*** Òâîåé Ëóíû çåëåíûå öâåòû… Ìîåé Ëóíû áåñïå÷íûå ðóëàäû, Êàê ñâåòëÿ÷êè ãîðÿò èç òåìíîòû,  ëèñòàõ âèøíåâûõ ñóìðà÷íîãî ñàäà. Òâîåé Ëóíû ïå÷àëüíûé êàðàâàí, Áðåäóùèé â äàëü, òðîïîþ íåâåçåíüÿ. Ìîåé Ëóíû áåçäîííûé îêåàí, È Áðèãàíòèíà – âåðà è ñïàñåíüå. Òâîåé Ëóíû – ïå÷àëüíîå «Ïðîñòè» Ìîåé Ëóíû - äîâåð÷èâîå «Çäðàâñòâóé!» È íàøè ïàðàëëåëüíûå ïóòè… È Ç

Cobi?ada

Cobi?ada Morgan Rice Mem?rias de um Vampiro #10 Em COBI?ADA (Livro #10 em Mem?rias de Um Vampiro), Scarlet Paine, de 16 anos, se esfor?a para entender exatamente o que ela est? virando. Seu comportamento errante a afastou de seu novo namorado, Blake, e, agora, ela precisa se empenhar em fazer as pazes com ele e faz?-lo compreender. Mas o problema ? que nem mesmo ela entende o que est? acontecendo. Ao mesmo tempo, o garoto novo, o misterioso Sage, entra em sua vida. Seus caminhos se cruzam e, embora ela tente evit?-lo, ele a persegue continuamente, mesmo com as obje??es de sua melhor amiga, Maria, que est? convencida de que Scarlet est? roubando Sage s? para si. Scarlet encontra-se levada por Sage, que a conduz para o seu mundo, atravessando os port?es da hist?rica mans?o a beira do rio de sua fam?lia. ? medida que sua rela??o se aprofunda, ela come?a a aprender mais sobre seu passado misterioso, sua fam?lia e os segredos que ele deve guardar. Eles passam os momentos mais rom?nticos que ela poderia imaginar, em uma ilha isolada no Hudson, e ela est? convencida de que encontrara o verdadeiro amor de sua vida. Mas ent?o ela fica arrasada ao saber o maior segredo de Sage: ele n?o ? humano e tem apenas algumas semanas de vida. Tragicamente, justo no momento em que o destino lhe trouxera seu grande amor, parece que ele tamb?m o levar? embora. Quando Scarlet retorna ?s festas do ensino m?dio que levam para o grande baile, ela acaba em um enorme desentendimento com suas amigas, que a expulsam de seu grupo. Ao mesmo tempo, Vivian se junta ?s garotas populares para fazer de sua vida um inferno, em dire??o a um confronto inevit?vel. Scarlet ? for?ada a fugir, piorando as coisas com seus pais, e logo se v? pressionada por todos os lados. A ?nica luz na sua vida ? Sage. Mas ele ainda est? guardando alguns segredos dela, e Blake ressurge, determinado a ir atr?s dela. Caitlin, enquanto isso, est? determinada a encontrar uma maneira de reverter o vampirismo de Scarlet. E o que ela descobre a leva a uma jornada em busca do ant?doto, nos interiores de bibliotecas e livrarias e ela n?o vai parar at? encontra-lo. Mas pode ser tarde demais. Scarlet est? se transformando rapidamente, mal conseguindo controlar o que ela est? virando. Ela quer ficar junto de Sage – mas o destino parece querer separ?-los. Quando o livro termina com uma reviravolta cheia de a??o e surpresa, Scarlet ter? que fazer uma monumental escolha – uma que vai mudar o mundo para sempre. Quanto ela est? disposta a arriscar por amor? Morgan Rice Cobi?ada (Livro #10 De Mem?rias De Um Vampiro) Sobre Morgan Rice Morgan Rice ? a autora n?mero 1 do bestseller THE VAMPIRE JOURNALS (MEM?RIAS DE UM VAMPIRO), uma s?rie para jovens adultos composta de onze livros (at? o momento); da s?rie bestseller n?mero 1 THE SURVIVAL TRILOGY (A TRILOGIA DA SOBREVIV?NCIA), um thriller p?s-apocal?ptico com dois livros at? o momento; e  bestseller da s?rie de fantasia ?pica n?mero 1 THE SORCERER’S RING (O ANEL DO FEITICEIRO), formado at? agora por treze livros. Os livros de Morgan est?o dispon?veis em edi??es de ?udio e edi??es impressas e tradu??es dos livros podem ser encontradas em alem?o, franc?s, italiano, espanhol, portugu?s, japon?s, chin?s, sueco, holand?s, turco, h?ngaro, tcheco e eslovaco (com mais l?nguas por virem). TRANSFORMADA (Livro N?1 da s?rie Di?rios de um Vampiro), ARENA UM (Livro N?1  da s?rie Trilogia de Sobreviv?ncia) e EM BUSCA DE HER?IS (Livro N?1  da s?rie O Anel do Feiticeiro) est?o dispon?veis gratuitamente! Morgan quer ouvir a sua opini?o, ent?o, por favor, sinta-se ? vontade para visitar seu website www.morganricebooks.com (http://www.morganricebooks.com/) para fazer parte da lista de e-mails, receber um livro de gra?a, ganhar brindes, baixar o novo aplicativo, ficar por dentro das ?ltimas novidades exclusivas, conectar ao Facebook e Twitter e manter contato! Cr?tica selecionada sobre MEM?RIAS DE UM VAMPIRO “Rice faz um ?timo trabalho ao trazer o leitor para dentro da hist?ria desde o in?cio, usando uma incr?vel qualidade descritiva que transcende a mera pintura do cen?rio… Bem escrito e extremamente r?pido de ler.”     --Black Lagoon Reviews (sobre Transformada) “Um hist?ria ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um ?timo trabalho tramando uma inesperada reviravolta… Inovador e ?nico. A s?rie acontece em torno de uma garota… uma incr?vel garota!… F?cil de ler, mas de ritmo extremamente acelerado. Apropriado para maiores de 12 anos.”     --The Romance Reviews (sobre Transformada) “Prendeu minha aten??o desde o in?cio e n?o deixou mais escapar… Esta hist?ria ? uma aventura incr?vel, de ritmo intenso e cheia de a??o desde o in?cio. N?o h? um momento entediante sequer.”     --Paranormal Romance Guild  (sobre Transformada) “Cheio de a??o, romance, aventura e suspense. Ponha as suas m?os nesse e se apaixone mais uma vez.”     --vampirebooksite.com (sobre Transformada) “Uma trama incr?vel e ? especialmente o tipo de livro dif?cil de parar de ler ? noite. O suspense do final ? t?o espetacular que imediatamente voc? vai querer comprar o livro seguinte, s? para ver o que acontece.”     --The Dallas Examiner {sobre Loved} “TRANSFORMADA ? um livro que pode competir com CREP?SCULO e DI?RIOS DO VAMPIRO, e far? com que voc? queira continuar lendo at? a ?ltima p?gina! Se voc? gosta de aventura, amor e vampiros, este ? o livro para voc?!”     --Vampirebooksite.com (sobre Transformada) “Morgan Rice prova mais uma vez que ? uma talentosa contadora de hist?rias… Agradar? uma grande variedade de p?blico, incluindo jovens f?s do g?nero vampiro/fantasia. Termina em um surpreendente suspense que o deixar? impressionado.”     --The Romance Reviews (sobre  Amada) “O ANEL DO FEITICEIRO possui todos os ingredients para um sucesso instant?neo: tramas, conspira??es, mist?rio, cavaleiros valentes e relacionamentos que florescem repletos de cora??es partidos, decep??es e trai??es. Ele o manter? entretido por horas e satisfaz todas as idades. Recomendado para a biblioteca permanete de todos leitores de fantasias.”     Books and Movie Reviews, Roberto Mattos Livros de Morgan Rice O ANEL DO FEITICEIRO EM BUSCA DE HER?IS (Livro n?1) UMA MARCHA DE REIS (Livro n?2) UM DESTINO DE DRAG?ES (Livro n?3) UM GRITO DE HONRA (Livro n?4) UM VOTO DE GL?RIA (Livro n?5) UMA CARGA DE VALOR (Livro n?6) UM RITO DE ESPADAS (Livro n?7) UM ESCUDO DE ARMAS (Livro n?8) UM C?U DE FEITI?OS (Livro n?9) UM MAR DE ESCUDOS (Livro n?10) UM REINADO DE A?O (Livro n?11) UMA TERRA DE FOGO (Livro n?12) UM GOVERNO DE RAINHAS (Livro n? 13) UM JURAMENTO DE IRM?OS (Livro n? 14) UM SONHO DE MORTAIS (Livro n? 15) UMA JUSTA DE CAVALEIROS (Livro n? 16) O PRESENTE DA BATALHA (Livro n? 17) A TRILOGIA DA SOBREVIV?NCIA ARENA UM: COMERCIANTES DE ESCRAVOS (Livro 1) ARENA DOIS (Livro 2) MEM?RIAS DE UM VAMPIRO TRANSFORMADA (Livro 1) AMADA (Livro 2) TRA?DA (Livro 3) DESTINADA (Livro 4) DESEJADA (Livro 5) COMPROMETIDA (Livro 6) VOWED (Livro 7) ENCONTRADA (Livro 8) RESSUSCITADA (Livro 9) COBI?ADA(Livro 10) PREDESTINADA (Livro 11) Fa?a o download dos livros de Morgan Rice agora mesmo! Ou?a a s?rie MEM?RIAS DE UM VAMPIRO no formato de audio book! Direitos reservados© 2012 por Morgan Rice Todos os direitos reservados. Exceto como permitido pela lei de Direitos Autorais dos EUA de 1976, nenhuma parte desta publica??o pode ser reproduzida, distribu?da ou transmitida por nenhuma forma ou meio, ou armazenada em banco de dados ou em sistemas de recupera??o, sem a permiss?o pr?via do autor. Este e-book est? dispon?vel somente para seu uso pessoal. Este e-book n?o deve ser revendido nem doado a outras pessoas. Se voc? quiser compartilhar este livro com outra pessoa, por favor, adquira uma c?pia adicional para cada um. Se voc? est? lendo este livro e n?o pagou por ele, ou se este n?o foi comprado apenas para seu uso pessoal, por favor, devolva-o e adquira seu pr?prio exemplar. Obrigado por respeitar o trabalho deste autor. Este ? um trabalho fict?cio. Nomes, personagens, empresas, organiza??es, locais e incidentes s?o frutos da imagina??o do autor ou s?o utilizados ficticiamente. Qualquer semelhan?a com pessoas reais, vivas ou mortas, ? mera coincid?ncia. “Oh! Que noite aben?oada! Tenho medo, de um sonho, lisonjeiro em demasia para ser realidade.”     —William Shakespeare, Romeu e Julieta CAP?TULO UM Caitlin Paine acelerou pela West Side Highway, determinada a chegar aos Cloisters antes que fechasssem. Sua mente girava enquanto ela refletia sobre todos os problemas que estavam cercando Scarlat – problemas que nenhuma adolescente deveria ter. Scarlet estava se transformando, Caitlin tinha certeza disso. Ela n?o era mais um mero ser humano e, a cada dia que passava, ela estava piorando. Caitlin sentiu que sua filha estava se tornando o que ela mesma, Caitlin, uma vez havia sido: um vampiro. ? claro que Caitlin n?o tinha nenhuma mem?ria sobre ser um vampiro; mas, pelo que ela havia lido no di?rio encontrado em seu s?t?o – seu di?rio de vampiro – ela sentia que tudo fora real. Se o jornal fosse verdade, e ela sentiu que sim, ent?o, uma vez ela havia sido um, muito tempo atr?s; e, de alguma forma, ela havia acabado ali, no presente, com uma vida normal, uma fam?lia normal e sem mem?rias sobre sua vida anterior. A ?nica coisa diferente era que sua fam?lia estava longe de ser normal. Sua vida estava longe de ser normal. Sua filha, de alguma forma, estava se tornando o que ela mesma era anteriormente. Caitlin desejou, pela milion?sima vez, que ela nunca tinha encontrado o di?rio. Sentia que a descoberta fora como abrir a caixa de Pandora, foi o que havia suscitado aquele desfile de pesadelos. Ela desejou desesperadamente que pudesse simplesmente fazer tudo voltar ao normal. Ela precisava de respostas. Precisava saber, ter certeza, que tudo era verdadeiro. J? que ela n?o podia for?ar as coisas a voltarem ao normal, ent?o ela precisava, pelo menos, saber mais sobre o que estava acontecendo com Scarlet. E descobrir se havia alguma maneira de impedir isso. Enquanto dirigia, Caitlin pensou novamente sobre os livros raros que tinha encontrado em sua biblioteca. Acima de tudo, ela pensava sobre aquele volume raro e sua p?gina rasgada. Pensou em sua antiga cerim?nia, aquela em latim, com a sua cura para o vampirismo. Ela se perguntou de novo se aquilo seria real. Ou era apenas um antigo folclore? Um conto da carochinha? Qualquer estudioso conceituado, ? claro, diria que sim. E uma parte dela tamb?m queria ignor?-lo. Mas outra parte estava agarrada a ele, agarrada a esta ?ltima esperan?a para salvar Scarlet. Pela milion?sima vez, ela se perguntava como poderia encontrar a outra metade daquela p?gina. Ela vinha de um dos livros mais raros existentes e, mesmo que ela pudesse, de alguma forma, conseguir rastrear outra c?pia, quais eram as chances de a outra metade da p?gina estar l?? Afinal de contas, a p?gina tinha sido arrancada, provavelmente para escond?-la. Mas de quem? De que? O mist?rio s? aprofundava em sua mente. Ela tentou se concentrar em seu pr?prio di?rio, sua pr?pria caligrafia de s?culos atr?s, em sua descri??o do cl? de vampiros sob os Cloisters. Ela havia escrito sobre uma c?mara secreta que conduzia ao cl?, l? em baixo, em um andar subterr?neo. Ela precisava saber se era real. Se havia algum sinal, qualquer sinal, para ent?o autenticar tudo aquilo em sua mente, isso lhe permitiria seguir confiante. Mas, se n?o houvesse nenhum sinal ali, ent?o ela n?o acreditaria mais em seu di?rio. Caitlin saiu da estrada e percorreu o Fort Tryon Park, que a levou para a entrada principal do Cloisters. Ela dirigiu por uma rampa estreita e sinuosa e, finalmente, estacionou diante daquela estrutura maci?a. Quando ela saiu do carro, ela parou e olhou para cima; por alguma estranha raz?o, o lugar lhe parecia surpreendentemente familiar, como se houvesse sido um local importante em sua vida. Ela n?o conseguia entender o porqu?, pois, at? onde ela sabia, ela s? tinha visitado ali uma ou duas vezes. A menos, ? claro, que tudo em seu di?rio de vampiro fosse verdade. O que ela estava sentindo era real? Ou era tudo apenas uma ilus?o? Ela atravessou o portal da frente em forma de arco, chegou a estrutura medieval de pedra, depois atravessou uma longa rampa e um corredor longo e estreito. E ent?o ela finalmente chegou na entrada principal, onde pagou uma taxa e se dirigiu por um corredor. Ela passou por um pequeno p?tio ? sua direita com fileiras de arcos de pedra, dentro dos quais se via um jardim medieval. As folhas ca?das brilhavam. Era uma tarde de semana e o local estava quase vazio, ela se sentia como se aquele lugar fosse todo seu. Isto ?, at? que ela escutou a m?sica. No in?cio, era apenas uma voz e, em seguida, v?rias vozes. Cantando. Um canto antigo de um pequeno coro. Ela n?o conseguia entender se era ao vivo ou uma grava??o, enquanto permanecia ali, paralisada, ouvindo as vozes celestiais ecoando por todo o pequeno castelo. Ela se sentiu transportada, como se tivesse chegado em outro lugar e tempo. Ela sabia que tinha uma miss?o a cumprir, mas ela tinha que ver de onde aquela m?sica estava vindo. Ela entrou em outro corredor e seguiu o som. Passou por uma pequena porta medieval, arqueada e ent?o se viu em uma capela, com tetos altos e vitrais. Ali estava, para sua surpresa, um coro de seis cantores, homens e mulheres mais velhos, vestidos interiamente com vestes brancas. Eles estavam diante de uma sala vazia, olhando para as partituras enquanto cantavam. Cantos gregorianos. Caitlin viu a placa, um enorme cartaz anunciava o show da tarde. Ela percebeu que tinha entrado no meio de uma performance ao vivo. No entanto, ela era a ?nica pessoa na sala. Aparentemente, ningu?m mais sabia sobre aquilo. Caitlin fechou os olhos enquanto ouvia a m?sica. Era t?o bonita, t?o assombrosa, ela percebeu que era dif?cil deixar aquela sala. Ela abriu os olhos e olhou ao redor das muralhas medievais e m?veis, isso fez com que se sentisse ainda mais fora de contato com a realidade. Onde ela estava? A can??o finalmente acabou, ela se virou e saiu correndo da sala, tentando recuperar seu senso de realidade. Ela correu de volta pelo corredor e chegou a uma escadaria de pedra. Ela ent?o desceu, alcan?ando os andares mais baixos dos Cloisters e, logo em seguida, seu cora??o come?ou a bater mais r?pido. Aquele lugar lhe parecia t?o estranhamente familiar, como se ela j? tivesse passado um  tempo consider?vel l?. N?o conseguia entender. Correu pelo andar mais baixo, lembrando da descri??o em uma das p?ginas de seu di?rio. Lembrou-se da men??o da porta, era um portal secreto, que a levaria para as escadarias que chegavam a um andar subterr?neo, ao cl? de Caleb. Ela ficou mais animada quando viu, ? sua esquerda, uma ?rea isolada por uma corda. Por tr?s da corda havia uma escadaria medieval perfeitamente preservada. Ela ia em dire??o ao teto. N?o levava a nenhuma lugar. Era apenas um artefato em exposi??o. O mesmo descriyo em seu di?rio. Mas a escada tamb?m tinha uma pequena porta de madeira escondida na sua parte inferior e, por tr?s dela, Caitlin n?o sabia dizer se os degraus a levariam para o andar debaixo. Ela estava dentro de uma ?rea isolada, e ela n?o podia chegar mais perto. Ela precisava saber. Se ela a levasse para baixo, ent?o tudo o que ela havia escrito seria verdade e n?o apenas uma fantasia. Ela olhou para os lados e viu um guarda de seguran?a do outro lado da sala, cochilando. Ela sabia que, cruzar a corda em um museu poderia deix?-la em apuros, talvez at? mesmo seria presa. Mas ela precisava saber. Ela tinha que ser r?pida. Caitlin, de repente, passou por cima da corda de veludo, em dire??o ? escada. Imediatamente, um alarme disparou bem alto, cortando o ar. “EI, SENHORA!”, o guarda gritou. Ele come?ou a correr em sua dire??o. O alarme era agudo e seu cora??o batia forte no peito. Mas j? era tarde demais. Ela n?o podia voltar atr?s. Ela precisava saber. Aquilo tudo ia contra sua natureza, dar um passo al? da corda, violar uma exposi??o do museu, fazer qualquer coisa contra as regras – especialmente em rela??o a aretfatos e hist?ria em geral. Mas ela n?o tinha escolha. A vida de Scarlet estava em jogo. Caitlin alcan?ou a escada e colocou a m?o sobre a ma?aneta de madeira medieval. Ela a virou. O port?o se abriu e, com isso, viu para onde a escada levava. Para lugar Nenhum. Ela terminava no ch?o. Era uma escada falsa. Apenas para exibi??o. Seu cora??o apertou, estava devastada. N?o havia nenhuma c?mara subterr?nea. Nenhum al?ap?o. Nada. Como a exibi??o indicava, era apenas uma escada. Apenas isso. Um artefato. Uma rel?quia de idade. Era tudo uma mentira. Tudo. Caitlin, de repente, senti bra?os pesados a agarrarem por tr?s e a arrastaram para fora, por cima da corda de veludo, para o outro lado. “O que voc? pensa que est? fazendo!?” outro guarda gritou, se aproximando para ajudar a afast?-la. “Eu sinto muito”, disse ela, tentando pensar r?pido. “Eu… hum… eu perdi meu brinco. Ele caiu, e deslizou pelo no ch?o. Achei que estivesse por ali. Eu s? estava procurando por ele.” “Este ? um museu, senhora!”, o homem gritou, com o rosto vermelho. “Voc? n?o pode simplesmente cruzar limites como este. E voc? n?o pode tocar nas coisas!” “Eu sinto muito”, disse ela, sua garganta estava seca. Ela rezou para que n?o a prendessem. Eles certamente poderiam, ela sabia. Os dois guardas olharam um para o outro, como se debatessem. Finalmente, um deles disse: “Saia daqui!” Ele a empurrou e, Caitlin, aliviada, saiu correndo pelo corredor. Ela viu uma porta aberta que dava para a parte de fora, para um terra?o inferior e ela correu para atravess?-la. Ela se encontrou do lado fora, no terra?o mais baixo, no ar frio de outubro, seu cora??o ainda batia r?pido. Ela estava t?o feliz por estar ali fora. No entanto, ao mesmo tempo, estava perturbada. N?o havia nada ali. Seu di?rio era uma inven??o? Nada era real? Ser? que ela havia imaginando tudo? Mas, ent?o, como explicar a rea??o de Aiden? Caitlin cruzou o terra?o de paralelep?pedos, passando por outro jardim medieval, cheio de pequenas ?rvores frut?feras. Ela continuou andando at? chegar a um parapeito de m?rmore. Ela encostou ali e ficou observando a paisagem; a dist?ncia, ela podia ver o rio Hudson, cintilando sob o sol do fim de tarde. De repente, ela se virou, esperando, por algum motivo, ver Caleb ali de p?, ao lado dela. Por alguma raz?o, ela sentiu que havia estado ali antes, naquele mesmo terra?o, com Caleb. Isso n?o fazia nenhum sentido. Ser? que ela estava perdendo a cabe?a? Agora, ela n?o tinha tanta certeza. CAP?TULO DOIS Scarlet entrou em seu quarto, chorando histericamente e bateu a porta atr?s dela. Ela correu todo o caminho de volta para casa, desde o rio, e n?o tinha parado de chorar desde ent?o. Ela n?o entendia o que estava acontecendo com ela. Aquele momento continuava em sua mente quando, ela via a pulsa??o no pesco?o de Blake, quando ela sentiu aquela coisa, aquela vontade de querer mord?