*** Твоей Луны зеленые цветы… Моей Луны беспечные рулады, Как светлячки горят из темноты, В листах вишневых сумрачного сада. Твоей Луны печальный караван, Бредущий в даль, тропою невезенья. Моей Луны бездонный океан, И Бригантина – вера и спасенье. Твоей Луны – печальное «Прости» Моей Луны - доверчивое «Здравствуй!» И наши параллельные пути… И З

Obcecada

Obcecada Morgan Rice Mem?rias de um Vampiro #12 Um livro que pode competir com CREP?SCULO e DI?RIOS DE VAMPIROS e far? com que voc? queira continuar lendo at? a ?ltima p?gina! Se voc? gosta de aventura, amor e vampiros, este ? o livro para voc?! Vampirebooksite. com (sobreTRANSFORMADA) OBCECADA ? o livro #12- e livro final - da s?rie best-seller MEM?RIAS DE UM VAMPIRO, que come?a com TRANSFORMADA (Livro #1) - um download gratuito com mais de 900 avalia??es cinco estrelas! Em OBCECADA, Scarlet Paine, de 16 anos, corre para salvar seu verdadeiro amor, Sage, antes que ele seja morto nas m?os dos Imortais. Afastada de seus amigos e familiares - e com apenas uma noite restando antes que Sage seja exterminado - Scarlet ? for?ada a escolher se deve sacrificar tudo por ele. Caitlin e Caleb correm desesperadamente para salvar sua filha, ainda determinados a encontrar uma maneira de curar Scarlet e acabar com o vampirismo de uma vez por todas. Sua busca os leva a um segredo chocante atr?s do outro, enquanto buscam a antiga cidade perdida dos vampiros, escondida nas profundezas da Esfinge no Egito. O que encontram pode mudar o destino da ra?a dos vampiros para sempre. No entanto, pode ser tarde demais. A na??o dos Imortais tem a inten??o de matar Scarlet e Sage, enquanto Kyle, est? em uma f?ria assassina, transformando Vivian e todo o col?gio em seu pr?prio ex?rcito de vampiros, determinado a destruir a cidade. Em OBCECADA, o surpreendente final da s?rie de 12 livros de MEM?RIAS DE UM VAMPIRO, Scarlet e Caitlin se encontram em um impasse monumental - que mudar? o mundo para sempre. Scarlet far? o sacrif?cio final para salvar a vida de Sage? Caitlin desistir? de tudo para salvar sua filha? Ser? que ambas arriscar?o tudo por amor?Morgan Rice prova mais uma vez que ? uma talentosa contadora de hist?rias…Agradar? uma grande variedade de p?blico, incluindo jovens f?s do g?nero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixar? impressionado. The Romance Reviews (sobre Amada) obcecada (Livro #12 na s?rie Mem?rias de um Vampiro) Morgan Rice Morgan Rice Morgan Rice ? a autora n?mero #1 do best-seller da USA Today da s?rie de fantasia ?pica THE SORCERER’S RING (O ANEL DO FEITICEIRO), formado at? agora por dezessete livros; da s?rie best-seller n?mero #1 THE VAMPIRE JOURNALS (MEM?RIAS DE UM VAMPIRO), uma s?rie composta por doze livros; da s?rie best-seller n?mero #1 THE SURVIVAL TRILOGY (A TRILOGIA DA SOBREVIV?NCIA), um thriller p?s-apocal?ptico com dois livros at? o momento; e da s?rie de fantasia ?pica KINGS AND SORCERERS (REIS E FEITICEIROS), formada por seis livros. Os livros de Morgan est?o dispon?veis em edi??es de ?udio e impressas e suas tradu??es est?o dispon?veis em mais de 25 idiomas. Morgan quer ouvir a sua opini?o, ent?o, por favor, sinta-se ? vontade para visitar seu website www.morganricebooks.com (http://www.morganricebooks.com) para fazer parte da lista de e-mails, receber um livro de gra?a, ganhar brindes, baixar o novo aplicativo, ficar por dentro das ?ltimas novidades exclusivas, conectar ao Facebook e Twitter e manter contato! Cr?tica selecionada para Morgan Rice "Um livro que pode competir com CREP?SCULO e DI?RIOS DO VAMPIRO, e far? com que voc? queira continuar lendo at? a ?ltima p?gina! Se voc? gosta de aventura, amor e vampiros, este ? o livro para voc?!" --Vampirebooksite.com (sobre TRANSFORMADA) "Rice faz um ?timo trabalho ao trazer o leitor para dentro da hist?ria desde o in?cio, usando uma incr?vel qualidade descritiva que transcende a mera pintura do cen?rio... Bem escrito e extremamente r?pido de ler." --Black Lagoon Reviews (sobre Transformada) "Uma hist?ria ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um ?timo trabalho tramando uma inesperada reviravolta… Inovador e ?nico. A s?rie acontece em torno de uma garota… uma incr?vel garota!... F?cil de ler, mas de ritmo extremamente acelerado. Apropriado para maiores de 12 anos." -- The Romance Reviews (sobre Transformada) "Prendeu minha aten??o desde o in?cio e n?o deixou mais escapar… Esta hist?ria ? uma aventura incr?vel, de ritmo intenso e cheia de a??o desde o in?cio. N?o h? um momento entediante sequer." -- Paranormal Romance Guild (sobre Transformada) "Cheio de a??o, romance, aventura e suspense. Ponha as suas m?os nesse e se apaixone mais uma vez." -- Vampirebooksite.com (sobre TRANSFORMADA) "Uma trama incr?vel e ? especialmente o tipo de livro dif?cil de parar de ler ? noite. O suspense do final ? t?o espetacular que imediatamente voc? vai querer comprar o livro seguinte, s? para ver o que acontece." -- The Dallas Examiner (sobre Amada) "Morgan Rice prova mais uma vez que ? uma talentosa contadora de hist?rias… Agradar? uma grande variedade de p?blico, incluindo jovens f?s do g?nero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixar? impressionado." --The Romance Reviews (sobre Amada) Livros de Morgan Rice SOBRE COROAS E GL?RIA ESCRAVA, GUERREIRA, RAINHA (Livro # 1) REIS E FEITICEIROS Ascens?o dos Drag?es (Livro # 1) ASCENS?O DOS VALENTS (Livro # 2) O PESO DA HONRA (Livro # 3) A FORJA DE VALOR (Livro # 4) UM REINO DE SOMBRAS (Livro # 5) NOITE DOS AUDACIOSOS (Livro # 6) O ANEL DO FEITICEIRO EM BUSCA DE HER?IS (Livro # 1) MARCHA DE REIS (Livro # 2) UM DESTINO DOS DRAG?ES (Livro # 3) UM GRITO DE HONRA (Livro # 4) UM VOTO DE GL?RIA (Livro # 5) A CHARGE OF VALOR (Livro # 6) A RITE OF SWORDS (Livro # 7) A GRANT OF ARMS (Livro # 8) A SKY OF SPELLS (Livro # 9) A SEA OF SHIELDS (Livro # 10) A REIGN OF STEEL (Livro # 11) A LAND OF FIRE (Livro # 12) A RULE OF QUEENS (Livro # 13) AN OATH OF BROTHERS (Livro # 14) A DREAM OF MORTALS (Livro # 15) A JOUST OF KNIGHTS (Livro # 16) A GIFT OF BATTLE (Livro # 17) A TRILOGIA DA SOBREVIV?NCIA ARENA UM: COMERCIANTES DE ESCRAVOS (Livro # 1) ARENA DOIS (Livro # 2) MEM?RIAS DE UM VAMPIRO TRANSFORMADA (Livro # 1) AMADA (Livro # 2) TRA?DA (Livro # 3) DESTINADA (Livro # 4) DESEJADA (Book # 5) COMPROMETIDA (Livro # 6) PROMETIDA (Livro # 7) ENCONTRADA (Livro # 8) RESSUSCITADA (Livro # 9) COBI?ADA (Livro # 10) PREDESTINADA (Livro # 11) OBCECADA (Livro # 12) Ou?a ? s?rie MEM?RIAS DE UM VAMPIRO em formato de ?udio livro! Direitos Reservados © 2016 por Morgan Rice Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pela lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publica??o pode ser reproduzida, distribu?da ou transmitida por nenhuma forma ou meio, ou armazenada em banco de dados ou em sistemas de recupera??o, sem a permiss?o pr?via do autor. Este e-book est? dispon?vel somente para seu uso pessoal. Este e-book n?o deve ser revendido nem doado a outras pessoas. Se voc? quiser compartilhar este livro com outra pessoa, por favor, adquira uma c?pia adicional para cada um. Se voc? est? lendo este livro e n?o pagou por ele, ou se este n?o foi comprado apenas para seu uso pessoal, por favor, devolva-o e adquira seu pr?prio exemplar. Obrigado por respeitar o trabalho deste autor. Esta ? uma obra de fic??o. Nomes, personagens, empresas, organiza??es, locais e incidentes s?o frutos da imagina??o do autor ou s?o utilizados ficticiamente. Qualquer semelhan?a com pessoas reais, vivas ou mortas, ? mera coincid?ncia. A ilustra??o da capa ? um direito autoral de GoingTo, usada sob licen?a da Shutterstock.com. ?NDICE CAP?TULO UM (#ue56e520f-bddd-5522-8bb4-f263384ab425) CAP?TULO DOIS (#u5c26283e-fa7c-5417-8d95-ca3b1dc57dc0) CAP?TULO TR?S (#u4f0003ea-7806-57a0-9fe0-7c8e578949d6) CAP?TULO QUATRO (#u6f465eb6-5773-55c0-831b-f7107ba8998a) CAP?TULO CINCO (#u188c9511-7069-5235-9c7e-21bfa1fd785b) CAP?TULO SEIS (#u9947b239-7ae6-5e4e-9019-1a41ac1be97c) CAP?TULO SETE (#u744b15ca-c229-5d81-9863-77dca2e76c32) CAP?TULO OITO (#u5d3c9e9e-32ef-535f-9d74-623b53d43704) CAP?TULO NOVE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZ (#litres_trial_promo) CAP?TULO ONZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DOZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO TREZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO QUATORZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO QUINZE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZESSEIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZESSETE (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZOITO (#litres_trial_promo) CAP?TULO DEZENOVE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E UM (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E DOIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E TR?S (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E QUATRO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E CINCO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E SEIS (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E SETE (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E OITO (#litres_trial_promo) CAP?TULO VINTE E NOVE (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E UM (#litres_trial_promo) CAP?TULO TRINTA E DOIS (#litres_trial_promo) "Assim, com um beijo, eu morro." William Shakespeare Romeu e Julieta CAP?TULO UM Do telhado do antigo Castelo Boldt, Scarlet Paine podia ouvir os gritos agonizantes de Sage. Eles ecoavam pela fria noite de novembro, cada um lhe dava a sensa??o de um corte de faca em seu cora??o. Ela n?o podia suportar a ideia de Sage estar sendo torturado at? a morte por sua pr?pria esp?cie, porque ele a amava, porque ele n?o iria mat?-la para poder viver mais dois mil anos. Scarlet jamais sonhara que seria amada t?o apaixonadamente por algu?m, t?o apaixonadamente que poderiam realmente morrer por ela. E, no entanto, ali estava ela, prestes a fazer o mesmo por ele. Lore, o primo de Sage, a atra?ra para o Castelo Boldt. O tempo de vida de dois mil anos dos Imortais acabaria assim que a lua sumisse e Lore estava desesperado para lhe tirar a vida, a ?nica maneira de salvar a deles. Ela, o ?ltimo vampiro na Terra, teria que ser sacrificada. Mesmo Scarlet sabendo que era uma armadilha, ela tinha que ir. Ela sabia que sua vida terminaria naquela noite, mas valeria a pena se fosse uma chance de salvar Sage. Outro grito de Sage ecoou pela noite. Scarlet n?o suportava escutar sua agonia por mais tempo. Ela se manteve em p?, batendo suas asas de modo que estava pairando uma ou duas polegadas acima das telhas de ard?sia inclinadas do castelo. Ent?o, com o cora??o batendo forte, ela entrou voando pela janela. A sala tinha, pelo menos, cem p?s de altura. Scarlet mergulhou nas sombras do teto abobadado e se empoleirou no cimo de uma das velhas vigas de madeira. Ela sentiu uma onda de calor que vinha por baixo dela e olhou para baixo. O sal?o estava lotado com uma multid?o agitada e raivosa de Imortais. Devia haver, no m?nimo, mil deles ali. A multid?o parecia um enxame de insetos ?quela dist?ncia, alguns andavam para l? e para c?, enquanto outros se elevavam algumas jardas acima do solo. Eles estavam suficientemente longe, pelo menos, para n?o conseguirem not?-la escondida ali. Scarlet agarrou-se a sua viga, sentindo as palmas de suas m?os ficarem cada vez mais escorregadias com sua transpira??o ansiosa, esperando sua chance, preparando-se psicologicamente para saltar. L? embaixo, os Imortais estavam olhando para um ponto em particular: uma plataforma ligeiramente levantada, que estava em outra extremidade do sal?o. Havia um homem incrivelmente alto no palco, segurando um longo bast?o. Ele parecia estar apontando o bast?o para uma grande cruz. Scarlet inclinou a cabe?a, confusa, pois a cruz pareceu se mover. Foi ent?o que ela percebeu que havia algu?m acorrentado ? cruz, algu?m que se contorcia de dor cada vez que o cajado do homem encostava-se a ele. Seu cora??o deu uma guinada quando ela percebeu: Sage. F?ria percorreu cada fibra do ser de Scarlet. O homem que ela amava estava amarrado por seus bra?os e pernas. Sua cabe?a estava inclinada para frente, pendendo de exaust?o sobre seu peito, e seu cabelo estava ensopado de suor. Havia sangue escorrendo pelo seu torso, criando uma po?a aos seus p?s. Scarlet queria gritar para ele, mas ela sabia que deveria ficar calada para n?o arriscar chamar aten??o da multid?o barulhenta. Ela se sentiu mal do est?mago sabendo que a tortura de Sage estava sendo exibida, que ele era o centro do ?dio deles. Scarlet assistiu com horror quando o homem com um longo manto vermelho no palco brandiu o bast?o com uma cruz em uma ponta contra o ch?o. As telhas de pedra fizeram um barulho que reverberou atrav?s do espa?o cavernoso. "Voc? vai renunciar?" o homem gritou. "Voc? vai dar a menina?" Ele parecia ser o instigador da tortura e Scarlet concluiu que tamb?m devia ser o l?der dos Imortais. Ela se lembrou de Sage lhe contando sobre o homem que liderava sua ra?a. Seu nome era Octal e, pelo que Sage lhe havia dito, ele era um tirano violento. "Responda!" Octal gritou. A multid?o juntou-se com uma alta aclama??o. Scarlet n?o conseguiu ouvir a resposta de Sage daquela dist?ncia, mas ela sabia que o que ele tinha dito n?o era o que Octal queria ouvir, porque ele se inclinou para frente e empurrou o bast?o de metal contra o peito de Sage. Sage soltou um grito de gelar o sangue. Scarlet n?o conseguia mais se conter. Ela saltou da viga onde estava agachada e gritou a plenos pulm?es. "PARE!" Quando ela come?ou a mergulhar em dire??o ? multid?o, os Imortais abaixo voltaram seus olhares para ela, em um movimento brusco e repentino. Scarlet vacilou e suas asas, de repente, falharam com terror. Ela come?ou a despencar pelo ar, em dire??o ? colis?o com a multid?o enfurecida abaixo. De longe, Scarlet podia ouvir Sage gritando seu nome. Era o grito de um homem desesperado e apaixonado, um homem cujo cora??o estava sendo arrancado para fora de seu corpo, um homem cuja dor ao ver a ra?a de seu amor em dire??o ? morte era muito maior do que a dor da tortura que ele tinha acabado de enfrentar. Scarlet bateu as asas freneticamente, mas era in?til. O terror que ela sentia havia dominado seus poderes. Ela estava caindo cada vez mais r?pido em dire??o ?s multid?es furiosas. Ela sabia que, quando ela os alcan?asse, eles a rasgariam em peda?os, j? que sua morte era a ?nica maneira de eles sobreviverem. Suas vaias e gritos ficaram mais altos quanto mais perto ela chegava deles. Quando ela caiu, o tempo pareceu desacelerar e os rostos de seus amigos e familiares passaram pelos seus olhos - sua melhor amiga, Maria, sua m?e, Caitlin, Ruth, o c?o. At? mesmo Vivian passou por sua mente, mesmo que Scarlet a odiasse. E ent?o um belo rosto passou diante de seus olhos, um que a fez engasgar. Era o rosto de Sage. Em sua estranha queda em c?mera lenta, Scarlet conseguiu tombar sua cabe?a para o lado, de modo que seus olhos se encontraram com os de Sage. Embora ele estivesse coberto de suor e sangue e fazendo caretas de dor, ele n?o lhe parecia menos bonito do que a mem?ria perfeita que seu c?rebro tinha evocado. Quando eles fizeram contato com os olhos, Scarlet sentiu uma onda de amor correr atrav?s dela. Embora ela soubesse que estava a poucos segundos de morrer, ela n?o estava com medo, porque sabia que ela morreria sendo amada. Ela fechou os olhos e se preparou para o impacto. Mas antes de Scarlet bater no ch?o, Octal avan?ou e fixou seus olhos transl?cidos em sua forma em queda. Sem esfor?o e sem emo??o, ele se elevou no ar e estendeu a m?o para ela. Ela sentiu m?os apertarem em torno de seu bra?o. Ele a puxou para ele como se a arrancasse do ar. De repente, a sensa??o de urg?ncia e de acelera??o que ela estava sentindo fora substitu?da por uma gentil calmaria, enquanto eles come?avam a flutuar de maneira controlada para o ch?o. Scarlet abriu os olhos, quase incapaz de acreditar que ela n?o estava morta. Mas, enquanto o medo da morte imediata era drenada para fora do corpo de Scarlet, ela sabia que o perigo n?o tinha passado. Octal podia t?-la poupado de ter seu c?rebro detonado contra os azulejos duros da igreja, mas ela sabia que ele n?o tinha salvado sua vida por compaix?o. Ele era um torturador. Ocorreu a Scarlet que ele a tinha salvado apenas para mat?-la de uma forma mais desagrad?vel. Ela olhou, por cima do ombro de Octal, para Sage. "Scarlet!" Sage gritou. Octal deixou Scarlet cair. A multid?o avan?ou, mas Octal ergueu os bra?os como se quisesse mant?-los afastados. A multid?o obedeceu. Scarlet n?o sabia por que, mas Octal estava dando a ela e a Sage uma ?ltima oportunidade de estar juntos, uma ?ltima chance de dizer adeus. Com os olhos de mil Imortais enfurecidos sobre ela, Scarlet correu para Sage. Seus olhos borraram de l?grimas quando ela lan?ou seus bra?os ao redor dele e enterrou o rosto em seu pesco?o. Sua pele estava queimando, como se lutasse contra uma febre. Ela o abra?ou o mais apertado que conseguia, temendo que aquela fosse a ?ltima vez que ela o faria. "Scarlet," Sage murmurou em seu ouvido. Ela recuou e ergueu a cabe?a. Seus olhos estavam inchados e machucados, seu l?bio inferior estava aberto e inchado. O cora??o de Scarlet do?a ao v?-lo assim. Ela queria beij?-lo, tirar a sua dor e cur?-lo, mas sabia que n?o tinha tempo. Em vez disso, ela afastou uma mecha de cabelo de seu rosto e deu um beijo delicado em sua testa, a ?nica parte dele que parecia n?o estar ferida ou atingida. "Como voc? me encontrou?" Ele perguntou. "Lore. Ele me deixou um bilhete contando que estava aqui." Medo brilhou nos olhos de Sage. "? uma armadilha. Eles v?o mat?-la." "Eu sei," Scarlet engasgou. "Mas eu tinha que v?-lo. Minha vida est? em ru?nas de qualquer maneira." Ela pensou em seus pais e suas constantes discuss?es, na promessa de sua m?e em erradic?-la, de sua casa de cabe?a invadida por Lore, em Vivian, que a odiava, e em suas amigas, que pareciam ter se virado contra ela. "Voc? ? a ?nica coisa boa que resta em minha vida," acrescentou ela com sinceridade. "Voc? n?o se lembra de que eu lhe disse que, se voc? morrer, eu morreria por voc??" Ela tentou sorrir tranquilizadoramente, mas o olhar nos olhos de Sage fez um po?o de dor se abrir dentro de seu est?mago. Ele balan?ou a cabe?a. "Eu queria que voc? vivesse, Scarlet," ele engasgou, estremecendo pela dor causada pelo bast?o de Octal. "Voc? n?o entende? A ?nica coisa que me confortava durante a tortura era saber que voc? viveria sua vida quando eu partisse." Ele suspirou. "Mas agora n?s dois vamos morrer." Scarlet segurou a cabe?a pesada de Sage em suas m?os. "E sobre o que eu quero?" "Voc? ? jovem," disse Sage com uma careta de sofrimento. "Voc? n?o sabe o que quer. Eu vivi dois mil anos e a ?nica coisa que j? fez sentido para mim ? voc?. N?o que voc? morra por mim!" "Juliet era muito jovem?" Scarlet respondeu com firmeza, lembrando-se da noite m?gica que haviam passado juntos assistindo o espet?culo de Shakespeare. Naquele momento, Scarlet sentiu a multid?o agitada atr?s dela e sabia que Octal n?o conseguiria segur?-los por mais tempo. "De qualquer forma," disse ela, abrindo um sorriso agridoce para Sage, "? tarde demais para mudar de ideia." "N?o ?," Sage contestou. "Por favor, Scarlet. V? para longe. Ainda h? tempo." Scarlet respondeu, pressionando um beijo feroz contra seus l?bios. "Eu n?o tenho medo de morrer," ela respondeu com firmeza. Em seguida, ela passou o bra?o em volta da cintura e se virou para a multid?o assassina. "Enquanto estivermos juntos." CAP?TULO DOIS Uma guerra de vampiros. O mar abaixo de Caitlin era t?o negro quanto ? noite. Ela ouviu o som do motor vibrando quando o pequeno avi?o militar subiu por entre as nuvens, as palavras que se repetiam na cabe?a de Caitlin. Ela mal podia compreender como haviam chegado naquela situa??o, como sua filha tinha voado para longe ? noite, deixando ela e Caleb perseguindo-a desesperadamente. A preocupa??o que ela sentia por Scarlet a consumia, fazendo borboletas de p?nico tomar conta de seu est?mago. Caitlin sentiu uma sensa??o forte, primal mexendo dentro dela. Scarlet estava em algum lugar nas proximidades. Caitlin tinha certeza. Ela sentou-se e segurou o bra?o de Caleb. "Voc? pode senti-la?" ele perguntou, estudando sua express?o. Caitlin apenas balan?ou a cabe?a, cerrando os dentes, como se o anseio de precisar estar com sua filha crescesse dentro dela. "Ela est? em perigo, Caleb," disse Caitlin, segurando as l?grimas que amea?avam sufoc?-la. Caleb olhou para tr?s, para fora do para-brisa, e repousou sua mand?bula. "Estaremos com ela em breve. Eu juro. Tudo ficar? bem." Caitlin queria desesperadamente acreditar nele, mas uma parte dela estava c?tica. Scarlet havia voado de bom grado para aquele lugar, aquele castelo cheio de perversos Imortais. Como sua m?e, Caitlin sentiu que n?o tinha escolha a n?o ser ir em frente. Como um vampiro, Scarlet corria certamente mais em perigo do que um adolescente comum. Outra pontada de saudade atingiu Caitlin. Mas desta vez foi pior do que antes. N?o foi apenas a dor da separa??o de sua filha que Caitlin estava sentindo, era algo ainda pior. Scarlet estava em perigo mortal. "Caleb," Caitlin disse apressadamente. "Ela est? por ai e est? em apuros. Temos de pousar. Agora." A urg?ncia em sua voz fez suas palavras sa?rem em um sussurro urgente. Caleb assentiu e inclinou sua vis?o para o lado. Abaixo deles, as ondas negras se agitaram. "N?o h? lugar para pousarmos," disse ele. "Eu n?o quero tentar um pouso na ?gua. ? perigoso demais." Sem perder o ritmo, Caitlin disse: "Ent?o vamos ter de ejetar." Os olhos de Caleb se arregalaram. "Caitlin, voc? enlouqueceu?" Mas, assim que ele perguntou, viu que ela estava pegando o pacote do paraquedas. "N?o estou louca," disse ela. "Sou apenas uma m?e cuja filha precisa dela." Assim que as palavras deixaram seus l?bios, a dolorosa necessidade de ver sua filha a inundou novamente. Ela conseguia enxergar uma figura ao longe e pensou que, talvez, fosse um edif?cio. Pingos de chuva come?aram a cair, desenhando linhas sobre o vidro e refletindo a luz brilhante da lua e as m?os de Caleb apertando os controles. "Voc? quer que eu abandone o avi?o," disse ele, com calma, mais como uma afirma??o do que uma pergunta. Caitlin fechou o paraquedas em seu corpo. "Sim." Ela estendeu o outro pacote de paraquedas para Caleb. Ele apenas olhou para ela, a express?o em seu rosto era de incredulidade. "N?o h? lugar para pousar o avi?o," Caitlin acrescentou com firmeza. "Voc? mesma disse isso." "E se a gente se afogar?" Caleb quis saber. "Se as ondas forem fortes demais? A ?gua, muito fria? Como podemos ajudar Scarlet se estivermos mortos?" "Voc? precisa confiar em mim," disse Caitlin. Caleb respirou fundo. "O qu?o certa voc? est? de que Scarlet est? por perto?" Caitlin nivelou seu olhar com o de Caleb quando outra pontada de desejo correu por ela. "Tenho certeza." Caleb puxou ar entre os dentes e, em seguida, sacudiu a cabe?a. "N?o posso acreditar que estou fazendo isso," disse ele. Em seguida, ele rapidamente tirou as al?as de seus ombros e colocou o paraquedas. Assim que se aprontou, ele olhou para Caitlin. "Isso n?o vai ser divertido," ele falou. "E pode n?o acabar bem." Ela estendeu a m?o e apertou a m?o dele. "Eu sei." Caleb assentiu, mas Caitlin podia ver o medo no rosto e a preocupa??o em seus olhos. E ent?o ele bateu a palma da m?o sobre o bot?o de eje??o. De uma vez s?, uma rajada de vento girou em torno deles. Caitlin sentiu seu cabelo emaranhar no vento gelado e sentiu-se impelida para cima t?o rapidamente que seu est?mago parecia afundar, como se tivesse sido deixado para tr?s. E ent?o eles estavam caindo. CAP?TULO TR?S Vivian acordou de repente e se viu deitada numa espregui?adeira em seu quintal. O sol havia sumido h? muito tempo e o luar brilhou fora da superf?cie da piscina. Das janelas da mans?o de sua fam?lia, um brilho laranja e quente se espalhava pelo gramado t?o bem cuidado. ___Vivian sentou-se e foi atingida por uma onda de dor. Ela parecia irradiar de seus pr?prios poros, como se cada um de suas termina??es nervosas estivesse em chamas. Sua garganta estava seca, sua cabe?a latejava, e havia uma sensa??o pulsante como punhais atr?s de seus olhos. Vivian agarrou os lados da espregui?adeira para se firmar quando n?useas vieram. O que est? acontecendo comigo? Mem?rias come?aram a flutuar na superf?cie de sua mente, dentes caindo sobre ela, uma dor excruciante em seu pesco?o, o som da respira??o grotesca de algu?m em seu ouvido, o cheiro de sangue enchendo suas narinas. Vivian agarrou as laterais com mais for?a quando lembran?as horr?veis lhe passaram por sua cabe?a. Seu cora??o batia r?pido e seu est?mago despencou enquanto ela se lembrou de que finalmente do momento em que Joe a transformara em um vampiro. Ao entender, a espregui?adeira se quebrou. Vivian deu um salto, alarmada com sua for?a. Com isso, a dor que ela estava sentindo imediatamente dissipou. Sentia-se diferente, quase como se estivesse habitando um novo corpo. Um poder que n?o existia antes correu por suas veias. Por ser l?der de torcida, ela sempre fora forte e atl?tica - por?m, o que ela sentia agora era mais do que apenas aptid?o f?sica. Era mais do que for?a. Ela se sentia invenc?vel. N?o era apenas o poder. Havia algo mais se acumulando dentro dela. Raiva. F?ria. O desejo de causar dor. O desejo de vingan?a. Ela queria fazer Joe sofrer pelo que ele tinha feito com ela. Ela queria faz?-lo sofrer o tanto que ela estava sofrendo. Ela tinha apenas come?ado a caminhar em dire??o ? mans?o, determinada a juntar as pe?as e encontr?-lo, quando as portas do p?tio se abriram. Ela parou assim que sua m?e, usando seus chinelos rosa de pompom, roup?o de seda e ?culos de sol Prada, a encarou. Era t?pico de que sua m?e usar ?culos de sol mesmo quando estava escuro. Seu cabelo estava em rolos, um sinal de que ela estava se preparando para sair, provavelmente para uma de suas fun??es est?pidas na sociedade. Ao olhar para sua m?e, a recente raiva de Vivian come?ou a borbulhar at? o limite. Ela apertou as m?os em punhos. "O que voc? est? fazendo aqui fora?" sua m?e gritou, usando uma voz cr?tica e estridente que deixou os nervos de Vivian ? flor da pele. "Voc? deveria estar se preparando para a festa dos Sandersons!" Ela fez uma pausa quando Vivian deu um passo para a luz. "Meu Deus do c?u, parece que voc? est? morta! Venha para dentro rapidamente para que eu possa ajeitar o seu cabelo.” O longo cabelo loiro de Vivian j? fora seu orgulho e alegria, fonte de inveja entre seus colegas de escola e um poderoso ?m? para meninos bonitos - mas, agora, Vivian n?o conseguia se importar menos com sua apar?ncia. Tudo em que ela podia pensar eram as novas sensa??es ricocheteando atrav?s de seu corpo, a fome que corro?a a boca do seu est?mago e o desejo de matar que pulsava em suas veias. "Venha!" sua m?e chamou rispidamente, fazendo com que os rolos em sua cabe?a balan?assem. "O que voc? est? esperando a??" Vivian sentiu um sorriso se formar no canto da boca. Ela deu mais um passo lento em dire??o ? m?e. Quando ela falou, sua voz era fria e sem emo??o. "Eu n?o vou para a festa dos Sandersons." Sua m?e a encarar, seu olhar estava cheio de ?dio. "N?o vai?" Ela berrou. "Isso n?o ? uma op??o, mocinha. Este ? um dos eventos mais importantes no calend?rio deste ano. Se voc? n?o for, todos os tipos de rumores v?o come?ar a espalhar. Agora se apresse, temos apenas uma hora antes que o carro chegue. E olhe para as suas unhas! Parece que voc? esteve rastejando na sujeira!" Ela lhe lan?ou um olhar de incredulidade misturado com descren?a e vergonha. A raiva de Vivian s? aprofundou. Ela pensou na forma em que sua m?e a tratara durante toda a sua vida, sempre colocando suas premiadas fun??es da sociedade em primeiro lugar, s? se preocupava se Vivian se encaixava na imagem perfeita que ela queria projetar para todo mundo. Ela odiava essa mulher, mais do que conseguia expressar. "Eu n?o vou para a festa os Sandersons," Vivian rosnou, se aproximando. Ela ent?o percebeu que havia uma palavra para o que ela estava fazendo: cercando. Era o que grupos de animais faziam na natureza quando se aproximam de suas presas. Uma ansiedade de antecipa??o a percorreu enquanto observava a mudan?a de express?o de sua m?e passar de frustra??o para medo. "Eu n?o vou para a festa dos Sandersons," Vivian repetiu "ou dos Johnsons, dos Gilbertons, dos Smythes. Eu n?o vou mais para nenhuma festa." O olhar nos olhos de sua m?e era algo que Vivian n?o queria nunca esquecer. "O que deu em voc??" ela questionou, desta vez, com um tremor nervoso em sua voz. Vivian se aproximou. Ela lambeu os l?bios e estalou pesco?o. Sua m?e recuou, horrorizada. "Vivian...," ela come?ou. Mas ela n?o teve a chance de terminar. Vivian atacou, mostrando os dentes e estendendo as m?os. Ela pegou sua m?e, for?ou a cabe?a dela para tr?s e afundou os dentes em seu pesco?o. Seus ?culos de sol Prada voaram para o ch?o e ela os esmagou sob seus p?s. O cora??o de Vivian acelerou quando o gosto met?lico de sangue invadiu sua boca. E, quando sua m?e caiu molemente em seus bra?os, Vivian sentiu uma enorme sensa??o de triunfo. Ela a soltou e o corpo sem vida de sua m?e caiu no ch?o, n?o era nada mais que um monte de membros torcidos e roupas de grife. Seus olhos mortos olhavam diretamente para Vivian, sem enxergar. Vivian olhou para baixo e lambeu o sangue de seus l?bios. "Adeus, m?e," disse ela. Ela se virou e correu pelo jardim sombrio, correndo cada vez mais r?pido, a pr?xima coisa que ela sabia era que ela estava voando, para o ar da noite, sobre sua propriedade imaculada, adentrando a fria noite. Ela iria encontrar o homem que fizera isso com ela e iria despeda??-lo membro a membro. CAP?TULO QUATRO A lua cheia brilhava acima de Kyle, fazendo com que as ?rvores que ladeavam a rua suburbana de Vivian parecessem com silhuetas de esqueletos. Ele lambeu o sangue seco de seus l?bios, saboreando seu delicioso assassinato, recordando a express?o de medo e terror de Vivian. Isto o sustentou. Ela iria, ele resolveu, ser a primeira de muitos, a primeira v?tima no ex?rcito de vampiros que ele estava prestes a construir. O col?gio. L? seria o pr?ximo lugar. Ele tinha um desejo ardente de encontrar a menina que o tinha transformado - Scarlet. Talvez ela estivesse l? - ou algu?m que soubesse onde ela estava. Se n?o, tudo bem de qualquer forma - haveria uma fonte infinita de crian?as e jovens se transformando. Desde o seu banquete com Vivian, ele tinha come?ado a apreciar o sabor dos adolescentes e ela gostava da ideia de ter um pequeno ex?rcito obediente seguindo-o por a?. Mais do que isso, ele gostava da ideia de causar estragos naquela cidade - e no mundo. Kyle come?ou a correr pela cal?ada, ent?o ele parou de repente e riu para si mesmo. Lembrou-se de que era um vampiro agora, com for?a e habilidade acima do sonho de qualquer ser humano - e, mais importante, tinha a capacidade de voar. Era a ?nica coisa que ele ainda n?o tinha tentado totalmente. E agora ele queria sentir tudo, sentir tudo plenamente. Ele queria subir para o c?u e olhar para aquelas formigas insignificantes que viviam suas mon?tonas vidas abaixo dele. Ele queria mergulhar no ar e ca??-los como uma ?guia escolhendo sua presa. Ele sorriu para si mesmo ao dar dois grandes passos e se levantar para o ar. Foi emocionante. O vento passava correndo por ele, despenteando seu cabelo enquanto ele voava mais e mais alto no c?u. Abaixo dele, ele podia ver as pequenas luzes cintilantes da cidade. Ele pensou em todas as pessoas em suas casas, ignorantes ao inferno que ele estava prestes a desencadear. Ele riu para si mesmo, imaginando o caos que criaria em breve. Nada lhe daria mais alegria do que arruinar todas aquelas vidas. Logo Kyle viu o col?gio ao longe, muito abaixo. A pol?cia tinha montado um bloqueio em torno de uma grande ?rea do bairro, incluindo cada estrada que levava para a escola. Cada rota tinha filas de carros de pol?cia. Idiotas, Kyle pensou ao voar bem acima deles, despercebido. Eles estavam sendo ignorantes. Claramente, a ideia de um assassino vampiro ? solta era demais para os seus pequenos c?rebros processarem, ent?o eles o rebaixaram a apenas um assassino comum. Eles n?o faziam ideia. ? medida que Kyle se aproximava da entrada da escola, ele podia ver peda?os fita policial agitando-se ao vento, de onde aqueles dois homens tinham tentado desarm?-lo. Ele podia ver seu pr?prio sangue no concreto. Ele cerrou os punhos e pensou que ningu?m poderia det?-lo. Ele era imortal agora. Carro, balas, nada poderia impedi-lo. Ele decidiu ent?o entrar pela porta de tr?s. Ele voou sobre o campo de atletismo, onde havia uma aula de futebol sob o brilho dos holofotes, e pousou sob as sombras. Usando sua vis?o super agu?ada, ele concentrou-se em dois carros de pol?cia estacionados perto de uma curva, pensavam que estavam fora de vista. Talvez, Kyle pensou com um sorriso, eles estivessem fora da vista de um ser humano. Mas n?o de um vampiro. O lugar estava em desordem. Vidro quebrado e lixo estavam espalhados por todo o pavimento. Ele se perguntou como diabos eles conseguiram convencer os alunos a permanecerem na escola. Era aquela ignor?ncia intencional mais uma vez, ele concluiu. Ele andou em dire??o ?s portas do gin?sio fechadas, considerando que aquele era o jeito mais f?cil de entrar na escola. Ali, ele notou, tamb?m havia seguran?a extra. Kyle podia ver que havia um cara corpulento grande perto das portas, maior at? do que ele era. Ele era o tipo de seguran?a que seria mais bem colocado em uma boate feia do centro do que em uma escola secund?ria. Kyle apenas sorriu para si mesmo, saboreando o desafio de enfrentar o homem. Ele foi confiante at? o guarda de seguran?a, observando a maneira como a m?o do homem deslizou at? a cintura. Kyle imaginou que ele podia estar pegando tanto uma arma quanto um walkie-talkie para backup. Sequer perturbou Kyle. As armas n?o poderiam mat?-lo e at? mesmo uma centena de policiais n?o faria mais do que atras?-lo. "Voc? tem coragem de voltar para c?," o seguran?a disse enquanto Kyle caminhava at? ele. "Voc? ? um homem procurado. Cada policial e cada seguran?a da cidade sabe o seu rosto. Toda a cidade est? ? sua procura." Kyle sorriu e abriu os bra?os. "E, no entanto, aqui estou," respondeu ele. O seguran?a tentou n?o deixar transparecer preocupa??o em seu rosto, mas Kyle podia enxerg?-la. "O que voc? quer?" ele perguntou, sua voz tr?mula. Kyle acenou com a cabe?a em dire??o ?s portas do gin?sio. Ele podia ouvir a batida de m?sica que vinha de dentro e poderia imaginar todas as l?deres de torcida dentro no meio de seu treino. Ele queria transformar cada uma delas. Kyle foi at? o guarda de seguran?a e agarrou-o pelo pesco?o, levantando-o do ch?o. Mesmo que ele fosse maior e mais alto do que Kyle, a for?a de Kyle era superior. O homem mal parecia pesar mais do que uma crian?a. "Eu quero fazer um ex?rcito," Kyle sussurrou no ouvido do homem. O homem soltou um gemido estrangulado e chutou o ar. Kyle abaixou a cabe?a e mordeu o pesco?o do guarda. O homem tentou chorar, mas o aperto de Kyle ao redor de seu pesco?o era forte. Ele n?o pode fazer nenhum enquanto seu sangue era drenado. Kyle deixou o homem cair aos seus p?s, sabendo que ele tinha criado seu segundo vampiro. Quando acordasse, renascido, ele estaria em seu ex?rcito. Soldado n?mero dois. Kyle abriu as portas do gin?sio e a m?sica pop alta estourou para fora junto com o cheiro de suor e os aplausos das meninas treinando. "Ei!" uma menina gritou da arquibancada. "Voc? n?o pode ficar aqui." Ela estava vestindo a mesma roupa de l?der de torcida, assim como o resto das meninas. Ela estourou em dire??o a Kyle e parou na frente dele, encarando-o com uma careta. "Saia daqui!" Ela exigiu. Kyle ignorou suas ordens. "Voc? conhece Scarlet Paine?" Ele questionou. Ela fez uma careta. "Aquela esquisita? Eu sei sobre ela." Atr?s da menina, as outras l?deres de torcida se viraram para ver o que estava acontecendo. "Onde ela est??" Kyle perguntou. A menina deu de ombros. "Como eu saberia?" Ela perguntou. Kyle se lan?ou para frente e agarrou-a, puxando-a acima de sua cabe?a. As outras meninas come?aram a gritar. "Se alguma de voc?s sabe onde Scarlet Paine est?," Kyle berrou para elas, "? melhor que voc?s comecem a falar agora." As l?deres de torcida se encolheram. A menina que Kyle estava segurando acima de sua cabe?a se retorceu. Apenas uma das meninas que prestavam aten??o teve coragem suficiente para dizer alguma coisa. "Eu n?o sei onde ela est?," ela respondeu, tremendo. "Mas suas amigas, Becca e Jasmine, est?o no coral da escola. Elas est?o praticando no corredor." Kyle estreitou os olhos para a menina. "Voc? est? dizendo a verdade?" Ela apertou os l?bios e balan?ou a cabe?a. Finalmente, Kyle colocou a garota relutante em seus bra?os no ch?o. Ela correu para o resto das meninas e elas se amontoaram ao seu redor, mantendo-a segura por tr?s delas, algumas estavam chorando. Kyle foi at? a parede e tirou uma escada de madeira. Ele arrancou um dos longos degraus de madeira e o usou para impedir que as portas do gin?sio deslizassem. "Ningu?m se move," ele instruiu as meninas aterrorizados. Ele ainda queria transform?-las, mas precisava seguir a pista primeiro. Ele podia ouvir o choro abafado atr?s dele ao sair do gin?sio e chegar aos corredores da escola. Apesar das alterca??es e tiros anteriores, o lugar ainda estava lotado com crian?as. Kyle riu para si mesmo quando ele percebeu que deviam ter pensado que cercar a escola com carros da pol?cia seria suficiente para mant?-lo longe. Eles estavam tentando manter tudo normal para n?o assustar nenhum aluno nem os pais da comunidade. "Como essas pessoas podem ser t?o burras?" Kyle pensou consigo mesmo enquanto sorria. Kyle se aproximou de um grupo de alunos alternativos que estavam perto dos arm?rios. Pareciam o tipo de adolescentes com quem ele andava junto na escola, o tipo que iria acabar sem diplomas e destinado a trabalhar em bares para o resto de suas vidas. "Cara," um dos rapazes disse, cutucando o amigo ao lado dele. "Olha s? esse vagabundo". Kyle caminhou at? o grupo e deu um murro no arm?rio ao lado deles, criando um buraco. O grupo saltou com o susto. "Qual ? o seu problema, cara?" o menino disse. "O ensaio do coral," Kyle grunhiu. "Onde ??" Uma das meninas no grupo, uma g?tica com cabelo preto longo, deu um passo adiante. "Como se fossemos lhe contar." Antes que qualquer um do grupo pudesse piscar, Kyle tinha agarrado a menina e puxado a para ele. Ele afundou os dentes em seu pesco?o e chupou. Em quest?o de segundos, ela ficou mole em seus bra?os. O resto do grupo gritou. Kyle soltou a menina no ch?o e limpou o sangue de seus l?bios com as costas da m?o. "O ensaio do coral," repetiu ele. "Onde ??" O menino que tinha falado primeiro apontou um dedo tr?mulo para o corredor. Ao lado dele, duas de suas amigas estavam chorando e se abra?ando, seus olhares assustados paralisados no corpo da garota morta. Kyle estava quase saindo de l?, mas logo ap?s dar dois passos, ele se virou e pegou as duas meninas chorando. Ele mordeu uma primeiro, depois a outra, drenando o sangue de seus pesco?os enquanto seus gritos de dor finalmente se transformaram em sil?ncio. Ele as deixou ca?rem aos seus p?s, passou por cima delas e se dirigiu ao fundo do corredor, deixando o resto do grupo estupefato. Kyle seguiu os sons de canto at? que chegar ? sala onde o coral estava treinando. Ele escancarou as portas. O grupo soube, no instante em que ele entrou, de que todos estavam em perigo. O canto cessou imediatamente. "Jasmine. Becca," ele exigiu. As duas meninas tremendo vieram para frente. Ele pegou as duas pelos pesco?os, transportando-as do ch?o. "Scarlet Paine. Digam-me onde ela est?." As meninas chutavam o ar e se contorciam em seu aperto. Nem conseguiam falar, pois Kyle estava apertando seus pesco?os com muita for?a. "Eu sei," algu?m falou. Todo mundo se virou, surpreso. Kyle deixou Becca e Jasmine ca?rem no ch?o e olhou para a menina. "Quem s?o voc?s?" Kyle continuou. "Jojo," respondeu a menina. Ela enrolou um pouco de cabelo em seus dedos e sorriu. Ela estava usando um top Ralph Lauren. Claramente uma das amigas de Vivian. "E ent?o?" Kyle continuou. "Eu..." a menina come?ou, mas parou. "N?s est?vamos em uma festa juntas na outra noite." "E?" Kyle exigiu. "Eu a vi. Com esse cara. Um cara muito gato na verdade." Becca e Jasmine trocaram um olhar. Jojo tossiu e continuou falando. "Eles estavam falando sobre o fato de eles n?o poderem ficar juntos para sempre, porque ele estava, tipo, morrendo ou algo assim." A paci?ncia de Kyle se esgotou. Ele voou pelo ch?o at? a menina e a levantou no ar. "V? logo para o fim!" Ele gritou. A menina agarrou sua m?o em volta do pesco?o. "Igreja." Kyle estudou-a por um momento, em seguida, a colocou no ch?o. "Igreja?" A menina balan?ou a cabe?a, os olhos arregalados de terror. Ela esfregou seu pesco?o. "Igreja. Ou castelo. Ou catedral. Algo parecido. Eles... voaram juntos." Se a menina tivesse dito tal coisa antes, seus colegas a teriam ridicularizado. Mas, momentos ap?s testemunharem Kyle voar atrav?s da sala at? ela, a ideia de Scarlet Paine e algum belo rapaz voarem juntos para a luz da lua, de repente, parecia menos rebuscada. De sua pilha no ch?o, Becca piscou os olhos irritadamente para a menina. "Por que voc? lhe contou isso, Jojo?" Ela berrou. "Ele claramente quer machuc?-la!" "Lealdade ? Vivian," Jasmine respondeu sarcasticamente. As orelhas de Kyle apuraram. Ele pensou no doce sangue de Vivian. Ele se virou para Jojo. "Voc? ? uma das amigas de Vivian?" Ele perguntou. A menina assentiu. Kyle agarrou a m?o dela. "Voc? vem comigo." O coro assistiu com horror Jojo ser arrastada da sala at? o corredor. Kyle a arrastou ao longo dos corredores com ele. O lugar todo era uma cena de caos. As crian?as que tinham se transformado haviam come?ado a banquetear-se com os outros. Aqueles que ainda tinham se transformado estavam correndo e gritando, tentando fugir. Kyle acenou para a garota g?tica e seu amigo ao passar por eles, observando-os sugar o sangue de seus colegas de escola. Ao lado dele, ele sentiu Jojo estremecer. Ele chegou ao gin?sio e escancarou as portas e viu que as meninas l?deres de torcida tinham tentado formar uma pir?mide humana para sair atrav?s de uma das janelas do alto. A pir?mide caiu assim que elas perceberam que aquele homem havia retornado e frustrado o plano. "Inteligente," Kyle disse com uma risada. "Voc?s todas far?o adi??es excelentes para minha fam?lia." "Jojo!" algu?m gritou quando a amiga de Vivian foi jogada no gin?sio. Kyle olhou em volta e lambeu os l?bios. "Que a divers?o comece," disse ele para si mesmo. CAP?TULO CINCO A oficial de pol?cia Sadie Marlow olhou para a sala atrav?s da pequena janela de vidro. Naquela sala quase vazia, ela viu que havia uma cama contra uma parede. Sentada sobre ela, estava a garota com quem ela deveria conversar. O psic?logo que estava ao seu lado puxou um cart?o de acesso do bolso. Mas pouco antes de ele encost?-lo na fechadura da porta para permitir a entrada dos agentes, ele fez uma pausa e virou-se para encar?-los. "Voc?s sabem que n?o conseguimos obter nenhuma palavra intelig?vel dela ainda," disse o psic?logo. "Tudo o que ela diz ? 'Scarlet. Scarlet. Eu tenho que encontrar Scarlet'." Foi a vez de o policial Brent Waywood falar. "? por isso que estamos aqui, senhor," disse ele, apontando para seu notebook aberto. "Scarlet Paine. Esse nome continua aparecendo em nossa investiga??o." O psic?logo franziu os l?bios. "Eu entendo porque voc? est? aqui," ele respondeu. "Eu simplesmente n?o acho am?vel a pol?cia interrogar meus pacientes." Brent fechou seu notebook bruscamente, fazendo um barulho. Ele olhou para o psic?logo. "Temos policiais mortos," disse ele em um tom cortante. "Bons homens e mulheres que n?o voltar?o para casa, para suas fam?lias hoje ? noite por causa de algum psicopata que vai matar todos em seu caminho. O que ? que ele quer? Scarlet Paine. Isso ? tudo que n?s sabemos. Ent?o voc? pode ver por que questionar a sua paciente ? uma prioridade para n?s." A oficial Marlow mexeu desconfortavelmente seus p?s, frustrada pela forma com que seu parceiro parecia encontrar conflitos em toda situa??o. Ela n?o podia deixar de pensar que seu trabalho seria muito mais simples se ela pudesse fazer estas entrevistas sozinha. Ao contr?rio de Brent, ela tinha um comportamento calmo - e um jeito de lidar com testemunhas, particularmente os mentalmente vulner?veis, como a garota que eles estavam ali para ver. ? por isso que o chefe de pol?cia a tinha enviado ? unidade mental em primeiro lugar. Ela s? queria que tivessem escolhido um oficial melhor para acompanh?-la. Ela percebeu ent?o, com um sentimento de desamparo, que o chefe de pol?cia n?o tinha exatamente muitos policiais para escolher. Tirando os que cercavam o col?gio, os outros da delegacia estavam mortos ou feridos. Ela deu um passo para a frente. "N?s entendemos que a testemunha esteja em um estado vulner?vel," ela disse, diplomaticamente. "N?s vamos manter um tom civilizado. Sem perguntas exigentes. Sem levantar a voz. Confie em mim, senhor, eu tenho anos de experi?ncia em conversar com as crian?as como ela." Todos olharam pela janela para a menina. Ela estava balan?ando para frente e para tr?s, os joelhos encolhidos junto ao peito. O psic?logo finalmente pareceu satisfeito em permitir a entrada dos oficiais. Ele encostou o cart?o contra a fechadura da porta. Uma luz verde acendeu, acompanhada por um bipe. Ele guiou os dois oficiais para entrar no quarto, em dire??o ? menina curvada. Foi ent?o que a oficial Marlow notou as algemas em seus tornozelos e m?os. Restri??es. O hospital n?o usava restri??es a menos que o paciente fosse perigoso para si mesmo ou para outros. O que quer que aquela garota tivesse passado, tinha sido horr?vel. De que outro jeito uma garota do ensino m?dio de dezesseis anos de idade, sem uma mancha sequer em seu registro, de repente, poderia ser considerada perigosa? O psic?logo falou primeiro. "H? alguns oficiais aqui para v?-lo," disse ele, com calma para a menina. "? sobre a Scarlet." A cabe?a da menina se ergueu. Seus olhos estavam selvagens e percorreram as faces das tr?s pessoas diante dela. A oficial Marlow podia ver a ang?stia e o desespero em sua express?o. "Scarlet," a menina gritou, puxando suas algemas. "Eu preciso encontrar Scarlet". O psic?logo olhou para os dois oficiais, ao sair do quarto. * Maria olhou para os oficiais. Em algum lugar no fundo de sua mente, a parte s? dela ainda estava trabalhando, ainda l?cida e acordada. Mas a parte que Lore tinha mexido estava no controle, e parecia uma nuvem de tempestade escura emba?ando sua mente. Ela tinha que sair daquele lugar e encontrar Scarlet. Scarlet estaria com Sage, e Sage, ela estava certa, seria capaz de ajud?-la. Ele seria capaz de desfazer o que seu primo tinha feito com ela. Mas n?o importava o quanto ela tentasse, ela n?o conseguia explicar a ningu?m que ela n?o estava louca, que ela n?o deveria estar ali, acorrentada como um condenado. Mesmo quando suas amigas vieram v?-la, mesmo quando sua m?e segurou sua m?o e chorou, Maria n?o conseguia pronunciar as palavras. Seja o que for que Lore havia colocado dentro de seu c?rebro, era algo impenetr?vel. E estava ficando mais forte. A cada momento que passava, ela sentia sua for?a escapar. Sua capacidade de combater o controle da mente de Lore diminu?a e a parte s? dela estava se tornando cada vez mais fraca. Maria estava certa de que, se ela n?o conseguisse se salvar, acabaria por desaparecer completamente, restando uma carca?a vazia. O oficial homem ficou olhando para Maria. A oficial empoleirou-se ao seu lado, na cama. "Maria, precisamos fazer algumas perguntas," disse ela, em voz baixa. Maria tentou assentir, mas nada aconteceu. Sentia o corpo pesado. Estava exausta. Lutar contra o que quer que Lore tivesse feito ao seu c?rebro era um trabalho cansativo. "Sua amiga, Scarlet," a mulher continuou da mesma maneira suave. "Voc? sabe onde ela est??" "Scarlet," disse Maria. Ela queria dizer mais, mas as palavras n?o sa?am. Ela observou em frustra??o quando o oficial revirou os olhos. "Isso ? in?til," disse ele a sua parceira. "Oficial Waywood, voc? precisa ser paciente," a mulher virou-se para ele. "Paciente?" O oficial Waywood estourou. "Meus amigos est?o mortos! Nossos colegas est?o em perigo! N?o temos tempo para sermos pacientes!" Presa dentro de sua pr?pria mente, Maria sentia sua pr?pria frustra??o aumentar. Ela entendia a preocupa??o do oficial Waywood. Ela queria ajudar, ela realmente queria. Mas, gra?as a Lore, ela mal conseguia pronunciar uma palavra. Tirar palavras de sua boca parecia como se ela estivesse correndo em uma esteira - muito esfor?o sem sair do lugar. A policial ignorou a explos?o do oficial Waywood e voltou-se para Maria. "O homem que est? procurando sua amiga chama-se Kyle. Alguma vez voc? j? o viu antes? Ouviu Scarlet falar dele?" Maria tentou sacudir a cabe?a, mas n?o conseguiu. A policial mordeu o l?bio e brincou com o caderno nas m?os. Maria podia dizer, por seus gestos, que ela estava pesando algo em sua mente, tentando decidir se deveria falar mais. Por fim, a oficial estendeu a m?o e apertou a m?o de Maria. Ela olhou profundamente em seus olhos. "Kyle... ele ? um vampiro, n?o ??" De sua posi??o de p?, o oficial Waywood jogou os bra?os no ar e zombou. "Sadie, voc? enlouqueceu! Essa coisa de vampiro ? apenas uma idiotice!" A policial se levantou rapidamente, aproximando o rosto do homem. "N?o se atreva a dizer tal coisa," disse ela. "Eu sou uma policial. ? meu dever questionar esta testemunha. Como posso question?-la adequadamente sem lhe dizer o que sabemos?" Antes que oficial Waywood teve a chance de responder, Sadie acrescentou: "E ? oficial Marlow, por favor." O oficial Waywood lhe deu um olhar descontente. "Oficial Marlow," ele disse, enunciando atrav?s de seus dentes, "em minha opini?o profissional, introduzir a ideia de vampiros para uma testemunha mentalmente inst?vel ? uma m? ideia." De seu lugar na cama, Maria come?ou a balan?ar. Ela podia sentir a parte s? dela, enterrada t?o profundamente por baixo de tudo o que Lore tinha feito a ela, come?ando a vir ? tona. De alguma forma, o fato de a oficial Marlow acreditar em vampiros estava ajudando as pe?as presas de sua mente a se libertarem. Ela tentou falar e, finalmente, um barulho veio da sua garganta. "Guerra." Os dois oficiais pararam de discutir e olharam para Maria. "O que ela disse?" disse o oficial Waywood com uma carranca em seu rosto. A oficial Marlow correu para a cama e sentou-se ao lado dela. "Maria?" Ela perguntou. "Diga isso de novo." "Gue…" Maria tentou. Ela fechou os olhos e respirou fundo. Sua lucidez estava voltando para ela. Sua mente estava se tornando sua novamente. Finalmente, ela conseguiu pronunciar a palavra. "Guerra." A policial Marlow olhou para seu colega. "Eu acho que ela est? dizendo 'guerra'". Ele balan?ou a cabe?a, com uma express?o preocupada no rosto. Maria respirou fundo outra vez, desejando que a parte l?cida assumisse o controle para dizer-lhes o que ela t?o desesperadamente precisava. "Vampiro," disse ela por entre os dentes cerrados. "Vampiro. Guerra." O rosto da oficial Marlow empalideceu. "Continue," ela pediu ? Maria. Maria lambeu os l?bios. Precisou for?ar cada grama de seu corpo para permanecer presente. "Kyle," disse ela com uma careta. "L?der." A oficial Marlow apertou a m?o de Maria. "Kyle vai liderar uma guerra de vampiros?" Maria apertou de volta e assentiu. "Scarlet," acrescentou. "?nica. Esperan?a." Marlow exalou e endireitou-se. "Voc? sabe onde Scarlet ??" Maria rangeu os dentes e falou com o maior cuidado que conseguiu. "Com o Sage... no castelo." De repente, uma dor profunda come?ou dentro do c?rebro de Maria. Ela gritou e agarrou sua cabe?a, puxando os cabelos em seus punhos apertados. Imediatamente, ela soube que sua parte s? estava sendo dominada de novo pelo que Lore havia feito para ela. Ela estava se esvaindo. "Ajude-me!" Ela gritou. Ela come?ou a puxar suas amarras e a se debater descontroladamente. Em p?nico, a oficial Marlow se levantou. Ela olhou por cima do ombro para o seu parceiro. "Avise o departamento," ela ordenou. Ela tentou acalmar Maria, mas a menina estava descontrolada. Ela estava gritando mais e mais. A porta se abriu e psic?logo entrou apressado. "O que aconteceu?" Ele gritou. "Nada," a oficial Marlow disse, recuando. "Ela simplesmente se descontrolou." Ela se afastou enquanto o psic?logo tentava acalmar Maria e ficou ao lado de seu parceiro. "Voc? ligou?" ela perguntou, ofegante de ang?stia. "N?o," ele respondeu laconicamente. A policial Marlow franziu a testa e pegou o walkie-talkie. Mas Waywood inclinou-se e o agarrou de suas m?os. "N?o," ele retrucou. "O chefe n?o quer ouvir essa porcaria. Ele tem que tomar conta de toda sua equipe e voc? quer incomod?-lo porque uma garota louca pensa que h? uma guerra de vampiros!" Sobre o som dos gritos de Maria, Sadie Marlow falou com uma voz apressada, insistente. "O Chefe enviou-nos aqui por uma raz?o. Por que ele iria querer questionar uma 'garota louca' se ele n?o achasse que ela poderia ajudar? Kyle quer Scarlet Paine. Essa menina," ela apontou para Maria, "? o mais pr?ximo que vamos chegar de encontr?-la e talvez acabar com essa coisa. Se ela sabe alguma coisa, ent?o eu tenho certeza que o Chefe vai querer saber." Waywood sacudiu a cabe?a. "Tudo bem," disse ele, empurrando o walkie-talkie de volta para ela. "? a sua carreira em risco, n?o a minha. Deixe o chefe pensar que voc? ? uma lun?tica." Marlow arrebatou o dispositivo de seu parceiro e clicou no bot?o. "Chefe? ? Marlow. Eu estou no instituto com a testemunha." O walkie-talkie estalou. A oficial Marlow fez uma pausa, pesando suas palavras. "Ela disse que vai haver uma guerra de vampiros. Liderados por Kyle. E a ?nica pessoa que pode par?-los ? Scarlet Paine." Ela olhou para as sobrancelhas levantadas do seu parceiro, sentindo-se uma tola. Em seguida, o walkie-talkie tocou novamente e a voz do chefe de pol?cia soou. "Estou chegando." CAP?TULO SEIS Scarlet tossiu e limpou a poeira de seus olhos. Sua mente rodou enquanto tentava entender o que estava acontecendo ao seu redor. Em um momento os Imortais estavam avan?ando sobre ela e Sage, no momento seguinte, uma tremenda explos?o abalou o castelo. Em seguida, o teto tinha cedido, trazendo consigo tijolos, madeiras, e pesadas telhas de ard?sia. Scarlet olhou a sua volta e descobriu que ela estava em um casulo de escombros. Estava t?o escuro que ela mal podia enxergar. Uma poeira grossa obstru?a seus pulm?es, tornando sua respira??o dif?cil. "Sage?" Scarlet gritou para a escurid?o. Algo agitou-se ao lado dela. "Scarlet?" veio a voz de Sage. "? voc??" O cora??o de Scarlet saltou quando ela percebeu que seu amado ainda estava vivo. Ela arrastou-se sobre pedras e detritos em dire??o a forma arqueada de Sage. Assim que ela chegou a ele, apertou seus l?bios contra os dele. "Estou com voc?," ela sussurrou. "Scarlet, ? tarde demais," ele respondeu. Mas Scarlet n?o estava escutando. Ela passou os bra?os em torno de seu torso nu e o colocou sentado. Ele tombou, fraco, mal conseguindo suporta seu pr?prio corpo "O que aconteceu?" ele perguntou, inspecionando os danos, sua voz pouco mais que um coaxar. "Eu n?o tenho ideia," Scarlet respondeu. Ela olhou ao redor novamente e, desta vez, come?ou a notar o emaranhado de Imortais esparramados pelo ch?o ou presos sob vigas do teto e aglomerados de tijolos e pedras. Chamas subiram de v?rias ?reas diferentes, como estranhos arbustos laranjas. Octal jazia im?vel no ch?o. Seu cajado estava ao lado dele, quebrado ao meio, e a cruz na ponta que tinha sido usado para perfurar Sage estava em chamas. Scarlet n?o sabia dizer se Octal estava morto ou n?o, mas ele certamente parecia incapaz de causar qualquer dano no momento. Ent?o Scarlet reconheceu a fuselagem de metal retorcido de um avi?o militar entre os escombros. Ela engasgou. "Foi um avi?o," disse ela. "Um avi?o militar caiu no castelo." Sage sacudiu a cabe?a, confus?o cruzou sua testa. "N?o h? nenhuma raz?o para um avi?o estar aqui," ele respondeu. "Este castelo fica no meio do nada." "A n?o ser que estivessem procurando por ele," Scarlet terminou a frase em seu lugar, assim que ela percebeu. "A n?o ser que estivessem procurando por mim.” Ent?o, um monte de tijolos foram deslocados e Sage fez uma careta quando um bateu em sua perna. "Temos que sair daqui," Scarlet respondeu. N?o era apenas o perigo do edif?cio danificado que a preocupava, mas tamb?m os Imortais. Eles tinham que escapar antes que algu?m retomasse seus sentidos. Ela se virou para Sage. "Voc? consegue correr?" Ele olhou para ela com olhos cansados. "Scarlet. ? tarde demais. Estou morrendo." Ela rangeu os dentes. "N?o ? tarde demais." Ele agarrou-lhe as m?os e olhou profundamente em seus olhos. "Ou?a. Eu amo voc?. Mas voc? tem que me deixar morrer. Acabou." Scarlet virou o rosto para longe dele e limpou a ?nica l?grima que caiu de seu olho. Quando ela se virou para tr?s, ela estendeu a m?o e puxou o bra?o de Sage atrav?s de seu ombro, deixando-o em uma posi??o ereta. Ele gritou de dor e caiu sobre ela. Quando ela come?ou a carreg?-lo atrav?s do entulho e atrav?s das nuvens de fuma?a acre, ela disse: "N?o acabou at? eu disser que acabou." * O castelo estava em desordem. Embora o avi?o que colidiu fosse pequeno, os danos no antigo edif?cio tinham sido colossais. Scarlet atravessava os corredores enquanto as paredes desmoronavam ao seu redor. Ela segurou Sage firmemente ao seu lado e ele se apoiou nela, gemendo de dor. Ele estava t?o fraco e fr?gil que fazia o cora??o de Scarlet apertar. Tudo o que queria era lev?-lo para algum lugar seguro. Foi ent?o que ela ouviu gritos vindo de tr?s. "Eles est?o fugindo!" Scarlet percebeu, com uma sensa??o de desamparo, que eles estavam despertando e que, apesar de o castelo estar destru?do e muitos de sua ra?a estarem feridos e moribundos ao seu redor, seu desejo de vingan?a iria lev?-los adiante. "Sage," disse Scarlet, "eles est?o vindo atr?s n?s. Precisamos ir mais r?pido." Sage engoliu em seco e fez uma careta. "Eu estou indo o mais r?pido que consigo." Scarlet tentou apressar o passo, mas a fraqueza de Sage estava deixando-os muito lentos. Ele teve que parar de correr. Ela tinha que encontrar um lugar seguro para se esconderem, para que pudessem ao menos se despedir. Ela olhou por cima do ombro e viu v?rios Imortais avan?ando. Ali, na parte de tr?s, meio escondido pelas sombras, ela viu Octal. Ent?o ele n?o estava morto. ? medida que o grupo se aproximava deles, Scarlet viu que metade do rosto de Octal estava gravemente queimada. Ele devia estar sentindo bastante dor, mas, mesmo assim, ainda queria fazer mal a ela e Sage. Scarlet ficou muito triste ao pensar que o amor entre ela e Sage indignava tanto os Imortais. De repente, um poderoso acidente fez Scarlet saltar, enquanto um s?bito jato de ?gua gelada a encharcou. Ela olhou por cima do ombro esquerdo e percebeu que um lado inteiro do castelo desmoronou no mar, causando uma onda poderosa para cima deles. Ela ouviu gritos e olhou para tr?s, viu os Imortais caindo no mar. Eles ca?ram t?o rapidamente que nem sequer tiveram tempo para voar para algum lugar seguro e, assim que as ondas os pegaram, o mar bravo os tragou. Quando as telhas come?aram a ceder sob seus p?s, Scarlet bateu as costas contra a parede do corredor e pressionou Sage com seu bra?o. A ?gua negra se agitou v?rios p?s abaixo deles. Scarlet, de repente, sentiu como se estivesse se equilibrando precariamente na borda de uma montanha. A ?nica pessoa que restava em p?, do outro lado de um grande abismo, era Octal. Scarlet sabia que ele n?o levaria mais do que alguns segundos para voar aquela dist?ncia entre eles. Mas, em vez disso, ele decidiu esperar. Ele acha que ? imposs?vel. Ele acha que n?s vamos morrer. "R?pido," ela disse a Sage. "Antes de cairmos no mar." O oceano frio respingou em seu rosto enquanto ela o levava atrav?s da borda. A cada passo, mais pavimento rompia e caia no oceano. O cora??o de Scarlet disparou com ang?stia. Ela rezou para que eles conseguissem sair do castelo em seguran?a. "Ali," ela disse para Sage. "S? mais alguns passos." Mas assim que as palavras deixaram seus l?bios, as telhas sob os p?s de Sage racharam. Ele s? teve tempo de olhar em seus olhos antes que o piso cedesse e ele ca?sse para baixo, para a escurid?o. "Sage!" Scarlet gritou, sua m?o estendida, tentando alcan??-lo. Mas ele se fora. Scarlet olhou para o outro lado do abismo e viu que um sorriso se espalhou pelo rosto terrivelmente desfigurado de Octal. Sem um segundo de hesita??o, Scarlet pulou da beira como um mergulhador salta de sua plataforma, e foi em dire??o ? figura de Sage em queda. Segundos antes de cair no oceano, ela o acolheu em seus bra?os. "Peguei voc?," ela sussurrou, apertando-o contra o peito. Sage era pesado. Scarlet s? conseguiu pairar no ar. Eles estavam a poucas polegadas acima das ?guas trai?oeiras. Ela sabia que n?o poderia voar para o alto, pois isso revelaria a Octal que tinham sobrevivido e ele os atacaria imediatamente. Foi ent?o que ela viu umas cavernas ? sua direita. Eles eram naturais, corro?das na rocha s?lida pelo oceano ao longo dos s?culos. O castelo devia ter sido constru?do em cima delas. Scarlet n?o perdeu tempo. Ela voou para dentro da caverna, com Sage em seus bra?os, e o pousou no ch?o. Ele caiu para tr?s e gemeu. "Estamos bem," Scarlet lhe disse. "Conseguimos." Mas ela estava toda molhada e tremendo. Seus dentes batiam enquanto falava. Quando ela segurou a m?o de Sage, ela percebeu que ele estava tremendo demais. "N?s n?o conseguimos," ele finalmente disse. "Tenho lhe dito o tempo todo, eu vou morrer. Esta noite." Scarlet balan?ou a cabe?a, fazendo as l?grimas de suas bochechas voarem. "N?o," ela disse. Mas ela percebeu que era in?til. Sage estava morrendo. Era realmente verdade. Ela o abra?ou e deixou as l?grimas rolarem livremente. Elas desceram pelo seu rosto e pesco?o. Ela n?o se preocupou em limp?-las. Scarlet estava prestes a proferir seu adeus quando notou um brilho estranho vindo de debaixo de sua camiseta, exatamente onde seu cora??o estava. Ela balan?ou a cabe?a, pensando primeiramente que ela devia estar alucinando. Mas o brilho ficou mais forte. Ela olhou para baixo e percebeu que era seu colar que estava iluminado uma luz branca, que se espalhava atrav?s das dobradi?as. Ela colocou a m?o dentro de sua blusa e tirou seu colar. Ela nunca tinha sido capaz de abrir o colar, mas algo lhe dizia que desta vez seria diferente. Quando ela deslizou uma unha na trava, ela percebeu que suas l?grimas tinham escorrido para dentro dele. Talvez tivessem, de alguma forma, desbloqueado o pingente. As duas metades se abriram e a luza branca irrompeu na caverna, iluminando as figuras de Scarlet e Sage. No meio da luz brilhante, havia uma imagem. Scarlet a analisou. Era um castelo no meio do mar, mas n?o o Castelo Boldt. Este era mais alto e mais fino, parecia mais uma torre elaborada do que um castelo real. Scarlet balan?ou o ombro de Sage. "Olhe," ela instruiu. Sage conseguiu abrir metade de um olho cansado. Scarlet o ouviu respirar bruscamente. "Voc? sabe onde ??" Ela perguntou. Sage assentiu. "Sim." Em seguida, ele desabou a cabe?a em seu colo, exausto. Algo dentro de Scarlet lhe dizia que onde quer que aquele lugar fosse, era importante. E, se Sage o conhecia, ent?o ele significava algo para os Imortais. Por que seu colar estava lhe mostrando um lugar assim? E por que s? se abriu quando suas l?grimas ca?ram sobre ele? Certamente era uma pista. Scarlet fechou o colar de uma vez e o brilho branco desapareceu, levando consigo a imagem de um castelo torto no meio de um oceano em f?ria. De alguma forma, ela sabia no fundo que, se levasse Sage para este castelo, ele viveria. Mas ela estava ficando sem tempo. Ela colocou Sage inconsciente sobre suas costas. Ele era pesado, mas, desta vez, Scarlet estava mais determinada do que nunca e mais certa de que ainda havia esperan?a. Ela voou para o c?u. Iria salv?-lo. N?o importava as circunst?ncias. CAP?TULO SETE Caitlin lutava para recuperar o f?lego ap?s cair no c?u noturno. Em um momento Caleb tinha apertado o bot?o de eje??o e, no seguinte, o avi?o de repente n?o estava mais ao seu redor. Ela estava no ar negro, caindo em dire??o ao oceano em f?ria. Ela olhou para a direita, procurando por Caleb. Ele n?o estava l?. Sentindo-se angustiada, ela olhou em volta e, finalmente, viu Caleb acima dela, seu paraquedas armado. Ele estava apontando para o cabo de paraquedas. Ela n?o podia ouvi-lo sobre o som do ar rugindo. Ent?o ela percebeu: ele estava tentando lhe dizer para puxar o cabo. Ela o fez e, de uma vez s?, a queda foi amenizada quando seu corpo foi retido no ar. Tudo de repente estava tranquilo. Ela estava pairando, flutuando, o paraquedas branco estava aberto por cima dela, como asas de anjo. Caitlin inspirou profundamente para acalmar seu cora??o acelerado. Ela olhou de volta para Caleb e viu que ele estava mostrando seus polegares para cima. Caleb, que tinha muito mais experi?ncia com este tipo de coisa, conseguiu manobrar para que eles ficassem no mesmo n?vel. "Vai ficar bem frio!" ele gritou para ela. Caitlin olhou para baixo. A ?gua estava se aproximando e, antes que ela tivesse a chance de pensar sobre as ondas congeladas batendo nela, uma enorme explos?o fez tudo estremecer. Em p?nico, Caitlin olhou para a direita e viu que o avi?o havia ca?do em algo. Ela percebeu, com uma sensa??o de ang?stia, que era o edif?cio que tinha visto no horizonte, onde seus sentidos disseram que poderiam encontrar Scarlet. "N?o!" Ela gritou. Chamas e peda?os de fuselagem queimada ca?ram no mar e uma enorme nuvem de fuma?a negra se elevou no ar. Ent?o Caitlin atingiu o oceano. Caitlin engasgou quando ela colidiu contra a ?gua gelada. Estava t?o frio, ela sentiu como se seus ossos tivessem virado gelo. Mas a dor aguda causada pelo oceano fr?gido era pequena em compara??o com a ang?stia em seu cora??o. Pouco mais ? frente, o pr?dio onde Caitlin estava certa de que sua filha estava encontrava-se em chamas. Ela observou, como se estivesse em transe, o teto desabar. Um momento depois, toda a lateral sucumbiu no oceano, deixando uma ferida profunda no exterior. "Caitlin!" A voz de Caleb veio de uma pequena dist?ncia. Caitlin sacudiu a cabe?a e encontrou seu caminho de volta para seus sentidos. Caleb estava nadando em dire??o a ela, seu paraquedas j? destacado e flutuando para longe, levado pela correnteza forte. "Tire o seu paraquedas!" Caleb a instruiu no segundo em que chegou ao lado dela. Caitlin tirou aquela coisa pesada de seus ombros, sentindo instantaneamente maior facilidade para boiar. Mas seu corpo ainda estava cansado e suas roupas encharcadas estavam afundando-a. "Temos de chegar a terra," disse Caleb. Ele colocou seu bra?o em torno de sua esposa. Ela podia sentir que ele estava tremendo violentamente. Ele estava tentando ser forte por ela, mas a verdade ? que sua situa??o era t?o perigosa quanto ? dela. "Voc? acha que consegue nadar para longe?" acrescentou, acenando para o Castelo Boldt em destrui??o. Caitlin rangeu os dentes batendo. "E se o avi?o a atingiu?" ela conseguiu falar. Caleb sacudiu a cabe?a. "N?o pense assim." "N?o vai ajudar nada. Ela ? nossa filha. E se-" Mas Caleb n?o a deixou terminar. Ele apertou sua m?o sobre o cora??o de Caitlin. "Se ela estivesse morta, voc? saberia," disse ele. "N?o saberia? Se voc? pode sentir a nossa filha, localiz?-la neste lugar, ent?o voc? saberia em seu cora??o. Estou certo, n?o estou?" Caitlin mordeu o l?bio. "Sim," ela disse, finalmente. "Voc? tem raz?o. Eu saberia se ela estivesse morta. Eu sentiria." Mas, mesmo ao dizer estas palavras, mesmo acreditando nelas, ela n?o podia deixar de ter aquela sensa??o de pavor. Mesmo se Scarlet estivesse viva, ela certamente ainda estava em perigo. Caitlin sentiu os bra?os come?arem a cansar ap?s se movimentar na ?gua por tanto tempo. "O que n?s vamos fazer?" ela gritou para Caleb. "O ?nico jeito de alcan?ar terra ? por este caminho." Ela apontou para o Castelo Boldt, para o buraco na lateral. Caleb seguiu seu dedo estendido. "Eu sei," disse ele apreensivo. Caitlin concordou. Mechas molhadas de cabelo grudavam em seu rosto. Ela as afastou e come?ou a nadar em dire??o ao castelo. Foi ent?o que um barulho chamou a aten??o de Caitlin. Parecia um barulho de choro distante, de natureza mec?nica. Familiar. E ia ficando mais alto. Caitlin olhou por cima do ombro para Caleb. "Um helic?ptero," disse ela. Caleb fez uma pausa e olhou para o c?u, o barulho ficava cada vez mais alto. "A pol?cia?" Ele questionou. "Eles n?o podem ainda estar atr?s de n?s, podem? A menos que eles estivessem monitorando o avi?o." Caleb, de repente, bateu as palmas das m?os abertas contra a ?gua, fazendo um respingo enorme. Mas o ru?do foi quase completamente abafado pelas l?minas zunindo do helic?ptero se aproximando rapidamente. Suas formas foram se definindo. "Prepare-se," disse ele. "Isso est? prestes a ficar muito mais perigoso." * Eles levaram v?rios minutos para nadar at? o Castelo Boldt. O lado mais pr?ximo de Caitlin e Caleb estava completamente destru?do, onde o avi?o havia atingido. Pedras e entulhos haviam ca?do no oceano, criando uma esp?cie de ladeira pela qual era poss?vel subir. Foi uma viagem prec?ria, mas eles finalmente chegaram ao Castelo Boldt. O cheiro de combust?vel do avi?o estava forte no ar, misturado com o cheiro de poeira, fuma?a e sal marinho. Caitlin ouviu um clamor de ru?do na dist?ncia, pessoas gritando, xingando e gritando de dor. Ela soube imediatamente que o edif?cio estava cheio antes da colis?o do avi?o e que, gra?as a ela, muitas pessoas tinham sido feridas. Ela estremeceu, seu corpo congelado atormentado pela culpa. Caitlin estava em um estado deplor?vel, seu cabelo estava um desastre, o salto do avi?o e a for?a das ondas o transformaram em dreads encharcados. Suas roupas estavam rasgadas em alguns lugares. Caleb parecia t?o acabado quanto ela. "E ent?o?" Ele questionou. "Voc? pode senti-la?" Caitlin colocou um dedo sobre os l?bios para silenci?-lo. Ela tentou sentir algo em rela??o a sua filha, tentou permitir que seus instintos lhe dissessem onde ela estava, mas estava tendo dificuldade em detectar qualquer coisa tang?vel. O som do helic?ptero rugindo circulando acima deles, o calor vindo do fogo, os gritos vindo dos feridos, tudo estava se acumulando em sua mente e interferindo suas habilidades. "Eu n?o posso senti-la," Caitlin sussurrou, sentindo-se derrotada. Caleb co?ou o queixo. Caitlin sabia que ele estava no limite de sua intelig?ncia. Ela gostaria de poder fazer mais para ajudar, mas sua mente estava desesperada demais para encontrar Scarlet. "Ela est? em algum lugar do castelo?" Caleb perguntou. Apesar de seus melhores esfor?os para escond?-lo, Caitlin podia ouvir o desespero em sua voz. Fora ela que o levara para aquele lugar, que o obrigara a saltar de um avi?o, e agora ela sequer podia lhe dizer se eles haviam feito o certo ou n?o. Ela apertou seus olhos fechados e tentou acalmar sua mente. "Eu acho que ela est?," disse ela finalmente. "Eu acho que ela est? aqui em algum lugar." "Ent?o vamos procurar," Caleb respondeu. Ele se virou para sair dali, mas Caitlin agarrou seu bra?o. "Estou com medo," ela disse. "Do que podemos encontrar?" Ela balan?ou a cabe?a. "N?o," ela respondeu, "de ver o dano que eu causei". Caleb estendeu a m?o e apertou a dela. Eles adentraram mais no castelo. E caminharam com cuidado, pois o ch?o sob seus p?s parecia inst?vel. Quando Caleb parou de repente, bloqueando o caminho de Caitlin com um bra?o estendido, ela assumiu que havia algum tipo de obst?culo ? frente. Mas quando ela esticou a cabe?a para olhar por cima do ombro, sua boca abriu de espanto. Um pouco mais ? frente deles, havia centenas e centenas de homens e mulheres. Alguns deles estavam voando, outros pairando, e todos estavam olhando pra um homem que era mais alto do que qualquer humano que Caitlin j? vira. Ele tinha pelo menos o dobro do tamanho de um homem normal. Metade de seu rosto estava queimado em carne viva. "O que ele ??" Caitlin sussurrou para o marido. Caleb apenas balan?ou a cabe?a. Caitlin estremeceu. Encontrar sua filha parecia mais imperativo do que nunca. Aquelas pessoas estranhas eram desconcertantes para ela, especialmente o homem gigante com o rosto desfigurado. "Por aqui," Caleb disse em um tom abafado para ela. Eles se arrastaram para longe, tentando permanecerem os mais silenciosos poss?veis, aderindo ?s sombras, onde a multid?o n?o iria v?-los. Ent?o Caitlin colocou a m?o no bra?o de Caleb para impedi-lo. Ele a encarou. "O que foi? Alguma coisa de errado?" "Scarlet," disse Caitlin. "Eu n?o consigo mais senti-la." "Voc? quer dizer que ela n?o est? aqui?" Caleb a pressionou. Caitlin encolheu ao ouvir a f?ria em sua voz. "Eu acho que ela foi para algum outro lugar," ela disse em voz baixa, sentindo-se derrotada e desesperada. "Eu podia senti-la antes, perto do local por onde entramos, mas quanto mais entramos neste castelo, mais fraco minha sensa??o fica. Eu acho que ela foi embora antes de chegarmos aqui. Ela saiu por onde n?s entramos." Caleb passou as m?os pelos cabelos, exasperado. "N?o acredito nisso," ele murmurou baixinho. Foi ent?o que uma forte luz irradiou no castelo, vinda do helic?ptero acima. Ele estava aproximando-se do teto desabado. "Est? tentando pousar!" Caleb gritou incr?dulo. A multid?o no grande sal?o come?ou a se dispersar, com pessoas correndo e voando por todo o lugar. "Temos que sair," disse Caitlin para o marido. "Eu sei," ele respondeu. "Mas como?" "Por aqui," disse Caitlin, puxando seu bra?o. Ela o conduziu atrav?s do grande sal?o. Gra?as ao helic?ptero descendo, nenhuma das pessoas estranhas no sal?o pareceu notar que as duas figuras que corriam por ali n?o eram familiares. As p?s do helic?ptero estavam criando um minitornado no local, levantando nuvens de fuma?a que aumentavam ainda mais o caos. Caitlin e Caleb sa?ram do sal?o e entraram em um corredor sombrio. A fuma?a era grossa aqui e as luzes eram fracas. Juntos, Caitlin e Caleb atravessaram o corredor at? chegarem a uma porta. Caleb a empurrou com o ombro e a abriu ao mesmo tempo, revelando-lhes o mundo exterior. "Ali!" Caitlin gritou, examinando seus arredores. Caleb olhou para onde ela estava apontando. Pouco mais ? frente, alguns degraus de pedra abaixo, que conduziam ao castelo, havia um pequeno estacionamento com espa?o suficiente para quatro ou cinco ve?culos. Entre eles havia uma motocicleta. Eles correram para a moto. Ela n?o estava presa nem fixada em nenhum lugar. Eles precisaram de v?rias tentativas at? conseguirem dar vida ao motor, mas de repente a motocicleta rugiu e vomitou lufadas de fuma?a. A essa altura, as pessoas de dentro da igreja em ru?nas haviam come?ado a sair. "R?pido," Caitlin gritou, pulando na garupa, atr?s de Caleb. "Eles est?o vindo." Mas antes que Caleb tivesse a chance de acelerar para longe, o som de sirenes de pol?cia come?aram a ressoar nas proximidades. Ele deu partida, desviando para evitar as pessoas que sa?am do castelo. Indo para longe do Castelo Boldt, atr?s deles vinha a pol?cia que tinha chegado de helic?ptero. Arremessados para o caminho escuro e sinuoso, vieram v?rios carros de pol?cia em dire??o a eles, suas luzes piscavam furiosamente. "E agora?" Caitlin chorou. Caleb olhou para ela. Ele acelerou o motor. "Agora voc? segura firme," disse ele. Caitlin s? teve tempo de envolver seus bra?os ao redor da cintura de Caleb antes de a moto acelerar. * A moto chacoalhou ao longo da estrada. Caitlin estava exausta. Ela descansou a cabe?a contra as costas de Caleb, confortada por seu batimento card?aco constante, e olhou para a noite negra. Mas ela sabia que n?o podia descansar. Scarlet precisava da ajuda dela e n?o havia como fazer uma pausa nem por um momento sequer, enquanto ela estivesse em perigo. "Alguma ideia?" Caleb gritou por cima do ombro, se esfor?ando para que sua voz fosse escutada acima do vento e das sirenes da pol?cia que os seguiam. "Dire??es?" Caitlin sabia que ele estava se esfor?ando o m?ximo poss?vel para permanecer calmo e sob controle, mas ele estava t?o esgotado quanto ela. "N?o consigo senti-la," Caitlin gritou de volta. "N?o agora." Caleb n?o disse nada, mas Caitlin viu que suas m?os apertaram o guid?o com for?a suficiente para fazer os n?s dos dedos ficarem brancos. A moto voou em diante, aumentando gradualmente a dist?ncia entre eles e os carros da pol?cia. A estrada era de uma trilha estreita. Come?ou a subir uma colina. Logo havia uma queda acentuada de um lado e um penhasco no outro. Sentindo-se enjoada, Caitlin abaixou-se atr?s das costas de Caleb para se se proteger. O vento dan?ava atrav?s de seu cabelo. Foi ent?o que ela sentiu algo vibrar no bolso. Certamente n?o podia ser seu telefone celular. Mas quando Caitlin alcan?ou dentro do bolso, ela descobriu que seu telefone celular tinha, de fato, sobrevivido ao mergulho no oceano. Ela n?o tinha sinal antes, mas, agora, de repente, seu celular estava de volta ? vida, mostrando-lhe que ela tinha uma mensagem de voz. Caitlin discou o n?mero de seu correio de voz e ouviu a voz apressada de Aidan do outro lado. "Caitlin," disse ele. "Onde est? voc?? Voc? precisa retornar esta liga??o agora." A mensagem terminou. Era isso. Ela teclou o bot?o de discar novamente - mas o sinal estava perdido. "Droga!" Ela berrou. "O que foi?" Caleb falou, por cima do ombro. "N?s precisamos encostar," Caitlin respondeu, percebendo ao olhar para seu aparelho que a bateria estava em apenas um por cento. "Eu n?o parar," Caleb respondeu. "A pol?cia est? bem atr?s de n?s. Temos que dar o fora deste lugar primeiro." Foi quando Caitlin notou uma caverna na lateral do penhasco. "Ali!" Ela berrou. Caleb agiu rapidamente, girou o guid?o da moto com uma precis?o de especialista para que ele desviasse e derrapasse na caverna, levantando poeira antes de desviar de um impasse. Assim que eles pararam, Caleb se virou para sua esposa. "Voc? consegue sentir Scarlet?" "N?o," respondeu Caitlin. "Meu telefone voltou. Preciso ligar para Aidan." Neste momento os carros da pol?cia que estavam atr?s deles passaram reto pela pequena caverna onde Caitlin e Caleb estavam escondidos. Caitlin pegou o celular e digitou o n?mero de Aidan, rezando para que a bateria aguentasse. Ele respondeu no terceiro toque. "Voc? demorou muito," disse ele. "Eu estava um pouco ocupada," Caitlin respondeu, pensando na viagem de avi?o e no salto no oceano. "Ent?o o que foi que voc? precisava me falar?" Caitlin ouviu o som da voz de Aidan no outro lado do telefone enquanto ele embaralhava e vasculhava livros e pap?is. Ela sentiu sua frustra??o crescer. "Voc? pode, por favor, se apressar?" Caitlin disse rispidamente. "Minha bateria est? acabando." "Ah, sim," disse ele, por fim. "O qu??" Caitlin exigiu. "Diga-me!" "Diga-me o c?ntico novamente. Diga-me o poema da cura." Caitlin se atrapalhou com seu bolso e tirou as notas que tinha feito ao estudar o livro. Mas elas estavam encharcadas e a tinta tinha escorrido. Ela fechou os olhos e tentou visualizar a p?gina que ela tinha lido. As palavras come?aram a aparecer em sua mente. "Eu sou o mar, o c?u e areia, Eu sou o p?len ao vento. Eu sou o horizonte, a sa?de, a urze na colina. Sou gelo, Sou nada, Estou extinto." ____Caitlin Abriu os olhos e as palavras desapareceram de sua mente. Aidan ficou em sil?ncio por um longo momento. Caitlin queria gritar para que ele se apressasse. "Caitlin!" disse por fim. "J? entendi. Entendi!" "Conte-me," Caitlin respondeu apressadamente, sentindo seu cora??o disparar. "N?s fomos t?o tolos! N?o ? um c?ntico afinal de contas." Caitlin franziu a testa. "O que voc? quer dizer?" Como ? que pode n?o ser um c?ntico? Eu n?o entendo. " "Quero dizer que este poema n?o ? a cura," Aidan respondeu, atropelando suas palavras em sua excita??o. "? uma pista para a cura!” Caitlin podia sentir seu cora??o batendo com antecipa??o. "Ent?o qual ? a pista?" Ela perguntou. "Caitlin! Pense bem. ? um enigma. S?o instru??es. Ele est? dizendo a voc? para ir a algum lugar." Caitlin sentiu o sangue fugir de seu rosto enquanto ela repassava as palavras em sua mente. "Eu sou o mar, o c?u e areia," repetiu em voz baixa. Ent?o, de repente, uma ideia lhe veio. "N?o. Voc? n?o quer dizer -" "Sim," respondeu Aidan. "S. P. H. I. N. X."___ "A cidade vampiro," Caitlin sussurrou baixinho. Mas ? claro. Antes de Scarlet haver desaparecido no caminho perigoso, Caitlin estava tentando encontrar a cura, encontrar uma maneira de fazer sua filha vampiro voltar a ser um ser humano. Ela pensava que as palavras na p?gina deveriam ser lidas para Scarlet para cur?-la, que o que ela tinha encontrado fosse a cura. Mas n?o. O que ela tinha encontrado eram instru??es que iriam lev?-la at? a cura. Caitlin tinha deixado sua ang?stia inata de m?e substituir o pensamento l?gico e sensato que ela precisava ter agora, o que a teria ajudado a perceber que aquele enigma n?o era a cura - mas um mapa. "Obrigada, Aidan," ela disse apressadamente. Seu telefone ficou mudo. Caitlin olhou para o rosto expectante de Caleb. "E ent?o?" Ele questionou. "Sei para onde temos que ir," Caitlin respondeu, sentindo uma pontada de esperan?a, pela primeira vez em um longo tempo. Caleb levantou uma sobrancelha e olhou para sua esposa. "Onde?" Ele questionou. Caitlin sorriu. "N?s vamos para o Egito." CAP?TULO OITO Lore estava sobre um monte de entulho entre as ru?nas do Castelo Boldt. As h?lices do helic?ptero se aproximando a?oitaram suas roupas rasgadas e despentearam seu cabelo. Ele olhou ao redor, inspecionando os danos que o avi?o tinha causado. O ?dio o invadiu. Ele caiu em l?grimas, sacudindo o punho para o buraco na lateral do antigo castelo. Ent?o ele respirou fundo. N?o havia tempo a perder. Seu povo estaria morto, erradicado, at? o final da noite. Sua ?nica esperan?a era encontrar a menina que tinha roubado o cora??o de seu primo. E isso significava matar qualquer um que estivesse em seu caminho. Mas os Imortais estavam em p?nico, assustados com a presen?a do helic?ptero. Eles come?aram a circular pelo grande sal?o, alguns estavam saindo do castelo, correndo para a morte inevit?vel. "O que voc? est? pensando, meu filho?" uma voz ao lado Lore disse, interrompendo seu devaneio. Ele olhou para baixo e viu sua m?e olhando para ele. Embora os Imortais experimentassem as rela??es pais-filhos de forma diferente dos humanos, Lore ainda respeitava a mulher que o havia alimentado, lhe dado roupas, e mantido sua seguran?a durante sua inf?ncia. Pensar sobre a morte dela no final da noite fazia seu cora??o apertar ainda mais do que o pensamento sobre a sua. "Estou pensando em Sage," Lore respondeu. "N?s o utilizamos como isca antes e a menina veio." Sua m?e franziu a testa. "Voc? acha que ainda h? esperan?a?" ela perguntou, em voz baixa. Lore podia ver que o cansa?o tinha tomado conta de seus olhos. Ela estava pronta para morrer. Ou, pelo menos, pronta para parar de lutar. Mas Lore n?o estava. E as centenas de Imortais ainda agarrados ? vida em no Castelo Boldt tamb?m n?o estavam. "Eu n?o vou desistir," Lore disse a ela ferozmente. "N?o podemos deixar que o nosso povo morresse s? porque o meu primo se apaixonou por uma vampira. Ele vai morrer de qualquer maneira. Qual ? o ponto?" A m?e de Lore sacudiu a cabe?a. "Voc? n?o entende o amor." "N?o," respondeu Lore. "Mas talvez se eu vivesse mais dois mil anos, eu entenderia." Sua m?e sorriu e apertou seu bra?o. "Eu quero isso para voc?, meu filho," disse ela gentilmente, "Mas n?o consigo deixar de sentir que o destino est? contra n?s." Ela inclinou a cabe?a para o c?u e para a lua cheia brilhando no meio do teto desabado. "As estrelas est?o alinhadas. As rodas do destino est?o em movimento." Ela olhou para ele. "Hoje ? a noite em que os Imortais morrer?o." Lore cerrou os punhos. "N?o, n?o ?," disse ele por entre os dentes. "Vou liderar um ex?rcito se for preciso. Vou trazer o caos para a Terra. Vou destruir toda a ra?a humana antes de eu deixar o meu povo morrer.” Enquanto ele falava, os Imortais ao seu redor come?aram a olhar para cima, despertados pelo seu discurso e paix?o. Ele virou as costas para sua m?e e dirigiu suas palavras a eles. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». Прочитайте эту книгу целиком, купив полную легальную версию (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=43696695&lfrom=688855901) на ЛитРес. 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