"Îò ïåðåìåíû ìåñò..." - ÿ çíàþ ïðàâèëî, íî ðåçóëüòàò îäèí, íå ñëàùå ðåäüêè, êàê íè êðóòè. ×òî ìîæíî, âñå èñïðàâèëà - è ìíîæåñòâî "ïðîùàé" íà ïàðó ðåäêèõ "ëþáëþ òåáÿ". È ïðÿòàëàñü, íåóçíàííà, â ñëó÷àéíûõ òî÷êàõ îáùèõ òðàåêòîðèé. È âàæíî ëè, ÷òî ïóòû ñòàëè óçàìè, àðàáèêîé - çàñóøåííûé öèêîðèé. Èçó÷åíû ñ òîáîé, ïðåäïîëàãàåìû. Èñòîðèÿ ëþáâè - â äàëåê

Vampiros G?meos

Vampiros G?meos Amy Blankenship Table of Contents Cap?­tulo 1 "Coisas Perigosas" (#ulink_38f69713-c095-5aa8-a362-f8e492f2241b) Cap?­tulo 2 "Calor da Cidade" (#ulink_7ab3555f-986a-5bb6-bdfb-2b1ddfa53955) Cap?­tulo 3 "Fome" (#ulink_046238b0-f3b3-5409-92cb-7c0b0564a6d7) Cap?­tulo 4 "O Calor da Possess??o" (#ulink_bef2097b-c448-5f5b-a6da-895907acd49c) Cap?­tulo 5 "Salvador Mortal" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 6 "Feridas Sedutoras" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 7 "Chama da Amizade" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 8 "Sedu?§??o no Telhado" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 9 "Liga?§?µes Fortes" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 10 "Maligno" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 11 "Indesejado" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 12 "Abdu?§??o" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 13 "Jogos Perversos" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 14 "Abandonada" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 15 "Coberta de dor" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 16 "?? Mais Escuro Antes da Alvorada" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 17 "Quebrado" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 18 "Os Guardi?µes" (#litres_trial_promo) Cap?­tulo 19 "Despertar" (#litres_trial_promo) Vampiros G??meos S?©rie O Cristal do Cora?§??o Guardi??o Amy Blankenship, RK Melton Traduzido por Arthur Duarte Copyright ?© 2010 Amy Blankenship Edi?§??o em Ingl??s de Amy Blankenship Edi?§??o Portuguesa publicada por TekTime Todos os direitos reservados. Cap?­tulo 1 "Coisas Perigosas" Tasuki observou Kyoko se levantar e inclinar sobre a mesa para alcan?§ar o livro de apar??ncia medieval que ele abriu em sua frente. Seus olhos de ametista quase brilhavam enquanto a camisa dela, j?? baixa, se afrouxou e caiu sobre os ombros antes que ela endireitasse seu corpo. Ele tinha certeza de que sempre lembraria a vis??o tentadora dos bustos de Kyoko olhando para ele com uma pequena sugest??o de renda preta. Ele piscou e apontou na p??gina a passagem sobre a qual ele estava falando para ela. Ele sorriu suavemente quando seus olhos se encontraram brevemente, mas ele j?? havia esquecido o que estava dizendo, ent??o ele apenas a deixou ler. Tasuki se contorceu um pouco em sua cadeira tentando fazer desaparecer o seu desconforto, mas s?? aquela olhada inocente j?? fizera suas veias correrem com fogo e todo esse calor estava tornando suas cal?§as jeans apertadas. Seus olhos de ametista escureceram de forma atraente enquanto gravava aquela vis??o para mais tarde. "Sabe, Kyoko, um dia vamos nos casar... porque n??s dois sabemos que eu sou o ??nico cara que louco o suficiente para pensar que este encontro terminaria em sexo." Era para ser uma piada, mas o rouco de sua voz revelara seus verdadeiros sentimentos. Kyoko lan?§ou seus olhos esmeralda para ele. Ele provavelmente estava certo... embora ela n??o admitisse, nem negasse. E isso era bem conveniente para ele. Na maioria das vezes, eles estavam l??, juntos, at?© tarde... eles ficavam matando vampiros ou pelo menos caminhando no escuro, sendo bons alvos para eles. Foi apenas nos ??ltimos meses que ele come?§ou a pression??-la com isso... todos sempre os rotularam como namorados, mesmo que ele nunca tivesse pedido sua m??o e ela nunca tivesse concordado... s?? que agora ele queria adicionar horm??nios na mistura. Ela quase saltou da cadeira quando metade das luzes de dentro da biblioteca piscaram. O primeiro pensamento que passou pela mente dela era que algum dem??nio ardiloso a tivesse pego desatenta. Ela ouviu vozes distantes e percebeu que a biblioteca estava fechando, pois era noite. Eles deveriam ter sa?­do h?? mais de uma hora, mas as pessoas que trabalhavam l?? sempre ficavam at?© tarde. "Venha Kyoko, ?© hora de encontrar a sa?­da antes que eles tranquem," sussurrou Tasuki ao pegar sua m??o e rapidamente conduzi-la para fora do pr?©dio sem que ningu?©m percebesse que estavam l?? at?© tarde. Parte dele se perguntou se ficar trancado com Kyoko durante a noite seria algo t??o ruim assim. Uma vez no estacionamento, os passos de Kyoko diminu?­ram enquanto ela olhava para o c?©u, vislumbrando a estranha forma?§??o de nuvens ao redor da lua. Ela n??o era supersticiosa, mas isso a lembrou das cenas noturnas diretamente dos filmes de terror... o tipo de filmes que lhe davam calafrios. Ela n??o precisava da magia de Hollywood para sentir a mudan?§a entre o bem e o mal. Seria uma boa ideia Tasuki ir direto para casa. Ele era um grande lutador, mas ela confiava mais em seu pr??prio instinto, e este estava falando para ela tir??-lo de l??... o problema seria faz??-lo concordar em sair. Quando chegaram ao carro dele, Kyoko olhou para seus olhos estranhamente iluminados sabendo que ele era o ??nico al?©m de seu av?? que realmente conhecia seu segredo. Ela confiava nele o suficiente para deix??-lo acompanh??-la em muitas ca?§as a dem??nios. Ele conseguia se cuidar e nunca, nem por uma vez, ele havia entregado segredo dela ou a decepcionou. Como hoje, eles haviam pesquisado dem??nios de todos os tipos nos mais novos livros da enorme biblioteca. Ningu?©m os incomodou enquanto se escondiam em um canto isolado... e eles se divertiram durante horas. "Entre. Vou te deixar na sua casa, Kyoko." Tasuki segurou a porta aberta para ela. Eles estavam t??o perto que teria sido simples se inclinar e beij??-la, e em sua mente era exatamente o que ele estava fazendo. Sabendo que o surpreenderia, Kyoko se inclinou e deu-lhe um r??pido selinho. "N??o, est?? tudo bem. Meu av?? estar?? aqui a qualquer momento para me pegar e eu n??o quero que ele nos veja aqui sozinho juntos, ent??o v??... mas me ligue quando chegar em casa para que eu saiba que voc?? conseguiu chegar com seguran?§a." Ela sorriu docemente para ele, esperando que ele n??o discutisse. Al?©m disso, ele sabia o quanto seu av?? podia ser superprotetor. Tasuki olhou em volta esperando n??o ver a velha picape do av?? dela estacionado em algum lugar nas sombras. Ele suspirou com gratid??o ao contar apenas tr??s carros. O velho os pegara juntos no fim de semana passado, voltando de uma ca?§ada ?  meia-noite no cemit?©rio e amea?§ou sua anatomia. Os m??sculos da mand?­bula de Tasuki se flexionaram sabendo que nunca chegaria a lugar algum com ela se ele n??o enfrentasse seu av?? c??o de guarda. Olhando de volta para ela, ergueu os dedos at?© os l??bios ainda sentindo o calor dela e assentiu com a cabe?§a. "Certo, Kyoko... mas se n??o se importa, vou esperar aqui com voc??." Ele lhe deu um sorriso malicioso: "N??o se sabe que tipo de monstros insidiosos est??o escondidos na escurid??o prontos para atacar." Ele sorriu logo antes de tocar em sua amiga, com um humor tolo... fazendo-a rir e se afastar de seu alcance. "Tasuki, por favor, eu vou ficar bem." Ela n??o conseguiu evitar a emo?§??o que surgiu em seus olhos quando ela recuou e ele a seguiu... perseguindo-a com um calor brilhando em seu olhar ametista. Desde que ele come?§ou a deixar seu cabelo crescer, tornou-se selvagem, muito escuro, com destaques azuis, e o brinco de cruz pendurado transformara sua apar??ncia de garoto de cursinho em um lindo cafajeste. Estava ficando mais dif?­cil para ela desviar o olhar. Tasuki sacudiu a cabe?§a ao se aproximar, "E dar a outra pessoa a chance de atacar voc???" Sua voz tornou-se um pouco mais escura, "Acho que n??o." "Como se voc?? controlasse quem d?? em cima de mim," exclamou Kyoko, sentindo coisas come?§ando a se apertarem em seu abd??men inferior e na parte superior das coxas. "Na verdade, eu controlo," Tasuki disse com um pouco de orgulho em sua voz. "Eu tenho controle absoluto." Kyoko riu e balan?§ou a cabe?§a antes de apontar para a dire?§??o da casa de Tasuki. Ela gostara muito deste jogo de gato e rato nesta noite e sabia que tinha que parar com isso antes que ultrapassassem o limite. "Tasuki... casa... agora." "Eu adoro quando voc?? fica toda dominadora pra cima de mim, mas..." Tasuki disse enquanto seus olhos escureceram atraentemente. "Voc?? deve saber que n??o vai funcionar assim." "Caramba!" Kyoko disse pisoteando o p?© porque ele estava se aproximando, e ela queria que ele se aproximasse. "Lembra o que aconteceu na ??ltima vez que o meu av?? nos encontrou juntos t??o tarde? Voc?? realmente quer perd??-lo!?" ela exigiu, apontando para a virilha dele. Assim que ela olhou para o que ela estava apontando, ela engoliu em seco... ao ver que o tecido estava sendo pressionado. Tasuki rosnou, "N??o mesmo, mas..." Ele olhou para ela e sorriu. "Eu estou come?§ando a pensar que vale a pena o risco." Kyoko gemeu quando Tasuki avan?§ou novamente... e desta vez encontrou-se pressionada contra a lateral do carro dele. Seus olhos de esmeralda eram largos, sem medo e os dedos dela apertaram muito ligeiramente os bra?§os dele, cobertos por uma jaqueta. Ela podia sentir a flex??o de seus m??sculos sobre seus dedos enquanto ele se apertava contra ela. Tasuki observou seus profundos olhos verdes se tornarem tempestuosos de paix??o e abaixou a cabe?§a at?© seus l??bios descansarem contra a pele macia do pesco?§o dela. Ele sentiu uma emo?§??o percorrer seu corpo e se acomodar em sua virilha... onde havia uma dor realmente gostosa. Incapaz de resistir ?  tenta?§??o, Tasuki mordiscou o pesco?§o dela. Seu corpo se pressionou contra o dela e ele gemeu quando suas longas pernas se separaram um pouco, concedendo acesso ?  coxa. Ele rapidamente deslizou uma de suas coxas entre a dela enquanto ele se inclinava contra ela. "O que est?? fazendo?" Ela sussurrou, incapaz de det??-lo... n??o querendo det??-lo. Tasuki pressionou a coxa contra a pelve dela, levantando a jovem at?© que seus dedos do p?© mal tocassem o ch??o. Ele gemeu quando ouviu Kyoko choramingar suavemente e beijou uma longa e lenta trilha do pesco?§o at?© os l??bios. "Eu te quero," Tasuki sussurrou em um sopro cru contra a suavidade aveludada da boca dela antes de captur??-la em um beijo exigente. Os olhos de Kyoko se fecharam e ela engoliu o gemido que amea?§ava surgir. Esta n??o foi a primeira vez que Tasuki conseguiu roubar um beijo dela mas ele nunca tinha sido t??o apaixonado antes. Ela gemeu quando a l?­ngua dele lhe ro?§ou os l??bios... depois atravessou lentamente por eles. Tasuki gemeu, saboreando a do?§ura dos l??bios de Kyoko. Seus bra?§os deslizaram em torno de sua cintura fina, levantando-a um pouco, mantendo-a presa entre ele e o carro. Ele pressionou sua perna mais forte no ??pice de suas coxas e se balan?§ou contra ela. Tasuki ficou exaltado quando Kyoko respondeu ao beijo com uma paix??o que rivalizava com a sua. Kyoko sentiu uma das m??os de Tasuki se mover por sua lateral e os ombros, at?© se enterrar em seus cabelos castanhos. No momento, ela estava contente por seu av?? n??o estar l?? para busc??-la porque ela n??o queria que o beijo terminasse. N??o pela primeira vez, Kyoko ficou tentada a deixar Tasuki lev??-la para casa... com ele. Ela mesma quase sugeriu isso quando ele passou a m??o pela perna dela e pressionou seu joelho... trazendo para frente para que ele pudesse se pressionar mais forte contra sua pelve. Como seria acordar ao lado de Tasuki de manh??? Ele sorriria para sua ??ltima moda de cabelo matinal? Ele traria o caf?© da manh?? na cama para ela antes de devor??-la novamente? Havia tantas perguntas que Kyoko estava muito, muito tentada a conhecer as respostas... mais outro motivo pelo qual ela estava pensando em ir para casa com ele. Conforme ela lutava para se aproximar ainda mais, a estranha sensa?§??o de que eles estavam sendo observados estremeceu sua espinha... fazendo-a se afastar dos l??bios dominantes de Tasuki. Ela teve que empurrar contra ele para poder deslizar a perna e ficar de p?© por conta pr??pria. A a?§??o n??o foi sem repercuss?µes, no entanto, pois enviou choques de sensa?§?µes de cima para baixo no corpo de Kyoko. Por um momento, eles permaneceram pr??ximos com as testas juntas... tentando recuperar o f??lego. Ela fechou os olhos, perguntando-se se suas coxas latejavam tanto quanto as dela. A voz dela estava tr??mula, e ela teve que tentar duas vezes antes de conseguir dizer as palavras condenat??rias. "V?? para casa, Tasuki, eu vou ficar bem." Ela viu a express??o no rosto dele e quase mudou de ideia. No entanto, ela precisava se manter firme... "Prometo!" Tasuki apertou os dentes para evitar implorar, enquanto tentava controlar suas emo?§?µes. Ele sabia que naquela noite eles haviam dado outro passo na dire?§??o que ele queria, ent??o em vez de encarar como uma perda, ele sabia que era uma vit??ria. "Tudo bem, mas da pr??xima vez serei eu que te levarei para casa." ?? claro que a ideia dele de lev??-la para casa acabaria na cama dele... e n??o na dela. Kyoko se afastou sob a luz do poste da rua, ficando em evid??ncia quando Tasuki hesitou, e ent??o come?§ou a caminhar em dire?§??o a ela. Ele fez uma pausa, como se estivesse lutando uma guerra silenciosa dentro de si, mas quando Kyoko sorriu e sacudiu a cabe?§a, ele fechou as m??os, colocou-as de lado e come?§ou a voltar para o carro. Sentindo um aperto em seu peito, Tasuki olhou preocupado por cima do ombro para ela. Seu olhar de ametista brilhava na luz fraca, fazendo com que algo se movesse no cora?§??o de Kyoko. Ela sabia que ele estava confuso, mas n??o podia fazer nada sobre isso naquela noite... n??o sem colocar os dois em perigo. Ela sorriu brilhantemente e acenou para ele, dizendo-lhe que ficaria bem. Decidido, Tasuki retornou o sorriso. Ele entrou em seu carro e passou por ela, buzinando em despedida ao partir. Ele sentiu os dedos frios do medo agarrando seu cora?§??o, e sabia que se ele n??o desse a volta... n??o a vigiasse... de alguma forma ela se afastaria. O sorriso dela lentamente desapareceu enquanto observava seu carro virar a esquina. Permanecendo im??vel, Kyoko flexionou a m??o lentamente fazendo um punho e soltando-a. Um pequeno dardo espiritual apareceu e desapareceu dentro de seu alcance. Esta arma era a ??nica coisa que poderia mant??-los seguros. Ela recusou a oferta de Tasuki de lev??-la para casa por um motivo... desde que sa?­ram da biblioteca, algo a observava das sombras. Ela podia sentir seus olhos nela agora, fazendo-a gelar. Ela rosnou para si mesma por deixar Tasuki distra?­-la assim. Ela se culpou... e n??o a ele. Tasuki estava ajudando-a a lutar contra os dem??nios quase h?? tanto tempo quanto ela vinha lutando contra eles. Eles at?© compraram uma arma para ele h?? algum tempo e parecia-lhe boa. Ela lhe ensinou muitos movimentos que ajudaram durante os combates, mas ainda assim... se ele se machucasse, seria culpa dela. Ela tinha mentido para Tasuki dizendo que seu av?? viria a qualquer momento para busc??-la. A verdade era que seu av?? n??o viria. Mas se ela n??o tivesse enviado Tasuki para casa, ent??o o dem??nio os teria encontrado em uma posi?§??o comprometedora e matado os dois... e quanto mais seus sentimentos cresciam por Tasuki, menos ela queria arriscar que ele se machucasse. Ela sabia que ele iria ficar com ela e lutaria. Mas ultimamente ela vinha tendo pesadelos recorrentes sobre Tasuki sendo mordido por um dos monstros, e isso tirava continuamente seu sono. Kyoko n??o acreditava ser capaz de viver consigo mesma se Tasuki se tornasse um deles... porque ent??o teria que mat??-lo... certo? Inalando suavemente, ela come?§ou a andar na dire?§??o de sua casa... sabendo que levaria pelo menos uma hora para chegar l??. O que quer que estivesse perseguindo ela, ela esperava que n??o demorasse muito para aparecer. Depois de caminhar algumas quadras sem ser atacada, Kyoko come?§ou a ficar irritada. Ela at?© virou o cabelo sobre um ombro para expor seu pesco?§o como um prato de jantar... esperando que o dem??nio se apressasse e se movesse, pois estava cansada e queria ir para casa. Tasuki provavelmente j?? havia ligado para ver se ela estava bem... ou pelo menos ela esperava que ele houvesse. Ela teve um flashback de estar entre o carro e o corpo dele... fazendo-a gemer de frustra?§??o. Ela iria acabar com desse dem??nio por interromp??-la, se ele chegasse a atacar. A sua caminhada a levou para outra rua do bairro, e ela ouviu um cachorro rosnar profundo e baixo de algum lugar pr??ximo. Seus l??bios se estreitaram, sabendo que c??es odiavam vampiros. Eles provavelmente os odiavam porque, se um vampiro n??o conseguisse encontrar um humano para se alimentar, ent??o o cachorro de repente entraria no menu. Seus dentes se fecharam quando um som agudo seguiu o grunhido... o mesmo som que voc?? ouve quando um c??o se machuca para valer. O som a fez parar... e Kyoko gelou sabendo que o pobre c??o estava morto. Ela franziu a testa enquanto se ajoelhava e colocava os livros no ch??o fingindo amarrar o sapato. "Venha logo," ela acrescentou, como se a afirma?§??o fosse direcionada para o cadar?§o que ela estava puxando. O dem??nio provavelmente viria por tr??s dela porque a maioria dos vampiros com quem ela havia lutado era covarde por natureza... e n??o davam a suas v?­timas uma chance de lutar. ?? por isso que ela era um bom alvo com sua pequena estatura e seus 49 quilos... se ela fosse uma garota humana normal, ela n??o teria chance. Ela revirou os olhos quando nada aconteceu. De p?©, Kyoko deu meia volta tentando encontrar seu alvo... e se encolheu quando o viu. Ela olhou para uma sombra na rua, onde um pequeno menino estava olhando para ela. O c??o, sem vida, estava a seus p?©s. A pele e os cabelos da crian?§a eram brancos como a neve, mas mesmo dessa dist??ncia ela podia ver que seus olhos eram negros opacos. Que incomum... a maioria dos vampiros parecia exatamente com os humanos. Isso era o que os tornava os mais perigosos de todos os dem??nios que secretamente vagavam pela terra. Este garoto realmente n??o parecia humano. Ao observ??-lo, ela estava presa entre a tristeza de ver algu?©m t??o jovem transformado... e o conhecimento de que n??o importava mais. Yuuhi trancou os olhos nela... quase desejando que fosse ele quem iria beb??-la. Ele gostava das bonitas. Ele chamou seus filhos h?­bridos, perguntando-se por quanto tempo ela duraria contra eles. Ele inalou, mas n??o conseguiu encontrar o cheiro de medo que normalmente aquecia seu sangue frio. No entanto, ele sentiu que seu perfume era uma mistura de pureza e perigo... e ficou intrigado. Yuuhi observou os vampiros sob sua servid??o surgirem das sombras atr??s dela. Sentindo uma sensa?§??o de advert??ncia varrer a parte de tr??s da sua cabe?§a, descendo o pesco?§o e a espinha, Kyoko se virou sabendo que tinha sido uma armadilha para chamar sua aten?§??o e que com certeza... ela estava cercada. Ela estava esperando um vampiro, n??o tr??s... ou quatro se contasse o menino. "Bem, acho que consegui o que eu queria," Kyoko brincou consigo mesma enquanto tentava se concentrar em todos eles ao mesmo tempo. Um vampiro com apar??ncia de almofadinha fez uma careta, o que realmente arruinou sua boa apar??ncia. "Conseguiu o que voc?? queria, hein? Eu tenho o que voc?? quer, querida." Ele mostrou os dentes para ela enquanto tentava capturar seu olhar e coloc??-la sob sua servid??o. Kyoko sabia o que ele estava fazendo... e sentiu a satisfa?§??o instant??nea de que nenhum vampiro jamais conseguira abalar sua vontade durante uma briga. Ela olhou para ele de cima a baixo. "Duvido disso," ela provocou, perguntando-se se o falastr??o faria o primeiro movimento. "Os sexualmente frustrados realmente n??o fazem meu tipo," ela sorriu quando ele rosnou. Pelo menos esses vampiros pareciam normais. Bem... t??o normais quanto tr??s homens jovens que pareciam pertencer ?  equipe de debate da faculdade, com presas, pudessem parecer. N??o era todos os dias que se via um vampiro ostentando Armani. Caramba, estes tr??s provavelmente chorariam com seus olhos mortos-vivos se eles se sujassem. E, claro, ela n??o podia se esquecer da crian?