Вроде как было терпимо. Нет ни тоски, ни печали. Но, пролетавшие мимо, Утки с утра прокричали. Острым, ноябрьским клином Врезали с ходу по двери. Годы сказали: с почином! Зря ты в такое не верил. Зря не закрыл ещё с лета В бедной храмине все щели. С возрастом старше и ветры, Жёстче и злее метели. Надо бы сразу, с железа, Выковать в сердце ворота

Brincadeiras Do Mar

brincadeiras-do-mar
Тип:Книга
Цена:187.01 руб.
Просмотры: 438
Скачать ознакомительный фрагмент
КУПИТЬ И СКАЧАТЬ ЗА: 187.01 руб. ЧТО КАЧАТЬ и КАК ЧИТАТЬ
Brincadeiras Do Mar Marco Fogliani Alguns pequenos contos sobre temas relativos ao mar (pescadores, sereias, monstros marinhos, vida da praia, maremotos, mensagens na garrafa…) Marco Fogliani ISBN 9788873049432 Tradu??o de Aderito Francisco Huo ?ndice SERENA A SEREIA (#uffb7406c-5FFF-11e9-be98-0cc47a5f3f85) OSVALDO O PESCADOR (#uffb7406c-6FFF-11e9-be98-0cc47a5f3f85) OS MONSTROS MARINHOS (#uffb7406c-7FFF-11e9-be98-0cc47a5f3f85) PAISAGEM FABULOSA (#uffb7406c-8FFF-11e9-be98-0cc47a5f3f85) NA PRAIA (#litres_trial_promo) A PULSEIRA DESAPARECIDA (#litres_trial_promo) A HIST?RIA DE JASMIM (#litres_trial_promo) UM FRASCO DE AMOR NO MEIO DO MAR (#litres_trial_promo) A ONDA SALTEADORA (#litres_trial_promo) SERENA A SEREIA Mar sereno, a noite amena e a lua cheia tinham atraido sobre as rochas n?o apenas Aldo, um bom rapaz dos cabelos vermelhos, mas tamb?m outros apaixonados pela pesca. Equipados de cana e equipamento apropriado. “Est?s a pescar?”. Aldo stava al? h? algum tempo quando viu-se interrogado. “N?o se nota?”, respondeu secamente naquele momento, sem reparar. Mas depois, vendo quem lhe tinha dirigido a palavra, sorriu e procurou de ser mais gentil. “Ou pelo menos estou a tentar. Se por ventura queres saber se at? agora apanhei algo a resposta ? n?o, n?o ainda.” Os dois n?o se conheciam. Ela tinha os cabelos claros muito compridos – quase at? ? luz – mas sobretudo luzentes, quase que pareciam seda. Tanto como ao resplendor da lua era dif?cil distinguir de que cor fossem; mas os olhos sim, entre o celeste e o azul-marinho, e brilhavam como duas pedras preciosas. Parecia uma vis?o. Talvez estou a sonhar, cismou Aldo consigo mesmo. “Pescar daquela forma n?o me parece que requeira grande habilidade ou coragem”, disse ela. “Pois se o fazes por necessidade, porque est?s com fome como ou mais do que eles ...Porque eles mordem o isco porque est?o com fome, deverias saber: est?o apenas procurando de obter o jantar de hoje, coitadinhos.” “N?o, n?o o fa?o por necessidade, mas por lazer. Pescar relaxa-me”. Respondeu ele. “Estranha maneira que tens para relaxar. Eu para relaxar canto, ou por outra tomo um bom banho e uma boa nata??o. Melhor ainda com uma maravilhosa lua cheia como esta, e talvez na companhia de um lindo rapaz com os cabelos vermelhos: eu adoro os rapazes com os cabelos vermelhos!” P?s-se a cantar, enquanto entrava na ?gua. Tinha uma voz doce e harmoniosa, lind?ssima. Aldo persuadiu-se ainda mais de estar a sonhar. “Queres tentar se por acaso o v?s relaxante tu tamb?m?”, disse ela. “E entretanto, pe?o-te, tiras para fora de ?gua o anzol, para que n?o tenha que se emaranhar nas minhas pernas.” Aldo no princ?pio ficara est?tico, quase em transe. Mas depois do canto e das palavras da rapariga induziram-no a deixar a cana, ficar de biquini e segu?-la no mar. N?o sentia frio, e lhe parecia mover-se lentamente, quase como num sonho. Ela continuava a cantar, e se movia na ?gua como se fosse o seu elemento natural. “Como ? que te chamas?, e onde vives?”, perguntou-lhe. “Chamo-me Serena. Sou daqui, nasci e cresci aqui, por isso nado t?o bem. Pelo contr?rio tu est?s de f?rias, n?o ?? N?o me parece de te ter visto antes.” “Sim. Vivo na cidade. Mas n?o me importaria de transferir-me para uma localidade de mar, se me ocorresse a possibilidade. Gosto muito do mar.” “Agora fa?o-te ver como deveria ser a pesca na minha ?ptica.” Serena mergulhou na ?gua al? mesmo onde se encontrava e permaneceu algum tempo, talvez mais de um minuto. Naquele intervalo Aldo viu antes a superf?cie do mar a propagar-se, e depois as sombras escuras a lampejar rapidamente no leito/mar. No fim Serena reemergiu na superf?cie, trazendo em cada uma das duas m?os um peixe, um mais