelo menos essa era a teoria … era uma mentira. Hyakuhei havia morto o pai deles e ningu?m era imortal.Shinbe deslizou pelo cascalho antes de parar e depois levantou-se, limpando o sangue e a sujidade dos olhos. ***** Kyoko estava deitada na cama, imaginando o que a havia assustado. Ela podia ouvir batidas e gritos abafados, ent?o ela assumiu que o av? estava acordado at? tarde a ver TV. A alma dela quase saiu do seu corpo quando Tama irrompeu pelo seu quarto. – Kyoko! – apontou Tama para a janela. – Som … algu?m est? a brigar … no … no p?tio. – Mal tinha acabado de gaguejar estas palavras, quando Kyoko correu para a janela para ver. Ela n?o conseguia ver nada, porque obviamente eles haviam retirado o poste de luz que ficava perto da beira do quintal. Tama estava ao lado dela, olhando para o p?tio, exatamente quando um clar?o de vermelho e preto aparecia mais perto da casa onde a luz vinha da varanda. Ele apontou: – ?, ? … – Toya! – gritou Kyoko quando sentiu o p?nico a atacar. Com quem estava ele a lutar … um dem?nio … naquele mundo? Ela observou quando ele foi subitamente levantado no ar e atirado para tr?s na enorme ?rvore que ela costumava escalar quando crian?a. O problema era … ela n?o via nada a atir?-lo, a menos que ele estivesse a lutar com um fantasma. – Tama, vai acordar o av?. Eu tenho que ajudar Toya. Ela rapidamente pegou no seu arco espiritual e saiu pela porta e Tama ficou em choque. Ela correu descal?a para o p?tio, um dardo espiritual j? entalhado no arco. Tentando ver o seu alvo antes de lan?ar o dardo espiritual, ela ficou chocada ao encontrar n?o um guardi?o, mas dois. Isso a parou de repente. – Shinbe. – sussurrou Kyoko enquanto o observava desmoronar contra a parede externa do casa do santu?rio. Parecia que ela podia sentir o impacto da mesma forma que ele, exceto que deixava um enorme impacto no cora??o dela. Ela olhou para o movimento vindo do lado e piscou os olhos esmeralda na dire??o dele. Isto era Toya, e ele estava prestes a magoar Shinbe novamente. Atirando o arco para cima, ela levantou a m?o para lan?ar o feiti?o de domestica??o que s? funcionava no guardi?o de prata. – Toya! N?o! – gritou Kyoko. Toya estava no meio do v?o quando de repente caiu no ch?o como uma tonelada de tijolos, enterrando o seu rosto na terra dura. Kyoko correu para Shinbe, derrapando na erva enquanto corria. Caindo de joelhos ao lado dele, os seus l?bios separaram-se sabendo que ele estava em m? forma. – Shinbe, est?s bem? Shinbe abriu um olho e olhou para Toya. – Isto vai doer. – tentou ele sorrir, mas desmaiou antes que ele pudesse lidar com isso. Toya olhou para Kyoko da sua posi??o de bru?os e rosnou ao ver como os seus l?bios tremiam. – Como ela ousa ficar ao lado dele, depois do que Shinbe disse? Kyoko voltou-se para ele, com l?grimas nos olhos. – O que ? que voc? fez? Ele n?o teve oportunidade de responder quando o seu irm?o e av? vieram a correr para o p?tio. O av? com os papiros dos dem?nios na m?o, pronto para bater em qualquer coisa que ousasse magoar a sua neta. Kyoko come?ou a solu?ar, sem saber o que fazer: – Ajudem-me a colocar Shinbe em casa. Tama e o seu av? n?o fizeram nenhuma pergunta enquanto pegavam Shinbe para lev?-lo para dentro de casa. O av? simplesmente olhou na dire??o a Toya enquanto Tama se recusava a olhar para ele. Eles sa?ram deixando Toya ainda deitado no ch?o. Toya n?o se incomodou em se mexer. Ele sabia que Kyoko estava t?o zangada com ele que ela iria provavelmente usaria o maldito feiti?o nele repetidamente se ele ousasse entrar em casa. N?o era justo. Ela n?o entendeu que ele estava apenas a proteg?-la? A luz da lua refletia-se nos reflexos prateados dos seus cabelos escuros quando ele se virou e acabou com um cora??o pesado. Empurrando o ch?o, ele voltou ao cora??o do tempo. ***** Quando o sol se levantou sobre o santu?rio inaugural, Toya ainda andava de um lado para o outro a limpar, tentando descobrir o que diabos tinha acontecido. Como Shinbe tinha sido capaz de passar pelo cora??o do tempo? Simplesmente n?o era permitido. A pergunta repetia-se na sua mente de forma louca. Suki entrou na clareira com Kamui e Kaen, procurando Toya e Shinbe. Ela viu Toya e acenou para ele. – Bolas, ? tudo o que preciso agora. – resmungou Toya por dentro, enquanto observava Suki a aproximar-se. Ela parou e olhou para ele por um longo momento antes de ela falar e o olhar preocupado nos seus olhos apanhou-o desprevenido. – Toya, est?s bem? O que aconteceu? Ela estendeu a m?o para tocar o seu rosto, e ele estremeceu. Ela olhou para as feridas curativas que adornavam o seu rosto e o sangue seco no rosto, roupas e m?os. Ela olhou para as m?os dele novamente. Toya nunca deixava o sangue secar nos seus dedos assim. O que estava a acontecer? – Toya, de quem ? este sangue? Ele n?o respondeu, mas quando desviou o rosto dela, ela olhou ao redor procurando Shinbe, sabendo que ele lhe diria o que estava a acontecer. Quando ela n?o o viu, o p?nico filtrou-se na sua voz quando os seus olhos se arregalaram. – Onde est? o Shinbe? Kamui estava em p? na beira da clareira com Kaen quando sentiu a press?o de Toya e a sua agita??o e diminuiu a dist?ncia entre eles. Ele ouviu a pergunta e rezou para que ele estivesse errado sobre a resposta. Na esperan?a de acalmar os dois, ele tentou fazer uma piada e perguntou: – Toya, n?o me digas que mataste Shinbe? Toya rangeu os dentes. – Eu n?o matei ningu?m, seu idiota insignificante, ent?o cala a boca! Ele desviou-se deles olhando para as unhas ensanguentadas … ele nem as notara. – Ser? que eu o matei? – pensou Toya consigo mesmo. Aquele ?ltimo golpe em Shinbe teve que ter causado alguns s?rios danos. Ele lembrou-se das suas garras cavando a carne do lado de Shinbe quando ele o atirou contra a ?rvore. Toya sabia que as suas garras poderiam ser mortais quando crescessem mais durante a batalha … e n?o apenas dem?nios, mas todos os imortais, incluindo guardi?es. Ele n?o deveria ter lutado com o seu irm?o, mas ele estava com tanta raiva que n?o tinha sido capaz parar. Por que ele perdeu a paci?ncia assim sabendo que o seu sangue demon?aco estaria em perigo de surgir? Ele geralmente tinha mais controlo do que isso. Bolas… Se Kyoko n?o tivesse sa?do quando o fez, ele n?o sabia o que ele teria feito com ele. Ele nunca havia brigado com Shinbe antes … O que diabos estava a acontecer aqui? Esse sentimento de p?nico tomou conta dele novamente quando sentiu os olhares de Suki e Kamui ? sua volta. Shinbe era seu irm?o … um guardi?o. O que ele fez? N?o olhando para eles, Toya enfureceu e cerrou as suas m?os em punho e de repente gritou: – Eu n?o fiz nada! Precisando de uma fuga, ele disparou atrav?s da clareira, em dire??o ? floresta. Kaen e Kamui se entreolharam compartilhando o mesmo sentimento amea?ador. ***** Kyoko estava sentada na sua mesa, agulha e linha na m?o. Ela decidiu costurar o casaco de Shinbe desde que tinha sido triturado em alguns pontos. Ela teve que se manter ocupada, porque com Toya fora e Shinbe desmaiado … ela n?o podia nem perguntar a ningu?m o que