§a mortal que os observava como um voyeur doente. Esse pensamento a fez tremer por dentro. Ela tinha ouvido hist??rias sobre esse tipo de coisa entre os vampiros. Alguns deles pegariam a v?­tima que escolhessem e come?§ariam a beber ou a estupr??-la enquanto outros observavam. Uma coisa que os filmes acertavam era que os vampiros eram mesmo criaturas muito sexuais e muitos deles n??o tinham prefer??ncia... homem ou mulher n??o importavam... eles encaravam ambos. "Eu n??o desistiria do seu trabalho diurno se eu fosse voc??," ela riu de seu pr??prio trocadilho... e deu uma joelhada no meio da virilha dele. Outra coisa sobre os vampiros, eles podem ser mais r??pidos e fortes, mas os machos ainda tinham as mesmas fraquezas que suas vers?µes humanas. Ela se abaixou exatamente quando um deles veio at?© ela e ficou surpresa com a velocidade que tinha... muito maior que o normal. Ela nunca havia lidado com nada assim antes. Ela apertou o punho sentindo o poder do dardo espiritual se formar na palma da m??o. Desviando de um outro dem??nio, ela torceu a parte superior do corpo quando um deles veio para cima, golpeando-o com o dardo. Uma m??o fria e ??mida enrolou-se em torno de seu pulso e puxou, fazendo com que seu corpo se torcesse mais... quase dolorosamente. Kyoko usou o impulso e deixou o resto de seu corpo seguir o movimento, agarrando o vampiro pela manga de sua jaqueta e o arremessando no ch??o. Eles rolaram uma vez no ch??o e pararam com Kyoko sentada no est??mago do falastr??o. Ela tinha que se mover rapidamente, pois sabia que talvez n??o tivesse outra chance de fazer isso. "Aqui tem algo para voc??," ela informou. Levantando o bra?§o, ela o esfaqueou com o dardo espiritual. O terceiro vampiro bateu contra ela na lateral... fazendo-a rolar e escorregar pelo ch??o. Desta vez, ela se viu por baixo. Certo, isso estava come?§ando a irrit??-la. Olhando para cima, ela notou que esse cara parecia um estudante nota 10 que havia decidido levar uma arma para a escola. A sugest??o s??dica de assassinato em seus olhos entregava de bandeja. "Acho que n??o amigo." Inclinando o pulso em um ??ngulo estranho, ela tocou o dardo em sua m??o no bra?§o dele, cortando-o com apenas uma pequena ferida. Ela foi recompensada quando a pele do vampiro come?§ou a fumegar... fazendo-o gritar em agonia. Trazendo os joelhos contra o peito, ela usou os p?©s e as pernas para lan?§ar o dem??nio. Ele voou por alguns metros de dist??ncia, ainda gritando conforme seu bra?§o derretia lentamente do resto do corpo. Em alguns momentos, ele n??o seria nada mais do que uma po?§a borbulhante de poeira em frente ?  cal?§ada que desapareceria antes do sol anunciar um novo dia. Kyoko nunca pensou muito aonde iam parar; ela estava feliz por n??o ter que limpar a bagun?§a. "Ot??rio," Kyoko jogou o insulto enquanto rapidamente recuperava o equil?­brio. Ela tinha sido mimada com a luta de um contra um ao longo dos anos... ent??o isto era novo para ela. Ela arqueou uma sobrancelha enquanto o grito do vampiro desaparecia rapidamente. "Obviamente, n??o ?© um descendente direto," pensou consigo mesma. Seu av?? os chamava de lixo dos dem??nios, n??o vampiros de sangue puro ou dem??nios... apenas h?­bridos. Mas... eles ainda carregavam o mesmo nome. Quanto melhor o grau do vampiro, mais lentamente eles derretiam... grosseiro, mas verdadeiro. Ela sabia que os anci??os eram muito mais poderosos do que isso, mas at?© mesmo o v?? Hogo n??o tinha certeza se os vampiros de sangue puro podiam resistir a seus dardos espirituais. Uma vez, ele havia lhe dito que o dardo espiritual n??o era nada mais que a luz solar concentrada em uma arma que s?? poderia ser evocada por uma sacerdotisa ou um guardi??o. Kyoko viu um punho chegar em seu rosto e virou a cabe?§a para o lado sabendo que n??o tinha tempo para fazer nada para det??-lo. Se ela desse tempo para eles brincarem, ent??o haveria consequ??ncias e ela estaria no lado perdedor. Sentindo o impacto das juntas dividirem a pele de sua bochecha, ela de repente cruzou a linha entre chateada e irritada. A ??ltima coisa que precisava era chegar em casa como se tivesse estado em uma luta de gangue. Ela rosnou quando o falastr??o aproximou-se o suficiente para cortar a camisa dela quase toda, deixando quatro arranh?µes profundos em seu peito esquerdo. "Pervertido," ela sibilou para ele, sabendo que ele tinha feito isso de prop??sito. O sorriso bobo que ele lhe deu confirmou sua suspeita. Sua m??e se preocuparia se ela chegasse em casa ferida, mas o v?? Hogo simplesmente a ajudaria a se tratar e deixaria ela ir para a cama. Ele sabia que ela se curava dez vezes mais r??pido que um humano normal. Ele passara os ??ltimos anos a treinando para ser o que ela se tornou. Seu av?? sabia sobre ela muito antes de ela ter nascido... ou pelo menos ele dizia isso. Os velhos pergaminhos transmitidos pela fam?­lia falavam sobre o cristal do cora?§??o guardi??o... e a sacerdotisa que o possu?­a. No come?§o, ela n??o acreditou nele, mas seu pensamento mudou abruptamente quando tinha apenas dez anos de idade. Ela o viu lutando contra um vampiro enquanto ele estava levando ela para casa depois de uma noite de festa de anivers??rio de Tasuki. Ela tinha se divertindo tanto que ficou l?? depois que as outras crian?§as tinham ido para casa. Quando foram atacados, foi muito estranho ver um homem com sua idade se mover com a mesma gra?§a letal de um guerreiro habilidoso. O que era ainda mais estranho era que o dem??nio fora muito real. Ela correu para ajudar seu av?? e atingiu o monstro nas costas com o punho... foi quando ela viu o dardo espiritual pela primeira vez. Ainda estava na sua m??o quando o vampiro derreteu. Uma vez terminada a luta, Kyoko se lembrou de perguntar ao av?? o que exatamente o atacara. O av?? Hogo explicou ent??o que, embora ele fosse forte o suficiente para lutar contra dem??nios, ele n??o tinha o mesmo poder que Kyoko nem a habilidade de curar-se t??o rapidamente de les?µes. Ele insistia que ela nascera com um dom. Ele parecia orgulhoso de testemunhar que aconteceu durante sua vida. Isso levou a uma longa explica?§??o de que o vampiro estava, na verdade, atr??s dela, que os dem??nios a estavam perseguindo desde seu nascimento... por causa do poder sagrado que ela guardava dentro de sua alma. Ele n??o sabia para que as criaturas poderiam us??-lo, mas o desejo delas por ele s?? foi se tornando mais forte ao longo dos anos. O av?? chegara ?  conclus??o de que talvez o poder tivesse sido colocado dentro dela apenas para atrair os dem??nios at?© si, para que ela pudesse destru?­-los. Kyoko ainda tremia de repulsa com aquela not?­cia. ??s vezes, ela se perguntava sobre o que mais seu av?? estava escondendo. Uma coisa era certa... ela nunca mais olhou para ele da mesma maneira desde ent??o... nem Tasuki, porque Tasuki os seguira para casa naquela noite e foi testemunha da luta. Isso s?? tinha feito estreitar os la?§os entre ela e Tasuki. Ela sacudiu a mem??ria de sua mente enquanto ela se concentrava na luta. Ela rapidamente decidiu que o falastr??o tinha de ser o pr??ximo a morrer antes que ele de alguma forma descobrisse uma maneira de despi-la lentamente. Ela baixou os bra?§os... fingindo dor para que ele fosse at?© ela mais uma vez. Apesar de sua natureza geralmente sexual, ela se perguntou se todos os vampiros eram pervertidos ou se eram apenas aqueles que ela conheceu. Quando ele se jogou nela e a derrubou, ela observou o medo se registrando em seus olhos excessivamente brilhantes. O dardo espiritual o empalou no ??ltimo lugar que ele imaginaria. Yuuhi observou silenciosamente sua luta se perguntando como uma simples f??mea humana poderia tomar tanto castigo e ainda estar lutando. Uma garota normal sequer lutaria. Elas simplesmente cairiam sob a servid??o dos vampiros e fariam o que fossem mandadas a fazer. Ele n??o estava satisfeito com essa dire?§??o. Ele havia engendrado esses tr??s vampiros no ano passado... querendo saber como seria ter irm??os. A ??nica fam?­lia que ele tinha era o seu senhor... Tadamichi. Ultimamente, a aten?§??o do mestre havia se deslocado dele... para o irm??o g??meo que havia retornado ?  cidade. Com intuito de afastar sua nova fam?­lia da agitada vida noturna da cidade e do perigo do conflito que se aproximava entre os g??meos, Yuuhi havia decidido fazer uma viagem para fora da cidade, onde a aten?§??o deles seria focada exclusivamente nele. A cidade era um lugar grosseiro para aprender os conceitos b??sicos de sua esp?©cie, e ele achou que os sub??rbios seriam melhores para testar as habilidades deles. A prole de novos vampiros da cidade era desleixada e lembrava-lhe de algo como animais famintos. Durante a sua viagem a esta pequena cidade, eles conseguiram, de fato, conquistar novos recrutas. No entanto, os vampiros novatos continuavam desaparecendo sem deixar rastro. No come?§o, Yuuhi acreditava que os novos h?­bridos acabavam indo embora... abandonando-o. Mas agora ele sabia a verdade. Eles estavam sendo assassinados um de cada vez por nada mais que uma f??mea humana. A crian?§a do dem??nio escondia bem suas emo?§?µes enquanto ele observava os irm??os que ele mesmo havia gerado serem mortos. No fundo, ele estava um pouco bravo... mas mais curioso. Talvez isso tirasse a aten?§??o de Tadamichi de seu irm??o g??meo. Ele se importaria que algu?©m estivesse matando sua fam?­lia? Kyoko assistiu com satisfa?§??o o ??ltimo vampiro come?§ar a derreter, e sabia que s?? demoraria cerca de uma hora para que as po?§as tivessem desaparecido sem deixar rastros. Ela esfregou a parte de tr??s de sua m??o em sua bochecha, deixando uma trilha de sangue em seu caminho enquanto ela procurava o pequeno garoto esquisito. Yuuhi se deslocou para as sombras, onde ela n??o podia mais v??-lo. Um sexto sentido lhe disse que n??o queria se meter com a garota naquele momento, embora ele n??o tirasse os olhos dela ou do jeito que ela segurava aquela estranha arma brilhante na m??o. Kyoko piscou na escurid??o, achando bastante perturbador a crian?§a ter desaparecido. "Eu o assustei?" Ela se perguntou, se recusando a se mover. Ela olhou para o local onde a crian?§a estava parada. Minutos passaram... horas... ou talvez fossem apenas alguns batimentos card?­acos. Finalmente, liberando seu punho cerrado e deixando o dardo espiritual desaparecer... ela encolheu os ombros. Os l??bios de Yuuhi sugeriram um sorriso maligno quando Kyoko pegou seus livros ca?­dos e come?§ou a andar de novo. Ele percebeu que ela se aproximava dos objetos ao redor dela e sua apar??ncia mudava e se transformava at?© que ela tivesse passado... como uma aura m??gica. Ele olhou para as ??rvores ?  frente dela. A parte superior das ??rvores era como garras pretas que alcan?§avam o c?©u... mas quando ela se aproximou delas, elas se tornaram uma coisa linda... at?© que ela estivesse mais uma vez fora do seu alcance. Seu olhar negro a encontrou como se fosse um alvo. Movendo-se pelo ar parado, ele a seguiu. Ela seria uma nova adi?§??o poderosa ?  sua fam?­lia de escurid??o... um presente para seu senhor. Ela tinha um alto instinto de sobreviv??ncia, ao contr??rio dos tolos descuidados que acabara de matar. Agora mesmo, havia uma pequena trilha de sangue na cal?§ada; como se estivesse a persegui-la, mas ela n??o o percebera. Ela tinha magia dentro dela e ele queria ser uma parte dela... para ver coisas que ele n??o tinha visto desde sua transforma?§??o. ***** O av?? caminhava de um lado para o outro na frente da janela, perguntando-se onde Kyoko estava. Ela n??o era do tipo de n??o avisar caso fosse ficar fora at?© mais tarde. Ele passou a m??o por seus cabelos brancos e finos, preocupado. Eles tinham um acordo e ela deveria sempre avis??-lo antes de ir ca?§ar as criaturas do submundo. Ele se virou quando o telefone tocou e agarrou-o antes que ele pudesse acordar o resto da casa. Tasuki n??o conseguiu se livrar da estranha sensa?§??o que ele teve desde que deixou Kyoko sozinha no estacionamento. Ele dirigiu por apenas alguns minutos antes de retornar e encontrar o local vazio. Ele amaldi?§oou silenciosamente ao golpear o volante com frustra?§??o. Fazendo um oito ali mesmo no estacionamento, ele deixou a biblioteca... mas em vez de ir para casa, ele partiu para a casa de Kyoko. Quanto mais ele permanecia ali... mais desconcertante ficava at?© que ele n??o p??de se conter... ele tinha que ligar. Quando ela respondeu ao telefonema rapidamente, ele sorriu. "Gra?§as a Deus voc?? chegou em casa Kyoko." "Voc?? ?© doente... voc?? sabe disso?" O av?? olhou de novo pela janela segurando o telefone pr??ximo do ouvido. Ele levantou uma sobrancelha ao ver o carro de Tasuki estacionado a apenas algumas casas. "Ligar para uma senhorita a esta hora da noite!? O que voc?? ?©, um pervertido?" Tasuki quase deixou cair o telefone enquanto toda cor escapava de seu rosto, para logo ent??o voltar rapidamente de baixo para cima, fazendo suas orelhas arderem. Somente o velho conseguia fazer com que ele se sentisse como um completo idiota t??o frequentemente. Fechando o celular, continuou a observar a casa de Kyoko, esperando que ela voltasse para casa. O telefonema confirmou que o av?? dela definitivamente n??o estava indo busc??-la. Tasuki esfregou as t??mporas e suspirou preocupado. Ela mentiu para ele... mas por qu??? Olhando com raiva para o ??nico alvo a uma dist??ncia razo??vel, ele estapeou o volante com as duas m??os, e depois mais uma vez para descarregar. Quando Kyoko encararia o fato de que ele podia cuidar de si mesmo? Bem, talvez n??o t??o bem como ela... mas, ainda assim, bem o suficiente para ajud??-la em um apuro. Ele estava distra?­do com sua reclama?§??o silenciosa quando ouviu um barulho perto de seu carro e estava prestes a olhar em volta, pensando que era Kyoko. Ele sentiu que algo atingiu a lateral de seu pesco?§o, logo atr??s da orelha, fazendo-o inalar bruscamente enquanto as estrelas explodiam em sua vis??o. A cabe?§a de Tasuki caiu para frente, em cima do volante, fazendo-o desmaiar. Yuuhi tentou alcan?§ar, pela janela aberta, o jovem, mas afastou a m??o quando uma centelha de ametista disparou entre eles. A crian?§a dem??nio calmamente olhou para seus dedos, depois voltou lentamente para o jovem no banco do motorista. Ser rejeitado s?? o fazia querer mais e o canto de seu l??bio se curvou para cima na sugest??o de um sorriso astuto. Ouvindo passos distantes, afastou-se do carro e olhou para a rua sentindo a proximidade dela. Voltando ?  escurid??o novamente, Yuuhi esperou. O av?? desligou o telefone com um sorriso s??bio. Ele tocou o queixo se perguntando quando Tasuki iria tomar coragem o suficiente para tirar a virgindade de Kyoko. Ele havia lido nos antigos pergaminhos que, enquanto a sacerdotisa fosse virgem, ela seria um alvo ainda maior para os dem??nios. Mas, at?© agora, ele se recusou a dizer a sua neta para fazer sexo. Ele simplesmente desejava que Tasuki se apressasse e chegasse ?  puberdade ou algo assim. Ao ver o movimento no quarteir??o de baixo, ele concentrou seus velhos olhos no carro de Tasuki... imaginando quando o menino iria crescer pelos nas bolas e partir pra cima. Havia algo na porta lateral do motorista, mas era muito pequeno para ser Tasuki, e muito r??pido para ele saber o que era. Sua aten?§??o foi tomada por outra sombra do outro lado da rua se aproximando. Suas sobrancelhas se juntaram quando as feridas dela apareceram. No que ela havia se metido? Algo apareceu atr??s dela e seu olhar se colou nele. Quando Kyoko pisou na frente da casa, as luzes do detector de movimento se ativaram e ela olhou para a janela e acenou para seu v??. Quando ele n??o acenou de volta, ela notou o olhar em seu rosto e a amplitude de seus olhos. Ele estava olhando diretamente para detr??s dela. "Bem... isso ?© esquisito." Olhando em volta, ela inspirou um suspiro gelado ao ver o estranho garoto a alguns metros dela. Ele estava im??vel como uma est??tua no meio da rua. A ??nica vida dentro dele era o seu rebelde cabelo de prata agitando-se na brisa noturna. Ela rangeu os dentes com seu pr??prio descuido... "Como ela poderia ter sido t??o est??pida?" Yuuhi conseguia cheirar seu p??nico e ficou surpreso com a rapidez com que foi substitu?­do por uma raiva terr?­vel. Seu olhar curioso se elevou para o velho abrindo a janela do andar de cima para eles. Ela estava protegendo ele? Ele deixou sua mente vagar por toda a casa e detectou mais duas for?§as vitais... uma era uma crian?§a. Voltando o olhar para a menina, Yuuhi se perguntou se a crian?§a do sexo masculino era irm??o dela. Ela tomara seus irm??os... seria justo se ele tomasse o dela. "Nem pense nisso," advertiu Kyoko, vendo seu interesse em sua casa. Seus olhos se estreitaram com determina?§??o ?  medida que o dardo espiritual se formava na palma de sua m??o. Uma luz perversa apareceu dentro de seu punho e algo que Yuuhi n??o sentiu em mais de quinhentos anos varreu seu corpo sem vida... medo. Seus olhos de ?©bano se trancaram nos dela; sabendo que se ele tentasse pegar tanto ela quanto seu irm??o... ele morreria naquela noite. A mente de Kyoko entrou em parafuso ao perceber que ela atra?­ra o pequeno dem??nio diretamente para sua pr??pria casa. Ela colocara toda sua fam?­lia em perigo e isso era algo que ela sempre evitou a todo custo. Ela podia sentir a aura de terror do menino chegando at?© ela enquanto ele permanecia em sil??ncio e im??vel. Em apar??ncia... ele parecia ter a mesma idade que seu irm??ozinho Tama. Por?©m, ela sentia que ele era muito mais velho do que isso, o dem??nio mais antigo que ela j?? teve a infelicidade de encontrar. "Eu vou dizer a ele que te encontrei," a voz sem emo?§??o da crian?§a sussurrou como um assombro, como se tivessem compartilhado uma conversa pac?­fica e longa. Ouvindo a porta da frente abrir violentamente, Kyoko rapidamente olhou por cima do ombro e gritou: "Vov??, volte para dentro!" Ela ergueu a arma e voltou para o dem??nio, pronta para lutar, gritando logo em seguida porque a crian?§a n??o estava mais l??. Ela n??o sabia qual pensamento a tormentou mais. V??-lo... ou saber que ele existia e n??o o ver. Fechando os olhos, Kyoko deixou sua for?§a vital se espalhar em busca do gelado da aura dele. N??o sentindo nada... ela deixou escapar uma respira?§??o tr??mula, sabendo que tudo havia mudado... e tudo em um instante. A ??nica coisa que ela prometeu que n??o faria... era colocar sua fam?­lia em perigo. Ela sentiu uma m??o pesada pousar em seu ombro e rapidamente se virou... lan?§ando-se nos bra?§os de seu av??. "Desculpa... Eu sinto muito!" L??grimas brotaram em seus olhos esmeralda. "Ele sabe onde moro... ele vai contar." O av?? envolveu seus bra?§os ao redor dela, sentindo o peso da perda dentro de seu peito. Ele teria que mudar a fam?­lia de volta para sua outra casa perto do santu??rio sagrado antes do fim de semana terminar. Estariam mais seguros l?? onde o ch??o foi aben?§oado. Esse j?? era o plano se algo assim acontecesse. Seus olhos ficaram cada vez mais tristes, sabendo que Kyoko n??o viria com eles. Eles a perderiam. Ele a segurou com for?§a quando lhe fez uma pergunta para a qual j?? conhecia a resposta. "Vou lev??-los para casa, Kyoko, mas o que voc?? vai fazer?" "Diga adeus," Kyoko solu?§ou, e ent??o enfiou seu desespero de volta para dentro de si. Ela deixou o incr?­vel torpor tomar conta, sabendo que ela tinha muito a fazer antes do amanhecer. O av?? lentamente a deixou ir e a observou entrar na casa antes de se virar e se dirigir para o carro de Tasuki. Ele suspirou, sabendo que ele teria que se certificar de que o garoto estava bem. Ao ver que o jovem amante estava inconsciente, ele murmurou: "Voc?? sempre foi mais problema do que qualquer outra coisa." Ele abriu a porta e empurrou o menino para o outro assento, quase sorrindo quando a cabe?§a de Tasuki bateu na janela do passageiro. "Parece que sou quem vai ter de lev??-lo para casa," murmurou o av??. "Pelo menos antes que Kyoko descubra que voc?? se nocauteou." Desta vez, o velho sorriu. "N??o podemos deixar Kyoko saber que voc?? se machucou ou ela n??o vai te ligar se ela precisar de voc??." Dando partida no carro, ele arrancou pela rua com pressa de voltar para sua neta. ***** Na manh?? seguinte, Tasuki acordou com um susto, revirando-se na cama de um pesadelo de que ele n??o queria lembrar. Algo estava errado em v??rios sentidos... ele s?? sabia disso. Agarrando o telefone ao lado da cama, ele apertou o speed-dial, pressionando o maxilar quando o av?? atendeu. "Eu preciso falar com Kyoko." Sua voz era quase man?