Русский язык – азы мироздания, Мудрый советчик, целитель и маг Душу согреет, облегчит страдания От мусора в нём остаётся лишь шлак. С азов начинали и ведали буки, Смыслом всегда наполнялись слова, Азбука – это не только звуки, Образы, цели, поступки, дела. Ведай же буквы – письма достояние, Мудрость посланий предков славян, Глагол Божий дар – позна

Cr?nicas Er?ticas, Ir?nicas, Um Pouco Espaciais

Cr?nicas Er?ticas, Ir?nicas, Um Pouco Espaciais Lorenzo Longo Lorenzo Longo Lorenzo Longo C R?NICAS ER?TICAS, IR?NICAS, UM POUCO ESPACIAIS. tradu??o: Aderito Francisco Huo © Lorenzo Longo 2019 Espa?o-tempo Estava no comboio que me levava para Milano, respirava o habitual ar do comboio, um misto de depress?o e solid?o, muito pr?ximos ? Puglia para n?o sentir a falta dos amigos e lugares, muito distante do destino para se sentir euf?ricos no regresso a “casa”. Em cada esta??o o mesmo espect?culo: namoradinhos que beijocavam-se antes de separar-se, fam?lias que acompanhavam o pap?, grupos de trabalhadores empenhados com sacos e m?os com dedos grossos como pepinos, grupos de trabalhadores de qualidade que esconjuravam o seu evidente estado de emigrantes vestindo elegantemente e manejando as ?ltimas novidades da electr?nica e sobretudo trazendo na m?o uma reserva para um confort?vel beliche e n?o um simples lugar para sentar. Eu, sempre a balan?ar entre a observa??o e a vida do presente modulava as minhas emo??es passando dum ao outro estado, ap?s a primeira hora de viagem sentia-me projectado numa outra dimens?o esp?cio-temporal: o comboio desengatava-se dos carris e voava como naquele cart?o/desenhos animados Galaxi Express 999 e presentemente todos os h?spedes sentiam-se projectados numa realidade com regras, h?bitos, v?rios desejos. A minha viagem tinha algumas paragens fixas: no principio lia o meu livro procurando evitar de bater papo com os outros passageiros, depois ficava fora do compartimento no corredor reparando e perscrutando novas chegadas, desloca??es, depois um demorado passeio nos outros vag?es ? procura de rostos conhecidos ou caras femininas… a novidade do beliche para as mulheres tinha povoado os comboios de raparigas mas fechavam-se de novo no seu bunker ciumentas do seu estado de apartheid, depois havia os vag?es dos lugares sentados, tamb?m eles povoados de rapazes e raparigas, sobretudo estudantes, corajosas, imp?vidas dos riscos do comboio nocturno, habituadas ? vida dura dos deslocados. Naquela noite tinha um lugar para sentar e preferia-o, as incr?veis mudan?as da popula??o do comboio da noite excitava-me e muito cedo o observador deixava o lugar a um c?nico pesquisador de vicissitudes humanas. A minha t?cnica era sempre a mesma: no princ?pio lia, abstraia-me ? chegada dos viajantes que partilhariam o meu compartimento. Depois quando se enchia e a gente queria come?ar a dormir (incr?vel como a vontade de dormir torna-se forte no comboio) eu saia com o meu livro para ler ? luz fraca no corredor do comboio, realmente os meus sensores punham-se ? escuta de qualquer emo??o, sensa??o, desejo que passasse nas proximidades… Esperava a passagem de alguma rapariga que tivesse o prazer de esfregar-se passando pelo corredor estreito (pouqu?ssimas), esperava nalguma pausa nas minhas proximidades dalguma mulher graciosa para poder talvez falarmo-nos e namoricar. Depois dalguns minutos eis que uma para nas proximidades, um sorriso, um movimento irregular do comboio e aqui estamos pr?ximos a desculparmo-nos e logo depois a falar. Estuda arquitectura, em Torino, Loredana, ultimo ano, o namorado est? em Puglia e ela volta regularmente para encontr?-lo. Conversamos muito de todos os assuntos, concordamos sobre diversos assuntos, cresce a simpatia, enquanto falamos deixamos passar passageiros com malas gigantes e muitas vezes infiltr?vamo-nos contra as paredes para deixar-lhes passar, d?mo-nos c?mplices, come?amos a murmurar intimamente e a criticar para direita e para esquerda quaisquer passos mesmo a 1 quil?metro de dist?ncia, vimo-nos outra vez quase possu?dos daquela que em Monop?lio chama-se “aperta-lhe” uma condi??o semelhante ? embriaguez, pelo qual ri-se por nada mas em simbiose. Toco-lhe os ombros, ela pega-me as m?os, as bocas ficam a 20 cm de dist?ncia, as pernas tocam-se, sempre um sobressalto da locomotiva empurra-me contra ela. Encontramos a desculpa que estamos a incomodar aqueles que dormem para irmos num lugar mais calmo, mas n?o achamos, enquanto ?amos sem rumo nenhum lugar nos satisfaz, talvez est?o todos bastante cheios, encosto-a ali quase por brincadeira, o ?mpeto n?o me permite de reflectir que j? tenho em mente um desenho bem definido: “e se fossemos na casa de banho?”. Risadas, e como por brincadeira entramos, mal fechada a porta explodimos num beijo apaixonado, ? baixinha, por isso tenho que inclinar muito, sem pensar duas vezes baixa as minhas cal?as e com um simples gesto tendo uma saia leve despiu as cuecas virou e inclina ligeiramente, penetro-a com um empurr?o ligeiro. Cessamos de rir, desfrutamos intensamente, n?o ? lind?ssima mas uma incr?vel ess?ncia de comboio paira no ar, vejo-a muito sexy, os seus gestos inseridos no contexto s?o intensos, excitantes, pego-a com o verdadeiro prazer, penso que no comboio os valores em campo modificam-se, a est?tica deforma-se como impressionada pela for?a dum buraco preto, que revira, plasma, molda com novos c?nones. ? verdade estou a desfrutar h? muitos e intensos minutos, n?o tenho vontade de esperar nem um instante, mas o meu orgasmo tem os seus habituais tempos por isso prossigo concentrado sobre mim mesmo e vejo-a no espelho opaco da casa de banho do comboio desvairada e sonhadora, a sua vontade lhe manifestou inesperada e agora presa entre os fogos da paix?o, do sexo, do forte sentimento do inesperado e do desconhecido desfruta tamb?m morde-se os l?bios para n?o deixar-se ouvir. A posi??o n?o ? das mais confort?veis por causa de muitos cm de diferen?a mas em certas ocasi?es a altura, n?o sei como, consegue sempre para n?o ser um problema, dalgum modo, segurando-lhe ora uma perna, ora segurando-se ela mesma sobre algum ponto de apoio, a penetra??o procedia fluida, intensa, viva, progressiva. De repente, incidente dram?tico, toca o seu celular. Como se estivesse no teletransporte da Enterprise e tivesse sido, a dado passo, teletransportada numa outra dimens?o vejo-a desmaterializar-se, durante algum instante pela in?rcia continua a mover-se ao meu ritmo mas j? est? ausente, outros poucos empurr?es e se subtrai ? penetra??o, a esfrega continua da sa?da provoca-lhe talvez alguma ultima e intensa manifesta??o de prazer mas o sente o corpo n?o a cabe?a, rapidamente vestiu-se, arrumou-se, como se o namorado n?o estivesse ao telem?vel mas fora da casa de banho, e com um gesto fulminante sai deixando-me semi-nu, com o p?nis vermelho rubro todo molhado pelo seu desejo mas enfim abandonado, triste e desolado… N?o a vi mais durante toda a noite, nem procurei nela, sabia que tinha feito parte durante uma hora da minha viagem mas enfim aquele sonho tinha esmorecido, in?til procurar lembr?-lo, consciente destas regras de ferro parti de novo donde tinha deixado, nas proximidades do meu compartimento. S?o 23:00, enfim a maioria dorme, passamos quase todas as cidades da Puglia onde acontece a copiosa subida de passageiros, falta Foggia, ou n?o? N?o sei, em todo o caso o movimento no corredor terminou, as brincadeiras foram feitas, agora n?o resta que esperar num golpe de sorte no interior do compartimento. Entro, j? est?o ocupados 3 lugares, o meu ? o 44, estou no meio entre a janelinha e o corredor, m?xima possibilidade de estar pr?ximo a uma mulher. O lugar a frente est? desocupado, os 2 perto da janelinha ocupados, um rapaz e uma rapariga, casal de namorados, talvez. Aproximaram-se aos 2 lugares frontais e estenderam-se: a rapariga ? protegida no meio contra a janelinha, um homenzarr?o pelo contr?rio ocupa o lugar perto do corredor, uma sacola desportiva mas na realidade tido como prenda com a colec??o de pontos Q8 d?-se ares de importante nos respectivos espa?os. Dorme, ultrapasso-o saltando-o com calma e aten??o e penso ao coitado que dormir? em frente dele: onde vai colocar as pernas? Ajeito-me no meu lugar, visto que estou sozinho e vista a hora deito-me no meu lugar e naquele frontal, aqui est? a minha cama, bastante curta para ser c?modo mas suficientemente alargado para colocar-se na horizontal. Para o resto correu mal, seja para direita como para esquerda nada que possa transmudar-se em oportunidade… Organizo-me melhor, se me deito de costas n?o me d? jeito e sou for?ado a dobrar os joelhos, se me deito de lado assumo a posi??o fetal que consigo manter apenas limitadamente e em todo o caso n?o gosto de dar as costas aos estranhos. O sono tarda a chegar, os 2 namorados parecem n?o encontrar paz mas s?o educados, o homenzarr?o ressona mas n?o bastante ruidosamente mas ? um barulho de fundo do comboio a incomodar-me e a atrair-me, o baloi?o tranquilo da corrida normal ? passagem nas pequenas esta??es (onde n?o para) torna-se um insuport?vel martelar r?pido e cont?nuo, um ensurdecedor e met?lico bater dos carris contra a linha f?rrea e os ?rg?os de troca. Enquanto rodopio na “minha cama” as luzes emergem pelos buracos do compartimento inutilmente cobertos de cortinas, a sombra joga com a luz que provem do exterior e v?m p?r em foco v?rios pormenores. Num instante, ? passagem duma esta??o iluminada, cruzo o olhar da rapariga ? minha esquerda, ? um momento duradoiro, o seu rosto est? cansado mas os seus olhos s?o vivos e repletos daquele esp?rito m?gico do comboio nocturno, ? uma adepta da mesma religi?o, ou ent?o ? um esp?rito ? deriva e foi activado pelo cruzar dos nossos olhares. A segunda hip?tese agrada-me mais… Torna-me, enfim imposs?vel conseguir adormecer, o pensamento est? naqueles olhos, naquela energia que enfim emana do seu corpo e me atinge. Quase para sermos descobertos o namorado vira-se e me repara, os meus olhos ficam fechados mas controlam, n?o ouve nada, felizmente, virou-se apenas porque ao mover-se tinha temido de ter-me acordado. “N?o me despertaste, prezado durma tranquilo…” A dado passo oi?o uma frase que ilumina as minhas esperan?as: “Desculpa Guido, podemos trocar de lugar? H? uma corrente de ar que est? a provocar-me o torcicolo”. O fiel Guido consente sem protestar, a sua linda e delicada pede, ele n?o tem motivo para duvidar, louco! A rapariga (Elena parece-me de estar a perceber, de Troia acrescento quase por reflexo escol?sticamente memorizado… O nome promete muito bem…) ajeita-se de c?coras ao seu namorado dando-me as costas, mas n?o h? nenhum risco tamb?m eu estou de costas ? ela. ? suficientemente alta, bem constitu?da fisicamente, e as estreitas cal?as jeans deixam bem desenhadas as lindas pernas e o agrad?vel traseiro. Cabelos loiros e olhos azuis mas eu n?o a definiria linda, o rosto ? importante mas n?o nesta circunst?ncia! Recuo ligeiramente logo depois dou um encontr?o com o meu traseiro no seu, retiro-o suavemente mais pouco tempo depois venho alcan?ado, coincidimos e sabemos que estamos nos tocando, bem tinha previsto… agora trata-se de perceber at? onde isso nos levar?, se quer permanecer na cabina com o maior risco e m?nima satisfa??o, ou se aceitar? uma desloca??o para um lugar mais tranquilo. Movemo-nos e sinto o seu gl?teo quente a esfregar-se no meu, estico uma perna e procuro a sua que logo me alcan?a, estamo-nos enrolando! Sinto todo o peso e a for?a do momento, fico enfeiti?ado, vencido, constrangido no jogo de toques secret?ssimos. Fico suado, vermelho na cara, excitad?ssimo… a cal?a fica inchado e n?o consegue mais esconder o meu estado, tenho uma camisolinha de algod?o que uso como cobertor, viro para o outro lado desta forma para t?-la de costas diante de mim. O espect?culo ? fant?stico: a cal?a jeans de cintura baixa chegou ?s alturas, ou melhor baixezas vertiginosas, e vejo a fenda do traseiro, est? deitada por isso o traseiro vem exposto e exibido de forma dolosa. Sente e percebe que virei-me, e em minha honra dobra-se ainda mais assim para mostrar melhor ainda as suas gra?as. Reparo a minha m?o quase a medir a largura antes de lan?a-la no empreendimento e esbo?o para aproxim?-la, estico o bra?o o mais poss?vel sem despertar nenhuma duvida e ganho cent?metros em direc??o a pele das ancas, sinto-me transpirado pela cama e implac?vel baloi?o do proceder do comboio, tutum… tutum… e os dedos vinham induzidos para a pele nua descaradamente deixada ? merc? do meu olhar e do meu desejo, tutum… tutum… e as suas ancas como o?sis no deserto atraiam o meu membro e teleguiavam para o pecaminoso contacto que enfim acontece como uma explos?o, um arco el?ctrico, uma reac??o qu?mica explosiva sancionou a uni?o do dedo m?dio e da pele do gl?teo. Deixei escorrer o dedo ao longo da superf?cie descoberta como uma haste duma flor, d?cil deixava um vest?gio de emo??o que percebia a partir da pele abrasada, por?m todo o seu corpo, impregnado de sensa??es jamais experimentadas n?o tra?a um movimento externo, tudo acontece no interior, fechado no seu ?vulo de seguran?a epid?rmica, protegido pela sua concha de carne e pele. Poucos minutos de agrad?veis toques e j? estava induzido a procurar novas fronteiras, com o dedo empurrava ainda mais para baixo a cal?a para poder aproximar ? vagina, era um negocio ?rduo, a cal?a devia descer muito mais e ficar praticamente nua, mas a imprud?ncia foi premiada, a coisa n?o a preocupava, o esp?rito estava drogado pelo estranho clima, pelo ar on?rico que se respirava, o dedo conseguiu alcan?ar onde a sua pele tornava-se carne viva, e ali afundou com ardor para produzir o m?ximo prazer. Sentia a pele dos gl?teos plasmar-se ? minha segura car?cia, forte e s?lida, incisiva, prepotente mas sexual, nunca violenta. Tinha-a, era minha, guiava-a, saracoteava-a a meu prazer, era lind?ssima gozar aquela vis?o e sentir onde se unem as suas redondas n?degas na m?o e a vulva penetrada pelo dedo, mais via que resistia sem excessivos movimentos externos mais procedia, pesquisava, movimentava… vi a sua m?o procurar atr?s e parar no meu ma?o, estava excitad?ssimo e foi f?cil encontr?-lo e come?ou a acariciar-me por cima das cal?as, logo portanto deu-se conta de n?o satisfeita e procurou o zip, ajudei-a e tirei-o para fora de forma que pudesse ter na m?o, agora a interac??o estava completa, est?vamos fazendo sexo mas enquanto a coisa ficava cada vez mais interessante com o canto do olho vejo um movimento nas minhas costas, n?o sei mais ou menos uma impercept?vel desloca??o de ar que agu?a os meus reflexos e deixa-me reflectir sobre um facto, deixa-me prever o futuro somente deduzindo-o, prontamente largo a presa, deixo entrar o instrumento e puxo para cima as cal?as jeans da minha companheira do jogo que durante um instante n?o percebe, penso que estar? a questionar-se: “mas o que est? a acontecer?” mas n?o faz a tempo para definir a frase na sua mente que se abre a porta do compartimento e um indiv?duo ainda n?o precisamente posto em foco apressadamente e com um c?nico gozo acende a luz e diz: “bilhetes… por favor”. Saltam todos como se tivesse explodido um tiro de canh?o, custa perceber onde se est? e o que se deve fazer, o meu cora??o bate forte pela emo??o, receio tranquilidade e sou o primeiro a dar o bilhete que tenho j? preparado no bolso todo amarrotado todavia valido, mas dentro tenho o terramoto que deixa pulsar todas as art?rias violentamente, a tens?o do perigo evitado, o prazer que pouco tempo antes escorria nos meus nervos tensos. Exibo o bilhete com a m?o e esfor?o-me para n?o deix?-la tremer, o fiscal repara-me com uma cara suspeita, det?m-se no meu peda?o de papel, examina-o detalhadamente e enfim quase desconsolado restitui-mo com um sinal afirmativo com a caba?a, os outros enfim tiveram tempo de recuperar das suas mem?rias a disposi??o dos seus bilhetes e agora competem para entregar ao fiscal. Elena de Troia exibe 2, estavam na sua carteira penso, eu mesmo morrendo pela vontade consegue n?o repar?-la na cara, o rapaz n?o ? um tolo, apaixonado sim mas parvo n?o, repara-me com suspeita. N?o pode ter ouvido, visto, cheirado nada, mas o seu sexto sentido atrofiado lhe comunica algo de estranho, o ar est? impregnado dos nossos cheiros, a sua namorada talvez emanou um aroma que lhe parece familiar, todavia n?o consegue realizar, tantos sinais n?o conseguem efectuar nem sequer uma ?nica imagem n?tida, pois… Mesmo o homenzarr?o consegue deixar visionar o seu documento de viagem e prontamente remete-se a dormir, o fiscal, com falsa educa??o apaga a luz e deseja precisamente “boa noite!” eu com neglig?ncia posiciono-me de costas aos dois, espero que n?o tenha visto que antes da entrada do fiscal estava no outro sentido. Continua a observar-me, depois o c?rebro come?a a mandar-lhe sinais de calma, a realidade apoderava-se dele, a paran?ia aparente o abandona e d?cil volta a dormir, mas como uma gazela que controla a chegada de alguns predadores abaixa-se por ?ltimo, quando est? convicto de ter visionado cada detalhe da savana circunstante. Eu enfim destrocei os receios duma reac??o, mas sinto tamb?m um profundo ressentimento pela situa??o e por aquele maldito fiscal, estragou-me o jogo no momento mais importante, assim que come?o a pensar na cena de poucos minutos antes excito-me mas n?o ouso virar-me, enfim mesmo este encantamento fica rompido… resolvo de colocar-me serenamente a dormir… mas passam os minutos, passam as horas e os meus olhos est?o dramaticamente escancarados, as expectativas ausentes, ou talvez o perigo evitado, mantenho-me acordado e n?o h? como adormecer. Dissipo as reservas e vou dar dois passos no corredor. O rel?gio mostra 3:00, estou no cora??o da noite, n?o h? esperan?a de encontrar algu?m, todavia prossigo… percebo que passamos Rimini e aproximamo-nos a Bolonha, dentro duma hora a primeira sess?o de tristes e sonolentos passageiros descer? para come?ar uma outra inevit?vel semana de trabalho. Come?o a viagem na viagem, atravesso os vag?es como assoalhadas duma casa, dou uma olhadela ali onde est? aberta a porta, aproximo ao vidro at? vencer o reflexo onde est? fechada, muitos dormem ou tentam fechar os olhos, alguns falam porque j? convencidos que n?o conseguem dormir por isso tanto vale… nos compartimentos fechados consomem os segredos do comboio nocturno, eu sei, basta procurar, me servem dois ou tr?s vag?es e aqui est? um interessante, dois jovens beijam-se, ele enfia as m?os debaixo da blusa mas ela interrompe-o, passo seguindo em frente, n?o queria ser visto a espiar, o seu grau de aten??o ? bastante elevado. Passo outros vag?es e a vista fica sempre atenta, oi?o umas estrondosas risadas, num compartimento existe 3 raparigas e 3 rapazes, m?xima probabilidade de acasalamento, se sabem brincar e n?o esquecem a teoria de Nash pelo menos um n?mero de telefone o recuperam, mas no comboio n?o v?o concluir nada… os rapazes d?o o melhor de si, s?o simp?ticos, competem para criar gracinhas divertidas. O macho sendo banal e inferior consegue conquistar uma mulher com ironia, a sedu??o, um toque quente. A mulher desce do seu pedestal de altivez e ajoelha-se para abeberar-se da inferioridade masculina, para provar o instinto ainda t?o vivo nele, t?o evidente, t?o descoberto, pelo contr?rio nele vai ser descoberto de novo, desmascarado… enquanto fa?a estas alt?ssimas reflex?es passo diante dum compartimento perfeitamente encerrado, n?o consigo visualizar dentro porque as cortinas est?o cuidadosamente fechadas, mas de imediato descubro um buraco, um homem e uma mulher fazem sexo, ela est? por cima dele e deixa-se baloi?ar pelo movimento estouvado pelo comboio, parece estar a participar com muita paix?o, desfruta e parece estar a desfrutar pela primeira vez, mexe-se mas n?o demasiado, n?o precisa para passar o limiar do prazer, fica sem raz?o, est? apaixonada pelo seu homem, deseja-o e acolhe-o voluptuosa dentro de si. O seu tronco mostra uns ombros robustos pouco femininos mas ao mesmo tempo dois poderosos seios fazem uma pausa prolongada na boca e nas m?os do seu homem, que lhes plasma, lhes anela com tudo a si mesmo, ela pelo contr?rio est? toda concentrada no seu cl?toris, empurra para frente o corpo para embater contra a bacia dele que n?o percebe mas prossegue por instinto, de vez em quando levanta-se nas coxas e lhe esbarra na cara com os seios, depois cai em baixo como um peso morto e retoma o bailado. A luz avara consegue iluminar os seus olhos de gelo, cintilar na noite quando se abrem porque muitas vezes os t?m fechado, “que meigo” pois sim. O ?mpeto do acto aumenta, o homem fica mais fren?tico, a mulher abranda, quer que dure o para?so na terra, “parvo auxilia-a” a dado passo queria dizer-lhe, mas fico calado por ?bvios motivos. Continuo a desfrutar o dueto at? que ele parece depois de alguns movimentos muitos velozes acalmar-se, o orgasmo chegou, parece tamb?m para ela que continua a beij?-lo afectuosamente, ele um pouco avesso, um pouco est? com o pensamento para onde “descarregar” o saquinho que encheu com o seu esperma, a magia apaga-se e come?a o revestimento, ? hora de abandonar o lugar da descoberta, diverti-me, enfio-me de repente no compartimento de lado felizmente vazio, o homem desce do seu e dirige-se ? casa de banho, assim que sinto-o a entrar na casa de banho saio e vou visitar a mulher, ent?o no compartimento duma forma muito decisiva, j? est? vestida, n?o se espanta ao ver-me, diz:”agradou-te vendo-me? Fui extravagante?” Esbo?o um tom de espanto mas depois supero: “Muit?ssimo, ? uma deusa” “Sou uma mulher. O meu namorado est? para voltar… o que pretende? “N?o sei, fiquei fascinado pela sua maneira de fazer amor, queria fazer com a senhora, pensava que assim que o teu namorado adormecer poderia vir ao meu encontro no compartimento ao lado” “O senhor ? um descarado, sabe? Mas eu gosto dos descarados, quem sabe poderia enlouquecer… fica a minha espera”. Sem uma outra palavra escapei e entrei no meu abrigo e fiquei ? espera… n?o sei o quanto esperei, sei que adormeci e sei que improvisamente senti abaixar-me as cal?as, sem demora o p?nis na boca e come?ou a possui-lo, tentei desvincular para peg?-la como queria eu mas me disse: “ou isto ou nada…” Assim parei e deixei-me amar pela boca experimentada e sabia, pude admir?-la melhor, tinha uns fant?sticos l?bios, pronunciados e de forma sinusoidal, os dentes perfeitos e limpid?ssimos aromatizavam sa?de, ma??s-do-rosto altos e umas limpid?ssimas fossetas transformavam o seu rosto doce e fofo como plumas, os cabelos ondulados e encaracolados como rebeldes saltam diante dos olhos no momento em que estava toda ocupada a saborear-me e a oferecer-me intens?ssimas emo??es, n?o havia entusiasmo nela mas reservad?ssima t?cnica, tinha amado o seu homem e neste momento amava um desesperado, talvez o fazia por piedade, outro sentimento amplificado por esta absurda corrida do sul a norte… outra vez poucos minutos e deixou-me sozinho com as ultimas ondas que ainda saltitavam como bolhas de sab?o. Eu, o entendido conhecedor dos ritos e dos excessos do comboio nocturno, o t?cnico da travessia da barreira Espa?o-tempo aqui estou ainda mais uma vez repleto de infantis espantos pelas infinitas varia??es do povo da intercity… quem sabe se algu?m tinha assistido ao nosso desempenho, quem sabe se algu?m recordar? quando a noite for engolida pelo primeiro fluxo de energia electromagn?tica, quem sabe se o dia ser? bem sucedido sublimando tudo o que acontece de noite. Bela senhora da noite, Cheirosa Perfumada De sexo Sobre mim afunda As tuas unhas de cera E incita violenta Os meus carnais desejos O estado surreal me sugere poesias, aquelas que se esquecem de manh?… o corredor povoa-se, a luz brilha sobre a plan?cie do p? e desperto totalmente. N?o quero perder-me ? chegada. Muitos de n?s estamos no corredor, sil?ncio total, como se fosse um rito que ningu?m quebra, ningu?m ousa. Todos observam a paisagem correr, ? uma espera repleta de pensamentos, de preocupa??es, expectativas. Todos sabem que est?o a caminho de Milano (Mil?o) mas ningu?m imagina que rumo est? a tomar a sua vida. Um n? no est?mago me possui no momento da descida do comboio, um estranho efeito da estranheza de tudo aquilo que me circunda e me parece de acumular em mim o sentimento global de todos os passageiros, me parece imposs?vel suportar, seguidamente ao segundo passo sinto-me j? leve, ao terceiro de pertencer a este mundo de desconhecidos, o impulso terminou, aterrei, tamb?m este impulso Espa?o-tempo foi um sucesso. Aromas de rosa T?nhamos pouco tempo, um pouco depois de ter fechado a porta ?s nossas costas a tinha cercado com os meus bra?os, a tinha puxado para mim e sem demora as m?os tinham partido para enfiarem-se por baixo da sua justa e curta blusa. O ventre sempre descoberto e uma por??o das costas logo por cima das n?degas eram as partes da sua pele que todos os dias se gravavam na cabe?a ? chegada no escrit?rio, a candura daquela pele, a eleg?ncia dos seus gl?teos vener?veis sobre uma cintura fininha e duas pernas de modelo, tudo tinha contribu?do para deixar-me encantar pela sexy consultora de help desk. A sedu??o tinha sido duradoira e cansativa mas neste momento ?ramos amantes cerca de um ano e t?nhamos os nossos ritos e os nossos h?bitos n?o obstante a minha mulher! Enquanto pensava nisto as m?os estavam nos seios macios, a minha m?o lhes cobria e vagueava entre os dedos o mamilo. Toda a parte superior estava nua e toda parte da sua suav?ssima pele tinha sido explorada, acariciada, estimulada, tocada ligeiramente. O toque suave era a chave da entrada ao seu m?gico corpo, atl?tico, nervoso, todavia coberto por uma subtil camada de carne e pele que criava um implac?vel e formid?vel instrumento e objecto de sexo. As ancas estavam grudadas e estava excitad?ssimo, sabia da minha predilec??o pelas suas ancas e come?ava a conceder-mas mesmo cobertos pelas cal?as jeans com cintura baixa. Antegozava o momento em que teria desabotoado e abaixado o zip para deixar cair as cal?as no ch?o, e no entanto beijava-a no pesco?o e lhe mordiscava a orelha. As m?os navegavam em praias desconhecidas mas sempre lind?ssimas, a m?o ro?ava o p?bis e seguidamente subia em direc??o ao seio, controlava que o mamilo crescesse e depois ainda por uma outra volta at? dar o simulacro do infinito. Muitas vezes actuava umas varia??es no disco: as m?os iam ao lugar que nos seios espetavam-se por baixo dos sovacos provocando um ligeiro mal-estar, “outra vez” dizia. Ent?o retomava a partir do princ?pio, um douto trabalho de acarinhamento, cada vez mais pesado, cada vez mais incisivo, a pele quente sobre as minhas m?os parecia suave veludo, p?rpura aromatizada de rosa. Come?ava a derreter-se cada vez mais e a tomar umas iniciativas, as m?os quentes tensas atr?s procuravam as minhas coxas e encontrados as cal?as tentavam cair, o sinal estava claro. Sem demora viro-a e lhe tiro as cal?as acompanhando-as at? ao tornozelo, os sapatos soltam-se facilmente e pouco tempo depois fica consigo apenas a cueca, quase na ponta dos p?s sai pelo duplo toro circular representado pelas cal?as, o seu corpo liberta gra?a e eleg?ncia e o meu boxer est?o explodindo. Estou aos seus p?s e lhas lamberei… Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=57158341&lfrom=688855901) на ЛитРес. Безопасно оплатить книгу можно банковской картой Visa, MasterCard, Maestro, со счета мобильного телефона, с платежного терминала, в салоне МТС или Связной, через PayPal, WebMoney, Яндекс.Деньги, QIWI Кошелек, бонусными картами или другим удобным Вам способом.
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