Растоптал, унизил, уничтожил... Успокойся, сердце, - не стучи. Слез моих моря он приумножил. И от сердца выбросил ключи! Взял и, как ненужную игрушку, Выбросил за дверь и за порог - Ты не плачь, Душа моя - подружка... Нам не выбирать с тобой дорог! Сожжены мосты и переправы... Все стихи, все песни - все обман! Где же левый берег?... Где же - прав

Brincadeiras Do Desporto

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Brincadeiras Do Desporto Marco Fogliani TEKTIME S.R.L.S. UNIPERSONALE Aderito Huo Francisco Alguns contos dedicados ao desporto (essencialmente ao futebol e ao fanatismo futebol?stico, e ao fitness). Alguns pensados no futuro, mas todos de pura fantasia. Marco Fogliani ISBN 9788873046080 Tradu??o de Aderito Francisco Huo ?ndice O CAMPE?O E O ESTUDANTE (#ub399a098-18e2-519d-addf-194dfe63a656) PAISAGEM IMPRESSIONANTE (#litres_trial_promo) A PARTIDA SUSPENSA (#litres_trial_promo) O FUTEBOL DE HOJE EM DIA N?O ? COMO DANTES. (#litres_trial_promo) LOJAS DE ARTIGOS DE FUTEBOL (#litres_trial_promo) O VELHO MOTOR (#litres_trial_promo) A VOLTA EM BICICLETA (#litres_trial_promo) A ESTRANHA CHUVA (#litres_trial_promo) TR?S DE DOIS (#litres_trial_promo) O CAMPE?O E O ESTUDANTE “Compreendeste a quest?o? Rapaz: est?s a ouvir-me?” Ricardo parecia ausente, completamente indiferente ao que lhe estava dizendo o professor cuja ? presen?a encontrava-se sentado para enfrentar um exame universit?rio. “Eh, rapaz: estou a falar contigo.” O tom da voz estava a subir, sinal de que o docente estava a perder a paci?ncia; mas a jovem assistente interveio em defesa do estudante. “Por favor, n?o levantes a voz, professor. Uma vez tive que tratar com uma rapariga que sofria de uma forma ligeira de epilepsia. Ela tamb?m tinha uns momentos em que a mente ficava como estivesse ausente. Dizem que nestas situa??es a melhor coisa ? esperar que eles recomponham-se. Deixa-lhes uns cinco minutos para recompor-se. Conhe?o-o bem, efetuou todos os exerc?cios e me parece um rapaz muito preparado: n?o ? poss?vel que n?o conhe?a esta particularidade b?sica.” “Est? bem. Se tem algum problema de sa?de, ajudamos-lhe; mas n?o vai escapar se eu descobrir que est? a gozar comigo. Seja como for n?o temos tempo a perder. Os examinandos s?o muitos. Passo para um outro rapaz, depois de ter terminado vamos ver como se sente.” A assistente permaneceu sentada perto do Ricardo chamando-o suavemente pelo apelido, e depois pelo nome, e pouco depois conseguiu obter a sua aten??o. “Est?s connosco? Agora te sentes bem?” “Sim, direi que sim. Porqu?? O que ? que aconteceu?” “Parecia estar algures. O professor falava e tu n?o lhe davas ouvidos.” “Tens algum problema de sa?de? Sei l?, j? te aconteceu ter algum pequeno problema de amnesia moment?nea?” “N?o, se n?o me engano. Ainda que ultimamente tive um sonho estranho. Sonhava que…” “Ent?o, rapaz: sente-se melhor agora?”, Interveio o professor que, vendo-o a falar, aproximara. “Sim, sinto.me melhor.” “Est?s apto para come?ar o exame? Dos seus sonhos, se quiser, podes falar com outro qualquer.” “Sim professor, estou pronto.” A interroga??o correu muito bem. “Dou-lhe trinta, mas se me prometes de estar de olho na sua sa?de”, prop?s-lhe o examinador. Ricardo consentiu. O professor j? tinha-se distanciado, enquanto a assistente prosseguia com o preenchimento da acta. “Se te ? ?til, posso dar-te o nome de um meu amigo, docente em medicina e especialista em problemas neurol?gicos. ? muito bom, e opera seja em institui??es p?blicas como privadas.” Ricardo deu novamente sinal de sim com a cabe?a. “N?o subestimar este problema: poderia ter m?s consequ?ncias tamb?m no teu procedimento escolar. Tens uma ?tima media, e estou convicto de que, se n?o tivesse sido a tua falsa partida, teria tido tamb?m o louvor hoje. ?s muito magn?fico, tens os pap?is em regra para aspirar algo no campo universit?rio: bolsas de estudo, mestrado, especializa??es. A prop?sito, se quiseres come?ar j? a aprofundar esta mat?ria na ?tica da tese, podes vir ao meu encontro quando for o caso: neste departamento trabalha-se bem, e sabemos estimar quem trabalha bem.” Ricardo arquivou tamb?m o exame com satisfa??o, preparando-se como de costume para alguns dias de descanso e despreocupa??es; contudo as palavras da assistente deixaram-no pensativo. Refletiu n?o muito sobre a necessidade de deixar-se visitar (“talvez se me acontece ainda; mas um professor de grande calibre sabe-se l? quanto quer”, pensou), j? sobre a oportunidade de come?ar a interessar-se ? tese e a um futuro na universidade. Mas acima de tudo devia informar-se sobre as possibilidades de bolsas de estudo: sabia que para o pap? era realmente um sacrif?cio faz?-lo estudar. No domingo sucessivo estava j? planificado que iria ao est?dio em companhia. N?o ia porque lhe parecia que custasse muito e porque n?o era t?o adepto da equipa citadina como os seus amigos; mas desta vez a sua comitiva dispunha de um bilhete a mais. Adquiriram-no a um pre?o barato – lhe disseram – que era de um rapaz que n?o podia vir. Se tivesse aprofundado o assunto, Ricardo teria descoberto que fora um modo giro para festejar sem ferir o seu orgulho (porque dificilmente teria aceitado de vir sem pagar), e ao mesmo tempo realizar o seu desejo de ver ao vivo Raul Francisco, astro proveniente do futebol brasileiro. “Pena porque Raul Francisco n?o joga na nossa equipa, mas contra. Ai de ti se torcer para a equipa errada”, lhe diziam os seus amigos gozando-o. Mas porqu? – vos perguntaria – tanta curiosidade de ver em Ac?o tal jogador? Simples: porque todos diziam que Ricardo era muito parecido com ele. At? lhe acontecera que algu?m o mandasse parar na rua e lhe pedisse um aut?grafo, ou que lhe dissesse: “genial, ?s forte!”. Nasceram no mesmo ano, embora em continentes diferentes. “E com um pouco de sorte poderia ter-me tornado tamb?m eu”, pensava as vezes Ricardo. Talvez poderia tamb?m odi?-lo; e pelo contr?rio, vai compreender a mente humana, veio a ser o seu ?dolo. Desde quando o tinha descoberto recolhia todas as fotos, todas as not?cias que encontrava sobre ele. Indo para o est?dio sabia de cora??o que torceria para doze dos jogadores no campo, e para um mais do que os outros, tamb?m os seus amigos sabiam-no. A noite antes da partida teve um outro sonho estranho. Lembrou-lhe algo, mas n?o contou para ningu?m: “zombariam de mim”, pensou; ser? apenas a interioriza??o da emo??o de ver o grande Raul”. Recordava-se de ter estado no avi?o, com a sua mochila desportiva e o fato de treino amarelo e azul como aquele de todos os outros passageiros. Depois vira-se na praia ocupado numa intermin?vel partida da bola, bonita mas fatigante, durante a qual mais de uma vez tinha tamb?m marcado e recebera elogios seja dos colegas como dos advers?rios. Mas lembrava-se de mais do cansa?o; tanto que quando despertou de manh? lhe parecia estar ainda a sentir as barrigas das pernas e as coxas dolentes. Para dizer que Ricardo n?o jogava a bola, precisamente n?o era muito capaz. No domingo ? tarde encontrou-se na bancada com os seus amigos e outros adeptos que faziam um barulho cont?nuo e inimagin?vel. Depois de um quarto de hora do jogo o resultado n?o tinha mudado. Estava claro pois que o melhor, no meio campo, era pr?prio Raul Francisco. Ricardo queria incit?-lo e regozijar-se pelas suas proezas, mas encontrando-se circundado de adeptos branco-vermelho-cruzados, ou seja da equipa da casa, devia-se conter. Ainda mais, para zombar-se dele, os seus amigos vaiavam regularmente contra o campe?o brasileiro de todas as vezes que tocava na bola, e incitavam os defesas a cometer faltas perigosas contra Raul. De repente houve uma mais violenta das outras relativamente ao tornozelo de Francisco. “Ainda bem, bem assim. Mais duro a pr?xima vez”, gritou um dos seus amigos esperando que o campe?o tivesse que abandonar o campo. O brasileiro permaneceu no ch?o magoado. Ainda que o autor da falta tivesse sido advertido, a rea??o dos adeptos ?quela interven??o foi de unanime jubilo. Houve algu?m que come?ou a explodir uns foguetes, numa esp?cie de descarga. No fim foi um, isolado, que para Ricardo pareceu muito mais forte mas a realidade fora apenas mais pr?ximo. Ficou tonto; depois de um instante de surdez completa ficou com a vista ofuscada, tanto que sentiu a necessidade de fechar os olhos e de cobrir-se os olhos com as m?os. Abriu-os de novo logo em seguida, recuperando plenamente a posse de todos os seus sentidos. Incr?dulo, deu-se conta de estar a sentir uma pontada de dor terr?vel no tornozelo. A dor atenuava-se enquanto um senhor com fato de treino amarelo e azul lha atava apertadamente. “Vai passar logo. Podes voltar ao jogo, n?o ? nada”, disse-lhe enquanto Ricardo, estupefacto, compunha-se usando meias curtas e botas para futebol, e de estar sentado no meio campo do jogo, percebendo distintamente a humidade da relva a as cocegas dos fios da relva na pele das pernas. “For?a, ?nimo: experimenta levantar-se”, e enquanto restabelecia-se em p? descobrindo que efetivamente a dor tinha-se transformado num m?nimo mal-estar, ouviu a multid?o do est?dio a assobiar e gritar em voz alta: Ra-ul, Ra-ul”. Olhou para cima, e viu centenas, talvez milhares de pessoas que aclamavam a ele, ou melhor a Raul, ou talvez era a mesma coisa. “Sim”, pensou, “talvez depois irei ao encontro do especialista: mas neste preciso momento n?o posso dececion?-los”. Come?ou a movimentar-se e a correr. “Talvez ? um sonho como esta noite”, pensou. Recebeu logo de imediato um passe, mas perdeu a bola inoportunamente. Algu?m assobiou. N?o, n?o era exatamente como no sonho da noite anterior. Recebeu uma outra bola e n?o conseguiu t?o-pouco controla-la; desta vez os assobios foram muito sonoros. Os outros ? que sabiam jogar, pensou. Apercebeu-se de que n?o podia ficar no meio campo. Foi absorvido por um desconforto, um desespero, que a dor no tornozelo que pareceu reagravar-se. Deixou-se cair no ch?o, pensando: “se ? um mau sonho, talvez despertarei”. E pelo contr?rio n?o despertou. Permaneceu no ch?o, com as m?os que cobriam os olhos, mais pela vergonha do que pela dor, at? ? primeira pausa do jogo voltou o mesmo senhor com o fato de treino amarelo e azul. “O que tens, o que te deu?”, Perguntou-lhe o tal. “N?o, n?o posso continuar a jogar. Tenho que ser substitu?do, absolutamente. ? a ?nica coisa que se deve fazer. Depois fingindo de estar a coxear e segurado daquele que evidentemente era o medico da equipa, foi carregado para al?m da linha lateral do campo, atr?s do banco. N?o obstante o desagrado do treinador, com grande al?vio para Ricardo (Raul para todo o resto do mundo), depois de alguma certifica??o da parte do m?dico, tomou lugar no banco. Era divertido assistir a partida de t?o perto, embora o espet?culo tinha baixado muito pela aus?ncia daquele que at? ali tinha sido precisamente o melhor em campo. Mas quem era pois esta pessoa, pensou Ricardo: realmente sou eu? Esfor?ou-se em olhar para a bancada, donde lhe resultava que um grupinho de adeptos entre os quais ele mesmo o Ricardo estivesse a seguir o encontro. Esperava de conseguir ver-se l? em baixo, mas a dist?ncia era grande. O que deveria fazer? Adaptar-se a esta inesperada e absurda viragem que tomara o curso da sua vida; ou contrari?-la, procurando de trazer de novo a sua exist?ncia sobre os carris da normalidade? No princ?pio, decidindo de n?o decidir, respondeu-se que por enquanto preferia desfrutar a partida, depois haveria de pensar nisso. “Riccardo! Raul, Raul. Sou Riccardo.” De repente, na confus?o e no alarido de vozes do est?dio cheio, conseguiu distinguir estas palavras. “Raul, sou Ricardo Boccadoro. Por favor, queria falar contigo.” Desta vez estava certo daquilo que tinha ouvido: fora pronunciado o seu nome, algu?m se dirigia a ele. Ricardo levantou-se, procurando descobrir nas suas costas quem o estivesse chamando; mas atras de si o campo visual estava completamente tapado pelo banco. “Nos vemos dentro de cinco minutos no balne?rio: por favor, Raul, deve comparecer.” “Ser? que o conheces este rapaz?”, Perguntou-lhe um colega da equipa sentado ao seu lado. “Sim, o conhe?o.” Por momento quis perguntar-lhe como ? que chegaria aos balne?rios; mas depois disse que se viraria sozinho at? ali chegar, sem despertar in?teis suspeitas. Coxeando introduziu-se para baixo pelas escadas num corredor que parecia vazio, ? parte um agente de seguran?a. “Raul, duas palavras r?pidas para a Radio Campe?o?”, Pediu-lhe um jovem ofegante, bem vestido e equipado de auscultadores e microfone, surpreendendo-o por detr?s. “Por favor, agora n?o, deixe-me ir mudar. ? daqui o meu balne?rio, n?o ??” “Sim, mas como ? que te sentes? O tornozelo d?i?” “Sim muito. Mas agora deixem-me em paz.” Abriu a porta daquele que lhe parecia ser um dos balne?rios. N?o vendo ningu?m estava para fech?-la, mas ouviu algu?m que lhe chamava: “Ricardo, estou aqui.” Ficou de boca aberta. Diante dele havia um outro, ele mesmo que trazia um capote e um par de cal?as que bem conhecia: faltava-lhe apenas o seu pequeno cachecol branco-vermelho. “Mas ? incr?vel: ?s semelhante distante de mim!” Permaneceu um pouco a observar-se, incr?dulos; depois o outro, que daqui em diante por comodidade o apelidamos Raul, o levou consigo diante a um espelho. “Existe algumas diferen?as. Eu era um pouco mais alto, com uma massa muscular mais desenvolvida e sem esta pinta feia na maxila. Enfim, era um pouquinho mais lindo, agora sou um bocadinho mais feio.” “Claro. Em contrapartida eu tenho o tornozelo que antes estava bem e que agora me faz mal.” “Escuta: n?o sei o que ter?s tramado, mas parece que pelo menos n?o tenha esquecido o sotaque portugu?s e a habilidade de jogar a bola. O que ? que achas se mud?ssemos a roupa, antes de tramar qualquer outra asneira irremedi?vel?” “Sim, mudamos a roupa: sentir-me-ei mais ? vontade. Em todo o caso dou-te a minha palavra eu n?o fiz nada. Apenas estive ali, no teu lugar.” “Espero apenas de n?o perder a camisola de titular, depois de tudo isso.” Raul despiu-se e tomou rapidamente um duche. Tamb?m Ricardo decidiu de fazer o mesmo.” Podes usar o meu shampoo e as minhas coisas”, disse-lhe Raul. Vestiram-se de novo cada um com a sua roupa civil. Aquela de Raul era notavelmente mais elegante. “Deixo-te o meu n?mero de celular para qualquer eventualidade,” disse-lhe Raul tirando da sua carteira um cart?o-de-visita. “N?o ? para dar a ningu?m, ? o meu n?mero superprivado. E acima de tudo confio em ti: n?o digas nada do que aconteceu, sobretudo ? imprensa. Caso contr?rio poderias estragar a minha carreira.” Tirou tamb?m duas notas de grande valor: “estas s?o pelo inc?modo, e para a visita medica. Boa sorte.” Raul apertou-lhe a m?o para despedir-se dele, e foi-se embora. “Espera: quem nos garante de que n?o vai acontecer de novo?” Objetou Ricardo. Raul parou para refletir. “Tens raz?o. Poderia acontecer ainda. Talvez ? melhor que permane?amos juntos por um instante. Mas procuremos de n?o deixar-se notar.” Com a gola levantada para esconder-se o mais poss?vel, Raul caminhou junto com Ricardo, embu?ado no cachecol branco-vermelho encontrado enrolado no bolso do capote, e escapuliram-se para fora do est?dio evitando algum encontro poss?vel. Uma vez salvo dos adeptos e jornalistas, Raul chamou um t?xi. “Vamos para o centro: ? melhor ficar longe daqui pelo menos algumas horas. Ou seja tenho uma ideia melhor.” Chamou algu?m da equipa, talvez o treinador. Com um sotaque portugu?s mais marcado – que evidentemente fazia parte da sua imagem p?blica, mas que querendo podia atenuar – referiu algo de um seu primo que viera para Roma, e advertiu que voltaria para a sede com meios pr?prios. “? verdade que veio um teu parente ao teu encontro?”, Procurou saber o Ricardo no fim da chamada. “Sim: ?s tu o meu primo de quem falava. ?s muito cred?vel neste papel, n?o ? verdade? Brincadeiras a parte, todos os meus parentes est?o em Brasil. ? mais de um ano que vivo sozinho na It?lia; mas gosto muito deste pa?s.” “Sentes falta do teu pai e da tua mam??” “Sim, bastante; tamb?m dos meus irm?os e as minhas irm?s, cinco no total. Mas n?o me esque?o deles. Todos os meses mando-lhes um pouco de dinheiro. Aqui eu ganho bem, e em Brasil sobrevive-se com pouco. Aqui est? um t?xi, deve ser o nosso.” “H? um bom hotel onde paro sempre quando venho aqui. Poder?amos ir para l?, se quiseres”, prop?s Raul. “Por acaso gostas de cinema? Venho de um exame, e queria distrair-me um pouco este fim da semana. ? por isso que vim para o est?dio, embora dizendo a verdade nem tanto consegui relaxar-me.” Meteram-se em risos os dois. “Est? bem. Podes escolher tu o filme e o cinema, melhor se for um pouco longe daqui. ? uma ?tima ideia, assim ficaremos no escuro e longe das vistas.” Subiram o t?xi, que no entanto tinha chegado, e Ricardo deu indica??es ao motorista. Sa?ram do cinema que estava escuro. O filme tinha sido lindo. “Disseste que acabaste de fazer um exame?” Perguntou Ra?l. Ricardo consentiu. “? curioso. Exatamente na noite passada sonhei a fazer um exame. Foi quase um pesadelo para mim que fiz alguns anos de escola prim?ria. Quando despertei tinha a cabe?a que explodia.” Ricardo repensou no seu sonho estranho de alguns dias atras, quando tinha despertado com as pernas doridas. “Mas foi um pesadelo mau”, continuou Raul, “reencontrar-me na bancada entre os adeptos que desejavam mal e pragas de todo g?nero contra ti; ou seja, contra mim. Foi mesmo humilhante. Espero que aqueles n?o sejam teus amigos, e que n?o sejas como eles.” “Alguns os conhe?o um pouco. Mas estejas tranquilo: eu n?o sou como eles. Ou melhor, sou um teu grande admirador. Quem sabe, talvez ? por isso que aconteceu o que aconteceu. A prop?sito: tenho uma ideia. Vens um instante para a minha casa: vou-te mostrar algumas coisas interessantes.” A morada do Ricardo ficava ali perto. O seu pai estava em casa e quando os viu perguntou espantado: “quem de voc?s os dois ? meu filho?” “Sou eu, pap?”, respondeu Ricardo. “Hoje no est?dio havia um concurso para o melhor s?sia da Raul Francisco. ? por isso que os meus amigos me levaram. Eu e ele conseguimos vencer t?o bem com m?rito, com um premio de duzentos euros para cada um”, acrescentou Ricardo quase admirando de como consegui inventar boas petas, j? que nunca o tinha feito. “Certo, certo. S?o bem-vindos. Em rela??o ?quilo que ? o custo dos teus livros!”; pois, dirigindo-se a Raul: “contamos contigo para o jantar?” “Com todo o gosto”, respondeu-lhe com o seu melhor sotaque portugu?s. Ricardo deixou entrar Ra?l no seu quarto. Tirou de uma gaveta algumas folhas dobradas, e come?ou a abri-las estendendo-as na sua cama. “Este ?s tu”, disse-lhe ? medida que estendia os seus p?steres, “e tamb?m este, e mesmo aquele outro. Reconheces?” “E como ? que conseguiste conserv?-los? Nem a minha m?e em casa dela possui assim tantas minhas fotos.” “Deram-mos quase sempre os meus amigos – alguns os viste hoje no est?dio – para fazer-me ver o quanto nos assemelhamos. E depois tenho todos estes artigos de jornais e revistas que falam de ti. Mas na maioria dos casos dizem asneiras, quanto a mim; coisas sem import?ncia e talvez nem sequer verdadeiras.” Raul tornado curioso leu alguns em sil?ncio, de vez em quando emitindo alguns breves e expressivos coment?rios. Mas de repente parou de ler e largou tudo. “? tua cole??o penso que deverias juntar um outro peda?o importante.” Abriu o seu saco e tirou a camisola de jogo branco-verde, ainda malcheiroso de suor. “Tamb?m usaste-a tu um pouco, pois ta mereces plenamente. E poder?s dizer que ? original, n?o uma r?plica como muitas.” Ricardo esteve de acordo. Come?ou a revistar dentro das suas gavetas. “Ancho que tenho um marcador indel?vel em algum lugar. Assim poderias dar-me um aut?grafo e talvez tamb?m uma dedicat?ria, se n?o te importas.” “Est? bem, respondeu Ra?l. Pegou o marcador do caos da escrivaninha e come?ou a assinar os p?steres.” Mas, se quiseres o meu parecer, esta camisete tens de lav?-la e come?ar a us?-la um pouco mais com frequ?ncia. Para jogar a bola, naturalmente: vi que tens realmente muito que aprender. E se o meu aut?grafo descorar-se deixa-me a par da situa??o: a pr?xima vez que passo daqui o farei de novo.” “Gostaria que fosses tu a ensinar-me a jogar”, respondeu Ricardo. “Temo que n?o possa ser poss?vel. Os meus compromissos ficam muito longe daqui. Enfim amanh? ? tarde devo estar com a equipa para a visita m?dica e os treinos.” Posto o fim com os aut?grafos, Ra?l come?ou encantado a olhar por curiosidade no quarto entre tantos e desarrumados livros de Ricardo. “S?o teus todos estes livros?” “Sim, naturalmente.” “E leste-os todos?” “Todos. Algum mais que lido estudei-o. Algum dizendo a verdade devo-o ainda estudar.” “Deve ser bonito como passatempo. Na minha casa livros n?o haviam. Apenas aqueles para aprender a ler e escrever que nos passamos de um ao outro.” Enquanto falava, evidentemente ? vontade, aflorava ligeiramente de novo o seu simp?tico sotaque portugu?s. “Agora os mais novos podem estudar de mais, tamb?m gra?as ? minha sorte. Mas a minha sorte ? devido tamb?m a isso: em casa n?o havia quase lugar nem para n?s, e estavam todos contentes de que n?s pod?amos ir jogar fora. E eu jogava a bola todo o dia, por a?: voltava para casa apenas para dormir e comer. Divertia-me, e era tamb?m genial, como podes imaginar.” Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/marco-fogliani/brincadeiras-do-desporto/?lfrom=688855901) на ЛитРес. 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