diabos tinha acontecido. Ela teve um pressentimento que era culpa dela que eles tinha brigado. – Foi apenas um beijo est?pido. – murmurou ela culpada. Depois que o seu av? tirou Shinbe das suas roupas, ela pegou nelas e lavou o sangue deles da roupa enquanto Tama ajudava o av? a tratar as feridas que j? estavam a cicatrizar. E se n?o fosse pelo fato de Shinbe ser um guardi?o e ter a vantagem extra de uma cura r?pida, ele teria sangrado at? a morte em poucos minutos. Quando ela olhou para uma das rasg?es no tecido, ela imaginou as garras de Toya l? e estremeceu. Ele estava bastante espancado, mas a pancada na cabe?a foi a pior. O av? dela disse ele provavelmente ficaria um tempo desmaiado. Ele tamb?m a informou que quando dois guardi?es lutam um contra o outro, ? um pouco mais perigoso do que quando dois humanos atacam. O av? e as suas lendas … ela n?o precisava de uma lenda para dizer que isso era mau. Ela s? esperava que Shinbe n?o tivesse danos cerebrais. Para ele ficar inconsciente por tanto tempo n?o era um bom sinal. Ela rezou para que ele acordasse em breve e disesse a ela que estava tudo bem. Kyoko sentou-se ao seu lado desde que o seu av? tinha feito um curativo e o colocou cuidadosamente na cama dela. Ela n?o dormia desde o acontecido com medo de que ele acordasse sem que ela soubesse. Shinbe abriu os olhos lentamente para a luz fraca da sala. Onde ele estava? Ele olhou para o teto branco em confus?o. A sua cabe?a, bolas como do?a. Ele tentou olhar ao redor da sala, mas isso doeu tamb?m. Havia a cor rosa em todos os lugares. Onde ele estava? – Ai! – gritou Kyoko ao picar-se com a agulha e colocou o dedo na boca, chupando-o. Ela virou-se levemente na cadeira e Shinbe viu-a, com a luz da l?mpada da mesa a brilhar na cara dela. – Eu devo estar no c?u. – sussurrou Shinbe atrav?s dos seus l?bios secos. Ele viu os olhos de Kyoko esbugalhados, e ela lentamente virou-se para olhar para ele. Ele tentou sorrir, mas a sua cabe?a do?a demais e ele fechou os olhos novamente. Kyoko quase tombou na cadeira tentando chegar ao seu lado t?o rapidamente. – Shinbe n?o, por favor n?o voltes a dormir ainda. – implorou com um tremor na voz. Ela estava rapidamente a caminho das l?grimas. Shinbe abriu os olhos e cheirou o sal no ar. Ela estava a chorar? Ele tentou sentar-se, apenas para ter uma dor intensa atrav?s da sua t?mpora. Kyoko colocou a m?o no ombro dele. – N?o tentes sentar-te. Est?s muito magoado. Passou as costas da m?o na bochecha molhada e sorriu quando ele abriu os olhos novamente. – Achas? – disse e tentou sorrir, mas a sua cabe?a n?o estava bem. Ele levantou a m?o para a parte de tr?s da cabe?a segurando-a na palma da m?o. – Hmm, grande peda?o. – disse e ele olhou para Kyoko de forma inquisitiva. Kyoko n?o se conseguiu conter. – Seu grande idiota, poderias ter sido morto. – disse e irrompeu em l?grimas, levando as m?os ao rosto, e solu?ou. Shinbe estendeu a m?o e passou a parte de tr?s do dedo pela bochecha dela. – Kyoko, espero que Toya esteja t?o mal quanto eu. Kyoko descobriu seu rosto e encarou-o: – Eu n?o sei. Ela virou-se e caminhou at? a mesa, pegou uma jarra de ?gua e despejou um pouco num copo. E de repente, ela ficou zangada com os dois. Eles deveriam estar a ca?ar o talism? juntos, n?o a brigar. – N?o sabes? Shinbe tentou arquear a sua sobrancelha, mas percebeu que n?o havia nada no seu corpo que n?o doesse. Ele decidiu naquele momento que na pr?xima vez que lutasse com Toya, ele faria mais do que apenas se defender … na pr?xima vez seria vingan?a… Kyoko atravessou a sala e o ajudou a beber a ?gua. Ela sorriu para ele, e viu um brilho nos olhos dela: – N?o vejo Toya desde que o coloquei perto da casa do santu?rio. De alguma forma, ela sabia que isso iria animar Shinbe. Ele tentou rir, mas acabou por tossir. – Feiti?o para domesticar? Colocando a m?o no peito enfaixado, ele gemeu. – Por favor, n?o me fa?as rir. Isso d?i. Kyoko tinha um olhar de dor no rosto. – Sinto muito, Shinbe. N?o poder?amos lev?-lo a um m?dico humano sem … bem, tu sabes. O av? tentou tratar de ti da melhor maneira poss?vel e a maioria das feridas vis?veis sararam. Shinbe piscou o olho para ela, em vez de tentar acenar com a cabe?a. – Eu entendo. Obrigado pelo carinho. A curiosidade o venceu: – Mas ainda n?o viste Toya? Kyoko levantou-se, virando as costas para ele. – N?o, eu estive aqui contigo, esperando que acordasses. – disse e caminhou at? a mesa, pegando no frasco de aspirinas, mas o colocou de volta sabendo que n?o ajudaria um guardi?o. – Sobre o que voc?s dois estavam a brigar? – sussurrou, n?o querendo ouvir a resposta. Ela pegou na garrafa de volta, imaginando que n?o poderia doer. – Quanto tempo eu dormi? – sussurrou Shinbe, tentando manter a dor um pouco no m?nimo. Ele ouvira a pergunta dela, mas … era melhor deixar isso entre ele e Toya. Ela virou-se, caminhando de volta para ele. – V?rias horas. Kyoko colocou a aspirina nos l?bios e pegou no copo de ?gua de volta: – Aqui, toma estes. Ele fez o que ela disse, pensando que ‘Ela esteve ao meu lado a noite toda?’. Ele fechou os olhos, contemplando esse pensamento. Ent?o ele sentiu a m?o fria na sua testa e abriu os olhos de volta para ela. Kyoko sorriu: – N?o acredito que est?s aqui … do meu lado do cora??o do tempo. Ele encolheu os ombros como se n?o importasse, mas importava-se. – Bem, agora que eu sei que vais ficar bem, eu acho que eu deveria voltar e dizer aos outros que n?o voltaremos por um tempo. Descansa e eu estarei aqui quando acordares. Shinbe olhou para ela, pasmo. O seu olhar voou ao redor da sala percebendo exatamente para onde ele tinha desaparecido. Ele estava no mundo dela! Ele deve ter realmente batido com a cabe?a com for?a para que n?o se tivesse apercebido. Espera. Ele voltou os seus olhos de ametista para ela. Do que ela estava a falar, 'ele n?o vai de volta com ela? E se Toya n?o a deixasse voltar? E se algo acontecesse com ela? Ele deveria procurar o talism? com eles. Ele deveria estar l? para proteg?-la de Hyakuhei. Shinbe tentou sentar-se para contar a ela, mas a dor atingiu o seu c?rebro e ele recuou na cama com um gemido. Kyoko parou a meio do caminho, virando-se para dar-lhe um olhar suplicante. – Por favor, Shinbe. N?o tentes levantar-te. N?o h? como saber se est?s curado por dentro ainda e eu n?o gostaria que sangrasses at? a morte enquanto eu n?o estiver aqui. – disse quase brincando, mas ele ainda estava com dores e isso significava que ele poderia causar algum dano se n?o ficasse quieto. – Kyoko, eu n?o posso ficar aqui. Eu nem sei onde 'aqui' ?. – disse, come?ando a entrar em p?nico s? de pensar que ela o iria deixar. Ela deve ter sentido o medo dele porque falou baixinho enquanto abria a porta para sair. – N?o te preocupes, Shinbe. Vou mandar o av? para fazer-te companhia. Ela fechou a porta antes que ele tivesse a oportunidade de protestar. Cap?tulo 6 ‘Mal-entendidos’ Depois de encontrar o av? e dizer que Shinbe estava acordado, Kyoko pegou na sua mochila e carregou-a com todas as coisas que ela sabia que os seus amigos gostariam. Ela embalou carne seca para Toya, barras de chocolate para Kamui e, claro, a pastilha el?stica preferida por todos. Como uma reflex?o tardia, ela colocou algumas garrafas de refrigerante e am?ndoas cobertas de chocolate para Suki e Sennin. Kyoko sorriu, sentindo-se melhor agora que sabia que Shinbe estaria bem novamente em breve. Ainda assim … ela teria que falar abertamente com Toya sobre as brigas e o fato de que ele poderia ter morto o seu pr?prio irm?o. Ela silenciosamente perguntou-se como Shinbe poderia ter passado pelo cora??o do tempo. O santu?rio n?o o deixaria passar sem uma raz?o. – Provavelmente para que eu pudesse terminar a luta. – murmurou Kyoko baixinho. Ela tamb?m adicionou os suprimentos t?picos que os traria, como curativos e aspirina. Olhando em volta da cozinha, ela perguntou-se se deveria ver Shinbe uma ?ltima vez, mas decidiu n?o. J? era dif?cil o suficiente deix?-lo. Ela ainda podia ver o olhar suplicante nos olhos de ametista, como se ele estivesse a implorar para que ela n?o fosse embora, mas ela s? iria por algumas horas. Ele ficaria bem com o av? e Tama. Fechando a sua mochila, ela foi para o santu?rio. ***** O pequeno grupo passou as ?ltimas duas horas tentando encontrar Shinbe. Eles n?o podiam nem seguir o seu rasto porque eles n?o tinham ideia de onde come?ar a procur?-lo. Eles s? poderiam assumir o pior, mesmo que n?o encontrassem evid?ncias de algo errado. Estava literalmente a deix?-los loucos de preocupa??o. Para piorar a situa??o, Toya nunca havia regressado ? cabana naquela noite e deixou-os a pensar que talvez ele estivesse por tr?s do desaparecimento. Quando ele n?o voltou depois de v?rias horas, Suki estava certo de que era o ?ltimo. Com Kyoko ainda desaparecido, tudo parecia muito pior. – Eu juro que se Toya voltar, eu vou mat?-lo. – solu?ou Suki nas suas m?os enquanto Sennin a confortava. Kamui sentou-se ao lado dela em sil?ncio enquanto os pensamentos de Shinbe deitado morto percorriam a sua mente. Mas ele saberia se Shinbe tivesse morrido … n?o ?? Ele e Kaen sabiam que algo n?o estava bem contado assim que pisaram na clareira … algo sobre as vibra??es na ?rea cheirava a raiva e algo mais que ele n?o conseguia identificar. Outra evid?ncia foi o fato de que algumas das pedras ao redor da est?tua inaugural tinha sido desenterradas. 'E onde estava Kyoko?' Esse pensamento fez Kamui perguntar exatamente o que exatamente tinha acontecido … Kyoko tamb?m estava magoada? Ela n?o tinha voltado ainda, e ele estava a come?ar a sentir muita preocupa??o. Ele suspirou sabendo que Kaen ainda estava a olhar. – Ol?, algu?m em casa? – disse Kyoko com uma voz alegre quando ela abriu a porta da cabana. Ela imediatamente viu como Suki estava angustiada. Atirando a mochila na porta, ela correu para Suki. – O que h? de errado? O que aconteceu? Ela caiu no ch?o ao lado de sua amiga porque Suki nunca chorava … ela devia mexer com o lado feminino. Suki chorou um pouco e enxugou os olhos com as costas da m?o. Os seus l?bios separaram-se e ela tentou falar: – Oh, Kyoko. Ela afastou-se dela e solu?ou novamente, incapaz de dizer a sua amiga os seus receios. Sennin colocou a m?o no ombro de Kyoko, olhando para a filha, depois falou em voz baixa: – Kyoko, posso falar contigo l? fora. Kyoko olhou de Sennin, voltou para Suki, depois se levantou devagar. 'Algo deve estar seriamente errado. ', pensou Kyoko preocupada. – Algo mau aconteceu com Toya, ou eles ouviram algumas not?cias sobre o desaparecimento do irm?o de Suki, Hikaru? – sentiu ela uma arrepio muito, muito grande a atravessar a sua espinha. Ela seguiu Sennin l? para fora. – O que ? isso, Sennin? O que aconteceu? Kyoko nunca pensou por um segundo que eles estivessem preocupados com Shinbe. Ela pensou que Toya tinha dito a eles onde encontr?-lo. Sennin virou as costas para Kyoko, sabendo que ele ainda teria que lidar com outra cena de partir o cora??o. Foi demais para ele. Isso ia partir o cora??o de Kyoko por descobrir que Toya poderia ter morto Shinbe. Ele decidiu apenas contar a ela o medo deles. – Kyoko, acreditamos que Toya magoou Shinbe … e n?o conseguimos encontrar nenhum deles. – disse e a sua voz parecia ainda mais velha do que o normal, e misturada com tristeza e um toque de derrota. Ele esperou ouvir os gritos de dor que logo viriam da sua jovem amiga. Quando eles n?o vieram, ele virou-se bem a tempo de ver Kyoko voltando para a cabana. Kyoko sentou no ch?o ao lado de Suki e abra?ou a amiga. – Tudo bem, Suki. – Shinbe est? bem. De alguma forma … ele veio atrav?s do tempo com Toya. Ele est? ferido, mas vai ficar bem. Suki parou de respirar por um momento, ent?o com um suspiro ela se afastou, olhando para Kyoko enquanto ela passava a m?o pelos olhos. – Shinbe … n?o est? morto? – continuou olhando para Kyoko. Kyoko franziu a testa: – N?o, ele tem muitos ferimentos, mas n?o est? morto. Voltei para avisar que ele est? a recuperar. Ela silenciosamente perguntou-se por que Toya n?o havia contado o que havia acontecido. Kamui ouviu as palavras de Kyoko e perguntou-se. Agora ele sabia por que n?o podia sentir Shinbe … ele nem estava neste mundo. Ele saiu da cabana para encontrar Kaen para que eles pudessem cancelar a ca?ada. Ele desejou que os seus outros irm?os, Kotaro e Kyou, aparecessem e de alguma forma o ajudassem a consertar o que estava a acontecer. Os seus pensamentos voltaram para Kyoko. – Bem, eles est?o apenas magoados um e o outro e n?o ela. – sussurrou Kamui, mas o o aperto no peito ainda n?o diminuiu. Se ele tivesse… ele a protegeria sozinha. Suki levantou-se. – Ele esteve contigo a noite toda, Kyoko? N?s vimos Toya com sangue nas m?os dele. – gaguejou e fez uma pausa, com a raiva a crescer dentro dela e dirigida a Kyoko por mant?-lo um segredo. Kyoko levantou-se: – Onde est? Toya, afinal? Quando eu colocar as minhas m?os nele, eu vou … Suki interrompeu-a no meio da frase. – Ele esteve contigo esse tempo todo? Shinbe esteve contigo no teu tempo? A voz de Suki segurava uma nota de acusa??o e Kyoko ficou pasma. – Esperaste tanto tempo para nos contar. N?o achaste que estar?amos preocupados com ele? Kyoko balan?ou a cabe?a. – Desculpa-me, Suki. N?o queria deix?-lo at? saber que ele estava … Ela viu o rosto de Suki ficar vermelho e recuar. – A noite toda? Durante a maior parte da manh?, procuramos por ele, temendo que ele estivesse morto ou ferido em algum lugar! Agora voltas toda feliz, e dizes-me que ele est? contigo! Ela apontou um dedo acusador para a sua amiga. – Deverias ter vindo antes. Deverias ter … Ela parou, um solu?o deixou o seu corpo, aliviado por Shinbe estar bem. Kyoko colocou o bra?o em volta da menina para confort?-la. – Desculpa-me, Suki. Eu n?o pensei. As les?es dele foram muito m?s. Eu tinha medo de deix?-lo at? que ele acordasse. Eu estava t?o preocupado que eu pensei em perd?-lo. Suki afastou-se de Kyoko com a sua raiva atingindo novamente as palavras de Kyoko. – Tu… pensaste que irias perd?-lo? – olhou para Kyoko piscando para conter as l?grimas. – Porque estavam eles a brigar, Kyoko? Eles estavam abrigar por causa de ti? Kyoko ficou surpresa com a pergunta. Ela n?o sabia responder. Ela n?o podia contar a Suki que ela havia beijado Shinbe e que Toya os viu. Esta era Suki, a sua amiga que estava secretamente apaixonado por Shinbe. A culpa tomou conta dela. Ela estava a trair a amiga. Ela olhou para o piso de madeira, subitamente achando-o muito interessante. Ela n?o estava apaixonada por Shinbe, mas ela…. ‘Meu Deus, o que eu estou a pensar?’ Ela cerrou as m?os em punhos, ficando irritado por pensar em Shinbe dessa maneira, quando aquele que realmente o amava estava bem na frente dela. Ela tinha que saber como Suki realmente se sentia. – Suki, est?s apaixonada por Shinbe? – perguntou rapidamente, sem querer fugir do assunto de por que os dois guardi?es haviam lutado. Suki virou as costas, as bochechas ficando vermelhas com a pergunta. 'Ela estava apaixonada por ele? ' – perguntou ela. Sim, ela tinha sentimentos por ele. Mas apaixonada, como Kyoko havia proposto? Ela sacudiu a cabe?a dela. Ela nunca amaria homem algum. Especialmente Shinbe. Aquilo era uma pergunta fora de quest?o. Talvez ela pudesse am?-lo se conseguissem matar Hyakuhei e apagar a feiti?o de Shinbe. Mas … n?o, ela simplesmente n?o podia apaixonar-se por ele. Ela n?o conseguia lidar com mais nenhuma m?goa. Confusa com os seus pr?prios sentimentos, ela voltou-se para Kyoko: – Est?s a evitar a pergunta, – Kyoko! Eu perguntei se eles estavam a brigar por causa de ti? Agora era ela quem evitava uma pergunta, mas era algo que ela sinceramente n?o queria responder ou pensar. Kyoko suspirou, encolhendo os ombros. – Eu n?o sei. – Toya n?o te disse o que aconteceu? Ela olhou para a porta e perguntou-se por que ele n?o estava l?. – Onde est? Toya de qualquer forma? Ele est? bem? – disse Kyoko e sentiu um calafrio repentino, percebendo que a aus?ncia de Toya era o que mantinha os outros na ignor?ncia. Suki explodiu: – O qu?? !! Toya saiu depois que o encontramos. As suas garras estavam cobertas de sangue, Kyoko! Ele estava … Suki foi interrompida quando Sennin entrou na cabana. – Vais parar de gritar, Suki? – sentou -se no tapete e pegou um pau, remexendo o fogo na frente dele. – Kyoko, senta-te. E conta-nos o que sabes. Kyoko olhou para Suki. Ela n?o gostava que a sua amiga estivesse com raiva dela. Por que todos eles estavam a brigar entre si de repente? Eles sempre se mantiveram juntos e se defenderam um ao outro … algo simplesmente n?o estava certo. Ela sentou-se e come?ou a contar o que aconteceu, desde o tempo na queda de ?gua, a apar?ncia de Shinbe no seu tempo. Claro, ela n?o contou a eles sobre o beijo, apenas que Toya estava com raiva porque estava de roup interior. – Bem, ? isso mesmo. Ele finalmente acordou antes de eu vir para aqui. Ele est? em p?ssimo estado. – e ela balan?ou a cabe?a, olhando para as m?os. – O av? diz que vai demorar pelo menos alguns dias antes que ele se possa levantar e come?ar a mover-se novamente. A cabe?a de Suki levantou-se: – O qu?? Ele n?o pode ficar no seu tempo! – Imediatamente abaixou os olhos, sentindo-se estranho novamente. De onde veio esse ci?me de repente? Sennin colocou a m?o no bra?o de Suki. – Calma, n?o gostarias que ele viajasse de volta se ele ainda est? ferido. Suki suspirou: – Mas isso ? muito tempo. Podemos cuidar dele t?o bem aqui. Ela n?o gostou do fato de o grupo estar dividido. Sennin riu: – Bom, mas para traz?-lo aqui, ele teria que viajar pelo cora??o do tempo. O cansa?o de fazer algo n?o permitido pode ser demais para os ferimentos dele. Kyoko levantou-se: Eu realmente odeio ir embora, mas s? voltei para avisar que ele est? bem. ? melhor eu voltar para l? antes que o av? e Tama o deixem louco. Ela pegou na sua mochila e sorriu nervosamente quando Kamui voltou para a cabana, com os olhos presos. Kamui n?o p?de evitar quando puxou Kyoko nos seus bra?os e a abra?ou com for?a. Ele estava com o esp?rito muito melhor agora que ele sabia que Toya n?o magoara seriamente Shinbe. Quando Kyoko n?o tinha voltado, ele pensara o pior. – Vou manter os meus olhos neles deste lado. Traz o nosso Shinbe de volta. – sorriu, com o amor por ela dan?ando nos seus olhos multicoloridos. Ele queria que ela soubesse que n?o estava zangado com ela como Suki estava. Kyoko sorriu para ele e entregou-lhe uma caixa de chocolates. – Agora n?o comas tudo depressa tamb?m. N?o quero que tenhas dor de barriga. Ela passou a m?o pelos cabelos que reflectiam as cores roxas e eram sedosos e o abra?ou de volta. Ela estava agradecida por pelo menos um deles n?o estar zangado com ela. Kamui sempre teve o cora??o mais suave. Ela sussurrou perto do ouvido dele para Suki n?o ouvir: – Se Toya voltar, diga a ele que eu preciso de v?-lo. Kamui acenou com a cabe?a. Suki sentou-se de costas para Kyoko. – Diga a Shinbe que ? melhor ele ficar bem r?pido. Ela fungou e Kyoko de repente sentiu-se realmente culpada. Soltando Kamui, ela colocou as coisas que trouxera para os outros na porta, n?o querendo incomodar Suki novamente agora. Ela sabia que iria encontrar os mantimentos e guloseimas mais tarde. Ela disse adeus, depois voltou sozinha para o santu?rio, imaginando como Toya estava. ***** Do outro lado do portal do tempo, Shinbe estava deitado na cama com os olhos fechados, tentando afogar a tagarelice sem sentido do av? com os seus pr?prios pensamentos. 'Quando Kyoko voltaria para resgat?-lo? – riu como um louco em sua mente. Sim, ela era a ?nica pessoa que poderia salv?-lo agora. Mesmo com os seus ferimentos, ele n?o conseguia parar de pensar nela. Esse deve ser o modo de Deus castig?-lo pelos seus pecados. Ele sabia muito bem que, se Toya soubesse toda a verdade, ele n?o estaria a respirar agora. Os outros, incluindo Toya, sempre assumiram que ele queria Suki apenas porque isso era exatamente o que ele queria que eles pensassem. Suki n?o queria ter nada a ver com romance e isso a fazia segura … sem saber, desempenhando um papel enorme na sua mentira. Ele come?ou a voltar a dormir e vis?es de Kyoko nos seus bra?os passaram pela sua mente. ***** Kyoko caminhou lentamente de volta ao santu?rio inaugural com sentimentos confusos. Por que Toya fugiu? E agora ela sentia-se ego?sta por fazer os outros se preocuparem por tanto tempo. ? s? que ela pensou que Toya teria contado o que tinha acontecido. Essa coisa toda estava a come?ar a sair fora do controlo. Eles ainda tinham que encontrar o talism? espalhado por a? e Hyakuhei estava a? fora em algum lugar provavelmente a planear todas as suas mortes. De momento, todo o grupo parecia estar dividido. Toya observou Kyoko enquanto voltava para o santu?rio. Ele sentiu o cheiro da chegada dela e procurou-a quando notou que Shinbe n?o estava com ela. Ent?o o guardi?o ametista ainda estava no tempo de Kyoko … e agora parecia que ela estava a voltar para ele. Desde o regresso, Toya havia se mantido numa caverna n?o muito longe. Ele n?o estava arrependido pela luta com Shinbe, mas ele n?o pretendia mago?-lo t?o mal quanto ele estava. Mas acreditaria Kyoko nele? Os seus orbes dourados observavam-na do alto das ?rvores. Ele sabia que teria que conversar com ela antes de voltar para Shinbe. Kyoko olhou para cima, percebendo que ela j? estava no cora??o do tempo. Ela estava t?o perdida que ela nem estava a prestar aten??o. Ela suspirou, depois levantou o queixo, ganhou coragem e decidiu que teria que conversar com Shinbe quando voltasse. Kyoko parou quando viu um clar?o de movimento pelo canto do olho. Antes que ela pudesse piscar os olhos, Toya estava entre ela e o santu?rio. Ele estava a olhar para ela assustadoramente atrav?s da franja perdida que ca?ra para proteger os seus olhos, cabelos e roupas ainda a temer por causa da aterragemt?o r?pida. Por que ele podia fazer as coisas mais estranhas e o seu corpo inteiro se iluminava como se uma onda de choque el?trico passasse por ele. O punhado de borboletas a flutuar no est?mago dela parecia entrar em frenesim de acasalamento. Ela n?o sabia o que dizer ou fazer, ent?o ficou parada tentando ler a sua express?o. Ela podia ver todos os tipos de emo??es, tudo, desde culpa at? raiva … at? uma pitada de depress?o. Finalmente encontrando a sua voz, embora parecesse assustada at? para os seus pr?prios ouvidos, ela disse: –Eu … Toy-ya? Os olhos dela se arregalaram quando o rosto dele apareceu e os olhos dele fixaram nos dela. Kyoko n?o quis dar um passo atr?s, mas ela fez isso sem pensar. Quando ela percebeu com os olhos semicerrados ao v?-la afastar-se dele, ela encarou-o. Timidamente, ela deu um passo em frente para que ele soubesse que ela n?o tinha medo dele. Toya observou-a em sil?ncio, sentindo medo nela. Quando ela se afastou dele, viu que ele estava com raiva o suficiente para que ele realmente sentisse o seu sangue a ferver. Ele esperou para ver o que ela faria e acalmou-se quando ela se aproximou novamente, recuperando a dist?ncia que havia criado. Ele n?o quero que ela o temesse. – Kyoko. – disse sua voz era firme e severa – sabes que eu nunca te magoaria. As m?os dele fechadas em punhos ao lado do corpo. – Eu sei que sabes disso. – disse com uma voz exigente. Kyoko mordeu o l?bio inferior, ouvindo a tens?o na sua voz. Sim, ela sabia que ele n?o a magoaria de prop?sito … mas ela tamb?m se lembrava do fato de Hyakuhei ter feito algo ao sangue dele que o tornava extremamente perigoso quando irritado. Respirando fundo, ela come?ou a caminhar lentamente na sua dire??o. – Onde estavas? Toya podia ouvir preocupa??o na sua voz e os seus olhos arregalaram-se, imaginando o que responderia. Ela esteva preocupado com ele? Ele pensou que ela o odiaria depois do que ele havia feito. Ele ficou doente s? de pensar nisso. – Como est? … Shinbe? – cerrou os dentes ao proferir o nome dele. Kyoko franziu a testa: – Ele vai viver. Mas vai demorar um pouco para ele estar bem o suficiente para vir de volta. Eu nem tive a chance de perguntar o que aconteceu, ent?o por que n?o me contas? Porque… fizeste isso? A sua voz parou por um momento e ent?o ela sussurrou: – Suki e os outros pensaram que ele estava morto. A sua voz elevou alguns pontos, tornando-se acusadora: –Poderias ter pelo menos lhes dito onde ele estava. Ela olhou para tr?s para a est?tua da donzela, evitando o seu olhar. A crueldade dos seus olhos era demais para ela aguentar agora. Toya sentiu frio e calor ao mesmo tempo. O sentimento em si era perturbador. Tudo o que ele conseguia pensar era a quest?o que ela o odiaria, e essa era a ?nica coisa que ele n?o podia lidar. E pensar que ela estava sozinha com Shinbe no seu tempo tamb?m era demais para ele engolir. Especialmente depois das coisas que o seu irm?o havia dito. Era a mesma coisa que amea??-la. Kyoko observou as emo??es a mudar nos seus olhos dourados, agora escurecendo com os pensamentos dele. Ele estava a sentir uma calma de morte, o que estava a come?ar a assust?-la. Ela deu alguns passos, como se quisesse dar a voltar para o santu?rio, mas ele moveu-se para bloque?-la e isso agitou-a ainda mais. – Olha, se n?o vais dizer nada, eu vou voltar para verificar os estragos que fizeste com o teu irm?o Shinbe. – gritou com ele. Toya n?o aguentou. Num piscar de olhos, ele tinha-a, segurando-a presa nos seus bra?os, todos os seus instintos a dizerem-lhe para n?o deix?-la entrar no cora??o do tempo … de volta aos n?o-confi?veis guardi?os. – Kyoko, espera. – disse com a sua voz ainda um pouco dura que ele tentou amolecer quando a sentiu endurecer contra ele. – Kyoko, n?o sabes por que brigamos. N?o sabes o que ele disse. N?o podes confiar nele. Eu n?o confio nele. Ele mudou, e eu n?o gosto. Kyoko sentiu os bra?os dele apertarem ao redor dela e ela sabia que ele estava a falar a s?rio. Toya nunca mentiu para ela … mas simplesmente n?o fazia sentido. Ela tentou recostar-se nos bra?os dele para ver os seus olhos. – O que queres dizer? Ele ? o mesmo de sempre. Toya rosnou baixo e disse: – N?o, Kyoko, ele escondeu isso de ti. H? algo nele e n?o sei o que ?, mas posso sentir. Ele est? a esconder alguma coisa. Toya esperava que ela ouvisse as suas palavras e n?o apenas que pensasse que ele estava a dar uma desculpa para espanc?-lo. Kyoko franziu a testa. Ela havia notado pequenas coisas sobre Shinbe. Mas para ela, as mudan?as n?o haviam ocorrido. Tinha sido mau, mas sabia que Toya tinha instintos muito bons, e n?o podia apenas descart?-lo completamente. S? para ter certeza disso, ela suspirou: – N?o est?s apenas a dizer isso por causa do beijo, est?s? Ela sentiu o peito de Toya a vibrar contra ela. – Aquele beijo. – Toya rosnou e estendeu a m?o para agarrar o queixo na m?o dele, trazendo o seu rosto para perto dele. Havia uma pergunta que o estava a incomod?-lo. – Kyoko, porque o beijarias por te salvar, e n?o a mim? Eu n?o entendo. Os seus olhos baixaram para os seus l?bios amuados e antes que ela pudesse rejeit?-lo, ele pressionou os seus l?bios nos dela, sentindo pela primeira vez os seus l?bios sedosos contra os dele. Quando ela se engasgou com o ataque repentino nos seus sentidos, Toya aprofundou o beijo, procurando a rea??o dela. Ele podia ouvir o batimento card?aco dela acelerar e tamb?m podia sentir o corpo dela a ficar cada vez mais quente. Kyoko estava a receber o beijo que ela sempre quis, mas em algum lugar no fundo de sua mente, ela n?o podia deixar de pensar que era pelas raz?es erradas. Ele estava a beij?-lo porque Shinbe j? o tinha feito? 'N?o, isso estava errado.' Ela pressionou contra o peito dele por mais raz?es do que apenas falta de ar. – Espera Toya. – disse ela ofegante. – P?ra, eu n?o consigo pensar. Toya sorriu, relaxando os bra?os, mas n?o a soltando. – Isso ? uma coisa boa, Kyoko. Ele sentiu algo com o beijo, e isso f?-lo sentir-se melhor sabendo que ela tamb?m o beijava de volta. Talvez ele afinal, n?o a perdera para Shinbe. Lembrou-se da amea?a que Shinbe disse quando o provocara. – Shinbe n?o deve ser totalmente confi?vel. Prefiro que fiques aqui comigo e deixes a tua fam?lia cuidar dele por enquanto. – disse com os seus olhos a atra?rem os dela num apelo silencioso. Kyoko franziu a testa. – N?o, eu tenho que voltar. Ele s? acordou alguns minutos antes de eu vir aqui para que voc?s soubessem que ele ficaria bem. – A culpa tomou conta dela – Al?m do mais, eu sinto que ? minha culpa que voc?s tenham lutado, e ent?o eu vou cuidar dele at? que ele melhore, e eu vou traz?-lo. – Os olhos dela semicerraram. – E temos que nos dar bem se quisermos encontrar o resto do talism?. Ela colocou um dedo no peito dele e finalmente deu um passo para tr?s, fora do c?rculo dos seus bra?os. – Isso significa que n?o h? mais brigas. Entendes? Quase o mataste. Os olhos dela procuraram os dele pela verdade. – Ent?o eu voltarei contigo. – disse Toya com for?a, cruzando os bra?os dentro das mangas e de p? em toda a sua altura. – Shinbe cheira a culpa, e eu n?o sei porqu?. Secretamente, ele estava feliz porque ela ainda n?o tinha passado um tempo sozinha com ele, considerando que ele tinha acabado de acordar. – Eu n?o confio nele sozinho contigo. Kyoko piscou o olho. – N?o tem como chegares perto de Shinbe agora. Ele ainda est? com muita dores, e foste tu quem o colocou assim. Ela n?o estava tentando ser m? … Ela s? queria mant?-los separados por enquanto. – Eu vou fazer um acordo. Voltarei amanh? e atualizar todos, se me prometeres que voltar?s ao grupo. Vendo a teimosia entrar nos seus olhos, ela olhou para o ch?o por um momento e sussurrou pesadamente no ar: – Ainda somos um grupo … n?o somos? Ainda precisamos encontrar o talism? antes de Hyakuhei. Os olhos de Toya brilharam perigosamente. – Se ele faz alguma coisa, e eu n?o estou l? … eu n?o te posso proteger. – disse e a sua voz levantou alguns pontos: – Eu sou o teu protetor, n?o dele! A cabe?a de Kyoko levantou-se com as palavras dele. N?o era frequente que Toya mostrasse o seu cora??o, mas ela podia ver isso t?o claramente nos raros momentos em que suas defesas ca?am. Ela sorriu, tentando acalm?-lo. – Olha, Shinbe est? muito fraco para tentar qualquer coisa, ent?o n?o te preocupes. Volto amanh?. Ela deu alguns passos em dire??o ao cora??o do tempo e viu-o a mover-se para det?-la. – Toya! – gritou, erguendo a m?o e lan?ando o feiti?o Domar. Kyoko suavizou a voz. – Olha, eu sei que n?o confias em Shinbe, mas pelo menos confia em mim. Eu estarei de volta amanh? ? noite. Tudo vai ficar bem … vais ver. Com isso, ela tocou na m?o da donzela e desapareceu. Ela ainda podia ouvir a sua s?rie de maldi??es quando o cora??o do tempo a levou para o outro lado. Kyoko franziu a testa, pensativa, quando se viu dentro da casa do santu?rio. Ela ainda podia ver o dano que havia sido causado durante a luta. Quando ela se virou, ela colocou um selo de travamento sobre as m?os da donzela, decidindo que era melhor prevenir do que remediar. Cap?tulo 7 ‘Perguntas’ Kyoko voltou pela casa escura para encontrar Shinbe a dormir profundamente. Ela silenciosamente perguntou-se se deveria contar a ele sobre o seu encontro com Toya. Sentada na sua mesa, ela come?ou a terminar de costurar as roupas rasgadas, mas os pensamentos acerca de Toya diminu?ram a for?a dos dedos. Ele surpreendeu-a quando a beijou. Ela costumava sonhar com ele a beij?-la … ela costumava desejar isso. Ela teve que admitir que o beijo era exatamente o que ela sempre imaginou … era o momento que a tornava confusa. Talvez fosse apenas Toya tentando distrair a sua raiva. Ele nunca tentou beij?-la antes, ent?o por que mais ele faria isso agora? Ela pensou nos l?bios dele nos dela e, por instinto, levou os dedos aos l?bios imaginando … ent?o outro beijo invadiu a sua mente. Quando ela casualmente ro?ou os l?bios contra a de Shinbe, foi como se um choque el?trico a atravessasse. Se Toya n?o tivese aparecido quando ele apareceu … ela teria gostado de ter experimentado aquele beijo um pouco mais. Inclinando a cabe?a, ela mordeu o l?bio inferior. De onde diabos esse pensamento veio? Ela olhou para Shinbe. Como ela poderia se perdoar por fazer isso acontecer? Ela n?o queria que ningu?m se magoasse. Ela caminhou lentamente at? a cama, observando-o enquanto ela se sentava na ponta e estendeu a m?o para alisar o cabelo azul-?bano dos olhos dele. Pelo menos ele estava a dormir pacificamente. O olhar dela percorreu o rosto dele, permanecendo nos l?bios dele. Eles eram t?o macios no seu sonho, que ? o que a levou a tentar beij?-lo quando Toya os apanhou. Ela s? queria saber se eles eram t?o suaves na vida real como no sonho dela … e eram. Kyoko olhou para o cobertor que havia ca?do, expondo os seus ombros e peito apenas em baixo dos bra?os dele. Ele ainda estava com um hematoma no ombro e ela inconscientemente alcan?ou a m?o dela para passar um dedo sobre ele. Shinbe gemeu no seu sono e ela pulou, puxando a m?o para tr?s e colocando-a nos l?bios. Ela virou-se com culpa, olhando para o outro lado. Shinbe abriu um olho, e um sorriso formou-se nos seus l?bios. Ele sentiu o peso dela ? beira da cama e fingia estar a dormir, mas ele a observava secretamente atrav?s dos c?lios, testemunhando as emo??es cruzarem o seu rosto enquanto o estudava. Por mais que seu corpo doesse, ele n?o podia evitar sentir excitado pela presen?a dela … sempre fora assim para ele. Ele esperava que ela n?o olhasse mais baixo, porque ele tinha certeza de que uma tenda havia se formado nas regi?es inferiores. Quando ela tocou no seu ombro, ele involuntariamente gemeu. Assim que ela se virou, ele susteve a sua respira??o. Soltando-o lentamente, os seus l?bios se separaram quando ele avan?ou com a m?o na sua dire??o. Antes ele podia dizer qualquer coisa, ela se levantou e ele soltou um suspiro dececionado. Kyoko rapidamente virou-se para v?-lo olhando para ela, e a sua m?o flex?vel n?o passou despercebido. – Shinbe … o que est?s a fazer? Ela olhou para a m?o dele, a cabe?a inclinada para o lado, curiosamente. Shinbe tentou esconder a m?o de volta sob o cobertor, deixando escapar um gemido de dor. Kyoko estava imediatamente ao seu lado, passando a m?o sobre o bra?o dele, tentando aliviar sua dor, sem perceber que esse n?o era o tipo de dor que ele sentia. – Por favor, tenha cuidado, Shinbe. Quero que melhores, n?o te magoes ainda mais. – olhou para ele com simpatia nos seus olhos. Ele sorriu para ela, apreciando cada momento da sua ternura. – Est? tudo bem, Kyoko. Eu estou bem. Serve-me bem pelos meus pensamentos vergonhosos. – ele tentou sorrir, e ela franziu o semblante. Tinha ele acabado de admitir? A sua mente estava turbulenta quando ela se sentou na cama ao lado dele. A lembran?a do que Toya havia dito a ela na clareira voltou para assombr?-la. – Shinbe, n?s realmente precisamos conversar sobre o que voc? e Toya brigaram. Ele acha que est?s a esconder alguma coisa, e ele diz que n?o devo confiar em ti. Ela sentiu-se desconfort?vel ao perguntar isso a ele, mas ele estava a dormir na cama dela … ent?o ela sentiu que tinha o direito de pelo menos perguntar. – Est?s… a esconder alguma coisa? Os pensamentos de Shinbe voltaram para a noite em que Kyoko chegou ao cora??o dos tempos, b?bada. Em que situa??o ele se meteu. Toya n?o apenas o mataria, mas Kyoko o mataria, provavelmente o deixaria. Ele suspirou, olhando para longe dela enquanto as suas bochechas coravam. – N?o, eu n?o estou a esconder nada. Kyoko continuou a estud?-lo. Ele n?o faria contato visual com ela e ela estava convencido de que ele estava realmente a esconder alguma coisa. – Sabes que eu sou tua amiga, Shinbe. Podes conversar comigo sobre qualquer coisa. – sorriu e passou a m?o pela testa dele, fazendo-o tremer. Ela puxou o cobertor sobre os ombros, pensando que tinha ficado arrepiado. Ele observou-a enquanto ela continuava olhando para ele, com as m?os ainda na beira do cobertor, tocando levemente os seus ombros. Ele sussurrou o nome dela em uma voz rouca: – Kyoko. Ela olhou para o rosto dele, corando quando percebeu onde estavam as suas m?os. Ela virou-se para ele, sentindo as bochechas dela come?arem a ficarem quentes. Ela estava olhando para o pesco?o dele, sonhando acordada, e sentindo vontade de se inclinar e beij?-lo ali mesmo. – Shinbe, lembraste quando voltei … depois da festa? Onde estavas quando eu vim atrav?s do portal do tempo? – perguntou timidamente, n?o querendo parecer tola, mas esse sonho come?ava a afet?-la de maneiras que a preocupavam. Shinbe ficou surpreso com a pergunta. Ela lembrou-se do que aconteceu e simplesmente n?o disse alguma coisa? Ele olhou para ela de volta e disse: – Kyoko, porque est?s a perguntar isso? Aconteceu alguma coisa? Kyoko corou. Levantando-se, ela caminhou at? a janela e olhou para fora: – N?o, eu s? estava curiosa para saber onde estavas quando voltei. Ela virou-se, sorrindo e escondendo o que havia na sua mente. – Eu apenas me lembro de me ajudares no santu?rio e de volta ? cabana de Sennin. – mentiu. Ela n?o se lembrava como chegou l?. Shinbe suspirou, fechando os olhos. Ele teve que digerir essa informa??o. Ent?o ela lembrou-se de alguma coisa … do que mais ela se lembrava? Agora ele estava a come?ar a sentir mal do est?mago. E se ela lembrou disso, provavelmente lembrou-se o que ele fez tamb?m. Ou ela estava a come?ar a suspeitar que talvez n?o fosse um sonho. Ele precisava ter cuidado por enquanto. Ele queria levantar-se e consertar a confus?o que causou, mas a dor na sua cabe?a tinha estado lentamente a piorar em vez de melhorar e agora era ofuscante. Ele sentiu-se afundando cada vez mais fundo, n?o importa o quanto ele tentasse combater a escurid?o que se aproximava. Kyoko olhou de volta para ele. Os seus olhos estavam fechados e a sua respira??o parecia equilibrar-se. – Ele caiu de sono. – sussurrou ela baixinho e suspirou. Sem mais perguntas por enquanto, ele precisava descansar. Ela voltou para a mesa e sentou-se, pegando nas roupas dele para terminar de costur?-las, mas os olhos dela ardiam porque ela estava acordada h? tanto tempo. Ela deitou a cabe?a na mesa, o seu longo casaco ainda nas suas m?os no colo e ela adormeceu. ***** Toya estava na frente da est?tua inaugural, amaldi?oando Kyoko. Ela selou o cora??o do tempo, e ele foi incapaz de quebrar o feiti?o. Por que diabos ela fez isso? Ela precisava se proteger da sanguessuga maldita. Ela n?o entendia isso? – Bolas, Kyoko! – gritou como se ela pudesse ouvi-lo do outro lado. Toya ficou tenso enquanto sentia uma presen?a e se preparava. Kyou? Que diabos ele queria? Ele esperou pelo sua irm?o aparecer. Kyou estava do outro lado da clareira, com as suas roupas ondulando na brisa.       Sacudiu uma mecha de cabelo prateado atr?s da orelha, e ele aproximou-se de Toya. – Chamaste a sacerdotisa? A m?o de Toya flexionou quando um dos punhais g?meos surgiu devido ? sua agita??o. – Sim, e quanto a isso? Ele n?o estava com vontade de ser intimidado pelo seu irm?o mais velho. Kyou olhou al?m de Toya, em dire??o ao santu?rio. – N?o tenho permiss?o para me preocupar com o destino do meu irm?o? – disse com uma express?o era sem emo??o enquanto ele continuava olhando para a est?tua da donzela suspeitosamente. Ele sentiu sangue velho em Toya e o identificou como o de Shinbe. Ele tamb?m estava sentindo o perfume de Kyoko, misturado com o dos guardi?es. – Desde quando te importas? – Toya deu um passo em dire??o a Kyou. Kyou cheirou o ar, estreitando os olhos para Toya. – Falhaste em reivindicar a sacerdotisa como tua companheira? Os seus olhos brilhavam com uma risada n?o revelada. – Que tolice tua permitir que o nosso irm?o tente reivindicar o que ? seu. Toya rosnou baixinho. – Do que est?s a falar, Kyou? Kyou podia sentir que a erva estava manchada, mesmo que ele n?o pudesse ver sua aura maligna. – Um guardi?o, os seus sentidos s?o fracos. – disse e virou as costas para Toya e come?ou a caminhar de volta para os bosques quando as suas asas douradas apareceram nas suas costas. – Volta aqui, Kyou! Do que est?s a falar? – gritou Toya atr?s dele enquanto Kyou voou em dire??o ao c?u. Ele sorriu para Toya. – ?s um tolo, irm?ozinho. Nunca deves subestimar o inimigo. Toya virou-se para encarar o santu?rio, zangado por n?o poder passar por ele. O perfume de Kyoko ainda pairava espesso no ar. Ele partiu na dire??o ? caverna em que estava hospedado desde que voltou do tempo de Kyoko. Ele n?o queria enfrentar ningu?m agora. Ele s? esperava que quando Kyoko regressasse, ela fosse capaz de suavizar as coisas dentro do grupo. Mas, por enquanto, ele queria ficar sozinho para refletir sobre o que Kyou havia dito. Ele sabia que Kyoko nunca ficaria com aquele guardi?o lascivo por vontade pr?pria. Mas se Kyou estava certo e Shinbe se atrevesse a toc?-la, da pr?xima vez, ele estaria morto. ***** Kyoko foi acordada pelos gemidos de Shinbe. Ela correu para a cama dele, colocando a m?o na testa dele. Ele estava a transpirar profusamente e a ferver com febre ao mesmo tempo. – N?o ? bom … Ai, isso n?o ? bom. – sussurrou ela enquanto pegava no frasco de aspirina e derramava um pouco de ?gua num copo. A m?o dela tremia levemente com o fato de ele estar, por algum motivo, a ficar pior. – Shinbe. – disse ela gentilmente a tocar-lhe o ombro, tentando acord?-lo por tempo suficiente para conseguir dar-lhe a aspirina. ’ – Bolas! – murmurou a palavra suavemente, e em seguida, colocou o copo de volta na mesa quando ele n?o acordou e correu da sala, agora come?ando a entrar em p?nico. – Av?! – gritou enquanto corria pelo corredor at? o quarto dele. – O que ?, Kyoko? – disse. O av? limpou o sono dos olhos e depois olhou para a neta de forma inquisitiva. Percebeu rapidamente que Shinbe devia estar com problemas. Kyoko sentiu-se fraca. Se ele tivesse uma infe??o, guardi?o ou n?o … ele poderia morrer … certo? Ela gemeu no pensamento. – Ele est? a ferver! Temos que fazer alguma coisa. – disse Kyoko e come?ou a solu?ar, culpando-se. O av? voltou para o quarto e voltou carregando uma sacola com ervas e rem?dios. – Vai buscar ?gua fria e panos usados. Vai ficar tudo bem, Kyoko. N?s podemos cuidar dele. – tentou acalm?-la, embora at? ele estivesse preocupado. Shinbe parecia que ele estava a melhorar ontem, e agora isso. Tama saiu do quarto, esfregando os olhos. – O que est? a acontecer? Porque est?s a chorar? O olhar disparou para o quarto de Kyoko. – Ele est? … morto? – disse e o seu rosto empalideceu ao ver como sua irm? estava chateada. Kyoko come?ou a solu?ar mais alto, e o av? revirou os olhos. Dando uma pancada no bra?o de Kyoko, ele franziu a sobrancelha para Tama: – Ele s? est? com febre, s? isso. Agora ajuda a tua irm? a pegar ?gua e panos velhos. Ele s? esperava estar a dizer a verdade sobre Shinbe. O guardi?o estava com dor de cabe?a desde que tinha brigado com Toya e algo sobre o corte ao seu lado o preocupava. Ele sabia disso e era a segunda les?o na mesma ?rea. Shinbe havia tocado a les?o enquanto eles estavam sozinhos. Ser golpeado uma vez por um dem?nio escorpi?o venenoso j? era mau o suficiente, ent?o ser magoado no mesmo lugar durante a sua briga com Toya n?o era bom. Certa vez, ele conversou com Toya, e o guardi?o mencionou que as suas garras eram muito venenosas durante a batalha, tornando-se armas mortais. Ele s? esperava que Toya n?o tivesse envenenado o seu pr?prio irm?o. Mas pela apar?ncia de Shinbe, parece que Toya poderia ter feito isso sem saber. O av? estava parado no corredor, pensando se seria capaz de salvar o guardi?o. 'Eu n?o sou com certeza a pessoa indicada para curar algu?m que nem ? humano. – pensou miseravelmente. 'Kyoko nunca perdoar? ela mesma se algo acontecer com ele. Com esse pensamento, ele entrou no quarto, preparando-se para o pior. Kyoko voltou para a sala vendo que o av? havia retirado os cobertores de Shinbe. – O que est?s a fazer? Ele est? a tremer. – correu ela para o lado dele, puxando o cobertor de volta. – Kyoko, precisamos diminuir a febre. Ele n?o acorda para tomar aspirina, ent?o temos que arrefec?-lo com panos molhados. Agora traga essa bacia aqui. – disse e ele fez um gesto para ela larg?-la na mesa que ele empurrou e colocou ao lado da cama. – Devemos trabalhar rapidamente para reduzir a febre. Ele entregou a Kyoko um pano molhado e apontou para as pernas de Shinbe. – Fazes as pernas e Tama pode fazer a parte superior do corpo, enquanto eu ligo para um amigo. Ele n?o deu tempo a nenhum neto para reagir quando ele saiu rapidamente da sala. Kyoko olhou para o guardi?o. Quando o av? dela tirou a roupa para tratar das feridas pela primeira vez, ele o deixou com nada al?m de um par de boxers pretos. Kyoko mentalmente deu uma bofetada em si mesma por perceber esse fato e come?ou a esfregar o pano molhado nas pernas dele. Ela inclinou a cabe?a, observando as gotas de ?gua que ela estava a deixar para tr?s nas pernas macias e musculosas dele e mentalmente bateu em si de novo. Ela balan?ou a cabe?a para por os pensamentos fora e voltar para a tarefa em m?os. – Ele est? com febre, pelo amor de Deus. Ela olhou para Tama com medo de que ele tivesse notado que ela estava a sonhar acordada. Mas Tama estava ocupado a limpar o pano molhado nos ombros de Shinbe e ao longo da borda das ligaduras. – Estou do lado errado.– disse e ela decidiu e afastou-se do p? da cama antes de vir ao redor para ficar ao lado de Tama. – Aqui, deixa-me fazer isso, ok? Temos que esfriar a cabe?a primeiro. – disse e mergulhou o pano na bacia e come?ou a dar pancadinhas na testa e no cabelo. Shinbe gemeu com o contato e virou a cabe?a na dire??o dela, resmungando. – Isso ? tudo culpa minha. Sinto muito. – sussurrou Kyoko estas palavras enquanto ela come?ava a tentar arrefecer o seu corpo. Tama olhou para a irm?, tendo ouvido as palavras dela: – Porque ? que a culpa ? tua, irm?? Kyoko suspirou: – Nada, n?o te preocupes com isso. N?o havia como ela contar a Tama que ela tinha beijado Shinbe e deixado Toya com raiva. Esperava que ele deixasse por isso mesmo a conversa. O av? entrou silenciosamente na sala sem que eles o ouvissem. Ele ouviu as palavras de Kyoko e olhou para ela pensativamente. O que estava a acontecer entre a neta e esses dois homens de outra ?poca? Ele n?o queria pressionar a sua neta enquanto ela estava a sentir tanta culpa, ent?o por enquanto ele esqueceria isso. – Kyoko, chamei um m?dico meu amigo e ele vai aparecer e dar uma olhadela nele. O av? estendeu a m?o e colocou-a na testa de Shinbe. – Parece que a febre est? a diminuir. Kyoko olhou para ele, incr?dula. – Av?, um m?dico a vir aqui para ver Shinbe? N?o achas que ele vai suspeitar? – disse e ela inclinou a cabe?a, olhando para Shinbe. – Quer dizer, se ele fosse desta ?poca, n?s o levar?amos para um hospital. O av? deu uma pancadinha na m?o de Kyoko. – Est? tudo bem, minha filha. Eu expliquei tudo para ele. Bem… n?o exatamente. – corrigiu o que disse silenciosamente. O seu amigo devia-lhe um grande favor e ele ligou. Havia um acordo de que n?o haveria perguntas e nenhuma men??o a ele mais tarde. A sobrancelha de Kyoko franziu: – Que tipo de m?dico ele ?? – disse e ela estava a come?ar a sentir-se mal sobre isso. O av? sorriu: – Porque ? um veterin?rio, ? claro. N?o te preocupes. Ele diz que ser um m?dico de animais n?o ? diferente de tratar homens. Kyoko revirou os olhos, mergulhando o pano na ?gua. – Se assim o dizes, av?. – e voltou a colocar ?gua na testa de Shinbe. O av? colocou as m?os nos bra?os, pernas, peito e cabe?a de Shinbe. – Bem, acho que a febre est? a dimiuir. Boa. Vamos ver se podemos acord?-lo para que ele possa tomar aspirina. Ele estendeu a m?o e bateu rapidamente na bochecha de Shinbe v?rias vezes e n?o t?o gentilmente. Ele riu quando os olhos do guardi?o se abriram. – Estou em Valhalla, certo? Estou realmente morto agora? – sussurrou Shinbe com uma voz seca antes de fechar os olhos novamente. A sua cabe?a do?a, mas do seu lado parecia que as chamas estavam a corro?-lo. – N?o, Shinbe. N?o est?s morto. Estou aqui contigo, a cuidar de ti. Podes levantar a tua cabe?a um pouco, para que eu te possa dar um rem?dio? – disse Kyoko e colocou a m?o no rosto dele e esfregou a sua bochecha. Shinbe virou o rosto na m?o dela e suspirou. – Hmm, Kyoko. – e a sua voz falhou e n?o parecia secura, e os seus olhos tremeram. Kyoko colocou a m?o sob a cabe?a dele, levantando-a, enquanto o av? colocou a aspirina na boca. – Aqui, bebe isso. – disse e Kyoko segurou o copo de ?gua nos l?bios e deixou-o tomar um gole lento. – Obrigado, sacerdotisa. – agradeceu Shinbe e ele tentou levantar a m?o na dela, mas n?o conseguiu. Suspirando, ele fechou os olhos novamente e adormeceu. Êîíåö îçíàêîìèòåëüíîãî ôðàãìåíòà. Òåêñò ïðåäîñòàâëåí ÎÎÎ «ËèòÐåñ». Ïðî÷èòàéòå ýòó êíèãó öåëèêîì, êóïèâ ïîëíóþ ëåãàëüíóþ âåðñèþ (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=58999819&lfrom=688855901) íà ËèòÐåñ. Áåçîïàñíî îïëàòèòü êíèãó ìîæíî áàíêîâñêîé êàðòîé Visa, MasterCard, Maestro, ñî ñ÷åòà ìîáèëüíîãî òåëåôîíà, ñ ïëàòåæíîãî òåðìèíàëà, â ñàëîíå ÌÒÑ èëè Ñâÿçíîé, ÷åðåç PayPal, WebMoney, ßíäåêñ.Äåíüãè, QIWI Êîøåëåê, áîíóñíûìè êàðòàìè èëè äðóãèì óäîáíûì Âàì ñïîñîáîì.
Íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë Ëó÷øåå ìåñòî äëÿ ðàçìåùåíèÿ ñâîèõ ïðîèçâåäåíèé ìîëîäûìè àâòîðàìè, ïîýòàìè; äëÿ ðåàëèçàöèè ñâîèõ òâîð÷åñêèõ èäåé è äëÿ òîãî, ÷òîáû âàøè ïðîèçâåäåíèÿ ñòàëè ïîïóëÿðíûìè è ÷èòàåìûìè. Åñëè âû, íåèçâåñòíûé ñîâðåìåííûé ïîýò èëè çàèíòåðåñîâàííûé ÷èòàòåëü - Âàñ æä¸ò íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë.