Какое, в сущности, нелепое занятие писать стихи: ......................и "глаз луны", и "солнца диск" как мир стары. ............................Души широкие объятия толпе навстречу распахнуть... - ................................................подобный риск к чему тебе? - ........................Глухой стеной - непонимание; раздавлен тяжестью

Banido

Banido Blake Pierce “Uma obra-prima de thriller e mist?rio! O autor fez um trabalho magn?fico no desenvolvimento das personagens com um lado psicol?gico t?o bem trabalhado que temos a sensa??o de estar dentro das suas mentes, sentindo os seus medos e aplaudindo os seus sucessos. A hist?ria ? muito inteligente e mant?m-nos interessados durante todo o livro. Pleno de reviravoltas, este livro obriga-nos a ficar acordados at? ? ?ltima p?gina.”--Books and Movie Reviews, Roberto Mattos (re Sem Pistas)BANIDO ? o livro #15 da s?rie de mist?rio de Riley Paige que come?ou com o bestseller SEM PISTAS (Livro #1) – um livro que pode descarregar gratuitamente com mais de 1000 opini?es de cinco estrelas!Quando um assassino em s?rie ataca em v?rias cidades e a ?nica testemunha n?o consegue falar, chega o momento de entrar em a??o a Agente Especial Riley Paige do FBI para entrar na mente desse homem complexo e para descobrir o que ele poder? saber.O que ? que essas v?timas t?m em comum? O que ? que esse homem testemunhou?Nesse thriller psicol?gico de suspense, Riley Paige tem que combater seus pr?prios dem?nios ao ser convocada para resolver um crime dif?cil de resolver, um crime que a obrigar? a entrar em profundidade na mente de um psicopata…Um thriller pleno de a??o com suspense de cortar a respira??o, BANIDO ? o livro #15 de uma nova s?rie alucinante – com uma inesquec?vel nova personagem – que o obrigar? a n?o largar o livro at? o terminar.O Livro #16 da s?rie de Riley Paige estar? dispon?vel em breve. banido (UM MIST?RIO DE RILEY PAIGE—LIVRO 15) B L A K E P I E R C E Blake Pierce Blake Pierce ? a autora da s?rie bestselling um mist?rio de RILEY PAGE, composta por quinze livros (a continuar). Blake Pierce ? tamb?m a autora da s?rie um mist?rio de MACKENZIE WHITE, composta por nove livros (a continuar); da s?rie um mist?rio de AVERY BLACK, composta por seis livros; da s?rie um mist?rio de KERI LOCKE, composta por cinco livros; da s?rie um mist?rio dos PRIM?RDIOS DE RILEY PAIGE, composta por tr?s livros (a continuar); da s?rie um mist?rio de KATE WISE, composta por dois livros (a continuar); da s?rie um thriller psicol?gico de CHLOE FINE, composta por tr?s livros (a continuar); s?rie um thriller psicol?gico de JESSIE HUNT, composta por tr?s livros (a continuar). Uma leitora ?vida e uma f? desde sempre dos g?neros de mist?rio e thriller, Blake adora ouvir sua opini?o, pelo que, por favor, sinta-se ? vontade para visitar www.blakepierceauthor.com (http://www.blakepierceauthor.com) para saber mais e para se manter em contacto. Copyright© 2019 Blake Pierce. Todos os direitos reservados. Exceto como permitido sob o Copyright Act dos Estados Unidos de 1976, nenhuma parte desta publica??o pode ser reproduzida, distribu?da ou transmitida por qualquer forma ou meios, ou armazenada numa base de dados ou sistema de recupera??o sem a autoriza??o pr?via do autor. Este ebook est? licenciado apenas para seu usufruto pessoal. Este ebook n?o pode ser revendido ou dado a outras pessoas. Se gostava de partilhar este ebook com outra pessoa, por favor compre uma c?pia para cada recipiente. Se est? a ler este livro e n?o o comprou ou n?o foi comprado apenas para seu uso, por favor devolva-o e compre a sua c?pia. Obrigado por respeitar o trabalho ?rduo deste autor. Esta ? uma obra de fic??o. Nomes, personagens, empresas, organiza??es, locais, eventos e incidentes ou s?o o produto da imagina??o do autor ou usados ficcionalmente. Qualquer semelhan?a com pessoas reais, vivas ou falecidas, ? uma coincid?ncia. Jacket image Copyright sahachatz (https://www.shutterstock.com/g/anurukperai) usado sob licen?a de Shutterstock.com. LIVROS DE BLAKE PIERCE S?RIE UM THRILLER PSICOL?GICO DE JESSIE HUNT A ESPOSA PERFEITA (Livro #1) O PR?DIO PERFEITO (Livro #2) A CASA PERFEITA (Livro #3) O SORRISO PERFEITO (Livro #4) S?RIE UM MIST?RIO PSICOL?GICO DE CHLOE FINE A PR?XIMA PORTA (Livro #1) A MENTIRA MORA AO LADO (Livro #2) BECO SEM SA?DA (Livro #3) VIZINHO SILENCIOSO (Livro #4) VOLTANDO PRA CASA (Livro #5) S?RIE UM MIST?RIO DE KATE WISE SE ELA SOUBESSE (Livro #1) SE ELA VISSE (Livro #2) SE ELA CORRESSE (Livro #3) S?RIE OS PRIM?RDIOS DE RILEY PAIGE ALVOS A ABATER (Livro #1) ? ESPERA (Livro #2) A CORDA DO DIABO (Livro #3) AMEA?A NA ESTRADA (Livro #4) S?RIE UM MIST?RIO DE RILEY PAIGE SEM PISTAS (Livro #1) ACORRENTADAS (Livro #2) ARREBATADAS (Livro #3) ATRA?DAS (Livro #4) PERSEGUIDA (Livro #5) A CAR?CIA DA MORTE (Livro #6) COBI?ADAS (Livro #7) ESQUECIDAS (Livro #8) ABATIDOS (Livro #9) PERDIDAS (Livro #10) ENTERRADOS (Livro #11) DESPEDA?ADAS (Livro #12) SEM SA?DA (Livro #13) ADORMECIDO (Livro #14) S?RIE UM ENIGMA DE MACKENZIE WHITE ANTES QUE ELE MATE (Livro #1) ANTES QUE ELE VEJA (Livro #2) ANTES QUE ELE COBICE (Livro #3) ANTES QUE ELE LEVE (Livro #4) ANTES QUE ELE PRECISE (Livro #5) ANTES QUE ELE SINTA (Livro #6) ANTES QUE ELE PEQUE (Livro #7) ANTES QUE ELE CACE (Livro #8) S?RIE UM MIST?RIO DE AVERY BLACK RAZ?O PARA MATAR (Livro #1) RAZ?O PARA CORRER (Livro #2) RAZ?O PARA SE ESCONDER (Livro #3) RAZ?O PARA TEMER (Livro #4) RAZ?O PARA SALVAR (Livro #5) RAZ?O PARA SE APAVORAR (Livro #6) S?RIE UM MIST?RIO DE KERI LOCKE RASTRO DE MORTE (Livro #1) RASTRO DE UM ASSASSINO (Livro #2) UM RASTRO DE IMORALIDADE (Livro #3) UM RASTRO DE CRIMINALIDADE (Livro #4) UM RASTRO DE ESPERAN?A (Livro #5) ?NDICE PR?LOGO (#uc89678a6-fd35-5f16-97bf-61b9f8f778f9) CAP?TULO UM (#u41d17edc-05d8-50e9-bf69-47e79295af7f) CAP?TULO DOIS (#u5374ebe8-4183-537d-9d5b-859bd7ad1b38) CAP?TULO TR?S (#ubea54fb1-bcfe-544f-bbab-04a26592956c) CAP?TULO QUATRO (#u18b71759-0775-5cf7-bc9d-dec2a1db6f84) CAP?TULO CINCO (#uf92cb8c9-d8e4-5b63-9bf0-c488ca6a8d2e) CAP?TULO SEIS (#u024b8d18-b856-5cfb-b19b-870d0cb1f9f5) CAP?TULO SETE (#uad25a04e-b339-5e6f-b174-24faa449a2f4) CAP?TULO OITO (#u126ecd38-718b-59b6-b9e3-565f50cb402c) CAP?TULO NOVE (#u5f9d82ac-6db3-517e-8eb2-ef3656577bd1) CAP?TULO DEZ (#litres_trial_promo) CAP?TULO ONZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DOZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO TREZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO CATORZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO QUINZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZASSEIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZASSETE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZOITO (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZANOVE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E UM (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E DOIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E TR?S (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E QUATRO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E CINCO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E SEIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E SETE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E OITO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E NOVE (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E UM (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E DOIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E TR?S (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E QUATRO (#litres_trial_promo) PR?LOGO Os olhos de Robin se abriram. Estava deitada e bem acordada em sua cama. Primeiro pensou que tinha sido despertada por um barulho vindo de algum lugar em sua pequena casa. Vidro quebrando? Mas ao ficar escutando por um momento, n?o ouviu nada al?m do ronco reconfortante da fornalha na cave. Certamente apenas imaginara o som. Nada de preocupante, Pensou. Mas quando ela se virou para tentar voltar a dormir, sentiu uma dor s?bita e aguda na perna esquerda. Isso novamente, Robin pensou com um suspiro. Ligou a l?mpada na mesa de cabeceira e afastou as cobertas. Ela n?o se sentiu mais surpresa ao ver que n?o tinha perna esquerda. J? se acostumara com isso meses atr?s. A perna havia sido amputada acima do joelho depois que seus ossos tinham sido esmagados at? a polpa em um terr?vel acidente de carro no ano anterior. Mas a dor era muito real - um aglomerado de sensa??es latejantes, dolorosas e ardentes. Ela se sentou na cama e olhou para o coto sob a camisola de dormir. Ela sofria de dor do membro fantasma assim desde a amputa??o, principalmente ? noite, quando estava tentando dormir. Olhou para o rel?gio na mesa de cabeceira e viu que eram quatro horas da madrugada. Soltou um gemido de des?nimo. J? tinha sido muitas vezes despertada pela dor a essa hora ou mais cedo, e ela sabia que n?o havia chance de voltar a dormir enquanto aquela sensa??o a atormentasse. Ela considerou pegar sua caixa de espelho, um dispositivo de terapia que muitas vezes a ajudava em epis?dios como esse. Envolvia colocar o coto no final de uma longa caixa em forma de prisma com um espelho de um lado, de modo que a perna que lhe restava fizesse um reflexo. A caixa de espelho criava a ilus?o de que ela ainda tinha as duas pernas. Era uma t?cnica estranha, mas eficaz, para diminuir ou mesmo se livrar da dor fantasma. Ela observava o reflexo enquanto manipulava a perna que restava, apertando e abrindo os m?sculos dos p?s, dos dedos e da barriga das pernas, enquanto enganava o c?rebro a acreditar que ainda tinha as duas pernas. Imaginando que ela estava controlando a perna que faltava, podia muitas vezes trabalhar a dor e as c?ibras que sentia ali. Mas nem sempre funcionava. Requeria um n?vel de concentra??o meditativa que nem sempre conseguia atingir. E ela sabia por experi?ncia que tinha poucas chances de sucesso logo depois de acordar nas primeiras horas da manh?. Mais vale levantar-me e fazer alguma coisa, Pensou. Considerou colocar a perna prot?tica que mantinha ao lado de sua cama. Isso significaria esticar um forro de gel de nylon sobre o coto, puxar algumas meias sobre o forro para compensar o encolhimento do coto, depois prender a pr?tese no lugar, colocar o peso nela at? que encaixasse. Mal parecia valer a pena naquele momento - especialmente se tivesse sorte e a dor desaparecesse sozinha e ela pudesse voltar para a cama e dormir mais um pouco. Em vez disso, vestiu o roup?o de banho, pegou as muletas, enfiou os pulsos nos apoios e segurou as manoplas, depois saiu mancando do quarto para a cozinha. Uma pilha de pap?is a esperava na mesa com tampo de f?rmica. Ela trouxera para casa um enorme pacote de poemas e contos para ler - inscri??es para a Sea Surge, a revista liter?ria na qual trabalhava como editora assistente. Tinha lido mais de metade das pe?as na noite anterior, antes de ir para a cama, selecionando apenas algumas que poderiam ser dignas de publica??o, deixando muitas outros de lado para serem rejeitadas. Agora folheava um lote de cinco poemas especialmente ruins de um escritor notavelmente sem talento, o tipo de verso de cart?o de felicidades que a revista muitas vezes recebia. Ela riu um pouco enquanto colocava os poemas na pilha de rejei??o. O pr?ximo lote era completamente diferente, mas tamb?m t?pico do tipo de coisa que frequentemente tinha que avaliar. Aqueles poemas imediatamente lhe pareceram secos, sem nervo, obscuros e pretensiosos. Enquanto tentava entend?-los, sua mente come?ou a divagar e se viu pensando em como acabara morando sozinha naquela pequena mas confort?vel casa alugada. Era triste lembrar como o casamento tinha terminado no come?o do ano. Logo ap?s o acidente e a amputa??o, seu marido, Duane, foi atencioso, carinhoso e solid?rio. Mas com o passar do tempo, tornou-se cada vez mais distante at? que praticamente parou de lhe mostrar qualquer intimidade ou afei??o. Embora Duane n?o admitisse, Robin percebeu que ele simplesmente n?o a achava mais atraente fisicamente. Ela suspirou quando se lembrou do quanto estavam apaixonados durante os primeiros quatro anos de casamento. Sua garganta apertou quando se perguntou se alguma vez voltaria a experimentar esse tipo de felicidade. Mas sabia que ainda era uma mulher atraente, charmosa e inteligente. Certamente havia um homem maravilhoso l? fora que a veria como uma pessoa inteira, n?o meramente como uma amputada. Ainda assim, a superficialidade do amor de Duane por ela tinha sido um golpe na sua autoconfian?a e f? nos homens em geral. Era dif?cil n?o se sentir amargurada em rela??o ao ex-marido. Lembrou a si mesma como sempre fazia... Ele fez o melhor que p?de. Pelo menos o div?rcio fora amig?vel e eles continuaram amigos. Ouviu um som familiar vindo do exterior - o caminh?o de lixo que se aproximava. Sorriu enquanto ansiava por um pequeno ritual que desenvolvera em tais manh?s sem dormir. Levantou-se da mesa, colocou as muletas, andou at? a janela da sala e abriu as cortinas. O caminh?o estava estacionando na frente de sua pr?pria casa agora e o enorme bra?o rob?tico preso no caixote, levantou-o e despejou seu conte?do no caminh?o. E a caminhar ao lado do caminh?o estava um jovem estranho. Como sempre, Robin notou algo carinhosamente sincero nele enquanto seguia o caminh?o em seu caminho, olhando atentamente em todas as dire??es como se estivesse mantendo algum tipo de vigil?ncia. Ela imaginou que ele deveria trabalhar para o departamento de saneamento da cidade, embora n?o tivesse certeza de qual seria o seu trabalho. Ele n?o parecia ter nada para fazer al?m de caminhar e garantir que a grande m?quina fazia seu trabalho e n?o derrubava nenhum peda?o de lixo perdido. Como sempre fazia quando o via na rua iluminada, sorria, tirava um bra?o do punho e acenava para ele. Ele olhou diretamente para ela, como sempre fazia. Ela achou estranho que ele nunca acenasse de volta, apenas ficou l? com os bra?os inertes devolvendo seu olhar. Mas daquela vez fez algo que nunca tinha feito antes. Ele levantou o bra?o e apontou na dire??o dela. Para onde est? apontando? Perguntou-se. Ent?o ela sentiu um calafrio quando se lembrou do momento em que acordou... Eu pensei ter ouvido um som. Ela pensou que poderia ser vidro quebrado. E naquele momento percebeu... Ele est? apontando para algo atr?s de mim. Antes que ela pudesse se virar e olhar, sentiu uma m?o poderosa agarrar seu ombro direito. Robin congelou de medo. Ela sentiu uma dor s?bita e profunda quando algo penetrou em seu ouvido e o mundo ao redor dela rapidamente se dissolveu. De seguida, j? n?o sentiu absolutamente nada. CAP?TULO UM No momento em que Riley se sentou no sof? da sala de estar e tirou os sapatos, a campainha tocou. Calculou que fosse algu?m promovendo uma causa, querendo que ela assinasse uma peti??o ou passasse um cheque ou algo parecido. N?o ? o que eu preciso nesse momento. Acabara de deixar as filhas, April e Jilly, na escola para o seu primeiro dia de aulas. Estava ansiosa para relaxar por um tempo. S? ent?o ouviu Gabriela, sua governanta guatemalteca, cham?-la da cozinha... “No te muevas, se?ora. Eu vejo quem ?.” Enquanto ouvia os passos de Gabriela na dire??o da porta da frente, Riley recostou-se e apoiou os p?s na mesinha de centro. Ent?o ouviu Gabriela tagarelando alegremente com a pessoa na porta. Um visitante? Riley se perguntou. Riley se esfor?ou para cal?ar os sapatos quando ouviu passos se aproximando. Quando Gabriela levou o visitante para a sala, Riley ficou surpresa e satisfeita em ver quem era. Era Blaine Hildreth, seu namorado. Ou ? meu noivo? Por aqueles dias n?o tinha certeza e aparentemente Blaine tamb?m n?o. Um par de semanas atr?s ele tinha mais ou menos feito um pedido de casamento, ent?o na semana anterior ele dissera que queria levar as coisas devagar. Ela n?o o via h? alguns dias e n?o esperava que aparecesse naquela manh?. Quando Riley come?ou a se levantar do sof?, Blaine disse, “Por favor, n?o se levante. Vou para junto de voc?." Blaine se sentou ao lado dela e relaxou no sof? da sala da fam?lia. Riley sorriu e tirou os sapatos novamente. Com uma risada leve, Blaine tirou os seus sapatos, e ambos apoiaram os p?s na mesinha de centro. Estar t?o confort?vel com ele parecia muito legal para Riley, mesmo que ela n?o tivesse certeza do ponto em que se encontrava o seu relacionamento. "Como foi sua manh??" Blaine perguntou. "OK" Disse Riley. "Acabei de deixar as meninas na escola." "Sim, eu acabei de deixar Crystal tamb?m." Como sempre, Riley podia ouvir uma nota de afeto sempre que Blaine mencionava o nome de sua filha de dezasseis anos. Ela gostava disso nele. Ent?o, com uma risada, Blaine acrescentou, “Ela parecia muito ansiosa para eu ir embora quando cheg?ssemos l?. Acho que queria que eu sa?sse da vista de suas amigas.” Riley tamb?m riu. " April ? igual" Disse ela. “As crian?as parecem constrangidas em ter seus pais por perto nessa idade. Bem, a partir de amanh?, a minha vai pegar um ?nibus.” "Minha tamb?m." Blaine colocou as m?os atr?s da cabe?a, se inclinou para tr?s e soltou um suspiro profundo. "Crystal estar? dirigindo em breve" Disse ele. "Tamb?m April" Disse Riley. “Eu acho que ela pode solicitar sua licen?a em novembro. N?o sei como me sinto sobre isso.” "Nem eu. Especialmente porque ensinar Crystal a dirigir me deixou nervoso.” Riley sentiu uma pontada de culpa. Disse, "Receio n?o ter passado muito tempo ensinando April. Quase nunca, na verdade. Ter? que se contentar com o treinamento na escola.” Blaine encolheu os ombros e disse, "Voc? quer que eu passe algum tempo ensinando-a?" Riley se encolheu um pouco. Ela sabia que Blaine conseguia ser mais um pai pr?tico do que ela. Seu trabalho na UAC a manteve longe das habituais rotinas de m?e e filha, e ela se sentia mal com isso. Ainda assim, era meio gentil da parte de Blaine se oferecer para ajudar, e ela sabia que n?o deveria sentir ci?mes se ele passasse mais tempo com April do que ela. Afinal, ele podia acabar sendo o pai de April dali a pouco tempo. Seria ?timo para April e Jilly terem um pai que lhes desse muita aten??o. Isso seria mais do que o ex-marido de Riley, Ryan, alguma vez havia feito. "Isso seria bom" Disse Riley. "Obrigada." Gabriela entrou na sala carregando uma bandeja. A mulher corpulenta habilmente se movimentou quando o cachorro pequeno e de orelhas grandes de Jilly, Darby, e o gatinho preto e branco de April, Marbles, brincaram ? volta de seus p?s. Ent?o Gabriela colocou a bandeja sobre a mesa de caf? na frente deles. “Espero que estejam com vontade de caf? e champurradas.” "Champurradas!" Blaine disse com prazer. "Que mimo!" Enquanto Gabriela servia duas x?caras de caf?, Riley pegou um dos biscoitos amanteigados enrolados em sementes de gergelim. As champurradas tinham sido assadas h? pouco e, claro, estavam absolutamente deliciosas. Assim que Gabriela se virou para voltar para a cozinha, Blaine disse, "Gabriela, n?o vai se juntar a n?s?" Gabriela sorriu. “Por supuesto. Gracias.” Foi at? a cozinha buscar outra x?cara, depois voltou, serviu-se de caf? e sentou-se em uma cadeira perto de Riley e Blaine. Blaine come?ou a tagarelar com Gabriela, metade em ingl?s e metade em espanhol, perguntando-lhe sobre sua receita de champurrada. Enquanto chefe e propriet?rio de um restaurante de luxo, Blaine estava sempre interessado em ouvir os segredos culin?rios de Gabriela. Como de costume, Gabriela resistiu timidamente a dizer muito a princ?pio, mas finalmente lhe deu todos os detalhes sobre como preparar os deliciosos biscoitos guatemaltecos. Riley sorriu e ouviu quando Blaine e Gabriela passaram a discutir outras receitas. Ela gostava de ouvi-los falar assim. Pensou que era incr?vel estarem os tr?s juntos em casa. Riley procurou em sua mente a palavra para descrever como as coisas pareciam bem ali e naquele momento. Ent?o lhe ocorreu. Aconchegante.. Sim, era isso. Ali estavam ela e Blaine, descansando sem sapatos no sof?, sentindo-se completamente aconchegados juntos. Ent?o Riley se sentiu um pouco melanc?lica quando percebeu algo. Algo que a situa??o n?o era, era rom?ntica. No momento, Blaine n?o parecia o amante apaixonado que ela ?s vezes sabia que ele era. Claro, aqueles momentos rom?nticos tinham sido poucos e distantes entre si. Mesmo quando eles passaram duas semanas em uma bela casa de praia naquele ver?o, tinham dormido em quartos separados por conta de seus filhos. Riley se perguntou... ? assim que as coisas v?o ficar entre n?s se nos casarmos? Riley reprimiu um suspiro ao pensar que eles j? estavam agindo como um velho casal. Ent?o sorriu enquanto considerava... Talvez n?o haja nada de errado com isso. Afinal, ela tinha quarenta e um anos de idade. Talvez fosse hora de desistir de um romance apaixonado. Talvez fosse hora de se acostumar com aconchego e conforto. E no momento, essa possibilidade realmente parecia a melhor. Ainda assim, ela se perguntou... Estamos realmente destinados a casar? Ela desejou que pudessem tomar uma decis?o de um jeito ou de outro. Os pensamentos de Riley foram interrompidos com seu celular tocando. Riley desanimou um pouco quando viu que o telefonema era de seu parceiro de longa data da UAC, Bill Jeffreys. Por mais que ela gostasse de Bill, tinha certeza de que aquela n?o era apenas uma liga??o amig?vel. Quando atendeu, Bill disse, “Riley, acabei de receber uma liga??o do chefe Meredith. Ele quer ver voc?, eu e Jenn Roston em seu escrit?rio imediatamente.” "O que est? acontecendo?" Riley perguntou. “Houve alguns assassinatos em Connecticut. Meredith diz que parece obra de um assassino em s?rie. Eu n?o sei detalhes ainda.” "Eu estarei l?" Disse Riley, desligando a liga??o. Ela viu que Blaine e Gabriela estavam olhando para ela com preocupa??o. Blaine perguntou, "? um novo caso de assassinato?" "Parece que sim" Disse Riley, cal?ando novamente os sapatos. "Eu provavelmente vou para Connecticut imediatamente. Posso estar fora por um tempo.” Gabriela disse, “Ten cuidado, Se?ora Riley”. Blaine assentiu em concord?ncia e disse, "Sim, por favor, tenha cuidado." Riley beijou Blaine levemente e saiu da casa. Sua mochila j? estava pronta e preparada no carro, por isso n?o precisou fazer nenhum outro preparativo. Sentiu invadir-se por uma onda de antecipa??o. Ela sabia que estava prestes a sair de um mundo de aconchego e conforto rumo a um reino muito familiar de escurid?o e mal. Um mundo habitado por monstros. A hist?ria da minha vida, Pensou com um suspiro amargo. CAP?TULO DOIS Riley sentiu um formigamento agudo de urg?ncia no ar quando entrou no gabinete do Agente Especial Respons?vel Brent Meredith no edif?cio da UAC. Impressionante e maci?o, Meredith estava sentada em sua secret?ria. Na frente dele, Bill Jeffreys e Jenn Roston seguravam suas malas. Parece que esta vai ser uma reuni?o curta, Pensou Riley. Calculou que ela e seus dois parceiros provavelmente estariam saindo de Quantico em poucos minutos, e estava feliz em ver que todos estariam trabalhando juntos novamente. Durante o seu caso mais recente no Mississippi, os tr?s tinham quebrado mais regras do que o habitual e Meredith n?o escondeu seu descontentamento com todos eles. Depois disso, Riley temia que Meredith pudesse separ?-los. "Fico feliz que todos terem chegado t?o rapidamente" Disse Meredith com sua voz rouca, girando ligeiramente em sua cadeira. “Acabei de receber uma liga??o de Rowan Sturman, agente especial respons?vel do escrit?rio do FBI em New Haven, Connecticut. Ele quer a nossa ajuda. Presumo que tenham conhecimento da recente morte de Vincent Cranston.” Riley assentiu e seus colegas tamb?m. Ela lera nos jornais que Vince Cranston, um jovem herdeiro da fam?lia multibilion?ria Cranston, havia morrido na semana passada em circunst?ncias misteriosas em New Haven. Meredith continuou “Cranston tinha acabado de come?ar seu primeiro ano em Yale e seu corpo fora encontrado no come?o da manh? na pista de atletismo de Friendship Woods. Ele tinha acabado de sair para uma corrida matinal e no come?o a morte dele parecia ser de causas naturais - uma hemorragia cerebral, parecia. Bill disse, "Parece que o m?dico legista chegou a uma conclus?o diferente". Meredith assentiu. “Sim, as autoridades n?o revelaram nada at? agora. O m?dico legista encontrou uma pequena ferida que atravessou o ouvido da v?tima diretamente at? ao c?rebro. Ele aparentemente foi esfaqueado com algo afiado, liso e estreito.” Jenn olhou para Meredith com surpresa. "Um picador de gelo?" Perguntou ela. "Era o que parecia" Disse Meredith. Riley perguntou, "Qual foi o motivo?" "Ningu?m tem id?ia" Disse Meredith. “Claro, voc? n?o pode crescer em uma fam?lia rica como os Cranstons e n?o ter inimigos. Faz parte da sua heran?a. Parecia prov?vel que o pobre garoto fosse v?tima de um ataque profissional. Restringir uma lista de suspeitos parecia ser uma tarefa formid?vel. Mas ent?o…" Meredith fez uma pausa, tamborilando os dedos na mesa. Ent?o ele disse, “Ontem de manh?, outro corpo foi encontrado. Desta vez, a v?tima foi Robin Scoville, uma jovem que trabalhava para uma revista liter?ria em Wilburton, Connecticut. Ela foi encontrada morta em sua pr?pria sala de estar - e no in?cio a causa de sua morte tamb?m parecia ser uma hemorragia cerebral. Mas, novamente, a aut?psia do m?dico legista revelou uma ferida aguda no ouvido e no c?rebro.” Riley processou o que estava ouvindo. Duas v?timas com picador de gelo em um pequeno estado, no espa?o de apenas uma semana. N?o lhe parecia mera coincid?ncia. Meredith continuou, “Vincent Cranston e Robin Scoville eram t?o diferentes quanto duas pessoas podem ser - uma delas um herdeiro rico em seu primeiro ano em uma escola da Ivy League, a outra uma jovem divorciada de meios marcadamente modestos”. Jenn perguntou, "Ent?o, qual ? a conex?o?" "Por que algu?m iria querer que ambos morressem?" Bill acrescentou. Meredith disse, "Isso ? exatamente o que o agente Sturman quer saber. J? ? um caso desagrad?vel - e ? muito mais desagrad?vel se mais pessoas forem mortas dessa forma. Nenhuma conex?o de qualquer tipo apareceu e ? dif?cil entender o comportamento desse assassino. Sturman se sente como se ele e sua equipe do FBI de New Haven FBI estivessem a navegar em ?guas estranhas. Ent?o ele me ligou e pediu ajuda da UAC. ? por isso que eu chamei os tr?s.” Meredith levantou-se da cadeira e rosnou... “Entretanto, n?o h? tempo a perder. Um avi?o est? pronto e esperando por voc?s na pista. Voc?s voar?o at? o Aeroporto Regional de Tweed-New Haven e Sturman ir? encontr?-los l?. Come?am imediatamente a trabalhar. Escusado ser? dizer que quero que isso seja resolvido rapidamente”. Meredith fez uma pausa e nivelou seu olhar intimidador para cada um dos agentes. "E desta vez, quero que fa?am tudo segundo as regras" Disse. “N?o h? mais travessuras. Estou a falar a s?rio." Riley e seus colegas murmuraram timidamente, "N?o, senhor". Riley disse-o com convic??o. Ela n?o queria enfrentar a raiva de Meredith novamente e tinha certeza de que Bill e Jenn tamb?m n?o. Meredith escoltou-os para fora de seu gabinete e alguns instantes depois estavam caminhando pelo asfalto em dire??o ao avi?o que os aguardava. Enquanto caminhavam, Jenn observou, “Dois assassinatos com picador de gelo, duas v?timas aparentemente n?o relacionadas - talvez at? aleat?rias. Isso soa bem estranho, n?o ??” "Por essa altura j? devemos estar acostumados a coisas estranhas" Disse Riley. Jenn zombou. “Sim, dev?amos. Eu n?o sei voc?s dois, mas eu ainda n?o consegui me habituar.” Com uma risada, Bill disse, “Olhe dessa maneira. Eu ouvi que o tempo em Connecticut ? ador?vel nessa ?poca do ano.” Jenn riu tamb?m e disse, "Com certeza deve ser melhor do que no Mississippi". Riley fez uma careta ao se lembrar do calor pesado e sufocante na desagrad?vel cidade costeira de Rushville, no Mississippi. Ela tinha certeza de que o clima do final do ver?o na Nova Inglaterra n?o poderia deixar de ser muito melhor. Pena que provavelmente n?o teremos muita chance de aproveit?-lo. * Quando o avi?o pousou no Aeroporto Regional de Tweed-New Haven, o agente especial respons?vel Rowan Sturman cumprimentou Riley e seus colegas na pista. Riley n?o conhecia Sturman, mas conhecia sua reputa??o. Sturman tinha quarenta e poucos anos, mais ou menos a mesma idade que Riley e Bill. Em sua juventude, fora considerado um agente promissor que se esperava subisse na hierarquia do FBI. Em vez disso, ele se contentou em administrar o escrit?rio do FBI de New Haven. Havia rumores de que simplesmente n?o queria se mudar para a sede de D.C., Quantico ou para qualquer outro lugar. Suas ra?zes e fam?lia estavam ali no Connecticut. ? claro que, segundo Riley, ele poderia n?o ter tido apetite pelas manobras pol?ticas que poderiam desempenhar um papel nesses centros de poder. Ela compreendia essa possibilidade. Riley gostava de estar na Unidade de An?lise Comportamental porque investigar personalidades estranhas permitia colocar em pr?tica suas habilidades ?nicas. Mas odiava o modo como o poder das altas esferas ?s vezes interferia nas investiga??es. Perguntava-se quanto tempo demoraria at? suceder esse tipo de interven??o porque tinha morrido o herdeiro de uma fortuna. Riley imediatamente considerou Sturman caloroso e agrad?vel. Enquanto ele os levava para uma van que esperava, falou em um agrad?vel sotaque da Nova Inglaterra. "Estou levando voc?s direto para Wilburton, para que possam ver onde o corpo de Robin Scoville foi encontrado. Essa ? a cena do crime mais recente e liguei ao chefe de pol?cia local para nos encontrar l?. Mais tarde, mostrarei onde Vincent Cranston foi morto. Espero que possam descobrir o que est? acontecendo, porque minha equipe e eu n?o estamos conseguindo.” Riley, Bill e Jenn sentaram-se juntos na van enquanto Sturman dirigiu para o norte. Jenn abriu seu laptop e come?ou a procurar por informa??es. Sturman disse a Riley e seus colegas, "Estou feliz que estejam aqui. Minha equipe e eu s? podemos fazer o que nossas habilidades e recursos nos permitem. Mas estamos dando o nosso melhor. Por um lado, estamos entrando em contato com lojas de ferragens em toda a regi?o para obter as informa??es que pudermos sobre compras recentes de picadores de gelo.” "Essa ? uma boa ideia" Disse Riley. “Alguma sorte at? agora?” "N?o e temo que seja complicado" Disse Sturman. “Neste ponto, n?o estamos recebendo muitos nomes, sobretudo apenas pessoas que compraram seus picadores de gelo com cart?es de cr?dito, ou os lojistas tinham algum outro registro. Fora desses nomes, n?o temos certeza do que podemos estar procurando. N?s apenas temos que continuar tentando.” Riley comentou, "Usar um picador de gelo como arma de crime parece meio estranho para mim". Ela pensou por um momento, depois acrescentou, “Por outro lado, para que mais serve um picador de gelo?” Jenn franziu o sobrolho enquanto examinava a informa??o que estava aparecendo em sua tela. Ela disse, “N?o muito - pelo menos n?o por um s?culo ou mais. Em tempos anteriores aos refrigeradores, as pessoas mantinham seus perec?veis em geladeiras antigas.” Bill assentiu e disse, “Sim, minha bisav? me contou sobre isso. De vez em quando, o homem do gelo vinha a sua casa para entregar um bloco de gelo para manter sua geladeira fresca. Voc? precisaria de um picador de gelo para retirar lascas do bloco de gelo.” "Isso mesmo" Disse Jenn. “Depois que as caixas de geladeira foram substitu?das por refrigeradores, os picadores de gelo chegaram a ser uma arma popular para a Murder Incorporated. Corpos de v?timas de assassinato ?s vezes tinham cerca de vinte feridas provocadas por picadores de gelo.” Bill zombou e disse, "Parece uma esp?cie de arma desleixada para trabalhos profissionais". "Sim, mas era assustador" Disse Jenn, ainda debru?ada sobre a tela. “Ningu?m queria morrer assim, com certeza. A amea?a de ser morto por um picador de gelo ajudou a manter os mafiosos na linha.” Jenn virou a tela para compartilhar suas informa??es com Bill e Riley. Ela disse, “Al?m disso, olhem aqui. Nem todos os assassinatos com picador de gelo foram confusos e sangrentos. Um mafioso chamado Abe Reles era o assassino mais temido de sua ?poca e o picador de gelo era sua arma de escolha. Ele esfaqueava suas v?timas atrav?s do ouvido - assim como nosso assassino. Ele ficou t?o bom que ?s vezes suas v?timas nem pareciam ter sido assassinadas.” "N?o me diga" Disse Riley. "Parecia que as v?timas tinham morrido de uma hemorragia cerebral." "Isso mesmo" Confirmou Jenn. Bill co?ou o queixo. “Voc? acha que nosso assassino teve a ideia de ler sobre Abe Reles? Como se os assassinatos dele fossem algum tipo de homenagem a um velho mestre?” Jenn disse, “Talvez, mas talvez n?o. Os picadores de gelo est?o voltando em grande estilo com gangues. Muitos bandidos jovens est?o utilizando picadores de gelo nos dias de hoje. Eles s?o usados ??at? mesmo em assaltos. As v?timas s?o amea?adas por picador de gelo em vez de uma arma ou uma faca.” Bill riu sombriamente e disse... “Outro dia entrei em uma loja de ferragens para comprar fita adesiva. Reparei em uma prateleira com novos picadores de gelo ? venda – ‘qualidade profissional’, diziam as etiquetas, e ‘a?o de alto carbono’. Pensei na altura, para que algu?m usa algo assim? E eu ainda n?o sei. Certamente nem todo mundo que compra um picador de gelo tem o assassinato em mente.” "As mulheres podem us?-los para autodefesa, eu acho" Disse Riley. "Embora spray de pimenta ? provavelmente uma escolha melhor, se voc? me perguntar." Jenn virou a tela em dire??o a si mesma novamente e disse, “Como voc? pode imaginar, n?o houve muito sucesso em aprovar leis para restringir vendas ou posse de picadores de gelo. Mas algumas lojas de ferragens voluntariamente identificam os compradores de picadores gelo para garantir que tinham mais de vinte e um anos. E em Oakland, na Calif?rnia, ? ilegal andar com picadores de gelo – tal como ? ilegal transportar canivetes ou armas de corte similares.” A mente de Riley se emaranhou no pensamento de tentar regular os picadores de gelo. Pensou… Quantos picadores de gelo existem? No momento, ela e seus colegas sabiam da exist?ncia de pelo menos um. E estava sendo usado da pior maneira poss?vel. O agente Sturman logo dirigiu a van para a pequena cidade de Wilburton. Riley ficou impressionada com a singularidade do bairro residencial onde Robin Scoville vivera - as filas de casas de ripas bonitas com janelas fechadas, lideradas por fileiras e mais fileiras de cercas de madeira. O bairro era antigo, possivelmente at? hist?rico. Mesmo assim, tudo brilhava com tinta t?o branca que se poderia pensar que ainda estava fresca. Riley percebeu que as pessoas que moravam ali se orgulhavam do ambiente, preservando seu passado como se o bairro fosse um grande museu ao ar livre. N?o havia muitos carros nas ruas, ent?o foi f?cil para Riley imaginar a cidade em uma ?poca passada, com carruagens puxadas por cavalos e carruagens passando. Ent?o ocorreu-lhe… Um homem do gelo costumava fazer suas rondas regulares aqui. Ela imaginou o carrinho volumoso carregando cargas de gelo e o homem forte que arrastava os blocos para as portas da frente com alicates de ferro. Naquela ?poca, toda dona de casa que morava ali possu?a um picador de gelo que empregava perfeitamente. Mas a cidade experimentara uma amarga perda de inoc?ncia h? duas noites. Os tempos mudaram, Pensou Riley. E n?o para melhor. CAP?TULO TR?S Os nervos de Riley aceleraram quando o agente Sturman estacionou a van na frente de uma pequena casa em um bairro bem cuidado. Este era o lugar onde Robin Scoville vivera e onde havia morrido nas m?os de um assassino. Riley sempre sentia esse estado de alerta quando estava prestes a visitar uma cena de crime. ?s vezes, sua capacidade ?nica de entrar em uma mente distorcida entrava em cena no local onde o assassinato ocorrera. Isso aconteceria ali? Se assim fosse, n?o estava ansiosa para que ocorresse. Era uma parte feia e inquietante de seu trabalho, mas ela precisava us?-la sempre que poss?vel. Quando sa?ram da van, Riley notou que a casa era a menor do bairro - um modesto bangal? de um andar com um p?tio compacto. Mas, como todas as outras propriedades do bloco, aquela fora pintada e mantida de forma imaculada. Era um cen?rio pitoresco, marcado apenas pela fita amarela da pol?cia que impedia a entrada do p?blico. Quando Riley, Jenn, Bill e o agente Sturman entraram pelo port?o da frente, um homem alto e envergando um uniforme saiu da casa. O agente Sturman apresentou-o a Riley e seus colegas como sendo Clark Brennan, chefe da pol?cia de Wilburton. "Entrem" Disse Brennan em um sotaque agrad?vel semelhante ao de Sturman. "Eu mostro onde aconteceu." Eles subiram uma longa rampa de madeira que levava ? varanda. Riley perguntou a Brennan, "A v?tima foi capaz de se movimentar de forma independente?" Brennan assentiu e disse, “Seus vizinhos dizem que ela n?o precisava mais da rampa. Depois do acidente de carro no ano passado, sua perna esquerda foi amputada acima do joelho, mas ela estava se dando muito bem com uma pr?tese.” Brennan abriu a porta da frente e todos entraram na casa aconchegante e confort?vel. Riley n?o notou mais sinais de que uma pessoa com defici?ncia tivesse morado ali - sem m?veis especiais ou pegas, apenas uma cadeira de rodas arrumada em um canto. Parecia ?bvio que Robin Scoville se orgulhara de viver uma vida o mais normal poss?vel. Uma sobrevivente, Riley pensou com amarga ironia. A mulher deve ter pensado que suportara as maiores dificuldades que a vida lhe trouxera. Certamente n?o tinha ideia do destino sombrio que a esperava. A pequena e arrumada sala de estar estava mobiliada com m?veis baratos que pareciam novos. Riley duvidou que Robin tivesse morado nessa casa por muito tempo. O lugar parecia transit?rio de alguma forma e Riley pensou saber o motivo. Riley perguntou ao chefe de pol?cia, "A v?tima era divorciada?" Brennan pareceu um pouco surpreso com a pergunta. "Bem, sim" Disse ele. "Ela e o marido se separaram no come?o do ano." Era exatamente como Riley suspeitava. Aquele lugar se parecia muito com a pequena casa onde ela e April tinham vivido depois que seu casamento com Ryan terminara. Mas o desafio de Robin Scoville fora muito maior do que o de Riley. Ela tivera que enfrentar um div?rcio e um acidente incapacitante enquanto tentava recome?ar a vida. Um ontorno gravado no piso de madeira mostrava a posi??o do corpo. Brennan apontou para uma mancha pequena e escura no ch?o. "Ela sangrou da orelha s? um pouco. Perfeitamente consistente com uma hemorragia cerebral. Mas por causa do recente assassinato de Cranston, o m?dico legista suspeitou imediatamente. E sua aut?psia acabou por mostrar que Robin fora assassinada da mesma forma que Cranston.” Riley pensou... O mesmo m?todo, mas circunst?ncias bem diferentes. E ela sabia que quaisquer diferen?as provavelmente seriam t?o importantes quanto as semelhan?as. Riley perguntou a Brennan, "Havia sinais de luta?" "Absolutamente nada" Disse Brennan. Sturman acrescentou, "Parece que ela foi pega de surpresa, atacada rapidamente por tr?s". Bill perguntou, "Ela usava a pr?tese da perna no momento de sua morte?" "N?o" Disse Brennan. "Ela estava usando suas muletas para se movimentar." Riley se ajoelhou e examinou a posi??o marcada no ch?o. Ela havia ca?do bem na frente da janela. Robin provavelmente fora atingida enquanto olhava pela janela. Riley perguntou a Brennan, "Qual a hora prov?vel da morte?" Brennan disse, "Por volta das quatro da manh?". Riley se levantou e olhou pela janela para a rua calma e agrad?vel e se perguntou... Para onde estava olhando? O que estava a acontecer na vizinhan?a a tal hora que pudesse chamar a aten??o de Robin? E isso era significativo? Estava relacionado com a sua morte? Riley perguntou, "Como seu corpo foi encontrado?" Brenan disse, “Ela n?o apareceu na manh? seguinte no seu trabalho como editora em uma revista liter?ria local. E ela n?o respondia as liga??es do chefe. Ele achou isso estranho e preocupante. Estava preocupado que talvez tivesse tido algum tipo de acidente por causa de sua defici?ncia. Ent?o enviou um empregado para a casa dela para ver como ela estava. Quando n?o atendeu a porta, o funcion?rio deu a volta por tr?s da casa e descobriu que a porta dos fundos havia sido arrombada. Ele entrou na casa, encontrou o corpo e ligou para o 911.” Riley ficou parada por um momento, ainda se perguntando o que Robin poderia estar olhando. Acontecera alguma coisa l? fora que a despertou e a trouxera para aquele lugar? Riley n?o tinha ideia. De qualquer forma, o que a v?tima tinha experimentado pouco antes de sua morte era de interesse marcadamente menor para Riley do que o que estava acontecendo na mente do assassino. Ela esperava que talvez pudesse ter uma pista disso enquanto estivesse ali. "Mostre-nos onde o assassino entrou" Disse Riley. Brennan e Sturman levaram Riley e seus colegas atrav?s da pequena casa at? uma porta que dava para as escadas da cave. Perto do topo da escada havia um patamar do qual outra porta se abria para o quintal. Riley viu imediatamente que a vidra?a mais pr?xima do ferrolho e da ma?aneta fora quebrada. O assassino obviamente quebrou o vidro conseguindo destrancar e abrir a porta. Mas Riley notou algo mais que lhe pareceu importante. Peda?os de papel de contato estavam presos aos cacos que permaneciam no quadro. Riley tocou cuidadosamente um peda?o com algum papel. O assassino colocara cuidadosamente a fita adesiva no painel, esperando n?o fazer muito barulho, mas tamb?m… Talvez ele n?o quisesse fazer muita bagun?a. Riley estremeceu com uma s?bita certeza. Ele ? exigente. Ele ? um perfeccionista. Era o tipo de lucidez de percep??o intuitiva que ela esperava. Que mais poderia ela descobrir sobre o assassino ali naquele momento? Tenho que tentar, Pensou. CAP?TULO QUATRO Enquanto Riley se preparava mentalmente para entrar na mente de um assassino, seus olhos se encontraram com Bill por um momento. Ele estava em p? com os outros colegas, observando-a. Viu Bill anuir com a cabe?a, obviamente entendendo que ela queria ficar sozinha para fazer seu trabalho. Jenn sorriu um pouco quando tamb?m pareceu perceber a inten??o de Riley. Bill e Jenn se viraram e levaram Sturman e Brennan de volta para a casa, fechando a porta da cave atr?s deles. Sozinha no pequeno patamar, Riley olhou novamente para a janela quebrada. Ent?o saiu, fechou a porta e ficou no quintal bem cuidado. Havia um beco logo depois da cerca na beira do p?tio. Riley se perguntou – ser? que se aproximou vindo do beco? Ou tinha vindo pela frente, entre a casa de Robin e uma das casas de seus vizinhos? O beco, provavelmente. Ele poderia ter estacionado um ve?culo em uma rua lateral pr?xima, caminhado pelo beco e deslizado silenciosamente pelo port?o dos fundos. Ent?o esgueirara-se pelo quintal estreito direto para a porta dos fundos e... E depois? Riley respirou lenta e demoradamente para se preparar. Ela visualizou cuidadosamente como o quintal estaria aquela hora da manh?. Podia imaginar o som de grilos e quase podia sentir o ar agrad?vel e frio de uma noite de setembro. Haveria algum brilho das luzes da rua, mas provavelmente pouca luz das pr?prias casas. Como o assassino se sentiu ao se preparar para sua tarefa? Bem preparado, Pensou Riley. Afinal de contas, obviamente escolhera sua v?tima com anteced?ncia e saberia algumas coisas cruciais sobre ela, incluindo o fato de que ela era uma amputada. Riley olhou novamente para o painel de vidro quebrado. Agora podia ver que o adesivo tinha sido cortado quase exatamente na forma da vidra?a. Isso certamente significava que ele estava bem aqui e cortou o adesivo para caber mesmo na penumbra, provavelmente com uma tesoura. Mais uma vez essa palavra passou pela cabe?a de Riley... Exigente. Mas mais do que isso, ele fora calmo e paciente. Riley sentiu que o assassino tinha sido totalmente desapaixonado - nem um pouco zangado ou vingativo. Se ele conhecia a v?tima pessoalmente ou n?o, n?o nutria nenhum sentimento de animosidade em rela??o a ela. O assassinato ocorrera a sangue frio no sentido mais amplo poss?vel. Quase cl?nico. Riley fechou o punho e imitou o golpe gentil mas firme que ele deve ter usado para quebrar o vidro. Antes de atravessar o painel quebrado, de repente sentiu um espasmo de desconforto. Ter? feito mais barulho do que esperava? Ela se lembrou de ter visto um peda?o de vidro no ch?o dentro da porta. Um peda?o caiu apesar dos cuidados que ele tinha tomado, causando um som tilintante. Ele hesitara? Teria considerado desistir de seu plano e silenciosamente escapado do jeito que viera? Nesse caso, rapidamente recuperou sua determina??o. Riley cuidadosamente atravessou o painel e reabriu a porta, e pisou no patamar, tirando os sapatos como ele certamente tinha feito para se mover silenciosamente. E depois… Ele ouviu um barulho no andar de cima. Com certeza, a mulher acordara com o som e ele podia ouvir barulho e batidas quando ela colocou as muletas e come?ou a se mover pela casa. Riley pensou que talvez ele tivesse esmorecido por alguns momentos. Talvez esperasse se aproximar de Robin enquanto ela estava deitada na cama dormindo, introduzindo depois o picador de gelo em seu ouvido sem que ela soubesse que ele estava l?. N?o seria como o assassinato anterior, quando matara o jovem Vincent Cranston enquanto ele estava correndo ao ar livre. Mas Riley sentiu que o assassino n?o tinha interesse em um MO consistente. Tudo o que ele queria era matar da forma mais limpa e eficiente poss?vel. Mas agora… Com a mulher em movimento no andar de cima, ousara continuar? Ou deveria fugir antes que ela voltasse e o encontrasse? Riley sentiu que ele congelou ali no patamar por um momento, lutando com sua indecis?o. Mas ent?o… A mulher n?o veio para a porta dos fundos. Ela dirigiu-se para outro lugar da pequena casa. Talvez n?o tenha ouvido o vidro quebrando, afinal. O assassino poderia ter respirado de al?vio ao perceber, mas ainda assim vacilou. Ousaria atacar a mulher acordada? Por que n?o? Deve ter pensado. Desabilitada como ela era, ele certamente seria capaz de domin?-la com muito mais facilidade do que sucedera com sua v?tima anterior. Ainda assim, ele n?o queria ser desleixado ou descuidado. Uma luta podia estragar tudo. Mas lembrou a si mesmo que isso era urgente. Ele foi impulsionado por algum imperativo profundo que s? ele poderia entender. N?o podia voltar atr?s - n?o agora. Quando ele teria outra chance assim? Convocou sua vontade e decidiu seguir em frente. Seguindo o que ela imaginou ser os passos do assassino, Riley subiu os degraus at? a porta que dava para a cozinha. Rodou a ma?aneta e abriu a porta... Perfeito! A ma?aneta n?o rangeu e as dobradi?as tamb?m n?o. Sentindo-se cada vez mais ligada ao assassino, Riley entrou na cozinha. Ignorando o fato de que Bill, Jenn, Sturman e Brennan estavam todos parados pr?ximos a observando, ela olhou ao redor. Riley sabia que a cena estava intocada desde o assassinato. Ent?o, da mesma forma que agora, a mesa da cozinha tinha sido empilhada com pilhas de papel que a mulher estava lendo. Mas onde estava a mulher? Riley imaginou olhar atrav?s dos olhos do assassino, espreitando atrav?s do arco da cozinha para a sala de estar. Com certeza, ela estava parada ali, olhando pela janela, sua aten??o inteiramente direcionada para o que quer que visse l? fora. Riley imaginou ter o picador de gelo na m?o. Ent?o atravessou o ch?o de madeira, os p?s descal?os movendo-se silenciosamente, at? que ficou bem atr?s de onde Robin Scoville estivera. E depois… Um movimento r?pido, preciso e impec?vel foi o suficiente. O ponto longo do picador de gelo mergulhou sem esfor?o atrav?s da passagem desossada de sua orelha at? seu c?rebro, e o assassino puxou o picador da mesma maneira sem esfor?o para fora novamente, ent?o observou sua v?tima cair no ch?o. E finalmente… Riley tinha certeza de que ele estava satisfeito com o seu feito. Ele estava orgulhoso de si mesmo por superar suas incertezas e passar por isso. Mas ele parou por um momento para admirar sua pr?pria obra? Ou fugiu imediatamente? O sentido da mente do assassino de Riley diminuiu naquele momento enquanto olhava novamente para o contorno gravado no ch?o. Havia muito - demasiado - que ela ainda n?o sabia. Mas tinha certeza de uma coisa. Disse em voz alta para seus colegas, agora reunidos em torno dela... "Ele ? um filho da puta frio". Bill disse. "Conte-nos mais". Riley pensou por um momento, depois disse, “N?o posso ter certeza de nada ainda. Mas acho que ? pessoal para ele e, no entanto, n?o ? pessoal ao mesmo tempo. Eu n?o acho que ele odiava essa mulher. Ele podia nem saber o nome dela. Mas tinha raz?es para querer que ela morresse - raz?es importantes, quase como se mat?-la fosse algum tipo de...” Riley fez uma pausa, tentando pensar na palavra certa. Ent?o Jenn sugeriu, "Dever?" Riley olhou para sua colega mais nova e assentiu. “Sim, ? exatamente essa sensa??o que eu tenho. Um sentido de obriga??o, quase.” Riley percebeu agora que o chefe Brennan estava olhando para ela com a boca aberta. Ela h? muito se acostumara com a surpresa das pessoas quando a observavam passando por esse estranho processo. E ela sabia que tinha acabado de parecer muito estranha, andando pela casa de meias, fingindo os movimentos do assassino. O agente Sturman, ao contr?rio, n?o pareceu surpreso. ? claro que, como um experiente agente do FBI, Sturman certamente ouvira falar das propens?es singulares de Riley, bem conhecidas em todo o FBI. E de fato, Sturman cutucou Brennan com o cotovelo e disse, “Eu explicarei depois”. Bill tinha ido para o patamar nos fundos da casa. Agora voltava com os sapatos de Riley e os entregou. Quando Riley se sentou em um banquinho e os cal?ou, d?vidas come?aram a surgir em sua mente. Eu entendi tudo errado? Ela muitas vezes se sentia varrida por tais incertezas ap?s esses exerc?cios. Afinal, n?o era uma leitora da mente, e n?o havia nada m?gico ou paranormal no processo que ela usava. Era pura intui??o, nada mais. Ela errara algumas vezes no passado e podia estar errada naquele momento. Riley se levantou do banquinho e se perguntou... Escapou-me alguma coisa? Olhou para a janela e imaginou a jovem de p? olhando para o exterior, alheia ao perigo que se insinuava atr?s dela. Para onde estava olhando? Riley n?o tinha ideia. Mas sabia que tinha que descobrir. CAP?TULO CINCO Riley estava olhando pela janela, tentando imaginar como era a rua nas primeiras horas da manh?, no exato momento em que algu?m havia colocado picador de gelo no cr?nio de Robin Scoville. O que estava l? fora? Perguntou-se. O que Robin viu naquele momento? A quest?o incomodava Riley cada vez mais. Ela disse ao chefe Brennan, “N?o me apercebi se esta casa tem c?meras de seguran?a. Tem?” "N?o" Disse Brennan. “O propriet?rio n?o se incomodou em instal?-las em um pequeno apartamento como este. Que pena, porque talvez tiv?ssemos uma grava??o de v?deo do que aconteceu. Ou melhor ainda, as c?meras poderiam ter impedido o assassino de fazer o que fez”. Seguida por seus colegas, Riley saiu pela porta da frente. Ela estava na cal?ada olhando para cima e para baixo na rua. Mais uma vez percebeu que a casa de Robin era a mais pequena em um bairro de luxo. Riley disse a Brennan, "Eu suponho que voc? tenha entrevistado todos os vizinhos". "O m?ximo que pudemos" Disse Brennan. “Ningu?m estava acordado quando aconteceu, ent?o ningu?m notou nada incomum.” Ela podia ver c?meras em algumas das varandas da frente. Em v?rios p?tios, placas avisavam que essas casas estavam protegidas por uma ou outra empresa de seguran?a. "D? para ver que alguns vizinhos t?m c?meras de seguran?a em suas casas" Comentou Riley. "A maioria deles, tenho certeza" Disse Brennan com um encolher de ombros. "Mas n?o me parece que nos v?o ajudar." Riley percebia o que Brennan queria dizer. Nenhuma das c?meras parecia estar voltada para a casa de Robin, ent?o n?o poderiam ter pegado nada relacionado com o arrombamento ou o assassinato. Ainda assim, uma c?mera Nest fixada em um poste de varanda da casa mais pr?xima atraiu seu interesse. Riley apontou para a casa e disse, "Voc? falou com as pessoas que moram ali?" Brennan sacudiu a cabe?a. “N?o, vive ali um casal de aposentados chamados Copeland, mas n?o est?o em casa h? uma semana. Os vizinhos dizem que est?o de f?rias na Europa. Devem voltar daqui a algumas semanas. Ent?o definitivamente n?o poderiam ter visto o que aconteceu. E a c?mera deles tamb?m n?o est? voltada para a casa de Robin.” N?o para a casa, Pensou Riley. Mas para a rua em frente da casa. E o que tinha acontecido na rua era exatamente o que intrigava Riley agora. Como o casal tinha ido embora por um longo per?odo, talvez tivessem deixado o sistema de vigil?ncia programado para manter um registro cont?nuo de tudo o que acontecia na aus?ncia deles. Riley disse, "Eu quero ver o que essa c?mera pegou". O agente Sturman respondeu, "Vamos ter que localizar os Copeland e obter sua permiss?o. Para ver a grava??o, precisaremos da senha. Ou teremos que obter um mandado e obt?-la atrav?s da empresa.” "Fa?a isso" Disse Riley. “O que for necess?rio. O mais r?pido poss?vel.” Sturman assentiu e deu um passo para o lado, pegando o celular para fazer uma liga??o. Enquanto isso, antes que Riley pudesse decidir o que ela e seus colegas deveriam fazer, Jenn falou com o chefe Brennan. “Voc? disse que Robin era divorciada. O que pode nos dizer sobre o ex dela?” Brennan disse, “O nome dele ? Duane Scoville e toca em uma banda de rock local chamada Epithets.” O chefe riu um pouco e acrescentou, “Eu os ouvi tocar. N?o s?o ruins, mas parece que ? melhor manterem seus empregos.” Jenn perguntou, "Onde vive Duane?" Brennan apontou. "No lado leste da cidade." Jenn disse, "Presumo que o tenha entrevistado." "Sim, n?o achamos que ele seja um suspeito vi?vel" Disse Brennan. "Por que n?o?" Jenn perguntou. Duane disse que ele e os Epithets estavam tocando em Crestone, Rhode Island, na noite do assassinato de Robin. Ele diz que ele e a banda passaram l? a noite, e nos mostrou um recibo do motel. N?o temos nenhum motivo para n?o acreditar nele.” Riley viu que Jenn parecia em d?vida. E com raz?o, Pensou Riley. N?o parecia que a pol?cia local tivesse feito um trabalho muito completo ao entrevistar Duane Scoville, muito menos ao elimin?-lo como suspeito. E mesmo que Duane n?o fosse o assassino, ainda poderia ter informa??es importantes para oferecer. Jenn disse, "Eu gostaria de falar com ele um pouco mais." "OK, eu vou ligar para ele" Disse Brennan, pegando seu celular. "N?o, eu prefiro n?o o avisar" Disse Jenn. Riley sabia que Jenn estava certa. Se houvesse a menor chance de que Duane fosse o assassino, era melhor tentar peg?-lo desprevenido. Riley disse a Brennan, "Voc? poderia nos levar at? onde ele mora, ver se podemos encontr?-lo em casa?" "Certamente" Disse Brennan. O agente Sturman terminou seu telefonema e se juntou a eles. "Eu tenho um agente localizando os Copeland" Disse ele. "Mas tenho outro caso em andamento e preciso voltar para a sede." "Voc? nos avisar? assim que souber alguma coisa?" Perguntou Bill. "Absolutamente" Sturman prometeu e caminhou em dire??o a sua van. O chefe Brennan disse, “Meu ve?culo est? aqui. Eu posso levar voc?s a casa de Duane Scoville.” Quando Riley e seus colegas entraram no carro da pol?cia de Brennan, Riley notou a express?o determinada no rosto de Jenn Roston. Foi bom para Riley ver sua jovem protegida parecer t?o comprometida. Riley olhou para Bill e percebeu que ele se sentia da mesma maneira. Ela est? se transformando em uma grande agente, Pensou Riley. E os tr?s juntos estavam se tornando um time not?vel. Riley decidiu que ela e Bill deveriam deixar Jenn assumir a lideran?a na entrevista com Duane Scoville. Poderia dar a ela uma chance de brilhar, Riley calculou. E ela definitivamente merece isso. * Durante a curta viagem pela cidade, Jenn Roston se viu lembrando das a??es de Riley na casa de Robin Scoville e a conclus?o que ela tirara sobre o assassino... "Ele ? um filho da puta frio". Jenn n?o duvidou que Riley estava certa. Ela j? tinha visto Riley entrar na mente de assassinos v?rias vezes, mas nunca deixava de ficar impressionada. Como ela faz isso? Ningu?m na UAC parecia saber, exceto talvez o mentor de Riley, um agente aposentado chamado Jake Crivaro que agora morava na Fl?rida. A pr?pria Riley n?o parecia ser capaz de explicar o processo ou at? mesmo como se processava. Parecia ser puro instinto. Jenn n?o p?de deixar de invejar Riley por isso. Claro, Jenn tinha seus pontos fortes. Era inteligente, engenhosa, dura, ambiciosa... E bastante autoconfiante, Pensou com um sorriso. Agora estava contente que Riley tivesse concordado com ela sobre a necessidade de entrevistar Duane Scoville. Jenn sentia-se ansiosa para contribuir de forma significativa para resolver aquele caso. Ela lamentava o seu comportamento durante o caso anterior em que trabalhara com Riley e Bill - o caso do chamado "carpinteiro", que matou suas v?timas com um r?pido golpe de martelo na cabe?a. Uma observa??o amarga que Jenn fizera em resposta ?s cr?ticas de Riley continuava ecoando em sua mente... "Suponho que ? aqui que voc? me acusa de n?o ser objetiva." Tinha sido incorreta - especialmente porque Jenn sabia perfeitamente que Riley tinha bons motivos para duvidar de sua objetividade. Enquanto uma agente afro-americana, Jenn tinha sido alvo de racismo bastante evidente enquanto trabalhava no Mississippi. N?o o tinha encarado bem e teve que admitir que isso afetou seu julgamento. Ela esperava poder compensar tudo isso agora. Ela esperava poder compensar muitas coisas. Ansiava pelo dia em que, finalmente, poderia deixar seu passado conturbado para tr?s. Enquanto o chefe Brennan dirigia, mem?rias mais sombrias come?aram a se amontoar na mente de Jenn - os pais disfuncionais que a abandonaram quando ela era crian?a, depois seus anos sob os cuidados de uma brilhante mas sinistra m?e adotiva que se chamava “Tia Cora”. Tia Cora havia treinado Jenn e seus outros filhos adotivos para se tornarem criminosos em sua pr?pria rede criminosa. Jenn fora a ?nica entre as pupilas da tia Cora a escapar de suas garras, na esperan?a de ter uma vida diferente e melhor. Ela se tornara uma policial condecorada em Los Angeles, depois de ter feito uma pontua??o fenomenal na Academia do FBI antes de se tornar agente da UAC. Mesmo assim, n?o tinha conseguido se livrar da tia Cora completamente. A mulher tinha estado em contato com ela no in?cio desse ano, tentando pux?-la de volta para sua esfera de influ?ncia, mesmo tentando fazer Jenn se entregar a ela ajudando em um caso do FBI. Jenn n?o n?o sabia nada de tia Cora h? algumas semanas. Teria a sua antiga mentora desistido dela para sempre? Jenn s? esperava que assim fosse. Entretanto, a gratid?o de Jenn em rela??o a Riley n?o conhecia limites. Riley era a ?nica pessoa que sabia a verdade sobre o passado de Jenn. Mais que isso, Riley a compreendeu. Afinal de contas, a pr?pria Riley j? havia se envolvido com um criminoso mentor, o brilhante fugitivo condenado Shane Hatcher. Jenn sabia mais do que qualquer outra pessoa sobre o segredo de Riley, assim como Riley sabia tudo sobre o dela. Era uma das raz?es pelas quais Jenn sentia um v?nculo t?o ?ntimo com sua nova mentora - um v?nculo baseado em compreens?o e respeito m?tuos. Por causa desse v?nculo, Jenn queria viver de acordo com as expectativas de Riley em rela??o a ela. Os pensamentos de Jenn foram interrompidos pelo som da voz de Brennan quando virou uma esquina. "Estamos quase l?." Jenn ficou surpresa ao ver uma grande mudan?a na comunidade ao redor. Todas as casas brancas, dignas e reluzentes, estavam com suas impec?veis ??cercas retas. Eles passaram por uma rua repleta de empresas de tamanho modesto que inclu?am restaurantes veganos, lojas de alimentos org?nicos e uma loja de artigos de segunda m?o. Ent?o eles continuaram em um bairro cheio de casas menores, um pouco surrado, mas ainda assim bastante charmoso. Os pedestres eram muito variados, de jovens tipos bo?mios de diversas ra?as a velhos tipos hippies, que pareciam ter vivido ali desde os anos sessenta. Jenn se sentiu imediatamente mais confort?vel aqui do que na ?rea homog?nea, ultra-branca e de classe alta que tinham acabado de deixar. Ainda assim, este era um pequeno bairro e Jenn achou que estava ficando cada vez menor. A gentrifica??o est? se aproximando, Pensou um pouco tristemente. Brennan estacionou na frente de um antigo pr?dio de tijolos. Ele levou Jenn e seus colegas at? a porta da frente. L?, Riley deu a Jenn um olhar que lhe disse que ela deveria assumir a lideran?a naquele momento. Jenn olhou para Bill, que acenou para ir em frente. Ela engoliu em seco com antecipa??o, depois tocou a campainha do apartamento de Duane Scoville. Ningu?m respondeu a princ?pio. Jenn se perguntou se talvez ele n?o estivesse em casa. Ent?o tocou de novo e ouviu uma voz resmungando no intercomunicador. "Quem ??" A voz falou por apenas alguns segundos. Mas Jenn achou que ouvia m?sica no fundo. Jenn respondeu, "N?s somos do FBI. Gostar?amos de conversar com voc?.” "Sobre o qu??" Jenn se sentiu um pouco surpresa com a pergunta. E dessa vez ela teve certeza de ouvir m?sica. Ela disse, "Hum... sobre o assassinato da sua ex-mulher." “Eu conversei com os policiais sobre isso j?. Eu estava fora da cidade quando aconteceu.” Ouviu-se outro trecho de m?sica e, dessa vez, pareceu familiar para Jenn - quase misteriosamente. Brennan interveio, “Aqui ? o chefe de pol?cia Brennan. Eu falei com voc? antes. Os agentes ainda gostariam de fazer mais algumas perguntas.” Um sil?ncio caiu, ent?o a campainha tocou e a porta clicou. Jenn abriu a porta e ela e seus colegas entraram. Ela pensou… N?o parece que somos bem-vindos. Jenn pensou por que n?o. Decidiu que iria descobrir. CAP?TULO SEIS Jenn seguiu o chefe Brennan at? o edif?cio e subiu a escada at? o segundo andar. Riley e Bill seguiram atr?s enquanto caminhavam pelo corredor em dire??o ao apartamento de Duane Scoville. Jenn ficou alerta quando ouviu o som flutuando de algum quarto pr?ximo. Aquela m?sica de novo. Dessa vez, ela tinha certeza de que j? tinha ouvido aquilo antes, mas fazia muito tempo, e ela n?o tinha certeza onde ou quando. Era uma pe?a cl?ssica - algo lento, suave e incrivelmente triste. Chegaram ao apartamento de Scoville e o chefe Brennan bateu na porta. Uma voz gritou, "Entre". Quando ela e seus colegas entraram, Jenn ficou surpresa com a apar?ncia do apartamento. O lugar estava uma bagun?a, todo cheio de latas de cerveja e embalagens de comida. Cerca de dez guitarras estavam ? vista, algumas em bancos, outras em caixas abertas, outras em qualquer lugar. Algumas eram ac?sticas, outros el?tricas. Havia tamb?m amplificadores, altifalantes e diversos equipamentos eletr?nicos espalhados. O pr?prio Duane Scoville estava sentado em um puf muito usado. Usava cabelos compridos e barba, e usava jeans, uma camisola colorida, um s?mbolo da paz em um cord?o no pesco?o e ?culos de vov? em forma redonda. Jenn teve que reprimir uma risadinha. Scoville parecia estar em seus vinte anos, mas estava tentando o seu melhor para parecer um hippie dos anos sessenta. A decora??o do quarto inclu?a contas, tape?arias baratas, tapetes falsos persas, velas acesas e desordem geral. Alguns dos cartazes na parede eram imagens psicod?licas, outros promovendo grupos de m?sica rock e artistas que tinham sido populares muito antes do tempo de Jenn. Havia um forte odor no ar - de incenso e… Outra coisa, Jenn percebeu. Duane Scoville estava sentado olhando para o espa?o como se ningu?m tivesse chegado. Ele estava obviamente muito chapado, embora Jenn n?o visse sinais de drogas em lugar algum. O chefe Brennan disse-lhe, “Duane, estes s?o os agentes do FBI Paige, Jeffreys e Roston. Como eu acabei de dizer, eles t?m mais algumas perguntas para voc?.” Duane n?o disse nada e n?o ofereceu a seus visitantes um lugar para se sentarem no local lotado. Jenn se sentiu perplexa quando se lembrou de como a pequena casa da v?tima fora imaculadamente limpa. Ela mal podia acreditar que Robin Scoville conhecia esse homem e muito menos estivera casada com ele. E depois havia a m?sica... Em vez dos Doors ou de Jefferson Airplane, ou Jimi Hendrix ou de qualquer outra coisa mais apropriada a esses ambientes, Duane ouvia m?sica suave de c?mara barroca, com um solo assombroso de instrumento de sopro, como um triste canto de p?ssaros. De repente, reconhecendo a pe?a, Jenn disse a Duane, “Isso ? Vivaldi, n?o ?? O movimento lento de um piccolo concerto.” Ainda sem olhar para Jenn ou seus companheiros, Duane perguntou, "Como voc? sabia?" Jenn sentiu-se abalada com a pergunta. Ela lembrou vividamente onde tinha ouvido a m?sica antes. Fora no lar adotivo de tia Cora, onde crescera. Tia Cora sempre tinha m?sica cl?ssica tocando quando ensinava seus filhos a serem criminosos. Jenn estremeceu um pouco. Ela achou estranho e inquietante ouvir essa melanc?lica melodia novamente depois de tantos anos. Isso trouxe de volta lembran?as estranhas e perturbadoras dos dias que Jenn tentou se esfor?ava para esquecer. Mas ela sabia que n?o se deveria deixar distrair por isso. Mantenha sua cabe?a no jogo, Jenn disse a si mesma com firmeza. Em vez de responder a pergunta de Duane, ela disse... "Voc? n?o me parece um cara que goste de Vivaldi, Duane." Duane finalmente olhou para ela e encontrou seu olhar. Ele disse com uma voz mon?tona, "Por que n?o?" Jenn n?o respondeu. Pelos estudos na academia e por sua experi?ncia trabalhando com Riley e Bill, ela sabia que tinha alcan?ado algo s? s? pelo fato de ele olhar para ela. Agora tinham pelo menos uma conex?o preliminar. Jenn decidiu esperar e deixar Duane falar em seguida. Mas ele n?o disse nada imediatamente. O movimento lento e triste chegou ao fim e um movimento r?pido e cintilante come?ou. Duane carregou num bot?o de seu r?dio para que o mesmo movimento lento come?asse a tocar novamente. Finalmente disse, “Robin gostava muito dessa pe?a. Era o seu movimento favorito. Ela n?o se cansava de o ouvir.” Ent?o, com um tra?o de esc?rnio, acrescentou... "Espero que a toquem no funeral dela." Jenn ficara gelada por uma nota reveladora de raiva e amargura em sua voz. Ela se perguntou - o que havia por tr?s daquelas emo??es sombrias? Ela olhou para Bill e Riley. Eles deram seus leves acenos, silenciosamente encorajando-a a continuar seguindo seus instintos. Ela aproximou-se de Duane e perguntou, "Voc? vai ao funeral de Robin?" Duane disse, "N?o, eu nem sei quando ou onde vai ser. No Missouri, eu acho. Foi a? que Robin cresceu, onde a fam?lia dela ainda vive. St. Louis, Missouri. N?o me parece que seja convidado.” Ent?o, com uma risada quase inaud?vel, ele acrescentou, "E acho que n?o seria bem-vindo se fosse." "Por que n?o?" Jenn perguntou. Duane encolheu os ombros. "Por que voc? pensa? Os pais dela n?o gostam muito de mim.” "Por que n?o gostam de voc??" Duane desligou abruptamente a m?sica. Seu rosto se torceu um pouco com o que parecia ser nojo. Ent?o falou diretamente para os tr?s agentes. "Olha, vamos direto ao assunto, ok? Voc?s querem saber se eu a matei. N?o a matei. J? passei por tudo isso antes com o chefe Brennan aqui. ? como eu disse a ele, eu estava em Rhode Island, fazendo um show com minha banda. Pass?mos l? a noite.” Ele enfiou a m?o no bolso do quadril, tirou um peda?o de papel e ofereceu a Jenn. “Eu preciso mostrar isso de novo?” Perguntou. "? a nossa conta do motel." Jenn cruzou os bra?os e deixou que ele segurasse o papel em sua m?o. O que quer que estivesse escrito l?, ela duvidava que fosse convincente. Pode significar apenas que alguns membros da banda estivessem l? naquela noite. Ela disse, "Seus companheiros de banda podem atestar que voc? esteve com eles a noite toda?" Ele n?o respondeu. Mas parecia desconfort?vel com a pergunta. As suspeitas de Jenn estavam no auge naquele momento. Ela disse, "Voc? poderia nos dizer como entrar em contato com eles?" "Sim" Disse Duane. "Mas prefiro n?o o fazer." "Por que n?o?" "N?o est?vamos bem. Eles tinham acabado de me expulsar do grupo. Eles podem n?o cooperar.” Jenn come?ou a caminhar de um lado para o outro. "Pode ser uma boa id?ia voc? cooperar" Disse ela. Duane disse, "Sim? ? isso que um advogado me diria? Preciso de um advogado? Jenn n?o respondeu imediatamente. Mas quando passou por um arm?rio fechado, notou que Duane se sentou desconfortavelmente. Ela olhou para a porta e se aproximou, depois se virou e percebeu que a ansiedade de Duane parecia estar aumentando. Ela disse, "Eu n?o sei, Duane. Voc? precisa de um advogado?" Duane se recostou e tentou parecer relaxado novamente. Ele disse, "Olha, eu realmente gostaria que voc?s sa?ssem agora. Este ? um momento dif?cil para mim, sabe? Voc?s n?o est?o facilitando isso. E eu tenho direitos. Tenho certeza de que n?o preciso responder ?s suas perguntas.” Jenn ficou l? olhando para frente e para tr?s entre Duane e o arm?rio. Ela se sentiu muito perto de descobrir o que Duane n?o queria que ela soubesse. Ela estendeu a m?o e tocou a ma?aneta do arm?rio, e Duane estremeceu bruscamente. Jenn viu Riley balan?ando a cabe?a rapidamente, avisando-a silenciosamente para n?o abrir o arm?rio. Claro, Jenn n?o precisou de um aviso. Ela sabia que n?o devia abrir o arm?rio sem um mandado. Seu movimento foi apenas um blefe, uma tentativa de obter mais uma rea??o do homem. E ela definitivamente estava tendo sucesso. Duane levantou a m?o para o arm?rio e disse com uma voz tr?mula... "N?o fa?a isso. Eu tenho direitos.” Jenn sorriu para ele, mas n?o se afastou da porta do arm?rio. Ela estava prestes a pedir ao m?sico retr?grado para ir ? delegacia para responder a mais perguntas quando Riley disse, “Obrigada pelo seu tempo, Sr. Scoville. N?s agora vamos embora.” O sorriso de Jenn desapareceu. Ela se sentiu confusa. Mas viu que Riley, Bill e o chefe de pol?cia estavam todos indo para a porta. Obedientemente, Jenn os seguiu para fora do compartimento. Quando voltaram pelo corredor e desceram as escadas, Riley disse para Jenn... “O que pensa que estava fazendo l? atr?s? Voc? n?o pode andar por a? sem um mandado.” Jenn disse, “Eu sei disso, Riley. Eu n?o ia abrir o arm?rio.” Riley disse, "Bem, fico feliz em ouvir isso." "N?o vamos lev?-lo para interrogat?rio?" Jenn perguntou. "N?o" Disse Riley. "Por que n?o?" Riley suspirou e disse, "Estou com fome. Vamos pegar algo para comer. Podemos falar sobre isso ent?o.” A discuss?o foi interrompida quando o chefe Brennan os levou para um local de fast food pr?ximo. Jenn e seus colegas pediram seus hamb?rgueres e sentaram-se em uma mesa juntos. Ent?o Riley disse para Jenn, "Agora me diga seus pensamentos sobre Duane Scoville". Jenn sentiu que Riley estava prestes a dar-lhe uma pequena li??o de perguntas e respostas sobre o trabalho policial. N?o fique na defensiva, Jenn disse a si mesma com firmeza. Afinal, ela provavelmente iria aprender alguma coisa, gostasse ou n?o. Pensou sobre a pergunta de Riley Quais s?o os meus pensamentos sobre Duane Scoville? Ela pensou na entrevista e repassou algumas partes dela em sua mente. Ela se lembrou de seu sorriso quando mencionou que a pe?a de Vivaldi tinha sido a favorita de Robin... "Espero que a toquem no funeral dela." Por que um roqueiro como ele estaria sequer ouvindo Vivaldi, aparentemente o mesmo excerto repetidas vezes? Exceto talvez para se vangloriar. Ent?o ela se lembrou de seu olhar de nojo quando desligou a m?sica. Auto-repugn?ncia. Jenn poderia pensar em uma boa raz?o para ele se sentir assim. "Eu acho que ele ? culpado" Disse Jenn. Riley sorriu um pouco e disse, "Eu tamb?m penso que sim". CAP?TULO SETE Riley podia ver o choque no rosto de Jenn com o que ela acabara de dizer. A boca da agente mais jovem ficou aberta por um momento. Jenn deu uma r?pida olhada para Bill e o capit?o Brennan, que estavam ouvindo atentamente, em seguida, olhou para Riley. Riley reprimiu um sorriso e esperou Jenn dizer alguma coisa. Finalmente Jenn perguntou, "Voc? acha que ele ? culpado tamb?m? Culpado de assassinato?” "Eu n?o disse isso" Disse Riley. "Ent?o o que voc? quer dizer?" Riley viu que Bill agora estava sorrindo largamente e Brennan apenas parecia perplexo. Mas ela n?o queria dizer exatamente o que dissera, pelo menos n?o de forma definitiva. Ela queria espica?ar sua jovem protegida com perguntas. Afinal, Jenn ainda tinha algumas coisas para aprender sobre como pensar como um agente da UAC. E talvez Riley pudesse persuadir Jenn a ver as coisas na sua perspetiva em rela??o a Duane Scoville. Riley perguntou, "Quais foram suas primeiras impress?es quando voc? entrou no apartamento?" Jenn pensou. “Bem, foi estranho. Quer dizer, a m?sica era estranha o suficiente para um m?sico de rock. Mas a maneira como o lugar parecia... a casinha de Robin n?o era assim. Tudo l? estava t?o limpo. E conservador.” "Dif?cil de acreditar que j? foram casados, hein?" Riley disse. Jenn encolheu os ombros e disse, "N?o foram felizes, de qualquer maneira." Riley sorriu um pouco. "N?o ? t?o dif?cil para mim acreditar" Disse Riley. "Eu tenho uma ideia de como ? se casar quando voc? ? jovem e est?pido. ? praticamente a hist?ria da minha vida. Robin e Duane provavelmente estavam loucos de amor e felizes por um tempo. O casamento deles pode n?o ter durado o suficiente para que percebessem o pouco que tinham em comum.” Jenn disse, "Mas… mas ele parecia t?o..." Riley disse, “Culpado. Sim, eu sei. Ele tinha suas raz?es. Por que voc? acha que o casamento deles acabou? Al?m dessas diferen?as que provavelmente os teriam separado de qualquer forma?” Jenn olhou para seu hamb?rguer intocado, obviamente tentando pensar em uma resposta. Riley disse, "Bem, n?o ? muito dif?cil descobrir. O que voc? sabe sobre o passado recente de Robin?” Jenn disse, "Ela sofreu um acidente de carro no ano passado e perdeu uma perna e..." Riley podia ver uma luz nos olhos de Jenn. "Oh meu Deus" Disse Jenn. “Duane n?o conseguia lidar com isso. Ele se casou com uma linda jovem, casou com ela porque ela era linda, mas de repente ela estava... bem, mutilada. Ele simplesmente n?o a considerava mais atraente.” Riley assentiu. "Em suma, ele era um idiota superficial." Jenn assentiu lentamente e disse, “E ele tamb?m sabe disso. Que ele era um idiota, quero dizer. Ele se sentiu culpado por isso assim que a largou. Mas agora que ela est? morta...” Jenn parou por um momento, depois continuou. “Ele continua pensando, se ao menos tivesse sido um marido melhor, um ser humano melhor, Robin ainda estaria viva hoje. E ele pode muito bem estar certo. Ent?o, sua culpa est? devorando-o agora.” Jenn balan?ou a cabe?a e acrescentou, “N?o ? de admirar que ele tenha agido assim. Mas… e o arm?rio? Por que ele ficou t?o nervoso quando eu agi como se fosse abri-lo?” Riley riu e disse, "Voc? tamb?m ficaria nervosa se tivesse dois agentes do FBI e um chefe de pol?cia em seu quarto, e tivesse um cachimbo escondido em seu arm?rio". Jenn revirou os olhos. "Claro. Eu deveria saber." Riley n?o disse nada. A verdade era... N?s realmente n?o sabemos de nada. Por tudo o que Riley realmente sabia, Duane Scoville poderia ter matado sua esposa. Talvez mat?-la fosse uma tentativa desesperada de apagar sua vergonha em abandon?-la - uma tentativa que falhara miseravelmente. Riley n?o achava que seria o caso, mas n?o tinha certeza. Eles realmente n?o tinham nada e ela estava apenas tentando evitar que Jenn tirasse conclus?es precipitadas. E ela estava feliz por Jenn n?o estar ficando brava e defensiva como tinha acontecido quando estavam no Mississippi. Naquele momento, o celular do chefe Brennan tocou. Ele atendeu a chamada, ent?o rapidamente segurou o telefone com a m?o para dizer a Riley e seus colegas... “? o agente Sturman no telefone. Ele diz que sua equipe entrou em contato com os Copeland na Europa. Eles disseram que sua c?mera foi configurada para gravar continuamente e salvar tudo o que gravou durante sua aus?ncia. Sturman diz que eles entendem a urg?ncia da situa??o e nos deram permiss?o para analisar seu feed de seguran?a. Eles tamb?m entregaram todas as informa??es necess?rias para visualiz?-lo.” Riley viu o rosto de Bill se iluminar. "Isso significa que n?o teremos que ir atr?s de um mandado, e depois lidar com a empresa de seguran?a" Disse ele. Riley tamb?m estava excitada. Ela perguntou, "Como acessamos o feed?" Jenn sugeriu, "Pelo que sei sobre esses sistemas, devemos ser capazes de nos conectar online, de qualquer computador ou at? mesmo de celular". "Eu vou descobrir" Disse o chefe Brennan. Ele falou novamente com Sturman no telefone e tirou algumas notas. Ent?o terminou a liga??o e mostrou ao grupo suas anota??es. Ele disse, “Sturman me deu um link, um nome de usu?rio e uma senha. N?s dever?amos poder dar uma olhada aqui e agora.” Riley olhou para Jenn, que obviamente entendia melhor esses sistemas do que ela ou Bill. Ela disse para Jenn, "V? em frente, veja o que voc? pode fazer." O chefe Brennan entregou suas anota??es para Jenn, que tirou o laptop da bolsa e abriu-o na mesa. Demorou apenas alguns segundos para ela fazer a conex?o. Todos na mesa se aglomeraram ao redor do laptop para que pudessem ver a imagem na tela. A imagem n?o estava n?tida ou clara. Mas foi exatamente o que Riley esperava com base na posi??o da c?mera. Ela apontou e disse, “Olhe, esta ? a rua bem em frente ? casa dos Copeland. Embora voc? n?o consiga ver, a casa de Robin Scoville est? fora da imagem, do outro lado da rua.” "Ent?o o que estamos procurando?" Perguntou o Chefe Brennan. Riley reprimiu um suspiro. Essa ? uma boa pergunta, Pensou. Ela pensou em sua tentativa de se conectar com a mente do assassino na casa de Robin Scoville. Lembrou de imaginar como o assassino encontrou Robin olhando pela janela da frente, depois se arrastando atr?s dela e a pegando de surpresa. Robin estava olhando para alguma coisa l? fora. Riley tinha certeza disso. Ela disse aos outros, “Estamos procurando por qualquer coisa nas primeiras horas da manh?. N?o ? prov?vel que vejamos o verdadeiro assassino na rua, mas podemos ter sorte. Parecia que Robin estava olhando pela janela da frente quando foi atacada. Talvez possamos ter uma pista do que ela viu l? fora. Eu n?o sei o que pode ser. Espero que saibamos se virmos n?s mesmos.” Ent?o ela disse ao chefe Brennan, "Voc? disse a morte de Robin tinha ocorrido por volta das quatro da manh?, certo?" Brennan encolheu os ombros. "Essa ? a hora aproximada que o m?dico legista nos deu" Ele respondeu. "? algo em que podemos trabalhar" Disse Riley. “Jenn, comece a filmagem ?s, digamos, tr?s e meia. Passe r?pido at? vermos algo interessante.” Jenn avan?ou rapidamente a filmagem. No in?cio, a rua estava vazia. Ent?o um carro passou sem parar. Alguns minutos depois, outro carro passou e a rua ficou vazia novamente. Ent?o Jenn parou o feed. "O que ? isso?" Ela perguntou, apontando para algo grande e volumoso que tinha aparecido. Olhando para a imagem parada, o chefe Brennan disse, “? s? um caminh?o de lixo. Nada sinistro.” Talvez n?o, Pensou Riley. Mesmo assim, ela disse para Jenn, “Recue e passe devagar”. Jennifer recuou a imagem antes do caminh?o de lixo aparecer. Ent?o percorreu cada frame. O caminh?o era do tipo com bra?os mec?nicos que pegavam automaticamente latas de lixo. Embora a c?mera n?o mostrasse a casa de Robin, ela mostrou a m?quina pegando o caixote e jogando o lixo no caminh?o. Mas Riley viu algo muito mais importante que isso. Ela apontou para a tela e disse, "Est? um homem ali". Os companheiros de Riley olharam mais de perto para a tela enquanto Jenn continuava a percorrer as imagens quadro a quadro. Com certeza, um homem estava andando ao lado do caminh?o. A imagem de baixa resolu??o n?o mostrou nada claramente. Ele parecia pouco mais do que uma silhueta confusa. Quando o caminh?o terminou de despejar o lixo de Robin, ele se dirigiu para a casa seguinte. Mas o homem ficou parado ali. Riley percebeu com um formigamento... Ele est? olhando para a casa de Robin. Ent?o Riley disse para Jenn... "Pare nesse frame!" Jenn parou o feed, olhou para a imagem e perguntou... "O que ele est? fazendo agora?" A figura sombria parecia ter levantado um bra?o. "Quase parece que ele est? apontando uma arma" Disse Brennan. "Mas a v?tima n?o foi baleada." "Parece que ele est? apontando para alguma coisa" Disse Bill. "Apontando para a v?tima?" Jenn perguntou. “Amea?ando ela?” Riley disse, "Continue correndo devagar." Jenn correu o frame de imagens quadro a quadro. Riley e seus colegas puderam ver o homem parado ali por um momento, com o bra?o levantado, olhando na dire??o da casa da v?tima. Ent?o ele abaixou o bra?o e saiu da imagem. Riley disse para Jenn, "Fa?a tudo novamente." Jenn recuou as imagens para o ponto onde o caminh?o estava aparecendo, ent?o correu devagar. Mais uma vez, Riley e seus colegas viram o caminh?o parar para pegar o caixote de lixo de Robin. Mais uma vez, eles viram um homem andando ao lado do caminh?o. Viram o caminh?o come?ar a sair de vista, depois o homem de p?, gesticulando e finalmente deixando a cena. "Quem era aquele cara?" O chefe Brennan perguntou com uma voz espantada. "O que ele estava fazendo?" Jenn acrescentou. E para onde ? que ele foi? Perguntou-se Riley. CAP?TULO OITO Riley suspirou desanimada. Simplesmente n?o havia mais nada para ver. Ela e seus colegas estavam olhando fixamente para a tela enquanto Jenn mostrava as imagens da c?mera de seguran?a v?rias vezes. Mas a c?mera n?o estava bem focada para essa dist?ncia da casa que foi montada para proteger. O homem andando ao lado do caminh?o permaneceu um borr?o indistinto. N?o encontraram nenhuma pista que indicasse por que ele subitamente sa?ra do quadro ou para onde tinha ido. N?o voltou a aparecer. Riley disse, "Temos que descobrir quem ? esse homem. Ele e o motorista do caminh?o parecem ser os ?nicos seres vivos naquela rua naquele momento ”. "Esse cara estava em movimento no momento aproximado do assassinato" Acrescentou Jenn. "N?s podemos estar aqui a ver o assassino." "O caminh?o parece ter continuado seu caminho sem ele" Disse Bill. "N?o podemos ter certeza de que estavam juntos." "Eu acho que sei como encontrar algumas respostas" Disse o chefe Brennan. Ele pegou o celular. "Eu tenho um n?mero direto para Roger Link, diretor de obras p?blicas aqui em Wilburton." Brennan digitou um n?mero e ligou o viva-voz para que Riley e seus colegas pudessem ouvir. Quando Brennan colocou o diretor na linha, disse, "Roger, fala Clark Brennan". A voz respondeu alegremente, "Ei, como voc? est?, Clark?" Brennan co?ou o queixo e disse, “Bem, espero que voc? possa me ajudar com um problema. Tenho certeza que voc? sabe sobre o assassinato que aconteceu na noite anterior.” "Sim. Coisa horr?vel.” Brennan disse, “Alguns agentes do FBI e eu estamos olhando para um feed de seguran?a e vemos que um caminh?o de coleta de lixo passou pela casa da v?tima mais ou menos na altura do assassinato. Havia um cara a p? ao lado do caminh?o e ele agiu de forma um pouco estranha”. Ele disse, "Certamente voc? n?o suspeita de nenhum dos nossos caras de saneamento". Brennan disse, "Honestamente, Roger, n?o sabemos o que diabos pensar. Mas precisamos saber quem estava trabalhando naquela rota em particular naquela noite.” "Nossos homens geralmente trabalham sozinhos" Respondeu o diretor. "Agora que estamos usando esses ve?culos de capta??o de bra?o rob?tico, eles nem interagem mais com as pessoas em suas rotas. De um modo geral, as coisas s?o melhores assim.” Brennan deu-lhe o endere?o de Robin Scoville. "OK, vou ver o que posso descobrir" Disse o diretor. Riley e seus colegas ouviram barulho em um teclado. Ent?o o diretor falou novamente. “Eu posso ter descoberto algo para voc?. Isso ? um pouco incomum. O nome do motorista dessa rota ? Dick Abbott. Naquela noite, ele teve algu?m trabalhando com ele, um jovem chamado Wesley Mannis. Parece que Wesley mora em Wilburton House, uma instala??o do DID.” Jenn perguntou, "DID?" "Defici?ncias intelectuais e de desenvolvimento" Disse o diretor. O chefe Brennan perguntou, "Ent?o isso significa que ele ? retardado ou deficiente f?sico ou...?" "Eu n?o sei" Disse o diretor. “Mas a instala??o e a cidade organizam um programa para moradores residentes no DID. A cidade contrata os residentes para trabalhos fora das instala??es, ajudando-os a ter uma vida normal. Esse Wesley Mannis fazia parte desse programa e seu trabalho era algo n?o muito exigente. Realmente, ele apenas caminhava ao lado do caminh?o e garantia que nenhum lixo ca?sse. N?o ? muito trabalho, mas deu a ele algo para fazer at?...” O diretor fez uma pausa. Riley teve que morder a l?ngua para n?o perguntar... "At? o qu??" Depois de outro barulho de teclado, o diretor disse, “Dois dias atr?s, o motorista apresentou um relat?rio dizendo que Wesley havia desaparecido em algum momento durante o turno daquela manh?. Somos obrigados a fazer isso quando esses trabalhadores n?o aparecem.” "Essa foi a manh? em que Robin Scoville foi assassinada" Disse Jenn. "Voc? consegue identificar o tempo?” Perguntou Brennan. "N?o" Respondeu o diretor. "Isso n?o diz exatamente quando, onde ou por que Wesley desapareceu. Aparentemente, Wesley apenas se afastou em algum lugar ao longo da rota e o motorista n?o sentiu falta dele imediatamente. O Departamento de Obras P?blicas alertou Wilburton House que um de seus moradores tinha sa?do em um emprego e... bem, isso ? tudo que o relat?rio diz.” Riley perguntou, "Nada sobre se Wesley acabou aparecendo na Wilburton House?" "N?o, eu acho que voc? vai ter que descobrir isso com a equipe l?." "N?s vamos fazer isso, obrigado" Disse o chefe Brennan. Ele terminou a liga??o e olhou para Riley e seus dois colegas. "O que acham?" Perguntou aos tr?s agentes. “Talvez este Wesley Mannis seja nosso assassino?” Riley n?o tinha ideia e, a julgar pelo sil?ncio dos colegas, parecia-lhe que nem Jenn nem Bill tinham. "Se ?" Jenn finalmente disse timidamente, "j? o apanhamos." "N?o seria legal e f?cil?" Bill murmurou. Mas a possibilidade n?o convencia Riley. Ser? que o mesmo residente da mesma instala??o foi para New Haven h? uma semana e matou Vincent Cranston durante sua corrida matinal na trilha Friendship Woods? Riley achou isso dif?cil de acreditar. Ela disse a Brennan, "Precisamos ir a Wilburton House". Brennan assentiu e digitou outro n?mero em seu celular. Quando a recepcionista da instala??o atendeu, ele disse, “Chefe de pol?cia Clark Brennan aqui. Eu tenho tr?s agentes do FBI ouvindo essa liga??o. N?s precisamos saber - voc? tem um morador a? chamado Wesley Mannis? ” "Sim." "Ele est? na instala??o agora?" "Eu vou verificar." Depois de uma breve pausa, a recepcionista disse, "Sim, ele est? em seu quarto." Aparentemente inseguro sobre o que perguntar em seguida, Brennan olhou apelativamente para Riley e seus colegas. Riley disse ? recepcionista, "Precisamos saber sobre as atividades de Wesley Mannis h? dois dias, durante as primeiras horas da manh?". Um breve sil?ncio caiu. Em seguida, a recepcionista disse, "Sinto muito, e espero que voc? entenda, mas n?o me sinto muito ? vontade para compartilhar informa??es sobre um paciente por telefone. Voc? poderia vir falar com algu?m da equipe pessoalmente?” "N?s vamos para a?" Disse o chefe Brennan. Brennan conduziu Riley e seus colegas pela cidade at? Wilburton House. Enquanto Brennan estacionava seu carro, Riley ficou impressionada com o tamanho da instala??o que parecia uma pequena mans?o projetada com bom gosto. Quando todos entraram, foram imediatamente recebidos por uma mulher alta, esbelta e sorridente, vestida com alegres tons pastel. Ela deu um passo em dire??o ao chefe de pol?cia, apertou sua m?o e disse, “Voc? deve ser Clark Brennan. Creio que n?o nos conhecemos. Eu sou a Dra. Amy Rhind e sou a diretora das instala??es.” Riley, Bill e Jenn mostraram seus distintivos e se apresentaram a ela. A Dra. Rhind convidou-os a se sentarem no confort?vel sagu?o. Ela disse, "Sei que est?o aqui por causa de um de nossos residentes, Wesley Mannis". A testa dela se franziu de preocupa??o e acrescentou, "Estou feliz que estejam aqui. Talvez nos possam ajudar a entender o que aconteceu com ele. Receio que seja um mist?rio.” Essa palavra alarmou Riley um pouco. Um mist?rio. Ela estava esperando por respostas, n?o perguntas. Riley ouviu Bill perguntar baixinho. Um mist?rio? Isso pode n?o ser t?o legal e f?cil, afinal. CAP?TULO NOVE Riley estava come?ando a se sentir preocupada. Eles tinham ido ali procurar uma solu??o, n?o outro mist?rio. Ela n?o podia imaginar o que a Dra. Rhind queria dizer quando declarou... "Talvez nos possam ajudar a entender o que aconteceu com ele." A recepcionista n?o dissera a Riley e seus colegas ao telefone que Wesley Mannis estava em seu quarto? Riley perguntou, "Voc? est? dizendo que Wesley est? desaparecido?" A Dra. Rhind sacudiu a cabe?a. "N?o, ele est? aqui, mas..." Ela ficou em sil?ncio por um momento e disse, "Por favor, poderiam explicar por que est?o aqui?" Chefe Brennan disse, "Dra. Rhind, n?s temos conhecimento que Wesley faz parte de um programa que faz parte de um acordo entre sua institui??o e a cidade. Ele est? trabalhando com um motorista de saneamento durante um turno matinal. Isso est? certo?" "Isso mesmo" Disse a Dra. Rhind. Brennan continuou, “Bem, n?s o pegamos em um v?deo de seguran?a. Ele estava em frente ? casa de uma mulher que foi assassinada naquela noite. Depois desapareceu.” Os olhos da Dra. Rhind se arregalaram. Ela disse, “Oh, n?o. Certamente n?o suspeitam que Wesley...” Sua voz sumiu e ela olhou em seu redor desconfortavelmente. Tentando parecer reconfortante, Riley disse, "N?o sabemos o que pensar, Dra. Rhind. N?s s? precisamos conversar com Wesley.” Dra. Rhind disse, "Eu n?o tenho certeza se ? poss?vel. Wesley ? severamente autista. E como muitas pessoas autistas, ele tem s?rios problemas com habilidades sociais e de linguagem. Ele estava fazendo um grande progresso por um tempo e o programa de trabalho parecia estar fazendo muito bem, realmente tirando-o da concha”. Com um suspiro, a Dr. Rhind acrescentou, “Ent?o, h? duas noites, o Departamento de Obras P?blicas ligou para informar que ele desaparecera. N?s est?vamos terrivelmente preocupados, mas ele apareceu aqui algumas horas depois. Aparentemente andou todo o caminho de volta de onde quer que estivesse. Mas…" Ela apertou as m?os preocupada e continuou. "Ele teve algum tipo de rev?s terr?vel. Ele estava se dando muito bem, mas agora voltou a ser completamente incomunicativo. N?o sab?amos por qu?, apesar de raramente sabermos com nossos residentes autistas. Seu progresso ? muitas vezes irregular e temos que lidar com nossa parcela de decep??es. Mas pelo que voc? est? dizendo, talvez o rev?s dele tenha algo a ver com...” Конец ознакомительного фрагмента. 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