pequeno, e outro mais grande. “Visto?”, disse. E depois deixou cair de novo os peixes na ?gua. “Habilidade e coragem. Mas ? apenas um truque. Porque agora eles devem ir comer, e eu pelo contr?rio n?o tenho fome.” “?s realmente magnifica”, exclamou Aldo estupefacto. “Assim me parece um desafio em igualdade de circunst?ncias, justa e divertente. Tu te divertirias se do mar saisse uma corda que te arrastasse para o fundo do mar, s? porque algum peixe quer relaxar?” Aldo n?o acolheu a provoca??o, e Serena retomou o canto. Passou assim na ?gua um tempinho. Uma nuvem densa tinha come?ado a interpor-se aos raios lunares e a deixar diminuir o escuro, mas n?o tanto at? ao ponto de n?o distinguir ao de longe, pontual como cada noite, a passagem do grande ferry boat dirigido ?s ilhas. “Entardeceu, tenho de voltar para casa.” “Onde vives? Posso-te acompanhar? Nos vemos amanh??”, perguntou-lhe Aldo. “Talvez. Depende ...tamb?m das nuvens ...” Serena n?o disse outra coisa antes de atirar-se de novo na ?gua. E ela era bastante veloz a nadar na ?gua, e estava bastante escuro, para que Aldo conseguisse, como era a sua inten??o, de segui-la com o olhar e de perceber para que parte se dirigisse. Na noite seguinte, ao mesmo hor?rio, Aldo dirigiu-se para o mesmo escolho esperando de encontrar novamente Serena. Levou consigo o equipamento de pesca, mas n?o o usou. Reparava aqui e al?, esperando que ela chegasse; e queria perceber de que parte viesse, para procur?-la durante o dia. Mas a chegada dela o acolheu novemente de surpresa. Nas suas costas, de repente, eis o seu canto, como se fosse materializado do nada. “Pescas tamb?m esta noite?”, perguntou-lhe Serena. “N?o”, respondeu ele. ? s? para ter ocupado o nosso escolho, e distanciar os outros pescadores.” Sentaram-se reparando a lua. Ele contemplava Serena, que era mais linda que a lua, e escutava o canto dela, um pouco melanc?lico e numa lingua estrangeira e misteriosa. “Que lingua ??, lhe perguntou. “? a lingua dos peixes”, respondeu sorrindo. “Lhes advirto que h? pescadores. Dizem que este canto mantenha distante os peixes… mas atrai os rapazes!” Era verdade, cismou Aldo, que n?o conseguia tirar os olhos em cima dela como a achava bonita. Sabe-se l? como ficou. At? que, ao de longe, eis a passar o ferry boat. Aldo imaginava o que teria acontecido. Mas ela: “j? chegou a minha hora de ir. Mas se quiser nos vemos de novo.” “Sim”, respondeu ele. Quando ela levantou-se para ir embora, quis levantar-se ele tamb?m; mas Serena lho impediu, posando sa suas m?os nos ombros. “Por favor, n?o me siga. Hoje n?o. Nem sequer com o olhar, como fizeste ontem. Posso confiar em ti?” “Mas…” “Se quiser um dia levarei-te para minha casa. O que achas?” Ele acenou um sim com a cabe?a. “Ent?o levarei-te. Mas isto quer dizer que ter?s de conhecer os meus pais. Est?s preparado?” “como corres, exageradamente”, teria certamente dito Aldo em outras circunst?ncias e para uma outra rapariga. E pelo contr?rio respondeu com naturalidade: “Certamente. Porque n?o deveria? Saiba que n?o tenho medo de nada e de ninguem.” “Est? bem, ent?o fica a minha espera amanh?”. E assim dizendo desapareceu nas suas costas. No dia seguinte ? noite Aldo voltou ao seu acostumado rochedo. Foi como sempre com a inten??o de pescar, mas n?o o fez, esperando a chegada de Serena. Fazia mau tempo, chuvoso, e tamb?m uns rapidos chuviscos. O c?u e o mar, espa?adamente agitados, eram de um cinzento escuro, e n?o se via quase nada. Mas a um certo ponto, depois de muito tempo Aldo conseguiu distinguir ao de longe o ferry boat que passava. A hora de regressar, cismou Aldo desconsolado; para aquela noite ela n?o teria vindo. Para n?o pensar nela sentou-se e, n?o obstante a chuva, come?ou a pescar com a sua cana. E pelo contr?rio foi exactamente naquele momento que Serena veio busc?-lo. Uma estranha onda an?mala, talvez causada pela passagem do ferry boat mas n?o justificada pelas boas condi??es do mar, abateu-se propriamente e somente naquela pequena zona de rochedos onde o rapaz encontrava-se a pescar, e o levou consigo. Um facto meteorol?gico e natural raro e desusado, breve e repentino, durante o qual, declararam em conformidade os poucos pescadores que assistiram este acontecimento estranho e incr?vel, o vento p?s-se a soprar, ali?s a bramir duma forma estranha, como se estivesse a recitar uma esp?cie de canto misterioso. E algu?m, entre testemunhas, afirmou tamb?m que o rapaz n?o foi o ?nico a ser arrastado pelo mar, mas que com ele foi tamb?m uma rapariga de cabelos compridos claros e luzentes. At? aqui a lenda. Pois existe os factos, senhor comiss?rio, todos reportados detalhamente nesta pasta de arquivo. E os factos s?o que, em mais de quinze anos, este ? o quarto rapaz engolido pelo mar na mesma zona dos rochedos, quase da mesma forma, ao que parece. Todos por coincid?ncia, com os cabelos vermelhos. E tamb?m desta vez as tentativas de encontrar o corpo nas ?guas circundantes n?o resultaram absolutamente nada. OSVALDO O PESCADOR Encontrei o meu amigo Osvaldo no bar. “Ent?o, Osvaldo, como ? que foi depois no outro dia a tua pesca?”, perguntou-lhe. A ?ltima vez que o tinha visto, talvez dez dias antes, estivera no porto enquanto sa?a para ir pescar com o seu pequeno barco, e lhe tinha desejado boa sorte. “Pois, bem, obrigado. No princ?pio n?o, n?o mordeu nada de nada durante algum tempo: tanto que pensava no facto de te ter encontrado me tivesse dado azar. Mas depois…!” “Depois?” “Pois como de costume tinha ido ao alto mar e tinha desligado o motor; tinha fixado o cabo da linha de pesca no pequeno guincho da ?ncora, e o outro cabo do fio pescava no mar. N?o aconteceu nada durante algum tempo, e estava quase a me enfurecer: agora, como fa?o nestas situa??es, coloquei na linha de pesca os meus pequenos guizos que me advertem se algo morde. Mas depois de um instante, ter? sido pela briza ou o baloi?o an?malo das ondas, tive a sensa??o de que o barco estava em movimento, quase que estivesse a ser movido por velas; e tu sabes que n?o tem velas. A linha de pesca estava t?o esticada que me espantei de que n?o estivesse rota. Era precisamente aquela linha a mover o barco: deveria ter apanhado algo grande, muito grande. Pensei realmente que o anzol estivesse emaranhado num submarino. Creio que n?o teria conseguido fazer nada se n?o tivesse usado o guincho – n?o ? por nada equipei-me para pescar daquela forma – e seja como for deu-me muito trabalho para pux?-lo a bordo, e em cada momento temia que o fio se rompesse. Mas no fim aqui est? saindo da ?gua, primeiro a cabe?a e depois todo o resto: era um peix?o mais ou menos deste tamanho.” Osvaldo, para me fazer ver as dimens?es da presa, teve que levantar-se e afastar-se para poder abrir os bra?os em toda largura. “Mas olha, exagerado: quanto a mim sonecaste e sonhaste”, lhe disse. “N?o, n?o, te garanto. Mas a coisa extraordin?ria, mais que a dimens?o do peixe, ? que a um certo ponto ouvi uma voz: portanto estava sozinho l? no meio do mar. “ Por favor, tira-me esta coisa da boca e atira-me de volta na ?gua. Ver?s que saberei recompensar-te como deve ser.” “Podes imaginar como fiquei: um peixe que fala. Nunca tinha-me acontecido uma coisa semelhante!” “A mim tamb?m nunca me aconteceu”, objectei, sempre mais incr?dulo. “E quando lho disse”, surpreso: “ Mas como, tu falas?”, ele respondeu-me: “ Claro que sim, e falo correntemente cinco linguas de voc?s homens. Mas agora pe?o-te, colocas-me de volta na ?gua.” Estava quase compadecendo, ? vista daquele peixe que esbracejava e se abanava desesperado; mas hesitava. “ Mas eu te transformaria num jantar suculento para mais ou menos dez pessoas. Se te deixo escapar, pelo contr?rio…” “ Como ousas dizendo que a minha carne seja boa? E seja como for, se me deixar ir, dou-te a minha palavra de que vou te arranjar muito daquele peixe saboroso n?o para dez, mas vinte pessoas que poder?s convidar na sua mesa. Basta organizar bons cestos nos lados do teu barco, e eu em pouco tempo os encherei. Hoje e durante todo m?s ainda por vir.” Quase que me convencia. Aproximei-me a ele para libert?