­aca enquanto apertava com mais press??o o telefone. Ele n??o se lembrava de ter voltado para casa ontem ?  noite... o que tinha acontecido? Imitando o humor de Tasuki, o aperto do av?? em seu telefone tamb?©m ficou mais forte quando o t??xi estacionou na frente da casa. Kyoko o fez prometer n??o dizer a Tasuki ou a ningu?©m aonde ela estava indo. Era a ??nica maneira de proteg??-los. Era uma pena. A voz dele nunca estivera t??o suave e cansada. "Sinto muito, Tasuki. Kyoko j?? n??o mora mais aqui e n??o h?? outro endere?§o." Era realmente uma pena. Tasuki ouvia quando a linha cortou... escutando seus pr??prios batimentos card?­acos dominarem o som. Kyoko lhe havia dito uma vez que, se alguma coisa desse errado com os dem??nios, ent??o ela desapareceria. "N??o." A palavra ocorreu a ele conforme seus olhos tomavam o tom mais surpreendente de ametista. "DROGA!" Ele gritou e jogou o telefone pela sala. Cobrindo os olhos com as m??os, ele recostou-se contra exuberantes almofadas, sentindo que seu cora?§??o se fraturava e sangrava dolorosamente. Ele descobriu os olhos depois de alguns minutos... e a cor ametista neles ainda n??o tinha desbotado. Tasuki decidiu que esperaria um tempo. S?? porque o velho lhe disse que Kyoko n??o deixara um endere?§o alternativo... n??o queria dizer que ele era ignorante sobre aonde ela estava indo. Sem que ele soubesse, o cajado que Tasuki mantinha trancado em um estojo perto da cama come?§ou a brilhar de forma sinistra. ***** Kyoko abriu a porta do t??xi, mas voltou-se para a casa quando seu irm??o mais novo veio correndo pelos degraus e atravessou o quintal. Ela jogou seus bra?§os ao redor dele quando ele pulou nela... mal mantendo o equil?­brio. "Eu n??o quero que voc?? v??!" ele chorou, segurando com m??o a camisa dela. Kyoko sorriu... sabendo que estava fazendo o certo. Ela o amava tanto que tomar a decis??o de partir do?­a menos. "Eu vou voltar para v??-lo em breve, e quando as aulas voltarem, eu prometo que voc?? pode vir para a cidade para me visitar. Vamos passar tanto tempo juntos que ser?? como se eu nunca tivesse partido." Ela olhou para ver o olhar de sua m??e travar no dela. A senhora Hogo tirou Tama de sua filha com um sorriso compreensivo. "N??s deixaremos seu quarto pronto e esperando por voc??. N??o vamos Tama?" Ela tirou as l??grimas da bochecha dele enquanto ele assentia, ent??o olhou de volta para Kyoko. "Viu? Tudo vai ficar bem." Olhando para a casa uma ??ltima vez, Kyoko podia ver seu av?? na janela do andar de cima. Ela acenou e deu-lhe um sorriso que quase fez suas bochechas doerem... ent??o entrou no t??xi. Se ela estava saindo de casa por causa dos dem??nios, ent??o ela iria invadir a casa deles e elimin??-los um de cada vez. "Para a cidade, por favor," Kyoko disse ao motorista e se recusou a olhar para tr??s. ***** No cora?§??o da cidade, Hyakuhei estava em estado de semi-dorm??ncia quando ouviu a voz do irm??o g??meo chamando-o. Ele sabia que abrir os olhos n??o adiantaria nada. Seu irm??o n??o estaria l??... ent??o ele apenas inalou bruscamente e ouviu a escurid??o. "Ent??o, meu irm??o mais novo ainda se recusa a se juntar a mim?" A voz acusava uma pitada de vontade misturada com raiva. Hyakuhei abriu os olhos e passou a m??o por seus longos cabelos de ?©bano. Sem dizer uma palavra em voz alta, ele respondeu ?  voz intrusiva. "Irm??o mais novo? N??s somos g??meos Tadamichi, voc?? n??o ?© melhor do que eu." A voz de Tadamichi endureceu: "Os g??meos s??o parecidos... n??s somos parecidos? Al?©m disso, eu sou o primog??nito... ent??o isso o faz mais jovem." Sentando-se, Hyakuhei deixou as folhas de seda ca?­rem de seu corpo nu enquanto deslizava da cama. Tadamichi adorava manipular os acontecimentos a seu gosto. "N??o, n??o somos nada iguais... ent??o chega de charadas." Ele estremeceu e depois revirou os olhos quando a l??mpada na mesa de cabeceira ao lado dele se quebrou. Ele tinha de aprender a manter seu temperamento sob controle ou tudo ao redor dele seria destru?­do. Ele achava que era seu castigo por ter perdido a paci??ncia h?? tanto tempo com seu irm??o. "Eu n??o odeio voc??," Hyakuhei resmungou como se estivesse tentando se convencer. "Que generoso," a voz de Tadamichi tomou um tom melanc??lico como se ele n??o acreditasse na confiss??o. "Na ??ltima vez que estivemos dentro do mesmo reino... n??s nos matamos. Atos t??o sem sentido para imortais... voc?? n??o acha?" Houve uma pausa antes que ele continuasse. "Uma vez acabado o banimento, como um irm??o fiel... Esperei por seu retorno." "Estamos destinados a ficarmos sozinhos," Hyakuhei cortou com uma mentira. Ele sabia que seu irm??o n??o estava mais sozinho... Tadamichi tinha se certificado disso. Ele podia ouvir a risada silenciosa de seu irm??o. Isso fez com que ele se perguntasse se n??o havia sido um erro pensar que poderia voltar e enfrentar a fam?­lia perversa que seu irm??o criara em sua aus??ncia. O ??nico ponto em que ele e seu irm??o eram iguais era que eles n??o gostavam de ficar sozinhos... embora eles tivessem duas maneiras completamente diferentes de corrigir esse problema. "Eu sabia que voc?? retornaria... aqui onde a noite nunca ?© escura... aqui onde voc?? nunca estar?? sozinho entre tantos humanos e as crian?§as que eu criei para n??s." A voz de Tadamichi tornou-se desejosa. Hyakuhei entrou no banheiro, ligando o chuveiro e girando para encarar o espelho. Nenhuma reflex??o olhou para ele, ent??o ele simplesmente imaginou o rosto de seu irm??o... seu pr??prio rosto, quando ele respondeu. "Eu n??o quero nada com as abomina?§?µes que voc?? gerou." Ele recuou no chuveiro enquanto desmanchava a liga?§??o para que n??o precisasse mais ouvir a voz assombrosa do irm??o. N??o... ele n??o havia voltado para sua terra natal para se juntar a eles como em uma deturpada reuni??o de fam?­lia. Seu irm??o era o mais destrutivo de todos os dem??nios e as crian?§as que ele gerava eram, no m?­nimo, perturbadoras. Aquelas crian?§as agora estavam gerando outras e seus n??meros cresciam como a peste negra. Hyakuhei colocou as m??os nas paredes de cer??mica do chuveiro... deixando a ??gua quente aquecer sua pele congelada. O que isso importava para ele? A ??ltima vez que ele tentou impedir seu irm??o de infestar o mundo humano com dem??nios h?­bridos terminou em suas mortes... uma morte falsa de que levou s?©culos para se recuperarem. O castigo deles por esse crime foi o banimento um do outro e deste mundo de seres humanos. Eles se tornaram Sombras que andavam pela dimens??o entre os reinos... lan?§ando apenas sombras de solid??o. Aquilo terminara h?? mais de um s?©culo. No entanto, ele havia permanecido longe de seu g??meo. Mesmo da escurid??o do outro lado do mundo, ele ouvia esta cidade chamando-o at?© que ele n??o p??de mais lutar contra o chamado por mais tempo. Seu irm??o estava certo sobre uma coisa... ele estava exausto de ficar sozinho. Mas agora que ele estava em casa, ele podia sentir o cheiro dos pecados de seu irm??o contagiando a terra. Dem??nios de sangue verdadeiro ele poderia tolerar, mas o estupro da cidade por vampiros h?­bridos que aquela gera?§??o havia criado... era provocante. Seu irm??o g??meo ficara no subsolo na maior parte do tempo, dentro das opulentas catacumbas que uma vez haviam compartilhado durante a era medieval... apenas para ressurgir de vez em quando, tempo o suficiente para trazer outra v?­tima para o abra?§o mortal. Hyakuhei olhou para a cachoeira do chuveiro... tentando evitar que sua f??ria transbordasse, mas soube que fracassou quando ouviu o espelho do banheiro quebrar. Tadamichi o acusou de se esconder do mundo, mas isso n??o era verdade. "?? Tadamichi quem escolheu esse caminho," pensou ele de forma sombria. "Ele n??o pode ver a destrui?§??o que ele est?? causando. A noite j?? n??o ?© escura e nem silenciosa." Hyakuhei desligou o chuveiro e saiu, sem se preocupar em envolver uma toalha em volta de sua forma esguia. Em vez disso, ele pegou o suave pano preto e come?§ou a secar seus longos cabelos de ?©bano. Dentro de momentos ele estava vestido e pronto para a noite. Voltando para sua janela na sala de estar, sentou-se no peitoril e olhou para o panorama. Hyakuhei sorriu para o seu humor negro e olhou para o lado oposto do edif?­cio. "A escurid??o est?? viva com dem??nios Irm??o. Essa cidade com seus altos muros fez isso," ele meditou em voz alta. ***** Yuuhi reapareceu no centro da cidade minutos antes do amanhecer. Ele j?? podia sentir o calor do sol em sua pele e acelerou seu ritmo em dire?§??o ao Grand Hotel no centro da metr??pole. Sob as massivas instala?§?µes de cinco estrelas escondidas do mundo ficava a resid??ncia subterr??nea do seu senhor. Era t??o bonito abaixo do solo quanto o que abrigava os seres humanos acima... seu senhor havia arranjado para que assim fosse. Yuuhi atravessou as portas da frente do Grand Hotel e atravessou o sagu??o. Ignorando a sauda?§??o amig??vel da humana atr??s do balc??o, Yuuhi atravessou a porta que dizia "manuten?§??o". Atravessando at?© o por??o, ele entrou no elevador de manuten?§??o que o levaria ao n?­vel do sub-subterr??neo. De l??, era a abertura da passagem escondida que o levaria ao seu mestre. Sentindo a escurid??o perto dele como um cobertor protetor, a crian?§a de cabelo platina correu pelos t??neis sinuosos como se estivesse tentando escapar da escurid??o... ou acompanh??-la. Yuuhi era um dos poucos privilegiados permitidos na alcova privada de Tadamichi... apenas os que Tadamichi tinha gerado pessoalmente eram autorizados. O garotinho tinha sido um dos primeiros de Tadamichi e o v?­nculo que o mantinha fiel era o que o levara a avisar o mestre sobre a menina... e o poder que ela possu?­a. O v?­nculo tamb?©m lhe permitia sentir os estados emocionais de seu mestre, o que podia ser problem??tico ? s vezes. Ele podia sentir que o Mestre Tadamichi estava com raiva e sabia a causa por tr??s daquela raiva... Hyakuhei. Somente o irm??o g??meo do mestre poderia provocar esse tipo de rea?§??o. Ci??me e rejei?§??o podiam ser perigosos com algu?©m t??o poderoso. Yuuhi silenciosamente passou para os aposentos de Tadamichi, mas ficou na sombra para observar seu mestre. O garoto era paciente e sabia aguardar a tempestade da raiva de seu mestre. Tadamichi olhou para seu reflexo no Espelho das Almas e desviou o olhar com um silvo irritado. Seu irm??o havia quebrado o v?­nculo entre suas mentes... banindo-o mais uma vez. Toda oportunidade que Tadamichi escolhia para falar com seu irm??o era terminada de forma bastante abrupta, irritando-o. Ele estava come?§ando a acreditar que seu v?­nculo nunca voltaria ao que havia sido. Os s?©culos longe uns dos outros n??o foram uma puni?§??o suficientemente longa? Hyakuhei sempre ficaria longe? Ao ver o movimento nas sombras, Tadamichi agitou com raiva a m??o em sua dire?§??o... cada h?­brido dentro de sua sala e a mil metros de sua solid??o queimaram espontaneamente... deixando para tr??s um cheiro de enxofre no ar. N??o haveria testemunhas da rejei?§??o de seu irm??o. No entanto, ele virou a cabe?§a na outra dire?§??o e repousou os olhos no ??nico de seus filhos em que ele confiaria seu segredo. Ignorando Yuuhi por um momento, Tadamichi caminhou lentamente pela sala e ficou de p?© em frente a um retrato, as m??os cruzadas atr??s de suas costas. Quando os gritos e as chamas se apagaram, Tadamichi continuou a encarar a pintura como se nada estivesse faltando. A pintura fora criada muito antes das guerras medievais terem ocorrido... antes de sua guerra civil. Poder-se-ia imaginar que era um autorretrato que mostrava duas personalidades. Na verdade, era ele e seu irm??o... t??o dif?­cil de diferenci??-los. Como eles podiam ser t??o parecidos... e t??o diferentes? Seu irm??o nunca aprendera o significado do amor... a dor da rejei?§??o? Tadamichi passou a ponta dos dedos sobre a imagem de seu irm??o, suas sobrancelhas franzindo um pouco antes de seu rosto se contorcer de raiva. Ele de repente atacou a pintura em um movimento t??o r??pido que era praticamente invis?­vel. A imagem ficou ali por um momento, ent??o, lentamente, um rasgo irregular apareceu... cortando os g??meos, separando um do outro. O pano do retrato caiu ligeiramente ao lado e a express??o de Tadamichi de repente mostrou tristeza. Colocando as palmas das m??os contra a pintura, Tadamichi juntou-os por um momento antes de deix??-los cair. Seu amor por Hyakuhei era incalcul??vel. Tadamichi simplesmente queria que Hyakuhei estivesse ao seu lado para compartilhar essa exist??ncia maravilhosa. "Por que voc?? abandonou a mim e a vida que poder?­amos ter?" Ele perguntou em sil??ncio e sentiu o frio de ter feito a mesma pergunta para outro que n??o o seu irm??o. Ele puxou a mem??ria para dentro de si, recusando-se a remo??-la. Yuuhi saiu da sombra detr??s dele, sentindo a melancolia de seu mestre. Ele ficou surpreso que seu pai pudesse se sentir tanto assim por seu irm??o quando ele mesmo mal sentiu uma pontada quando a menina matara seus irm??os apenas algumas horas antes. "Ent??o, voc?? os perdeu?" Tadamichi perguntou, nunca tirando os olhos da imagem de seu irm??o. Yuuhi assentiu sabendo que Tadamichi podia ver seus pensamentos. Um peda?§o de m??rmore branco apareceu em sua vis??o perif?©rica e ele virou a cabe?§a em dire?§??o a ele. Seu olhar parecia quase pensativo enquanto olhava para as est??tuas ?  esquerda. Virando lentamente em c?­rculo, ele olhou para cada uma, uma a uma. Elas estiveram aqui por tanto tempo quanto Yuuhi era capaz de lembrar, mas ele nunca havia perguntado sobre elas. "Uma menina," sussurrou Yuuhi, perguntando-se por que um mestre demon?­aco teria est??tuas de anjos. Era estranho... ele sempre pensou assim. Os anjos eram lindos at?© mesmo para os olhos de Yuuhi e ele se perguntava se criaturas como estas poderiam ter existido nesta terra. "Vou contar-lhe a hist??ria das est??tuas, meu filho." Tadamichi lentamente olhou para longe das pinturas, com curiosidade... "E voc?? vai me contar sobre essa garota." O canto de seus l??bios mostrou a sugest??o de um sorriso perverso. "V?? e olhe mais de perto," ele persuadiu. "A curiosidade ?© uma emo?§??o intrigante... n??o ?©?" Yuuhi caminhou lentamente pela sala olhando para os rostos dos homens alados... parando na frente do que mais o intrigava. Os longos cabelos que alcan?§avam a parte inferior das costas dele balan?§avam... como se estivesse no meio da batalha. A express??o que estava no rosto era muito bonita... e assustadora. Para o que o anjo lutava tanto? Qual teria sido o pr??mio? As m??os de pedra se agarravam a uma espada que estava em um movimento descendente e Yuuhi estendeu a m??o para deslizar o polegar nela... recolhendo-a rapidamente quando uma pequena e fina linha de sangue brotou no polegar. Tadamichi estava, de repente, ao lado dele, levando a les??o a seus l??bios para sugar o sangue do dedo do menino. Sabendo que Yuuhi era uma crian?§a de poucas palavras e menos emo?§?µes ainda, Tadamichi soltou a m??o e assentiu com a cabe?§a para a est??tua. "Esta est??tua... Kyou e sua espada da destrui?§??o," ele fechou os olhos ao se lembrar dos guardi?µes, "Advers??rios muito poderosos... todos eles." Yuuhi se virou para o mestre e esperou pacientemente. "Eles pensavam que poderiam livrar o mundo das trevas... pensavam que poderiam livr??-lo de mim e do meu irm??o. Deveriam ter sido mais espertos." Ele abriu os olhos, que agora tinham um estranho matiz vermelho neles. "Eles eram irm??os, sabe." Ele se aproximou da est??tua daquele que parecia ser o mais novo quando acrescentou: "Ou pelo menos todos eles pensavam que eram verdadeiros irm??os." Ele estendeu a m??o e acariciou a bochecha da est??tua, deixando seus dedos rastrearem o caminho que uma l??grima tinha deixado... congelado no tempo. "Meu querido Kamui. Ele sabia que o que os guardi?µes tinham feito estava errado. ?? por isso que ele parece t??o triste. ?? uma pena meu irm??o nunca o ter conhecido." Tadamichi voltou-se para o pr??ximo irm??o. "Kotaro era forte de esp?­rito, mas possessivo sobre o que ele afirmava ser dele." Seus olhos brilhavam como se estivessem vendo o passado. "Ele estava disposto a morrer se precisasse... tudo pelo amor de uma mulher." Descartando a est??tua com um acenar de m??o, ele se aproximou da pr??xima, quando seus olhos escureceram. Este era o mais perigoso dos irm??os. "Toya... ele era uma criatura muito interessante. T??o cheio de fogo e f??ria, e, ainda assim, como ele poderia amar uma mulher com tanta ferocidade n??o consigo entender. Isso levou a muitas batalhas entre ele e os outros irm??os. Ele era o mais possessivo dela. Estou surpreso que eles nunca se destru?­ram em seu absurdo." Ele se virou para a est??tua final. A m??o do homem estava na frente dele como se estivesse lan?§ando um feiti?§o. Tadamichi sabia a verdade sobre o feiti?§o de Shinbe... o vazio estava em movimento conforme eles o jogaram no portal do tempo... selando-o dentro dele. "Shinbe era s??bio al?©m de sua idade, mas ele era tolo o suficiente para alterar o destino... todos eles eram." Seus olhos se endureceram enquanto se perguntava se a sacerdotisa ainda estava com eles. "A menina pode nos destruir." A voz de Yuuhi n??o tinha nenhuma emo?§??o enquanto ele estava na frente da est??tua que parecia conter o verdadeiro significado de raiva. "Ela me faz lembrar dele, Mestre." Tadamichi olhou estranhamente para o guardi??o que a crian?§a havia indicado, "Toya?" Yuuhi finalmente virou os olhos negros para Tadamichi enquanto suas palavras assustadoras ecoavam: "Toya, ele ?© quem est?? dentro dela... isso ?© o que pode nos matar." Os olhos de Tadamichi subiram para a raiva de Toya e, de repente, ele se sentiu mais vivo do que nunca. O que era a vida sem um motivo para viver? Ent??o... ela voltou para esse reino. Ele sentia saudade das guerras de antigamente. Anjos e dem??nios eram a mesma coisa... s?? que um tinha uma reputa?§??o melhor. Se a verdade fosse dita, eles eram todos assassinos. Substituindo a pedra com a imagem mental do que o guardi??o de prata fora, ele sorriu pregui?§osamente, sabendo que o guardi??o podia ouvi-lo; todos podiam. Tudo estava em sil??ncio e t??o parado como sempre. Mas no fundo das almas das est??tuas... ele podia sentir o poder como um terremoto, restrito por meio das min??sculas algemas do tempo. "Ent??o, mesmo neste estado aprisionado, todos voc??s encontraram uma maneira de lutar." Tadamichi cantarolou sua curiosidade. "Ser?? que voc??s a sentem? Voc??s a querem?" Ele baixou os c?­lios quando sentiu uma onda de poder varrer toda a sala em resposta. "Talvez voc??s devessem ter for?§ado ela a ficar do seu lado do portal do tempo... como voc??s fizeram da ??ltima vez." Ele se afastou das est??tuas, deixando-as com um aviso assombrado. "?? uma pena que voc?? n??o possa acompanhar sua sacerdotisa desta vez." Cap?­tulo 2 "Calor da Cidade" Kyoko acordou com um susto, sabendo que o sol estava se pondo. Era como um despertador biol??gico para ela e j?? fazia... ela nem lembrava mais quanto tempo. Ela se levantou sabendo que era hora de ir trabalhar. Ela s?? desejava estar sendo paga por isso. Uma sirene distante chamou sua aten?§??o para a janela a tempo de pegar os ??ltimos raios de luz deixando o c?©u da cidade. Ela podia ouvir o som fraco do tocar de m??sica das casas noturnas na ??rea onde ela morava. Ela havia escolhido um apartamento no cora?§??o da cidade por um motivo. Ela podia sentir a vibra?§??o atrav?©s da sua cama... O Submundo era o nome da boate sobre a qual ela morava. O aluguel era barato porque n??o havia como algu?©m viver aqui e esperar ter qualquer descanso, a menos que fosse durante o dia. ?? a?­ que Kyoko acreditava na sorte. Onde mais poderia ter encontrado um lugar que funcionava durante as mesmas horas que ela? N??o havia pessoas rudes correndo para cima e para baixo nos corredores... a menos que voc?? contasse Yohji, mas ele geralmente n??o fazia nada, a menos que fosse no in?­cio da manh?? quando ela chegava em casa ou ?  noite, antes de ir para o trabalho. Falando em aluguel... o dela estava atrasado. Ela teria que prestar contas logo se n??o quisesse lidar com Yohji, o irm??o do locador, que morava do outro lado do corredor dela. Na ??ltima vez que ela atrasou com o aluguel, ele de fato ofereceu para que ela trabalhasse para ele para cobrir a d?­vida. Ele pareceu bem desapontado quando ela lhe entregou o aluguel em seu total, menos de uma hora depois. Ela olhou para o celular, vendo o s?­mbolo de mensagem piscar, e sorriu. Ao clicar nos bot?µes que poderiam conect??-la a algo familiar, ela ouviu a voz de sua m??e, sem sequer prestar aten?§??o ao que estava dizendo. Ela j?? sabia, de qualquer maneira. "Ol?? Kyoko, ?© sua m??e," Kyoko imitou as palavras na secret??ria eletr??nica. "Eu realmente queria que voc?? ligasse, n??s sentimos muito sua falta. Gostar?­amos de saber quando voc?? volta para casa, para que eu possa fazer o seu jantar favorito. Tama esteve muito bem no outro fim de semana, mas j?? est?? come?§ando a ter reca?­das por n??o te ver. Voc?? est?? comendo bem ou precisa de algum dinheiro? Por favor, ligue, eu amo voc??." Kyoko balan?§ou a cabe?§a e deixou o correio de voz continuar a tocar o resto das mensagens. Uma era de Yohji, lembrando-a que o aluguel era devido. "Sim, sim... imundo." Ela apagou sua mensagem. O outro era de seu irm??o mais novo, Tama, falando-lhe sobre sua ??ltima namorada, avisando ela para n??o contar ao av?? sen??o ele espalharia rumores realmente embara?§osos sobre ela e Tasuki. Era uma amea?§a vazia e ambos sabiam disso. "Voc?? vai ter que fazer melhor do que isso, irm??ozinho," disse Kyoko no telefone. Ela tinha sa?­do de casa para mant??-los seguros. N??o havia como contornar o fato. Desde que ela era pequena, ela tinha medo dos dem??nios no mundo... mas isso n??o significava que ela quisesse que seu irm??ozinho soubesse que os monstros dos filmes eram reais e esperavam na escurid??o. Era como se ela fosse a ??nica que podia v??-los andando entre os inocentes... alimentando-se deles. Os dem??nios costumavam parecer pessoas normais at?© que tivessem sua v?­tima encurralada. Os dem??nios dentro da cidade estavam se multiplicando a um ritmo perigosamente r??pido e ela estava tendo problemas para acompanhar o ritmo e ajudar a manter as chances dos humanos. Na verdade, ela sentia que estava perdendo a guerra. Aqueles seres humanos que ela estava tentando proteger deram ao mal um nome atrav?©s de livros e filmes... vampiros. Era apenas um nome, por?©m... vampiro, dem??nio, para ela era o mesmo. Ela encolheu os ombros. Com ela era quase como um espelho de dois sentidos porque, embora pudesse detectar os vampiros... eles tamb?©m sabiam quando ela entrava em uma sala lotada. Ela n??o pensava que eles pudessem detectar seu poder... n??o era o que parecia atra?­-los para ela... era mais como um sino de jantar com ela como o prato principal. Ela j?? havia at?© mesmo ido ao m?©dico uma vez para ver se ela tinha um tipo estranho de sangue... pensando que ele estava os atraindo para ela. Mas o doutor tinha dado a ela um laudo perfeito. O que dava a ela arrepios frios foi que, quando ela estava saindo do escrit??rio, o m?©dico a impediu e pediu que ela doasse sangue. Estranho... foi bem estranho. Por algum motivo, os vampiros sempre foram atra?­dos para ela e ela tinha que lutar contra eles. Talvez o m?©dico simplesmente n??o estivesse procurando a coisa certa. Uma express??o triste deslizou por seu rosto, pois sabia que era por isso que ela tinha que permanecer sozinha. Ela tinha colocado sua fam?­lia e amigos em perigo muitas vezes para viver perto deles. Da ??ltima vez, ela foi seguida at?© sua casa. Era dif?­cil o bastante manter seu segredo sem ter um dem??nio no quintal de casa. Seu av?? era quem a trouxera para essa vida, ent??o foi a ele que ela fez a pergunta que a atormentava. Como os vampiros sentiam quando estava perto e por que eles sempre a buscavam em um lugar cheio de centenas? Ela lembrou-se de ele ter tocado o queixo enquanto pensava profundamente, mas a maneira como ele olhou para ela fez com que ela sentisse que ele estava guardando algo dela. "Eu vou pesquisar e inform??-la se eu tiver uma pista." Era tudo que seu av?? tinha dito. Ela parou de questionar por que ela tinha o poder de atingi-los e realmente machuc??-los... n??o era como se eles n??o conseguissem se virar de vez enquanto, no entanto. Ela havia mancado muitas vezes para casa para pensar que ela era indestrut?­vel. Mas ela se curava mais r??pido do que qualquer um que ela conhecia e ela poderia levar um soc??o melhor que... certo, ela n??o conhecia ningu?©m que pudesse aguentar o que ela podia... qualquer humano que fosse. Agora que ela estava a uma dist??ncia segura de tudo o que ela amava... Kyoko tinha uma raz??o para se irritar e um motivo para lutar. Ela os culpava por isso... os dem??nios que a perseguiam. Eles a for?§aram a sair de casa e abandonar tudo que lembrava uma vida normal. Agora, sua fam?­lia havia se mudado para a casa do santu??rio. Convenhamos, isso os deixava mais perto de Tasuki e isso fazia ela se sentir melhor. "N??o ?© t??o ruim," Ela disse em voz alta dentro da solid??o de seu apartamento. Saindo da cama, ela se dirigiu para a pequena cozinha e abriu a geladeira. "Certo... talvez seja sim t??o ruim," Kyoko sorriu, vendo que ainda estava vazia. Ela teria s?? que ir ca?§ar vampiros hoje ?  noite e, se eles tivessem um punhado de dinheiro no bolso quando ela os matasse, ent??o que seja... n??o era como se pudessem lev??-lo para o inferno com eles. Ao fechar a porta, ela se virou para a ??nica coisa que ela sabia que tinha o bastante. "Agrade?§o a Deus pelo caf?©." Ela levantou a ta?§a aos l??bios, sabendo que seria uma longa noite. ***** Hyakuhei deitou-se na cama ouvindo a voz de seu irm??o mais uma vez antes que ela desaparecesse. Isso tinha se tornado um h??bito... embora, na opini??o dele, era melhor que estar cara a cara. Eles ouviam os pensamentos uns dos outros na maioria das noites, durante os poucos momentos que levavam para que o sol se pusesse... ent??o a liga?§??o desaparecia. Ultimamente, as conversas silenciosas estavam se tornando cada vez mais perturbadoras. Ele olhou para o dossel que cobria sua cama... vendo o presente de seu irm??o. O Espelho das Almas aparecera em seu quarto h?? mais de um m??s... ele j?? o havia visto antes. Era o ??nico espelho que poderia lan?§ar o reflexo de um vampiro. J?? tinha sido preciosa propriedade de seu irm??o. Quando ele chamou silenciosamente Tadamichi, perguntando por que ele havia lhe dado, seu irm??o respondeu: "Eu s?? quero lembr??-lo do que voc?? ?©." Ele agora olhava para o seu pr??prio reflexo e sabia que havia outro motivo para o presente. Era uma maneira de ver seu irm??o g??meo enquanto olhava para si mesmo. Hyakuhei jogou o bra?§o sobre os olhos, recusando a vis??o. Ele pensou que Tadamichi ficaria bravo quando ele lhe dissesse que estava matando os vampiros h?­bridos dentro da cidade pelo simples fato de que eles estavam em seu caminho... ou no lugar errado na hora errada. O pensamento sequer perturbava Tadamichi. Seu irm??o apenas o fazia lembrar que o poder de governar a cidade humana e os dem??nios dentro dela era deles se quisessem tom??-lo. Tadamichi at?© mesmo confessou que isso lhe agradava. De alguma forma bizarra... seu irm??o g??meo estava feliz por ter-lhe fornecido entretenimento... algo para matar... novamente lembrando-o do que ele era. Hyakuhei olhou para o espelho novamente, pensando na manipula?§??o. Ele e seu irm??o n??o eram sen??o monstros em todos os sentidos da palavra, e ele n??o precisava ser lembrado disso. Uma coisa que Hyakuhei percebeu nos ??ltimos meses foi que quando seu irm??o se transformou em um vampiro, ele foi gerando outros vampiros, e assim por diante, e tudo o que foi sendo gerado eram vampiros fracos e sedentos, que eram gananciosos e descuidados. Enquanto ele era sangue puro... ele s?? se alimentava talvez uma vez por ano e n??o deixava nenhuma evid??ncia para tr??s. Ele poderia sobreviver sem nada ou at?© mesmo partilhar de alimentos de humanos se ele preferisse faz??-lo. Um vampiro h?­brido rec?©m-transformado se alimentaria todas as noites e geralmente acabava com sua refei?§??o antes de terminar. Um verdadeiro vampiro n??o fazia isso... um vampiro de sangue puro podia seduzir seres humanos para sua servid??o, depois se alimentar apenas o suficiente para sanar sua sede antes de partir e levar com eles a mem??ria do que acontecera. Ningu?©m ficaria sabendo. Em outras palavras, quanto mais longe os vampiros estavam de Tadamichi... mais perto eles estavam de serem uma feia responsabilidade, como o lixo da cidade. Ele sentia a necessidade de sair para a cidade e se tornar parte dela. Ele n??o precisava de Tadamichi lembrando-o de quem ele era... ele j?? conseguia sentir a necessidade da ca?§ada. Sua fome estava crescendo n??o s?? pela necessidade de se alimentar... mas tamb?©m pela necessidade de se sentir parte de algo. Ele culpou seu irm??o desse desejo. Hyakuhei deslizou sua camisa de seda preta ao se aproximar da janela, abrindo a cortina de volta agora que o sol tinha desaparecido. Ele estreitou os olhos para a vista. "Bela parede," ele disse sarcasticamente. Sua paisagem era a lateral de um pr?©dio de tijolos em um pequeno beco e havia uma raz??o para isso. Embora ele pudesse suportar a luz do dia por alguns momentos de cada vez... a ??ltima coisa que queria era que ela entrasse pela janela do quarto. Ele quase se virou e se afastou, mas algo chamou sua aten?§??o e ele olhou para o beco. L??... encostado na parede mais distante do alcance das l??mpadas da rua estava um jovem talvez em seus vinte e poucos anos. Hyakuhei olhou para o olhar bem vestido de aluno de faculdade, sabendo que isso podia enganar. Ele podia sentir o cheiro do sangue do ??ltimo assassinato deste lacaio, at?© mesmo atrav?©s da janela fechada. O rosto sombrio virou um pouco e Hyakuhei p??de ver o brilho da luz incomum que emanava de seus olhos. Se havia uma coisa que Hyakuhei poderia dizer sobre si mesmo, era que ele era muito territorial. At?© mesmo ele e seu g??meo ficavam em diferentes lados da cidade por esse motivo. Ele n??o permitiria que esses gananciosos h?­bridos se alimentassem t??o perto de seu pr?©dio. Se isso era o que seu irm??o desejava... v??-lo matar um assassino... ent??o, que seja. Hyakuhei estendeu a m??o e abriu a janela sem fazer som. Antes que ele pudesse pular pela janela, Hyakuhei ouviu passos do outro lado do beco e parou. Ele esperou que o est??pido humano entrasse na armadilha mortal. Quem quer que fosse... merecia por andar em um beco escuro. Dem??nios n??o eram os ??nicos perigos da noite da cidade... lixos humanos como ladr?µes e estupradores tamb?©m se escondiam na escurid??o da maioria dos becos da cidade. Talvez ele at?© deixasse o vampiro ter sua ??ltima refei?§??o antes de mat??-lo... era o m?­nimo que ele podia fazer. N??o era como se ele devesse algo ?  popula?§??o humana. Ele n??o devia a ningu?©m. Ele se inclinou contra o peitoril da janela com olhos escuros. A primeira coisa que Hyakuhei notou foi o longo cabelo castanho-avermelhado quando o humano escorregou das sombras para a luz fraca abaixo. Metade dele estava em um rabo de cavalo saltitante, deixando o resto em cascata pelos ombros dela e em volta, em ondas de seda. Ela usava uma pequena minissaia preta com trilhas de renda preta descendo e cobrindo um pouco do inferior de suas coxas. A camisa combinava, um tecido de cetim preto que ca?­a logo acima do umbigo, mas tamb?©m tinha as mesmas trilhas em forma de V de renda preta que se moviam enquanto ela caminhava. Ele n??o perdeu nada enquanto seu olhar acariciava os pequenos peda?§os de pele exposta. Sua aura era do tamanho de uma centena de seres humanos e se espalhava, cobrindo quase todo o beco. ?? medida que sua aura passava por coisas mundanas, as cores apagadas se tornavam vibrantes, tornando at?© mesmo a escurid??o parecer viva. Ele estava t??o fascinado observando a garota que ele momentaneamente esqueceu que ela estava entrando em sua armadilha mortal. Kyoko caminhou lentamente como se n??o tivesse preocupa?§??o nenhuma no mundo. Ela sabia que ela parecia delicada e indefesa... era pouco mais que uma crian?§a, na verdade. Ela se sentia bem com isso porque era um bom alvo. A noite da cidade era viva e retumbante, mas se voc?? virasse no canto errado, ela poderia se transformar em sombras escuras com bordas mortais... para humanos. Seus l??bios insinuaram um sorriso enganador quando ela virou e se dirigiu a um desses longos becos escuros. Ao ouvir o leve eco de seus pr??prios passos, ela manteve seu olhar ?  frente, mesmo ao notar uma sombra se afastando da parede, no meio do caminho. Abaixando os c?­lios para que ela n??o se entregasse, Kyoko notou a roupa dele e teve que suprimir um sorriso. Parecia que ele viera da parte rica da cidade. Uma coisa que ela notava sobre os vampiros na cidade era que a maioria deles poderia ter tido trabalhos de modelo antes de serem transformados... sexy e mortal. Ela virou a cabe?§a para cima, sabendo que o dem??nio estava prestes a se mover. Fiel ao seu papel... ela deu um grito quase silencioso... ela n??o queria chamar a aten?§??o de pessoas inocentes passando pela cal?§ada, era apenas um estratagema para parecer assustada e sair correndo. Passando por ele, ela correu e depois se dirigiu para o lugar mais sombrio do beco, como se estivesse tentando se esconder dele. Assim que ela se virou, ele grudou nela violentamente, colocando as palmas das m??os em cada lado da cabe?§a dela como se ela fosse tentar escapar. O vampiro agressivo empurrou seu corpo contra o dela enquanto ele olhava para ela com olhos azuis e frios. "Voc?? gostaria de se juntar a mim para o jantar?" Sua voz tinha um senso de humor perverso que ela n??o deveria perceber. Kyoko quase sorriu ao ouvir o pedido amb?­guo. "Claro... desde que seja bife." Suas m??os deslizaram ao redor dele e ele sorriu at?© que sentiu a dor entrar por suas costas at?© a frente dele. Ele olhou para a ponta da luz brilhante que se espalhava no seu peito e abriu a boca, sem som. Ao ver a garota presa na parede, Hyakuhei agarrou o peitoril da janela decidido que ele seria ego?­sta e n??o permitiria ao vampiro sua ??ltima refei?§??o. Empurrando-se para frente, seus p?©s ca?­ram no ch??o exatamente quando a menina saiu da sombra, sozinha. Hyakuhei n??o se moveu quando ela pareceu n??o o notar. Ele recuou para as sombras e observou ela tirar um par de cal?§as da escurid??o. Ele ergueu uma sobrancelha ao perceber que era a roupa do vampiro que acabara de atac??-la. "Deve haver uma maneira melhor de se livrar deles," murmurou Kyoko. "De qualquer maneira, quem j?? ouviu falar de um vampiro derretendo? Nunca vou me acostumar com isso. Deveria ser mais como nos filmes... puf e eles sumiam." Ela continuou enquanto alcan?§ava o bolso dianteiro das cal?§as e tirou um ma?§o de cigarros. "Guarde aqueles para mais tarde, nunca se sabe quando vou precisar de um favor. Por que diabos um vampiro est?? fumando?" Ela segurou as cal?§as na frente dela e fez uma careta com a gosma na frente lentamente pingando. "Eca," ela disse infantilmente antes de come?§ar sua busca nos bolsos traseiros. "Vamos ver aqui," ela sussurrou. "Pente, isqueiro... cart??o da academia local... fio dental?" Kyoko olhou para o produto de higiene dental antes de jog??-lo para tr??s. "Agora esse ?© um pensamento grosseiro." Deixando cair a cal?§a, tirou o casaco dos restos do vampiro e come?§ou a procurar ali. "Beleza, isso ?© mais promissor," disse ela um pouco mais alto. "Tiffany e Co., definitivamente vale a pena vender. HA, bingo," exclamou Kyoko quando pescou a carteira da criatura morta. Abrindo, tirou os cart?µes de cr?©dito, um a um, olhando para eles. "Cart??o banc??rio, MasterCard, Visa... uau, cart??o American Express... N??o saia de casa sem ele." Ela deixou cair os cart?µes de cr?©dito no ch??o e tirou o dinheiro. "Ponto!" Kyoko gritou quando viu o quanto havia l??. "Outro m??s sem ter que fazer sexo com Yohji para ter um lugar para viver, a vida ?© boa." Ela terminou ao colocar o dinheiro no bolso e jogou a jaqueta em uma lata de lixo. Hyakuhei arqueou uma sobrancelha, ouvindo a jovem. "Ela ?© louca," pensou para si mesmo. Ele deixou o sorriso mais breve aparecer em seus l??bios quando ela aliviou o vampiro morto de todo seu dinheiro. Quando ela voltou para a cal?§ada, ele saiu da escurid??o e lentamente caminhou em dire?§??o ao local onde o outro vampiro estava. Vendo que o que restou era uma po?§a de poeira negra, ele alcan?§ou no bolso um f??sforo e o acendeu, jogando-o sobre os restos. O beco se iluminou por cerca de cinco segundos antes de se apagar... n??o deixando nada para tr??s. Ele estava tendo dificuldades em aceitar que uma mera mulher humana tivesse feito isso com um vampiro. Ela estava vestida indecentemente, aparentemente tinha alguns parafusos a menos na cabe?§a e era uma ladra mestra, considerando todas as joias sem valor que ela deixara para tr??s. Prova disso era o Rolex falso que tinha queimado com o resto do h?­brido morto. Ele inalou, ainda cheirando o perfume persistente da menina. Que estranho uma vestida t??o provocativamente ainda ser virgem. Ele olhou para o lugar queimado no ch??o j?? n??o se importando como ela o matara... se ela n??o tivesse... ele teria. Quando ele pisou na cal?§ada, seu olhar lentamente girou na dire?§??o que ela tomou. Pela primeira vez em muito tempo, Hyakuhei sentiu uma agita?§??o em seu sangue. Esta noite ele ca?§aria e, antes do amanhecer... ele a provaria. ***** Kyoko gemeu ao ver a multid??o ainda reunida na entrada do Submundo. Era fim de semana e o lugar parecia ser badalado. Ela deslizou pela fila e se dirigiu ao seguran?§a, dando-lhe um simples aceno de cabe?§a antes de se esquivar debaixo do bra?§o que segurava a porta aberta para ela. Todos os seguran?§as a conheciam de vista, pois ela vivia acima da boate. Uma vez dentro, ela se dirigiu direto para a porta que dizia: "N??o entre". Apertando o c??digo no painel da porta, ela estendeu a m??o e abriu, deixando-a fechar atr??s dela. Ela suspirou assim que o barulho se tornou um rugido abafado. Sentindo o punhado de dinheiro apertado em sua m??o, ela subiu as escadas. Dem??nios n??o eram o ??nico perigo da cidade e ela n??o iria caminhar a noite toda com o dinheiro no suti??. Parando perto das pequenas caixas com fechaduras no final do corredor, ela digitou outro c??digo e abriu uma delas para verificar sua correspond??ncia. Normalmente estava vazio, mas Kyoko sorriu ao ver o envelope solit??rio descansando dentro e o pegou, reconhecendo a letra do av?? no espa?§o do endere?§o. Ao fechar a caixa postal, ela subiu outro lance de escadas. O segredo para ficar em forma... viver no terceiro andar sem elevador. Ela parou antes de chegar ao ??ltimo andar e contou o dinheiro, vendo que s?? teria vinte d??lares depois de dar a Yohji seu dinheiro do aluguel. Yohji... ela se retraiu. Kyoko sabia que ele queria que ela lhe pedisse mais tempo para pagar o aluguel, mas ela se ferraria se isso acontecesse. Yohji era esc??ria para ela, mas ela tinha que ser legal com ele j?? que ele era quem recolhia seu aluguel todos os meses. Era ele tamb?©m quem consertava as coisas e ele tinha a palavra sobre quem alugava e quem era expulso. Ela caminhou at?© sua porta, e mal colocou a chave na fechadura quando a porta do corredor se abriu. Kyoko reclamou em seu interior antes de se virar e dar um sorriso tenso a Yohji. O que ele era... ps?­quico? "Como est?? indo Gostosinha?" Yohji perguntou enquanto se apoiava contra a moldura de sua porta, como se estivesse sendo legal. "Est?? indo," respondeu Kyoko, de repente desejando que ela estivesse usando um enorme sobretudo que escondesse tudo aquilo para que ele estava olhando t??o ansiosamente. "Ah, eu tenho o dinheiro do aluguel, por sinal." Ela entregou o dinheiro que contou cuidadosamente, n??o se atrevendo a se aproximar da porta dele. Na ??ltima vez que ela chegou perto, ele a convidara para entrar. Os ombros de Yohji visivelmente ca?­ram quando seus olhos a secaram novamente, "Muito bem, entre e eu vou te dar um recibo." Ele esperava que ela ficasse devendo este m??s e implorasse para deixar passar. O canto do seu l??bio se ergueu em um sorriso malicioso. Kyoko balan?§ou a cabe?§a enquanto contava at?© dez. "Eu posso esperar aqui pelo recibo." Ela cruzou os bra?§os, como se estivesse bem entediada de esperar por ele. Yohji encolheu os ombros, conhecendo aquele joguinho... eles o jogaram antes. Ele iria buscar o recibo e ela teria ido embora antes que ele voltasse. "Eu vou te d??-lo mais tarde." "Est?? bem," Kyoko virou a chave na fechadura e abriu a porta do apartamento, tentando uma fuga r??pida. "Algu?©m te falou o qu??o gostosa voc?? fica nessa saia?" Yohji perguntou de repente, logo atr??s dela. Kyoko olhou por cima do ombro para ele e arqueou uma sobrancelha. "Voc?? est?? flertando comigo, Yohji?" Ela sempre se perguntou como ele ficaria nocauteado... com um nariz cheio de sangue. "Faz diferen?§a?" Ele perguntou, passando uma m??o por seus cabelos espetados e sorrindo, pensando que ele finalmente teria sorte. "Na verdade, sim," afirmou Kyoko. "Eu n??o acho que meu namorado gostaria muito." Yohji sorriu, pois sabia que ela passava seu tempo dentro do apartamento, sozinha, "Olha, n??s dois sabemos que voc?? n??o tem namorado, Kyoko. Se eu fosse tolo, eu diria que voc?? estaria tentando evitar o inevit??vel." Ele pressionou sua m??o grande contra a porta aberta de Kyoko para que ela n??o conseguisse fech??-la. "O que houve? Com medo de eu n??o ser homem o suficiente para voc??, ou voc?? est?? se guardando para esse especial algu?©m imagin??rio?" Kyoko olhou para ele, seus olhos esmeralda tornando-se tormentosos. Se ele estava cansado de ser gentil... ent??o ela tamb?©m estava. "Desculpe Yohji, mas gosto mais de caras que n??o mergulham em um sabor diferente de molho a cada noite." Kyoko ofegou quando Yohji, de repente, agarrou a m??o que ela tinha na ma?§aneta da porta e fechou a porta, pressionando-se contra a parte de tr??s dela, empurrando seu corpo contra a madeira implac??vel. "Voc?? n??o pode me dizer que voc?? n??o est?? nem um pouco curiosa, Kyoko," sussurrou Yohji em seu ouvido ao apertar sua excita?§??o contra o fundo dela. "N??o vou contar ao seu namorado imagin??rio se voc?? n??o contar." "Ele n??o ?© imagin??rio. Na verdade, vou encontr??-lo no andar de baixo daqui a pouco," Kyoko afirmou, sabendo que se ela perdesse a paci??ncia com o imbecil... ela definitivamente seria expulsa e ele sairia em uma ambul??ncia. "Ah ?©? Diga-me como ele se parece," perguntou Yohji, se sentindo pressionado por dentro do jeans. Ele gostava das que resistiam um pouco. Kyoko respirou fundo. "Ele tem longos cabelos pretos, pele p??lida, olhos muito escuros e um corpo de matar." Ela descreveu e sorriu mentalmente. 'Toma essa, ot??rio!' "E ele ?© muito possessivo." Yohji fez um som que era para ter sido um rosnado. Kyoko quase come?§ou a rir... se ?© que Yohji soubesse como soava de verdade. Ela finalmente decidiu que bastava e estava prestes a atac??-lo quando uma porta mais adiante no corredor abriu. Amni saiu com um jeans apertado e uma camiseta preta que acentuava seu corpo atl?©tico. Seus olhos cor azul do c?©u se estreitaram e os m??sculos de sua mand?­bula pularam quando ele notou o tal locat??rio praticamente esmagando Kyoko. Ele observou Yohji rapidamente se afastar de Kyoko e a mulher de cabelos castanho-avermelhados se virar com um olhar mortal. "Avise quando voc?? quiser o aluguel," ela disse docemente. "Pensando bem... talvez eu comece a envi??-lo para seu irm??o Hitomi, para que eu n??o te incomode mais... certo?" Antes que Yohji pudesse det??-la, Kyoko entrou no apartamento e trancou todas as fechaduras atr??s dela. Lan?§ando sua jaqueta em uma cadeira pr??xima, Kyoko abriu a carta do av?? e come?§ou a l??-la. Ela deslizou no sof?? e revirou os olhos com seu conte??do. "Ah, isso ?© ??timo," grunhiu Kyoko suavemente. "N??o s?? sou uma virgem de dezoito anos... mas essa ?© a raz??o pela qual os vampiros podem me sentir?" Ela sorriu com desgosto antes de seus olhos se arregalarem na ??ltima linha da carta. "Voc?? quer que eu fa?§a o qu???" Kyoko gritou. Seu av?? acabou de pedir que ela encontrasse um namorado ou ele contaria para Tasuki aonde a encontrar. "Vov???" Ela espumou enquanto amassava a carta com o punho. "SEU TROUXA PERVERTIDO, VOC?? PODERIA TER ME DITO H?? MUITO TEMPO!" Amni secou Yohji at?© que o esquisito voltasse para seu apartamento. "Eu vou ficar quites com voc?? mais tarde por t??-la tocado," ele informou a porta fechada e depois se virou para bater na de Kyoko. Sua m??o parou no ar, perguntando-se com quem ela estava gritando. Houve uma batida suave na porta e Kyoko atravessou a sala. Ela rapidamente desfez todas as fechaduras e quase arrancou a porta do apartamento de suas dobradi?§as antes de olhar para a pobre alma do outro lado. "O QU???" Ela exigiu. Amni voltou um passo e ergueu as m??os na frente dele. "Calma Kyoko, eu estava apenas checando se voc?? estava bem." Embora ele admitisse que ela ficava muito sexy com raiva, especialmente quando seus peitos se erguiam e ca?­am assim. Kyoko suspirou e inclinou sua t??mpora contra a moldura da porta. Amni era o barman do andar de baixo, na boate. Eles come?§aram um tipo de amizade pouco depois de ela se mudar. Amni era muito fofo com seus cabelos loiros que pendiam em camadas ao redor do rosto e pelas costas... as camadas mais longas quase tocavam suas coxas. Sua pele era livre de qualquer defeito e tinha uma apar??ncia sedosa com a qual Kyoko tinha certeza que qualquer garota poderia se acostumar. Ele seria sua primeira escolha para o que o av?? Hogo havia sugerido... pena que ele era um vampiro. Era uma rela?§??o estranha sen??o desastrosa esperando para acontecer, se ?© que aconteceria... certamente n??o. Amni nunca fez nenhum movimento no sentido de mat??-la ou lev??-la para a cama, pelo que ela estava agradecida. Era melhor assim, de qualquer maneira, pois ela n??o terminaria com um vampiro como namorado, nem em um milh??o de anos. Amni ficou pacientemente do lado de fora e estudou a express??o cansativa dela. Ele conheceu Kyoko neste mesmo corredor na mesma noite em que ela se mudou. Ele ainda ficava um pouco zonzo quando percebia todas as implica?§?µes desse encontro. Ela tinha acabado de sair do quarto e estava o trancando quando ele saiu do dele. Ambos congelaram e olharam um para o outro. Seu punho direito estava fechado e ele viu o dardo espiritual brilhante apertado firmemente dentro dele. Depois de sec??-lo por alguns instantes, ela se virou para encar??-lo, mas ficou ao lado de sua porta, apoiando-se nela. Amni percorreu cuidadosamente o corredor em dire?§??o ?  escada e soltou um suspiro de al?­vio quando ele finalmente chegou ?  boate. Mais tarde naquela noite, ou no in?­cio da manh??, se preferir, ele subiu as escadas, pronto para tirar os cheiros do bar do corpo dele com um banho. Mais uma vez, viu Kyoko de p?© ao lado de sua porta e lembrou que ficou se perguntando se ela ficara ali a noite toda. Conforme ele caminhou por ela em dire?§??o a sua pr??pria porta, ela finalmente falou com ele. "Eu sei o que voc?? ?©," disse Kyoko suavemente. Amni parou, mas manteve-se de costas para ela, esperando que ela visse aquilo como um sinal de confian?§a. "Eu tenho uma boa ideia do que voc?? ?© tamb?©m." "Ent??o eu proponho uma tr?©gua," afirmou Kyoko. Amni finalmente olhou para ela com curiosidade. "Por que voc?? n??o me matou ontem ?  noite?" Kyoko cruzou os bra?§os, tendo pensado nisso durante toda a noite. A verdade era... ela simplesmente n??o queria. "Voc?? n??o mata os humanos para se alimentar," ela ficou mais do que grata por encontrar pacotes de sangue vazios da Cruz Vermelha no lixo dele. "Meu sustento ?© entregue uma vez por semana," Amni explicou secretamente, perguntando-se como ela j?? sabia. A partir daquele momento, Amni tornou-se amigo de Kyoko, irm??o, protetor... talvez mais. Ele n??o estava realmente certo sobre a palavra que ele usaria para descrever seu relacionamento. Tudo que ele sabia era que eles meio que cuidavam um do outro. "Estou bem," respondeu Kyoko, chamando a aten?§??o dele para o presente. "Apenas um pouco estressada." Amni sorriu, "Sim, Yohji pode fazer isso com voc??. Voc?? acreditaria que ele realmente deu em cima em mim outra noite? Abusado pra caramba." Era mentira, mas o olhar no rosto dela valia a pena. A verdade era que ele pegou Yohji no bar dando em cima de uma garota que j?? lhe havia dito "N??o" muitas vezes... mas ele deixara de lado esse pequeno detalhe. As sobrancelhas de Kyoko se elevaram at?© sua linha de cabelo e um sorriso incr?©dulo se espalhou pelo rosto. "Ah meu Deus, voc?? est?? de brincadeira?" Amni balan?§ou a cabe?§a, "N??o, eu n??o brincaria com algo assim." "O que voc?? fez?" Ela perguntou, desejando que ela tivesse sido uma mosca na parede. "Eu nocauteei o b??bado e o depositei em seu apartamento." Seu sorriso aumentou, "eu adoraria ter visto o rosto dele quando ele acordou." As sobrancelhas de Kyoko levantaram um pouco: "O que eu perdi?" "Em vez de coloc??-lo na cama... Eu o coloquei em baixo dela." Seus olhos azuis brilharam maliciosamente. Kyoko riu e balan?§ou a cabe?§a, "Voc?? ?© ??timo, Amni." Amni sorriu, "Agora n??o v?? dizer a todos que... eles podem pensar que sou um bom mo?§o." Seu rosto suavizou sabendo que a fizera feliz. "Eu acho que ?© melhor descer pro andar de baixo antes que o lugar fique selvagem sem mim." "Voc?? ?© um bom rapaz," Kyoko informou. "Te vejo l?? embaixo daqui a pouco." Cap?­tulo 3 "Fome" Hyakuhei ficou em frente ao Submundo. Normalmente, ele ficava longe dessa ??rea da cidade porque estava fortemente infestada de h?­bridos. Tamb?©m estava mais perto da alcova subterr??nea de seu irm??o, fazendo com que ele se perguntasse quem tinha nomeado a pequena, e cheia, boate noturna. N??o era um bom lugar para a garota estar. Ele desapareceu e reapareceu dentro de suas paredes, sentando-se no canto mais sombrio. Amni ainda estava sorrindo quando abriu a porta e entrou na boate, apenas para parar abruptamente. Algo n??o estava certo. Sua cabe?§a se voltou para o lado e seus olhos se arregalaram. Tadamichi? Afastando o olhar, ele se apressou para tr??s do bar, completamente perturbado. Por que o Mestre estava aqui... em seu bar? ***** Kyoko ficou olhando no espelho, perguntando-se o qu??o b??bada ela teria de ficar para que ela pudesse passar por isso. Ela esfregou os cabelos e come?§ou a mudar a apar??ncia, mas n??o... decidiu que o que estava vestindo, com sorte, bastaria. Ela s?? tinha que se impedir de dar uma pancada contra quem desse em cima dela. Ela assentiu com a cabe?§a para seu reflexo, dando-se a palestra da sua vida. "Bem Kyoko... voc?? pode fazer isso. Pense em todos os vampiros atr??s dos quais voc?? poder?? se esgueirar se eles n??o sentirem sua virgindade chegando." Ela revirou os olhos com a estranheza daquela conversa. "??lcool... ?© disso que eu preciso." Em minutos ela estava sentada no bar pensando no que o av?? tinha dito. Ela olhou para Amni enquanto ele trabalhava na mistura de todos os pedidos de bebidas estranhas. Ela franziu a testa imaginando por que ele parecia t??o nervoso. Ela inclinou a cabe?§a um pouco enquanto o via errar completamente a ta?§a para a qual ele estava apontando com a colher de gelo. Hyakuhei sentiu sua presen?§a no momento em que ela entrou no sal??o. Ele n??o tinha pressa ao se recostar na cadeira, examinando-a. A menina parecia n??o prestar aten?§??o em nada ao redor dela, levando-o a acreditar que ela n??o queria estar aqui... ent??o, por que ela estava? Ele a observou pelo espelho enquanto ela sentava no canto bar, confirmando o fato de que ela preferia ficar sozinha. Ele seguiu sua linha de vis??o e percebeu que era o bartender que chamava sua aten?§??o... o vampiro loiro que o olhava nervosamente. Amni olhou novamente, perguntando-se se era sua imagina?§??o ou n??o, mas parecia que aquele canto ficara ainda mais escuro. Tentando fingir que aquilo n??o o estava incomodando, apoiou as m??os contra o bar e deu a Kyoko um sorriso distra?­do, "Quer uma bebida?" "Sim," Kyoko o informou, a determina?§??o em sua voz quase fazendo Amni cair. "Ch?? Gelado Long Island... o mais forte que voc?? puder fazer." Ela anunciou. Amni hesitou e olhou em volta, perguntando-se se ele tinha entrado em outra dimens??o naquela noite. Primeiro, o senhor dos vampiros entra e se senta como se fosse dono do lugar, ent??o Kyoko pede uma bebida alco??lica. E depois... Ursos Polares executando o Quebra Nozes? Sua m??o inconscientemente foi at?© seu pesco?§o, lembrando-se da noite em que Tadamichi o havia transformado, h?? tanto tempo. Ele estava aqui querendo tomar outra vida? Ele tirou o pensamento com for?§a de sua mente. "Kyoko," Amni disse calmamente. "Eu n??o acredito que uma bebida ?© o que voc?? realmente queira. Por que voc?? n??o volta para o andar de cima e dorme um pouco? Isso ?© melhor para o estresse que uma ressaca. Tenho certeza que tudo ficar?? melhor de manh??." Kyoko lhe havia dito muitas vezes que ela n??o bebia e j?? havia sinais suficientes esta noite para que ela mudasse de ideia. De muitas maneiras, ele estava feliz por n??o ter notado a bomba at??mica de todos os vampiros esperando no canto... e ele gostaria de manter isso assim. "Negativo," disse Kyoko com uma bufada. "Tenho algumas bagagens das quais preciso me livrar nesta noite e vai come?§ar com a bebida que voc?? vai me dar." "Tudo bem, tudo bem," Amni disse agora que ela tinha toda sua aten?§??o. "Retraia as garras e pare de sibilar comigo ou n??o vou te dar nada." Kyoko olhou furiosa e Amni riu. Ele desejou poder consertar o que quer que a incomodasse tanto para faz??-la beber. Ela era a ??nica que ele conhecia cuja vida parecia t??o complicada quanto ?  dele. Tentando anim??-la, piscou e acendeu um encanto. "Bem, ?© verdade," disse ele enquanto derramava o rum. "Tudo o que falta ?© o pelo, cauda e ouvidos. Voc?? j?? tem o temperamento e a atitude." Kyoko arranhou o ar na frente dela, brincando com um sorriso no rosto. "Talvez eu deva me colocar no beco esta noite, miando desafinada e esperando por um namorado peludo." Amni colocou a bebida na frente dela antes de balan?§ar a cabe?§a. "E aqui eu pensei que era o ??nico homem em sua vida. Voc?? me fere Kyoko... Talvez eu precise de consolo." Ele colocou sua m??o sobre seu cora?§??o para um afeto adicional, embora em algum lugar l?? no fundo... ele n??o estava brincando. Kyoko fez uma pausa com a bebida a meio caminho de seus l??bios. "Amni... pare de flertar comigo. ?? um pouco perturbador." Ela olhou para cima, ainda brincando, mas quando ela segurou os olhos um segundo a mais, sua respira?§??o parou em seu peito. Se ao menos ele n??o fosse um vampiro. Ao fechar os olhos, bebeu lentamente do copo. "Eu estou falando s?©rio," Amni continuou enquanto eles travavam os olhos em uma batalha silenciosa de vontades. "Se voc?? n??o puder me dizer o que est?? acontecendo, ent??o a quem voc?? pode contar?" "Eu preciso de outra bebida primeiro." Kyoko bateu seus c?­lios contra ele, lutando por mais tempo e coragem para lhe contar seu segredinho sujo. Amni lentamente fez uma outra bebida. Ele se encolheu com a vontade de lev??-la para cima e tranc??-la no quarto dela por essa noite. Quando olhou para tr??s e entregou-lhe a bebida... a primeira j?? estava vazia. Ele come?§ou a pression??-la, mas algu?©m na outra extremidade do bar chamou. Com um grunhido agitado, ele partiu. Kyoko o observou enquanto trabalhava. Amni estava certo... se ela n??o pudesse dizer a ele, ent??o para quem poderia contar? Em toda a cidade, ele era o ??nico com quem podia conversar livremente... o ??nico que ela chamaria de amigo. Ela sentiu os olhos marejarem e se perguntou se ela estava, como diziam, b??bada de chorar. "N??o!" Ela se repreendeu e levantou a bebida com um brinde a si mesma. "Um brinde ?  perda de virgindade." Ela bebeu e n??o parou at?© o copo estar mais uma vez vazio. Ser um vampiro tinha muitas vantagens e uma boa audi?§??o era uma delas. Amni entregava as bebidas misturadas para a multid??o barulhenta, mas seus olhos arregalados estavam em Kyoko, observando-a beber como se n??o houvesse amanh??. "Perder o que!" Ele praticamente voou at?© o final do bar e a encarou quando ela abriu os olhos. Kyoko se encolheu ao ver Amni t??o perto t??o de repente, ent??o seus l??bios se separaram quando ela percebeu... "Voc?? me escutou?" Ela engoliu em seco tentando superar a sensa?§??o de queima?§??o do ??lcool descendo t??o rapidamente pela garganta. No momento em que ela recobriu a respira?§??o, Kyoko p??de sentir a bebida come?§ar a fazer efeito. "Outra, por favor." Ela empurrou o copo de volta para ele, ignorando o elefante branco na sala que agora estava ali entre eles. A raiva repentina que surgiu em Amni foi temperada com dor. Seus olhos azuis se tornaram um tom mais escuro. Suas m??os tremiam enquanto ele fazia OUTRA bebida para ela. Ela n??o teve o efeito calmante que ele esperava. "Sim, eu te ouvi... este n??o ?© o lugar para voc?? ficar embriagada e excitada. Continue bebendo esses ch??s gelados nesta noite e voc?? estar?? no beco cantando desafinada enquanto um homem sem rosto..." Os olhos esmeraldas de Kyoko brilharam desafiadoramente: "Parece divertido... mande mais." Amni fez uma careta. "Ah, isso ?© baixo." Kyoko sorriu para Amni sobre a borda de seu copo e o vampiro n??o conseguiu deixar de sorrir de volta. Ele tinha decidido como ele resolveria esse problema. Ele a deixaria se embebedar... mas ele n??o a largaria no bar... isso nunca. Por enquanto, ele jogaria seu joguinho de perder a virgindade. Kyoko suspirou quando Amni voltou para a outra extremidade do bar novamente. Ela alcan?§ou o balc??o e pegou um canudo desta vez. Por que tem que ser algo como a virgindade que a expunha aos dem??nios? N??o ?© como se ela pudesse se apaixonar por algu?©m. Se ela amasse um cara... ent??o ela nunca poderia estar com ele porque ela s?? o colocaria em perigo. Um rosto apareceu nos olhos dela e ela os fechou, querendo saborear a imagem... Tasuki. Se ela n??o amasse Tasuki, ele seria sua escolha. ?? porque ela o amava que n??o podia ligar para ele e... deix??-lo ajud??-la a resolver seu probleminha. Colocando o canudinho nos l??bios, Kyoko come?§ou a beber mais r??pido, tentando ganhar coragem suficiente para se virar e brincar de 'Uni duni t??'. "Voc?? realmente est?? tentando transar ent??o?" Amni perguntou enquanto ele fazia outra bebida. "Claro que estou," afirmou Kyoko. "Mas eu n??o quero parecer uma vagabunda dando uma volta." "Ent??o use o espelho," Amni ofereceu e suspirou quando Kyoko se animou com a nova perspectiva. Ele n??o queria que ela se virasse e visse o vampiro mestre sentado no canto. O anci??o esteve observando-a desde que ela desceu as escadas... e em seu estado atual, Kyoko n??o estava em forma para se proteger e Amni n??o era forte o suficiente para combat??-lo. "E aquele cabe?§a vermelha?" Amni perguntou deliberadamente escolhendo o pior cara da boate. Se ela fosse sonhar, ent??o ele tornaria isso dif?­cil para ela. Kyoko apertou os olhos no espelho antes de balan?§ar a cabe?§a. "Ele n??o tem bunda." Amni revirou os olhos: "Quem diabos se importa se ele tem bunda?" "Eu me importo," Kyoko se arrastou. "Preciso de algo para me agarrar." Por um momento, ela se lembrou do cara imagin??rio que ela descreveu para Yohji algumas horas atr??s. "Tudo bem," Amni admitiu. "Que tal aquele com o cabelo espetado?" "Podemos colocar um 'L' em sua testa e tir??-lo da lista?" Kyoko perguntou enquanto enrugava o nariz, e depois acrescentou: "E voc?? teve um gosto muito ruim at?© agora." "Aquele loiro ali ?© bonitinho." Ele sorriu sabendo que aquele cara s?? namorava outros caras... ela n??o tinha chance. Kyoko balan?§ou a cabe?§a e quase caiu com o movimento. "O que est?? tentando fazer Amni? Ele ?© t??o feio quanto Yohji." "Voc?? n??o acha que o rei do terceiro andar ?© gato?" Amni fingiu um olhar de horror e depois riu de sua express??o cara-de-pau. Os pr??ximos vinte minutos foram gastos olhando os diferentes caras da boate. Um era um jogador, um era muito malandro, outro era muito velho, muito jovem, muito gordo, muito magro, muito nerd, muito almofadinha e assim por diante. Amni finalmente jogou as m??os ao ar em rendi?§??o. "J?? vimos quase todos os homens da boate, Kyoko," ele informou. "Voc?? est?? muito b??bada para realmente reparar num homem bonito e n??o perceberia um, ainda que ele te mordesse na bunda agora mesmo." Ele acrescentou silenciosamente, "gra?§as a Deus!" Kyoko sorriu embriagada: "Se ele me morder na bunda, n??o me importaria com seu visual." Os olhos de Amni se arregalaram sabendo que Kyoko estava apenas tentando falar duro, pois ele conseguia sentir o cheiro de sua inoc??ncia. "Grande conversa, de uma virgem que nunca nem beijou direito," ele sorriu esperando que estivesse certo. Kyoko tossiu quando a bebida desceu pelo caminho errado. "O que voc?? disse?" Ela exigiu ao piscar, recusando-se a trazer Tasuki para a conversa. Amni sorriu: "N??o se preocupe. N??o vou dizer a viva alma, a menos que voc?? me irrite." "O que voc?? faria se eu te irritasse?" Kyoko exigiu, come?§ando a realmente apreciar a embriaguez. "Bem, eu provavelmente iria me levantar no bar e anunciar muito alto que t?­nhamos uma virgem na casa nesta noite e que os lances come?§ariam em cinco mil d??lares. Claro, voc?? s?? ficaria com vinte por cento e o resto iria para mim." Ele agarrou a borda do balc??o, sabendo que ele superaria todos os lances. "Por que eu s?? receberia vinte?" ela perguntou. "?? a minha virgindade... Eu deveria ser a ??nica a ser paga por isso." "Caramba, voc?? ?© cara," Amni resmungou. "Eu ouvi isso," exclamou Kyoko ao se levantar nas barras do p?© do seu banco. "Eu vou te mostrar que sou uma namorada muito barata," ela assentiu. "Coca cola e empadas no meu apartamento depois do trabalho," Amni disse com um sorriso brilhante. "Eu n??o vou a um encontro com voc????????," Kyoko proferiu e se equilibrou antes de cair, ent??o apontou um dedo para o rosto de Amni, tocando a ponta do nariz com ele. "Eu vou a um encontro com o primeiro homem que n??o d?? em cima de mim e me trate como uma dama." Amni arqueou uma sobrancelha: "Isto vem da mulher que est?? procurando algu?©m para tirar sua virgindade? Voc?? ao menos quer saber como esse cara se parece de manh???" "N??o," Kyoko sibilou e se afundou na banqueta, mas sem abaixar o dedo. "Eu n??o quero saber nada sobre ele porque..." ela fez uma pausa procurando as palavras. ???Eu tenho minha moralidade." Amni riu, "Kyoko, voc?? pelo menos sabe o que moralidade significa agora?" O rosto de Kyoko ficou vazio, "N??o," disse ela com uma voz malandra. De repente, ela olhou para seus bustos e voltou para Amni. "Eu n??o estou vestindo roupas ?­ntimas." Amni, com toda sua gra?§a, caiu atr??s do balc??o enquanto Kyoko continuava a sentar-se l?? com uma express??o de admira?§??o no rosto por n??o estar usando roupas ?­ntimas. "Droga!" Uma voz sem corpo murmurou por tr??s do bar. Amni levantou-se e olhou para o rosto de Kyoko antes de come?§ar a rir. Ele realmente n??o conseguiu evitar. Ele nunca tinha visto ela b??bada e teve que admitir que ela era bastante divertida nesse estado. "Voc?? nunca me disse por que voc?? est?? t??o determinada a fazer isso." Kyoko mordeu seu l??bio inferior e disse-lhe a verdade, "ISSO me torna um alvo e VAI me matar se eu n??o me livrar DISSO." Ela tentou olhou para ele e rapidamente desviou. "ISSO parece estar atraindo mais... perigos do que eu posso dar conta." De repente, Amni percebeu exatamente o que ela estava tagarelando e engoliu em seco. "Voc?? gostaria de outra bebida?" foi o que ele conseguiu dizer. Ele nunca pensara nisso daquela maneira, mas o que ela disse era verdade. Se ele decidisse beber de um ser humano novamente... mesmo ele a escolheria. Era uma rara iguaria encontrar uma virgem de idade dela... ?© como sangue aromatizado. "Outra bebida?" Kyoko perguntou, ent??o olhou para o copo. Ela o ergueu ao n?­vel dos olhos e virou-o como se estivesse procurando por algo. "Est?? vazio." "N??o, s?©rio?" Amni perguntou, brincalh??o, antes de tirar o copo dela. "Chega de bebidas para voc?? esta noite." "Ei!" Kyoko disse um pouco alto. "Eu preciso disso." "Para que?" Amni perguntou. "Para que eu possa perder minha virgindade," respondeu Kyoko. "Eu n??o posso fazer sexo sem esse copo." Amni colocou o copo de volta no balc??o e Kyoko olhou para ele. "O que h?? de errado agora?" Ele sabia que n??o demoraria muito mais at?© que ele a ajudasse a subir as escadas e a chegar segura at?© seu quarto. Kyoko virou o olhar para ele. "Quem bebeu?" "Voc??," ele informou. "Eu n??o. Estava cheio quando voc?? tirou. A quem voc?? deu uma bebida gr??tis... e cad?? a minha?" ela acusou. "Isso foi h?? quatro bebidas atr??s," Amni apontou, tentando confundi-la. "N??oooo," Kyoko fez beicinho. "Eu nem tive a chance de apreci??-la." Ela empurrou o copo de volta para Amni. "D??-me outra bebida e certifique-se de que vou degustar desta vez." "Voc?? degustou a ??ltima," afirmou Amni. "Estou te impedindo esta noite." Kyoko sorriu sensualmente para ele. "De que voc?? est?? me impedindo?" "N??o me tente, Kyoko," Amni respondeu e sentiu uma amea?§a silenciosa. Seus olhos azuis se levantaram para encontrar olhos escuros no outro lado da boate. Hyakuhei sentou-se assistindo a cena entre a mulher e o barman, seus olhos e seu humor ficando cada vez mais escuros. Ele observou silenciosamente enquanto o olhar dela percorria a sala usando o espelho para ver todos os homens no bar. Por raz?µes que o escapavam, ele estava tentado a fechar o lugar para que todos sa?­ssem. Ele n??o queria que ela olhasse para os outros. Esse comportamento... a sensa?§??o que ele sentia... perturbou-o. O barman era um vampiro e a garota parecia muito amistosa com ele. Hyakuhei olhou o menino de cima a baixo enquanto a menina conversava com ele. Ele era jovem; ainda era um beb?? para um vampiro, mas algo sobre o jovem o separava dos outros vampiros que Hyakuhei tinha encontrado desde que chegara ?  cidade. O anci??o apagou o pensamento... ele descobriria quando chegasse a hora. O barman de repente o encarou diretamente. Ele sorriu e o homem gelou antes de visivelmente estremecer e desviar o olhar. Agora ele sabia o que era t??o diferente neste. Ele n??o possu?­a a sede de sangue incontrol??vel da maioria dos vampiros novos. Talvez ele n??o fosse t??o jovem quanto pensara Hyakuhei. Ele se concentrou na conex??o da linhagem e espiou o passado de Amni... sentindo seu irm??o l??. Ele fechou os olhos enquanto as mem??rias de Amni flutuavam por ele... ent??o Amni tinha sido o primeiro de Tadamichi... aquele que curara sua solid??o. Seus olhos lentamente se abriram, agora sabendo por que o vampiro o encarava constantemente... pensava que ele era seu senhor. O lacaio n??o ter percebido a diferen?§a dizia muito sobre seu relacionamento com Tadamichi... ou era isso prova de que ele e seu irm??o eram verdadeiramente a mesma coisa? Sua divers??o atingiu um ponto alto quando o jovem vampiro colocou outra bebida na frente da menina e ela tomou um gole. A cena seguinte o fez querer rir espalhafatosamente. Amni tirou o copo de Kyoko dela e quis rir com a careta que ela fez. Ele se moveu, pegando as diferentes garrafas de rum para fazer para ela outra bebida. Por sorte, ela desviou o olhar e ele pegou a mistura sem ??lcool da bebida favorita de Kyoko... Ch?? gelado Virgin Long Island. Derramando o l?­quido sobre o gelo fresco que ele acabara de colocar no copo, Amni decidiu ser delicado e acrescentou uma cereja e um pequeno guarda-chuva ?  bebida antes de coloc??-la na frente dela. Kyoko virou-se para Amni e ent??o olhou para o bar. Seu rosto se iluminou quando viu que a bebida dela havia sido reposta. Em vez de tomar o primeiro gole, ela pegou a cereja pela longa haste e a colocou na boca. Amni engoliu em seco quando a boca de Kyoko se moveu um pouco antes que a haste da cereja se espreitasse entre seus l??bios. Ela removeu a haste e a colocou no balc??o. "Que tal?" Kyoko perguntou depois de estudar a haste da cereja com intenso escrut?­nio. "Eu acho que voc?? deve beijar muito mal," Amni disse em uma voz impass?­vel depois de ver que a haste de cereja n??o tinha sido atada com a l?­ngua. "O que voc?? sabe?" Kyoko resmungou e tirou o guarda-chuva antes de tomar seu primeiro gole. Ela congelou com a cabe?§a ainda inclinada para tr??s antes de baixar muito lentamente o rosto at?© olhar Amni diretamente nos olhos. Ela engoliu a mistura e pegou o pequeno guarda-chuva. Sem aviso, ela levou bruscamente a ponta do guarda-chuva a menos de dois cent?­metros da m??o de Amni. Amni, por sua vez, agradeceu a seus r??pidos reflexos ao tirar a m??o dali. "Eu disse a voc?? que chega por esta noite." "Isso tem gosto p?©ssimo," fumegou Kyoko. "Se voc?? vai me arrumar algo sem ??lcool, ent??o me d?? uma cidra da pr??xima vez. E se voc?? quer me impedir, ent??o voc?? vai pagar a minha conta porque eu serei uma cliente muito descontente." "Meu deus Kyoko!" Amni exclamou dramaticamente, esperando que a fa?­sca nos olhos dela ficasse ali por um tempo. "Voc?? vai me deixar duro. N??o vou ter como pagar o aluguel." Kyoko sorriu maliciosamente. "Fale com Yohji... talvez voc?? consiga um acordo." "Voc?? est?? numa m?? fase, sabia disso?" Ele colocou as palmas das m??os no balc??o ao erguer as sobrancelhas, imaginando se ela admitiria isso. A express??o perversa de Kyoko desapareceu em um instante, substitu?­da por uma de completa inoc??ncia, e ent??o inclinou a cabe?§a para o lado. "Estou?" Ela olhou profundamente naqueles olhos azuis sentindo que estava caindo neles. Amni olhou para a outra ponta quando ouviu algu?©m gritar por ele. Ele se inclinou sobre o balc??o em dire?§??o a Kyoko, perto o suficiente para que ela pudesse cheirar a col??nia que ele estava usando. "N??o fa?§a nada est??pido at?© eu voltar," ele ordenou e rapidamente foi fazer as bebidas, deixando Kyoko sozinha. Hyakuhei recostou-se em sua cadeira, sentindo-se um pouco mais calmo agora que o barman se afastara para atender outros clientes. Ele observou enquanto a garota se inclinava um pouco para tr??s do balc??o e puxava os cabelos em um bolo bagun?§ado, continuando, depois, a vasculhar a popula?§??o masculina da boate pelo espelho. Por deus... ela estava tentando o destino e nem percebia isso. Ele percebeu que suas presas haviam se alongado at?© o ponto em que quase estavam cutucando seu l??bio inferior, e seu corpo estava respondendo ?  inocente atitude dela. Seus olhos escuros estavam colados no longo e delgado pesco?§o dela, e n??o era seu sangue ele queria provar... era a pele dela. Ele agarrou a borda da mesa s?? para se ancorar no lugar. O rangido de madeira e metal lembrou-o de onde ele estava e o que estava fazendo. Soltando a mesa, ele continuou observando-a e viu que ela parecia estar olhando pelo espelho diretamente para ele, sorrindo. Ele franziu a testa e olhou em volta antes de olhar para a mesa mais pr??xima dele. Ele fez uma careta quando viu um jovem com apenas vinte e poucos anos olhando para a beleza de cabelo castanho-avermelhado e sorrindo de volta. Hyakuhei lan?§ou um grunhido descontrolado no fundo do peito. Ele observou com imensa satisfa?§??o quando a bebida do homem se estilha?§ou em sua m??o, fazendo pequenos peda?§os de vidro penetrarem na sua pele. O homem amaldi?§oou e rapidamente se levantou, indo em dire?§??o ao banheiro enquanto segurava sua m??o ferida. Hyakuhei sorriu... o homem n??o estava mais olhando para ela. Kyoko franziu a testa e suspirou frustrada quando o cara que chamara sua aten?§??o no espelho de repente saltou e correu para o banheiro. Ela fez uma cara amuada, fazendo com que o perseguidor n??o visto no espelho sorrisse, entretido. Tomando outro gole da bebida n??o alco??lica que Amni lhe dera, Kyoko decidiu n??o mais olhar no espelho. Seu olhar, em vez disso, se dirigiu ?  pista de dan?§a, onde as luzes estavam piscando em um pandem??nio selvagem. A s??bita vontade de juntar-se ? quela massa de corpos que a rodeava a dominou e ela deslizou do seu assento. Kyoko segurou no balc??o at?© que conseguisse se equilibrar, e ent??o cruzou a pista com a inten?§??o de encontrar algu?©m... qualquer um. Ela se perguntou se era assim que um gato se sentia no cio, ent??o culpou o ??lcool e a solid??o exacerbada por esse pensamento. A atmosfera no clube mudou de repente, tornando-se mais espessa com o poder das trevas. Kyoko n??o se sentiu mal porque o ??lcool que ela consumira havia diminu?­do seus sentidos e os tornado in??teis. Se ela estivesse prestando aten?§??o... ela teria visto quatro homens muito atraentes entrarem no clube. A aten?§??o de Hyakuhei afastou-se da menina quando os quatro homens entraram. Ele lhes deu uma r??pida geral e desdenhou. Por fora, para seres humanos desavisados, eles apenas pareciam quatro amigos curtindo uma noite na cidade. Para Hyakuhei, eles eram vampiros ?  procura de sua refei?§??o noturna, e, talvez, um pouco de preliminares. Ele levantou quando os quatro vampiros se separaram, imediatamente indo em dire?§?µes diferentes. No entanto, um estava se dirigindo para a pista de dan?§a, seus olhos fixos na f??mea de cabelos castanhos que o cativara. Os olhos escuros de Hyakuhei observaram a boate, vendo os outros tr??s, que agora olhavam para a pista de dan?§a com interesse. Quando seu olhar atravessou o bar, ele percebeu que o barman tamb?©m sentira a mudan?§a no ar, embora ele n??o tivesse descoberto de onde estava vindo. No entanto, ele tinha se empalidecido... e esse era um belo truque para um vampiro. Kyoko balan?§ou com a m??sica, sentindo-se um pouco aturdida, mas, honestamente, ela n??o se importava. Mesmo que seus olhos estivessem fechados, ela podia sentir o olhar faminto de algu?©m devor??-la e isso fazia sua pele palpitar deliciosamente... ela podia sentir os olhos a percorrendo como se fossem m??os. Ela deslizava sua pr??pria m??o em seu corpo enquanto dan?§ava. Concentrando-se na m??sica, ela se perdeu no movimento enquanto um par de m??os grandes se colocava em seus quadris. Elas n??o estavam impedindo seus movimentos, mas, em vez disso, estavam se movendo com ela... sensualmente. Muito devagar, um corpo quente pressionou-se contra suas costas e ela se inclinou contra ele, deixando sua cabe?§a cair em um ombro largo. Ela n??o conseguiu se conter e gemeu quando as m??os se moveram de seus quadris para sua barriga. Ela sentiu os dedos esfregarem sua pele nua debaixo da bainha de sua blusinha, enquanto a outra vagava vagarosamente pela frente de seu corpo, esbarrando em seus seios antes de suavemente cobrirem a lateral de seu rosto. "Dance para mim," uma voz escura e sensual sussurrou em seu ouvido. Kyoko sentiu seus batimentos card?­acos abrandarem e achou dif?­cil respirar. Essa voz era o sexo encarnado e ela tinha que ver o rosto que a acompanhava. Quando ela se virou em seus bra?§os, o estranho a empurrou para longe, depois a trouxe de volta, mais perto do que h?? um segundo. Seu olhar se encontrou com um par de olhos azuis profundos, quase hipn??ticos, e sua respira?§??o parou, em admira?§??o. Ele tinha longos cabelos pretos ondulados que balan?§avam de um lado para o outro com seus movimentos. Kyoko ficou alegremente confusa... quando foi que ela tinha come?§ado a dan?§ar com ele? Seu rosto era suave... quase feminino em sua perfei?§??o. Ele tinha um fraco bronzeado que a fazia querer toc??-lo com l??bios cheios que eram um tom mais vermelho do que o normal. Kyoko sentiu seu corpo come?§ar a se aquecer por dentro... ou talvez fosse todo o ??lcool que tinha bebido. Ela podia ouvir a m??sica er??tica pulsando de algum lugar e gemeu quando o joelho do homem se pressionou entre suas coxas at?© que a perna dele estivesse pressionada contra seu centro. Kyoko n??o conseguiu desviar o olhar enquanto o corpo dela come?§ava a se mover contra o dele despreocupadamente. Parecia que cada nervo em seu corpo estava vivo com sensa?§?µes... ela podia at?© sentir o ar circulando em volta deles de tanto calor. Quando ela se recostou um pouco para olhar para ele, o bra?§o dele a puxou mais perto com um r??pido movimento, e ela ofegou quando sentiu os l??bios dele contra a pele de seu pesco?§o. Ela podia sentir cada cent?­metro do corpo dele pressionado contra ela enquanto continuavam a dan?§a sedutora. O resto da boate estava girando, mas ele estava muito est??vel... alinhado com ela e muito grande. Em seu estado de embriaguez, ela sequer percebeu que a m??sica estava come?§ando a desaparecer em uma batida abafada... tudo o que ela conhecia naquele momento era o homem que a segurava. Amni sentiu a onda de poder percorrer o clube a partir da pista de dan?§a. N??o era incomum sentir isso naquela hora da noite e ele geralmente ignorava isso. Por reflexo, olhou para a outra extremidade do bar e notou que Kyoko havia desaparecido. Seus olhos se arregalaram e ele fez uma r??pida varredura no clube. A bebida que ele estava misturando caiu de sua m??o e bateu no ch??o com um ru?­do alto. Ele olhou para os espelhos atr??s do balc??o e viu Kyoko dan?§ando... com ela mesma! Seu rosto estava corado, os l??bios, levemente separados e os olhos fechados. Ele poderia ter jurado que ela estava no meio de um cl?­max. Movendo-se em p??nico, Amni correu para a abertura no balc??o para que ele pudesse sair e expulsar o dem??nio que a segurava. Ele n??o sentia o desejo de matar a tanto tempo que o chocou a rapidez com que o impulso retornou... o desejo de matar algu?©m de sua pr??pria ra?§a. "Droga, Kyoko." Ele grunhiu entre dentes cerrados. Se ela estava t??o desesperada... desesperada o suficiente para pegar um vampiro, ent??o ele dormiria com ela e daria fim nisso. Amni parou em seus passos quando viu Tadamichi em p?© em sua frente. O senhor dos vampiros nem olhou para ele, mas Amni sabia que ele estava ali apenas para evitar que ele ajudasse Kyoko. Amni se aproximou o suficiente para estar a uma curta dist??ncia de seu mestre, esperando que ele entendesse a dica sutil. Quando isso n??o aconteceu, Amni inclinou a cabe?§a ligeiramente, em uma tensa submiss??o. Seus olhos azuis ficaram excessivamente brilhantes e gelados diante do bloqueio, mas ele n??o ajudaria se fosse morto por sua insol??ncia. "Mestre, por favor... Ela n??o percebe..." Amni sussurrou, sabendo que o anci??o podia ouvi-lo alto e claro. "Deixe-me ir antes que ela caia na mesma sina que eu." Ele silenciosamente se encolheu com o insulto impl?­cito que soltou de seus l??bios, mas, na verdade, nunca se orgulhara do fato de ser um vampiro. Ele n??o pediu pela maldi?§??o. "Ela ?© minha amiga." A resposta que Amni recebeu foi um grunhido baixo que fez os copos de vinho atr??s dele tremerem nas plataformas em que estavam pendurados. "Eu n??o sou seu mestre, garoto." Hyakuhei colocou-o em seu lugar de uma vez por todas. Amni sentiu o choque penetr??-lo enquanto ele nervosamente dava um passo para tr??s. Seus olhos se alargaram, sabendo que acabara de conhecer o lend??rio irm??o g??meo de Tadamichi. Perto assim, ele sentia a diferen?§a entre eles e essa diferen?§a dificultou sua respira?§??o. Ele virou e agarrou a borda do balc??o enquanto olhava para Kyoko, com medo. Foi quando ele soube certamente o que o vampiro na pista de dan?§a estava planejando. Kyoko estava t??o b??bada que ela n??o tinha ideia com quem ela estava dan?§ando... ou que ela era uma v?­tima consensual. Hyakuhei cruzou os bra?§os sobre o peito enquanto observava o vampiro presun?§oso olhar para seus camaradas como se lhes dissesse que iria dar a primeira mordida e eles poderiam ter os restos. Ele sentiu uma calma completa se instalando sobre ele, mas era uma mentira... era a calmaria antes da tempestade. Ele sentiu a presen?§a ansiosa do barman atr??s dele. "Voc?? a trata como se fosse sua." Sua voz tinha um tom perigoso quando o espelho atr??s de Amni quebrou. "N??o," Amni sussurrou, percebendo que coragem e medo estavam muito pr??ximos um do outro. "Ela n??o ?© minha. Uma mulher como essa n??o pertence a ningu?©m." Ele ficou enraizado no local sem saber o que fazer. Ele s?? ouviu Tadamichi falar de seu irm??o uma vez... na noite em que ele havia se transformado. Este era o homem que matara seu mestre, apenas morrer tamb?©m como puni?§??o pelo crime. Os pensamentos de Amni voltaram para seu mestre. Tadamichi o colocara sob sua servid??o... tomando sua vontade para lutar. O mestre lhe sussurrara sobre sua solid??o... sobre seu desejo perverso por seu irm??o g??meo. Amni conhecia a fraqueza de Tadamichi e, por isso, havia sido transformado... o primeiro dos filhos de Tadamichi. Seu olhar voltou ao irm??o de quem ele havia sido um substituto h?? tanto tempo. Tadamichi s?? queria que algu?©m presenciasse seu passar do tempo... a solid??o era demais para algu?©m que desejava aten?§??o. Hyakuhei devia ser um senhor demon?­aco muito poderoso para ter matado seu irm??o... O mestre de Amni. Isso fez com que o loiro engolisse duramente com a grandeza da sede assassina que os irm??os possu?­am. Por um momento... Amni se perguntou como seria ter Hyakuhei como seu pai, em vez de Tadamichi... ser sua posse. Ele j?? conseguia ver a diferen?§a entre os g??meos... onde um era assassino... o outro era mortal. Kyoko estava em estado de euforia e seus l??bios amoleceram... abrindo um pouco, com prazer, enquanto as m??os do homem percorriam seu corpo, tocando ligeiramente sob a parte de tr??s de sua camisa. Ela n??o conseguiu suprimir o arrepio que correu pela espinha quando a m??o dele passou pela parte inferior de suas costas. Era como um calmante fogo l?­quido rugindo atrav?©s de seu corpo, fazendo-a querer mais dele. Hyakuhei observou o h?­brido desviar o olhar da mulher e balan?§ar a cabe?§a, sobre os ombros, para os outros vampiros que haviam entrado com ele. Um a um, come?§aram a se mover para a sa?­da da boate at?© estarem do lado de fora, esperando a refei?§??o da noite. Hyakuhei viu os olhares famintos e sabia que era mais do que apenas sangue que eles levariam da garota. Seus l??bios diminu?­ram quando ele tentou manter a calma... para aguardar. O som dos copos quebrando atr??s dele contava uma hist??ria diferente. As m??os que estavam tocando nela logo n??o sentiriam nada mais que dor. Amni engoliu em seco enquanto seu olhar passava do senhor dos vampiros para Kyoko, e para os copos que estavam sendo destru?­dos um a um. Ele n??o precisava do alarde de ter uma grande briga de vampiros acontecendo na boate, mas se isso fosse o necess??rio para salvar Kyoko... ele n??o a impediria. Os humanos culpariam as drogas e a viol??ncia da cidade. Ningu?©m ficaria sabendo. Kyoko sentiu que estava com tontura, quase que em transe, quando o cara a soltou. Ela tentou alcan?§??-lo novamente, pensando que ele estava saindo, mas ele apenas se inclinou um pouco e estendeu a m??o para ela segurar. "Venha comigo," o alto, moreno e lindo sussurrou, como se estivessem sozinhos. Sua voz suave parecia ecoar dentro da sala, afogando o pouco de som que estava realmente chegando ao c?©rebro confuso de Kyoko. Ela passou os dedos pela palma da m??o dele, sentindo o fogo e querendo queimar... sem querer nada al?©m de ir com ele. A m??o dele apertou a dela enquanto ele a conduzia em dire?§??o ?  porta. ??Venha comigo.?? A voz ainda ecoava dentro de sua mente como um pedido cantado que ela n??o podia recusar. Hyakuhei observou como o h?­brido levava a garota hipnotizada atrav?©s da boate, pela sa?­da, para a noite trai?§oeira. Ele imediatamente se afastou de seu lugar no bar, seguindo a menina e amaldi?§oando Tadamichi e sua ninhada por entrar no seu caminho... novamente. Seus olhos se arregalaram quando ele ouviu o som da voz assombrosa de seu irm??o entrar sem ser convidado na sua mente. "Irm??o... voc?? mataria meus filhos por ela? Salve-a ent??o... voc?? apenas a rasgar?? em peda?§os mais tarde. Voc?? ?© um dem??nio, um assassino de sangue frio... voc?? realmente acha que ela vai te querer?" A vis??o de Hyakuhei atravessou a sala sabendo que seu irm??o estava perto... observando-o. ??Eu n??o pedi que voc?? me perseguisse, Tadamichi. Voc?? ficou t??o entediado em matar que decidiu me ver faz??-lo??? Com um rosnado profundo, ele cortou a liga?§??o com seu g??meo, vendo que a garota j?? havia desaparecido. Ele sentiu um incontrol??vel clar??o de inveja por dentro com todos que tentavam entrar entre ele e seu alvo. Ele sentiu mais do que ouviu um sussurro de movimento invis?­vel vindo por tr??s e girou abruptamente, estendendo a m??o na sua frente. Seu poder explodiu, atingindo bem no centro do peito do barman. Amni foi jogado pela pista, caindo no espelho atr??s do bar e enviando um banho de copos de vinho em espiral, em todas as dire?§?µes. Quase todo o movimento parou na boate e Hyakuhei amaldi?§oou sua pr??pria imprud??ncia. Amni se levantou e encontrou o olhar de Hyakuhei, um pouco inst??vel. Eles concordaram silenciosamente e voltaram o olhar para as outras pessoas na boate. Seres humanos n??o deviam testemunhar tais coisas. De repente, todos voltaram para o que estavam fazendo e Hyakuhei virou as costas para o barman, n??o esperando para ver se limpar a mente de tantos de uma vez enfraqueceria o h?­brido ou n??o. Deixe o lacaio limpar a bagun?§a... Hyakuhei tinha coisas melhores para fazer. Saindo na noite, ele deixou um sorriso sombrio se espalhar por seu rosto quando viu os tr??s h?­bridos come?§arem a seguir o amigo e a menina. "Voc?? quer tanto me sentir, irm??o? Sinta isto." As palavras deixaram seus l??bios enquanto seu poder o cercava em uma n?©voa vermelha que irradiava para fora. Sentindo a mudan?§a na aura, os tr??s dem??nios se viraram para olhar para ele, seus olhos pretos brilhando escuros. Sibilaram com medo e confus??o, confundindo-o com Tadamichi antes de escorregar para as sombras em um esfor?§o para escapar da raiva no ar. Tornando-se um borr??o de movimento que o olho normal n??o podia ver, Hyakuhei deslizou atr??s do mais pr??ximo e atravessou a m??o pelo peito do h?­brido que fugia. Ele deixou um gorgolejo abafado escapar de sua v?­tima antes de cobrir a boca do dem??nio com uma m??o cheia de garras e torcer sua cabe?§a com um estalo enojante. O vampiro endureceu enquanto seu rosto se contorcia, revelando sua verdadeira identidade antes de cair no ch??o em uma pilha de poeira e gosma. Os outros dois h?­bridos, ao ver aquilo, olharam boquiabertos e horrorizados para o senhor dos vampiros entre eles... a morte os havia encontrado. Os olhos de Hyakuhei eram de um ?©bano insond??vel sob a luz da l??mpada da rua antes que ele lentamente voltasse sua aten?§??o para eles. Os dois dem??nios restantes sibilaram-lhe brutalmente antes de desaparecerem mais profundamente nas sombras. Hyakuhei sacudiu os restos de sua v?­tima de sua m??o, com desprezo, e os perseguiu. O segundo foi muito mais f??cil e logo se viu separado de sua cabe?§a... literalmente. O terceiro??¦ Hyakuhei decidiu se divertir um pouco com ele. Encurralando-o no final de um beco, o dem??nio h?­brido tentou escalar a parede para se afastar do anci??o, mas Hyakuhei n??o o deixaria. Gemendo suavemente, o ??ltimo lacaio cometeu seu ??ltimo erro e encontrou o olhar de Hyakuhei. Respirando profundamente, Hyakuhei inclinou a cabe?§a para o lado e estendeu a palma da m??o para o vampiro tomar. O h?­brido lentamente cambaleou para ele, incapaz de resistir ?  servid??o do senhor dos vampiros. Uma vez dentro da dist??ncia, Hyakuhei envolveu um bra?§o ao redor dele, puxando-o para perto. "Ela n??o era para voc??," Hyakuhei sussurrou suavemente. Ele abriu os l??bios, deixando suas presas crescerem at?© o fim antes de afund??-las na garganta de sua v?­tima. Parte dele estava enojada com suas a?§?µes, mas tirar a vida de algu?©m de tal maneira tinha suas vantagens. Ao tirar a vida de um vampiro h?­brido desta forma, pode-se obter todo o seu conhecimento... como onde outros poderiam estar se escondendo. Para sua decep?§??o, esse sabia muito pouco. Ele rapidamente retirou suas presas, pegando um grande peda?§o de carne com elas. Hyakuhei cuspiu o gosto ofensivo e deixou o corpo cair no ch??o. Ele n??o sentiu nenhuma empatia quando viu a express??o suplicante sobre o rosto de sua v?­tima. O sangue que a esc??ria j?? havia compartilhado naquela noite estava vagarosamente vazando dele... n??o era dele mesmo. De qualquer maneira, ele agora estaria muito fraco para pedir ajuda, mas Hyakuhei n??o queria arriscar que o h?­brido ficasse vivo. Colocando o p?© no rosto do h?­brido, Hyakuhei colocou seu peso sobre ele... esmagando sua cabe?§a. Ele recuou com satisfa?§??o quando o fluido queimou em seu sapato e cal?§as, deixando o material intocado. Quando o vampiro expirou e se dissolveu em uma po?§a empoeirada disforme, Hyakuhei sentiu-se um pouco mais justificado ao roub??-los de seu pr??mio e suas vidas. Agora, tudo o que ele tinha que fazer era cuidar de seu ??ousado l?­der??. Ele quase sorriu com o t?­tulo, mas era o que melhor descrevia aquele imundo neste momento. Verdade, eles precisavam mesmo de um l?­der e Hyakuhei estava chateado por Tadamichi n??o ter ensinado a estes lacaios como se comportarem, ou mesmo a etiqueta dos vampiros. Tudo que eles sabiam era ??mord??-los e deix??-los morrer??, como ele havia ouvido recentemente um h?­brido dizer. Tadamichi os transformou em nada mais do que bastardos demon?­acos sem pai para ensinar-lhes moral de qualquer tipo, o que sempre os levava a tomar decis?µes idiotas. Eles n??o sabiam que deveriam se submeter a um anci??o sempre que encontravam um? Hyakuhei decidiu que n??o importava... ele os mataria por sua indiscri?§??o. Ele lentamente virou para a dire?§??o que o outro vampiro havia ido. Ele ajeitou o colarinho e come?§ou a segui-los casualmente. Seus p?©s se moveram silenciosamente pelo pavimento da cal?§ada e Hyakuhei resistiu ao desejo de perturbar mentalmente a criatura, como j?? tinha feito com tantos outros recentemente. Esta nova ra?§a de vampiros que Tadamichi criara era paranoica... pronto para se esconder no primeiro sinal verdadeiro de perigo. Uma coisa que eles n??o tinham aprendido era que apenas os fortes sobreviviam al?©m da morte. Ele estava come?§ando a se irritar novamente, imaginando aonde esse imbecil estava levando a garota. As cal?§adas come?§avam a ficar mais cheias quando se aproximavam do centro da cidade. Hyakuhei ignorou as cantadas feitas por prostitutas... eles n??o eram melhores do que os dem??nios da noite. De vez em quando, uma l??mpada de rua se despeda?§ava de repente quando ele caminhava debaixo dela, devido ?  sua raiva reprimida. "Para que a pressa, querido?" Uma prostituta perguntou ao entrar em seu caminho. "Se voc?? est?? perseguindo algu?©m, eu ficaria mais que feliz em deixar voc?? me perseguir." Hyakuhei deu ?  mulher um olhar mortal. No mesmo momento, o para-brisa do carro ao lado dela explodiu para fora, fazendo com que as pessoas ao seu redor gritassem de surpresa. A prostituta saiu do caminho e Hyakuhei retomou sua persegui?§??o. Ele sabia que nesse momento a garota n??o iria se livrar dele... ele n??o permitiria isso. E se algu?©m tentasse det??-lo, ele n??o pensaria duas vezes antes de tirar seu cora?§??o e enfi??-lo em sua garganta. O h?­brido levou a mulher, nos bra?§os, pela cal?§ada. Ele n??o p??de acreditar em sua sorte por seus amigos sanguin??rios desaparecerem repentinamente de tr??s dele. Ele rapidamente tomou a decis??o de mant??-la para si mesmo, n??o querendo compartilhar seu jantar ou o sexo que aconteceria antes. Ele estava com pressa para faz??-la gritar de uma maneira ou de outra. Ele levou a garota mais para o centro da cidade e sorriu quando olhou para cima e viu o hotel mais elegante da cidade. Com um sorriso arrogante, conduziu a menina para al?©m da entrada da frente e para uma das ??reas de piscina que sempre estava fechada a essa hora da noite... perfeito. Estendendo a m??o, o vampiro faminto mal se esfor?§ou para quebrar a fechadura no port??o. Deslizando pela cerca de privacidade, ele levou a garota a uma das cabanas privativas da piscina e parou. Virando a menina em seus bra?§os, ele sabia que ela nem se lembrava da caminhada que acabaram de fazer. Ele n??o precisara nem mesmo coloc??-la sob sua servid??o... o que quer que ela tivesse bebido j?? tinha sido suficiente. Ele sorriu perversamente antes de se inclinar para beij??-la... trazendo o corpo de volta ?  vida para que ele pudesse tomar aquela vida. Kyoko gemeu em aprecia?§??o, t??o doida de ??lcool que ela se perguntou por que ela n??o tinha feito isso antes. Ela ofegou quando sentiu que as m??os empurravam para cima debaixo de sua blusinha para esfregar lentamente seus mamilos endurecidos antes de puxar a camisa sobre sua cabe?§a. O homem come?§ou a beij??-la pelo pesco?§o... fazendo-a tremer e se contorcer contra ele. As m??os vagando pelo corpo dela suavemente a empurraram para pousar em algo macio. Ela virou a cabe?§a para olhar com pregui?§a na piscina logo ap??s a entrada da cabana. Uma m??o na bochecha dela virou seu rosto para a frente novamente e ela sorriu quando viu os intensos olhos azuis do homem em sua frente. Isso era o que ela queria... isso resolveria tudo. Ela fechou os olhos, amando o fato de que seu corpo estava em chamas, mas conforme o pensamento passava por sua mente, as chamas se transformavam em um inferno, fazendo com que ela se sentisse desesperada. Ela arqueou as costas quando as m??os dele tomaram completa posse de seus seios desta vez, apertando e amassando-os at?© que ela estivesse gemendo de vontade dentro de seu corpo. Kyoko percebeu que n??o poderia parar quieta enquanto seu corpo se movia no ritmo, como se ainda estivesse dan?§ando, mas agora deitada. O vampiro sorriu para ela e decidiu prov??-la antes de entrar no corpo dela. Suas presas cresceram de repente e ele baixou a boca at?© o pesco?§o dela, quando ele sussurrou como se estivesse compartilhando um segredo escuro: "Uma coisa eu posso te prometer... isso vai doer." Uma m??o forte na parte de tr??s de sua jaqueta de repente o afastou de sua refei?§??o e ele saiu voando para tr??s atrav?©s do ar noturno para a piscina, pousando com um enorme splash. Ele quebrou a superf?­cie da ??gua, mas congelou quando de repente se encontrou cara a cara com um verdadeiro mestre vampiro. Cap?­tulo 4 "O Calor da Possess??o" "Esta garota j?? tem dono," Hyakuhei resmungou tentando entender o que ela viu neste homem que se tornara canibal. O h?­brido, de repente, saiu da ??gua como se estivesse levantado por cordas invis?­veis e pairou sobre a superf?­cie da ??gua. Hyakuhei arqueou uma sobrancelha com a tenacidade dele. De fato, ele ainda era apenas um h?­brido, mas n??o era novo... ele estimou que este tinha sido transformado d?©cadas atr??s. "Sai fora, ela ?© minha," o vampiro sibilou. "Eu a encontrei." Hyakuhei olhou para ele, sua raiva atingindo novas alturas, fazendo com que a ??gua da piscina come?§asse a borbulhar como um jacuzzi. "Voc?? quer lutar comigo por uma ??nica refei?§??o?" Hyakuhei perguntou em voz baixa que j?? fizera mais de uma criatura correr por sua vida. "Ent??o que seja." A ??gua da piscina estava fervendo agora, espirrando na plataforma da piscina, quente o suficiente para causar queimaduras graves. Hyakuhei moveu-se mais r??pido do que o h?­brido j?? tinha ou iria ver novamente. Ele nem teve tempo de tentar se proteger, e muito menos lutar enquanto a cabe?§a ca?­a na ??gua fervente, separada do resto do corpo. A carca?§a caiu na ??gua com um plop e come?§ou a se dissolver em uma subst??ncia que lembrava Hyakuhei da gosma que havia em m??quinas de venda autom??tica para crian?§as. Afastando-se da piscina borbulhante, ele entrou na cabana onde a menina ainda estava deitada. Ela nem sequer notou que seu parceiro tinha sumido e estava se acariciando com os olhos fechados, desesperadamente em necessidade. Ele podia sentir o barato do estimulante sexual que o outro tinha colocado na mente dela e sacudiu a cabe?§a, insatisfeito com a marca persistente de outro homem... ele a apagaria a hist??ria. Inclinando-se sobre seu corpo murcho, ele estendeu a m??o e agarrou seu queixo, virando seu rosto para o dele. Ele esperou pacientemente at?© que ela estivesse olhando para ele com aqueles olhos esmeralda excessivamente brilhantes antes de come?§ar seu pr??prio processo, colocando-a sob seu poder. Normalmente, quando uma f??mea era colocada dentro do poder de algu?©m... elas simplesmente se tornavam obedientes bonecas de pano que se submetiam aos desejos do vampiro. Essa garota parecia estar lutando de volta com tanta paix??o... tanto desejo, que era quase doloroso testemunhar... como se exibisse uma servid??o pr??pria. Se um vampiro t??o fraco pudesse envi??-la para esse tipo de transe sexual, a necessidade dela agora se tornaria um desejo que combinaria com o dele. O cheiro proveniente dela quase o fez perder o controle de seu desejo pela menina. Esta mulher agitava aquela parte adormecida dele a um n?­vel perigoso. Ele tinha que entrar nela, e rapidamente. Kyoko olhou para o homem acima dela e por um momento n??o o reconheceu. Tornando-se completamente im??vel, ela olhou para o que ela pensava serem olhos azuis, mas agora eles ficaram, de alguma forma, mais escuros do que a meia-noite, e fascinantes. Ele parecia estar morrendo de fome quando ele olhou para ela. Seu olhar se focalizou com f??ria nos l??bios dela, e ela viu a vontade crua nas profundezas daqueles olhos da meia-noite. Kyoko de repente lembrou-se de descrev??-lo para Yohji e sorriu quando ela estendeu a m??o, passando os dedos pelos longos cabelos pretos e tocando seu polegar na bochecha p??lida dele... ele era ainda mais bonito do que ela lembrava. Hyakuhei abruptamente empurrou-a de volta contra o acolchoado suave da poltrona e segurou-a por um momento... olhando para ela e sua ousadia de cativ??-lo. Ouvi-la gemer de necessidade enviava uma onda de calor por seu corpo e quase o colocou de joelhos. Seus olhos se estreitaram, perguntando-se quem era mais escravo. Incapaz de prender sua fome por mais tempo, ele rapidamente se inclinou para capturar os l??bios dela em um beijo abrasador e grunhiu de aprecia?§??o quando ela gemeu em resposta. Aprofundando o beijo, ele lentamente se arrastou sobre ela, deixando sua m??o percorrer sua coxa. Colocando o outro bra?§o ao redor dela e levantando-a ligeiramente, ele segurou a pelve dela completamente na palma da m??o e apertou. A mulher instantaneamente se curvou contra ele e Hyakuhei ficou chocado ao aprender algo que nunca esperara... ela n??o estava vestindo roupas ?­ntimas e o calor irradiado por ela parecia um fogo l?­quido. Ele sentiu-se endurecer em resposta, apertando-se contra suas roupas. Ele rosnou, recusando-se a perder o controle t??o rapidamente e sua necessidade de dominar surgiu muito forte. Apesar de seu desejo por ela, Hyakuhei ainda estava com raiva de sua ingenuidade e queria ensinar-lhe uma li?§??o sobre ser mais cuidadosa com homens... especialmente vampiros anci??os que tinham a tend??ncia de continuar retornando a uma fonte de sangue pura e intocada por outro. Se ele n??o tivesse aparecido... ela teria sido condenada de qualquer maneira. Arrancando os l??bios dela com uma respira?§??o ??spera, ele tirou a m??o das pernas dela e a colocou ao redor de sua garganta para mant??-la im??vel... tentando acalm??-los ambos. "Por que algu?©m t??o puro desejaria se livrar de sua inoc??ncia?" Hyakuhei se perguntou com um rosnado hipnotizante. "Voc?? est?? t??o ansiosa para se tornar uma mulher?" Kyoko engoliu em seco, ainda sob sua subservi??ncia, e olhou para ele. Lutando para lembrar, os olhos dela se arregalaram quando as palavras na carta do seu av?? voltaram para assombr??-la. "Eu n??o posso ser mais virgem... voc?? vai me ajudar?" Ela sussurrou a s??plica e puxou a camisa dele, sem querer nada al?©m de arranc??-la. Hyakuhei rosnou fundo no peito antes de levantar-se e lev??-la com ele. Ele seria o ??nico para quem ela faria aquela pergunta... ele cuidaria disso. Depois de dar-lhe uma chance de se equilibrar, ele rapidamente puxou a camisa dela de volta sobre sua cabe?§a e a carregou para dentro do Grand Hotel, e para um dos elevadores vazios. Alguns meses atr??s, Hyakuhei encontrou-se no in?­cio da manh?? sem nenhuma maneira de chegar em sua casa a tempo. Ele tinha sido atra?­do pelo Grand Hotel e agora mantinha uma das coberturas l?? para seu uso pessoal. Com essa comodidade na ponta dos dedos, ele nunca teve que fazer check in. Tamb?©m ajudava que a maioria dos funcion??rios noturnos fossem vampiros e que fossem inteligentes o suficiente para trat??-lo com respeito. Mais tarde, ele soube que Tadamichi era dono do hotel, mas n??o fazia diferen?§a para ele, desde que seu g??meo ficasse fora do seu caminho. Uma vez fechadas as portas, ele empurrou a garota contra a parede, passando os dedos entre os dela e levantando as m??os dela acima de sua cabe?§a. Manter as m??os presas acima dela seria a ??nica maneira de chegar a seus aposentos com alguma sanidade restante. Incapaz de resistir ao olhar sedutor nos olhos dela, ele entrou com os l??bios sobre os dela, faminto, sabendo que havia mais de uma maneira de estar dentro dela. Livrando as m??os, Kyoko envolveu seus bra?