Шесть вечера. Тяжеленькая бита Лежит, касаясь черточки, в квадрате Асфальта разграфленного. Забыта Оторванная пуговка на платье, И неуд за диктант – знать, в воскресенье Учить придется вновь, когда раздельно «Не» пишется с глаголами… С волненьем Бросаем биту старую прицельно, Попасть стараясь в «классик»! Белым пухом Весенних тополей двор припорО

Can??es De Natal Na Velha Am?rica

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Жанр: музыка
Тип:Книга
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Can??es De Natal Na Velha Am?rica Patrizia Barrera Hist?ria das mais belas can??es de Natal da tradi??o americana Uma vis?o geral intrigante e divertida da hist?ria das can??es de Natal relacionadas ? tradi??o americana. Anedotas gostosas, dos bastidores, esc?ndalos e fofocas de outros tempos, de uma Am?rica que j? n?o existe mais. Tudo o que voc? n?o sabe sobre as mais belas can??es de Natal da Velha Am?rica pode ser encontrado neste livro, escrito com paix?o e de f?cil leitura. Patrizia Barrera toc CAN??ES DE NATAL NA VELHA AM?RICA (#u988a9922-c107-52eb-aff2-b333e2f077d5) PREF?CIO (#u1a32b8e4-4e47-56f1-866c-aff75c09b882) QUEM EU SOU (#u99a06995-2405-513c-b79f-ce54e5182e86) A ORIGEM DO NATAL (#u965eb8a9-c421-58dc-bf86-68c3dc78d958) ROCKING AROUND THE CHRISTMAS TREE (#ucd1934a3-2634-5801-9814-69b44ae27e7b) RUDOLPH, A RENA DO NARIZ VERMELHO (#ua5cf7a93-5df4-51b5-ae37-0f7ddd4a87b3) WINTER WONDERLAND (#litres_trial_promo) FROSTY THE SNOWMAN (#litres_trial_promo) WHITE CHRISTMAS (#litres_trial_promo) JINGLE BELLS (#litres_trial_promo) LET IT SNOW! (#litres_trial_promo) JINGLE BELL ROCK (#litres_trial_promo) THE LITTLE DRUMMER BOY (#litres_trial_promo) BLUE CHRISTMAS (#litres_trial_promo) SLEIGH RIDE (#litres_trial_promo) I'LL BE HOME FOR CHRISTMAS (#litres_trial_promo) I SAW MOMMY KISSING SANTA CLAUS (#litres_trial_promo) THE CHRISTMAS SONG (#litres_trial_promo) AMAZING GRACE (#litres_trial_promo) MERRY CHRISTMAS, DARLING. (#litres_trial_promo) SANTA BABY (#litres_trial_promo) I HEARD THE BELLS ON CHRISTMAS DAY (#litres_trial_promo) AGRADECIMENTOS (#litres_trial_promo) Copyright (#litres_trial_promo) CAN??ES DE NATAL NA VELHA AM?RICA Patrizia Barrera CAN??ES DE NATAL NA VELHA AM?RICA di PATRIZIA BARRERA tradu??o de SILVIA VIANNA e LUCIANA COSTA PREF?CIO Obrigada a todos, queridos amigos! Adorei escrever este livro. Especialmente porque em minha pesquisa me deparei com tantas coisas interessantes que me sinto muito feliz de compartilh?-las com voc?s tamb?m. Neste pequeno livro, voc? encontrar? a magia do Natal da Velha Am?rica explicada e difundida atrav?s de suas can??es daquele per?odo produtivo e maravilhoso que foi o tri?nio entre 1930 e 1960. ? claro que a tradi??o americana ? muito mais complexa: as can??es natalinas (ou “Carols” se preferirem) foram uma importante vertente para a m?sica da ?poca, e s?o numeros?ssimas as m?sicas relacionadas ?s festividades sagradas. No entanto, a minha inten??o n?o foi criar uma antologia espec?fica, mas gui?-los nas sugest?es dos anos m?gicos, mostrando-lhes o que muitas vezes se esconde por tr?s das can??es de Natal; os protagonistas, os fatos e as hist?rias gostosas sobre as quais muitas vezes esquecemos ou que nunca chegam ?s manchetes. Ser? como voltar no tempo e reviver aquela realidade escondida com a alegria e pureza da crian?a que se esconde dentro de n?s. Este ? o primeiro volume. Planejo escrever um segundo volume sobre as can??es mais antigas, que ampliar? a vis?o daqueles que, como eu, s?o apaixonados pela Velha Am?rica. Por agora, s? posso agradecer antecipadamente e desejar a todos um FELIZ NATAL! QUEM EU SOU Sou cantora e compositora. Quer ouvir essas lindas can??es de Natal tocadas por mim? Entre no meu site oficial http://www.patriziabarrera.com/ ? gratuito! Produzido por A ORIGEM DO NATAL Voc?s podem achar dif?cil de acreditar, mas o Natal ? na verdade... uma festa pag?. Melhor dizendo, era uma festa reservada a bruxos e bruxas que costumavam dan?ar em torno de uma ?rvore ou, mais prov?vel, em torno de c?rculos de pedra no dia do solst?cio de inverno no hemisf?rio norte - 22 de dezembro. Era uma celebra??o orgi?stica, com dan?as, uso de ervas e sexo, com o objetivo de obter o favor dos deuses no per?odo do inverno, que nos tempos antigos era muito assustador. A origem? Alguns dizem que veio da cultura druida e que suas ra?zes eram celtas. Se voc?s j? leram as hist?rias em quadrinhos de Asterix e Obelix, podem tamb?m ter uma ideia, mesmo que divertida, da complexidade da tradi??o esot?rica que acompanhava esses povos. Estavam localizados nas Ilhas Brit?nicas no per?odo que vai do s?culo IV ao III A.C.; mas tamb?m estavam espalhados em longas expans?es, como na It?lia, na Pen?nsula Ib?rica e na Su?cia. N?s os conhecemos como BRET?ES e provavelmente o que nos atrai mais sobre seu passado ? o mist?rio de Stonehenge, mais at? do que suas tradi??es religiosas. E ? deste povo extinto que vem toda a magia e encanto do Natal, a mesma que ainda sentimos hoje em dia. Os romanos, que derrotaram e colonizaram os celtas em v?rias ocasi?es, assimilaram seus costumes e tradi??es, e foi assim que a celebra??o do solst?cio de inverno se tornou uma tradi??o do Imp?rio. Na verdade, a celebra??o do solst?cio de inverno est? um pouco presente em todas as culturas: nos tempos antigos os ciclos naturais eram bem observados e o fato do dia mais curto (e, portanto, o aparente “abandono do sol”) cair por volta do dia 21 de dezembro representava um fato conhecido, mas n?o considerado "determinado". O sol era um Deus v?vido; e como todos os deuses, sujeito a excessos, rancores e atos violentos. Era, portanto, necess?rio agrad?-lo para que ele continuasse a dar calor ao homem. Os dias imediatamente seguintes ? 21 de dezembro eram, portanto, vividos pelos primitivos com terror e medo, especialmente quando a luz inevitavelmente se tornava mais fraca e as noites mais longas. A certeza de que o sol retornaria e que um novo ano se abriria para a humanidade acontecia apenas em 25 de dezembro, o dia em que, devido a v?rias leis astron?micas que n?o estou aqui para explicar, o sol parecia "renascer" poderoso e vitorioso. Simplificando, o sol vivia um novo "Natal". Esta interpreta??o simples talvez explique o sucesso das celebra??es relacionadas ao solst?cio de inverno que encontramos em muitas culturas espalhadas pelo mundo. Quando os romanos "reciclaram" as dan?as pag?s, estavam na verdade propondo algo ?bvio e esperado pelo povo. Depois dos romanos, vieram os crist?os que, ao combinar as dan?as pag?s cheia de s?mbolos representativos com a divindade de Cristo e a virgindade de Maria, estavam na pr?tica conectando sua religi?o a mitos e costumes muito mais antigos. A virgem com o menino, na verdade, n?o ? uma heran?a crist?. No Egito, por exemplo, 2000 anos antes do nascimento de Jesus, o deus H?rus (o Sol) foi retratado como uma crian?a nos bra?os da deusa ?sis (a Lua), que era m?e e irm?. Mesmo antes, na P?rsia, o mito de Deus Mitra nos deveria fazer refletir: parece que nasceu de uma virgem, teve doze disc?pulos e, acima de tudo, que foi chamado de "O SALVADOR"! O Deus Sol babil?nico TAMMUZ n?o ? menos surpreendente: tamb?m foi representado nos bra?os da Deusa m?e ISHTAR, tinha um halo formado por doze estrelas, o que representava os 12 signos do zod?aco. (12 como os disc?pulos de Cristo, percebem?) Parece que ele tamb?m morreu e ressuscitou depois de tr?s dias... e isso em 3000 A.C. Me abstenho de comentar sobre os rituais cru?is de Dion?sio, em que o Deus crian?a foi literalmente despeda?ado por mulheres loucas, apenas para renascer mais bonito e forte do que antes; e fa?o refer?ncia a apenas um Deus Sol da pen?nsula de Yucatan, tamb?m nascido das virgens CHRIBIRIAS. Por?m, quero enfatizar que os rituais que acompanharam o solst?cio de inverno n?o diziam respeito apenas a esse hemisf?rio, mas tamb?m ao outro, j? que at? os Incas celebravam o Deus Sol VIRACOCHA no inverno do hemisf?rio sul, ou seja, 24 de junho! FOTO 1) Aqui est? a extraordin?ria semelhan?a entre a Deusa ?sis e a Virgem Crist?. S?o diversas as semelhan?as: o que chama a aten??o ? a centralidade de suas figuras na religi?o pag? e crist?. Ambas foram consideradas mortais, virgens e ligadas ? figura do "Salvador", H?rus para ?sis e Cristo para Maria, que a iconografia cl?ssica resume como a crian?a que seguram nos bra?os e que ambas amamentam. No fundo, somos todos iguais. E todo mundo celebrava alegremente um Natal cheio de dan?as e can??es, entre um abra?o e uma bebida, at? que o cristianismo chega para estragar tudo. Obviamente foram proibidos o sexto e outras partes agrad?veis da festa, pois n?o correspondiam ? imagem da pureza de Maria; mais tarde, as proibi??es foram estendidas ? dan?a, considerado o "dom do diabo". E, finalmente, decidiram substituir as can??es pag?s que ainda louvavam estranhas divindades do passado, pois confundiam as pessoas com as divindades crist?s. O primeiro a fornecer um texto original foi o bispo romano, em 129 D.C., que for?ava fi?is a cantar um HINO DO ANJO no Natal; a Igreja Ortodoxa, para n?o ficar para tr?s, produziu um HINO DA DIVINDADE em 720 D.C. por meio de um certo Comas de Jerusal?m. Com isso, a escrita de textos religiosos para serem cantados no Natal tornou-se de fato uma profiss?o, que era reservada aos monges. Foi no s?culo IV que tomaram a iniciativa de estabelecer a data do nascimento de Jesus em 25 de dezembro, de maneira a combater as ainda numerosas celebra??es do solst?cio de inverno. Na realidade, nenhum dos Evangelhos se refere a um momento preciso quando se trata do Nascimento. Jesus nasce e ponto. Os te?logos tomaram como exemplo o censo, n?o ignorando o fato de que os romanos tinham uma verdadeira paix?o pela "contagem" de seus s?ditos, que adoravam realizar censos tamb?m por raz?es de planejamento e controle. Substituir as celebra??es pag?s com o nascimento de Nosso Senhor foi, portanto, um e brilhante golpe de mestre. No entanto, as pessoas n?o apreciaram imediatamente a mudan?a: a vida era curta e dif?cil demais para acabar com um dos poucos momentos do ano para extravasar. Condenados ao jejum e ? modera??o dos costumes, os novos crist?os refugiaram-se em can??es populares que, tendo o m?rito de serem cantadas em sua l?ngua nativa, eram facilmente compreens?veis e memorizadas por todos. A Igreja, na verdade, obrigou a plebe a decorar c?nticos em latim, e as celebra??es eram conduzidas entre um povo triste e s?rio que tentava murmurar palavras que n?o compreendiam o significado. Muitos Bispos paleocrist?os se opuseram a essa situa??o, como por exemplo Santo Ambr?sio. Ele inclusive adaptou o texto VENI, REDEMPTOR GENTIUM ? m?sica popular de origem pag? para que o povo, mesmo n?o conhecendo o texto, pudesse ao menos cantarolar a m?sica. Mas foram casos isolados. Entre an?temas e amea?as de excomunh?o, a Igreja Cat?lica conseguiu compor uma verdadeira antologia musical que foi imposta ao povo, e que conseguiu sobreviver at? a Idade M?dia. Certamente, o povo n?o ficou feliz. No in?cio dos anos 1200, as pessoas perderam o desejo de celebrar o Natal, e o nascimento de Nosso Senhor passou ap?tico entre fam?lias carrancudas, cuja ?nica transgress?o consistia em finalmente poder comer um peda?o de carne ap?s o longo jejum do Advento. Um dos santos mais atentos e reformadores do catolicismo, S?o Francisco de Assis, percebe esse problema e decide ressuscitar a alegria extinta para reaproximar o povo do c?u. Entendendo as dificuldades dos pobres, ele cria uma esp?cie de celebra??o viva do nascimento de Jesus, com uma manjedoura e protagonistas que, diferentemente do que se acredita, n?o estavam ali para serem admirados, mas para cantar as estrofes tradicionais nunca esquecidas, acompanhadas de assobios e gaitas de fole, narrando brevemente a hist?ria do Nascimento. Era uma semana inteira de prepara??o para o Natal, com jogos e competi??es, assim como sorteio de pr?mios pela melhor prepara??o do pres?pio. Tudo culminava em 25 de dezembro, quando come?avam dan?as ao ar livre, que tinham como objetivo dissipar a cren?a de que as dan?as em honra de nosso Senhor eram pecaminosas. Deve ser dito que, ? primeira vista, a Igreja n?o aprecia a mudan?a, mas a reputa??o de santidade de Francisco era t?o pura e intoc?vel que o Papa n?o se importa; al?m disso, o alegre costume j? havia cruzado fronteiras, e desembarcado na Fran?a, Espanha e Alemanha, fazendo tanta propagando do cristianismo que proibi-lo teria sido certamente um tiro no p?. FOTO 2. Frequentemente Francisco participava das apresenta??es teatrais do Natal, colocando no meio da noite um beb? rec?m-nascido na manjedoura, e ao mesmo tempo celebrando a Santa Missa. Deste modo, a popula??o ignorante era educada sobre os mist?rios do nascimento de Jesus e da virgindade de Maria de maneira simples e eficaz. Assim, na Europa, ao lado dos c?nticos estritamente em latim da Igreja, o Natal passa a ser celebrado com can??es em l?ngua comum, cada vez mais precisas e complexas, que eram ent?o ensinadas e divulgadas ao povo por menestr?is e pastores. O termo CAROL ? de origem francesa, e indica precisamente a can??o profana ligada ao Natal, muitas vezes acompanhada de dan?as e festas. N?o temos nada escrito sobre as primeiras can??es folcl?ricas do final da Idade M?dia, uma vez que as can??es se espalhavam via oral, e n?o eram transcritas. A can??o mais antiga registrada vem da Inglaterra, datada de 1470 e foi a primeira vers?o de I SAW THREE SHIPS. Devo dizer que a Inglaterra liderava o setor can??es de Natal, com um povo entusiasta e bem organizado que reunia os primeiros cantores solo, chamados WAITS (ou seja, aqueles que esperam). E esperavam o ano todo porque, acompanhados por m?sicos profissionais, visitavam v?rios pa?ses levando a m?sica de Natal e vivendo em esmolas. Estes foram os primeiros artistas de rua que a tradi??o se recorda e, quando chegavam, traziam alegria e as boas novas. Com a aproxima??o do Natal, eles retornavam ao seu pa?s natal, onde representantes das aldeias os acompanhavam em suas apresenta??es. Foi por isso que os WAITS se tornaram WAITNIGHT, j? que, vestindo roupas de Pastor, eles cantavam a noite toda olhando as estrelas, em mem?ria aos primeiros pastores que lotaram a manjedoura de Jesus. Dada a dureza do clima, esse definitivamente n?o era um costume saud?vel, o que provavelmente estimulou a cria??o dos primeiros pres?pios de madeira. Assim, fam?lias inteiras, ou at? mesmo toda a popula??o de uma aldeia (caso fossem constru?dos em tamanho natural), se reuniam para fazer a vig?lia na v?spera de Natal. Esses "pres?pios gigantes" ficavam em est?bulos enormes, o que garantia tanto a sa?de f?sica quanto a espiritual das pessoas. A tradi??o se intensificou ao ponto de for?ar as Igrejas da Europa a se adaptar, permitindo que o povo celebrasse o Natal com as suas pr?prias can??es. Houve, portanto, um per?odo em que, embora a Missa fosse celebrada em latim, se cantavam coros can?nicos ao lado de can??es populares que narravam, em linguagem comum, o nascimento de Jesus. Essas can??es deixaram de ser consideradas pecaminosas. Um povo feliz lotava as igrejas que, por isso, acendiam milhares de velas; de fato, o povo ficava feliz duas vezes, porque as velas acendidas eram feitas de sebo de animal, e uma vez apagadas eram dadas ?s centenas de fi?is famintos que... as comiam imediatamente ap?s a missa! Sim, a vida era dif?cil na Idade M?dia! FOTO 3. Um dos costumes mais comuns na Idade M?dia na Inglaterra era celebrar o Natal com grandes banquetes em que o prato principal era o pav?o vivo. O belo p?ssaro era previamente abatido e cuidadosamente esfolado, de modo a n?o estragar a plumagem. Era em seguida recheado com ovos e especiarias e depois assado. Finalmente ele era "coberto" com sua pele e adornado com ouro. Chegando na Am?rica, os frades peregrinos substitu?ram quase de imediato o pav?o pelo peru, que se tornou o s?mbolo gastron?mico do Natal americano. Os tempos de alegria durante o Natal foram, no entanto, curtos: a Santa Inquisi??o na Espanha e na It?lia voltou a proibir e combater can??es e dan?as, pois diziam que vinham do diabo e causavam tenta??o para a carne. A Alemanha e a Inglaterra, abra?ando a nova onda de Protestantismo, fizeram com que a popula??o mergulhasse numa austeridade ainda mais profunda. At? mesmo a Fran?a Cat?lica, agora oprimida por governantes de origem espanhola que chegavam ali por meio de casamentos pol?ticos munidos de crucifixos e ros?rios, perde a sua natureza dan?arina. Em toda essa escurid?o, o povo n?o esquece as can??es de Natal, cantando-as em privado como sinal de protesto. Isso ocorre especialmente na Inglaterra, devido a influ?ncia de Oliver Cromwell e suas leis puritanas, que levaram austeridade at? mesmo ?s col?nias americanas. Em 1730, O Reverendo Mather denunciou um esc?ndalo de um "costume deplor?vel" na Prov?ncia da Ba?a de Massachusetts em que, na noite de Natal, as pessoas jogavam cartas, brincavam ? mesa e "cantavam can??es vulgares" sobre o nascimento de Jesus! Essa foi uma moda que ganhou cada vez mais terreno e que, como em qualquer tradi??o que se d? ao respeito, tem seus her?is nas centenas de trovadores que, apesar das leis inglesas, coletaram todas as can??es populares sobre o Natal antes de desembarcar no novo continente e difundir a palavra! O costume dos WAITS n?o apenas se espalhou, como tamb?m foi melhor estruturado com grandes produ??es teatrais que, nas idas e vindas entre a Inglaterra e as Am?ricas, voltaram ao ponto de partida. Na verdade, a maioria das antigas can??es de Natal que cantamos at? hoje, como o Stille Nacht (Noite Feliz) ou What child is this? foram escritas na segunda metade de 1700. Com o caminho livre, grandes pot?ncias surgiram: em 1822, o congressista e historiador DAVIES GILBERT publicou uma antologia de can??es antigas de Natal, seguido por WILLIAM SANDYS, que divulga algumas can??es hist?ricas, como THE FIRST NOWELL ou HARK! THE HERALD ANGELS SING. O golpe final foi dado na ?poca vitoriana, quando a rainha puritana que cobria at? mesmo as pernas das mesas com uma saia se casa com o belo e alem?o pr?ncipe Albert. Ele era um amante das m?sicas antigas de Natal e se empenhou muito para reorganizar as Festas, dissolvendo a imagem de "celebra??o f?nebre" para reviver seu antigo esplendor. Nasce assim um Natal em perfeito estilo laico, que se espalha como inc?ndio ao redor do mundo e deixava as pessoas ansiosas pela chegada da festa. Desde ent?o, ao lado dos pres?pios e ?rvores decoradas, as can??es foram enriquecidas com novos simbolismos que marcaram a mudan?a dos tempos. Entram em cena a neve, o visco, as renas e o Papai Noel que, aproveitando as tradi??es muitas vezes desconhecidas de cada pa?s, tornam-se patrim?nio p?blico no Natal. As diversas can??es de Natal se tornam, em seguida, um excelente neg?cio para a ind?stria do cinema, para as gravadoras e canais de televis?o. Milhares de autores enriqueceram-se produzindo verdadeiros sucessos que ainda nos fazem chorar e sonhar, como o WHITE CHRISTMAS ou THE CHRISTMAS SONG. Todavia, como tudo na vida, essa onda de sucesso passou e o mercado mudou. Hoje tudo o que ouvimos de Natal s?o simples regrava??es de can??es do passado, e o pouco que h? de novo n?o entra para a hist?ria. As tradi??es est?o desaparecendo, as Festas se resumem a um com?rcio est?ril e as pessoas parecem ter perdido o desejo de cantar. Por qu?? Onde est? o esp?rito do Natal? O perdemos? ROCKING AROUND THE CHRISTMAS TREE Come?amos nossa viagem pelas mais belas can??es dedicadas ao Natal com uma m?sica da melodia cativante, letra leve e uma assinatura autoral muito importante: Johnny Marks, um dos poucos compositores de can??es de Natal que mereceram entrar para o Songwriters Hall of Fame (Hall da Fama dos compositores). Entre os anos 30 e o in?cio dos anos 60, compor can??es sobre o Natal era quase uma profiss?o. Alguns autores se especializavam neste ramo que, principalmente com o advento da televis?o, foi muito seguido, comercializado e amado. Todos os anos, dezenas de autores ofereciam suas obras a gravadoras. Conseguir com que elas fossem gravadas por cantores populares era uma garantia de sucesso. A Am?rica, seja cat?lica ou protestante, sempre amou o Natal. Bing Crosby, um cantor muito famoso com diversas can??es gravadas, tornou-se o queridinho do p?blico com White Christmas e, gra?as ? popularidade da can??o, chegou ao patamar das estrelas. Entre os anos 30 e 40, era do swing, jazz e um rock’ n roll ainda rec?m-nascido, as can??es de Natal tinham uma pegada vibrante, alegre e dan?ante. Foi s? mais tarde, na d?cada de 50, que elas assumiram um ritmo mais mel?dico e sugestivo, pois se adequava a uma sociedade sonhadora e decente, que viu renascer os bons sentimentos t?picos da fam?lia tradicional. Contudo, Rocking around the Christmas Tree trouxe uma pitada de alegria e dinamismo, ao mesmo tempo que mantinha a refer?ncia ? harmonia no lar, t?o importante para o povo americano. Vejam o texto: ROCKING AROUND THE CHRISTMAS TREE At the Christmas party hop Mistletoe hung where you can see Every couple tries to stop Rocking around the Christmas tree, Let the Christmas spirit ring Later we’ll have some pumpkin pie And we’ll do some caroling. You will get a sentimental Feeling when you hear Voices singing let’s be jolly, Deck the halls with boughs of holly Rocking around the Christmas tree, Have a happy holiday Everyone dancing merrily In the new old-fashioned way FOTO 4. Essa ? a capa original do ?lbum de 1958 da jovem e sorridente Brenda Lee. O ?lbum, produzido pela Decca, teve um sucesso razo?vel. A cantora, que na ?poca tinha 13 anos, criou uma ponte perfeita entre o rock' n roll rec?m-nascido e tradi??o de Natal em fam?lia. Lee se manteve como ?nica int?rprete da m?sica por quase 30 anos, mas foi perdeu esse "t?tulo" com a vers?o de Kim Wilde e Mel Smith de 1987, que alcan?a o terceiro lugar na lista de hits ingleses daquele ano. Ainda presente no imagin?rio coletivo, a vers?o rock da ent?o recatada Miley Cyrus chamou a aten??o de milh?es de ouvintes em 2006. Agora, a tradu??o em portugu?s: Dan?ando em torno da ?rvore de Natal durante o feriado natalino Visco pendurados na altura dos olhos, e todo casal a beijar-se ali. Dan?ando em torno da ?rvore de Natal Deixe o esp?rito do Natal nascer, depois vamos comer torta de ab?bora e cantar can??es de Natal. E voc? se comover? quando escutar o coro a cantar "Vamos ser felizes!" E cobrir os sal?es com ramos de azevinho Dan?ando em torno da ?rvore de Natal "Feliz Natal"! E todos cantam felizes na nova maneira antiga. Como podem ver, esse ? uma letra que ? primeira vista parece leve, mas que possui algumas ideias interessantes. O termo rocking (dan?ando) introduz a novidade da sugest?o de rock, da mesma forma que outra can??o de Natal, talvez ainda mais famosa: Jingle Bell Rock de Bobby Helms. Mesmo que privado de sua caracter?stica dureza, a introdu??o do rock nas can??es de Natal foi de fato uma novidade e, de maneira estranha, foi bem aceito at? mesmo pelas gera??es anteriores mais tradicionais, que viam na alma do rock em ascens?o um s?mbolo de degrada??o da sociedade. Magia de Natal? Na verdade, a can??o se faz imediatamente "perdoar", enfatizando os temas fixos da tradi??o: o beijo sob o visco, as vozes alegres, o esp?rito do Natal e... - o toque de mestre da uni?o entre o velho e o novo, citando at? mesmo o refr?o da famosa DECK THE HALLS, can??o s?mbolo do americano m?dio mais velho. A can??o foi composta por Johnny Marks em 1957, lan?ada pela DECCA e cantada por Brenda Lee, na ?poca com 14 anos, que a gravou duas vezes, em 58 e 59. Parece que originalmente a can??o tinha um ritmo mais country e foi ent?o "remendada" pelas peculiaridades vocais e interpretativas de Lee. Esse foi, ent?o, um experimento muito bem-sucedido, considerando que essa grava??o de Brenda Lee foi quase a ?nica feita para essa m?sica! FOTO 5. Crian?a prod?gio, Brenda Lee come?ou sua carreira aos 6 anos de idade, conquistando o primeiro lugar em um show de talentos na escola. A recompensa foi a apari??o ao vivo em um programa de r?dio muito escutado chamado Starmakers revue. Sua fam?lia era muito pobre e, gra?as ?s incessantes apresenta??es de r?dio de Lee, conseguiu sobreviver. Ela era muito baixinha (cerca de 1,45m), mas sua voz era t?o impactante que recebeu o nome de "Miss Dynamite". Ela alcan?ou sucesso n?o com o Rocking Around the Christmas Tree, mas com a can??o de 1960 "I'm sorry", pela qual foi premiada com o Grammy Award. Considerada pelo p?blico como uma cantora pop, Brenda Lee foi, no entanto, uma das poucas mulheres da ?poca a se tornar uma ilustre expoente do rockabilly e do Rock'n roll. Johnny Marks (1909-1985) come?ou sua carreira em 1947 como compositor de can??es natalinas. Sua primeira can??o foi "Rudolph, a rena do nariz vermelho", baseada no poema de mesmo nome, escrito pelo seu cunhado, Robert. A can??o, ent?o, atinge um sucesso sem precedentes, rendendo ao autor os direitos a 30 milh?es de c?pias vendidas e, em 1964, inspira a cria??o de um filme de mesmo nome muito querido! Diretor da ASCAP (Sociedade de Autores, Compositores e Editores) de 1959 a 1961 e fundador da igualmente famosa m?sica de S?o Nicolau em 1949, Johnny Marks escreveu muitas can??es que os convido a escutarem. Menciono aqui algumas: THE NIGHT BEFORE CHRISTMAS (1952) interpretada pelo dueto m?gico Gene Autry/Rosemarie Clooney, outra estrela do per?odo. RUN,RUDOLPH,RUN (1958), interpretada pelo ?cone do rock CHUCK BERRY (quem mais poderia ser?) I HEARD THE BELL ON CHRISTMAS DAY (1956), uma ?pera ambientada na Guerra Civil, interpretada por vozes importantes como Harry Belafonte, Bing Crosby, Elvis Presley, Frank Sinatra....e muitos outros. Em resumo, muitas m?sicas maravilhosas que valem a pena escutar e lembrar. Para registrar: Johnny Marks foi premiado com o Pr?mio CHRISTMAS SPIRIT (Esp?rito de Natal) pela International Society of Santa Claus (Sociedade Internacional do Papai Noel) em conjunto com outro compositor not?vel: Irving Berlin, pai de WHITE CHRISTMAS e outras belas can??es que falaremos em um dos pr?ximos cap?tulos. FOTO 6. Johnny Marks mais velho, em uma foto quase ?ntima dos anos 70. A can??o foi gravada em julho de 1958 em um dos escrit?rios da Decca com o produtor de Nashville, Owen Bradley. Era um dos ver?es mais quentes dos ?ltimos anos, e a cantora e a orquestra n?o conseguiam se concentrar. Owen ent?o, al?m de ligar o sistema de ar condicionado no m?ximo, instalou um canh?o de neve artificial para resfriar o ar, e montou uma grande ?rvore de Natal nos est?dios de grava??o, cheia de bolas e luzes coloridas, a fim de trazer de volta a concentra??o da cantora e de toda a equipe. Parece que o truque funcionou ? perfei??o e todos se divertiram muito, ao ponto de que apenas duas grava??es foram suficientes para terminar a grava??o da m?sica. Em 2014, a NPR entrevistou a agora idosa Brenda Lee e, por brincadeira, perguntou qual era a dire??o correta para dan?ar em torno da ?rvore de Natal. A resposta da cantora foi imediata: "Sul. Seguindo o curso do sol." Embora de origem judaica (como seu ilustre colega Irving Berlin), Johnny Marks alcan?a a fama como compositor de can??es de Natal. Em uma de suas in?meras entrevistas, quando perguntado se ele se orgulhava de seu sucesso, Marks confessa abertamente: "Bem, n?o estou muito feliz por ser lembrado apenas por can??es de Natal!" RUDOLPH, A RENA DO NARIZ VERMELHO Um elogio ? diversidade Quem n?o se derrete ouvindo a f?bula de Rudolph, a rena do nariz vermelho? Embora tenha sido criada h? muito tempo, a f?bula da criatura "diferente", que por isso foi isolada pelos seus colegas at? a sua aceita??o pelo pr?prio Papai Noel, est? gravada no cora??o de toda crian?a que vive uma hist?ria parecida e tenta superar seus pr?prios complexos. Na realidade, se trata de uma verdadeira inova??o no campo da literatura infantil, que pela primeira vez percebe a fragilidade do universo "adolescente", oprimido por fen?menos de discrimina??o e intimida??o. Se pensarmos que Rudolph ganha vida em 1939, n?o podemos deixar de nos maravilhar com sua po?tica, al?m de ser bem atual e de reconhecer a pr?pria profundidade humana. A pequena rena, nascida da mente e do cora??o de Robert Lewis May, vive uma hist?ria simples, mas corajosa: nascido com um enorme nariz vermelho, brilhante e quase cintilante, Rudolph ? desprezado pelas outras renas, que nunca brincam com ele, e ainda por cima riem dele. Ele, desse modo, permanece sozinho, marginalizado, destinado ? solid?o perp?tua. Seu porte f?sico n?o o ajuda, porque a doce criatura ? pequena, magra, muito diferente da imagem cl?ssica do beb? americano rechonchudo, na qual todos os filhotes de contos de fadas, bons ou maus, s?o inspirados. FOTO 7. Essa ? a primeira vers?o de Rudolph, no livro original de 1939. Embora muitas vezes comparado a Bambi da Disney, o primeiro Rudolph n?o se parece nada com ele. Como podem ver, se trata de uma pequena rena, com tra?os N?O infantis e muito semelhantes ao animal em carne e osso. Ser? s? mais tarde, com o advento dos desenhos animados, que sua imagem ser? modificada. A cabe?a redonda, olhos grandes e corpo barrigudo que lhe ser?o atribu?dos lembram a imagem cl?ssica do rec?m-nascido e s?o constru?dos especificamente para inspirar ternura. Rudolph ent?o cresce em nostalgia pelo mundo exterior, do qual ? exclu?do; no entanto, a solid?o n?o amargura seu cora??o, que se mant?m cheio de amor e esperan?a. ? sua maneira, ele ? grato pelas pequenas coisas que a vida lhe reserva, e as desfruta serenamente, sempre esperando pelo futuro. E ent?o vem o milagre: Papai Noel tem que entregar seus presentes na V?spera de Natal, mas a noite ? t?o escura e enevoada que suas renas n?o sabem para onde ir e voam perdidas no c?u. H?, portanto, o risco de deixar todas as crian?as do mundo sem presentes de Natal! Papai Noel fica aflito, mas... no escuro da noite ele v? uma luz que ilumina o cora??o da floresta. ? o nariz da pequena rena, a olhar para as estrelas refletidas no rio. Quando Papai Noel vai at? ele para pedir ajuda, a pequena rena aceita de imediato gui?-lo na entrega de presentes para o mundo que sempre o rejeitou, porque seu cora??o n?o conhece o rancor. Ser? assim que Rudolph se tornar? uma rena do tren? do Papai Noel, e seu lugar ser? o de l?der. Entre elogios e aplausos, as outras renas ser?o finalmente capazes de olhar "al?m" de sua apar?ncia e reconhecer as virtudes de sua "diversidade". A moral salta aos olhos pela sua impressionante modernidade, especialmente se pensarmos na Am?rica moralista e racista dos anos 40, no anseio cong?nito pela uniformidade p?blica e nas campanhas homof?bicas antes da guerra. A pequena rena com um grande cora??o conquistou at? mesmo as mentes mais duras e menos male?veis, trazendo consigo um sopro de mudan?a que nem todos perceberam logo de cara, mas que persistiria ao longo do tempo. Outro milagre de Natal? N?o ? bem assim. A f?bula de Rudolph apresenta uma hist?ria comovente, que foi amplamente divulgada com um incr?vel cinismo na fase de venda do novo personagem. ? importante mencionar que seu criador, Bob May, foi copywriter na grande rede de lojas Montgomery Ward. Seu trabalho consistia em criar novos personagens de contos de fadas que, durante a ?poca de festas, ajudavam a vender brinquedos, livros e acess?rios de Natal. Tanto as grandes empresas quanto a ind?stria musical usavam esta estrat?gia; todos os anos eram produzidas novas can??es relacionadas com o Natal. As vezes estes personagens se tornavam t?o famosos, que envolviam a produ??o de toda uma gama de acess?rios de f?cil comercializa??o e lan?avam "moda". Camisas, broches, fantoches e logos muitas vezes acompanhavam uma ou outra can??o e um ou outro personagem. Exatamente como acontece hoje em dia, quando ? lan?ado um filme de sucesso (n?o podemos esquecer, por exemplo, a s?rie de acess?rios inspirados em Os Ca?a-Fantasmas, em Toy Story e - porque n?o - em Titanic). Nos anos 30, as lojas de brinquedos costumavam dar livros de colorir para as crian?as com fins publicit?rios. Os berros das crian?as para ganhar um livro for?ava os pais a visitarem essa ou aquela loja, abrindo as portas ? potenciais compras. O trabalho do copywriter era, portanto, o de produzir todos os anos um material atraente com o objetivo de fazer brilhar os olhos do p?blico infantil, sem perturbar os adultos. Mas Bob May tamb?m era um artista: em um artigo do jornal Gettysburg Times em 1975, ele mesmo revela os bastidores da hist?ria do nascimento de Rudolph. FOTO 8. Esse ? um belo retrato de Bob May no in?cio dos anos 40. O artista confessou muitos anos mais tarde, pouco antes de sua morte, que de fato a figura da pequena rena foi inspirada em si pr?prio quando crian?a, ?poca em que foi v?tima de bullying. A revela??o desacreditou a imagem da boa sociedade americana, que n?o estava de modo algum pronta para reconsiderar a verdadeira natureza dos alunos de suas pr?prias faculdades. O fen?meno do bullying ? agora infelizmente conhecido, mas nos anos 20 e 30 era proibido falar sobre isso, mesmo em ambiente familiar. May confessou ter tido pensamentos tr?gicos de suic?dio e de super?-los gra?as ao amor de seus pais que, embora muito pobres devido ? crise da Grande Depress?o, conseguiram dar-lhe estudos e oferecer-lhe um futuro. "Um jovem chamado Robert May, infinitamente triste e de cora??o partido, naquela noite na v?spera de Natal olhou pela janela e viu correntes de gelo entrando. Barbara, sua filha de 4 anos, se escondeu em seus bra?os chorando. Sua m?e, a esposa de Bob, querida Evelyn, estava morrendo de c?ncer. - Porque a mam?e n?o ? como todas as outras m?es? - perguntou a pequena Barbara, ao olhar nos olhos do pai. Porque ela est? sempre na cama de olhos fechados e n?o brinca comigo? - A mand?bula de Bob se contraiu e seus olhos se encheram de l?grimas; sentia em seu cora??o muita dor, mas tamb?m muita raiva. Sua vida sempre foi dura desde crian?a, desde quando sua apar?ncia estranha o fez v?tima das piadas e ofensas de seus colegas de escola. Era o patinho feio sem esperan?a de transformar-se um dia num lindo cisne. Lembrando amargamente os apelidos horr?veis que recebeu quando crian?a, ele decidiu poupar sua doce menina da dor de ser chamada de "?rf?". Ele lutaria. Era v?spera de Natal, pelo amor de Deus! E sua querida Evelyn estava morrendo. N?o havia dinheiro na casa, tudo tinha virado fuma?a nos medicamentos desnecess?rios que n?o tinham servido para salvar a esposa querida, que tinha conhecido e amado desde os tempos da faculdade. Pensou em sua filhinha, que receberia como presente de Natal apenas a morte de sua m?e, e percebeu que n?o era o momento de se render. "Voc? vai ter o melhor presente de Natal j? recebido por uma crian?a!" - decide em seu cora??o. Com isso, come?a a escrever impulsivamente a hist?ria de uma pequena rena com um grande nariz brilhante que, beneficiada pelo Esp?rito do Natal, iluminaria para sempre as noites escuras de sua inf?ncia. Rudolph nasce assim, pelo amor a uma mulher moribunda e a uma menina muito pequena para suportar a dor da perda. E quando Bob leu a hist?ria para a jovem moribunda, ela apertou a filha no peito pela ?ltima vez, sorrindo com o pensamento de deix?-la nas m?os da pequena rena…” FOTO 9. N?o consegui encontrar foto da pobre Evelyn, mas essa de Bob May com sua filha Barbara rodou o pa?s e amoleceu os cora??es de milh?es de m?es. Talvez seja esse o segredo da longevidade da fama da pequena rena? Claramente, embora sugestiva, se trata de uma hist?ria romantizada, digna de um escritor do passado. A realidade foi bem diferente e, em muitos aspectos, mais desagrad?vel. Em 1938, os danos da Grande Depress?o eram muito evidentes na sociedade americana: a crise tinha levado a uma redu??o gradual na alegria de gastar, e o Natal tinha perdido grande parte de seu apelo consumista. Os pais mantinham as carteiras bem fechadas e at? as mesas festivas pareciam menos coloridas. A atmosfera era cinzenta e as vendas de brinquedos baixaram drasticamente: por outro lado, mesmo as grandes cadeias de lojas n?o pareciam propor nada de novo. No ar ecoava as notas das can??es de Natal cl?ssicas, e at? mesmo as luzes da ind?stria da m?sica pareciam desligadas. Ou seja, ningu?m queria arriscar, e as fam?lias pareciam estar totalmente adaptadas a uma atmosfera de austeridade. Mas n?o as lojas Ward, que tinham na hist?ria do seu fundador Aaron Montgomery uma experi?ncia de vanguarda: apesar da depress?o e da crise, recrutou o melhor entre os seus copywriters para dar vida a um personagem t?o envolvente que podia brigar at? mesmo com Mickey Mouse. A hist?ria do fundador da grande cadeia ? indicativa. Ward era apenas um caixeiro-viajante e, em 1872, teve uma ideia no m?nimo futurista: iniciar um neg?cio de vendas diretas, produtor-consumidor, apostando em fornecedores e varejistas e baixando drasticamente os pre?os. O seu primeiro cat?logo, que foi enviado por correio ?s partes interessadas, consistia numa ?nica p?gina e os primeiros artigos eram ferramentas de trabalho muito comuns para os agricultores. Mas a ideia teve sucesso imediato e, depois de apenas dez anos, Ward foi capaz de vender pelo correio atrav?s de cat?logos 163 itens diferentes para v?rios usos (incluindo um dos primeiros fog?es a lenha baratos) expostos em 237 p?ginas! Foi ainda Ward, em 1875, quem inventou a f?rmula de "garantia de devolu??o de dinheiro", o que o levou a um salto para a lideran?a em popularidade entre os consumidores! A rede Ward desfrutou de um monop?lio de vendas por correspond?ncia at? 1886, quando nasce a Sears (que a leva ? fal?ncia muitos anos depois). Todavia, em 1919 Montgomery Ward foi listada na bolsa de valores abrindo sua cadeia de lojas, e foi uma das poucas grandes empresas a sobreviver ? crise de 29, quando houve o colapso da Bolsa de Valores. Indom?vel como poucos de seus rivais, em 1938 Ward decidiu investir grande parte de seus recursos no futuro; e fez isso atrav?s do p?blico infantil, como era justo que fosse. FOTO 10. Foto do primeiro cat?logo de p?gina ?nica do imp?rio em ascens?o Montgomery Ward de 1875! Em poucos anos as vendas por correspond?ncia dispararam e Ward teve a brilhante ideia de economizar nos custos de transporte estabelecendo um limite de peso. Parece que os embaladores eram t?o r?gidos no respeito ?s regras, que muitas vezes roupas pesadas como os casacos (que eram muito pesados na ?poca) eram descosturados e enviados em dois pacotes diferentes... e vinham com agulha e linha para costurar de volta! A ideia era "lan?ar" um personagem engra?ado, por?m viril, s?mbolo da pr?pria cadeia. O primeiro "pupilo" da iniciativa foi um certo Touro Fernando proposto n?o se sabe por quem, que foi descartado de uma vez devido a m? publicidade das touradas. O personagem de May disputava com outros, mas foi de longe o favorito devido ? sua caracter?stica delicada e ?ndole submissa. Ele tamb?m estava tragicamente falido, j? que a doen?a s?bita de sua esposa Evelyn, que sofria de c?ncer h? mais de dois anos, tinha drenado suas economias j? escassas. O incentivo econ?mico que Ward prometia ao criador do personagem iria colocar as coisas de volta ao eixo. Bob cuidava de Evelyn e de sua filha, movendo-se loucamente entre o hospital, a casa e o escrit?rio. Em considera??o a sua situa??o, foi-lhe permitido trabalhar a maior parte do tempo de casa: foi l? que o artista teve sua inspira??o gra?as ? sua filha Barbara (a ?nica nota verdadeiramente po?tica de todo o caso). A pequena era f? dos contos de fadas de Papai Noel e suas renas; ela adorava filhotes de cervo, se comovia vendo a m?e cerva e se derretia em l?grimas quando pedia ao pai que a levasse ao zool?gico... ele, por raz?es econ?micas, n?o podia. Bob May coloca grande parte de sua alma no cora??o da pequena rena: inventa um personagem "diferente", alienado, triste e solit?rio, que n?o podia ser outro sen?o ele mesmo, um menino feio e de ?culos. E o faz seguindo um padr?o poeticamente infantil ditado pelo amor por sua filhinha, e que se encaixa perfeitamente no esp?rito do Natal. FOTO 11. Embora muitas vezes comparado a Bambi da Disney, as caracter?sticas originais das renas s?o muito diferentes dos inocentes filhotes de cervo. Como podem ver na imagem original de 1942, Bambi j? apresenta os sinais da iconografia cl?ssica de filhotes ador?veis: cabe?a redonda, orelhas grandes e olhos pungentes. A Disney produziu o filme em 1942, quando Rudolph era j? muito famoso. Coincid?ncia ou pl?gio? Este foi o ?nico grande milagre do nascimento de Rudolph: o resto ? apenas uma lenda. Evelyn n?o morre na v?spera de Natal de 1938, como dito muitas vezes. Naquela ?poca, ela estava em coma, hospitalizada em um quarto de hospital muito comum, onde, no entanto, seus entes queridos costumavam visit?-la. Ela morre em julho do ano seguinte, entre uma menina chorando e um copywriter que ainda n?o tinha encontrado a for?a para terminar sua hist?ria. Ele ter? sucesso alguns meses depois em tempo recorde em fun??o do aluguel n?o pago e do perigo de ser despejado. E Rudolph n?o foi a s?bita "revela??o" que operou milagres no terr?vel diretor de vendas, Sewel Avery. Na verdade, Rudolph com aquele nariz vermelho que lembrava o de um b?bado, foi imediatamente descartado n?o s? uma, mas duas vezes! Temos de compreender isto: o eco do proibicionismo ainda se fazia sentir, e apresentar ao p?blico infantil uma imagem pseudo-alco?lica n?o parecia conveniente para as lojas Ward, ainda que fossem progressistas. Mas Bob, agora determinado a seguir em frente e receber a aben?oada promo??o, tirou da manga sua cartada triunfal: pede a ajuda do ilustrador jovem e promissor Denver Gillen, muito talentoso e ambicioso. O jovem fez exatamente o que fazem os grandes atores fazem quando entram completamente no papel: teve uma conversa com a pequena Barbara (verdadeira inspiradora do personagem), e logo percebe que aquele nariz vermelho n?o era uma pura inven??o, mas um detalhe em um certo tipo de cervo que a menina tinha visto h? muito tempo no zool?gico. Ao passear pelo zool?gico, ele logo percebeu que se tratava do caribu, um animal d?cil cujo filhote parece fr?gil e indefeso e que, ao nascer, apresentam um nariz rosa escuro muito particular. Seus desenhos foram capazes de capturar aquela ternura instintiva que, apesar do aspecto n?o muito feliz, os pequenos sabem como infundir em sua pr?pria esp?cie; conseguiu trazer leveza a uma hist?ria triste, bem adequada para um Natal reflexivo e, com isso, finalmente conseguiu conquistar o terr?vel Sewel Avery, diretor de vendas Ward. FOTO 12. Esse ? o esbo?o original da pequena rena em 1939, tal qual apresentado por Denver Gillen. As caracter?sticas do personagem n?o eram bonitas, mas a fragilidade do desenho, que parecia sair diretamente de um mundo de contos de fadas, conquistou a todos. V?rios nomes foram descartados, entre eles Rollo e Reginaldo. Por fim, a pequena rena ganhou o nome de Rudolph, que evocava uma imagem certamente mais "masculina" que os anteriores. Depois de uma campanha publicit?ria impressionante, a ideia pegou e, s? em dezembro de 1939, vendeu-se mais de dois milh?es de c?pias, al?ando a hist?ria da pequena rena ao reino dos cl?ssicos. O que se seguiu foi uma enxurrada de acess?rios de arrepiar os cabelos at? mesmo da pr?pria Disney: bonecos, broches, acess?rios para crian?as, canecas... e at? mesmo enfeites de Natal traziam a nova moda da rena de Nariz Vermelho. A Am?rica, feliz e contente, foi literalmente invadida e durante 7 anos Rudolph foi o protagonista absoluto das festas sagradas. N?o havia nenhum teatro itinerante que n?o encenasse com seus bonecos Rudolph, e n?o havia nenhuma m?e que n?o fizesse o filho dormir ao embalo dessa f?bula querida. Estavam todos felizes ent?o? N?o ? bem assim. Nosso Bob, depois de um breve momento de gl?ria, n?o se encontrava melhor do que antes. Ward tinha todos os direitos sobre a hist?ria e seu protagonista e, como dizem, sugava tudo enquanto May estava sobrecarregado com contas e mais contas. O jovem tamb?m casou-se novamente com uma colega, ex-secret?ria do mesmo Avery, a doce Virginia Newton com quem teve mais cinco crian?as! Em 1946, portanto, Ward tinha vendido seis milh?es de c?pias livro sozinho, aos quais devem ser adicionados os recursos provenientes da venda de acess?rios. Enquanto isso, Bob seguia adiante com seu ?nico sal?rio como empregado. E agora come?a a lenda: falam que, por um motivo misterioso em 1947, o tem?vel Sewel Avery, evidentemente tocado por gra?a divina, cede 100% dos direitos ao seu criador, Bob May, que em apenas dois anos se torna multimilion?rio e, com isso, consegue viver de rendimento pelo resto da vida. A maioria n?o sabe explicar este s?bito arrependimento as lojas Ward que, ao que parece, mudou de ideia e renunciou ? renda bilion?ria que tinha aumentado seu poder na bolsa de valores. N?o se falou disso durante anos, at? que, pouco antes do fracasso da grande cadeia em 2001, veio ? tona os detalhes. Voc?s devem saber que em 1944 a f?bula de Rudolph, a rena do nariz vermelho, apareceu em um curta-metragem de desenho animado feito pelo pioneiro da anima??o Max Fleisher, em nome da Jam Handy Corporation. Se tratava de dois gigantes da ind?stria cinematogr?fica em ascens?o: Fleisher, inventor da primeira t?cnica de anima??o que daria vida ao imp?rio dos desenhos animados, propondo personagens m?ticos como Betty Boop e Popeye. Foi amplamente conhecido como o pioneiro de uma t?cnica de anima??o claramente mais sofisticada e moderna do que a da Disney, rival acirrado. A Jam Handy Corporation, propriedade de Henry Jamison Handy, era um gigante em ascens?o no campo da comunica??o social. Muito pr?xima do ex?rcito dos Estados Unidos por ter produzido v?rios filmes promocionais e did?ticos, tamb?m desfrutava do apoio pol?tico e econ?mico de clientes ilustres como a General Motors e o famoso Bray Studios, al?m de ter um contato ?ntimo com a Paramount. Farejando o neg?cio e conhecendo as condi??es de vida prec?rias de Bob May, Fleisher entrou em contato com o artista, oferecendo-lhe apoio concreto na possibilidade de processar as lojas Ward, que por anos n?o reconheceu qualquer percentual sobre o direito autoral de Bob, e enriqueceu de maneira exponencial nas suas costas. Bob concordou e rapidamente agendou uma reuni?o privada com Sewel Avery, na qual amea?ou fazer um belo esc?ndalo na convoca??o em tribunal, o que teria um impacto direto na cota??o da Montgomery Ward na Bolsa de Valores. Foi assim que May obteve 100% dos direitos de Rudolph, mesmo que a sua condi??o de empregado da grande cadeia tornasse duvidoso a atribui??o na sua totalidade. ? evidente que este n?o era um presente de Natal, mas uma manobra para poder produzir um novo filme de anima??o, que faria muito sucesso e traria muito dinheiro ao bolso de todos os protagonistas. Produziram ent?o um filme de 8 minutos muito bem feito que, em 1947, deixou milh?es de americanos em ?xtase. Em seguida, v?rias altera??es foram feitas, transformando gradualmente a imagem e f?bula de Rudolph, privando-a da sua originalidade e nivelando-a ao popular estilo Disney. Ainda digno de nota foi o livro infantil de 1951 com desenhos de Richard Scarry, republicado depois pela Golden Books em 1958 em uma edi??o revisada e corrigida, e at? um pouco sentimental. FOTO 13. Esse ? o lindo desenho de Scarry de 1951, que se manteve inalterado at? 1958. Ap?s essa data, o estilo foi infelizmente se modificando de forma gradativa. A altera??o do personagem ficou evidente no especial de 1964, em que Rudolph se transforma em um cachorro alienado que foge de casa, e onde aparecem outros personagens de apoio, tamb?m exclu?dos como ele. A nova hist?ria perdeu completamente aquela luz de amor e esperan?a que ? t?o central na figura da pequena rena, e ? agora aclamada como um cl?ssico... infelizmente, esse ? um reflexo dos novos tempos. Me calo a respeito dos remakes subsequentes, que culminam em um filme horr?vel de 1998, que se demora no retrato do ass?dio sofrido pelo pequeno Rudolph em uma atmosfera de gosto vagamente s?dico. Me sinto at? mal em falar sobre o filme Rudolph, a rena do nariz vermelho - Na ilha dos brinquedos roubados de 2001, em que a magia de fato desaparece. A consagra??o definitiva de Rudolph, com isso, se deu em 1949, se tornando assunto familiar. Entre livros, acess?rios e filmes, faltava uma ?ltima coisa: uma can??o simb?lica que lhe garantiria para sempre o seu lugar no Olimpo. A proeza foi da Columbia, que, talvez para dar um impulso extra para a campanha de publicidade, confiou a tarefa de extrair da f?bula uma can??o ao pr?prio cunhado de Bob May: o talentoso Johnny Marks. At? aquele momento, Marks era apenas uma bela promessa. Embora tivesse contato com a r?dio e tivesse os caracter?sticas de um bom compositor, ele n?o havia escrito nada de excepcional at? ent?o; todavia, Rudolph exp?e a alma de verdadeiro artista que havia dentro dele. Ele comp?e em dois meses uma can??o agrad?vel de texto leve, que em poucos minutos torna perfeita a atmosfera da f?bula de Natal. Vejam o texto: Rudolph, the red-nosed reindeer had a very shiny nose. And if you ever saw him, you would even say it glows. All of the other reindeer used to laugh and call him names. They never let poor Rudolph join in any reindeer games. Then one foggy Christmas Eve Santa came to say: “ Rudolph with your nose so bright, won’t you guide my sleigh tonight?” Then all the reindeer loved him as they shouted out with glee, Rudolph the red-nosed reindeer, you’ll go down in history. Rudolph, a rena do nariz vermelho. Rudolph, a rena do nariz vermelho tinha um nariz muito brilhante. X E se algum dia o visse, ainda diria que era cintilante! Todas as outras renas zombavam dele e faziam uma quebradeira. Nunca deixavam o pobre Rudolph participar de nenhuma brincadeira Ent?o, uma noite de Natal cheia de neblina Papai Noel disse: "Rudolph, com seu nariz t?o luminoso, gostaria de conduzir meu tren? esta noite?” Ent?o todas as renas o acolheram e gritaram cheios de gl?ria: "Rudolph, a rena do nariz vermelho ficar? para sempre na hist?ria! ” Muito bem escrito! Agora precisava apenas encontrar algu?m, uma verdadeira estrela da m?sica, que a tornasse sua e conseguisse transmitir sua beleza para cair nas gra?as do p?blico. Columbia imediatamente contatou o ?cone de m?sicas natalinas da vez, o rei do choror?, o onipresente Bing Crosby, mas ele torce o nariz e recusa. Depois do grande sucesso do White Christmas que o colocou no universo das estrelas, ele tinha medo de arruinar sua reputa??o interpretando uma f?bula infantil. Ningu?m ficou surpreso com a rejei??o: o querido "Bing" n?o se destacava por suas qualidades intuitivas. No entanto, no caso de Rudolph, Crosby foi inflex?vel e, com isso, a gravadora passa para o plano B. A escolha recai sobre outra das estrelas do momento, um cantor-ator que jovens e adultos gostavam e que encarnava perfeitamente a imagem do Bom Americano: estou obviamente falando de Gene Autry. O ator havia se estabelecido gra?as a alguns filmes de faroeste de alcance nacional popular, em que ele aparecia como um cowboy bonito e sempre bem penteado, com a inten??o de lutar contra os bandidos, flertar com belas donzelas e cantar can??es country ao lado da fogueira. Durante anos apareceu em um especial de r?dio da CBS em que, direto de seu rancho, dava "li??es" para jovens ouvintes que queriam imit?-lo. O programa continuou por cerca de 16 anos com um ?ndice de aprova??o muito alto. Al?m disso, foi um her?i da Segunda Guerra Mundial e campe?o de rodeio. Em resumo, todos os americanos queriam ser como ele, e todas as mulheres sonharam com um homem como ele. Mas Autry torceu o nariz para o caso Rudolph por outra raz?o, muito mais compreens?vel: apenas alguns anos antes ele havia interpretado uma can??o sobre o Natal, Here Comes Santa Claus, que n?o foi muito bem sucedida, e foi tema de cr?ticas impiedosas. No entanto, o ator confiava muito em sua esposa Ina, que tinha um gosto musical afiado. Ela tanto disse e tanto fez, que eventualmente convenceu Autry. O single Rudolph, a rena do nariz vermelho foi lan?ado em 1949 e foi o maior sucesso de sua vida. A can??o, doce sem ser triste, vendeu em um ?nico m?s dois milh?es de c?pias, 230 milh?es at? hoje, ficando em segundo lugar entre as maiores can??es de todos os tempos imediatamente ap?s... White Christmas. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». 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