-lo do anzol; no entanto hesitei ainda. “ Quero tirar-te uma boa foto para mostrar como trof?u aos meus amigos. Se te liberto ninguem vai acreditar de que seu tenha pescado um peixe t?o grande”, lhe disse. “ N?o vejo nenhum problema fazendo uma foto na tua companhia. Basta que me colocas agora um pouco na ?gua…” E eu colaborei, deixando-o durante um instante na ?gua sempre preso no anzol. Depois fui buscar a minha m?quina fotogr?fica digital e coloquei-me em posi??o para um disparo autom?tico. Tirei de novo ao enorme peixe, fui tirar e voltei ao meu lugar, abra?ando o peixe esperando o flash da m?quina. “ Pois, se me deixar ir agora, vou buscar os peixes que te prometi”, disse-me ele. “ Generoso eu sou, mas n?o tolo. Quem me garante que tu n?o vai escapar logo depois de te libertar do anzol, sem manter a tua promessa? Tamb?m porque peixes que falam, prometem e mantem, a palavra de honra creio que n?o haja alguma pista na hist?ria do mundo.” E assim dizendo libertei-o sim do anzol, mas n?o antes de o ter amarrado a cauda num outro fio tamb?m robusto. E amarrei-o bem forte, por temer que poderia agitar-se ajudando-se com as suas escamas escorregadias, que talvez sofreria pior ainda por esta atadura do que pelo anzol que tinha na boca primeiramente. Desconfiado que n?o existe outro. Mas ver?s que te arrepender?s amargamente desta falta de confian?a: porque se tu tivesse me libertado completamente, te teria transformado num homem num homem mais rico da na??o. Talvez n?o percebeste que sou um peixe m?gico? Ou pensas que qualquer peixe possa falar? “ Sim, podes bem dizer que sou desconfiado; mas se na vida tivesse dado cr?dito a quem fazia promessas extraordin?rias como as tuas a esta hora n?o estaria certamente aqui tranquilo a pescar, mas pobre a pedir esmola por a?. E de todas as maneiras fui de palavra e atendi o seu pedido, visto que tu querias que te libertasse do anzol e te deixar na ?gua. Agora cabe a ti ser de palavra: dentro dum tempo colocarei os cestos nos cantos do barco a tu deves ench?-los.” Mas n?o obstante as minhas precau??es aquele, uma vez no mar, com um escorregar logo livrou-se da atadura a cauda. Ser? que vai cumprir, pensei, aclamando comigo mesmo a ideia de voltar para casa com abundante peixe. Mas enganava-me. “ Bem te disse que sou um peixe m?gico. Mas aquilo que n?o te disse ? que querendo poderei permanecer tranquilamente fora de ?gua o tempo que quiser, e at? caminhar e correr.” E para me fazer ver saltou de novo sobre o meu barco, quase dan?ando ? minha volta como quem me desafiasse de apanh?-lo. Mas depois dum tempo, visto que n?o colhia a provoca??o (j? estava claro que era realmente m?gico, e que quisera apenas p?r-me a prova), atirou-se de novo na ?gua. “ Pois sou um peixe de palavra, e manterei o que prometi.” E de facto em poucos minutos tinha enchido os meus tr?s cestos, todos aqueles que tinha a bordo, um unicamente de moluscos e crust?ceos, o outro de peixes grandes e o outro de peixes pequenos;alguns trazendo-os com a boca, e outros que saltavam para dentro sozinhos, mesmo por magia. Tanto que depois tive que passar do mercado do peixe, procurando algu?m que me comprasse aquilo que restava ?s minhas necessidades.” “Sem delongas”, lhe disse eu. “? verdade, respondeu-me.” Mas pensando bem creio que uma parte do merito por todo este pescado tenha sido tamb?m tua. Desejaste-me boa sorte, e me trouxeste realmente tanta, talvez como nunca a tive. Sei que quando te convido para a pesca dizes sempre n?o: mas o que achas ent?o de vir jantar comigo, esta noite? Tudo ? comigo: talvez tragas tu s? uma garrafa de vinho, branco, naturalmente.” “Porque n?o, Osvaldo. Conta comigo. ? conveniente para ti se marcarmos para as sete e meia?” “Est? bem. Ent?o agora te deixo, porque devo dar um salto no mercao do peixe. At? a noite, ent?o.” Osvaldo saiu, e eu permaneci com calma terminando o caf?. “E tu o que pensas daquilo que contou o meu amigo Osvaldo?”, perguntou ao Vincenzo, o bar man, que naquele momento estava ocupado a lavar algumas ch?venas. “Achas que haja mesmo algo racionalmente cred?vel em tudo aquilo que disse?” “Desculpa, n?o ouvi perfeitamente o que disse”, respondeu-me ele sem delongas. “Petas. Todas petas de pescadores”, continuei eu. “Questiono-me porqu? todos os pescadores s?o todos assim, pelo menos aqueles que conhe?o: fantasistas e exagerados. Talvez estar fora durante a noite, saltar os ritmos naturais do sono e da luz lhes cria estas piadas, sabe-se l?.” Paguei-lhe o meu caf? e sa?. “Eh, um momento. Est?s a esquecer algo aqui em cima do balc?o. Talvez seja o teu amigo que esqueceu. Como ? que se chama? “Osvaldo”, respondi-lhe. Eu n?o trazia nada comigo. Verifiquei se por acaso fosse coisa de Osvaldo. De facto havia duas facturas do mercado do peixe, e havia em cima o seu nome como vendedor. Pois havia uma outra coisa que n?o percebia o que seria, e… isto o que ?? Uma foto. Feita de noite, com flash. Trazia no bra?o um peixe gigantesco, quase mais grande que ele. E, parece estranho dizendo, tal grande peixe parecia propriamente que estivesse a sorrir. OS MONSTROS MARINHOS Pe?o desculpas desde j? se de vez em quando na minha tradu??o tive que fazer consistentes arranjos ou ent?o tive que omitir alguns detalhes: quer porque eu mesmo certas coisas n?o consegui compreend?-las, quer porque alguns conceitos em si n?o s?o facilmente compreens?veis por um ouvinte humano. O facto ? que obtive esta hist?ria na fonte, isto ? precisamente l? em baixo no fundo do mar, onde desenrolou. ? justo pois que vos esclare?a antecipadamente como usei algumas palavras, e como s?o interpretadas. Quando falo de “tentaculados” refiro-me a uma daquelas esp?cies de lulas gigantes que habitam as zonas mais profundas dos abismos marinhos. Um tent?culo, al?m da sua parte anat?mica, ? tamb?m a unidade de comprimento por eles usada: corresponde ao tent?culo mais comprido que um adulto de m?dias dimens?es. At? as palavras mam?, filhos, machos e f?meas t?m um significado muito rel?ativo para uma esp?cie onde se conhece biologicamente e zoologicamente assim pouco, e onde cada novo exemplar do qual ficamos na posse contribui para melhorar o nosso conhecimento. Dias esemanas significam ainda menos, l? onde uma luz que filtra pode considerar-se apenas como um caso milagroso (ou catastr?fico). Na linguagem deles, a palavra “peixe” indica qualquer ser que ? ou estava vivo, e como tal pode constituir alimento; poe isso organismos em geral, e particularmente animais. Os “inv?lucros” s?o pelo contr?rio tudo aquilo que ? constituido por material muito duro e n?o comest?vel. Assim s?o chamados, entre o outro, os objectos pesados e geralmente met?licos que precipitam das altas altitudes: trata-se geralmente de detritos de embarca??es de cada tipo, cabos, tubos ou coisa igual. Quanto ao “Vale das pontas”, para terminar, n?o saberei dizer exactamente onde se encontra, mas penso que n?o esteja muito distante donde, em agosto de 2002, verificou-se um famoso desastre aereo, numa tentativa falhada duma amarradura de emerg?ncia, morreram quase duzentas pessoas cujos corpos n?o foram ainda recuperados, e talvez nunca o ser?o. Os irm?os Darko e Dalko eram dois jovens exemplares machos tentaculados, em pleno das suas for?as e do seu vigor, e pelo contr?rio podia-se dizer que estivessem extraordinariamente mais robustos do que os seus conter?neos similares. Eram corajosos mais de qualquer outro; tamb?m demasiado, pensava a mam? deles. N?o pareciam preocupar-se excessivamente nem do calor, nem da luz ou do ruido que subindo de altitude tornam-se enfadonhos ainda mais, e para alguns completamente insuport?vel. Dirko e Dalko moviam os seus compridos, fortes e elegantes tent?culos em comprimento e em largura pelas extens?es aceanicas, de vez em quando ausentando-se durante dias e semanas inteiras, mas sempre voltando ao encontro da sua amamda m?e. “Devem estar atentos! O mar tornou-se muito mais perigoso do que era quando crian?a. Recentemente aconteceu um neg?cio como mimca visto, comprido talvez mais de dez tent?culos, com enormes bartatanas laterais. Devia ser um peixe ferocissimo quando ainda em vida. Com uma pele dur?ssima que ningu?m conseguiu ainda t?o-pouco arranhar. Muito diferente tamb?m daquele rid?culo inv?lucro acuminado que jaze durante anos no fundo do Vale das pontas.” N?o tinha nem sequer terminado de falar que os dois jovens tinham j? colhido aquele que parecera para eles um desafio, e tinham come?ado a explorar as profundidades ? procura do monstro. N?o foi didicil encontr?-lo. As suas enormes barbatanas emanavam ainda calor. Os tent?culos dos dois irm?os n?o conseguiram nem arranh?-lo nem afast?-lo por um milimetro, assim como n?o conseguiram outros tantos tentaculados, ainda hoje presentes no lugar, que estavam a coordenar os pr?prios movimentos e as pr?prias energias num esfor?o de grupo. “Se tivesse sido um peixe, teriamos tido um stock de comida enorme.” Era aquilo que pensavam todos. “Pelo menos nos classicos inv?lucros algum peixe encontra-se sempre; mas aqui, ainda que encontrassemos no interior, n?o conseguiriamos traz?-los para fora.” Mas como diz o not?vel proverbio submarino, o cardume move-se sempre em grupo. E assim para aquele caso seguiram outros n?o menos estranhos e preocupados, todos muito pr?ximos seja no espa?o como no tempo. N?o passou mais de um dia que come?ou a perceber-se um tremor. Era o mesmo tipo de ruido que h? anos tinham-se habituado (resignados) a suportar, mas sempre isoladamente e durante pouco tempo. Este novo, continuo e ininterrupto, era pois um outro neg?cio. Incomodava o sono e a vigilia deles; deixava escapar as presas. N?o conseguiam t?o-pouco mais unir-se. Logo estavam todos t?o nervosos e agitados, que por um nada eclodiam rixas e brigas. Decidiram por isso de reunir o conselho da zona (era enorme que n?o se fazia mais). A proposta que estava a ter maior seguimento era aquela de emigrar todos para uma outra zona abissal, com os riscos que isso teria comportado. Estavam ainda reunidos nesta mesma assembleia, quando uma nojenta luz come?ou a escer do alto. Primeiramente vislumbrou-se apenas; depois ? medida que descia, tornava-se sempre mais deslumbrante e ma?adora. A partir dos mais de velhos come?avam a dispersar-se em procura de ref?gio. O presidente, antes de distanciar-se, proclamou que o conselho reunir-se-ia poucos minutos depois, na zona limitrofe com a vale das pontas. Era uma escolha n?o totalmente desprovido de perigos e incognitas, porque aquele territ?rio constituia motivo de continuas escaramu?as com a outra tribu de tentaculados. Dirko e Dalko, juntos a uma outra meia duzia de jovens, n?o digeriram esta decis?o. “Este territ?rio ? nosso, e o defenderemos a qualquer custo. Ningu?m foi permitido de atrapalhar as nossas reuni?es, e muito menos de contrastar o nosso predom?nio dentro destes limites. Ter?o que passar por cima de n?s.” Um punhado de tentaculados os seguiu enquanto subiam em direc??o daquela luz. Alguns tentaram de turvar a ?gua com areia, al?m de toda tinta que tinham no corpo. Outros, que tinham notado o quanto os raios luminosos estivessem endere?ados para baixo, procuram de alcan?ar o alvo pelo alto, com uma manobra circundante. Aquela l?mpada, e o subtil cabo que sustentava, foram agredidos por um grupo de fortes tent?culos enlouquecidos pelo ?dio; quem puxava duma parte, quem da outra, com a raiva e a for?a geralmente reservada aos peixes mais ferozes e perigosos. Naquele aban?o a luz come?ou antes a vacilar e depois a atenuar-se, at? que, levada a fracassar-se contra uma parede rochosa, apagou-se completamente deixando precipiatar-se alguns dos seus fragmentos para o fundo novamente escuro. A luta n?o foi totalmente indolor. Algu?m com ?mpeto submeteu algum peda?o de tent?culo; outros, em contacto com a fonte luminosa, arranjaram feridas e inflama??es, em alguns casos tamb?m muito dolorosos. Aqueles valorosos jovens foram dali em diante tratados por aquilo que efectivamente tinham demonstrado: por her?is corajosos. Tiveram pleno reconhecimento de todos, tamb?m dos mais velhos, os quais lhes encarregaram pela defesa do territ?rio por mais que estivesse nas suas capacidades. Recomendaram a eles a maxima prud?ncia porque julgavam que o perigo n?o se podia dizer certamente de ter passado. A maioria, pelo contr?rio supunham que a situa??o estaria logo piorada, depois do sucessido. Assim enquanto os mais velhos, procurando de travar rela??es pac?ficas com os vizinhos, preocupavam-se de nivelar a rua e uma eventual emigra??o, os jovens her?is encarregavam-se da vigil?ncia, organizando turnos de ronda e equipando-se contra um novo poss?vel ataque. Foram predispostos abrigos de emerg?ncia e recolha de stock de pedras e outros fragmentos de inv?lucros, considerados os meios mais v?lidos para op?r-se contra eventuais outros perigos provenientes de cima. A recorda??o daquela luz do alto era ainda viva em toda a comunidade (desde ent?o o ruido do fundo n?o tinha cessado nem sequer t?o-pouco) e o stock de pedras n?o tinha sido ainda ultimado quando sobreveio um outro perigo. Era um grande globo com muitos olhos, que desciam de cima n?o verticalmente como uma rocha, mas com amplas aspirais e rota??es irregulares, como um peixe j? saciado ainda em procura de comida. Era de cor amarelo, mais que a sua fraca luz intermitente e florescente tinha deixado alarmados os jovens de guarda e todos outros, rapidamente afastaram-se das suas actividades para enfrentar a nova emerg?ncia. Dentro daquele amarelo os olhos liquidos deixavam vislumbrar outros pequenos peixes flutuantes: nada por?m que deixasse pensar a uma indole onfensiva. “Tenha calma. Parece bastante robusto e tranquilo. Talvez n?o tem m?s inten??es e se distanciar? com a corrente assim como veio.” Dalko sempre tinha sido por natureza o mais prudente entre os dois irm?os, e tinha mostrado sempre um particular interesse na observa??o seja dos peixes que dos inv?lucros onde lhe acontecia de embater-se nas suas passeatas oceanicas. Dirko era pelo contr?rio mais agressivo: e dade a sua corpul?ncia n?o tinha medo de nada. Aquele monstro amarelo parou em frente deles. Por dentro dos seus olhos outros olhos pareciam fix?-los. Dalko, observado, o estudava por sua vez com curiosidade e um pouco de apreens?o. Dirko pelo contr?rio era f?cil enfurecer-se, como um duelista at? ao ponto de por a m?o na arma, e percebia no intruso a sua mesma atitude. “Tenha calma, Dirko, n?o te enerves.” Os outros tentaculados observavam um pouco mais distantes, n?o sabendo o que fazer e o que esperar. “Se n?o resolve de ir embora sozinho sem cerim?nias o convencerei eu duma ou doutra forma”. As dimens?es do intruso eram maiores do que as suas; mas Dirko tinha consigo a tranquilidade de muitos amigos dispostos em dar uma m?o se necess?rio. Foi assim que, quando a esfera amarela fez um posterior movimento lento e prudente em direc??o ao fundo da comunidade, Dirko lan?ou-se contra sem hesita??o. Criou-se uma situa??o incr?vel. Uma massa de tent?culos enfureceu-se contra aquela esfera lisa, cobrindo uma boa parte; mas cada esfor?o parecia in?til. Talvez n?o conseguiam simplesmente torn?-la presa, ou descortinar um ponto fraco no inimigo; o qual aparentemente parecia inofensivo, im?vel, sem armas ofensivas nem de defesa a parte a impenetrabilidade da sua carapa?a. Os outros tentaculados n?o resistiram muito de espectadores ?quele v?o e desesperado escoi?ar do chefe deles. Devagarinho uniram-se ? luta, at? que do amarelo da esfera, transformada enfim num mont?o de polpa e tent?culos em movimento, n?o se distinguia mais nada. A situa??o n?o mudara com o aumento do n?mero dos combatentes; mas o enredado mont?o em luta come?ou, antes lentamente e depois mais decidido, a perder altura dirigindo-se para o fundo, talvez por uma deliberada estrat?gia ou simplesmente pelo efeito da gravidade. A descida era enfim evidente, quando a situa??o tomou uma viragem imprevis?vel. Um, dois assobios, e duas novas ap?ndices esfericas desenvolveram-se no corpo amarelo, modificando improvisamente o assento. Tendiam para cima, e levaram consigo emaranhada massa baralhada a levantar-se; entretanto continuavam a espandir-se avolumando-se. Estas protuber?ncias, que a press?o dos tent?culos deformava com uma certa facilidade, iludiu o pelot?o de guardas de ter encontrado o ponto fraco do monstro, fortalecendo os seus esfor?os. Pois o monstro amarelo continuava a erguer-se, incessante, at? que a press?o e a temperatura come?aram a tornar-se enfadonho para os habitantes do abismo. Um de cada vez largava a presa, tamb?m porque enfim o estranho podia se dizer de ter saido do territ?rio deles. Os ?ltimos a deixar o inimigo foram os dois irm?os; mas Dalko ficava apenas para n?o deixar sozinho o irm?o. “Vamos embora, antes de terminar mal. Nunca fomos levados t?o assim para cima e em ?guas t?o quentes. Pode ser perigoso.” Mas Dirko, que s? uma vez quisera dar ouvidos aos nobres conselhos de Dalko, n?o conseguia mover-se. Os dois bal?es tinham crescidos a desmedida, e embora deform?veis e aparentemente moles como polpa de peixe, come?avam a comprimir-se com for?a, bloqueando todos os seus movimentos. “N?o consigo mover-me, n?o consigo. Socorro!” Tamb?m a sua voz estava engasgada, quase sufocada naquela mordedura. Enfim a subida era veloz. Dalko procurou desesperadamente e em todas as formas de ajudar o irm?o a libertar-se, at? que teve as for?as. Depois perdeu os sentidos e quando os recuperou viu-se estendido no fundo do mar, em mau estado e circundado pelos seus jovens companheiros. Do seu irm?o, infelizmente, ningu?m soube mais nada. Isto mais ou menos aconteceu quando a sonda superbarica “Mistar”, ap?s uma precedente falida tentativa de explora??o televisiva, desceu fundo no lugar do desastre. Os tr?s homens da tripula??o regressaram arrasados, salvados pelo eficaz sistema de emerg?ncia de bal?es de ar comprimido. A incr?vel hist?ria deles foi apenas em parte suportado pelas filmagens televisivas das telec?maras de guarni??o, colocadas fora de uso quase logo depois da luta corpo a corpo; mas aquele gigantesco mont?o um tanto mole e felizmente sem vida que trouxeram de novo ? superf?cie espantou o mundo inteiro. A recupera??o dos corpos do desastre aereo revelou-se invi?vel, vistos os riscos, as inc?gnitas e os custos inerentes: enormes, embora dificilmente quantific?veis. Todavia o interesse cient?fico suscitado pela localiza??o recome?ou o debate sobre a necessidade de uma nova miss?o explorativa, pelo qual as unidades de salva??o estacionavam na zona dos destro?os durante quase um outro m?s antes de voltar a base. Agora do acontecimento quase que n?o se fala mais, sen?o nos ambientes acad?micos interessados pela oceanogr?fia; mas falar-se-? brevemente, visto que uma nova explora??o daqueis fundos foi incluida no programa eleitoral de um dos candidatos em corrida para a casa branca. PAISAGEM FABULOSA “ E agora fecha os olhos, por favor: n?o os abrir antes da minha palavra”, disse ele. Ela assim o fez, antecipando n?o sabia bem qual seria a louv?vel surpresa. Deixou-se pegar pela m?o e guiar-se lentamente durante alguns passos, esperando confiante sei l? de que coisa. Ou melhor uma certa esperan?a sobre o que estava por acontecer ela tinha; mas lhe veio tamb?m em mente a hist?ria do primeiro beijo entre a sua m?e e o seu pai. E no entanto come?ava a ouvir inesperadamente o rumor do mar, primeiramente no fundo, depois sempre mais estrondoso. Murm?rio das ondas espumosas que se infringem com for?a no recife. Realmente n?o tinha a m?nima ideia daquilo que esperava. “Podes sentar aqui se quiser, e fica a vontade, mas sem abrir os olhos”. Ela seguiu as recomenda??es, maravilhando-se de ter que acolh?-la de bra?os abertos uma esp?cie de brando tapete e n?o pedrinhas ou algumas rochosas sali?ncias afiadas. O murm?rio do mar, ora ligeiramente atenuando-se, era de todas as formas agrad?vel e relaxante, n?o atrapalhado pelos versos, trazidos pelo vento quase por intermit?ncia, de algumas gaivotas que iam e vinham em voo. Tamb?m aquela brisa fresca no rosto, uma brisa ligeira que sabia do sal do mar e de liberdade, dava uma sensa??o agrad?vel. E das p?lpebras fechadas filtrava uma luz de uma linda cor que era uma esp?cie de cor de rosa avermelhado alaranjado. “Agora podes abrir os olhos.” Diante dela, como um desmesurado mural animado pelo mais grande artista jamais conhecido, estava a paisagem de um p?r de sol no mar, alguma coisa mais que uma simples admir?vel vis?o, ainda que subitamente lhe atingiram tamb?m, uns ligeiros salpicos de ?gua fresca na cara e no vestido. “N?o te preocupes, ? apenas ?gua”, a tranquilizou ele. “Mas se quiser…” “N?o, n?o… ? fabuloso… incr?vel…” Permaneceram sentados um ao lado do outro em sil?ncio, contemplando o que se apresentava aos seus olhos. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/marco-fogliani/brincadeiras-do-mar/?lfrom=688855901) на ЛитРес. Безопасно оплатить книгу можно банковской картой Visa, MasterCard, Maestro, со счета мобильного телефона, с платежного терминала, в салоне МТС или Связной, через PayPal, WebMoney, Яндекс.Деньги, QIWI Кошелек, бонусными картами или другим удобным Вам способом.
Наш литературный журнал Лучшее место для размещения своих произведений молодыми авторами, поэтами; для реализации своих творческих идей и для того, чтобы ваши произведения стали популярными и читаемыми. Если вы, неизвестный современный поэт или заинтересованный читатель - Вас ждёт наш литературный журнал.