-lo. De querer se alimentar. O que estava acontecendo com ela? Ela era algum tipo de aberra??o? Por que ela se sentia assim? E, por que, ent?o – bem naquele momento? Bem no primeiro beijo deles? Agora que ela estava longe daquela cena, era ainda mais dif?cil se lembrar perfeitamente  como seu corpo estava naquele momento – e a cada segundo que passava, estava ficando cada vez mais dif?cil. Seu corpo parecia normal agora. Havia sido apenas um momento fugaz? Fora apenas uma coisa estranha, um momento que ela j? havia superado e que nunca mais voltaria? Ela queria desesperadamente acreditar nisso. Mas outra parte dela, uma parte mais ?ntima, sentia que n?o era o caso. O sentimento fora muito forte, algo que ela jamais esqueceria. Se ela tivesse sucumbido ao momento, se tivesse ficado l? mais um segundo, ela tinha certeza de que Blake estaria morto agora. Scarlet n?o podia evitar de pensar sobre aquele outro dia. Sobre chegar em casa doente. Correr para fora da casa. Esquecer tudo o que tinha acontecido, onde havia estado. Sobre acordar no hospital. A m?e dela estava t?o preocupada, t?o assustada… Agora, tudo isso veio ? tona em sua mente. Sua m?e queria que ela visse mais m?dicos, fizesse mais testes. E, em seguida, visse um padre. Ser? que a m?e dela suspeitava de algo? Era isso que ela estava insinuando? Ser? que ela achava que ela estava se tornando um vampiro? O cora??o de Scarlet estava acelerado quando ela se sentou em seu quarto, encolhida em sua cadeira favorita. Ruth descansou a cabe?a em seu colo e Scarlet inclinou-se para acariciar-lhe. Mas havia l?grimas em seus olhos quando ela o fez. Sentia-se em estado de choque, em transe. Ela estava apavorada com a id?ia de que estava doente, que ela tinha algum tipo de doen?a ou talvez, algo pior. No fundo, ela pensou que aquilo era rid?culo, claro, a dire??o de seus pensamentos. Mas ela se atreveu a se perguntar. Sua vontade de morder o pesco?o dele. A sensa??o que ela teve em seus dois dentes incisivos. Sua ?nsia para se alimentar. Seria poss?vel? Ela era uma vampira? Ser? que os vampiros realmente existem? Ela estendeu a m?o, abriu seu laptop e acessou o google. Ela precisava saber. Ela entrou na p?gina da Wikipedia para “vampiro” e come?ou a ler: “A no??o de vampirismo existe h? mil?nios; culturas, como os mesopot?mios, hebreus, gregos e romanos antigos tinham contos de dem?nios e esp?ritos que s?o considerados precursores dos vampiros modernos. No entanto, apesar da ocorr?ncia de criaturas vampirescas nestas civiliza??es antigas, o folclore para a entidade que hoje conhecemos como o vampiro origina-se quase que exclusivamente do sudeste da Europa, do in?cio do s?culo, quando foram registradas e publicadas tradi??es orais de muitos grupos ?tnicos da regi?o. Na maioria dos casos, os vampiros s?o fantasmas de seres malignos, v?timas de suic?dio, ou bruxas, mas elas tamb?m podem ser criadas por um esp?rito maligno que possua um cad?ver ou ao ser mordido por um vampiro.” Scarlet rapidamente fechou seu laptop e o afastou. Era demais para ela tolerar. Ela balan?ou a cabe?a, tentando tirar aquilo fisicamente de sua mente. Algo estava definitivamente errado com ela. Mas ser? que era isso? Estava aterrorizada. Para piorar tudo, ainda tinham seus sentimentos por Blake e sua ideia sobre o que tinha acontecido entre eles. Ela n?o podia acreditar que havia fugido dele daquele jeito, especialmente naquele momento. Eles estava em um momento maravilhoso, um sonho. E agora isso. Justo quando seu relacionamento estava come?ando a rolar. Era t?o injusto. Ela n?o podia sequer imaginar o que ele estaria pensando naquele momento. Ele devia estar pensando que ela era algum tipo de aberra??o, ou algum tipo de psicopata, por ela ter interrompido tudo do nada e no meio de um beijo, e ainda ter fugido correndo para a floresta. Ele devia pensar que ela estava totalmente fora de si. Tinha certeza de que ele nunca iria querer v?-la novamente. Ele provavelmente voltaria para Vivian. Ela queria desesperadamente se explicar. Mas como ela poderia? O que ela poderia dizer? Que ela tinha tido uma s?bita vontade de morder seu pesco?o? Alimentar-se dele? Beber o seu sangue? Que ela teve que fugir para proteg?-lo? Claro, isso seria realmente iria apaziguar as preocupa??es dele, ela pensou. Ela queria fazer as coisas direito. Ela queria v?-lo novamente. Mas ela n?o tinha id?ia de como explicar. N?o s? isso, ela tamb?m estava com medo de ficar perto dele; ela n?o confiava em si mesma agora. E se o desejo tomasse conta dela mais uma vez? E se, da pr?xima vez, ela realmente o machucasse? Ela come?ou a chorar ao imaginar isso. Ela estava condenado a nunca mais ficar pr?xima a outros meninos? N?o. Ela precisava tentar. Ela tinha que, pelo menos, tentar fazer as coisas direito. Ela precisava tentar se explicar, de alguma forma. Para que, pelo menso, ele n?o tivesse raz?o para odi?-la. Mesmo que ele nunca mais quisesse v?-la novamente, ela n?o podia simplesmente deixar as coisas como estavam. E, no fundo, uma parte dela ainda se atrevia a pensar, esperan?osamente, de que, talvez, aquilo havia sido apenas uma coisa de uma s? vez, um epis?dio anormal e que talvez eles ainda pudessem ficar juntos. Afinal, se eles pudessem superar aquilo, eles poderiam superar qualquer coisa. Scarlet estava come?ando a se sentir um pouco melhor. Ela enxugou as l?grimas, pegou um len?o de papel, assoou o nariz e pegou seu celular. Ela encontrou o n?mero dele e come?ou a escreveruma mensageme. Ent?o ela parou. O que ela deveria dizer? Eu sinto muito pelo que aconteceu hoje. Ela deletou isso. Era muito gen?rico. Eu n?o sei o que deu em mim hoje. Ela deletou tamb?m. N?o parecia muito bom. Ela precisava de um equil?brio perfeito, a mistura perfeita de se desculpar e, ao mesmo tempo, ter a esperan?a de que as coisas n?o tivessem mudado para sempre. Ela precisava enfatizar que, at? aquele ponto, ela estava adorando o momento. Ela fechou os olhos e suspirou, pensando muito. Vamos l?, vamos l?, ela se encorajou. Ela come?ou a escrever. Eu tive um momento incr?vel com voc? hoje. Eu sinto muito que terminou daquele jeito. Havia uma raz?o para eu ter que sair daquele jeito, mas eu n?o posso explicar isso para voc?. Eu sei que ? dif?cil de entender, mas eu espero que voc? possa. Eu s? quero que voc? saiba que eu adorei hoje, e eu sinto muito. E eu espero que n?s possamos nos ver outra vez. Scarlet olhou para o seu rascunho por um longo tempo e, finalmente, com um movimentou de sua a m?o,clicou em enviar. Ela observou o envio. Seu texto n?o era perfeito. Ela j? havia pensado em como ela poderia t?-lo reescrito um milh?o de vezes. E uma parte dela j? se arrependia de ter enviado. Talvez parecess muito desespero. Talvez parecesse muito enigm?tico. Que Seja. J? foi. Pelo menos agora ele sabia que ela ainda gostava dele e que ela queria v?-lo novamente. Ela sabia que Blake carregava seu celular o tempo inteiro. Ela sabia que ele iria peg?-lo imediatamente. E que ele sempre respondia mensagens dentro de segundos. Scarlet tremia enquanto ela esperava. Ela colocou seu celular em seu colo e fechou os olhos, respirando lentamente, ? espera de uma vibra??o. Desejando que vibrasse. Vamos l?, ela pensou. Responda a mensagem. Ela ficou ali sentada, esperando, por o que parecia ter sido uma eternidade. Ela ficou atualizando seu celular. Depois de alguns minutos, ela at? chegou a deslig?-lo e a lig?-lo em seguida caso ele tivesse travado. Ela, ent?o, observou o tique-taque do rel?gio. Dois minutos se passaram. Em seguida, cinco. Depois, dez. Ela bateu o telefone em cima da mesa e podia sentir as l?grimas brotando dentro novamente. Ele claramente n?o ia responder seu SMS. Como ela poderia culp?-lo? Ela provavelmente n?o responderia se fosse com ela. Ent?o era isso. Tudo acabado. De repente, seu celular vibrou. Ela estendeu a m?o e o tirou da mesa. Mas seu cora??o apertou ao ver que n?o era Blake. Era Maria. Eu n?o posso acreditar que voc? cabulou aula daquele jeito. Ent?o… como foi seu encontro com Blake? Scarlet suspirou. Ela n?o tinha id?ia de como responder. N?o esquenta. Eu n?o vou cabular mais. Est? tudo acabado entre n?s. S?rio Isso? Nossa. PQ? Vivian? N?o. N?o ? ela. ? que… Scarlet parou, pensando no que dizer. …n?o deu certo. Me conta. Scarlet suspirou. Ela realmente queria mudar de assunto. N?o h? nada a dizer. Tudo bem com voc?? OMG, eu n?o consigo parar de ficar obcecada com o novo garoto. Sage. Ouvi novos detalhes hoje. Scarlet estava exausta e realmente n?o queria continuar a conversa por mensagens de texto. Ela n?o queria ouvir mais fofocas e insinua??es sobre o novo garoto – nem sobre ningu?m. Ela s? queria desaparecer do mundo. Mas Maria era sua melhor amiga, ent?o ela tinha que ceder um pouco: Tipo o que? Ele tem uma irm? e um primo. Mas eles n?o frequentam nossa escola. Ele est? no ?ltimo ano. E foi transferido de uma escola particular. Ouvi dizer que ? rico. Tipo milion?rio. Scarlet n?o se importava. Ela s? queria acabar com isso. Felizmente, antes que ela pudesse escrever, ela recebeu uma outra mensagem – desta vez de Jasmin. OMG, o que est? acontecendo no seu mural do Facebook? Scarlet leu surpresa. O que voc? quer dizer? Antes que ela pudesse responder, ela pegou seu laptop, abriu e entrou em sua rede social. Seu cora??o despencou. Vivian tinha postado nela: Boa tentativa de roubar Blake. N?o funcionou. Depois que ele terminou com voc?, ele voltou para n?s. Eu sabia que ele iria descarta-la. Apenas fiquei surpresa por ter acontecido t?o cedo. Scarlet respirou ofegante, completamente surpresa. Ela viu v?rios amigos dela comentando no post, viu que tinha se espalhado pelos murais de muitas pessoas. Ela tamb?m viu que Vivian tinha postado no Twitter e que tinha sido retuittado por todos os amigos de Vivian. Scarlet ficou horrorizada. Ela nunca se sentira mais envergonhada. Ela apagou o coment?rio de sua parede, bloqueou Vivian, depois foi para suas configura??es e as alterou de modo que apenas seus amigos pudessem postar em seu mural. Mas era como uma gota em um balde, obviamente, o dano j? havia sido feito. Agora, toda a escola pensava que ela estava roubando os namorados das outras pessoas. E que ela tinha levado um fora. Seu rosto ficou vermelho. Ela estava t?o furiosa que queria chegar e estrangular Vivian. Ela n?o sabia o que fazer. Scarlet fechou seu laptop com for?a e saiu correndo de seu quarto. Ela trope?ou pelos degraus, sem saber para onde ir ou o que fazer. Tudo que ela sabia era que ela precisava de ar. “Vamos, Ruth”, disse ela. Ela pegou a coleira e Ruth saltou animadamente, seguindo-a para fora da porta e descendo os degraus da varanda. Scarlet desceu os degraus, olhando para seus p?s e, n?o foi at? que ela estivesse na cal?ada, que ela olhou para cima e viu, ali, de p?. Ela parou, surpresa. E ele ficou ali, olhando para ela, como se ele estivesse esperando. Era o garoto novo. Sage. CAPITULO TR?S Scarlet ficou ali parada, no meio da passagem, encarando-o. Ela mal podia acreditar. Ali, em p? na cal?ada, a poucos metros de dist?ncia, olhando para ela com seus intensos olhos cinzentos, era o novo garoto. Sage. O que ele estava fazendo ali, na frente de sua casa? H? quanto tempo ele estava ali parado? Ele estava observando sua casa? Ser? que ele estava prestes a entrar em sua casa? Ou ele s? estava de passagem? Mas indo para onde? Ela morava em uma rua tranquila dos sub?rbios, dificilmente algu?m andava por l?. Por?m, ? verdade que ela estava a apenas duas quadras da cidade e, possivelmente, ele poderia estar indo para algum lugar. Mas isso era improv?vel. A ideia de ele estar ali, de p?, olhando sua casa, ou prestes a entrar, a assustou demais. Por outro lado, ela n?o podia negar que estava animada por v?-lo. Animada n?o era a palavra certa. Era mais como… fascinada. Ela n?o conseguia tirar os olhos dele. Sua pele lisa, sua mand?bula forte, as belas ma??s de seu rosto e nariz, seus olhos cinzentos, c?lios longos, ela nunca tinha conhecido algu?m remotamente parecido com ele. T?o nobre, t?o orgulhoso. Ele parecia t?o deslocado ali, como se ele tivesse sa?do de um pal?cio do s?culo XVI. Ela tamb?m n?o podia deixar de notar que ela havia senetido borboletas no est?mago quando ela olhou para ele. E foi uma sensa??o que ela n?o queria ter. Afinal de contas, Maria, sua melhor amiga, havia deixado claro que ela estava obcecada com ele. Qu?o errado seria se Scarlet o pegasse para ela? Maria nunca iria perdo?-la. E ela nunca se perdoaria. Al?m disso, tinha Blake. Ou n?o? Ela pensou de novo no post de Vivian, sobre Blake dispensando-a. Ser? que Blake realmente havia lhe dito isso? Ou era coisa de Vivian? De qualquer maneira, ela se estava bem certa de que Blake havia desaparecido de sua vida de uma vez por todas. “Hum … oi”, disse ela, sem saber o que dizer. Afinal, eles nunca haviam se apresentado. “Eu n?o queria assust?-la”, disse ele de volta. Ela adorou sua voz. Era gentil e suave, mas poderosa ao mesmo tempo. Ele era de fala mansa, mas havia algo de autoridade em seu tom. Ela poderia ouvir aquela voz para sempre. “Eu sou Sage”, disse ele, estendendo a m?o. “Eu sei”, disse ela, enquanto ela estendeu a m?o e pegou. O toque de sua pele era eletrizante. Ela sentiu um arrepio subir pelo seu bra?o, quando apertou sua fria m?o com a m?o quente dele. “? uma cidade pequena”, ela acrescentou, tentando se explicar, mas depois se sentiu envergonhada. Aquilo havia sido est?pido de sua parte; ela n?o deveria ter dito que sabia o seu nome. Isto a fez parecer desesperada. Mas, espere, ela pensou. Por que ela estava mesmo pensando desta maneira? Afinal, ele era o garoto de Maria. N?o era? “Sua m?o est? t?o fria”, disse ele, quando ele olhou para a palma da m?o dela. Scarlet a retirou, percebendo. “Desculpe”, disse ela, encolhendo os ombros. “Voc? n?o me disse o seu nome”, disse ele. “Ah, desculpa, eu achei que voc? sabia”, disse ela e, em seguida, acrescentou: “N?o que eu seja famosa nem popular. ? s? que… bem, cidade pequena, voc? sabe?” Ela j? estava se embanando, piorando as coisas a cada frase. Ela sempre fazia isso quando estava nervosa na frente de meninos. “De qualquer forma, meu nome ? Scarlet. Scarlet Paine “. Ele sorriu. “Scarlet”, ele repetiu. Ela adorou o som de seu nome em sua voz. “? a cor de muitas coisas. Vinho, sangue, rosas. ? claro que eu prefiro o ?ltimo”, ele acrescentou com um sorriso. Scarlet sorriu de volta. Quem falava daquele jeito? ela se perguntou. Era como se ele fosse de outro tempo, um outro lugar. Ela estava morrendo de vontade de saber mais sobre ele. “O que voc? est? fazendo por aqui?”, ela perguntou, ent?o percebeu que soava muito mal educada. “N?o quero ser rude nem nada. Mas eu quero dizer tipo, o que voc? est? fazendo na frente da minha casa? “ Ele momentaneamente parecia afobado. “Pois ?”, disse ele. “Que momento mais peculiar, n?o ?? Eu estava na cidade, e pensei que eu poderia explorar um pouco por ai. Eu sou novo aqui e pensei em ver para onde esses caminhos me levarim. Eu n?o tinha id?ia que levavam a voc?. “ Scarlet se senti melhor. Pelo menos ele n?o estava vigiando sua casa nem nada do tipo. “Bem, n?o h? muito para se ver. Esta cidade tem apenas alguns quarteir?es para cada sentido. Mais algumas quadras para l? e ? s? isso. “ Ele sorriu. “?. Eu mesmo estava come?ando a perceber isso. “ De repente, Ruth correu at? ele e deu um pulo e lambeu-lhe a m?o. “N?o pule,” Scarlet a repreendeu. “Est? tudo bem”, disse ele. Ele se ajoelhou e acariciou Ruth suavemente, afagando seu p?lo com a palma de sua m?o, co?ando atr?s das orelhas. Ruth se inclinou e o lambeu no rosto. Ela come?ou a choramingar e Scarlet poderia dizer que ela realmente gostava dele. Ela ficou chocada. Ruth era sempre t?o protetora com ela,  ela nunca tinha visto ela se aproximar de um estranho como este. “Mas que belo animalzinho. N?o ? mesmo, Ruth?”, ele disse. Ruth inclinou-se e o lambeu novamente e ele a beijou no nariz. Scarlet ficou atordoada. “Como voc? sabia que o nome dela era Ruth?” “Hum… eu li. Na plaquinha da coleira.” “Mas ela est? desbotada”, disse ela. “Quero dizer, eu mal consigo l?-la.” Ele deu de ombros, sorriu. “Sempre me disseram que eu tinha uma boa vis?o”, disse ele. Mas Scarlet n?o estava convencida. A plaquinha estava extremamente gasta, e ela n?o entendia como ele poderia t?-la lido. Ele a deixou com medo. Como ele sabia o nome dela? No entanto, ao mesmo tempo, sentia-se confort?vel ao ficar perto dele. E, dado o estado em que ela estava, ela estava gostando de ter companhia. N?o queria que ele fosse embora. Mas, ao mesmo tempo, ela pensou em Maria, e em como ela ficaria chateada se ela aparece por l? e a visse em p? ali com ele. Ela Ficaria com tanto ci?mes. Ela provavelmente iria odi?-la para o resto da vida. “Voc? ? bem misterioso por aqui”, disse Scarlet. “O garoto novo. Ningu?m realmente sabe muito sobre voc?. Mas um monte de pessoas est?o morrendo de vontade de saber mais.” “Est?o ??”, ele deu de ombros. Scarlet esperou, mas ele n?o lhe disse mais nada. “Ent?o… como… qual ? a sua hist?ria?”, perguntou ela. “Acho que todo mundo tem uma, n?o ??”, ele perguntou. Ele se virou e olhou para a linha do horizonte, como se debatesse se deveria dizer algo. “Eu acho que a minha ? chata”, disse ele. “Minha fam?lia… recentemente se mudou para c?. Ent?o aqui estou eu, terminando o meu ?ltimo ano.” “Ouvi dizer que voc? tem tipo… uma irm??” Um sorriso se formou no canto de sua boca. “As not?cias voam por aqui, n?o ??”, perguntou ele com um sorriso. Scarlet corou. “Desculpe”, disse ela. “Sim, eu tenho”, ele respondeu, mas n?o contou nada mais. “Desculpe, n?o quero me intrometer”, disse ela. Ele olhou para ela e, quando os olhos dela se encontraram com os dele – por um momento, sentiu seu mundo come?ar a derreter. Pela primeira vez naquele dia, todas as suas preocupa??es estavam afastadas de sua mente. Ela sentiu-se transportada. Ela queria parar de olhar, colocar seus sentimentos em cheque, queria convocar pensamentos sobre Maria e se for?ar a tir?-lo de sua mente. Mas ela n?o podia. Ela estava congelada. “Fico lisonjeado com isso”, disse ele. Ele continuou encaranda-a, ent?o, depois de um momento, ele acrescentou: “Voc? gostaria de dar um passeio comigo?” Seu cora??o come?ou a bater forte. Ela queria ir com ele. Ela queria mais do que qualquer coisa no mundo. Mas uma parte dela estava com medo. Ela ainda estava se recuperando do que havia acontecido com Blake. Ela ainda n?o confiava em si mesma, em seus pr?prios sentimentos, em seu corpo, suas rea??es. E ela estava com medo de trair sua melhor amiga, mesmo que, na realidade, Maria n?o tivesse nenhum direito sobre Sage. Acima de tudo, ela n?o confiava em si mesma. O que quer que tivesse acontecido entre ela e Blake, esse impulso de se alimentar, ainda poderia estar l?. Por mais que ela quisesse saber mais, sentia a necessidade de proteg?-lo. “Eu sinto muito”, disse ela. “Eu n?o posso.” Ela viu a decep??o em seus olhos quando ele acenou de volta. “Entendo.” Scarlet, de repente ouviu o barulho de portas dentro de sua casa, juntamente com o som abafado de vozes crescentes. Eram seus pais, discutindo. Ela podia ouvi-los mesmo dali. Outra porta bateu, ela se virou e olhou para sua casa, preocupada. “Eu sinto muito, mas eu tenho que voltar para dentro agora –”, disse ela, ao se virar para se despedir. Mas, quando ela se virou, ela ficou completamente confusa. N?o havia sinal de Sage. Em nenhum lugar. Ela olhou para os dois lados e virou a esquina, mas n?o havia nada. Era incompreens?vel. Era como se ele simplesmente tivesse desaparecido. Ela se perguntou como ele poderia ter fugido t?o rapidamente. Era imposs?vel. Ela se perguntou para onde ele tinha ido, e se ainda havia tempo para alcan??-lo. Porque agora, ela sentiu um impulso irresist?vel de estar com ele, conversar com ele. Ela percebeu, num piscar de olhos, que ela tinha acabado de fazer o mais est?pido erro de sua vida dizendo n?o. Agora que ele se fora, cada parte de seu corpo o chamava. Ela havia sido t?o tola. Odiava si mesma. Ser? que tinha perdido mesmo sua chance? CAP?TULO QUATRO Ainda abalada por seu encontro com Sage, Scarlet entrou em sua casa,  absorta em seu pr?prio mundo. Ela foi puxada bruscamente para a realidade quando se viu bem no meio da discuss?o de seus pais. Ela n?o conseguia acreditar. Em toda a sua vida, ela n?o se lembrava de v?-los discutindo e, agora, era s? isso que eles faziam; ela sentiu uma pontada de culpa, queria saber se aquilo tinha a ver com ela. N?o podia deixar de ter a sensa??o de que algo ruim tinha come?ado na vida de todos, algo que n?o ia embora e que aumentar dia ap?s dia. E ela n?o conseguia deixar de sentir como se fosse tudo culpa dela. “Voc? est? levando isso longe demais”, Caleb gritou para Caitlin por atr?s da porta fechada. “S?rio. O que deu em voc?? “ “O que deu em voc??” Caitlin atirou de volta. “Voc? sempre esteve do meu lado, sempre me apoiou. Agora, voc? est? se recusando.” “Recusando?”, ele rebateu. Scarlet n?o ag?entava mais. Como se o seu dia n?o tivesse sido suficientemente ruim – ter que aquilo a deixava no limite. Ela s? queria que eles parassem de discutir. Ela s? queria sua vida voltasse ao normal. Ela deu alguns passos e abriu a porta da sala de jantar, esperando que sua presen?a os fizesse parar. Ambos pararam bem no meio de seus argumento, assim que se viraram e olharam para ela, como se fossem animais silvestres paralisados por far?is. “Onde voc? estava?”, Seu pai virou-se para ela. Scarlet foi pega de surpresa: seu pai nunca havia gritado com ela antes e nunca tinha usado aquele tom de voz. Seu rosto ainda estava v?vido pela discuss?o e ela mal o reconhecia. “O que voc? quer dizer?”, disse ela, na defensiva. “Eu estava ali fora, com Ruth.” “Por uma hora?” “Do que voc? est? falando?”, disse ela, se perguntando. “Eu estive fora por apenas alguns minutos.” “N?o, n?o esteve. Subi e verifiquei o seu quarto, ent?o eu vi voc? sair de casa e isso foi h? uma hora. Onde voc? foi? “, ele insistiu, caminhando ao redor da mesa em dire??o a ela. “N?o minta para mim.” Scarlet achou que ele tinha perdido completamente a cabe?a. N?o era s? sua m?e que estava enlouquecendo, seu pai tamb?m. Ela sentiu se mundo desabar. “Eu n?o sei do que voc? est? falando”, ela retrucou, sua pr?pria voz em ascens?o. Mas ela estava come?ando a se perguntar se, de alguma forma, ela tinha perdido a no??o do tempo. Se alguma coisa estava acontecendo com ela. Se ela tivesse ido de novo a algum lugar e n?o se lembrava. O pensamento fez seu cora??o acelerar, ela come?ou a se desesperar silenciosamente. “Eu n?o estou mentindo. E eu n?o gosto de ser acusada dessa maneira.” “Voc? tem alguma id?ia de como ficamos preocupados com voc?? Eu estava prestes a chamar a pol?cia de novo.” “Sinto muito!”, Ela gritou de volta. “Eu n?o fiz nada!” Ela estava tremendo por dentro, reflexo da sua ira e n?o conseguia aguentar por mais nem um minuto. Ela se virou e saiu da sala, explodindo em l?grimas logo em seguida. Ela subiu correndo os degraus. Ela estava saturada com seus pais. Era simplesmente demais. Agora, nem mesmo seu pai a entendia. E ele sempre fora compreensivo, sempre, sempre esteve ao seu lado, o tempo todo. “Scarlet, volte aqui!”, ele gritou. “N?O!”, Ela gritou de volta, em meio ?s l?grimas. Ela podia ouvir os passos de seu pai, seguindo-a pelas escadas, mas ela foi mais r?pida. Correu pelo corredor, at? seu quarto e fechou a porta com baque. Um momento depois, o punho de seu pai bateu na porta. “Scarlet. Abra a porta. Desculpa. Eu quero conversar. Por Favor. Eu sinto muito.” Mas Scarlet apagou as luzes e pulou na cama, se enrolando. Ela ficou ali parada, chorando e chorando. “V? embora!”, ela gritou. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ela ouviu seus passos desaparecerem. Era cedo demais para dormir e Scarlet se sentia entorpecida demais para fazer qualquer outra coisa. Depois de um longo tempo, ela estendeu a m?o e pegou o telefone. Os alertas n?o paravam – sua p?gina do Facebook estava explodindo com novos posts e mensagens. Isto s? a fez se sentir pior e ela o desligou. Depois de um longo tempo, ela continuou deitada ali, de lado, olhando atrav?s da janela para as ?rvores, que brilhavam diversas cores, cintilando sob a luz do final do dia. Ela ficou observando v?rias folhas que ca?am das ?rvores diante de seus olhos, girando em dire??o ao ch?o. Ela se sentiu sobrecarregada de tristeza. Blake n?o queria estar com ela; Vivian tinha feito toda a escola se virar contra ela; suas pr?prias amigas n?o a entendiam; seus pais n?o confiavam nela; ela n?o sabia o que estava acontecendo com seu corpo. E, acima de tudo, ela havia perdido sua chance de conversar com Sage. Tudo estava errado. E ela n?o podia parar de pensar sobre aquele momento entre ela e Blake, na beira do rio. Ela n?o conseguia parar de pensar sobre o que estava lhe acontecendo. Quem era ela, realmente? Ela estendeu a m?o e agarrou seu di?rio e sua caneta favorita, inclinou-se e come?ou a escrever. Eu n?o entendo minha vida. ? surreal. Eu s? conheci o garoto mais incr?vel de todos os tempos. Sage. Eu n?o quero admitir isso, pois Maria gosta dele, mas eu n?o consigo parar de pensar sobre ele. Sinto que, de algum jeito, eu  o conhe?o. N?s mal nos falamos, mas eu senti uma conex?o com ele. Ainda mais forte do que com Blake. Mas ele foi embora t?o r?pido, e eu estupidamente recusei seu convite. Gostaria de n?o t?-lo feito. H? tantas perguntas que estou morrendo de vontade de fazer a ele. Tipo quem ele ?. O que ele est? fazendo aqui. E por que ele estava na frente da minha casa. Ele disse que estava apenas de passagem, mas, de alguma forma, eu n?o acredito nisso. Eu acho que ele estava me procurando. Eu n?o sei mais quem s?o meus pais. Todos os dias, tudo est? mudando cada vez mais. Eu tamb?m n?o sei quem eu sou. ? como se todo o mundo que eu conhecesse, o mundo que era t?o familiar e seguro para mim, tivesse desaparecido, substitu?do por um mundo. E eu sinto que amanh?, tudo vai apenas mudar de novo. Eu tenho medo do amanh?. Ser? que todo mundo me odeia? Ser? que Blake vai me ignorar? Verei Sage? Eu n?o posso nem imaginar o que o dia seguinte vai trazer. * Scarlet abriu os olhos, despertada por uma campainha. Ela olhou para fora e ficou chocado ao perceber que j? era de manh?, o sol inundava seu quarto. Ela percebeu que tinha ca?do no sono ainda de roupa, em cima dos len??is. Ela pegou seu rel?gio e olhou para ele: 08:30. Seu cora??o acelerou em p?nico. Ela estava atrasada para a escola. A campainha tocou novamente, e Scarlet saltou em seus p?s. Pelo hor?rio, ela presumiu que seus pais j? haviam sa?do para o trabalho, ent?o ela teria que atender a porta. Quem poderia estar ali t?o cedo de manh?? Ela estava tentada a ignor?-lo, apenas se apressar e se preparar para a escola, mas a campainha soou de novo. Ruth latia e latia e, finalmente, Scarlet a soltou e a seguiu pelas escadas, atravessou a sala de estar e foi em dire??o ? porta. Ruth estava de frente para a porta, latindo como um louca. “Ruth!” Finalmente Ruth se acalmou quando Scarlet caminhou at? a porta. Ela lentamente a abriu. Seu cora??o parou. Ali, olhando para ela, estava Sage. Ele segurava um longo rosa do preto, em ambas as m?os. “Eu sinto muito chegar assim de repente”, disse ele. “Mas eu sabia que voc? estaria em casa.” “Como?”, Perguntou ela, totalmente confuso. Ele s? a encarou de volta. “Posso entrar?”, Perguntou. “Um…” Scarlet come?ou. Uma parte dela queria desesperadamente para convid?-lo, mas uma outra parte sentia medo. O que ele estava fazendo aqui? Por que ele estava lhe trazendo uma rosa negra? Mas, novamente, ela n?o podia simplesmente mand?-lo embora. “Claro”, disse ela. “Entre.” Sage deu um largo sorriu enquanto atravessava a soleira. Logo em seguida, para sua surpresa, de repente, ele caiu no ch?o. Ele afundava e afundava, como se estivesse em areia movedi?a, depois levantou uma m?o, gritando para ela. “Scarlet!”, ele gritou. “Ajude-me!” Scarlet se abaixou e pegou a m?o dele, tentando pux?-lo para cima. Mas, de repente ela caiu no buraco, tamb?m, mergulhando de bru?os. Ela gritou a plenos pulm?es, enquanto caia a toda velocidade, em direc??o ?s entranhas da terra. Scarlet acordou gritando. Ela olhou para o seu quarto, com o cora??o acelerado. Os primeiros raios do dia atravessavam sua janela. Olhou para seu rel?gio. 6:15. Ela havia adormecido de roupa. Ela respirava com dificuldade quando percebeu que tudo tinha sido apenas um sonho. Seu cora??o batia r?pido. Parecia t?o real. Ela se levantou, foi at? o banheiro e jogou ?gua fria no seu rosto v?rias vezes, tentando acordar. Quando ela olhou para o espelho, por?m, seus medos se intensificaram: seu reflexo. Estava diferente. Ela estava l?, mas estava transl?cido, como se fosse um fantasma. Como se estivesse desaparecendo. No in?cio, ela pensou que a luz havia lhe pregado uma pe?a. Mas ela modificou a luz e conitnuou o mesmo. Ela estava t?o assustada, sentia vontade de chorar. N?o sabia o que fazer. Ela precisava de algo para a acalm?-la. Algu?m com quem falar. Algu?m para dizer a ela que tudo ficaria bem. Que ela n?o estava ficando louca. Que ela n?o estava mudando. Que ela era a mesma Scarlet de sempre. Por alguma raz?o, Scarlet pensou na oferta da sua m?e, sobre o padre. Agora, ela sentia como se ela realmente precisasse dele. Talvez ele pudesse ajud?-la a se sentir melhor. Ela saiu para o corredor e, em seguida, viu sua m?e andando pelo corredor, arrumando-se para o trabalho. “M?e?”, ela chamou. Caitlin parou e se virou, parecendo surpresa. “Ah, querida, eu n?o sabia que voc? estava acordada t?o cedo”, disse ela. “Voc? est? bem?” Scarlet balan?ou a cabe?a, com medo que fosse chorar, e andou pelo corredor para dar um abra?o em sua m?e. Sua m?e a abra?ou de volta, com for?a e a embalou, era t?o bom estar em seus bra?os. “Eu senti sua falta, querida”, disse sua m?e. “E eu amo muito voc?.” “Eu tamb?m amo voc?,” Scarlet disse por cima do ombro, e come?ou a chorar. “O que h? de errado?”, perguntou sua m?e dela, ao se afastar. Scarlet enxugou uma l?grima pelo canto do olho. “Voc? se lembra de sua oferta no outro dia? Sobre ver o padre? “ Ela assentiu com a cabe?a para tr?s. “Eu gostaria de ir. Podemos ir junto? Hoje depois da escola?” Sua m?e deu um largo sorriso, parecia aliviada. “? claro que sim, querida.” Ela abra?ou Scarlet novamente. “Eu amo voc?. Nunca se esque?a disso.” “Eu tamb?m amo voc?, m?e.” CAP?TULO CINCO Scarlet chegou cedo ? escola, pela primeira vez em muito tempo. As salas n?o tinham enchido ainda, parecia uma cidade fantasma, enquanto ela se dirigia at? seu arm?rio. Ela estava acostumada a chegar mais tarde, quando o local j? estava cheio, mas neste dia, depois de seu pesadelo, ela se sentia  impaciente demais para ficar em casa e esperar. Ela tamb?m verificou seu Facebook e Twitter e viu a quantidade absurda de atividade, consequencias de Vivian e suas amigas postando sobre ela, ela estava t?o ansiosa sobre como a escola iria reagir, ela sentia que chegando cedo, de alguma forma, ajudaria sua ansiedade . Pelo menos, estar ali t?o cedo lhe deixava mais calma, de certa forma, mais preparada. Embora, claro, ela soubesse de que n?o seria nada bom. Logo aqueles corredores se encheriam com uma quantidade esmagadora de alunos e eles iriam se aglomerar em grupinhos, superando-a em n?meros, e ent?o a olhariam e sussurrariam sobre ela. Incluindo, talvez, Blake. Ela se perguntou o que ele poderia ter dito a todos sobre o encontro dos dois. Ele haveria contado tudo o que aconteceu? Ele teria dito que ela era algum tipo de aberra??o? O pensamento a deixou t?o enjoada que ela havia pulado o caf? da manh?. Ela teria que encarar a situa??o e se perguntou quantas centenas de pessoas teriam seguido as mensagens – e o que todos estariam pensando sobre ela. Uma parte dela queria se enrolar e morrer, fugir, deixar a cidade e nunca mais voltar. Mas ela sabia que nada disso era op??o, ent?o ela percebeu que era melhor ser corajosa e encarar logo tudo aquilo. Quando ela abriu seu arm?rio e recolheu seus livros para o dia, ela percebeu qu?o atrasada ela estava em rela??o a todos as suas li??es de casa. Isso, tamb?m, era inusitado para ela. Os ?ltimos dois dias haviam sido t?o loucos, tudo fora t?o diferente do que costumava ser. Para piorar as coisas, ela estava apertando os olhos contra a luz da manh? que entrava pelas janelas e havia notado que  estava com uma dor de cabe?a terr?vel, que ela nunca tinha tido antes. Ela se viu protegendo seus olhos em um corredor particularmente brilhante e se perguntou de novo se havia algo errado com ela. Ela ainda estava doente ou algo assim? Ela viu seus velhos ?culos de sol ali, na prateleira de cima do arm?rio dela, e sentiu vontade de peg?-los e us?-los dentro de casa, durante todo o dia. Mas ela sabia que s? iria atrair mais ainda a aten??o negativa. Como uma onda, as salas come?aram a encher com alunos, se espalhando por todas as dire??es. Ela olhou para o telefone e percebeu que sua primeira aula teria in?cio em poucos minutos. Ela respirou fundo e fechou seu arm?rio. Ela tinha notado que seu telefone n?o tinhas novas mensagems e seus pensamentos se voltaram novamente para Blake, para o dia anterior. Sua fuga. Ela se perguntou de novo o que ele devia ter dito aos outros. Se ele realmente havia falado todas aquelas coisas prejudiciais? Que ele havia terminado com ela? Ou ser? que foi Vivian? O que ele realmente acha dela? E por que ele n?o respondeu a nenhuma de suas mensagens? Ela presumiu, ? claro, que o sil?ncio era uma resposta. Que ele estava apavorado e n?o estava mais interessado. Mas ela queria, pelo menos, que ele respondesse, ela olhou para seu celular mais uma vez, s? para checar se ele o fizera – mesmo que fosse para dizer que ele n?o estava mais a fim. Ela odiava n?o saber nada. Como se tudo isso n?o fosse suficiente, ela n?o conseguia parar de pensar em Sage, tampouco. O encontro, na frente de sua casa, havia sido t?o misterioso. Ela lamentou ter se afastado dele e desejou ter tido mais alguns momentos para falar com ele, para fazer-lhe mais perguntas. Seu sonho a assustou demais, por?m ela n?o conseguia entender porque ele estava ainda mais grudado em sua mente, mais ainda do que Blake. Sentia-se t?o confusa. Com Blake, era como se ela conscientemente pensasse nele; com Sage, era como se ela n?o pudesse evitar, ela pensava nele com inten??o ou n?o, e ela n?o entendia seus fortes sentimentos por ele. Estranhamente, embora ela conhecesse Blake h? anos, ela se sentia, de alguma, mais pr?xima a Sage. O que a incomodava mais do que qualquer coisa, era que nada disso fazia sentido. Ela odiava n?o entender – ainda mais quando se tratava de amor. “Oh meu Deus, Scarlet?”, veio uma voz. Assim que ela fechou seu arm?rio, ela viu Maria ali de p?, olhando para ela como se estivesse olhando para uma celebridade infame. “Voc? nunca est? aqui cedo! Mandei uma mensagem para voc? tipo um milh?o de vezes na noite passada! O que aconteceu? Onde voc? estava? Voc? est? bem?” Scarlet sentiu uma pontada de remoros; ela estava sobrecarregada demais para responder a todas as mensagens. Sentia tamb?m um novo sentimento de nervosismo ao estar perto de Maria, devido aos seus sentimentos por Sage. Afinal de contas, Maria tinha deixado claro que ela estava obcecada por Sage. Se ela descobrisse que Scarlet tinha conversado com ele na noite anterior, especialmente na frente de sua pr?pria casa – ela temia que Maria fosse surtar. Maria era t?o possessiva e territorial quando o assunto era meninos. Ela sempre pensou que quem quer que ela colocasse seus olhos – era propriedade dela, quer a pessoa soubesse de sua exist?ncia ou n?o. E, se algu?m, mesmo remotamente, ficasse em seu caminho, se tornava seu inimigo instante. Ela podia ser bem maldosa mesmo – e ela nunca iria perdoar e esquecer. Ela era esse tipo de pessoa: ou o seu amigo mais pr?ximo, ou o seu inimigo mortal. “Desculpe,” Scarlet respondeu. “Eu dormi cedo. Eu n?o estava me sentindo bem. E eu n?o sabia como lidar com a coisa toda do Facebook.” “Nossa, como eu odeio ela”, disse Maria. “Vivian. ? uma cobra. Quem ela pensa que ?? Eu postei no mural dela, e na de suas amigas tamb?m. Eu as coloquei em seus devidos lugares por terem atacado voc?.” Scarlet sentia-se t?o grata a Maria – o que a fez se sentir ainda mais culpada por ter falado com Sage. Ela gostaria de poder contar a ela, bastava explicar a ela o que acontecera com Sage – mas ela mesma n?o entendia o que tinha acontecido. E ela temia que, se ela contasse, Maria ficaria ofendida. “Voc? ? a melhor”, disse Scarlet, ao colocar um bra?o em torno dela, mostrando seu apre?o. As duas caminharam lado a lado, pelos corredores, que foram enchendo rapidamente, o ru?do foi ficando cada vez mais alto, uma vez que elas come?aram a longa marcha em dire??o ao outro lado da escola, para a sua primeira aula juntas. “Eu quero dizer, que ousadia dela”, disse Maria. “Primeiro, ela roubar seu garoto. Ent?o, posta tudo sobre ele. Ela s? est? amea?ando. E com ci?mes. Ela s? sabe que voc? ? melhor que ela.” Scarlet se sentiu um pouco melhor, mas ainda sentia uma pontada de tristeza com a id?ia de perder Blake. Especialmente sob tais circunst?ncias. Tudo o que ela queria era uma chance de explicar a Blake, lhe dizer que o que acontecera l? no rio, aquilo n?o era ela de verdade. Mas ela realmente n?o sabia como explicar. O que ela poderia dizer? Ela achava que havia escrito o suficiente em sua mensagem. E ele sequer respondera. “Ei, pessoal,” veio uma voz. Caminhando ao lado delas estavam Jasmin e Becca. Scarlet sentiu quando elas come?aram a lhe lan?ar olhares e come?ou a se sentir paran?ica com toda a aten??o. “Oi,” Scarlet disse, enquanto toda andavam juntas, como um pequeno grupo, pelos corredores. “Ent?o, voc? vai tipo nos manter em suspense?”, Perguntou Jasmin. “O que aconteceu com Blake?” Scarlet podia sentir os olhares sobre ela e sentia-se perturbada. Enquanto caminhavam, ela tamb?m via outros alunos lhe espiando. Ela queria pensar que estava apenas sendo paran?ica – mas ela sabia que n?o. Havia, definitivamente, uma tonelada de pessoas encarando-a, lan?ando olhares furtivos, como se ela fosse algum tipo de aberra??o. Ela se perguntou de novo quantos estudantes teriam acessado a internet e lido todos os posts e o que eles acreditariam. Ser? que ela estava seria conhecida como a garota que foi dispensada por Blake? Que perdeu Blake para Vivian? Ela se enfureceu com este pensamento. “? verdade?”, perguntou Becca. “Ele realmente lhe deu um fora?” “Se ele o fez”, disse Jasmin “, conte-nos e n?s iremos acabar com o mural do Facebook dele.” “Obrigada, gente,” Scarlet disse. Ela pensou sobre a melhor forma de responder. Ela realmente n?o sabia como explicar. “Ent?o?” Maria cutucou. “Voc? n?o realmente n?o vai nos contar?” Scarlet encolheu os ombros. “Eu n?o sei o que dizer. N?o h? realmente nada a dizer. N?s fomos at? o rio, e tipo…” ela fez uma pausa, refletindo sobre como continuar. “… Blake me beijou.” “E ent?o?” Jasmin pressionou. “Voc? est? nos matando aqui!” Scarlet encolheu os ombros. “? isto. Nada aconteceu mesmo. Quero dizer, eu gosto dele. Eu ainda gosto dele. Mas… eu fui embora. Quer dizer, eu comecei a me sentir assim, muito doente, ent?o eu tive que ir, do nada.” “O que quer dizer com doente?”, perguntou Becca. “Tipo meu est?mago come?ou a me matar”, ela mentiu, n?o sabendo mais o que dizer. “E eu tive essa forte dor de cabe?a.” Pelo menos era parcialmente verdade, ela pensou. “Eu acho que eu ainda estava doente desde aquelo outro dia. Ent?o eu corri para fora de l?. P?ssima hora, eu acho.” “Ent?o, Blake tipo acompanhou voc?? Ou ele foi um idiota total?”, perguntou Jasmin. Scarlet encolheu os ombros. “N?o ? culpa dele. Eu realmente n?o lhe dei tempo para isso, eu acho. Eu simplesmente fui embora. Me senti mal com isso. Eu queria explicar isso a ele. Mas ele nunca respondeu minha mensagem.” “Que idiota”, disse Maria. “Que bob?o”, acrescentou Jasmin. “Fala s?rio. Ent?o voc? ficou doente – e da?, e ele n?o responde suas mesnagens? Qual ? o problema dele? Voc? estava passando mal. Grande coisa. Quero dizer,  ele n?o vai nem lhe dar uma chance para voc? explicar?” “Concordo totalmente”, Maria entrou na conversa. “E ent?o o que, ele vai correndo de volta para Vivian, e te d? um fora por ela? S? porque voc? estava doente? Qual ? o problema dele? Ele realmente n?o merece voc?. ? melhor assim.” Scarlet realmente apreciava todas aquela frases de apoio, isso a fez com que se sentisse melhor. Ela nunca tinha pensado desta forma. Reparou que ela mesma estava sendo seu pior cr?tico. Quanto mais pensava sobre isso, mais ela percebia que suas amigas tinham raz?o. Blake poderia ter sido mais simp?tico; Talvez ele devesse ter ido atr?s dela, perguntado como ela estava se sentindo; talvez ele n?o devesse ter sido t?o r?pido para procurar Vivian. Mas ser? que ele fez isso mesmo? Ou Vivian tinha inventado tudo? “Obrigado, meninas”, agradeceu ela. “Eu realmente agrade?o por tudo. Embora, honestamente, eu n?o sei o que aconteceu depois. Eu n?o sei se ele voltou para Vivian, ou se ela apenas inventou tudo.” “Ent?o eu acho que isso significa que voc? n?o vai com ele para o baile?”, perguntou Maria. “Ent?o com quem voc? vai? Quero dizer, ou voc? n?o vai? “, ela perguntou, erguendo a voz, como se isso fosse a coisa mais horr?vel do mundo. Scarlet encolheu os ombros. Essa festa est?pida n?o poderia vir em pior hora. Ela realmente n?o sabia o que dizer. “Eu duvido que Blake vai me levar”, disse ela. “E sobre ir sozinha…”. Por um momento, Scarlet n?o p?de deixar de pensar de Sage. Ela percebeu o quanto ela realmente gostaria de ir com ele. Ela mal sabia a raz?o disto. O rosto dele havia ficado preso em sua mente. Ao mesmo tempo, ela pensou em Maria, o que ela poderia pensar – e o pensamento de ir com Sage lhe soava como uma trai??o. Ela rapidamente tentou tir?-lo de sua cabe?a. “Se eu n?o for, n?o tem problema”, ela finalmente disse. “Tudo bem. Talvez no pr?ximo ano.” “H? uma enorme festa de esquenta hoje ? noite na casa do Jake Wilson. Os pais dele estar?o fora. Todo mundo vai. Voc? tem que ir. Talvez voc? encontre algum par por l?.” Scarlet engoliu em seco. Sair de casa e ficar ca?ando meninos era a ?ltima coisa que ela queria fazer. “Bom, de qualquer maneira, n?o se sinta mal”, disse Maria. “Eu tamb?m n?o tenho com quem ir.” “E o Brian?” Jasmin perguntou a ela. “Terminamos, lembra?”, Ela disse. “Mas ele n?o est? namorando ningu?m.” Maria deu de ombros. “Ele n?o me chamou. E, de qualquer forma, eu n?o queria ir com ele. Sage ? quem eu realmente gostaria de ir. O garoto novo.” Scarlet engoliu em seco. “Ent?o por que voc? n?o o convida?”, Perguntou Becca. “?, voc? continua falando sobre ele, mas voc? n?o est? fazendo nada”, disse Jasmin. “Pare de ser medrosa.” “Eu n?o sou medrosa,” Maria retrucou. “Medrosa!!”, Elas zombou dela. O rosto de Maria parecia uma beterraba vermelha, Scarlet podia ver como ela estava brava. “Eu n?o sou medrosa. Na verdade, eu tenho aula com ele no pr?ximo hor?rio. Vou convid?-lo, ent?o.” “N?o, voc? n?o vai”, disse Becca. “Voc? nunca faria isso”, disse Jasmin. “Pois vejam s?”, disse Maria. “Mas n?o ? meio estranho isso?”, disse Becca. “Voc? o convidar?” Maria deu de ombros. “Poderia ser melhor. Mas o que ? que eu posso fazer? Ele ? novo. Se eu n?o convid?-lo, outra pessoa o far?. E se ele n?o estiver a fim de mim, eu prefiro saber gora, n??” “Eu ainda acho que voc? est? blefando”, disse Jasmin. Maria olhou para ela. “Volte em uma hora e vamos ver quem ? que est? blefando.” Scarlet ficou aliviada que a conversa n?o era mais sobre ela. Ela estava come?ando a se sentir esperan?osa, talvez toda a aten??o negativa passaria realmente r?pido, e n?o seria t?o ruim quanto ela havia pensado. Afinal, suas amigas mudaram para novos temas de fofocas muito rapidamente. Mas, quando ela pensou sobre sua pr?xima aula, com Sage e Maria, seu est?mago afundou. ? medida em que viravam uma esquina, o est?mago de Scarlet afundou ainda mais: l?, encostado contra a parede, estavam Vivian e sua turma. Elas se cutucaram, ao olhar em sua dire??o, ent?o riram e sussurraram. Vivian se virou e olhou diretamente para ela com um sorriso vitorioso. Scarlet podia ver maldade em seu belo rosto, pela vingan?a mesquinha de que havia recebido da intimida??o online. Por um momento, Scarlet estava t?o furiosa que tinha vontade de atac?-la. Ela sentiu uma tremenda onda de raiva atravess?-la dela, formigando, corria desde seus p?s at? suas m?os. Ela n?o entendia o que estava acontecendo: era com uma onda de calor. Sentia seu corpo mais forte, mais violento e menos capaz de se controlar. Ela queria sair dali r?pido, antes que algo de ruim acontecesse. “Ora, ora, ora”, disse Vivian em voz alta, enquanto elas passavam ao seu lado. A tens?o no ar era t?o pesada que poderia ser cortado com uma faca. “Olha quem ?. Se n?o s?o as sobras Blake. “ “Isso ? uma declara??o e tanto, especialmente vindo de uma rejeitada por Blake”, Jasmin retrucou para ela. “E voc? , que tem tanto medo de dizer na cara que precisa post?-lo online?” Maria instigou. O rosto de Vivian se fechou com uma carranca, assim como o de suas amigas. Scarlet estava mortificada. Ela s? queria que tudo isso passasse logo. Ela estava realmente agradecia a suas amigas, mas ela n?o queria que aquilo evolu?sse para uma guerra de insultos. “E isso vindo de uma menina que sequer tem um par para o baile”, Vivian respondeu, agora centrada em Maria. “Perdedora”, disse ela. “Eu prefiro n?o ter um par, do que ter a sobra de algu?m,” Maria retrucou. “Por favor, Maria,” Scarlet disse calmamente. “Vamos seguir em frente.” Por um momento, parecia que os dois grupos de meninas se atacariam, e que isso iria evoluir para uma luta f?sica. Por maior que fosse a raiva que Scarlet sentia correndo por seu corpo, ela realmente n?o queria o confronto. Ela gentilmente cutucou suas amigas e lentamente seu grupo continuou andando, se afastando daquele corredo. Scarlet n?o queria descer ao n?vel de Vivian. Assim que os dois grupos foram ganhando mais dist?ncia entre si, de repente, Scarlet sentiu algo. Era uma sensa??o estranha, que ela nunca tinha sentido antes. Do nada, seus sentidos estavam em alerta m?ximo: ela sentiu, sem olhar, uma energia negra se aproximar por tr?s dela. Ela n?o sabia como, mas ela sentiu. E, em seguida, sua audi??o ficou muito agu?ada: ela ouvia cada pequeno movimento no corredor. Ela ouviu o movimento dos passos de uma menina, que se aproximava por tr?s dela. Reagindo ? velocidade da luz, Scarlet, de repente sentiu seu corpo se virar, sentiu sua pr?pria m?o subir e se viu agarrando a m?o de outra pessoa um segundo antes de ser atingida na parte de tr?s de sua cabe?a. Scarlet olhou para cima e ficou surpreso ao se ver mobilizando o pulso de Vivian. Ela olhou e viu um grande ma?o de goma de mascar na palma de sua m?o e viu sua express?o chocada. Ent?o ela percebeu o que tinha acontecido: Vivian tinha ido atr?s dela e estava prestes a enfiar o chiclete em seu cabelo. De alguma forma, Scarlet tinha percebido isso e tinha se virado a tempo de bloquear o ato no ?ltimo segundo, a apenas alguns cent?metros de dist?ncia. Scarlet ficou ali, ela se viu torcendo o pulso de Vivian com uma for?a incr?vel; Vivian caiu de joelhos, gritando de dor. Todos os que estavam por l? pararam e uma enorme multid?o se reuniu ao redor. “Voc? est? me machucando!” Vivian gritou. “Solte-me!” “BRIGA! BRIGA! “, gritou a multid?o de estudante que de repente se reunira ao redor. Scarlet sentia uma f?ria avassaladora correndo por ela, uma raiva que ela mal conseguia controlar. Alguma coisa em seu corpo a tinha protegido de se machucar e agora queria que ela se vingasse quebrando o pulso desta menina. “Por que deveria?” Maria gritou. “Voc? estava prestes a enfiar um chiclete no cabelo dela.” “Por favor!” Vivian choramingou. “Desculpe-me!” Scarlet n?o entendia o que estava tomando conta dela e isso a assustava. De alguma forma, no ?ltimo segundo, ela se obrigou a parar. Ela finalmente a soltou. O pulso de Vivian caiu ao seu lado e, assim que ela se levantou, correu de volta para o seu grupo de amigas. Scarlet se virou, com o cora??o acelerado e caminhou com suas amigas pelo corredor de novo. Lentamente, o local voltou ao normal, todos sussurravam enquanto se dispersavam. As amigas de Scarlet se agruparam em torno dela. “Uau, como voc? fez isso?”, perguntou Maria, impressionada. “Isso foi incr?vel!”, disse Jasmin. “Voc? realmente a colocou no seu devido lugar.” “Eu n?o posso acreditar que ela estava prestes a colocar chiclete no seu cabelo”, disse Becca. “Ela teve o que merecia”, disse Maria. “Mandou bem, menina. Acho que ela vai pensar duas vezes antes de provocar voc? de novo.” Mas Scarlet n?o se sentia bem. Ela se sentia vazia, drenada. E mais desnorteado do que nunca sobre o que estava acontecendo com ela. Por um lado, ? claro que ela estava muito impressionada por ter sido capaz de par?-la a tempo, revidar e se defender. Mas, ao mesmo tempo, ela n?o conseguia entender como ela tinha conseguido reagir daquela maneira. Seus olhos estavam doendo mais ainda e sua dor de cabe?a estava piorando e, por mais absurdo que parecia, ela n?o podia deixar de ter a sensa??o de que ela estava se transformando de alguma forma. E isto a aterrorizava mais do que qualquer coisa. O alarme tocou e pouco antes de se dirigirem para a aula, Scarlet olhou ao redor e viu Blake parado por ali. Ele estava com alguns de seus amigos e um deles o cutucou, ele ent?o se virou e olhou para ela. Por um momento, seus olhos se encontraram. Scarlet tentou decodificar sua express?o. Esperava mais do que qualquer coisa que ele iria at? ela, para lhe dar uma chance. Mas, de repente, ele se virou e caminhou com seus amigos na dire??o oposta. Scarlet sentiu seu cora??o partir. Ent?o era isso. Ele n?o estava mais interessado nela. N?o s? isso, ele n?o estava mesmo a fim de falar com ela. Ele nem sequer a reconhecia. E isso doeu mais do que tudo. Ela pensou que eles tinham algo verdadeiro juntos, n?o conseguia entender como tudo tinha desmoronado t?o rapidamente, como ele poderia ir embora t?o facilmente. Por que ele n?o podia, pelo menos, ser mais compreensivo com ela – lhe dar pelo menos uma chance de explicar. A primeira aula n?o tinham nem come?ado ainda e o dia e j? Scarlet j? havia lhe machucado demais, como se ela fosse um saco de pancadas. Ela j? tinha experimentado um turbilh?o de emo??es e se perguntou como ela seria capaz de enfrentar o resto do dia. “Vamos l?, voc? n?o precisa dele”, disse Maria, ao colocar o bra?o em volta de Scarlet e guia-la para a primeira aula do dia. Scarlet engoliu em seco, sabendo que Sage estava atr?s daquelas portas. CAP?TULO SEIS A  primeira de Scarlet tinha cerca de trinta alunos, todas lutando para tomar os seus lugares. As mesas estavam alinhadas em tr?s fileiras cada uma com dez mesas, enquanto nos cantos da sala haviam longas mesas de madeira, com bancos sob elas. Ela examinou a sala e viu, aliviada, que Sage n?o estava l?; pelo menos, um drama a menos para lidar naquele dia. “Onde ele est??” Maria perguntou, desanimada. Era aula de Ingl?s, a aula favorita de Scarlet. Normalmente, ela ficaria feliz em estar ali, especialmente porque o Sr. Sparrow era seu professor favorito e porque naquele momento eles estavam estudando Shakespeare e sua pe?a favorita: Romeu e Julieta. Mas, quando ela se sentou em sua carteira, na fileira ao lado de Maria, ela se sentia vazia. Ap?tica. Ela mal conseguia se concentrar em Shakespeare. A classe se aquietou e ela tirou seus livros de forma mec?nica e olhou para uma p?gina, em transe. “Hoje vai ser um pouco diferente,” Mr. Sparrow anunciou. Scarlet olhou para cima, feliz ao ouvir o som de sua voz. Tinha uns 30 e poucos anos, de boa apar?ncia, com a barba por fazer, cabelo comprido e uma mand?bula forte, ele parecia fora de lugar naquela escola secund?ria. Ele parecia um pouco mais glamouroso do que os outros, como um ator pouco ap?s seu auge. Ele sempre estava t?o feliz, sorridente e gentil com ela – e com todos os alunos. Ele nunca teve havia lhe dado uma bronca, nem para nenhum outro estudante, e sempre dava notas altas nas provas. Ele tamb?m conseguia fazer at? mesmo o texto mais complicado virar f?cil de entender e realmente conseguia fazer com que todos se animassem com a leitura. Ele tamb?m era uma das pessoas mais inteligentes que ela j? tinha conhecido – com um conhecimento enciclop?dico sobre o mundo e sobre literatura cl?ssica. “Uma coisa ? apenas ler as pe?as de Shakespeare”, anunciou ele, com um sorriso arteiro no rosto. “E outra coisa bem diferente ? encen?-las”, acrescentou. “Na verdade, argumenta-se que voc? n?o pode realmente compreender suas pe?as at? que voc? as leia em voz alta para si mesmo – e tente encen?-las.” A classe riu em resposta, os alunos se olhavam e murmuravam um para o outro com um zumbido animado. “? isso mesmo”, disse ele. “Voc?s adivinharam. Ap?s a discuss?o de hoje, n?s vamos nos dividir em grupos, cada um de voc?s deve escolher um parceiro e ler o texto em voz alta para o outro.” Sussurros excitados se espalharam pela sala de aula, o n?vel de energia definitivamente havia subido alguns graus. Ele conseguiu tirar Scarlet de seu devaneio, conseguiu faz?-la esquecer, por alguns momentos, todos os problemas em sua vida. Fazer duplas e ler as falas: iria ser divertido. De repente, a porta da sala se abriu e Scarlet se virou, com o resto da turma, para ver quem era. Ela n?o podia acreditar. Ali, pomposo, livros ? m?o, estava Sage, vestindo uma jaqueta de couro fino, botas pretas de couro e jeans com um grande cinto de colar prateado – que parecia platina pura com um grande pingente no meio. Parecia que era feito de rubis e safiras e brilhavam ? luz. Sr. Sparrow se virou e olhou para ele, surpreso. “E voc? quem ??” “Sage”, ele respondeu, entregando-lhe um bilhete. “Desculpe-me pelo atraso. Sou novo.” “Bem, ent?o seja muito bem-vindo”, o Sr. Sparrow respondeu. “Por favor, classe, d?em boas-vindas a Sage e lhe d?em espa?o na parte de tr?s.” Sr. Sparrow voltou-se para o quadro-negro. “Romeu e Julieta. Para come?ar, vamos falar sobre o pano de fundo desta pe?a…” A voz do Sr. Sparrow desvaneceu na cabe?a de Scarlet. Seu cora??o batia t?o forte enquanto Sage descia as fileiras de assentos. E, de repente, ela percebeu: o ?nico lugar vazio na sala era exatamente atr?s dela. Ah, n?o, ela pensou. N?o com Maria sentada ao seu lado. Enquanto Sage caminhava pelo corredor, ela podia jurar que o viu olhar diretamente para ela. Ela desviou o olhar rapidamente, pensando em Maria, sem entender por que ele estava olhando para ela assim. Ela sentiu mais ainda quando o viu caminhar para tr?s dela, ouviu sua cadeira raspar o e sentiu ele se sentando atr?s dela. Ela podia sentir a energia que emanava dele; era tremenda. De repente, seu celular tocou em seu bolso. Ela furtivamente estendeu a m?o, colocou-o fora alguns cent?metros e olhou. ? claro. Maria. Meu Deus, eu estou morrendo. Scarlet empurrou seu celular de volta para o bolso,n?o se virou nem olhou para Maria, n?o querendo deixar ?bvio que elas estavam trocando mensagens de texto. Ela, ent?o, colocou as m?os para tr?s em sua mesa, esperando que Maria pararia de enviar mensagens de texto. Ela realmente n?o queria conversar naquela hora. Ela queria se concentrar. Mas seu telefone tocou novamente. Ela n?o podia ignor?-lo, especialmente com Maria sentada ao lado dela, ent?o novamente, ela estendeu a m?o. Ol?? O que devo fazer? Mais uma vez, Scarlet empurrou o celular de volta no bolso. Ela n?o queria ser rude, mas ela n?o tinha id?ia do que dizer e realmente n?o queria come?ar uma conversa de mensagens de texto naquele momento. A situa??o s? estava piorando, e ela queria se concentrar no que o Sr. Sparrow estava dizendo, especialmente porque era sobre sua pe?a favorita. Mas, novamente, n?o podia ignorar completamente Maria. Ela rapidamente se abaixou e digitou com um dedo. N?o sei. Ela clicou em, em seguida, empurrou o celular de volta para o fundo de seu bolso, esperando que Maria a deixasse em paz. “Romeu e Julieta”, o Sr. Sparrow come?ou, “n?o ? uma hist?ria original. Shakespeare, na verdade, se baseou em um conto antigo. Como todas as pe?as de Shakespeare, ele encontrou suas fontes na hist?ria. Ele reciclou velhas hist?rias e as adaptou em sua pr?pria l?ngua, em seu pr?prio tempo. N?s gostamos de pensar que ele ? o maior escritor original de todos os tempos – mas, na verdade, seria mais correto cham?-lo o maior adaptador de todos os tempos. Se estivesse vivo e escrevendo hoje, ele n?o iria ganhar o pr?mio de melhor Roteiro Original, ele ganharia de melhor roteiro adaptado. Porque nenhuma de suas hist?rias – nenhuma – s?o originais. Todos haviam sido escritas antes, algumas muitas vezes ao longo de muitos s?culos. “Mas isso n?o significa necessariamente depreciar sua grande habilidade, sua habilidade como escritor. Afinal de contas, ? tudo sobre como voc? formula uma frase, n?o ?? A mesma trama contada de duas maneiras pode ser chata em uma inst?ncia e atraente em outra, n?o pode? A grande habilidade de Shakespeare era sua capacidade de pegar a hist?ria de outra pessoa e reescrev?-la em suas pr?prias palavras, em seu pr?prio tempo. E ao escrever com tanta beleza e poesia, ele a trouxe ? vida pela primeira vez. Ele era um dramaturgo, sim. Mas, afinal e acima de tudo, ele era um poeta.” Sr. Sparrow parou ao erguer a pe?a. “No caso de Romeu e Julieta, a hist?ria j? existia h? alguns quando Shakespeare p?s as m?os sobre ela. Algu?m sabe a fonte original?” Sr. Sparrow olhou ao redor da classe, completamente silenciosa. Ele esperou alguns segundos e, em seguida, abriu a boca para falar, quando, de repente, ele parou e olhou na dire??o de Scarlet. O cora??o de Scarlet bateu quando ela pensou que ele estava olhando para ela. “Ah, o novo garoto”, perguntou o Sr. Sparrow. “Por favor, nos ilumine.” A classe inteira se virou e olhou na dire??o de Scarlet, para Sage. Ela ficou aliviada ao perceber que ele n?o a estava chamando. N?o podia deixar de virar um pouco, tamb?m, e olhou para tr?s, para Sage. Em vez de olhar para o professor, estranhamente, Sage olhou para ela enquanto falava. “Romeu e Julieta foi baseado em um poema de Arthur Brooke:. A Tr?gica Hist?ria de Romeu e Julieta.” “Muito bem!”, Disse o Sr. Sparrow, parecendo impressionado. “E, para ganhar pontos extras, talvez voc? saiba o ano em que foi escrito?” Scarlet ficou surpresa. Como Sage sabia disso? “1562,” Sage respondeu, sem hesitar. Mr. Sparrow parecia agradavelmente surpreso. “Que Incrivel! Eu nunca tive um aluno que conseguisse acertar isso. Bravo, Sage. J? que voc? parece um estudioso, aqui vai uma pergunta final. Eu nunca conheci ningu?m – mesmo entre os meus companheiros professores – que acertasse essa, ent?o n?o se sinta mal se voc? n?o o fizer. se voc? conseguir, eu vou lhe dar um 10 utom?tico no seu primeiro teste. Onde e quando a pe?a foi realizada pela primeira vez?” A classe inteira virou em seus assentos e olhou para Sage, a tens?o era alta. Scarlet olhou tamb?m e viu Sage sorrir de volta para ela. “Acredita-se ter sido realizada pela primeira vez em 1593, em um pequeno local chamado The Theatre, no lado oposto do rio Tamisa.” Mr. Jordan gritou de emo??o. “UAU! Meu caro Sage, voc? ? bom. Uau, estou impressionado.” Sage pigarreou, n?o havia terminado. “Esse ? o conhecimento comum”, disse Sage, “mas, na verdade, ela realmente foi realizada uma vez antes disso. Em 1592. No castelo de Elizabeth. Em seu p?tio, no meio de seu pomar privado.” Êîíåö îçíàêîìèòåëüíîãî ôðàãìåíòà. Òåêñò ïðåäîñòàâëåí ÎÎÎ «ËèòÐåñ». Ïðî÷èòàéòå ýòó êíèãó öåëèêîì, êóïèâ ïîëíóþ ëåãàëüíóþ âåðñèþ (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=43696655&lfrom=688855901) íà ËèòÐåñ. Áåçîïàñíî îïëàòèòü êíèãó ìîæíî áàíêîâñêîé êàðòîé Visa, MasterCard, Maestro, ñî ñ÷åòà ìîáèëüíîãî òåëåôîíà, ñ ïëàòåæíîãî òåðìèíàëà, â ñàëîíå ÌÒÑ èëè Ñâÿçíîé, ÷åðåç PayPal, WebMoney, ßíäåêñ.Äåíüãè, QIWI Êîøåëåê, áîíóñíûìè êàðòàìè èëè äðóãèì óäîáíûì Âàì ñïîñîáîì.
Íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë Ëó÷øåå ìåñòî äëÿ ðàçìåùåíèÿ ñâîèõ ïðîèçâåäåíèé ìîëîäûìè àâòîðàìè, ïîýòàìè; äëÿ ðåàëèçàöèè ñâîèõ òâîð÷åñêèõ èäåé è äëÿ òîãî, ÷òîáû âàøè ïðîèçâåäåíèÿ ñòàëè ïîïóëÿðíûìè è ÷èòàåìûìè. Åñëè âû, íåèçâåñòíûé ñîâðåìåííûé ïîýò èëè çàèíòåðåñîâàííûé ÷èòàòåëü - Âàñ æä¸ò íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë.