«Я знаю, что ты позвонишь, Ты мучаешь себя напрасно. И удивительно прекрасна Была та ночь и этот день…» На лица наползает тень, Как холод из глубокой ниши. А мысли залиты свинцом, И руки, что сжимают дуло: «Ты все во мне перевернула. В руках – горящее окно. К себе зовет, влечет оно, Но, здесь мой мир и здесь мой дом». Стучит в висках: «Ну, позвон

O Treinador De Futebol

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O Treinador De Futebol Marco Bruno Manual para treinadores de futebol de toda categoria ou n?vel. Manual para treinadores de futebol de toda categoria ou n?vel. A partir dos princ?pios fundamentais para o desenvolvimento do jovem jogador at? ?s no??es de t?ctica, sistemas e modelos de jogo. Descreve as varias capacidades condicionais e de como v?o treinadas em rela??o ? idade do atleta. Tudo com exemplos de exercita??o e conselhos ?teis. Marco Bruno O Treinador de Futebol O TREINADOR DE FUTEBOL da forma??o do jogador ?s t?ticas coletivas e sistemas e modelos de jogo MARCO BRUNO Traduzido por Aderito Francisco Huo Tektime editor T?tulo: O treinador de futebol ©2019 Marco Bruno © O treinador de futebol Todos os direitos reservados A sensa??o do prazer ao cal?ar as chuteiras, o cheiro da relva acabada de ser cortada no inicio da ?poca; os saquinhos de pl?stico nos p?s para n?o deixar entrar a ?gua durante os treinos por baixo da chuva abundante e insistente. Os amigos que o s?o durante uma toda ?poca, mas ficam para sempre. Crescer com um sonho e n?o conseguir realiz?-lo completamente e depois aperceber-se que o motivo era porque a minha voca??o era aquela de treinar. Pequenos e grandes. Com uma inesperada natureza. Provavelmente o talento que me faltava como jogador o tinha como treinador. Ou talvez nem sequer aqui posso dizer de t?-lo… muitas vezes o caminho para chegar a obter o que se almeja ? incrivelmente tortuoso e poderias tamb?m perder-se. Com as chuteiras ou com um apito, a paix?o ? a mesma. E quando ? a paix?o a acompanhar-te, nunca podes perder-se. O QUE ? FUTEBOL O futebol ? um jogo simples e facilmente compreens?vel nas suas regras e no desenrolamento. Pode ser praticado por qualquer um porque n?o exige uma especial estrutura f?sica ou determinados dotes atl?ticos; consente ao atleta uma ampla liberdade de movimentos e por conseguinte a possibilidade de exprimir-se melhor de si mesmo. Por isso, o jogo de futebol ? definido actividade livre que, partindo por uma t?cnica de base comum, permite a todos de exprimir a pr?pria personalidade e o pr?prio estilo; todavia ? uma actividade incerta, ligada ?s leis do caso, onde ? imposs?vel prever o desenrolamento. Filosoficamente o futebol ? uma aventura semprenova e repleta de interesse que pode tornar-se espectacular; ? uma actividade do presente, porque o jogador constr?i no decorrer de cada jogo o seu futuro, o passado n?o conta. O futebol apaixona ? Porque ? um jogo simples ? Pode ser praticado por todos ? ? uma actividade livre ? ? uma actividade incerta ? ? uma aventura ? ? uma actividade do presente Existem factores que considero fundamentais sobre os quais trabalhar para poder formar um jogador em todas as suas caracter?sticas: t?cnicas, t?cticas, f?sicas, ps?quicas, sociais. Obviamente ? preciso esclarecer desde j? que treinar um jovem jogador ? completamente diferente que treinar um jogador adulto. Por este motivo ? prefer?vel falar da forma??o do jovem jogador antes, e de treinamento do jogador adulto depois. Nestes anos o erro que vi cometer mais com frequ?ncia por treinadores de sectores juvenis foi (e continua a ser) aquele de treinar jovens e crian?as como se estivessem treinando adultos. OS PRINC?PIOS DO TREINAMENTO Todo o treinador que se prepara para assumir a responsabilidade do comando de uma equipa deve ter bem claro o significado da palavra “treino”. Duma forma extremamente geral, o treino ? um processo que produz uma mudan?a f?sica, motriz, cognitiva e afectiva. O treinamento desportivo do atleta ?: • Prepara??o f?sica, • Prepara??o t?cnico-t?ctica, • Prepara??o intelectual, ps?quica e moral, Tudo isto ? realizado atrav?s de exerc?cios f?sicos. Podemos portanto definir o treinamento como “o conjunto de todas as interven??es direccionadas ao melhoramento dos factores modific?veis que influenciam a presta??o para obter o melhor rendimento”. Os factores sobre os quais ? poss?vel intervir s?o m?ltiplos, podemos falar do: – Treino das capacidades f?sicas. – Treino das capacidades t?cnicas; – Treino das capacidades t?cticas; – Treino das capacidades ps?quicas. N?o ? poss?vel intervir unicamente sobre uma delas sem influenciar positivamente ou negativamente nas outras. Se os est?mulos dos exerc?cios forem v?rios e direccionados a todas as capacidades, o organismo fica confuso e n?o saber? qual resposta dar a tais solicita??es. No treino, a rela??o de mais capacidades n?o provoca uma soma de adapta??es mas ao contr?rio provoca uma subtrac??o de adapta??es. Portanto o treinador n?o deve treinar sempre tudo, porque caso contr?rio treinaria mal, pouco ou nada. Os fisi?logos do exerc?cio f?sico sempre interessaram-se das adapta??es do nosso organismo ? exposi??o cr?nica do exerc?cio f?sico (treinamento) e em particular: Ao principio da subjectividade, segundo o qual o programa de treinamento ? estabelecido tendo em conta as poss?veis varia??es de individuo a individuo. Pessoas diferentes respondem de forma diferente a um ou mesmo programa de treinamento. Ao principio da especificidade, segundo o qual o treino deve reflectir perfeitamente o tipo de actividade motora desenvolvida, a fim de optimizar os benef?cios. Um carregador de pesos n?o pode treinar com a rapidez prolongada. Ao principio da reversibilidade, segundo o qual os benef?cios do treinamento perdem-se quando o treinamento vem interrompido ou diminu?do. Durante largas interrup??es conv?m sugerir sempre actividades de manuten??o. Ao princ?pio da sobrecarga progressiva, segundo o qual ? preciso estimular o organismo (m?sculos, sistema cardiovascular) com cargas progressivamente crescentes ? medida que o organismo se adapta. Ao principio do “dif?cil/f?cil”, segundo o qual per?odos de treinamento intenso “dif?cil” carga ou incremento), devem ser seguidos por um per?odo de treinamento “f?cil” (descarga ou assimila??o) para consentir ao organismo de recuperar e adaptar-se antes de enfrentar o incremento sucessivo. Ao princ?pio da periodiza??o, entendido como programa??o de megaciclos, macro ciclos, meio ciclos e micro ciclos, no ?mbito dos quais ser?o alternados com intensidade e volume de carga e tipo de treinamento para a procura continua de melhores condi??es de forma. Muitos atletas s?o super-treinados, e quando a sua presta??o piora por causa de Overtraining, treina-se mais, porque julga-se que o melhor treinamento esteja relacionado ao melhoramento. (J.H Wilmore-D. L. Costill. 2005). O treinamento, pelo contr?rio ser? muito mais eficaz e preciso como mais completos e finalizados ser?o as interven??es sobre as partes que o comp?em. No jogo de futebol infelizmente acontece ainda casos em que o treino ? limitado a “algumas voltas de campo, peladinhas e remates”. N?o existe nada que pode substituir a pratica, todas as teorias ficam abstractas se n?o conseguem iluminar os conceitos de forma??o na experiencia pratica. A complexidade do jogo de futebol requer interven??es precisas, qualificadas e estudadas. O problema mais dif?cil por enfrentar ? aquele de estabelecer a tipologia, a qualidade e a intensidade do trabalho por propor aos jogadores e verificar a condi??o deles de adapta??o ?s cargas de treinamento (TREINO). O treino ? um par?metro din?mico que depende de factores pessoais internos e externos, pode manifestar-se de formas diferentes nos v?rios sistemas funcionais e org?nicos do indiv?duo. Na idade infantil e na adolesc?ncia, um papel fundamental ? desenvolvido das tais ditas “fases sens?veis” (Martin, 1982), isto ? aqueles per?odos do crescimento que s?o especialmente favor?veis ao desenrolamento e ? forma??o de habilidades e capacidades decisivas pela presta??o motora desportiva. Aplicando todos os princ?pios do treinamento, ocorre predispor um programa de trabalho que se adequa aos jogadores que o devem p?r em pr?tica e ao tipo de jogo que o treinador pretende estabelecer. O treinador deve sempre ter presente a quest?o “o que tenho que fazer e em que momento”. Procuramos pois esclarecer quais s?o: – Os princ?pios da aprendizagem (como aprende o jogador); – Os princ?pios do ensinamento (como deve ensinar o treinador). O objectivo principal tem de ser aquele de induzir mudan?as positivas no comportamento e nos costumes da vida. O comportamento humano se distingue nas: Ac??es inatas, que n?o temos que aprender e que n?o requerem nenhuma precedente experiencia; Ac??es descobertas, que descobrimos mediante um processo individual de ensaio erro voltar a tentar; Ac??es assimiladas, que adquirimos dos outros indiv?duos com um inconsciente processo de emula??o; Ac??es concebidas, devem ser ensinadas e requerem um esfor?o voluntario baseado numa observa??o anal?tica precisa. Os princ?pios de aprendizagem A afirma??o que “se um jogador treina, melhora e aperfei?oa as suas capacidades” n?o ? taxativamente verdade, porque o treinamento determina comportamentos e adapta??es quer que isso venha conduzido de forma adequada como inadequada. Nem todas as adapta??es e os comportamentos s?o ?teis para a realiza??o das diversas actividades desportivas. Um treinamento eficaz e tanto como uma aprendizagem eficaz no jogo de futebol est?o muito ligados ? forma??o de atitudes, de h?bitos e de movimentos correctos. Primeiro, na ordem da import?ncia, ? a atitude contra a aprendizagem, seja da parte do treinador como do jogador. Esta atitude deveria ser caracterizada por duas qualidades: 1. Mentalidade aberta; 2. Mentalidade ?vida de saber. Novas atitudes mentais essenciais por conceber e avaliar as ideias novas e aplic?-las, para colocar-se continuamente em discuss?o, mais simplesmente para actualizar-se continuamente. Nem todas as ideias s?o boas pois ? um erro aceitar logo uma nova ideia baseando-se num ?nico crit?rio da novidade, como ? um erro n?o dar-lhe cr?dito sem avali?-la. Alguns desportos requerem de forma predominante o cuidado dos aspectos t?cnicos, outros daqueles atl?ticos: o jogo de futebol ? um desporto onde ? mais importante a capacidade do ju?zo. ? esta conclus?o chega-se com uma simples analise: ? Uma partida de futebol dura 90?; ? A bola est? em jogo durante cerca de 60?; ? Nos 60? presume-se que cada equipa tenha a posse de bola pelo menos durante 30?; ? Durante estes 30? a bola est? muitas vezes no ar e fora do alcance dos jogadores; ? Todo o jogador em m?dia pode ter a posse de bola durante mais de 2? a 3?. Depois desta an?lise fica espont?nea uma quest?o: O QUE FAZ O JOGADOR NOS OUTROS 57? – 58? EM QUE A BOLA EST? EM JOGO? A resposta ?: Aplica as pr?prias capacidades de ju?zo, toma decis?es e faz escolhas. Observamos depois que o futebol ? uma das modalidades de aspectos vari?veis, seja porque os jogadores e a bola podem mover-se por todo o campo, seja porque as regras por respeitar s?o poucas, percebemos que as situa??es mudam rapidamente e requerem da parte dos jogadores rapidez na execu??o e concentra??o. Tudo isto nos leva ao problema fundamental que n?o ?como se treina, mas como aprende um jogador. Para estimular os jogadores com sucesso o treinador deve tomar em considera??o os seguintes factores: 1) O interesse: o jogador pouco interessado e motivado, dedica escasso empenho ?s actividades propostas. 2) O entusiasmo: o jogador que tem falta de entusiasmo n?o ? ?til a si pr?prio e ao grupo. 3) A colabora??o: trabalhar junto ao grupo para o alcance do objectivo comum. 4) O exemplo: ver jogar uns campe?es ou melhor vendo correctas ac??es de jogo, mediante o uso de filmados podem-se trazer melhoramentos na aprendizagem, seja sobre as atitudes como sobre os h?bitos. 5) A frequ?ncia aos treinos: a qualidade do treino ? mais importante que a frequ?ncia. Na presen?a de qualidade, mais tempo ser? dedicado ao treino maior ser?o os benef?cios. 6) O conhecimento dos benef?cios: quem obt?m bons benef?cios treina mais a vontade. Num treino bem realizado os jogadores d?o-se conta dos progressos obtidos. 7) O esp?rito de competi??o: para desenvolver as pr?prias habilidades ? necess?ria uma cont?nua procura de supera??o das pr?prias capacidades e dos pr?prios limites. Os jogadores melhorar?o se forem dados tarefas cada vez mais absorventes ? condi??o que n?o sejam muito dif?ceis. 8) A confian?a: os treinadores deveriam ensinar aos jogadores a ter confian?a, mas sobretudo encoraj?-los a cultivar esperan?as e ambi??es realiz?veis. Depois de ter estabelecido como o jogador aprende, ? preciso estabelecer o que tem necessidade de aprender no treino futebol?stico. Quatro s?o as ?reas do treinamento futebol?stico: – A t?cnica e a t?ctica (capacidades coordenativas); – A condi??o f?sica (capacidades condicionais); – A compreens?o (o que fazer e o que n?o fazer); – A condi??o psico-social (comportamentos). 1) A t?cnica e a t?ctica: s?o os instrumentos da profiss?o, quanto melhores forem tanto mais eficazes, ?teis e surpreendentes ser?o os resultados. 2) A condi??o f?sica: as habilidades n?o s?o realiz?veis se n?o s?o acompanhadas por uma boa condi??o f?sica. Este ser? a mat?ria predominante das nossas li??es. 3) A compreens?o: consiste em aprender o que se pode fazer e o que ? necess?rio fazer e distingue o bom jogador dos outros em paridade de condi??o f?sica e t?cnico-t?ctica. Tentar alguma coisa que sabe-se que n?o pode fazer, ? tanto grave quanto fazer algo bem no momento errado. A compreens?o requer: – Conhecimento dos princ?pios do jogo e das regras; – Intui??o daquilo que est? para acontecer; – Decis?o de escolher sobre o que ? melhor fazer; – Percep??o do espa?o e tempo; – Ac??o, execu??o pronta e imediata daquilo que se escolheu. 4) A condi??o psico-social: saber estar no seio dum grupo (equipa), aceitando a diversidade (habilidade, comportamentos, capacidades f?sicas, experiencias….) colaborando para o alcance do objectivo comum ? uma condi??o indispens?vel para completar as outras. Antes de iniciar o desenvolvimento dos elementos fundamentais para o alcance duma boa condi??o f?sica logo ? necess?rio observar como deve ensinar o treinador e os princ?pios sobre os quais baseia-se uma eficaz ac??o de treino. OS PRINC?PIOS DO ENSINAMENTO Os princ?pios ou regras de ensinamento desportivo servem para tornar ?ptima a capacidade met?dica da ac??o de treinadores e atletas. Tais princ?pios referem-se a todos os aspectos e tarefas do ensinamento, do qual determinam conte?dos, m?todos e organiza??o. 1) Conhecer a mat?ria: ? preciso ter conhecimento do futebol do ponto de vista t?cnico, t?ctico, os princ?pios da prepara??o f?sica, n?o deixar-se influenciar por factores externos, ambientais, geralmente emotivos e impedir que sejam influenciados os jogadores. 2) Conhecer como ? que se aprende: sem conhecer os princ?pios da aprendizagem que enumeramos antes n?o ? poss?vel efectuar um treino prof?cuo. 3) Conhecer os factores chaves do ensinamento: os factores chaves do ensinamento s?o: a) O foco, considera-se objectivos que normalmente est?o a m?dio e longo prazo, por exemplo o melhoramento do jogo de ataque da equipa ou ent?o o melhoramento da for?a. A partir do foco emergem os objectivos a curto prazo. b) Os objectivos, consideram-se: – O jogo com a bola (passes, controles, triangula??es, etc. …) – O jogo sem a bola (movimento, combina??es, ac??es de ajuda, cruzamentos, etc. …). N?o se pode ensinar tudo duma s? vez, mas determinar uma ordem de prioridade e uma sequ?ncia l?gica do treino. c) A ordem de prioridade e a sequ?ncia l?gica – n?o se podem ensinar eficazmente diversos aspectos do jogo duma s? vez; – Entre dois factores um ter? sempre uma preced?ncia l?gica sobre o outro. Se n?o se respeita uma sequ?ncia l?gica, fica tudo mais dif?cil. O mesmo acontece se insiste em ensinar coisas certas, mas no momento errado. Muita aten??o deve ser posta ? planifica??o e ? organiza??o. d) A planifica??o e a organiza??o. A planifica??o comporta o melhor uso dos equipamentos e deve ser feita antecipadamente para dar lugar ? melhor organiza??o poss?vel. A organiza??o de uma eficaz sess?o de treino prev?: • A escolha da zona do campo a ser utilizado para o treino; • O numero exacto de jogadores que participam; • Um treino realista (os jogadores devem ser usados nas suas posi??es reais e nos exerc?cios deveriam jogar de forma realista; as balizas devem estar sempre de grandeza regular porque os dois aspectos essenciais do jogo s?o os remates e a marca??o de golos); • Um adequado inicio do exerc?cio e qualidade dos passes (muitos treinos arrastam-se cansativamente porque ? dada pouca aten??o como iniciar o exerc?cio e os passes s?o pouco cuidados); • Simplicidade e clareza (todos os jogadores devem compreender muito bem o que se quer fazer e obter com o tipo de treinamento). a) A capacidade de observa??o. A observa??o dum treino deve levar o t?cnico a perceber se: – Os treinos desenrolam-se a contento conforme ? organiza??o; – A atitude dos jogadores ? estimulada e interessada; – A ac??o do jogo colectivo atinge o foco; – A ac??o espec?fica de cada um ? prof?cua para o trabalho de grupo. Se tudo isto n?o ? alcan?ado, ? preciso questionar-se: – Fisicamente o jogador est? em condi??es de desenvolver a tarefa? Se a resposta for “n?o”, n?o h? raz?o para continuar com o exerc?cio. – O exerc?cio assusta o jogador? Se a resposta for “sim” conv?m partir para exerc?cios mais simples e encorajar principalmente o jogador. – ? um problema t?cnico? – De que t?cnica se trata? Certificar que o jogador perceba onde falha e explicar como fazer de forma correcta e exercit?-lo em tal sentido. – ? um problema t?ctico? 1. Falta da compreens?o (isolar e explicar cada uma das partes); 2. Falta da intui??o (o jogador n?o v? a ac??o que desempenha por tr?s motivos: – Ac??o bastante aglomerada; – Ac??o bastante veloz; – Joga com a cabe?a virada para baixo. 3. Falta da aplica??o (o jogador compreende o que se deseja dele, mas falha a execu??o porque procura realizar coisas bastante dif?ceis). f) A comunica??o: tudo o que foi dito at? agora conta pouco se o treinador n?o ? capaz de comunicar. Um treinador pode comunicar em duas maneiras: 1. Tramite a demonstra??o destacando as seguintes qualidades: – Ac??es de jogo correctas; – Ac??es desempenhadas de forma simples; – Demonstra??o clara, destacando o factor principal; – Estabelecer um objectivo m?nimo; 2. Tramite a palavra: a comunica??o via palavra ? muito importante, mas depende da convic??o com a qual fala o treinador. O treinador antes de falar, deve pensar durante um instante naquilo que deve dizer para estar claro do significado das palavras, deve evitar palavras ou discursos complicados e reparar os ouvintes enquanto fala. Enfim deve falar sempre numa perspectiva positiva porque ? mais eficaz dizer “faz isto” ao inv?s de dizer “falhou ao fazer isto”. A comunica??o em cifras Os 70% da nossa vida passamo-los a comunicar verbalmente. Este tempo ? desta forma repartido: Para ouvir 45% Para falar 30% Para ler 15% Para escrever 10% De tudo isto conseguimos recordar: Daquilo que lemos 10% Daquilo que ouvimos 20% Daquilo que observamos 30% Daquilo que ouvimos e observamos 50% Daquilo que dissemos 80% Daquilo que explicamos 90% Numa conversa conseguimos: Sentir 50% daquilo que se diz; Escutar 50% daquilo que sente (apenas 25%); Compreender 50% daquilo que escutamos (apenas 12,5%); Acreditar 50% daquilo que compreendemos (apenas 6,25%); Recordar 50% daquilo que acreditamos (apenas 3,125%). Quantas vezes, falamos demoradamente com os nossos atletas? O que ficou das nossas palavras? 3,125%!!!!!!!!!! Todo o resto fica esquecido. Treinar significa comunicar. Alguns falam mas comunicam pouco e tem dificuldades de relacionar-se, outros pelo contr?rio, falam muito e deixam pouco tempo ? escuta. Todo o instrutor deve manter sempre presente a import?ncia da sequ?ncia: Escuto = esque?o Vejo = recordo Executo = aprendo. O ensinamento durante o jogo. O treinador deve ser muito habilidoso e atento nos jogos de treino. O jogo de treino representa o culmine da sess?o. O desenvolvimento final duma boa ac??o do jogo da equipa. As t?cnicas e os exerc?cios em pequenos grupos s?o como bocados de um mosaico e ensinar a p?-los em pr?tica durante o jogo ? como procurar completar o mosaico. Esperar que aqueles peda?os v?o sozinhos aos seus lugares, ? optimismo em excesso. Para obter satisfat?rios e ?teis resultados, conv?m estabelecer: – O que ensinar; – Onde ensinar; – Como ensinar; 1. O que ensinar: ? preciso dedicar-se principalmente aos objectivos focados no melhoramento do jogo da equipa. Defesa: reduzir tempo e espa?o; disputar e cobrir; defesa em massa. Ataque: cria??o e explora??o de espa?os; passes e movimentos; ataque em massa. Isto independentemente duma estrat?gia de jogo. Cada jogador deve aprender a comportar-se eficientemente em qualquer situa??o. Habituar os jogadores a efectuar o c?lculo certo: – Entre seguran?a e risco; – Das possibilidades; saber escolher e executar aquilo que melhor ? numa particular situa??o. (melhor escolha). 2. Onde ensinar: Os jogadores devem exercitar-se para realizar ac??es de jogo em toda parte do campo. As melhorias do jogo de grupo em ataque deveriam obter-se a partir dos tr?s quartos defensivos do campo, da mesma forma a melhoria do sistema defensivo deveria obter-se partindo dos tr?s quartos de ataque. Julgo que seja oportuno efectuar exercita??es posicionais nas diferentes zonas de campo ou seja nas zonas onde queremos que tais comportamentos venham realmente postas em pr?tica no jogo. 3. Como ensinar: os m?todos que est?o na base do ensinamento s?o: – Controle de jogo (ex: se uma equipa deve treinar e criar espa?os na zona central do campo ent?o o treinador deve limitar-se ?quela zona); – Condi??es de jogo (ex: se tem que se concentrar no passe r?pido ? preciso impor o jogo anterior, se por acaso for poss?vel, e seja como for um movimento continuo sem bola antecipadamente sobre a decis?o do colega para poder dar-lhe a solu??o de passe ainda antes que receba a bola. Requer-se um arranque em ajuda ? preciso impor que o jogador tenha que superar correndo o colega ao qual passou a bola); – Bloquear o jogo. ? um m?todo para demonstrar aos jogadores as vantagens e as desvantagens das suas posi??es. A este prop?sito ? necess?rio que: a) Seja fixado um sinal visual a todos para bloquear o jogo (ex: duas apitadelas, mas sobre este ponto estou convicto que o sinal tenha que ser necessariamente vis?vel como no jogo o treinador n?o pode utilizar o apito e da? os jogadores devem reconhecer visualmente uma situa??o comum para todos de forma que ao reconhec?-la, todos se comportem como estabelecido no treino); b) Os jogadores param para n?o alterar a situa??o do jogo que se pretende corrigir (conv?m parar o jogo para acentuar o tema tratado, mas n?o para tratar temas diferentes). – Corrigir e tentar novamente: depois de ter parado com o jogo ? importante fazer repetir na forma correcta aquilo que foi feito de forma errada. – Pensar alto: trata-se de um m?todo mediante o qual o treinador pensa em voz alta no lugar do jogador, antecipando as suas ac??es. Este m?todo usa-se muitas vezes para tornar mais eficaz a repeti??o correctiva. O TREINAMENTO E O CRESCIMENTO Mediante o treinamento persegue-se o melhoramento das capacidades motoras. Algumas capacidades podem ser treinadas e melhoradas outras podem ser educadas e transformadas. J? dissemos que n?o ? poss?vel intervir sobre uma ?nica delas sem influenciar positivamente ou negativamente as outras. Nos jogos desportivos ? significativa a influ?ncia das v?rias capacidades na efic?cia do gesto desportivo, este efeito produziu a no??o do “regime de manifesta??o”. O regime de manifesta??o representa o modo de manifestar-se duma capacidade motora (ex: a resist?ncia em regime de velocidade; a velocidade em regime de for?a), representa tamb?m o modo de manifestar-se na mistura dos factores do treinamento (ex: a prepara??o f?sica no regime t?cnico, a prepara??o t?cnica no regime t?ctico). As componentes da prepara??o f?sico motor s?o: – A prepara??o f?sica geral e multilateral, que realizada de forma particular e global, ? particularmente focada ?s grandes fun??es do organismo, e ? muito adequado aos jovens; – A prepara??o f?sica especifica, que direcciona-se sobre as fun??es e sobre a motricidade pr?prias de qualquer jogador desportivo correspondente ?s solicita??es das presta??es de disputa, para obter depois do ciclo preparat?rio juvenil. A figura mostra que as presta??es do jogador ou melhor a sua efici?ncia numa prova dependem de m?ltiplas habilidades, capacidades e qualidades, que se influenciam mutuamente. Componentes das capacidades de presta??o do jogador (Weineck-Erlangen, 1994). A figura mostra que as presta??es do jogador ou melhor a sua efici?ncia numa prova dependem de m?ltiplas habilidades, capacidades e qualidades, que se influenciam entre si. Na estrutura do rendimento representada na figura anterior, as capacidades condicionais s?o fundamentais, porque fornecem as bases para uma presta??o t?cnica, t?ctica e ps?quica est?vel durante a prova (Stiehler-Kinzag-D?blen, 1988). Para enfrentar seriamente os problemas do treinamento ? preciso seleccionar tr?s opera??es: A primeira consiste em definir as qualidades f?sicas dominantes no jogo de futebol: – A resist?ncia em regime de for?a; – A velocidade (acelera??es); – A destreza (capacidade de compreender e executar rapidamente movimentos complexos). Com a segunda, definir as caracter?sticas do esfor?o espec?fico pedido no jogo de futebol. O esfor?o f?sico ? caracterizado geralmente pelos seguintes par?metros: • Intensidade • Dura??o • Complexidade • Processos metab?licos para a produ??o de energia. A intensidade do exerc?cio f?sico deve ser relacionada ? idade do registo civil do indiv?duo; para indiv?duos adultos uma indica??o a adoptar ? aquela de considerar a frequ?ncia da pulsa??o m?xima por atingir respeitando: As f?rmulas de Cooper: Fc Max = 220 – idade para as mulheres Fc Max = 205 – (idade/2) para os homens Ou ent?o a formula de Karvonen. Fc Max = 220 – frequ?ncia em repouso ou melhor ainda, a f?rmula de Tanaka. Fc Max = 208 – (0,7 x idade) ? preciso recordar que: – Entre os 50-60% da Fc Max, realiza-se um trabalho moderado; – Entre os 60-70% da Fc Max, realiza-se um grande trabalho, dito tamb?m (cardiotraining); – Entre os 70-80% da Fc Max, realiza-se um trabalho no sob limite aer?bico pr?ximo do limiar; – Entre os 80-90% da Fc Max, realiza-se um trabalho no limite anaer?bico; – Alem de 90% realiza-se um trabalho m?ximo (pouco aconselh?vel). Do ponto de vista da dura??o o esfor?o pode ser: • Curto ou longo; • Continuo ou vari?vel; • Com ou sem interrup??o. Do ponto de vista da complexidade o esfor?o pode ser: • Simples (ex: a maratona); • Complexo (ex: o futebol). Do ponto de vista dos processos metab?licos de produ??o de energia o esfor?o pode ser: • Aer?bico • Anaer?bico • Misto Para o futebol, o esfor?o espec?fico ? considerado: Por intensidade: – Sob limite (freq. Card. 180/200 – freq. Resp. 30/40 Por dura??o: – Vari?vel com numerosas interrup??es Por complexidade: – Complexo pois que recorre ?s qualidades f?sicas diversas (velocidade, for?a, etc.) e ac??es t?cnicas, t?cticas, com situa??es de embate f?sico. Por processos metab?licos: – Misto, com not?veis empenhos anaer?bicos alact?cidos. A terceira opera??o ? aquela de estabelecer o aumento e a diminui??o dos esfor?os durante o treino. Praticamente estabelecer o plano do treinamento e o programa da prepara??o f?sica. O objectivo central de todo treinamento futebol?stico deve ser a melhoria das capacidades de ac??o do jogador(Bisanz-Gerisch, 1990). Esta afirma??o serve para reestruturar a import?ncia dos factores de condi??o para evitar uma sua deprecia??o excessiva no treinamento. Num visado treino de futebol vai-se procurar favorecer um exerc?cio de velocidade de ac??o que se oriente ? pr?tica do jogo mantendo sempre em considera??o todos os factores da presta??o ao n?vel psicof?sico, t?cnico-t?ctico e social. As seguintes cita??es demonstram que uma teoria espec?fica do treino de futebol deve basear-se nas exig?ncias da prova e que o treino da condi??o deve assimilar ? pr?tica do jogo ou possivelmente integrar-se a ela. “O melhor maestro para o treino ? a competi??o” (Cramer, 1987). “A partir da competi??o percebemos o que temos que treinar” (Krauspe-Rauhut-Teschner, 1990). “Se a competi??o ? o melhor treinamento ? tamb?m verdade que um bom treino deve a todo custo ter o car?cter duma prova” (Northpoth, 1988). “O segredo do futebol est? sempre no treino para a prova” (Beenhakken, 1990). “O objectivo fulcral de todo o treinamento de futebol deve ser o melhoramento da capacidade de ac??o do jogador” (Bisanz-Gerisch, 1990). A partir destas cita??es resulta que o treinamento futebol?stico da condi??o deve assemelhar-se ? pr?tica do jogo ou possivelmente integrar-se a ela. O treinamento n?o ? por isso o fim s? por si mas segue o objectivo de “melhorar a capacidade de jogar e de optimizar as capacidades de agir”. Se duma parte quer-se reestruturar a import?ncia dos factores da condi??o f?sica, doutra ser? oportuno favorecer no treino futebol?stico um exerc?cio de velocidade de ac??o que se oriente ? pr?tica do jogo mantendo sempre presente todos os factores da presta??o ? n?vel t?cnico-t?ctico e psico-social. Isto significa que ? necess?rio atribuir mais import?ncia a um treinamento pr?ximo ? pr?tica do jogo com m?todos e meios cada vez mais especializados. (Lotterman, 1990). O TREINADOR DEVE 1) Conhecer bem os atletas e trabalhar para melhorar constantemente a sua aprendizagem e a sua forma??o. 2) Analisar com os atletas e os dirigentes, as raz?es do sucesso e as causas dos resultados ruins. 3) Contribuir ? forma??o do grupo, sentido de responsabilidade e respeito. 4) Induzir os atletas para seguir um treinamento regular. 5) Preocupar-se do estado de sa?de dos atletas. 6) Incutir nos atletas o sentimento de afei??o ?s cores sociais e o respeito da propriedade social. 7) Encorajar os atletas a participar com dedica??o em todos os treinos. 8) Cuidar a pr?pria actualiza??o profissional. 9) Ter uma documenta??o quotidiana relativa ao treinamento. 10) Preparar o treino de forma a suscitar o interesse dos jogadores para os exerc?cios f?sicos, t?cnicos e t?cticos. O TREINAMENTO DOS JOVENS JOGADORES ? oportuno deter-se antes dos mais graves erros que foram cometidos a prop?sito dos objectivos do treino juvenil. O primeiro erro est? em compara??o do jovem a uma imagem reduzida do adulto sem considerar que ele tem uma personalidade ainda em forma??o, formas de pensar ainda em evolu??o e acima de tudo um f?sico e capacidades completamente diferentes. N?o ? poss?vel transferir na esfera juvenil o treinamento dos adultos, talvez dando apenas aten??o para reduzir a quantidade e a intensidade. O incremento das capacidades f?sicas n?o pode ser proposto da mesma forma para os jovens e para os adultos, ou melhor isso deve ser uma posterior diferencia??o tamb?m no mesmo ?mbito juvenil, conforme as faixas et?rias. Conduzir por exemplo um ciclo de treinos para rapazes de 12-13 anos (muitos jovens) tendo como o objectivo o m?ximo rendimento para atingir sucessos imediatamente, significa desvirtuar o esp?rito do mesmo treino; efectivamente, o rapaz deve ser conduzido gradualmente e passo a passo e nos anos em direc??o do rendimento almejado. Uma prepara??o bastante r?pida e precoce, que geralmente fica sempre ligada ao alcance de metas ambiciosas para os adultos, dar? not?veis resultados a curto prazo, mas provoca certamente danos que quase sempre s?o irrevers?veis. Quando os jovens e os adolescentes em particular s?o submetidos a uma excessiva carga f?sica e psicol?gico diminui a sua motiva??o para aquilo que est?o a fazer, diminui o seu desejo at? chegar a uma verdadeira e pr?pria rejei??o diante aos primeiros insucessos. Assim pode-se perceber como muitas vezes os jovens jogadores depois do treino com a pr?pria equipa, encontrem-se (no orat?rio, no corredor ou em espa?os abertos) para jogar finalmente futebol. Um graduado e focado treino conduzem a um grau mais alto de prepara??o f?sica e atl?tica na idade adulta e a mentem est?vel mais demoradamente no tempo. ? conclus?o do ciclo juvenil o jogador ter? que: ? Ter alcan?ado uma certa maturidade f?sica; ? Ter adquirido uma bagagem t?cnica completa; ? Ter adquirido um correcto sentido t?ctico; ? Ter desenvolvido as ditas “qualidades de vontade” indispens?veis para obter resultados duradouros e isto ?: ? Disponibilidade ao trabalho de grupo; ? Esp?rito de colabora??o; ? Disponibilidade de aprender e trabalhar; ? Consciente da melhoria mediante a dedica??o; ? Desejo de emergir. Estas qualidades agem positivamente n?o apenas no ?mbito desportivo, mas s?o de grande ajuda para encarar a vida e as dificuldades todos os dias. Paralelamente a estes objectivos prim?rios, devemos considerar outros aspectos que desempenham grande import?ncia para a forma??o dos jovens: – A manuten??o e o cuidado da sa?de e da higiene pessoal; – A organiza??o e a ocupa??o do tempo livre; – O jogo de futebol e o relativo treino devem permanecer em segundo plano em rela??o ? escola ou ao trabalho; – O treino n?o deve comportar riscos para a sa?de e o futuro crescimento do jovem; – A felicidade e a serenidade devem ser postas sempre em primeiro plano: evitar pois treinos cansativos, mon?tonos e repetitivos (isto n?o significa que n?o se podem propor de novo exercita??es j? efectuados); – Os jovens devem sempre tirar proveito a partir do treinamento experiencia construtivas e de socializa??o; – Junto ao jogo de futebol os jovens devem cultivar outros interesses sobretudo a n?vel cultural. O treinador do sector juvenil deve saber reconhecer um potencial jogador de futebol avaliando as suas capacidades e compet?ncias relacionadas com a: TECNICA: – Atitude global ao movimento; – Sensibilidade com o contacto da bola e habilidade no seu controle; – Boa atitude para defender a bola nas particulares situa??es de jogo. TACTICA: – Sentido de orienta??o; – Prontid?o na capacidade de ju?zo ao programar em anteced?ncia os movimentos de jogo no ataque e na defesa. QUALIDADE CARACTERIAL: – Capacidade de impor-se; – Firmeza nos prop?sitos; – Const?ncia de vontade; – Bom comportamento social; – Mod?stia em saber introduzir-se no servi?o dos outros. CARACTERISTICAS FISICAS: – Constitui??o f?sica que prev? margem para um adequado e regular desenvolvimento; – Potenciais dotes atl?ticas. Treinar jovens significa conseguir sobretudo actuar correctamente todas as fases da estrat?gia geral da educa??o: – Conhecimento do praticante em refer?ncia ao seu desenvolvimento motor; – Conhecimento dos problemas educativos nas v?rias faixas et?rias; – Avalia??o cont?nua das varia??es induzidas na personalidade e no amadurecimento do jovem, da influ?ncia ambiental e da ac??o educativa f?sico motora. O treinador deve cingir-se, sobretudo para os jovens at? 14/15 anos, quanto mais poss?vel ao princ?pio da polival?ncia. A polival?ncia constitui a via mestra para deixar empreender aos praticantes um serio, correcto e valido impulso ? pr?tica desportiva; e requer: – Interven??es do tipo anal?tico (desenvolvimento da percep??o auditiva, visual, coordena??o motor -sensorial, dos movimentos puros); – Interven??es do tipo global (sequencias multivariadas, percursos mistos, jogos polivalentes, jogos em equipas); – Interven??es tempestivas (a coisa no momento certo). Efeitos de algumas modalidades desportivas nos jovens (G. Frohner,2002) Isto levaria a pensar que o conjunto destas actividades possa garantir um completo desenvolvimento do indiv?duo. Isso n?o ? verdade se n?o organizando as actividades de forma que sejam integradas entre elas sem que uma seja predominante sobre a outra. Motivo pelo qual aconselha-se sempre, relativamente ? forma??o dum jogador, de actuar actividades polivalentes sobretudo na idade pr?-puberdade e puberdade independentemente do desporto que o individuo est? praticando. Revela-se importante pois que as propostas de treinamento sejam compreensivas de todos os factores (sem esquecer qual seja a actividade principal). RESPONSABILIDADE DO TREINADOR Muitos treinadores, j? que oferecem gratuitamente o seu tempo, pensam de n?o ser respons?veis pelo crescimento e pela sa?de dos rapazes que treinam, mas somente pelo resultado desportivo da sua ac??o. O treinador de equipas juvenis ? pelo contr?rio considerado, respons?vel pelo dano psicol?gico que pode causar aos jovens e sobretudo dos preju?zos f?sicos causados pela neglig?ncia ou pela n?o consci?ncia: os dirigentes (co-respons?veis) deveriam recordar de informar sempre o treinador das suas responsabilidades antes de iniciar o seu trabalho. Seria importante pelo menos saber que existem as fases de crescimento em que se desenvolvem diferentes caracter?sticas e capacidades coordenativas, ditas FASES SENS?VEIS. As fases sens?veis Fases de maior sensibilidade das diversas capacidades motoras e qualidades psico-f?sicas nas idades dos seis aos quinze anos. Entre 5 e 9/10 anos s?o seguidos os esquemas motores de base; ? aumentada a precis?o nos movimentos. Entre 6 e 8 anos melhora rapidamente o equil?brio. Entre 7 e 10 anos melhora a prontid?o de movimento. Entre 8 e 10 anos matura a atitude para prever a velocidade e a direc??o dos objectos em movimento. Entre 9 e 10 anos alcan?a-se a m?xima frequ?ncia do passo. Entre 9 e 11 anos obt?m-se progressos nas coordena??es motoras – sensorial (olho – m?o; olho – p? e din?mica generalizada). Entre 11 e 12 anos fica completado o desenvolvimento da lateraliza??o. Entre 12 e 18 anos duplica a for?a muscular; para as meninas depois dos 13 substancialmente n?o aumenta. At? aos 14 anos evitar exerc?cios de mobilidade passivos, praticamente aqueles logrados com a ajuda dos outros. Depois dos 10 anos come?ar a monitoria ao alongamento muscular e ? mobilidade. Fases da prepara??o desportiva Antes de enumerar as v?rias fases da prepara??o desportiva ? necess?rio recordar que as idades cronol?gicas indicadas s?o puramente esquem?ticas, na prepara??o juvenil ? muito mais serio e correcto considerar as idades biol?gicas dos v?rios indiv?duos. Estas indica??es s?o importantes para poder estabelecer quais sejam as propostas de treinamento e para programar as actividades. Princ?pio da carga finalizada (Schonborn, 1984) O caminho a ser seguido no treinamento juvenil ? aquele do incremento gradual da carga. Os est?mulos treinados devem ser aplicados progressivamente e de forma adequada ao desenvolvimento. A sucess?o metodol?gica aconselh?vel ? aquela de aumentar: – Primeiro a frequ?ncia do treinamento (compreendida como numero de sess?es); – Depois o volume (compreendido como quantidade de trabalho); – Por fim a intensidade (compreendida como velocidade de execu??o e carga). (Ehlenz, Grosser, Zimmermann, 1983) Segundo Martin (1982) as fases sens?veis encontram os momentos de maior aperfei?oamento nas idades indicadas dos esquemas seguintes. IDADE N?o ? poss?vel um treinamento das capacidades coordenativas e condicionais que tenha a mesma efic?cia em qualquer idade: nenhuma capacidade pode ser efectivamente treinada na mesma medida em qualquer idade (Israel 1976). Com a entrada na idade da puberdade registam-se diminui??es ou estagna??es no campo coordenativo (Sharma, 1993). Nos rapazes com desenvolvimento atrasado, verificam-se presta??es coordenativas melhores em rela??o ?queles que t?m um desenvolvimento antecipado ou normal. Os per?odos do desenvolvimento nos quais o treinamento ? muito favor?vel para determinada capacidade motora ou classe de exerc?cios desportivos (por exemplo desenvolvimento da mobilidade articular, aperfei?oamento da t?cnica desportiva), s?o para considerar fases sens?veis para aquela classe de exerc?cios. ? preciso prestar muita aten??o ao facto que existe uma igual sensibilidade entre m?todos de treinamento adequados e inadequados. Se n?o se usam os anos da inf?ncia mais favor?veis para a forma??o da coordena??o e da t?cnica desportiva, ou permite-se que neles formem-se comportamentos atl?ticos errados, as consequ?ncias negativas ser?o certamente mais vistosas e da? mais duradouras que os outros per?odos. Vamos analisar quais s?o as capacidades por desenvolver no jovem atleta Capacidades neutras Resist?ncia aer?bica ? poss?vel desenvolv?-la j? a partir da idade pr?-escolar para ser continuada nas sucessivas etapas evolutivas, at? atingir o per?odo de “Impulso” da puberdade que na base aos actuais conhecimentos parece ser aquele mais favor?vel. Capacidades precoces ? Coordenativas ? Rapidez na reac??o e frequ?ncia motora ? Mobilidade articular ? Aprendizagem motora (com exerc?cios de aprendizagem que n?o requeiram pressupostos elevados de for?a m?xima ou de for?a relativa). Capacidades interm?dias A caminho do fim do per?odo escolar prim?rio e durante toda a primeira fase da puberdade v?o consideradas com aten??o crescente: ? Mobilidade articular ? For?a r?pida ? Resist?ncia ? for?a (a carga natural) ? Rapidez no movimento, de locomo??o e acelera??o. Capacidades tardias ? For?a m?xima, ? Resist?ncia anaer?bica, ? For?a r?pida contra oposi??es, ? Resist?ncia ? for?a contra oposi??es. Crescimento, desenvolvimento e matura??o s?o termos que servem para descrever as modifica??es que acontecem no organismo at? ao alcance da idade adulta: O crescimento Refere-se a um incremento das dimens?es globais do organismo ou duma parte qualquer do corpo. O desenvolvimento Refere-se ? diferencia??o das c?lulas seguindo linhas de especializa??o funcional e ?s compet?ncias logradas ao encarar as situa??es (habilidade, capacidade, personalidade). A matura??o Refere-se ao processo de alcance da condi??o biol?gica da idade adulta e da funcionalidade completa, acontece num per?odo longo e refere-se ainda: – ? idade cronol?gica – ? idade esquel?tica – Ao estado de matura??o sexual, a matura??o fisiol?gica nas meninas realiza-se 2-3 anos antes em rela??o ?quela dos meninos. Sinteticamente os indicadores ?teis para determinar o engrandecimento do jovem s?o: O crescimento………………………………….dimens?es corporais O desenvolvimento………………………….compet?ncias adquiridas A matura??o…………………………………….condi??es biol?gicas Os especialistas no sector do crescimento e do desenvolvimento t?m dedicado muito tempo ao estudo das modifica??es da estatura e do peso que acompanham o crescimento. O crescimento em altura ? muito r?pido nos primeiros anos de vida, aos 2 anos a crian?a atinge os 50% da sua estatura que ter? quando for adulto. A taxa de crescimento ? depois muito mais lenta na inf?ncia, mas um pouco antes da puberdade a estatura aumenta de forma evidente. O pico da taxa de crescimento verifica-se: – Cerca de 11,4 anos para as meninas; – Cerca de 13,4 anos para os meninos. O alcance da altura definitiva verifica-se: – Cerca de 16-17 anos para as meninas; – Cerca de18-20 anos para os meninos; O pico do aumento do peso corporal verifica-se: – Cerca de 12,5 anos para as meninas; – Cerca de 14,5 anos para os meninos. Ossos, articula??es, cartilagens e ligamentos formam o suporte da estrutura do corpo; os ossos fornecem pontos de inser??o dos m?sculos, protegem os tecidos delicados e representam dep?sitos de c?lcio e f?sforo. Entre os 14 e os 22 anos as membranas e as cartilagens ficam transformadas em osso. Num tempo tanto quanto prolongado, entre os 13 e os 20 anos, efectua-se a ossifica??o completa dos diversos ossos. A idade pr?-puberdade ? a mais indicada para fortificar os ossos em resposta ao est?mulo da actividade f?sica. A massa muscular aumenta regularmente a partir do nascimento e at? a adolesc?ncia seguindo o aumento do peso. As raparigas atingem o m?ximo do desenvolvimento muscular entre os 16 e 20 anos, os rapazes entre os 18 e 25 anos. Mas de todos estes argumentos falaremos de forma mais espec?fica quando formos a tratar as v?rias capacidades motoras. Reporto a t?tulo informativo dois gr?ficos sobre a frequ?ncia dos traumas ao dorso e aos joelhos na idade juvenil causadas por treinamento n?o adequados. Idade compreendida entre os 10 e os 18 anos. EFEITOS FISIOL?GICOS DO TREINAMENTO A condi??o f?sica O organismo humano pode aumentar as suas capacidades funcionais ? medida not?vel mediante o processo fisiol?gico do treinamento. Quando o nosso corpo ? submetido a um exerc?cio duma certa intensidade, imediatamente verifica-se umas reac??es: – Aumento dos batimentos card?acos; – Aumento do ritmo respirat?rio; – Aumento da profundidade dos actos respirat?rios; – Aumento da secre??o do suor. Estas reac??es manifestam-se independentemente da condi??o do indiv?duo embora esta ?ltima pode determinar o comportamento e valor. Trata-se de muta??es moment?neas porque mal que cessa o exerc?cio f?sico tamb?m estas muta??es regridem e em pouco tempo o organismo retoma o seu estado normal. O intervalo de tempo para o retorno ? normalidade ? habitualmente mais breve quanto mais elevada ? a condi??o do indiv?duo. O termo “condi??o f?sica” est? para indicar o estado particular pelo qual o Atleta encontra-se na melhor disposi??o, do ponto de vista f?sico, para realizar uma determinada presta??o. Uma das manifesta??es t?picas da condi??o f?sica ? o distanciamento do “limiar da fadiga”. O que ? a fadiga? O que ? o limiar da fadiga? Por fadiga entendemos a diminui??o do poder funcional dum ?rg?o, ou de todo o organismo, devido a um excesso de trabalho. O limiar da fadiga representa o limite da demarca??o entre a efic?cia completa e o inicio do decr?scimo do poder funcional. O treinamento atrav?s de m?ltiplas actividades prop?e-se para a obten??o dum melhoramento daspresta??es e de distanciar o momento do aparecimento da fadiga. Na pr?tica, o treinamento manifesta-se como uma repeti??o sistem?tica e racional de determinados movimentos e comportamentos com o objectivo de obter um melhoramento da presta??o. As muta??es estruturais e funcionais que se verificam no nosso corpo por causa do treino, t?m uma estreita rela??o com o tipo de presta??o motora que as provocou: toda forma do movimento corresponde um tipo de adapta??o. Praticamente acontece que nas fases imediatamente sucessivas ao esfor?o, as estruturas org?nicas e musculares solicitadas para produzi-lo e para suport?-lo, n?o se limitam em superar a situa??o da fadiga com um retorno ?s condi??es de normalidade, mas t?m uma reac??o reconstrutiva que as leva para superar a situa??o precedente a estimula??o. Estes momentos de super – compensa??o t?m uma limitada dura??o e progressivamente volta-se ? situa??o de normalidade. Torna-se necess?rio provocar outras situa??es de super – compensa??o antes que estejam completamente esgotadas ?s precedentes, provocar isto ? um “somat?rio da ac??o treinada” (Matwejew, 1972). O repetir-se destas situa??es stressantes vai provocar a gradual adequa??o das capacidades atl?ticas, colocando o organismo em condi??es de superar cargas de trabalho com menores acumula??es de fadiga, ou ent?o de exprimir presta??es cada vez mais elevadas. A super – compensa??o n?o deve ser entendida como um ponto de vista fisiol?gico mas apenas como melhoramento de acumula??es de glicog?nio. Mais grandes s?o os dep?sitos de glicose (reservas de glicog?nio) no m?sculo do jogador, mais tarde lhe causar? cansa?o e mais demoradamente vai manter a capacidade de realizar um trabalho com alt?ssima intensidade. (Cogan Coyle, 1989). O elemento basilar da presta??o futebol?stica no que diz respeito ao uso e ao consumo de energia, ? a ac??o da corrida. Os especialistas preocupam-se de relevar “como” corre o jogador amador durante uma partida; em linhas gerais verificou-se que a tal corrida equivale cerca de 8.000 metros. Isto n?o representaria t?o-pouco uma presta??o atl?tica de n?vel m?dio, se referida exclusivamente ao tempo total do jogo (90?). Uma an?lise cuidada da carga de trabalho, mostra que no ?mbito desta dist?ncia s?o efectuados: – Arranques; – Paragens e travagens; – Mudan?as de direc??o; – Controles da bola; – Disputa com os advers?rios. Em outras palavras, a partida de futebol ? um suceder-se de presta??es diferentes para tipo de intensidade segundo o desenrolar do jogo e se verificam dentro dum determinado per?odo de tempo. Qualquer combina??o da presta??o futebol?stica com aquelas de outras modalidades (ex: atletismo) ? verdadeiramente arbitr?rio e errado. O jogador de futebol do ponto de vista atl?tico ? para considerar-se apenas um jogador e basta. Os 8.000 metros de corrida do jogador est?o assim repartidos: – Caminhada cerca de 20% .....................................(~1.600 metros); – Corrida lenta cerca de 35% .................................. (~2.800 metros); – Passada cerca de 25% ......................................... (~2.000 metros); – Sprint cerca de 15% ……………………………………………… (~1.200 metros); – Marcha atr?s cerca de 5% ……………………………………… (~400 metros). Os m?dios normalmente percorrem dist?ncias superiores em rela??o aos defensores e atacantes. As qualidades de corrida e o tipo de passo varia muito de papel a papel e no mesmo papel em rela??o ?s caracter?sticas f?sico – atl?ticas e sobretudo naturais do jogador. As dist?ncias percorridas na m?xima velocidade variam de ? metros at? 25/30 metros, aquelas mais frequentes resultam ser de 10/15 metros e s?o repetidas 50/60 vezes. Considero interessante apresentar tamb?m os resultados de um estudo sobre as frequ?ncias card?acas manifestadas pelos jogadores durante uma partia. Os valores registados demonstram que o jogador n?o ? sujeito a tens?es muito elevadas. Durante todo tempo duma partida foram relevadas as seguintes frequ?ncias de pulsa??o: Tais cifras induzem algumas considera??es de car?cter geral: 1. Existem diferen?as significativas entre as presta??es m?dias dos v?rios jogadores; 2. Com a excep??o do defensor central todos os outros jogadores s?o submetidos ? uma vasta gama de est?mulos; 3. Nos defensores e m?dios ? prevalente o per?odo de intensidade m?nima, mas tamb?m o mais longo de intensidade m?xima. Procuramos agora analisar como o movimento e o treino possam produzir mudan?as no nosso corpo. Por cortesia descreverei separadamente os efeitos do movimento produzidos nos m?sculos, nas articula??es, nos ossos, nos ?rg?os internos, na mente e tamb?m nas rela??es com os outros, mas ? necess?rio ter presente que muitas vezes tais efeitos manifestam-se simultaneamente. EFEITOS NOS M?SCULOS Os m?sculos s?o ?rg?os activos do movimento, s?o efectivamente constitu?dos por fibras que na presen?a de impulsos (comandos nervosos) contraem-se. O movimento produz nos m?sculos as seguintes transforma??es: 1. Aumento do volume: o musculo, se deixado trabalhar intensamente para carregar pesos ou para vencer uma resist?ncia, torna-se mais grosso e simultaneamente aumenta a sua for?a. 2. Aumento da largura: o m?sculo mant?m ou aumenta a sua largura por meio do trabalho cont?nuo a que ? submetido, o alongamento muscular permite explorar em pleno a extens?o articular. 3. Aumento dos capilares: o musculo, empenhado num trabalho de moderada intensidade, mas de longa dura??o, aumenta a sua capilaridade ou melhor o numero de pequenos canais que fazem chegar o oxig?nio (trazido pelo sangue) ?s fibras musculares. Consegue uma melhorada capacidade de fornecer outra vez de oxig?nio: condi??o que permite ao musculo de resistir mais tempo ? fadiga. 4. Aumento das subst?ncias energ?ticas: o movimento permite o aumento das subst?ncias energ?ticas (glicog?nio) necess?rio para a contrac??o muscular. 5. Melhoramento da transmiss?o dos est?mulos nervosos: o treino fica mais veloz e precisa da transmiss?o dos est?mulos nervosos a partir do c?rebro at? aos m?sculos, melhorando desta forma a velocidade e a coordena??o dos movimentos. EFEITOS NAS ARTICULA??ES As articula??es constituem o sistema de “jun??o” do nosso corpo. Permitem o movimento de v?rios segmentos corporais. A articula??o ? constitu?da pela uni?o de dois ossos cuja extremidade s?o chamadas c?psulas articulares. O movimento produz nas articula??es as seguintes transforma??es: 1. Manuten??o da mobilidade fisiol?gica: a articula??o para manter a sua mobilidade normal deve ser usada no m?ximo das suas possibilidades de movimentos. 2. Aumento e recupera??o da mobilidade: para que seja poss?vel recuperar a mobilidade perdida e aumentar aquela possu?da, ? necess?rio utilizar formas particulares do treino e movimento. 3. Fortalecimento das c?psulas articulares: a c?psula articular, formada por ligamentos e m?sculos, tem a tarefa de manter firmemente ligados as extremidades articulares e de impedir que as articula??es fiquem fora do lugar e aconte?am distor??es ou desloca??es. EFEITOS NOS OSSOS Os ossos constituem a arma??o do nosso corpo, cumprem a tarefa de protec??o (o cr?nio protege o c?rebro, a coluna vertebral protege a medula) e contribuem, como ?rg?os passivos ao movimento, ?s desloca??es do corpo e dos seus membros. O movimento produz nos ossos as seguintes transforma??es: 1. Melhor nutri??o: a aumentada circula??o sangu?nea, provocada pelo exerc?cio f?sico, nutre melhor o tecido ?sseo reabastecendo-o de c?lcio. 2. Desenvolvimento em extens?o: o movimento favorece a produ??o de novas c?lulas ?sseas, o que determina o crescimento em extens?o do nosso osso. 3. Desenvolvimento em largura e espessura: as trac??es nos ossos, exercita??es pelos m?sculos durante o movimento, favorecem o desenvolvimento das mesmas em espessura e largura. Consegue um aumento ? resist?ncia. EFEITOS NA RESPIRA??O O dever do aparato respirat?rio consiste em reabastecer o oxig?nio ao organismo e em eliminar o anidrido carb?nico. O movimento produz na respira??o as seguintes vantagens: 1. Redu??o do tempo de recupera??o: o indiv?duo treinado emprega menos tempo para voltar ? respira??o normal depois do esfor?o. 2. Menor aumento da frequ?ncia respirat?ria: o indiv?duo treinado, em iguais circunst?ncias de trabalho, tem uma frequ?ncia respirat?ria de base mais baixa em rela??o ao sedent?rio (12-16 actos por minutos). 3. Aumento da capacidade vital: a capacidade vital ? a quantidade de ar, medido em litros com o espir?metro, que consegue emitir com uma expira??o for?ada, depois de ter feito uma inspira??o m?xima. 4. Aumento do tempo de apneia: a apneia ou suspens?o voluntaria da respira??o, aumenta em extens?o no indiv?duo treinado. 5. Aumento da capacidade da amplifica??o mec?nica respirat?ria: os m?sculos respirat?rios, e em particular modo o diafragma, com o exerc?cio aumentam a sua potencia e a efici?ncia das suas contrac??es. EFEITOS NO CORA??O E NA CIRCULA??O O aparato circulat?rio ? constitu?do pelo cora??o (bomba), pela grande circula??o (art?rias e veias que levam o sangue aos v?rios tecidos, aos ?rg?os do corpo e levam-no de novo ao cora??o), pela pequena circula??o (que leva a sangue aos pulm?es para oxigen?-los e leva-o de novo ao cora??o). A actividade f?sica produz evidentes efeitos no sistema cardo – circulat?rio, dentre os quais os mais expressivos, s?o: 1. Muda a forma do cora??o: o cora??o de um atleta torna-se quase esf?rico. 2. O cora??o fica mais grosso: aumenta de volume as cavidades internas (aur?culas e ventr?culos) e as paredes musculares engrossam-se. 3. Aumenta o alcance sistolar: a quantidade de sangue expulsa em toda contrac??o (sist?lica) do cora??o ? maior porque s?o aumentados os volumes internos e a for?a muscular. 4. Aumenta a capacidade card?aca: a quantidade de sangue posta em circula??o num minuto. 5. Aumenta a frequ?ncia card?aca: durante o trabalho aumenta o n?mero das pulsa??es por minuto. Recordemos que em paridade de trabalho o indiv?duo treinado ter? um n?mero de pulsa??es menores gra?as ? capacidade do seu cora??o de bombear uma maior quantidade de sangue. 6. Redu??o das pulsa??es em repouso: este ? um dos efeitos mais facilmente control?veis, mas obt?m-se apenas gra?as a um constante e prolongado treinamento. 7. Redu??o dos tempos de recupera??o depois do esfor?o: o sujeito treinado volta mais rapidamente ao ritmo card?aco de repouso em rela??o ao sujeito sedent?rio. 8. Aumento dos capilares do cora??o: o cora??o fica bem aspergido e bem nutrido. 9. Aumento dos capilares nos m?sculos: a abertura de novos pequenos canais de irriga??o sangu?nea ? importante para melhorar a nutri??o dos m?sculos e para eliminar mais rapidamente as escorias produzidas pela contrac??o muscular. 10. Desvio de sangue: quando se est? empenhado num trabalho f?sico intenso o sangue vem canalizado para os m?sculos empenhados e vem subtra?do para outros sectores. S?o principalmente o intestino, o est?mago, o f?gado e o ba?o para ceder sangue para o trabalho muscular. Por este motivo quem est? pouco treinado, acusa dores na coxa direita ou esquerda. 11. Facilita??o do retorno de sangue no cora??o: durante o movimento, os m?sculos, com a sua contrac??o, “massagem” e “espremer” as veias que, gra?as ?s v?lvulas como ninhos de andorinhas, canalizam o sangue para o cora??o. EFEITOS NA FUN??O DIGESTIVA O exerc?cio f?sico acelera todos os actos da digest?o, a partir daqueles mec?nicos ?queles qu?micos e secret?rios. O exerc?cio refor?a e torna mais velozes os movimentos do est?mago e do intestino. EFEITOS NO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso central (S.N.C) ? constitu?do por: – C?rebro; – Cerebelo (equil?brio); – Medula alongada; – Medula espinal. O sistema nervoso perif?rico(S.N.P) ? constitu?do por: – 12 Pares de nervos cranianos; – 31 Pares de nervos espinais; – Sistema simp?tico (regula os batimentos card?acos, as ac??es respirat?rias, a press?o sangu?nea). – Sistema parassimp?tico (regula o aparato digestivo e equilibra as reac??es provocadas pelo sistema simp?tico). O movimento ? uma ac??o mais vis?vel produzido pelo sistema nervoso: ? a resposta motora para uma excita??o nervosa. Para que o movimento se realize s?o necess?rias tr?s fases: 1) Informa??o; 2) Elabora??o; 3) Conhecimento. Recebida a informa??o (rematar a bola) vem realizado um esquema ideomotor utilizando a mem?ria de movimentos semelhantes j? executados anteriormente. Preparado o esquema, o c?rebro produz os est?mulos nervosos adequados para deixar contrair os respectivos m?sculos com a adequada for?a e na apropriada sucess?o. No movimento voluntario sobretudo se nunca foi executado anteriormente, os tempos relativos ?s tr?s fases ser?o prolongados. Quando o movimento estiver repetido mais vezes, torna-se autom?tico porque o esquema motor fica j? conhecido e preparado; a execu??o do gesto torna mais veloz e precisa; controle do movimento fica automatizado. Portanto o exerc?cio motor treina e educa os ?rg?os sensoriais, melhora e torna mais aguda a sensibilidade visual, auditiva, t?ctil, proprioceptiva (capacidade de analisar a posi??o do nosso corpo de olhos fechados) e equil?brio. EFEITOS PS?QUICOS E SOCIAIS A actividade motora desenvolve: a) A capacidade cognitiva; b) A capacidade imaginativa; c) A capacidade pr?tica. A actividade motora melhora: a) A aten??o; b) A mem?ria. Quando se disponibiliza para efectuar um exerc?cio desportivo, comporta-se como quando se disponibiliza para perceber um conceito, para colher uma verdade, para resolver um exerc?cio de matem?tica. Antes que ponham em foco os dados, isto ? avalia-se o que se disponibiliza e os objectivos por alcan?ar, pois analisam-se as dificuldades por superar; de seguida reflecte-se e passa-se ? ac??o; e por fim controlam-se os resultados e verifica-se a exactid?o. F?cil resulta para perceber tamb?m como o desporto solicita os nossos estados emotivos e as nossas paix?es (alegria, entusiasmo, satisfa??o, orgulho, etc.). A actividade desportiva ajuda quem tem problemas de timidez e de inseguran?a j? que habitua a coragem e cria confian?a em si mesmo. AS FONTES PARA A PRODU??O DE ENERGIA As fibras musculares ? sabido que a quantidade da contrac??o de um m?sculo depende, essencialmente da percentagem do tipo de fibras que o comp?em. A dota??o ou a distribui??o percentual das diversas fibras musculares ? geneticamente determinada (Weineck 2001). Distingue-se dois tipos de fibras musculares: As fibras vermelhas do tipo l, subtis e lentas denominadas ST (slow-twitch = fibras de contrac??o lenta). Tais fibras interv?m no trabalho muscular baixa intensidade (alta capacidade oxidativa, baixa capacidade glicolitica). A sua capilaridade ? de 4.8 capilares, em m?dia, por fibra. As fibras brancas do tipo ll, claras, espessas e r?pidas denominadas FT (Farttwitch = fibras de contrac??o r?pida). Tais fibras entram em ac??o nas solicita??es musculares intensas e de for?a r?pida. A sua capilariza?ao ? de 2.9 capilares, em m?dia, por fibra. S?o tr?s as subcategorias das fibras FT, e precisamente: 1. As fibras do tipo lla (capacidade oxidativa – glicolitica); 2. As fibras do tipo llb (elevada capacidade glicolitica); 3. As fibras do tipo llc (alta capacidade oxidativa e boa capacidade glicolitica, tamb?m ditas fibras interm?dias). Segundo algumas pesquisas, os atletas campe?es gozam de um privil?gio gen?tico. A pesquisa descobriu um gene do ADN chamado “alfa – actinina – 3” que comanda no musculo a produ??o da actinia, um constituinte chave das fibras de contrac??o r?pida. O gene alfa – activa – 3 existe em duas formas alternativas principais, ditas “alelos”, tidas como presente por cada um dos pais, que podem ser iguais ou diferentes, pode-se apresentar com uma dupla parelha Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=57160631&lfrom=688855901) на ЛитРес. Безопасно оплатить книгу можно банковской картой Visa, MasterCard, Maestro, со счета мобильного телефона, с платежного терминала, в салоне МТС или Связной, через PayPal, WebMoney, Яндекс.Деньги, QIWI Кошелек, бонусными картами или другим удобным Вам способом.
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