Захотелось мне осени, что-то Задыхаюсь от летнего зноя. Где ты, мой березняк, с позолотой И прозрачное небо покоя? Где ты, шепот печальных листьев, В кружевах облысевшего сада? Для чего, не пойму дались мне Тишина, да сырая прохлада. Для чего мне, теперь, скорее, Улизнуть захотелось от лета? Не успею? Нет. Просто старею И моя уже песенка спета.

A Ora??o

A Ora??o Yeyazel Yeyazel (http://write.streetlib.com) ??ndice ... DESDE O IN??CIO DOS TEMPOS (#u75951841-d4c1-59e9-b958-52505d80495d) NOSSA EVOLU????O (#u0620b2c9-dfb0-5c3a-a74b-6bb8259f10aa) PEDIMOS (#ua257e168-f66a-5dbc-a72f-a6434fda8565) A NOSSA RESPONSABILIDADE (#litres_trial_promo) EM QUAL DIRE????O (#litres_trial_promo) N??S N??O PUDEMOS EXPULS??-LO (#litres_trial_promo) TUDO SE DEVE (#litres_trial_promo) REGRAS (#litres_trial_promo) IMAGINA????O (#litres_trial_promo) L?? EM CIMA ALGU??M ESCUTA-ME (#litres_trial_promo) EXPIA????O (#litres_trial_promo) A GOTA (#litres_trial_promo) VIBRA????O (#litres_trial_promo) CLAREZA DE INTEN????ES (#litres_trial_promo) MANTRA E REPETI????ES (#litres_trial_promo) ... UMA ??NICA COISA (#litres_trial_promo) ONDE H?? ALEGRIA (#litres_trial_promo) NESTE MOMENTO (#litres_trial_promo) O AGLOMERADO (#litres_trial_promo) ... DESDE O IN??CIO DOS TEMPOS Minha casa ?© pequena, mas suas janelas se abrem para um mundo infinito. Conf??cio O prop??sito deste livro ?© simples, mostra um meio, o mais poderoso e eficaz, para mudar em qualquer ??rea da pr??pria vida, para mudar qualquer situa?§??o e para obter qualquer objetivo, estabelecido. Isto na esfera das rela?§?µes humanas, portanto, a esfera familiar, o trabalho, o econ??mico, o social, em todos os campos de a?§??o do nosso ser. Tal meio o conhecem todos, realmente todos, ?© algo que ?© a heran?§a de toda a humanidade, ningu?©m exclu?­do, mas, estranhamente, quase ningu?©m usa este meio. Este instrumento muito poderoso ?  nossa disposi?§??o ?© a ora?§??o, esse tipo de comunh??o entre os seres mortais e o reino dos divinos, e isso acontece desde o in?­cio dos tempos. N??s seres miser??veis, abandonados a for?§as externas que tememos e que n??o conseguimos domar. N??s, seres pequenos numa imensid??o de espa?§o, ou universo, infinita e min??sculos gr??os de areia ?  merc?? do capricho do destino. Quem de n??s, olhando para um c?©u estrelado numa noite clara, n??o sentiu essa sensa?§??o de microsc??pica e absoluta fraqueza diante dum cosmos t??o vasto? Quem entre n??s, ouvindo sobre as figuras que comp?µem o universo criado, n??o ?© consternado diante da imensa vastid??o que a rodeia? Diante de tal magnific??ncia, buscamos um lugar que nos tranquiliza, que nos traz serenidade e que nos proteja do inimigo mais implac??vel, do tempo. O tempo, esta gaiola que prende a nossa exist??ncia, que limita o nosso ser; tudo isso diante duma vastid??o de espa?§o considerada infinita e uma vastid??o de tempo que tamb?©m ?© ilimitada, eterna. Tudo isso, relacionado ?  nossa limitada e min??scula exist??ncia terrena, cria e criou h?? mil?©nios, um sentimento muito preciso, o medo. O medo como um conjunto de sentimentos que o comp?µem, como sentir-se completamente indefeso diante do que nos acontece na vida, se sentir completamente perdidos, como seres nascidos e que vieram ao mundo e neste universo sem saber da maneira mais absoluta, podendo s?? fazer hip??teses. Medo por causa da limita?§??o da nossa exist??ncia, que coincide com um come?§o e um fim assustador. E ?© assim que toda a humanidade, em face de tanta dor interior, se fechou em si mesma e come?§ou uma corrida louca em dire?§??o ao nada. De fato, o objetivo dessa corrida n??o ?© t??o importante quanto a velocidade tomada, o que n??o nos permite perder-nos em nossos pensamentos e abandonar os nossos medos. Porque ?© por isso que basicamente nunca queremos parar e pensar, para n??o ter medo. N??o ?© de admirar que a ansiedade ?© um dos males mais difundidos no mundo de hoje. Mas, e aqui est?? a not?­cia positiva, h?? uma raz??o pela qual isso acontece e h?? um rem?©dio. A raz??o ?© que perdemos de vista a parte divina de n??s mesmos, esquecemos de ser feitos ?  imagem e semelhan?§a de Deus. Isto ?© o que as religi?µes ensinam, mas n??o entendemos esse conceito. Na verdade, fizemos o contr??rio, j?? que n??o somos capazes de entender tudo isso, criamos uma figura oposta, ou seja, dum deus idoso e barbudo com um rosto severo, n??s criamos esse Deus ?  nossa imagem. Esta ?© a raz??o. O rem?©dio consiste em voltar ?  parte divina de n??s mesmos, que ?© a ??nica receita verdadeira para n??o se sentir mais sozinhos na imensid??o que nos rodeia, mas para participar dela. N??o se sentir mais sozinhos e assustados, mas seguros e amados, protegidos e apreciados pela divindade. N??o vivendo vidas dolorosas, mas ricas e felizes. Sair da l??gica do tempo e do espa?§o porque somos seres eternos e infinitos. Mas, como podemos conseguir tudo isso? Como podemos nos reconetar ?  parte divina de n??s mesmos e do reino dos c?©us, a Deus e a todas as criaturas celestiais? Atrav?©s da ora?§??o. A ora?§??o ?© a maneira mais eficaz de alcan?§ar o divino. A ora?§??o ?© a maneira mais eficaz de mudar as nossas vidas e mudar a n??s mesmos. Mas, como orar? O objetivo deste livro ?© esse, entender o que ?© a ora?§??o e como aplic??-la, a fim de alcan?§ar todas as mudan?§as que queremos, assim como felicidade e serenidade interior, amor e sa??de. Nenhuma for?§a ou coisa terrena pode dar-lhe as certezas, paz e seguran?§a que o C?©u pode dar-lhe. E, se voc?? nem acredita numa divindade, quanto mais assustadoras dever??o ser vossas exist??ncias? ?? claro que, como estamos num mundo terreal, ?© certo que nele podemos viver em paz, viver vidas alegres e felizes. ?? correto poder viver com dignidade e, para isso, precisamos de dinheiro. O dinheiro n??o ?© nada demon?­aco, na verdade, ?© o uso que podemos fazer com isso. Mas isso ?© v??lido para tudo, eu posso usar uma faca para descascar uma ma?§?? ou machucar uma pessoa, eu posso usar um veneno para curar ou matar e assim por diante. Estas s??o as premissas, isto ?© o que espera-vos e espero com toda a minha alma, de poder animar, com as palavras do C?©u fluindo dentro de mim, o vosso cora?§??o. Espero que voc??s n??o v??o apenas se limitar a ler este livro, mas que o usem. E espero, na verdade, neste caso, tenho certeza de que voc?? receber??, gra?§as ?  pr??tica, o que deseja. Quero fazer um esclarecimento final, para terminar e deixar-vos ao resto do livro. Em primeiro lugar, n??o sou professor, nem guru, nem aspirai a ser-lo, ent??o, de maneira alguma, quero que entre voc??s houvessem quem pensasse nestes termos. Eu n??o sou nada mais do que uma pessoa como todos voc??s, que decidiu escrever este livro, colocando o que ?© a pr??pria experi??ncia de vida, as coisas aprendidas, o que sente dentro do c ora?§??o e, por que n??o, tamb?©m com a pr??pria imagina?§??o criativa. O que eu digo neste livro pode ressoar em voc??s ou pode ser considerado uma s?©rie de conversas in??teis. Mas, acima de tudo, o que eu digo s??o coisas que cada um de voc??s, no fundo de si mesmo, j?? sabe, sem a necessidade que algu?©m as ensine, no caso, h?? apenas a necessidade de relembrar-vos. Eu escrevo o que o meu cora?§??o entendeu e, se voc??s leem com o cora?§??o, sem duvidas, tamb?©m entender??o. Deixai-vos acompanhar ent??o na redescoberta dum poder excecional, capaz de transformar completamente as suas vidas. NOSSA EVOLU????O Na minha vida se concretizaram muitas coisas pelas quais nutria um desejo intenso, mas que nunca poderia ter alcan?§ado somente com as minhas pr??prias for?§as. E isso occorreu em resposta ?  minha ora?§??o. Mahatma Gandhi A ora?§??o ?© algo que nasce, muito provavelmente, no momento em que o homem nasce. A hist??ria da humanidade pode ser comparada ?  exist??ncia dum ??nico indiv?­duo, de modo que a evolu?§??o que acompanha a ra?§a humana pode ser comparada ?  exist??ncia dum indiv?­duo em crescimento que se torna adulto desde a inf??ncia. E, no alvorecer da exist??ncia humana, podemos compar??-lo a um rec?©m-nascido, completamente ?  merc?? de tudo, indefeso e n??o autossuficiente. O rec?©m-nascido precisa de seguran?§a e amor, precisa ser acompanhado, seguido, n??o tem capacidade, necesita de orienta?§??o. E a humanidade rec?©m-nascida tinha tais necessidades, era impotente em compara?§??o a um mundo hostil e misterioso, cujas for?§as eram assustadoras e incontrol??veis. O mundo ao redor era visto como perigoso e, a divindade ou as divindades, eles eram poderes dos qual ter medo. As ora?§?µes, naquele est??gio de desenvolvimento da religi??o, quais s??o as religi?µes animistas que ainda sobrevivem em certas tribos primitivas, as poucas ainda existentes, tinham como objetivo aplacar a sua ira. Os deuses eram poderosos e caprichosos e a ora?§??o era uma esperan?§a para evitar a f??ria destrutiva. O homem era um brinquedo nas m??os de poderes dominantes todo o universo e, como tal, completamente ?  merc?? do humor das divindades, como uma crian?§a que, sem raz??o, destr??i o que ele havia criado anteriormente. Mais tarde a humanidade, continuando a evoluir, como uma crian?§a que, gradualmente, adquire novas habilidades e maior independ??ncia, encontra-se diante dum novo passo de desenvolvimento religioso, aquele que nasce com os Sum?©rios, a religi??o m??e do juda?­smo e Antigo Testamento, como evidenciado pelo fato de que Abra??o, ancestral da ra?§a judaica, era de Ur, primeiro das cidades sum?©rias e depois babil??nicas. Vamos deixar as religi?µes orientais que seguiram um curso diferente, todas desenvolvidas a partir do hindu?­smo que, com toda a probabilidade, era anterior ?  sum?©ria e era a ??nica religi??o, ap??s a qual houve uma divis??o entre hindu?­smo, mais focada no mundo espiritual onde a exist??ncia terrena era vista como ilus??ria, e a sum?©ria que era baseada no mundo material e em como intervir no mundo material, gra?§as aos poderes do mundo divino. O que muda, ent??o, com o advento dessa nova religi??o que se diversificou entre os v??rios cultos, inclu?­do o juda?­smo. Muda a conce?§??o da divindade. A divindade ainda ?© vista como poderosa e muitas vezes, caprichosa, imprevis?­vel e irasc?­vel, mas o homem tenta, por meio da ora?§??o, de agradar os seus favores. Se antes a divindade era uma f??ria cega, dispensadora de vida e morte a seu gosto, agora se transformou num Deus que, se tratado com os meios necess??rios, tamb?©m pode ajudar o homem individual e as v??rias ra?§as humanas. Nasce a ?©tica comportamental, pela qual atrav?©s da retid??o, nos tornamos simp??ticos aos olhos divinos e, portanto, merecedores. O mesmo da crian?§a que percebe que, com certos comportamentos, ele ?© repreendido, punido ou at?© espancado, enquanto com outros ele deixa os seus pais satisfeitos. Por acaso, os Sum?©rios iniciam a hist??ria e acabam com a pr?©-hist??ria, e isso ?© estabelecido por causa da primeira evid??ncia escrita, que nada mais era do que um c??digo de conduta, a famosa lei do olho por olho, dente por dente. Se voc?? arrancar o olho de algu?©m, o seu vai ser arrancado, uma lei simples, mas muito comum, na mente das crian?§as e, infelizmente, at?© hoje em muitos adultos. A crian?§a raciocina dessa maneira, se receber um chute, para ele ?© correto devolv??-lo, se um jogo for roubado, ele se sente no direito de roubar para contrabalan?§ar o mal sofrido. Ent??o a ora?§??o ainda ?© dominada pelo medo em rela?§??o a uma divindade perigosa, mas permeada pela esperan?§a de ser capaz de agrada-la. O pr??prio Deus segue a mesma evolu?§??o humana, passando de caprichoso a ?©tico, se tratado com os modos devidos. O ??ltimo verdadeiro desenvolvimento religioso, aquele que deveria representar a transi?§??o duma humanidade crian?§a para uma humanidade adolescente, iniciada em dire?§??o ao est??gio adulto, ?© o cristianismo, o advento de Cristo. Nesta perspetiva, Cristo transtorna completamente toda a humanidade porque apresenta-se ainda poderoso e, portanto, capaz de fazer milagres, mas que se deixa matar sem mostrar a sua for?§a. A doutrina de Cristo incide sobre o amor incondicional, ela ensina a abandonar a Lei da Retalia?§??o , a parar de reagir, a parar de retaliar em virtude dum amor superior. Ela nos ensina a parar de procurar as causas externas, nos outros, mas em olhar para dentro de cada um de n??s, parar de julgar os outros, mas julgar a si mesmo. Mas este ensinamento requer que a humanidade assuma a responsabilidade e passe do est??gio infantil que precisa dos pais para o adulto autossuficiente. ???Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, por?©m, vos digo que n??o resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe tamb?©m a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a t??nica, larga-lhe tamb?©m a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. D?? a quem te pedir, e n??o te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.??? (Mateus 5:38-42) Por que Cristo ensina tudo isso? Est?? fora de qualquer l??gica, que vantagem poder?­amos receber de tal comportamento? Por?©m h?? uma raz??o e ?© muito importante : ???Sede, pois, misericordiosos, como tamb?©m vosso Pai ?© misericordioso. N??o julgueis, e n??o sereis julgados; n??o condeneis, e n??o sereis condenados; soltai, e soltar-vos-??o. Dai, e ser-vos-?? dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitar??o no vosso rega?§o; porque com a mesma medida com que medirdes tamb?©m vos medir??o de novo.??? (Lucas 6:36-38). O que tudo isso significa? Significa que o que nos acontece n??o depende de circunst??ncias externas, mas ?© criado por n??s, pelo que somos dentro de n??s mesmos. Se formos irasc?­veis, por exemplo, continuaremos a viver situa?§?µes em que tal irascibilidade continuar?? a sair e nos cercar como uma s?©rie de eventos no curso da nossa exist??ncia. Em outras palavras, a nossa irascibilidade atrair?? ainda mais irascibilidade, a fim de se manifestar, j?? que ?© o que escolhemos ser. Se somos pobres, mas mais que se-lo, acreditamos que somos pobres, n??s n??o faremos nada al?©m de atrair mais pobreza ao nosso redor. Se odiarmos o nosso pr??ximo, continuaremos a viver tal ??dio em rela?§??o a n??s, porque ?© o que escolhemos viver, por outro lado, se vivemos em amor, o amor ?© o que ser?? devolvido a n??s e em abund??ncia. Esta ?© a promessa de Cristo, que nos aproxima da divindade como os seus filhos e n??o como brinquedos em suas m??os. ???Portanto, sejam perfeitos como perfeito ?© o Pai celestial de voc??s???(Mateus 5:48), esta ?© a exorta?§??o, tornar-se a imagem e semelhan?§a da divindade, tornando-se co-criadores da exist??ncia . A vida se manifesta ao nosso redor da maneira exata em que acreditamos que ?©, os pensamentos predominantes em n??s, ser??o aqueles que formar??o predominantemente o que nos rodeia, de acordo com o antigo axioma "como acima, assim abaixo". E como a ora?§??o desenvolve, chegados a este ponto? ???E eu vos digo a v??s: Pedi, e dar-se-vos-??; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-??; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-??.??? (Lucas 11, 9-10). Aqui, ent??o, est?? o verdadeiro papel da ora?§??o, a de se conectar com o c?©u e ser capaz de obter, de poder mudar as pr??prias exist??ncias, de poder desejar o que se deseja. PEDIMOS Ningu?©m se cansa de ser ajudado. A ajuda ?? um ato conforme com a natureza. N??o se canse de receb??-lo ou emprest??-lo. Marco Aur?©lio N??s, homens, nos comportamos de maneira bastante bizarra no campo da ora?§??o, ou, mais simplesmente, em pedir. Gostar?­amos de vidas diferentes, temos desejos, sonhos, esperan?§as, metas, objetivos ou desejo de ter mais ou melhor, mas, apesar de tudo isso, n??o pedimos, nem a Deus nem a n??s mesmos. O que diz respeito ?  melhoria da nossa exist??ncia parece nos fazer sentir vergonha, vergonha de ter mais do que outros, de ter sucesso onde os outros falham, de mostrar a riqueza diante de um mundo cheio de pobreza. Por um lado, queremos mostrar aos nossos vizinhos que podemos pagar o mais recente modelo de smartphones, o modelo mais recente de TV ou f?©rias caras, que, para obt??-los, recorremos frequentemente a v??rios financiamentos; por outro lado, por?©m, nos sentimos desconfort??veis n??o apenas diante de n??s, em vez do vizinho ou daqueles que, como n??s, ostentam tais confortos, temos o pobre homem, o mendigo, o vagabundo de plant??o. Na frente do nosso pr??ximo, estamos competindo para n??o ser rotulados como pobres, dentro de n??s mesmos, no entanto, nos sentimos culpados por ter mais do que outros. Sempre carregamos essa nossa culpa, essa nossa vergonha, embora nem sempre ?  luz do sol; mas sempre como a nossa companheira de vida que sempre tende a julgar e menosprezar, especialmente quando queremos mais para n??s mesmos. Ent??o acontece que n??s contentamos; em vez de querer, por exemplo, ganhar milh?µes de euros, ?© suficiente ter o necess??rio para poder pagar o empr?©stimo, a comida, alguma divers??o e para guardar um pouco de dinheiro; em vez de aspirar a altos picos, estamos satisfeitos em estar um pouco acima do n?­vel do mar. E em vez de olhar para o topo da montanha diante de n??s, como um est?­mulo para querer conquist??-la, explor??-la, para ver que tesouros ela pode esconder, olhamos para aqueles que est??o aos p?©s da montanha e n??o t??m a capacidade de subir. Por um lado, acreditamos que temos uma esp?©cie de compaix??o por eles, por outro, na realidade, temos o medo insano de sermos como eles, de rolar para baixo da montanha e de n??o poder voltar atr??s. N??o ser mais capaz de escal??-la, porque agora n??o somos mais t??o jovem quanto quando a escalamos pela primeira vez, agora n??o somos mais capazes de fazer esses sacrif?­cios que serviram para chegar aonde chegamos; n??o ser mais capaz porque cheio de gente que aspira a subir e que n??o teremos espa?§o suficiente para emergir, para passar adiante, ou, ainda mais simplesmente, incapazes porque nos encontramos l?? sem fazer nada, para ter nascidos felizmente mais acima da massa. A crise que surgiu nos pa?­ses industrializados ?© a prova tang?­vel e evidente desse medo; os suic?­dios daqueles que se viram tendo tanto para n??o ter mais nada mostram todos os medos que eu mencionei, n??o ser mais capaz de ver possibilidades. Vivemos num mundo onde a mensagem de evitar o ego?­smo em favor doutros ?© instilada desde a inf??ncia; por exemplo, em compartilhar o nosso jogo com algu?©m mesmo se n??o quisermos, em evitar gritos e certos tipos de comportamento em favor dum decoro ou respeito comum, a nos ver negado algo porque n??o podemos ter tudo da vida. Mas quem decidiu que n??o podemos ter tudo da vida? N??o interpretem-me mal, n??o digo que n??o seja correto compartilhar com os outros, mas isso deve ser um passo evolutivo espont??neo da crian?§a. A crian?§a deve querer faz??-lo porque ele entende por si mesmo que ?© certo, n??o deve ser imposto. Mas isso deve necessariamente passar antes do ego?­smo de algu?©m. O ego?­smo n??o ?© errado, pelo contr??rio, ?© o trampolim para o altru?­smo, ?© necess??rio para a forma?§??o do amor-pr??prio, um elemento indispens??vel de cada pessoa. O ego?­smo ?© saud??vel, perverso ?© apenas o seu excesso. O ego?­smo serve-nos principalmente para a sobreviv??ncia, somos indiv?­duos ??nicos e temos o direito de viver como qualquer outra pessoa e qualquer outro ser vivo; e quem far?? esse trabalho, o de nos manter vivos? No in?­cio da nossa vida, quando somos pequenos e indefesos, s??o nossos pais que se encarregam dessa tarefa, eles s??o felizes, porque ?© bom cuidar doutra vida, especialmente se ela foi gerada por n??s. Isso ?© altru?­smo, mas isso acontece, na verdade, n??o quando somos crian?§as, mas como adultos. At?© que um se torne um adulto, os pais cuidam da sobreviv??ncia, mas gradualmente a crian?§a cresce, cada vez mais come?§a a ter independ??ncia e, portanto, tamb?©m ?© respons??vel por si e por sua pr??pria prote?§??o. E, como adultos, o fardo da responsabilidade est?? completamente nas m??os do indiv?­duo que, se tiver seguido um desenvolvimento harmonioso do amor-pr??prio, do ego?­smo sadio mencionado acima, est?? plenamente desenvolvido. Mas a nossa sociedade mostra ao inv?©s e inexoravelmente que isso n??o acontece para quase toda a popula?§??o. Se, por um lado, o instinto de sobreviv??ncia funciona ao n?­vel do perigo iminente, ou seja, presto aten?§??o a tudo o que poderia matar-me rapidamente, por exemplo, atravessar a rua com cuidado para n??o ser atropelado por um carro, ou evitar comportamentos arriscados, como se sobressair duma varanda ou comer alimentos consp?­cuos e deteriorados, por outro lado, temos no n?­vel social toda uma s?©rie de comportamentos autodestrutivos do nosso corpo e de n??s mesmos. Um exemplo para todos, para ser claro e n??o ir longe demais com tantos exemplos, o h??bito de fumar ou o de ??lcool. Perfeito comportamento completamente contra a natureza, porque nenhum ser na natureza vai contra o seu pr??prio instinto de preserva?§??o da sua individualidade ou da sua esp?©cie. Qualquer um, at?© mesmo as crian?§as das escolas prim??rias podem entender que, se tais v?­cios n??o trazem nenhum benef?­cio, mas sim, s?? mais ou menos graves e incapacitantes doen?§as, at?© a morte, s??o coisas para evitar absolutamente. O fumante ou o alco??latra tamb?©m entende isso perfeitamente, embora busque desculpas para evitar tal argumento, essa responsabilidade com ele mesmo, como, por exemplo, "eu terei que morrer de alguma coisa", ou "tanto o ar est?? cheio de venenos". Mas a verdade ??bvia ?© que ?© melhor evitar qualquer coisa que aproxime-me da morte, o que faz-me envelhecer, o que torna-me inv??lido de alguma forma. Isto porque ningu?©m ?© feliz quando n??o ?© capaz de fazer algo porque j?? n??o tem for?§as ou capacidades, ningu?©m vive bem se est?? doente e qualquer um, por quanto possa fazer o forte e o modelo fora da lei dos antigos filmes de Faroeste, fica aterrorizado com a aproxima?§??o da morte. No entanto, isso, como muitos outros comportamentos autolesivos, ?© a norma em nossa sociedade. Por qu??? Por n??o termos amor-pr??prio, n??o fomos capazes de desenvolver esse ego?­smo saud??vel, necess??rio e vital quando ?©ramos crian?§as. N??o fomos bem sucedidos porque tudo o que nos rodeia contribuiu para garantir que nos faltasse tal autoestima, at?© os nossos pais, os nossos primeiros e essenciais modelos, careciam de autoestima, porque, como n??s, sofriam exatamente o mesmo tratamento, na ?©poca das suas inf??ncias. E a falta de amor-pr??prio tem sido a base de todos os outros problemas que trouxemos connosco desde ent??o, que foram se diversificando de indiv?­duo para indiv?­duo. Ent??o, algu?©m escolheu reagir violentamente e se tornou um criminoso; algu?©m decidiu n??o encarar a situa?§??o e, em algum momento da sua vida, encontrou-se com ansiedade e ataques de p??nico; outra pessoa decidiu n??o merecer nada e tornou-se um indiv?­duo sem sonhos, sem esperan?§as. No curso da nossa exist??ncia, os problemas foram diversificados e cada um os enfrentou de forma diferente, mas a base comum ?© a falta de amor. E a falta de amor ?© preenchida pelo oposto do amor, o medo, tamb?©m uma palavra que une toda uma s?©rie de problemas, dist??rbios e maneiras diferentes de reagir. Se existe amor por n??s mesmos, h?? seguran?§a, enquanto inseguran?§a ?© medo. Onde h?? paz, serenidade, alegria e felicidade, gra?§as ao amor, a falta disso se torna inquietude, pessimismo, resigna?§??o, tristeza, ou seja, sempre medo. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=40850685&lfrom=688855901) на ЛитРес. 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