§os ao redor do pesco?§o dele e ergueu as pernas at?© ficarem presas ?  cintura dele. Quando ele contorceu os quadris para frente e para cima... Kyoko deu um gemido agudo e pressionou contra ele em resposta. Ela ofegou por ar quando ele se afastou de seus l??bios e come?§ou a deixar uma feroz trilha de beijos em sua bochecha e por seu pesco?§o. Os dentes dela se afundaram em seu l??bio inferior quando a ponta da l?­ngua dele esfregou a parte superior de seus seios sob a bainha de sua blusinha tomara-que-caia. Suas unhas cavaram nas costas dele enquanto pressionava contra o duro beijo. Ela n??o tinha ideia do que estava fazendo ent??o deixou seu corpo responder da maneira que parecia certa. Seu corpo estava gritando para ele t??-la e ela se perguntou por que ele ainda n??o tinha feito isso. Com toda a necessidade reprimida... o beijo tornou-se rapidamente selvagem. Depois do que pareceu uma eternidade, o elevador parou, fazendo com que ambos se mexessem ligeiramente com o som. Hyakuhei deu um passo atr??s, mas n??o a decepcionou. Colocando as m??os debaixo das coxas dela, ele a manteve onde ele precisava... queria que ela estivesse. Ele a levou para a porta de sua su?­te de cobertura enquanto seus l??bios se alimentavam dos dela. Estendendo a m??o, ele pressionou o polegar contra a pequena tela preta ao lado da porta. Houve um sinal sonoro e a porta foi desbloqueada. Hyakuhei abriu a porta com o p?© s?? para fech??-la com um chute atr??s deles. O interior era escuro, mas isso n??o importava. Com um olhar impaciente... a lareira acendeu como se obedecesse a seu comando. Precisando recuperar o foco, Hyakuhei a soltou e deixou as pernas dela deslizarem para ficar de p?© no ch??o. Colocando uma m??o firme em seu ombro para mant??-la im??vel, ele queria olhar para ela, sabendo que essa paix??o n??o era normal e estava ficando fora de controle... em ambos os lados. Quando a mulher o empurrou contra a parede com mais for?§a do que deveria ter e come?§ou a beij??-lo novamente, um rosnado entrou de erup?§??o no fundo da garganta dele, e ele gentilmente a empurrou contra a parede oposta do vest?­bulo... mantendo seu corpo a poucos cent?­metros do dela. O rosto dela estava corado e seu cabelo ca?­ra em desordem, deixando madeixas suaves penduradas em seu rosto balan?§ando com cada respira?§??o cansada que ambos tomavam. Parecia que ela estava pronta para lutar contra ele, e seus olhos de esmeralda ficaram tormentosos, fazendo com que correntes de desejo lhe atingissem o est??mago e subissem as coxas enquanto a observava. Hyakuhei de repente o sentiu em seu sangue... batendo profundamente debaixo da pele dela. Ele estava aguardando algo h?? muito tempo e agora havia encontrado... ela. As m??os dela estavam em sua jaqueta de couro preto, quase a arrancando. Ela a atirou de lado e Hyakuhei a ouviu bater na parte de tr??s do sof?? antes de cair no ch??o. Sua camisa n??o durou muito enquanto ela a rasgava, enviando bot?µes voando por toda parte. Ele tinha a sensa?§??o de que ele iria precisar de roupas novas para os pr??ximos anos, pois ele n??o pretendia deix??-la ir. "Eu te quero," Kyoko instou contra seus l??bios, empurrando-o com for?§a como se o rejeitasse. Ele ficou de p?© at?©, alto, quando um fogo perverso come?§ou a queimar atr??s daqueles olhos da escurid??o. "?? tarde demais... voc?? ?© minha agora." Sua voz era profunda ao ecoar por eles. Hyakuhei n??o perdeu tempo reaprisionando-a dentro do aperto de a?§o de seus bra?§os e a pegou para que ela n??o pudesse tentar aquilo de novo. Ele sentiu seu sangue esquentar e chegar a um n?­vel perigoso enquanto as pernas dela se enrolavam em sua cintura mais uma vez. Descartando o desejo de dar a ela o que ela estava pedindo ali no corredor, ele a levou para o quarto. Ele podia sentir o ??lcool na respira?§??o dela e queria beij??-la t??o profundamente que ele sentiria intoxica?§??o enquanto ele a tinha. Deixando-a cair n??o muito gentilmente na cama, ele recuou quando ela rapidamente se apoiou em suas m??os e joelhos e o observou circulando na cama. Mais uma vez, ele se perguntou quem estava perseguindo quem, conforme ele lentamente se desnudava do pouco de roupas que ela o deixara vestindo. As m??os dele estavam firmes... implac??veis enquanto ela seguia cada movimento dele com uma das suas. Ele mais tarde se perguntaria quem fora despido primeiro. Os l??bios de Kyoko se separaram quando ela se encontrou de barriga pra cima, cercada por uma cortina de seda de ?©bano enquanto os cabelos dele se espalhavam em volta deles... bloqueando tudo de sua vis??o. Suas m??os estavam presas ao colch??o de cada lado dela enquanto ele pairava um pouco fora de seu alcance, fazendo-a rosnar para ele. Hyakuhei tomou isso como um sinal de desafio e o macho alfa dele assumiu, querendo domin??-la completamente. Colocando a coxa entre as dela, ele rapidamente as afastou e ficou de joelhos. Levantando as m??os vagarosamente pelos bra?§os e costelas dela, ele agarrou os quadris dela e os elevou no ar, avan?§ando enquanto beijava sua coxa interna em uma trilha quente, diretamente at?© o centro dela. Kyoko gritou, o movimento tinha sido t??o r??pido e, antes que o grito terminasse, sua respira?§??o se acalmou dentro de seus pulm?µes que pegavam fogo enquanto a l?­ngua dele deslizava para cima at?© a entrada de seus l??bios inferiores, logo adentrando um pouco mais fundo. Suas m??os se fecharam nos len?§??is enquanto ela arqueava suas costas ainda mais. Ela entrou em p??nico ao sentir algo dentro dela se romper com tanta for?§a que seu corpo vibrou por dentro conforme o grito voltava... soando mais como o ??pice entre dor e prazer. Hyakuhei agarrou seus quadris, envolvendo seus dedos em torno da suavidade, aprofundando o beijo quando ela alcan?§ou seu pico t??o rapidamente. Ele queria devor??-la e grunhiu com prazer sabendo que ele era o primeiro e seria o ??ltimo a provar seu ??xtase. Quando ele grunhiu nela, Kyoko se curvou e ficou mole quando ela recome?§ou. Ela podia sentir que ele a bebia e deixava-a perdida no terremoto. Enquanto ela gemia, ela estendeu a m??o e agarrou um punhado dos cabelos dele, tentando se afastar do prazer intenso... s?? para descobrir que agora ela estava segurando ele no lugar e se contorcendo contra a boca dele enquanto ela gritava. Hyakuhei sentiu que estava sendo possu?­do por seu desejo por ela enquanto levantava a cabe?§a e rugia, deixando-a cair novamente no colch??o e deslizando seu corpo de volta sobre o dela em um fluente movimento dominante. Ele esperara por tanto tempo... mais do que o tempo... ele sempre quis possu?­-la apesar de n??o se lembrar de conhec??-la. Ele lambeu os l??bios antes de descer sobre os dela e mover sua parte inferior do corpo de volta entre suas pernas. O calor o atravessou enquanto a cabe?§a de seu r?­gido cajado se afundava contra a entrada dela. A hora de querer acabou. Todo o f??lego a deixou enquanto o anjo escuro avan?§ava... quebrando sua liga?§??o de sangue. Ela virou a cabe?§a de um lado para outro com medo, ouvindo sussurros fren?©ticos ao redor dela de coisas que n??o deveriam ser. Ela p??de sentir auras de luz tentando afast??-la dele, mas quando seus olhos mais uma vez se concentravam nele; tudo estava em sil??ncio, exceto a espessa dor do bater entre suas coxas. Ele se manteve parado acima dela, tendo ouvido as mesmas vozes que ela. Ci??mes possessivos passaram por ele ao desafiar o fantasma a tentar lev??-la dele. Vendo o olhar dela agora centrado nele, ele se afastou do aperto dela apenas para estocar de volta l?? dentro enquanto ela o observava. Os l??bios dela se separaram quando ele lhe deu um novo cl?­max... um em que as vozes dos malditos n??o conseguiam penetrar. Os bra?§os dele tremeram quando ele desacelerou para dar um forte impulso; nunca tirando os olhos da paix??o que brilhava nela. Eles eram iguais agora que ela levantava os quadris para encontrar os dele, gritando com cada batida... deixando-a lutar para se afastar e se aproximar ao mesmo tempo. Ele sentia que ela o apertava por dentro e gemeu enquanto lutava para acelerar o ritmo. Kyoko agarrou suas costelas em um esfor?§o para segur??-lo enquanto sentia os r??pidos golpes correrem por ela e atravessarem suas coxas ao ritmo das batidas de cora?§??o. Ao ver que ele ganhara a batalha, Hyakuhei desacelerou, provocante, e seus l??bios adoraram os dela, lambendo e escaldando antes de se tornar exigente mais uma vez, acelerando, sem lhe dar descanso. Enquanto ele se movia para cima e para baixo dela, ele sabia que nunca teria acabado com ela... nunca satisfeito o suficiente para parar. Deslizando seus bra?§os ao redor dela, ele se ergueu de joelhos... levando-a com ele. Puxando as palmas das m??os para os quadris dela, ele a segurou, baixou-a de volta para ele... observando a cabe?§a dela voltando para tr??s e se curvando em seu ombro, trazendo uma onda de cabelos castanho-avermelhados com ela. Puxando as pernas ao redor dele, Hyakuhei saiu da cama, empurrando-a contra a parede enquanto continuava a traz??-la para cima e para baixo com movimentos mais vigorosos. Conforme ela se movia, Kyoko n??o conseguia tirar os olhos de seus l??bios cheios e perfeitos agora que ela estava erguida apenas uns cent?­metros mais alta do que ele, descendo em seguida com cada impulso dos quadris dele. Ela rangeu os dentes enquanto ele se espremia contra ela e ela levantou uma m??o sobre a cabe?§a... tentando desesperadamente encontrar algo na parede para segurar. Seu mundo se inclinou quando suas costas deixaram a parede e ele pousou na cama com ela ainda por cima. Finalmente, tendo o controle que ela desejava, Kyoko agarrou as m??os dele e as segurou rapidamente na cama enquanto ela erguia os quadris, quase tirando dele, logo despencando novamente. Ela podia sentir cada cent?­metro daquele homem debaixo dela quando come?§ou a balan?§ar de um lado para o outro em um movimento de atrito. Tirando o olhar dele, ela tentou recuperar o f??lego sem parar o movimento. Hyakuhei vislumbrou a Deusa acima dele e sabia que n??o era mentira. Ela havia nascido apenas para ele e ele havia esperado tanto tempo que a esquecera. Ele sentia a alma dela o chamando do passado e ele tirou as m??os dela apenas para segurar seu pulso firmemente e pux??-la contra ele. Rolando sobre ela sem perder o ritmo, Hyakuhei ficou maravilhado com o calor que apenas ela conseguiu criar dentro de seu sangue frio e sentiu seu fr??gil controle sobre a sanidade estourar. Ele podia ouvir os r??pidos batimentos card?­acos dela... o tilintar do sangue dela estava o chamando. Este fora o ??nico alento que ele conhecera quando avan?§ou, dirigindo-se t??o profundamente quanto podia dentro dela. Abaixando os l??bios para o arco de seu pesco?§o enquanto ela se afastava dele, Hyakuhei n??o conseguia parar. Recusando-se a rasg??-la como sua mente gritava para ele fazer, Hyakuhei deitou os l??bios e os dentes contra ela enquanto usava seus poderes para lev??-la a uma velocidade para a qual ela n??o era p??reo. Quando ela chegou ao cl?­max, ele deixou suas presas romperem sua delicada pele com o m?­nimo de dano, querendo sabore??-la, desta vez, de todas as maneiras poss?­veis. Ela se tornaria a coisa mais importante em sua vida, almas g??meas eternas... n??o era uma mentira... ele sentia isso. O que ele havia dado e tirado agora enfraquecia os dois e roubava sua vontade de se segurar. Sentindo o olhar dela novamente, ele afastou a boca dela, mandando ecos de sons ??speros e irregulares ao redor deles enquanto ele sentia-se quebrar e derramar... enfiando nela a cada batimento card?­aco. Momentos depois, seus bra?§os cederam e ele rolou para o lado, levando-a com ele. A sala ficou em sil??ncio enquanto ele ouvia o som da respira?§??o dela, sabendo que ela tinha ca?­do em um sono profundo por causa das bebidas e do sangue que ele tirara dela... tudo misturado com a paix??o de seu acasalamento. Hyakuhei apertou seus bra?§os em torno dela n??o querendo perder nenhum momento, mas ele podia sentir o sono indesej??vel fluir por ele como a m??o n??o convidada do destino. ***** Quil??metros abaixo do quarto do hotel, no fundo das catacumbas, os gritos violentos e os sussurros de nega?§??o finalmente pararam. Tadamichi arrancou as garras afiadas de seus olhos vermelhos, descendo suas bochechas enquanto sua vis??o voltava para ele. Ele olhou para as est??tuas dos guardi?µes que o rodeavam, sabendo que fora o mais pr??ximo que tinham chegado de atravessar o cora?§??o do tempo. Eles podiam senti-la... e as correntes que seguravam fechado o portal do tempo quase se quebraram. Eles quase chegaram nela. Ele sentiu a rendi?§??o de seu irm??o ?  sacerdotisa, e, agora que a vis??o desaparecera, Tadamichi gritou de raiva novamente, enfiando as garras em seu rosto como se estivesse tentando arrancar alguma m??scara invis?­vel. Era a vibra?§??o da f??ria que ainda vinha das est??tuas que o fazia perder a cabe?§a e ele se debru?§ou sem querer mais... j?? estava cheio. Virando, ele atravessou os t??neis... seus p?©s deixando o ch??o quando ele se tornou a escurid??o de que ele gostava tanto. Liberar um pouco da raiva dentro de seu corpo durante o voo enviava ecos de energia em todas as dire?§?µes... fazendo seus subordinados correrem para se esconder. Momentos depois, ele se viu dentro do quarto de seu irm??o olhando para o casal exausto. Os olhos de Tadamichi tornaram-se negros quando seu olhar acariciou o corpo de seu irm??o, recolhido t??o perfeitamente contra as curvas suaves da menina. Suas peles ainda estavam ??midas devido ao seu acasalamento. Ele sentiu a mesma raiva que os guardi?µes tinham e quase n??o teve a for?§a de vontade para control??-la. Ela era linda... bem como ele se lembrava dela. Ele pensou que sentiria a necessidade de vingan?§a enquanto inalava a nova marca de acasalamento que a rodeava... e a Hyakuhei. Seu irm??o nem sequer percebia o que havia feito. Ele atravessara uma linha que nunca deveria ser violada e n??o tinha volta. Ele faria o que podia por seu irm??o... mas o dano j?? havia sido feito. Seu irm??o o tra?­ra... n??o por fazer amor com uma garota... mas por fazer amor com essa garota. Ele estendeu a m??o para toc??-la, logo retirando os dedos no ??ltimo instante, com medo de que ele n??o pudesse parar. Ele e seu irm??o morreriam por ela... matando-se um ao outro. N??o havia como Hyakuhei am??-la mais do que ele e essa seria sua queda, a menos que parassem agora. O destino os separara h?? muito tempo e os guardi?µes tinham selado o pacto, ent??o por que os deuses o provocariam de forma a permitir que seu irm??o tivesse a ??nica coisa que lhe era proibida? Ou o destino entraria para deixar o cora?§??o de seu irm??o sangrando como o fizeram com o seu h?? muito tempo? Uma tristeza profunda atravessou seus olhos quando soube o que deveria ser feito antes que fosse tarde demais. Tadamichi tentou estender a mente para tirar as lembran?§as desta noite dela. Ele s?? conseguia atingir a superf?­cie da mente dela... ele n??o tinha poder sobre ela... n??o agora... nem no passado. Eles tinham sido amantes uma vez, assim como Hyakuhei e ela eram amantes agora. Ele e seu g??meo eram mais parecidos que Hyakuhei jamais admitiria... at?© na alma g??mea. Ela estava procurando por ele, encontrando Hyakuhei em vez disso? Talvez n??o se lembrasse, mas sua alma nunca esqueceria. Seus olhos escureceram com o pensamento, mesmo que ele lutasse contra a esperan?§a. O dom?­nio de um vampiro nunca a teria afetado se ela n??o tivesse enfraquecido a mente com o ??lcool forte que agora cheirava em sua respira?§??o. Se ela nunca tivesse bebido ??gua espiritual antes, ent??o seu poder pode ter sido suficiente para que o dom?­nio nunca a tivesse afetado... ele n??o tinha certeza absoluta. A parte triste era que, uma vez que ela tivesse seus poderes de volta... seu irm??o tamb?©m n??o a dominaria. Usar seus poderes na sacerdotisa era desgastante... fazendo seu corpo tremer com o esfor?§o. O m??ximo que ele podia fazer era tentar remover seu rosto da mente dela... o rosto de seu irm??o. Conforme ele tentava ir mais fundo, ele sentia os gritos dos guardi?µes ali e ele rapidamente se retirou... recusando-se a dar ?  mem??ria deles qualquer poder. Era melhor que eles permanecessem apenas fantasmas dentro da mente dela. Sabendo que ele s?? conseguira tirar a parte superficial de sua mem??ria, Tadamichi caiu de joelhos ao lado dela no ch??o. H?? muito tempo, ele se apaixonara por ela... era agora esse seu castigo? Ele n??o podia prejudic??-la de forma nenhuma ou o feiti?§o dos guardi?µes seria quebrado e eles viriam se vingar dele. Quase valeria a pena por um momento com ela. Seu olhar se elevou para seu irm??o, agradecido por Hyakuhei nunca t??-la conhecido no passado ou os guardi?µes que a roubaram dele... era a cruz que ele tinha de carregar. Dando ao destino a m??o de que ele precisava, Tadamichi sentiu o amanhecer chegar e passou os dedos pela aura da menina para despert??-la, sabendo que Hyakuhei ainda n??o teria energia para despertar. Ele observou enquanto a luz suave come?§ou a filtrar-se por dentro das grossas cortinas e ele permaneceu dentro de seus feixes por um momento antes de voltar para a escurid??o. Ele s?? esperava que a sacerdotisa fosse suficientemente inteligente para sair e nunca olhar para tr??s. Se Hyakuhei tivesse encontrado o que desejava... agora seria uma briga entre a pureza e o mal que ela atra?­a. Seu olhar adulou seu irm??o por alguns momentos, sabendo que, desta vez, o mal tinha um cora?§??o. Mas se ele n??o pudesse t??-la... ent??o seu irm??o tamb?©m n??o poderia. ***** Kyoko acordou em camadas e colocou uma m??o sobre os olhos. Ela esperava que o sol estivesse brilhando em seu rosto, mas depois de piscar os olhos um pouco, ela percebeu que estava realmente ameno e sombrio na sala. Ela ergueu a cabe?§a, quase assobiando em aprecia?§??o com seus arredores. Onde quer que ela estivesse... era um lugar requintado. Ela se virou um pouco para o lado, mas parou quando sentiu o bra?§o pesado sobre sua cintura. Olhando para tr??s, tudo o que viu nas sombras eram longos cabelos pretos e o contorno de um lindo corpo... ela suspirou alegremente. Finalmente aconteceu. Agora o av?? n??o precisaria enviar Tasuki para salv??-la de sua virgindade. Ela se encolheu silenciosamente sabendo que Tasuki nunca a perdoaria por isso se descobrisse, mas n??o era como se ela fosse v??-lo de novo... esse cara ou Tasuki. Seu l??bio inferior se encolheu com o pensamento solit??rio. Deslizando cuidadosamente sob o bra?§o pesado e para fora da cama, Kyoko percebeu que estava t??o nua quanto no dia de seu nascimento. Corando doze tons de vermelho, ela rapidamente agarrou seu suti?? sem al?§as do ch??o, colocando-o em tempo recorde. "Por favor, deixe-o ficar dormindo," ela sussurrou nervosamente enquanto ficava de costas para o homem. Suas bochechas estavam coradas de vergonha de acordar ao lado de um homem igualmente nu. Ela viu um pouco do corpo dele quando ela jogou de volta as cobertas. Para tornar as coisas ainda piores, ela decidiu n??o usar roupas ?­ntimas na noite anterior. O homem provavelmente pensou que ela era uma completa vagabunda. Seus movimentos ficaram mais vagarosos quando ela sentiu dor dentro de seu corpo. Sentia que tinha perdido uma briga. Seus bra?§os e pernas do?­am, mas o que fez seus olhos se expandirem foi a estranha sensa?§??o ??spera... entre suas coxas. Êîíåö îçíàêîìèòåëüíîãî ôðàãìåíòà. Òåêñò ïðåäîñòàâëåí ÎÎÎ «ËèòÐåñ». Ïðî÷èòàéòå ýòó êíèãó öåëèêîì, êóïèâ ïîëíóþ ëåãàëüíóþ âåðñèþ (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=40851333&lfrom=688855901) íà ËèòÐåñ. Áåçîïàñíî îïëàòèòü êíèãó ìîæíî áàíêîâñêîé êàðòîé Visa, MasterCard, Maestro, ñî ñ÷åòà ìîáèëüíîãî òåëåôîíà, ñ ïëàòåæíîãî òåðìèíàëà, â ñàëîíå ÌÒÑ èëè Ñâÿçíîé, ÷åðåç PayPal, WebMoney, ßíäåêñ.Äåíüãè, QIWI Êîøåëåê, áîíóñíûìè êàðòàìè èëè äðóãèì óäîáíûì Âàì ñïîñîáîì.
Íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë Ëó÷øåå ìåñòî äëÿ ðàçìåùåíèÿ ñâîèõ ïðîèçâåäåíèé ìîëîäûìè àâòîðàìè, ïîýòàìè; äëÿ ðåàëèçàöèè ñâîèõ òâîð÷åñêèõ èäåé è äëÿ òîãî, ÷òîáû âàøè ïðîèçâåäåíèÿ ñòàëè ïîïóëÿðíûìè è ÷èòàåìûìè. Åñëè âû, íåèçâåñòíûé ñîâðåìåííûé ïîýò èëè çàèíòåðåñîâàííûé ÷èòàòåëü - Âàñ æä¸ò íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë.