Только шрам зазмеился над бровью... Пуля, к счастью, прошла стороной. Вот мы чокнулись.Как "за здоровье", Ну а пьем, ровно "за упокой"... И глаза... Как врата в неизбежность, Темноликой тревоги полны. Не могли мы, пойми, свою нежность Растерять на дорогах войны. Были, были седые туманы, Их под Курском распел соловей. Над войной солнце тоже вставало

Hist?ria Dos Lombardos

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Hist?ria Dos Lombardos Paolo Diacono – Paulus Diaconus Um livro hist?rico, escrito em latim por Paolo Diacono no oitavo s?culo d.C., narra os acontecimentos do povo Lombardo que saiu da Escandin?via para alcan?ar a It?lia e reinar por outros dois s?culos. Hoje, Mil?o ? a capital daquela regi?o que leva o nome de Lombardia, terra dos Lombardo. A hist?ria ? interessante mesmo se a conquista Franca nos tira o gosto do final feliz, Na tv e nas fic??es, h? hist?rias que parecem retiradas das hist?rias deste povo; a vida de Grimoaldo, Rei dos Lombardos vale por si s? um romance. Come?a com a sa?da da Escandin?via e a lenda do nome. Depois, segue uma hist?ria de uma longa marcha de aproxima??o ? It?lia. Uma breve divaga??o sobre S?o Benedito com duas poesias pouco importantes, depois a chegada na It?lia, a descri??o da pen?nsula, Alboino, as suas fa?anhas, Rosmunda e Elmiche que matam Alboino. Os dez anos de anarquia dos duques, Autari e Teodolinda, princesa cat?lica dos Bavaros, Astolfo, segundo marido de Teodolinda, Rotari o Rei do ?dito e do primeiro grupo de leis Lombardas, depois o direito romano, um primeiro exemplo de legisla??o org?nica, important?ssima para a futura hist?ria do direito legal. A isto, segue a extraordin?ria aventura de Grimoaldo com a fuga da pris?o, das intrigas, o Ducado de Benevento e a conquista do trono. Depois, Grimoaldo derrota os Francos e os Bizantinos, engana os Avari… . E assim por diante, de rei em rei at? a outra hist?ria humana, aquela de Liutprando e da sua fam?lia. Uma hist?ria emocionante e evocativa, ?til para compreender a It?lia de hoje, dividida entre norte e sul. Paulo Diacono Hist?ria dos Lombardos Paulo Diacono HIST?RIA DOS LOMBARDOS Historia Langobardorum UUID: b005a07c-71b3-11e8-a067-17532927e555 This ebook was created with StreetLib Write http://write.streetlib.com (http://write.streetlib.com/) Conte?do do livro O livro cont?m um breve pref?cio dividido em se??es e a tradu??o da Historia Langobardorum de Paolo Diacono, Origo Gentis Langobardorum e o Chronicon de Andrea de Bergamo Uma breve men??o ? merecida para as Notas, estas s?o poucas mas pr?ticas, valem-se de Wikipedia e permitem passar entre as listas de Papas, Imperadores e Reis. Passando entre sucessores e antecessores, podem ser encontrados quase todos os personagens citados no texto. Se conhecem o texto de Paolo Diacono, podem deixar de ler este pref?cio ou podem ler s? as partes que lhe interessarem. De todo modo, ? dividido em se??es tem?ticas breve e claras, ?teis para enquadrar corretamente o texto. GBL Store FGorun Barbarus https://gbl-foro-barbarico-store.stores.streetlib.com/it/ (https://gbl-foro-barbarico-store.stores.streetlib.com/it/) GBL Store Forum Latinr https://gbl-foro-latino-store.stores.streetlib.com/it/ (https://gbl-foro-latino-store.stores.streetlib.com/it/) Informa??es de base Hist?ria dos Lombardos de Paulo Diacono F?rum Barbarico Piccolo VOLUME 1 o F?RUM BARBARICO PICCOLO cont?m os textos medievais, traduzidos do latim ao italiano, mas em um formato essencial, sem conte?dos extras GBL Grande Biblioteca Latina Site: www.grndebibliotecalatina.com e-mail: grandebibliotecalatina.com facebook: GBL Grande Biblioteca Latina twitter: @GBLItalia Nota Se conhecem o texto de Paolo Diacono podem deixar de ler este pref?cio, ou podem ler s? as partes que lhe interessarem De todo modo, est? dividido em se??es tem?ticas breves e claras, ?teis para enquadrar corretamente o texto A Tradu??o em italiano, do latim de Andrea Cornalba Esta n?o ? uma tradu??o "cient?fica", ? respeitosa do texto origin?rio, mas deseja ser de leitura f?cil e r?pida. Enfim, quer ser divulgativa, de resto, os estudiosos acessaram fontes melhores. As linhas condutoras da transla??o foram a compreens?o e a amenidade do texto. O problema maior foi mesmo a compreens?o, colocar as pessoas no local certo para tornar a narrativa clara. Isto me obrigou a repetir continuamente os nomes ou o t?tulo para tornar os eventos claros. Isto gerou um texto pouco escolar, pouco elegante, mas no resto, o mesmo autor se mant?m em um estilo lingu?stico original. Bem entendido, original pelo nosso conhecimento lingu?stico e o nosso h?bito ao escrever, para aqueles tempos ? um texto de absoluta import?ncia tanto ? que a Hist?ria Romana de Paolo Diacono foi usada como texto escolar durante s?culos. Assim, perdoem a banalidade do l?xico e narrativa, considere-a um modo para tornar alto medieval tamb?m a tradu??o. Se lerem Homero, perceber?o logo as cont?nuas repeti??es e a incapacidade de s?ntese, uma professora do primeiro grau daria uma nota baixa ao maior poeta. Eu, como sempre, fa?o um paralelismo entre a evolu??o liter?ria da humanidade e aquela de um estudante, Homero est? no primeiro grau, Virg?lio no segundo grau, Paolo na escola t?cnica profissional, estar? s? com o Iluminismo se chegar ? universidade. Este paralelismo ? ?til para evitar pretender demais dos antigos, lembrem-se que C?sar est? entre os melhores e os mais l?mpidos escritores latinos e ele era um pol?tico e um general. O discurso ? longo e interessante, mas n?o ? o tema deste livro, assim, boa leitura. A Hist?ria Por que publicar um livro antigo em latim e principalmente de parte? O motivo ? exatamente esse, na defini??o "de parte": a hist?ria escrita ? sempre de parte enquanto ? gerada por uma "estrutura cultural"; entidade que, com frequ?ncia, coincide com o "estado-na??o". Na pr?tica para a hist?ria, vale o mesmo conceito v?lido para a arte, cada ?poca d? um julgamento diferente sobre uma determinada obra de arte. Desde rapaz, quando eu estudava arte no segundo grau, ia para a biblioteca da escola para consultar uma famosa e bel?ssima s?rie dedicada aos pintores, naqueles livros eram descritos os julgamentos cr?ticos de especialistas da arte e artistas de diferentes ?pocas. Ali, podia-se ver a mudan?a de opini?o com o passar do tempo. Assim, uma obra barroca primeiro gostamos, depois ? desprezada e depois volta a ser considerada bonita. Esta mudan?a de opini?o ? estritamente ligada aos eventos hist?ricos e ?s mudan?as sociais. Para explicar alguns conceitos basilares vou continuar a usar o paralelismo arte-hist?ria, que acredito seja o mais adequado. Conto aqui brevemente uma experi?ncia pessoal tida na Universidade ao prestar um exame de Hist?ria Medieval. Assistindo aos exames de alguns estudantes meus colegas, notei a dificuldade que tinham ao definir os per?odos hist?ricos, ao seu apego ?s datas. O corpo docente da Estatal de Mil?o se irritava consideravelmente ao ver a incapacidade de argumentar sobre as datas de in?cio e fim da ?poca Medieval. As datas s?o conven??es escolares, a idade antiga n?o terminar em um dia em um determinado lugar, mas ? uma delimita??o que se desloca e leva consigo mudan?as sociais, frequentemente n?o uniformes. O reino goto na It?lia ja ? talvez da ?poca Medieval, mas n?s o consideramos tardio antigo, porque tendemos a fazer iniciar a ?poca Medieval na It?lia com os vinte anos das guerras g?ticas ou com a irrup??o na pen?nsula. A resposta certa ? pergunta ''quando come?a a ?poca Medieval?'' ? a data convencional da destitui??o do ?ltimo imperador Romando do Ocidente, acompanhada da determina??o que se trata, na realidade, de um longo per?odo de transi??o que vai de Odoacre, aos Lombardos, e n?o envolve todo o territ?rio de modo uniforme. Se olhamos para a arte, vejamos os espl?ndidos mosaicos de Ravenna, mas depois aparece o imponente mausol?u de Teodorico, fa?o notar que, depois destes, se passa para uma arte pobre paleocrist?: a arte marca bem a passagem do mundo antigo aos novos tempos. De igual modo, independentemente da data em que conta-se que Colombo tenha descoberto a Am?rica, a arte do segundo quatrocentro florentino j? mostrava o Renascimento, que aparece brevemente e logo se dissolve no Maneirismo que se tornar? Barroco j? na c?pula de Michelangelo de S?o Pedro. Assim, os Comuns tornam-se Senhorios e a pol?tica libera o fio com a antiguidade cl?ssica que tem em si os s?mbolos do poder. Estranha hist?ria aquela da arte Cl?ssica, nasce na democr?tica Atenas para se tornar instrumento de cada ambi??o imperial. De todo modo, tamb?m a arte decreta o fim da ?poca Medieval, com a volta ? plasticidade o "stil novo" de Vasari. Na pr?tica, ? o David de Michelangelo e n?o Colombo, a data certa a ser lembrada. Assim, tendo esclarecido que ? a sensibilidade comum e n?o as datas a enunciarem a Hist?ria, acrescentemos o conceito de instru??o estatal. Cada estado exalta a hist?ria que conv?m a ele para justificar a sua exist?ncia, podia-se adicionar tamb?m o fator geogr?fico que ? parte integrante, mas haveria um tratado ? Plat?o e bem longo. Resumindo, os Lombardos dividiram a It?lia e para o futuro Estado-Na??o, tudo isso que n?o tem Roma como capital e todo o territ?rio nacional como dom?nio ? negativo, sem beleza, n?o importante. Este era o interesse dos Savoia, patriotas do Ressurgimento, do reino e tamb?m do Duce, agora, com um partido chamado Liga Nord, as "trombetas de Roma" voltaram a se fazer ouvir, sujando a verdade hist?rica. Eu acho que a It?lia do Ressurgimento se tornou um estado maduro, pronto a se tornar parte do mundo. De resto, h? cento e cinquenta anos, os Savoiardi s?o famosos biscoitos, ?timos para o tiramis? e o sentimento antigerm?nico se transformou em antagonismo esportivo. Desta forma, permitindo a todos lerem um texto como esse no formato original sem uma media??o cultural estatal, permite ao homem contempor?neo, "cient?fico", julgar por si e aprofundar o tema como desejar. O Autor Paolo Diacono nasceu em Cividale del Friuli, provavelmente em 720 d.c. O seu nome latino era Paulus Diaconus, aquele lombardo Paul Warnefried ou tamb?m Paolo di Varnefrido. Era descendente de Leupichi, um dos lombardos que seguiram Alboino durante a invas?o da It?lia. Quando jovem, foi mandado para Pavia, que naqueles tempos era a capital do Reino Lombardo do Rei Rachis. Aqui foi aluno de Flaviano, frequentou a escola do mosteiro de S?o Pedro em Ciel d'Oro, de onde depois se tornou docente. Ficou junto ? corte tamb?m com os sucessivos Reis Astolfo e Desiderio, sob este ?ltimo, se tornou preceptor da filha Adelperga. Quando a filha de Desiderio se casou com o duque de Benevento Arechi, o seguiu. Com a queda do Reino Lombardo de 774, por causa da pris?o do irm?o, aceitou transferir-se para junto da corte carol?ngia entre os anos 782 e 787, onde foi apreciado principalmente como gram?tico. Depois da libera??o do irm?o Paolo fugiu da corte de Carlo Magno e voltou para Benevento, e aqui entrou no mosteiro de Montecassino se tornando Monge Beneditino. Exatamente no mosteiro, escreveu entre 787 e 789 a Historia Langobardorum, a sua obra mais famosa e importante. Um outro fato que se refere a ele, mesmo se indiretamente, ? ligado ? m?sica e de fato d? um seu hino dedicado ? S?o Jo?o Batista, no s?culo XI (onze), Guido d’Arezzo obteve as sete notas musicais, que deram ? m?sica um not?vel passo ? frente. Paolo Diacono morreu em Benevento em 799, deixando a sua Hist?ria desejosamente incompleta porque estava Paolo, que foi usada por muitos s?culos como texto did?tico. O que ? a Historia Langobardorum O que ? a Historia Langobardorum O que ? a Hist?ria dos Lombardos Uma bela hist?ria, em muitas das suas partes emocionantes, infelizmente as exig?ncias nacionais dos dois s?culos anteriores n?o permitiram uma vis?o objetiva sobre este per?odo. O problema principal ? a nacionalidade dos Lombardos, chamados de estirpe Germ?nica, tentem entender, com os Austr?acos em Mil?o e Veneza, depois em Trento e Trieste, n?o se podia mesmo olhar o per?odo lombardo com orgulho nacional. Roma tamb?m era um problema, perguntem ? Garibaldi e Cavour. Por falar em Garibaldi, ele ? um nome conhecido entre os Lombardos, n?o encontrar?o igual na Hist?ria de Paolo, mas encontrar?o uma bela sugest?o. Enfim, a It?lia nasce anti-alem? e por muito tempo isso que os italianos fizeram, e um pouco tamb?m a ?ltima guerra, condicionaram a imagina??o de todos n?s. E ainda, foram os Lombardos a romper a unidade da pen?nsula, o que ir? durar at? 1918. Mas, algo importante, os estudos sobre suas origens ?tnicas da Europa demonstraram que a identifica??o Estado-Na??o ? artificial, cultural, frequentemente de recente cria??o e o sangue ? t?o misturado que talvez a ?nica verdadeira na??o europeia ? exatamente a Europa, assim desfrutem da hist?ria. ?s vezes, ser? um pouco cansativa, imprecisa, manifestadamente pr?-cat?lica e pr?-Lombarda, inacabada, falta o final porque o autor, desiludido do final pouco glorioso do reino, nega-se a complet?-la. Enfim, uma epopeia sem o 'gran finale'. A Obra A obra foi escrita por Paolo Diacono no mosteiro beneditino de Montecassino nos dois anos depois do seu retorno da corte francesa de Carlo Magno junto ? qual desenvolvia as fun??es de gram?tico. A Hist?ria relata os acontecimentos por parte do povo chamado Winili, que tomar? depois o nome de Lombardos depois da her?ica e m?tica batalha contra os V?ndalos. Assim, seguindo os acontecimentos dos v?rios reis, a hist?ria nos leva em Pannonia e de l? para a It?lia. A este ponto, o autor nos conta da It?lia no momento da conquista Lombarda, de Alboino e Rosmunda, dos dez anos de anarquia aos quais segue a elei??o de um rei. Daqui, a Hist?ria retoma a narrativa dos acontecimentos da corte. Entram em cena Autari, Teodolinda, Rotari, o excitante evento de Grimoaldo e o ?ltimo rei de quem nos fala Paolo, o famoso Liutprando, aquele da t?o discutida doa??o de Sutri ao Papa, o presumido in?cio do poder temporal dos papas, mas esta doa??o ?, de fato, uma restitui??o, a verdadeira doa??o ? anterior ? Liutprando. O autor n?o falta ao alargar o seu olhar, contando tamb?m os casos eclesi?sticos do ponto de vista estritamente cat?lico, n?o deixando de contar-nos sobre os imperadores Bizantinos e dos acontecimentos do pr?ximo e fatal reino Franco. A hist?ria ? frequentemente imprecisa e, ?s vezes, claramente errada, mas d? um quadro de conjunto corretamente filo-Lombardo que real?a a parcialidade Franco-Papal nos acontecimentos it?licos. Uma outra particularidade da ocorr?ncia ? a nota friulana, Paolo, origin?rio de Cividale, nos mant?m constantemente informados sobre o que acontece no nordeste da It?lia, e tamb?m em Benevento, seu lugar de resid?ncia, Ducado estritamente ligado ? Friuli e ? coroa Lombarda. As fontes hist?ricas de Paolo s?o: Origo gentis Longobardorum, um antigo canto que narra a lenda da origem escandinava. Segundo Non, Gregorio di Tours, Isidoro de Sevilha, Beda o Vener?vel e os Anais do Benevento. O livro I (Primeiro) nos conta as origens dos Lombardos, descrevendo-nos as v?rias etapas de aproxima??o ? It?lia, at? a vit?ria de Alboino sobre os Gepidi e a partida para a pen?nsula, al?m das ocorr?ncias de San Benedetto. O livro II (Segundo) nos conta a entrada na It?lia (com uma descri??o da pen?nsula), a conquista de Pavia por parte de Alboino, a trama da mulher Rosmunda e o assassinato do amador e a morte dos reis. O livro III (Terceiro) come?a narrando-nos algumas ocorr?ncias dos dez anos de anarquia do duques. Ele nos narra parte das travessias do Imp?rio de Constantinopla, das tr?s invas?es francas, de Autari que casa a cat?lica Teodolinda, em segundas n?pcias desta com Agilulfo. O livro IV (Quarto) o reino de Agilulfo e Rotari, da se??o de Cividale em obra dos Avari, a breve hist?ria da fam?lia de Paolo, at? o golpe de estado de Grimoaldo. O livro V (Quinto) continua com a narrativa detalhada do dif?cil per?odo do reino, Grimoaldo derrota Francos e Bizantinos, engana os Avari e consolida o Reino. O cap?tulo termina com a batalha entre os Cuniperto e Alachis. O livro VI (Sexto) reparte de Cuniperto, conta-nos sobre seu reino, mas fala tamb?m sobre o reinado Franco, o Imp?rio e os Sarracenos. Depois chega o desp?tico mas capaz Ariperto, a longa luta com o nobre Ansprando, pai de Liutprando, o ?ltimo de quem o autor nos conta, porque Paolo, desiludido, deixar? a obra inacabada. Devo acrescentar que o copista, aquele que copiava manualmente o texto original provavelmente adicionou muitos erros ao texto j? por si s? impreciso, ou melhor, a nova c?pia de uma c?pia produzia um n?mero incont?vel de erros. Este inconveniente ser? resolvido com a inven??o da imprensa. O mesmo Paolo confunde locais e povos, erra os anos, enfim, n?o ? um texto cient?fico, mas tem a sua import?ncia hist?rica, porque nos mostra aqueles s?culos do ponto de vista Lombardo. O que ? o Origo Gentis Langobardorum O Origo ? um breve texto que ? inserido no Decreto de Rotari, nos conta as origens do Povo Lombardo, em particular, narra a origem do nome "longas barbas". A mesma lenda nos ? narrada tamb?m por Paolo, onde por?m ? definida rid?cula. Foi tamb?m inclu?da uma lista parcial dos Reis Lombardos. Origens dos Longobardos Origo Gentis Langobardorum Em nome de Deus, come?o aqui a hist?ria das origens do povo Longobardo. 1. Existe uma ilha nas ?reas setentrionais chamada “Scadanan” (Escandin?via), palavra que literalmente tem o significado de "massacre”. Nesta ilha, vivem muitos povos, entre os quais havia um pequeno chamado Winnili. Entre eles vivia uma mulher de nome Gambara m?e de dois filhos, o primeiro de nome Ybor, o outro Aio. Eles junto ? m?e, comandavam os Winnili. Acontece que os chefes dos V?ndalos, ou seja, Ambri e Assi colocaram-se em marcha com o seu ex?rcito contra os Winnili e os intimaram: «Ou nos pagam tributos ou ter?o que se preparar para a guerra contra n?s». Ent?o Ybor e Aio junto com a m?e Gambara responderam assim: «? melhor para n?s nos preparar para combater em vez de pagar tributos aos V?ndalos». Assim, Ambri e Assi, chefes do V?ndalos, rezaram ao deus Godan para lhes conceder a vit?ria sobre os Winnili. Godan respondeu dizendo: «Concederei a vit?ria aos primeiros que vir pela manh? ao surgir do sol». Assim, Gambara e os seus dois filhos Ybor e Aio chefes dos Winnili invocaram Frea, mulher de Godan, para que levasse ajuda aos Winnili. Frea os aconselhou a se apresentarem ao surgir do sol e levar junto aos maridos tamb?m as mulheres com os cabelos soltos em torno do rosto como se fosse uma barba. Aos primeiros raios do sol, enquanto se fazia dia, Frea girou o leito onde dormia o marido e o voltou para o Oriente, depois o acordou. Ele ao abrir os olhos viu os Winnili e as suas mulheres com os cabelos soltos e em volta ao rosto como uma barba e disse: «Quem s?o estes com as barbas longas?». Assim Frea lhe respondeu: «Assim, como deu a eles um nome, conceda-lhes tamb?m a vit?ria». Assim aconteceu que daquele momento, os Winnilos tomaram o nome de Longobardos. 2. Os Longobardos deslocando-se daqueles lugares, chegaram em Golaida, depois ocuparam Aldonus, Anthaib, Banaib e a terra dos Burgundos. Diz-se que nomearam como Rei Agilmundo, filho de Aio, da fam?lia dos Gugingos. Depois dele reinou Lamissone, da fam?lia dos Gugingos; a ele seguiu Leti, de quem se diz que reinou por aproximadamente quarenta anos. A ele seguiu Ildeoc, filho de Leti; depois reinou Godeoc. 3. Naquele tempo, o Rei Odoacre saiu de Ravenna com um ex?rcito de Alani, foi para Rugilandia, combateu contra os Rugi e matou o seu Rei Feleteo, trazendo para a It?lia muitos prisioneiros. Ent?o os Longobardos se deslocaram das suas regi?es para se estabelecer na terra dos Rugi e al? permaneceram por diversos anos. 4. ? Godeoc seguiu seu filho Claffone, depois dele reinou Tatone, filho de Claffone. Os Longobardos se deslocaram no territ?rio de Feld por tr?s anos. Tatone combateu com Rodolfo, Rei dos Erulos e o matou, se apoderou do seu capacete e da sua bandeira; depois dele, os Erulos n?o tiveram mais um reino. Depois destes eventos, Vacone filho de Unichis matou o Rei Tatone, seu tio paterno, junto ? Zuchilone. Vacone combateu tamb?m Ildichi, filho de Tatone, que derrotado fugiu para junto dos Gepidos onde morreu. Assim, os Gepidos para se vingar da ofensa declararam guerra aos Longobardos. Naquele tempo, Vacone obrigou os Svevi a se submeterem ao Reino Longobardo. Vacone teve tr?s mulheres: Raicunda, filha de Fisud Rei dos Turingos. Depois casou Austrigusa, mulher de estirpe Gepide, da qual teve duas filhas: a primeira, de nome Wisigarda, foi a mulher de Theudiperto Rei dos Francos; a segunda, de nome Walderada, foi a mulher de Scusualdo um outro Rei dos Francos, que depois come?ou a odi?-la e a deu como esposa para Garibaldo. Vacone teve uma terceira mulher, Silinga filha do Rei dos Erulos; dela teve um filho de nome Waltari. Quando Vacone morreu, seu filho Waltari reinou por sete anos mas n?o teve sucessores. Todos eles foram Letingos. 5. Depois de Waltari reinou Audoino, este conduziu os Longobardos em Pannonia. Depois dele, o Reino passou ao seu filho Alboino, cuja m?e foi Rodelenda. Naquele tempo, Alboino combateu com o Rei dos Gepidos Cunimondo. Cunimondo morreu naquele combate e os Gepidos foram derrotados. Alboino tomou como mulher Rosmunda, filha de Cunimondo, capturada como prisioneira de guerra, enquanto lhe tinha morrido a primeira mulher Flutsuinda, filha de Flothario Rei dos Francos, de quem tinha tido uma filha de nome Albsuinda. Os Longobardos habitaram na Pannonia por quarenta e dois anos. O mesmo Alboino conduziu os Longobardos na It?lia, sob convite dos secret?rios de Narsete. Alboino, Rei dos Longobardos, partiu de Pannonia no m?s de abril, na primeira assembleia depois da P?scoa. Com certeza na segunda assembleia come?aram a depredar a It?lia e na terceira assembleia se tornou o chefe da It?lia. Alboino reinou na It?lia por tr?s anos e foi morto no seu Pal?cio de Verona por Elmichi e por sua mulher Rosmunda atrav?s de Peritheo. Elmichi quis reinar mas n?o pode faz?-lo porque os Longobardos queriam mat?-lo. Ent?o Rosmunda escreveu ao prefeito Longino para que a acolhesse em Ravenna. Quando Longino ouviu este pedido se alegrou e mandou um navio da frota para peg?-los. Rosmunda, Elmichi e Albsuinda, filha de Alboino, embarcaram levando consigo para Ravenna todos os tesouros dos Longobardos. Em seguida, o prefeito Longino tentou convencer Rosmunda a matar Elmichi para depois se tornar sua esposa. Ouvindo os seus pedidos, Rosmunda preparou um veneno e depois que Elmichi tinha tomado banho, lhe ofereceu para beber uma bebida quente. Mas, assim que ele bebeu percebeu ter ingerido uma po??o mortal, ordenou que tamb?m Rosmunda bebesse, mesmo se ela n?o quisesse e assim, morreram os dois. Assim, Longino tomou os tesouros dos Longobardos e Albsuinda, filha do Rei Alboino, carregou-os em um navio dirigido para Constantinopla e ordenou que fossem entregues ao Imperador. 6. O resto dos Longobardos escolheram como Rei Clefi, da casa dos Belei, Clefi reinou por dois anos e depois morreu. Os duques dos Longobardos se autogovernaram por doze anos, depois do que escolheram como seu Rei Autari, filho de Claffone. Autari tomou como mulher Teodolinda, filha do Rei Garibaldo e Walderada dos Bavaros. Junto ? Teodolinda veio o seu irm?o de nome Gundoaldo e o Rei Autari o nomeou Duque da cidade de Asta (Leste=Asti). Autari reinou por sete anos. Acquo (Agilulfo), Duque de Turingia, partiu de Turim e se uniu ? Rainha Teodolinda tornando-se Rei dos Longobardos. Agilulfo matou os duques que se opunham a ele, Zangrolf de Verona, Mimulf da ilha de S. Giuliano, Gaidulf de B?rgamo e os outros que lhe eram rebeldes. Acquo (Agilulfo) genou com Teodolinda uma filha de nome Gunperga e reinou por seis anos. Depois dele, reinou Arioaldo por doze anos. Depois ainda reinou Rotari, da dinastia dos Arodingi. Ele destruiu as cidades e as fortalezas dos Romanos que se encontravam ao longo do litoral, dos arredores de Luni at? ? terra dos Francos e ? leste at? Oderzo. Combateu junto ao rio Scultenna e naquela batalha ca?ram oito mil Romanos. 7. Rotari reinou por dezessete anos. Depois dele reinou Ariperto por nove anos e depois reinou Grimoaldo. Naquele tempo, o Imperador Costantino partiu de Constantinopla e veio para a regi?o da Campania, depois se deslocou para a Sic?lia e foi morto pelos seus. Grimoaldo reinou por nove anos e depois reinou Pertarito. Hist?ria dos Lombardos Historia Langobardorum Paulo Diacono Paulus Diaconus Traduzione di Peruto Daniela Primeiro Livro 1. A regi?o setentrional, tanto mais ? afastada do calor do sol e fria pelo gelo das neves, mais ? saud?vel para o corpo humano e adequada a difundir as estirpes. Ao contr?rio, as regi?es dispostas ao sul, s?o mais pr?ximas ao sol, tanto mais s?o ricas de doen?as e pouco adequadas para fazer crescer os mortais. Deste modo, acontece que muitos povos nascem sob a ursa, assim que toda aquela regi?o, do Tanai ao ocidente, mesmo se nela mesma, cada uma das localidades t?m um nome pr?prio, ? chamada de modo comum, Germ?nia. Quando os Romanos a ocuparam, chamaram as duas prov?ncias al?m do Reno de Germ?nia Superior e Germ?nia Inferior. Desta populosa Germ?nia, in?meros grupos de prisioneiros foram levados embora e dispersos, vendidos como escravos junto aos povos do sul. Mas ? verdade tamb?m que muitas estirpes sa?ram dela, porque gera muitas a ponto de n?o poder nutri-las e deste modo, afligiram partes da ?sia e, principalmente, a cont?gua Europa. Isto ? testemunhado pelas cidades destru?das em todo o L?rico e na G?lia, mas sobretudo aquelas da sofrida It?lia, que experimentara a crueldade de quase todos aqueles povos. Pela Germ?nia, uniram-se os V?ndalos, os Rugi, os Eruli, os Turcilingi e outros povos ferozes, b?rbaros. Do mesmo modo, chegou ? estirpe dos Winili, ou seja, os Lombardos, que depois reinou de forma feliz na It?lia. Eles tamb?m s?o germ?nicos, mesmo se muitos narram que eles desceram da ilha Escandinava. 2. Desta ilha, fala tamb?m Plinio Segundo nos seus livros sobre a natureza das coisas. Ela, como nos contam aqueles que a visitaram, n?o ? sobre o mar, mas ? circundada por ondas marinhas, estas penetram no interior da terra, favorecida pelo baixo n?vel das suas costas. As popula??es se estabeleceram ali, muito prol?ficas, n?o podendo mais habit?-las todas juntas, se dividem, como ? contado, em tr?s partes, e com o sorteio escolheram quem devia deixar a terra dos pais. 3. Assim, aquela parte a quem tocou a sorte de ter que abandonar o seu pa?s e procurar terras estrangeiras, foram dados dois chefes, Ibore e Aione. Dois irm?os jovens, florentinos e os mais fortes de todos. Saudaram a todos juntos aos seus caros e a terra dos pais, depois sa?ram em marcha para encontrar novas terras para morar e estabelecer a pr?pria base. Entre eles, estava a m?e dos dois l?deres, se chamava Gambara, mulher de grande talento e que provia a aconselhar e fornecer sabedoria. Nos momentos de incerteza, eles contavam com ela, sempre. 4. N?o pretendo me afastar do assunto tratado, se por algum tempo inverto a ordem da narrativa e conto, em breve, at? que a minha pena se encontre na Alemanha, por um prod?gio, que l? ? conhecido por todos, al?m de qualquer outra coisa. Nos extremos territ?rios da Alemanha, na dire??o do norte, nas margens do Oceano, sob um alto penhasco, se encontra uma cavidade onde sete homens, n?o se sabe h? quanto tempo, repousam adormecidos em um longo sono, ?ntegros n?o s? no corpo mas tamb?m nas roupas, exatamente porque resistem sem serem corrompidos depois de tantos anos, s?o objeto de venera??o, por parte daquelas pessoas incultas e b?rbaras. Eles, naquelas roupas, parecem Romanos. De tal forma levados pela gan?ncia, quiseram despir um e pelo que se conta, logo secarem-se os bra?os. Esta puni??o apavorou os outros, assim ningu?m ousou mais toc?-los. Pode-se imaginar, por qual motivo a divina Provid?ncia os conserva intactos por tantas esta??es, talvez porque um dia, acha-se que por serem apenas crist?os, acordando, com a sua prega??o levar?o a salva??o ?queles povos. 5. Perto deste lugar, moravam os Scritobinos. Assim se chama aquela gente que nem no ver?o est?o livres das neves e das feras. Eles se nutrem apenas de carne crua dos animais selvagens e com as suas peles ?speras tentam se cobrir. Fazem derivar o seu nome de um voc?bulo que na sua linguagem b?rbara significa “saltar", de fato, d?o a ca?a ?s feras, correndo em saltos, sobre madeiras curvas com uma certa arte em forma de arco. Perto deles, vive um animal parecido com o cervo, eu mesmo vi uma roupa feita com a sua pele, deixada ?spera com pelos como era sobre o animal, era semelhante a uma t?nica, longa at? os joelhos como eles usam da forma que me foi referido. Nestes lugares, nos dias de solst?cio de inverno, apesar de ter a luz do dia, o sol nunca ? visto e os dias s?o curt?ssimos, mais que em qualquer outro lugar e as noites mais longas. De resto, tanto mais nos afastamos do sol, tanto mais se est? mais baixo no horizonte, as sombras se alongam. Na It?lia, como escreveram os antigos, no dia de Natal, a sombra do corpo humano mede nove p?s, eu na G?lia Belgica, em um lugar chamado Villa di Tatone, medindo a minha sombra a encontrei com dezenove p?s e meio. Assim, ao contr?rio, quanto mais nos aproximamos do sol, indo para o sul mais as sombras se tornam curtas, a ponto que durante o solst?cio de ver?o, quando o sol est? a meio c?u, no Egito, em Jerusal?m e nas regi?es pr?ximas, n?o se veem sombras. Na Ar?bia, no mesmo per?odo, o sol ? visto al?m da metade do c?u, no sentido setentrional e, por consequ?ncia, as sombras est?o voltadas para o sul. 6. N?o muito longe da costa do que falamos antes, na dire??o do ocidente, onde o Oceano se estende sem fim, h? aquele profund?ssimo abismo de ?gua que normalmente ? chamado "umbigo do mar”, dizem que duas vezes por dia engole as ondas do mar e duas vezes as rejeita, como ? demonstrado pela rapidez da mar? naquelas praias. Um abismo parecido ou v?rtice ? chamado, pelo poeta Virgilio, Cariddi; ele o p?e no estreito da Sic?lia e o descreve assim: Ocupa o lado direito da Sic?lia, o esquerdo a inabal?vel Cariddi e tr?s vezes do profundo v?rtice da imensid?o engole as grandes ondas em seu abismo e de novo o ar e volta a atirar-se, flagelando com as ondas as estrelas. Do v?rtice que falamos antes, ? dito que arrasta violentamente os navios, t?o r?pido a ponto de igualar o voo das setas atrav?s do ar, tanto que ?s vezes se perdem sem escapar naquele horroroso abismo. Geralmente, em vez disso, enquanto j? est?o para serem submersos, s?o rejeitados para longe da ?gua de forma imprevista e com a mesma velocidade com a qual as sugou. ? dito que um outro v?rtice semelhante se encontra entre a ilha Brit?nica e a G?lia, isto ? confirmado por aquilo que acontece nas praias da Sequania e da Aquitania. Estas duas vezes por dia s?o submersas inesperadamente, tanto que se algu?m ? surpreendido um pouco longo da costa, consegue escapar com dificuldade. Podem ser vistas as ?guas dos rios daquelas regi?es subirem rapidamente na dire??o da fonte por muitas milhas e as ?guas doces tornarem-se amargas. A ilha de Evodia est? a trinta milhas das praias da Sequania, mas os seus habitantes afirmam ouvir o barulho das ?guas que s?o descarregadas naquelas de Cariddi. Ouvi falar por uma pessoa que desfruta de grande estima entre os Galeses que muitos navios que foram levados por uma tempestade, acabaram sendo engolidos por este v?rtice. Um apenas daqueles homens que se encontrava em um daqueles navios conseguiu se salvar, foi encontrado flutuando ainda vivo, ?nico entre os seus, arrastado pelas violentas correntes na dire??o do precip?cio, chegou ? beira daquele terr?vel abismo, j? morto de medo, viu aquele buraco enorme profund?ssimo sem fim, quando j? tinha perdido a esperan?a foi jogado contra uma pedra, onde se agarrou. Toda a ?gua tinha flu?do no turbilh?o deixando descoberto o fundo do mar e enquanto ele esperava angustiado e cheio de medo pelo fim inevit?vel, inesperadamente, viu aparecer grandes montanhas de ?gua, elas subiam do fundo; em primeiro lugar, viu ressurgir os navios que tinham sido engolidos, assim quando um lhe chegou perto, ele se segurou com todas as for?as. Em um instante, rapidamente, ele voou pr?ximo ? costa, assim fugiu da cruel sorte e pode em seguida contar o perigo que correu. Ainda no nosso mar, o Adri?tico, mesmo se em modo menor, invade as praias das Venezas e de Istria, assim podemos pensar que haja redemoinhos, claro pequenos e escondidos, que engolem e rejeitam as ?guas adri?ticas e dos outros mares it?licos. Depois de ter referido estas coisas, ? hora de retomar a narrativa. 7. Sob a guia de Ibore e Aione, os Winili sa?ram da Escandin?via e chegaram em uma regi?o chamada Scoringa, onde pararam por alguns anos. Naquele tempo, Ambri e Assi, l?deres dos V?ndalos, incitavam com guerras cont?nuas todas as popula??es pr?ximas. Encorajados pelas muitas vit?rias, mandaram aos Winili mensageiros com a solicita??o de um tributo, dando como alternativa a guerra. Assim, Ibore e Aione, levados pela m?e Gambara, decidiram que era melhor defender a liberdade com as armas do que aceitar a inf?mia de pagar o tributo. Deste modo, mandaram mensageiros com a resposta aos V?ndalos, esta dizia que combateriam em vez de submeter-se. Naquele tempo, os Winili estavam todos na flor da idade juvenil mas escassos em n?mero, pois eram s? um ter?o de um povo que vive em uma ilha n?o muito grande. 8. A este ponto, os antigos contam uma f?bula rid?cula. Os V?ndalos ficaram com Godan para pedir a vit?ria sobre os Winili, mas o Deus respondeu que teria dado a vit?ria ?queles que tivessem visto em primeiro lugar o nascer do sol. Gambara em vez disso, ficou com Freia, mulher de Godan, e pediu a vit?ria para os Winili, a deusa deu-lhe um conselho: disse que as mulheres deviam soltar os cabelos e ajust?-los em torno ao rosto como uma barba, depois tinham que se unir aos homens e dispor-se com eles na batalha em um lugar onde fossem vis?veis por aquela janela por onde Godan costumava olhar para o oriente. Assim, os Winili fizeram e, ao nascer do sol, Godan viu as mulheres arrumadas daquele modo e n?o vendo o engano, perguntou ? sua mulher: «Quem s?o aqueles Longobarbas?». Ent?o Freia lhe pediu para dar a vit?ria ?queles a que tinha apenas dado o nome. Assim, Deus deu a vit?ria aos Winili. S?o coisas de pouca conta e rid?culas, onde a vit?ria n?o ? m?rito do valor dos homens mas esbanjada pelos Deuses. 9. De todo modo, ? certo que, daquele momento, os Winili foram chamados Longobardos exatamente pela particularidade da sua longa barba nunca cortada. Do resto na sua l?ngua“lang”, significa longa, e “bard”, barba. Wotan, que ao mudar uma letra torna-se Gotan, ? o mesmo que os Romanos chamam Merc?rio e ? adorado como Deus por todos os povos da Germ?nia. Remonta antigamente que este Deus n?o estivesse na Germ?nia mas na Gr?cia. 10. Assim os Winili, chamados tamb?m Longobardos, atacaram em batalha, com f?ria, lutando pela gl?ria de serem livres, conquistaram a vit?ria. Sucessivamente, atingidos pela carestia naquela prov?ncia chamada Scoringa, perderam muito da sua coragem. 11. Emigrando daquelas regi?es, enquanto se preparavam para entrar em Mauringa, encontraram o caminho fechado pelos Assipittos, estes estavam decididos a n?o permitir o tr?nsito nas suas terras sob qualquer condi??o. Os Longobardos, visto o grande n?mero de inimigos e o seu ex?guo ex?rcito, n?o ousaram entrar em batalha. Decidindo assim o que fazer, na necessidade, planejaram um estratagema, fizeram acreditar aos inimigos de ter no pr?prio campo dos Cinocefalos, homens com a cabe?a de cachorro, que combatem sem parar e bebem o sangue dos inimigos mortos ou, no caso de n?o conseguir apoderarse de um inimigo, matam a sua sede com o pr?prio. Para dar cr?dito a estas vozes, ampliam o campo e as tendas, al?m de acender muit?ssimos fogos. Os inimigos ca?ram no engano e n?o ousaram mais tentar a sorte naquela guerra que antes a procuravam. 12. Os Assipittos, todavia, tinham entre si um guerreiro considerado fort?ssimo e com este fort?ssimo campe?o queriam obter a vit?ria. Proporam ent?o aos Longobardos escolher um verdadeiro campe?o para medir-se em duelo com eles. O pacto firmado era que se tivesse vencido o guerreiro Assopitto, os Longobardos, teriam voltado sobre os seus passos renunciando a passar por aquelas terras; se vencesse, o Longobardo teria o caminho livre. Os Longobardos estavam incertos sobre o qual escolher entre eles para mandar contra aquele fort?ssimo guerreiro. Assim, uma tal condi??o servil, se ofereceu para combater por conta dos Longobardos contanto que a ele e a todos os seus descendentes fosse retirada a mancha da escravid?o. O que dizer mais? Os Longobardos, reconhecidos aceitaram e prometeram conceder-lhes o que ele solicitava. Ele, ao sair das filas longobardas, enfrentou o inimigo, obteve o direito de passagem para os Longobardos e por si e os seus caros, a liberdade. 13. Ao chegarem finalmente em Mauringa, os Longobardos decidiram retirar a escravid?o a muitos para aumentar o n?mero de combatentes. A eleva??o destes ao estado de homens livres previa uma cerim?nia com o presente de uma flecha e o murmuram de uma antiga f?rmula na l?ngua de seus pais. Depois deste ato, sa?ram da Mauringa e entraram em Golanda onde pararam por algum tempo, diz-se ali?s que pararam por algum tempo, alguns anos. Ocuparam Anthab, Banthaib e Vurgundaib, podemos considerar que s?o vilas ou locais de pouca import?ncia. 14. IV (quarto) s?culo. Mortos no meio tempo Ibore e Aione, que tinham guiado os Longobardos fora da Escandin?via e governado at? este ponto, n?o querendo ser submetidos s? aos Duques imitando as outras estirpes germ?nicas, elegeram um seu Rei. Reinou primeiro Agelmondo, filho de Aione, tra?a a sua dignidade dos Gugingos, uma estirpe que entre eles era a mais nobre. Os avos persistiram pois ele reinou por trinta e tr?s anos. 15. Naquele tempo, uma meretriz, que tinha dado ? luz sete crian?as, m?e cruel mais que uma fera, jogou-os em uma lagoa para deix?-los morrer. Se isto parece estranho e algu?m acredita ser imposs?vel, releia os escritos dos antigos onde encontrar? que n?o s? sete, mas tamb?m nove crian?as foram geradas de uma s? vez, isto foi t?pico principalmente entre os Eg?pcios. O Rei Agelmondo, passando por aquela lagoa, vendo as pobres crian?as, parou o cavalo e com a lan?a tentou remov?-los, um deles alongou a m?o e segurou a haste do Rei. Agelmondo, profundamente atingido, declarou que se tornaria um grande e depois de tir?-lo da ?gua o confiou aos cuidados de uma ama, deu tamb?m a ordem que fosse criado com todos os cuidados e visto que tinha sido retirado de uma lagoa, que na sua l?ngua se diz “lama”, deu-lhe o nome de Lamissione. Crescido, Lamissione tornou-se corajoso e tamb?m o mais valoroso na guerra, tanto que se torna regente com a morte de Agelmondo. Conta-se que um dia, enquanto os Longobardos estavam em marcha com o seu Rei, chegando nas margens de um rio, ali encontraram o passo bloqueado pelas Amazonas. Lamissione se jogou no rio e foi combater com a mais forte delas, a matou e conquistou gl?ria para si e a passagem para os Longobardos. Tinha, de fato, sido estabelecido um pacto entre os dois ex?rcitos, se as amazonas tivessem vencido Lamissione, os Longobardos teriam se retirado do rio, se em vez disso, tivesse vencido Lamissione, os Longobardos teriam tido o direito de atravessar o rio. Todavia, a cronologia desta narrativa parece pouco cr?vel, quem conhece as hist?rias dos antigos sabe que a estirpe das Amazonas foi exterminada tanto tempo antes e que era colocada em locais diferentes destes. Considerando por?m que as antigas hist?rias foram conservadas com dificuldade e de modo vago e impreciso, pode-se supor que uma parte delas continuou a existir naquelas remotas terras selvagens da Alemanha. Do resto tamb?m eu ouvi dizer que nas remotas regi?es internas da Alemanha ainda hoje vive uma tribo destas mulheres. 16. Atravessado o rio, os Longobardos alcan?aram novas terras e ali moraram por algum tempo. Como aqueles locais eram tranquilos e sem suspeita de m?s surpresas, se tornaram menos atentos e negligenciaram a seguran?a, coisa que ? sempre m?e de calamidades e que trouxe-lhe uma desventura n?o pequena. De fato, ? noite, enquanto todos repousavam relaxados e sem nenhuma precau??o, inesperadamente ca?ram sobre eles os Burg?ndios. Muitos foram feridos e muitos outros abatidos, como tamb?m o Rei Agelmondo, al?m disso arrastaram em escravid?o a ?nica filha. 17. Depois desta desfeita, pensaram em recuperar as for?as, pois os Longobardos deramse como Rei aquele Lamissione de quem t?nhamos falado. Este ?ltimo, com o ardor da idade juvenil, estava pronto a medir-se em guerra para vingar a morte de Agelmondo, aquele que o tinha criado. Voltou assim as armas contra os Burg?ndios, mas no primeiro confronto os Longobardos voltaram as costas ao inimigo e se refugiaram no acampamento. Vendo isso, o Rei Lamissione, encobrindo tudo com a voz, gritou aos seus guerreiros que se lembrassem do ultraje sofrido, revendo a vergonha, como os inimigos degolaram o seu rei, de que modo tinham conduzido em escravid?o sua filha, ela que eles tinham esperado ver sua rainha. Incitou-os a defender com as armas a si mesmos e os pr?prios caros, dizendo que ? melhor morrer em batalha que suportar o esc?rnio dos inimigos como escravos sem valor. Gritando estas coisas, amea?ando e fazendo promessas, encorajou os ?nimos para enfrentar a batalha, disse tamb?m que se tivesse visto algu?m combater em condi??o servil, lhe teria dado al?m dos pr?mios tamb?m a liberdade. Inflamados pelas incita??es e pelo exemplo de seu chefe, que em frente a todos tinha se lan?ado na batalha, Longobardos irromperam fazendo massacres, assim colheram a vit?ria sobre os seus vencedores, vingando a morte do pr?prio rei e os males sofridos. Dos despojos dos inimigos mortos, recolheram tamb?m um grande saque e isto os tornou mais audazes para enfrentar os riscos da guerra. 18. Morto Lamissione que tinha sido o segundo Rei dos Longobardos, subiu ao trono Lethu. Ele reinou por aproximadamente quarenta anos e deixou ou trono para Hildehoc que foi o quarto Rei e ? sua morte, o quinto foi Godehoc. 19. Naquele tempo, entre Odoacre, que h? alguns anos reinava na It?lia e Feleteo, chamado Feba, Rei dos Rugios, teve origem uma grande inimizade. Na ?poca, Feleteo habitava as terras al?m do Dan?bio, aquele que exatamente o Dan?bio divide-se de Norico. Sempre naquele territ?rio, havia o mosteiro do beato Severino, que ali vivia em santa abstin?ncia e, no tempo, j? era digno de grande estima pelas suas muitas virtudes. E apesar de ter vivido naquele lugar at? ? morte, agora N?poles ? que conserva os seus m?seros e pequenos despojos. O beato Severino tinha com frequ?ncia tinha advertido Feleteo e a sua mulher Gisa de abster-se da iniquidade, mas eles, desprezando as suas palavras, n?o o ouviram assim o beato previu a eles aquelas desventuras que depois os atingiram. Odoacre assim, recolhidos os povos sob o seu comando, Turcilingios, Erulos, parte dos Rugios a ele j? submetidos e tamb?m outros da Illiria, entrou em Rugiland, derrotou os Rugios, realizou um massacre quase total e matou tamb?m o Rei Feleteo. Voltando para a It?lia, depois de ter devastado toda a regi?o, levou consigo muit?ssimos prisioneiros, deixando aquelas terras quase desabitadas. Ent?o, os Longobardos, aproveitando do momento, deixaram a sua regi?o para ocupar o Rugiland. Em latim Rugiland significa "a terra avita dos Rugios”, esta era uma terra muito f?rtil e aqui os Longobardos moraram por muitos anos. 20. No curso destes eventos, morreu Godehoc a quem sucedeu seu filho Claffone. Morto tamb?m Claffone, que era o s?timo, subiu ao trono o filho Tatone. Abandonado tamb?m os Rugiland, os Longobardos habitaram em campos abertos, em l?ngua b?rbara chamados “feld". H? tr?s anos, os Longobardos moravam nestas terras quando irrompeu a guerra entre Tatone e Rodulfo, Rei dos Erulos. Os dois soberanos tentaram firmar um pacto de amizade entre Erulos e Longobardos, mas acendeu-se a disc?rdia entre eles. A causa foi esta, um irm?o do rei Rodulfo tinha vindo oferecer a paz a Tatone, conclu?da a miss?o, enquanto voltava para a sua p?tria, aconteceu de passar em frente ? casa da filha do Rei, Rumetruda, esta, curiosa pelo grande ex?rcito que o acompanhava, perguntou quem era o homem circundado por uma nobre corte t?o importante, lhe responderam que se tratava do irm?o de Rodulfo Rei dos Erulos, que depois de ter instalado a embaixada em Tatone, voltava para a p?tria. Rumetruda mandou um mensageiro para convid?-lo para vir at? ele, oferecendo-lhe uma ta?a de vinho. Ele, de cora??o aberto como era, aceitou. A garota, vendo que era de pequena estatura, com a arrog?ncia que nasce do orgulho, o humilhou com palavras de esc?rnio, o nobre homem, ardendo de vergonha e junto ? raiva, lhe respondeu com palavras que na garota provocaram uma perturba??o ainda maior. Rumetruda, acesa com furor feminino, n?o conseguindo segurar a dor no esp?rito, apressou-se a continuar o mal que a sua irrespons?vel mente tinha concebido. Simulou sentir-se ofendida, com o vulto sorridente e doces palavras adulou o seu h?spede, o fez sentar em um lugar com as costas voltadas a uma janela que tinha feito cobrir com um tecido precioso, como para render honrarias ao seu h?spede, na realidade n?o queria deix?-lo suspeito. Neste ?nterim, a besta feroz, tinha dado ordem aos seus servos para tomarem posi??o por tr?s da janela, e ao seu sinal, ou seja, quando ela estivesse voltada ao mordomo, tivesse ordenado «misturar» de golpe?-lo com as lan?as. E assim ocorreu. Assim que aquela cruel mulher deu o sinal, as ordens cru?is foram cumpridas. O irm?o de Rodulfo, atravessado pelas lan?as, caiu no ch?o e deu seu ?ltimo suspiro. Quando foi contado a Rodulfo a cruel sorte do irm?o, ele sofreu muito e se acendeu nele o forte desejo da vingan?a. Assim rompeu o pacto que tinha acabado de firmar com Tatone e declarou guerra. O que acrescentar a isso? O encontro ocorreu em campo aberto. Rodulfo, depois de ter implantado as suas tropas para a batalha (512 aproximadamente), certo da vit?ria, se retirou no seu acampamento onde jogava na mesa. Naqueles tempos, os Erulos eram treinados para a guerra e conhecidos por ter derrotado muitos povos. Os Erulos combatiam nus, tanto por serem mais ?geis quanto pelo fato de n?o dar import?ncia ?s feridas feitas pelos inimigos; assim combatiam com coberto s? aquilo que era preciso para o pudor. Rodulfo, enquanto jogava tranquilo na mesa, ordenou a um servo de subir sobre uma ?rvore ali pr?xima para comunicar-lhe do andamento da vit?ria. Tendo absoluta confian?a nos seus, amea?ou o servo de mandar cortar-lhe a cabe?a se ele ousasse dizer-lhe que os Erulos estavam em fuga. O servo, mesmo vendo logo que o ex?rcito do seu Rei se dobrava, n?o disse nada, ali?s, interrogado sempre mais frequente pelo Rei, respondeu que eles combatiam magnificamente. N?o ousou dizer nada mesmo quando viu as ?ltimas tropas de Erulos voltar as costas aos inimigos, ent?o mesmo se tarde, irrompeu em lamentos. «A? de ti, miser?vel Erolia» disse, «que ?s perseguido pela ira do c?u». Com estas palavras o Rei, perturbado, perguntou: «N?o ser? em vez disso que os meus Erulos est?o voltando fugindo?». E o servo: «N?o eu, mas tu mesmo, oh senhor, o disseste». Assim como acontece com frequ?ncia nestes casos, incertos sobre o que fazer, colhidos de surpresa com a vinda dos Longobardos, foram massacrados. Tamb?m o Rei, mesmo realizando v?os atos de hero?smo, foi morto. No entanto, o ex?rcito dos Erulos fugia aqui e ali, disperso e a ira do c?u os golpeou, eles correndo pela plan?cie estendida, verdejante por plantas de linho, acreditaram que poderiam atravessar as ?guas a nado, assim tentaram atravess?-las e enquanto estendiam inutilmente os bra?os, foram cruelmente golpeados pelas espadas longobardas. Eles, completada a vit?ria, se dividiram com o grande saque no campo dos Erulos. Tatone pegou a bandeira de Rodulfo, por eles chamado “bando” e tamb?m o elmo que era comum usar na guerra. Daquele momento, os Etrulos, perderam a import?ncia entre os povos, a ponto que n?o tiveram mais um Rei. Os Longobardos por sua vez, ficando mais ricos e aumentado notavelmente o ex?rcito com os povos submetidos, iniciaram a procurar outras guerras sem ser provocados e aumentar notavelmente em qualquer lugar a sua fama e o seu valor em batalha. 21. Mas Tatone n?o pode se alegrar muito com este triunfo, pouco depois foi enfrentado e morto por Wacone filho de seu irm?o Zuchilone, assim Wacone teve que enfrentar Ildichi, filho de Tatone. Wacone derrotou tamb?m Ildichi que foi obrigado ao ex?lio e refugiou junto aos Gepidos onde viveu at? a sua morte. Por este motivo, entre Gepidos e Longobardos nasceu uma longa inimizade. Sempre nestes tempos, Wacone agrediu os Svevos e os submetidos. Se algu?m colocasse isso em d?vida, releia-se o edito de Rotari sobre as leis longobardas e em quase todos os c?digos encontrar? aquele que nos falamos nesta pequena hist?ria. Wacone teve tr?s mulheres: a primeira, Ranecunda, era filha do Rei dos Turingos, depois casou-se com Astrigosa, filha do Rei dos Gepidos e desta teve duas filhas, Wisigarda, que foi mulher de Teodeberto Rei dos Francos, Salderada, a outra filha casou com Cusupaldo, um outro Rei dos Francos, este por?m tomou-se de ?dio e a deu como esposa a um dos seus homens, um tal Gariboldo. Wacone teve depois uma terceira mulher, Salinga, filha do Rei dos Erulos, esta deu a Wacone um filho que ele chamou Waltari. Com a morte de Wacone, Waltari se torna o oitavo rei longobardo. Todos estes Reis eram Lithingos, uma nobre estirpe longobarda. 22. Waltari manteve o reino por sete anos antes de morrer, depois dele o nono Rei a conquistar o reino foi Audoino que pouco depois levou o povo longobardo para Pannonia. 23. A hostilidade entre Gepidos e Longobardos ? enfim enfrentada e tanto uma parte quanto a outra se preparava para a guerra. Chegou assim o dia da batalha, os lados se enfrentaram obstinadamente e nenhum dos dois conseguia prevalecer sobre o outro. Aconteceu que, durante o combate corpo a corpo, se encontraram Alboino filho de Audoino e Turismondo filho do Rei Gepido Turisindo, Alboino, golpeando-o com a espada, o fez cair do cavalo e o matou, os Gepidos vendo o filho do Rei morto, perderam a cabe?a. De resto, Turismondo sustentava a parte maior do cansa?o em batalha, assim em breve, os Gepidos fugiram. Os Longobardos os perseguiram com obstina??o, derrotando e matando-os quanto mais fosse poss?vel, depois voltaram atr?s a pegar os despojos dos mortos. Depois de ter desfrutado a fundo a vit?ria, os Longobardos voltaram ?s suas bases e sugeriram ao Rei Audoino de convidar ao seu conv?vio Alboino, aquele que com o seu valor tinha obtido a vit?ria, assim como foi companheiro do pai no perigo, assim o fosse no conv?vio. Audoino respondeu que n?o podia faz?-lo para n?o infringir a tradi??o de sua gente: «Voc?s sabem» disse, «que entre n?s n?o ? permitido que um filho fique em conv?vio com o pai se antes n?o tiver recebido como presente armas das m?os de um Rei estrangeiro». 24. Ao ouvir estas palavras do seu pai, Alboino pegou apenas quarenta guerreiros e foi a Turisindo Rei dos Gepidos, aquele com o qual pouco antes tinha combatido em guerra, e lhe exp?s o motivo da visita inesperada. Este o acolheu com bondade e o fez sentar ? sua direita onde geralmente costumava sentar Turismondo, o filho h? pouco morto em batalha. Assim, acontece que enquanto a mesa variadamente arrumada ia se enchendo de comida, Turisindo foi oprimido pelo pensamento do filho morto que geralmente sentava-se naquele lugar onde agora estava o seu assassino, assim enfim, depois de dar profundos suspiros, deu voz ? sua dor e disse: «Este lugar me ? caro e para mim muito triste ver quem hoje est? sentado». Ent?o, estimulado pelas palavras do pai, o outro filho do Rei, que estava presente na sala, come?ou a insultar com inj?rias os Longobardos, ridicularizando o seu h?bito de cobrir-se com pequenas faixas brancas a parte baixa da perna, «s?o como aqueles cavalos que t?m os p?s brancos at? o joelho», afirmou, «N?o prestam para nada os cavalos aos quais voc?s se parecem». Com estas palavras, um Longobardo respondeu:«V? ao campo Asfeld e ali ter? a prova do quanto chutam estes cavalos que fala; l? onde jazem dispersos os ossos do seu irm?o, como aqueles de um jumento que n?o vale nada». Ao ouvir isto, os Gepidos, n?o suportando a humilha??o, pularam de raiva e tentaram vingar-se da inj?ria. Os Longobardos, apesar disso, colocaram a m?o no cabo das espadas prontos para combater mas o Rei, levantando da mesa, se colocou no meio, contendo os seus da ira e do combate e amea?ou punir quem por primeiro tivesse iniciado a batalha e tamb?m que «N?o agrada a Deus a vit?ria de quem mata o h?spede na sua casa». Acalmada deste modo a disputa, retomou o conv?vio com ?nimo alegre. Turisindo tomou as armas do filho Turismondo e as deu ? Alboino e o reenviou inc?lume ao reino do pai. Ao voltar ao pai, Alboino desde ent?o tornou-se seu conviva e enquanto recebia o luxuoso tratamento de Rei, contava de modo ordenado tudo que lhe tinha acontecido com os Gepidos no reino de Turisindo. Os presentes ficaram admirados e louvaram tanto a aud?cia de Alboino quanto a nobre lealdade do Rei Gepido. 25. Neste per?odo, Giustino Augusto regia com prosperidade o imp?rio Romano, concluiu vitoriosamente muitas guerras e tamb?m na legisla??o civil deixou a sua marca. Com o patr?cio Belisario derrotou definitivamente os Persas e, sempre por obra do general Belisario, apagou, exterminando-os, a estirpe dos V?ndalos capturando tamb?m o seu chefe Gelismero. Assim, reconquistou o Imp?rio Romano, depois de noventa e seis anos de dom?nio dos b?rbaros e toda a ?frica Romana. Depois, ainda com o valor de Belisario, derrotou na It?lia a estirpe dos Gotos, aqui tamb?m capturou o seu Rei Vitige e depois ainda os Mauros com o seu Rei Amtalan, que infestavam a ?frica. Sempre com a guerra submeteu tamb?m outras pessoas e por isso mereceu o t?tulo de Alamannico, G?tico, Franco, Germ?nico, Antico, Alanico, Vandalico e Africano. Colocou ordem nas leis dos Romanos, que tinham se tornado muito prolixas e com frequ?ncia in?teis e contradit?rias, aboliu as numerosas promulga??es dos muitos princ?pios que o tinham precedido em s? doze livros e chamou este volume de C?digo Justiniano. Tamb?m as leis de cada um dos magistrados e ju?zes, que alcan?avam quase dois mil livros, os organizou em cinquenta e chamou esta obra de C?digo dos Digestos ou das Pandette. Na nova forma, comp?s os quatro livros das Institui??es que re?nem os princ?pios gerais de todas as leis. Disp?s tamb?m que as novas leis emanadas por ele fossem reunidas em um volume e o chamou de C?digo Delle Novelle. Dentro dos muros de Constantinopla fez erguer um templo a Crisostomo, ? Sabedoria de Deus Pai e o chamou com o voc?bulo grego Agian Sophian, ou seja, Santa Sabedoria. A constru??o ? magn?fica e audaz, tanto que em nenhuma parte do mundo pode-se ver uma semelhante. Giustiniano era de f? cat?lica, dirigido a operar e justo nas senten?as e ? por isso que tudo lhe sa?a bem. Sob o seu reino, em Roma, vivia Cassiodoro, excelente tanto na ci?ncia humana quanto nas coisas divinas, em particular comp?s, com esp?rito elevado e aguda interpreta??o, os Salmos mais obscuros. Cassiodoro foi primeiro c?nsul, depois senador e enfim monge. No mesmo per?odo, tamb?m o abade Dionigi se estabeleceu em Roma e com grande per?cia calculou o ciclo Pascoal. E ainda, Prisciano compreendeu as mais profundas leis da arte da gram?tica e Aratore, subdi?cono da igreja de Roma, colocou em versos m?tricos os atos dos Ap?stolos. 26. Neste mesmo tempo, tamb?m o nosso beato padre Benedetto brilhou pelos m?ritos da sua extraordin?ria vida e as virtudes apost?licos, antes em Subiaco, um lugar a quarenta milhas de Roma e depois na cidadela de Cassino chamada tamb?m “La Rocca”. Como ? sabido, o beato Papa Gregorio nos seus Di?logos estendeu com belo estilo uma sua biografia. Eu tamb?m, elenquei em “metro eleg?aco” um a um os seus milagres, dispondo-os em simples d?sticos assim: De onde iniciarei com os teus triunfos, oh Benedetto santo com o ac?mulo de tuas virtudes de onde iniciarei? Gl?ria a ti, padre beato, que com o pr?prio nome revelas o teu m?rito! Brilhas da luz do s?culo, Gl?ria a ti, padre beato! Norcia, quanto puder une-te ao louvor ou a tu exaltada para quem, t?o grande criou; Oh tu que ao mundo trazes o sol, Norcia, quanto puder une-te ao louvor. Oh crian?a labuta com prest?gio, que com os costume trascende os seus anos E os velhos que ultrapassa, oh crian?a labuta com prest?gio! Oh flor tua, oh para?so, n?o curou aquilo que floresce no mundo, N?o curou o esplendor de Roma a tua flor, oh para?so. Recolhe amargurada a ama os peda?os do vaso partido, Feliz pode restituir o vaso recomposto a ama. Aqueles que de Roma t?m o nome escondem entre os penhascos a reclusa; oferece a ajuda da sua piedade aqueles que de Roma t?m o nome. De Louvor a ti, Cristo, ressoam os antros escondidos a todos os mortais; O frio, os ventos g?lidos, as neves corajosamente os suportas por tr?s anos; No amor a Deus n?o curas o frio, os ventos g?lidos, as neves. ? aceito o engano venerando, louvam-se os furtos que inspiram a piedade; Pois com ele se nutriu o homem consagrado a Deus, ? aceito o engano. D? o sinal que o alimento chegou, mas o l?vido quer opor-se; N?o de menos a outra f? d? o sinal que o alimento chegou. De acordo com o rito celebra a festa quem oferece escutar a Cristo; Nutrindo o que jejuar, de acordo com o rito celebra a festa. ?vidos pastores levam ? gruta sustenta??o acolhida Mas leva alimentos desejados para almas serenadas. Fogo apaga fogo, enquanto as carnes s?o dilaceradas pelos arbustos; O fogo carnal ? apagado pelo fogo celestial. Uma morte in?qua ? ocultada, mas de longe ele adverte sagaz; N?o suporta as armas da cruz a morte in?qua ocultada. Corrigem a mente que vagueiam leves hastes e a disciplinam; Leves hastes se fecham deixando fora a peste que vagueia. Um c?rrego de ?gua perene jorra da rocha nativa; os aros de cora??es irrigam a onda perene. No fundo do desfiladeiro tinhas descido, aniquilando ao soltar-se do cabo; voltou a subir na superf?cie, deixando o fundo do desfiladeiro. Ca?do na ?gua enquanto espera a ordem do pai, sobrevive; corre sobre a ?gua, enquanto aguarda a ordem do pai. A onda acompanha a quem seguiu logo a ordem do mestre; a quem n?o sabia onde estivesse correndo, a onda o acompanhou. E tu, pequeno menino, ?s atra?do na onda e n?o te afogues; e interv?m, testemunho verdadeiro tamb?m tu, pequeno menino. Ficam tristes os p?rfidos cora??es agitados da est?mulos maus; inflamem-se do Inferno os p?rfidos cora??es se entristecem. O corvo pega o alimento oferecido pelas m?os benignas; e ao comando leva para longe o alimento mort?fero o corvo. Se o cora??o santo d?i que o seu inimigo seja morto na queda; pela culpa do disc?pulo d?i o cora??o santo; Nas margens amenas do L?rios gloriosos, guias te acompanham; do c?u ca?ste nas margens amenas dos L?rios. Serpente in?qua, tu foste despido do bosque da ?rea; para as pessoas que perdeste, oh in?qua serpente, tu te enfurecesses. Malvado que est?s por cima, vai embora: deixa colocar nos muros os m?rmores; A sua ordem te dobra: vai embora, malvado que est?s por cima. ? visto um fogo voraz elevar-se com falsas chamas; mas tu, Gema reluzente n?o percebes aquele fogo voraz. Enquanto se joga na parede, com dilacera as v?sceras do irm?o; O irm?o volta salvo, enquanto se joga na parede. Parece que isto foi feito escondido, ficaram admirados os glut?es; do dom tido escondido aparece o fato. Tirano feroz, as redes de teu engano s?o v?s. recebas um freio para a tua vida, feroz tirano. Os muros gloriosos de Nuka por nenhum inimigo ser?o abatidos; um turbilh?o – lhe diz – abate os gloriosos muros de Numa. Do fiel inimigo ?s golpeado, para que tu n?o ofere?as o sagrado dom ao altar; Tu ofereces o sagrado dom ao altar; ?s golpeado pelo fiel inimigo. No futuro, ele v? cada recinto do rebanho dado pela m?o a uma estirpe; mas aquela estirpe reconstroi cada recinto do rebanho. Oh servo amigo da fraude, est?s frustrado com as lisonjas da serpente; mas n?o ?s presa da serpente, servo amigo da fraude. Mente arrogante, cala-te: n?o murmura de quem v?s os pensamentos silenciados; tudo se revela ao profeta; cala-te, mente arrogante. Alimentos feitos descer do c?u os ca?am a negra fome; e ao mesmo tempo ? expulsa a negra fome da mente. Ficam at?nitos os cora??es de todos, que tu sem corpo esteja presente; que tu em vis?o de surdina, os cora??es de todos permanecem at?nitos. Ao comando da voz tentam para as l?nguas; fogem do sepulcro ao comando da voz. ao comando da voz n?o ? concedido a eles ficar durante o rito; junto aos ritos sagrados ao comando da voz. Parte-se a terra e do ventre rejeita o corpo sepultado; ao teu comando a terra partida no seu ventre o corpo. O p?rfido drag?o seduz o fugitivo a apressar-se; mas bloqueia o caminho proibido o p?rfido drag?o. Uma doen?a mortal abalou tua cabe?a; ao teu comando foge a doen?a mortal. Piedoso ele promete a quem precisa do metal ocre sem t?-lo; por obra do c?u o piedoso encontra o metal ocre. Tu, digno de compaix?o, que lhe mancha a pele venenosas serpentes; obt?m a pele intacta como antes, oh digno de compaix?o. Fazem alternar as ?speras rochas de vidro, nem sabem parti-las; servem intactas as ?speras rochas de vidro. Por que camareiro, hesitas em oferecer uma gota do vaso? Veja: as jarras esborram. Por que hesitas camareiro? Como podes ter rem?dio tu que n?o tens qualquer esperan?a de salva??o; Tu que sempre d?s morte, como podes ter rem?dios? Ah, velho miser?vel, tu cais com os golpes do inimigo; mas com um golpe voltas a ti, velho miser?vel. As cordas do b?rbaro apertam as m?os inocentes; Sozinhas se desfazem das m?os as cordas do b?rbaro. Aquele soberbo a cavalo berra, grita amea?as, prostrado ao ch?o jaz aquele soberbo a cavalo. Nos ombros, o pai leva o corpo do amado filho extinto; o pai leva nos ombros o filho vivo. Tudo vence o amor: com a chuva ligou a irm? ao beato; fica afastado das p?lpebras o sono, tudo vence o amor. Aceito pela sua simplicidade, voa no alto dos c?us como uma colomba; Alcan?a o reino do c?u, pela sua simplicidade. O abra?ado a Deus, cujo todo o universo se revela, tu que os arcanjos manifestas ou abra?ado a Deus. Em uma esfera de fogo com o justo se levanta no et?reo; o qual ardia um sagrado amor ou fecha uma esfera de fogo. Tr?s vezes chamado alcan?a quem deveria ser testemunha do prod?gio; precioso pelo amor do pai, tr?s vezes chamado chega. O bom l?der, que incentiva combater refor?os com os exemplos o anima te lan?o primeiro entre as armas, oh bom l?der, incentiva combater. Sinais congruentes compila deixando a vida comum; apressando-se na vida, sinais congruentes cumpre. Salmista ass?duo, nunca concedia repouso ? sua pena; cantando a Deus se reprime o ass?duo salmista. Aqueles que s? um cora??o tiveram, envolve um mesmo sepulcro; Igual gl?ria envolve aqueles que tiveram um s? cora??o. Um espl?ndido caminho surge, aceso com tochas cintilantes; um caminho pelo qual o Santo ascendeu espl?ndido apareceu. Ao alcan?ar o recinto rochoso, no seu devaneio obt?m a salva??o; foge do seu devaneio, alcan?a o recinto rochoso. Pobres versos comp?s o suplicante servo em oferta; exilado, pobre, fraco, pobres versos comp?es. Aceitos te sejam, te rogo, oh guia do percurso do c?u; Oh pai Benedetto, te rogamos, te sejam aceitos. N?s compomos tamb?m um hino em “metro i?mbico Arquil?quio”, que cont?m os ?nicos milagres do mesmo Pai Benedetto: Com ?nimo espont?neo, Irm?os, Venham; em Coro unem-se no canto; vivamos as alegrias desta radiosa festividade. Neste dia Benedetto que nos mostra o ?rduo caminho, o nosso pai subiu ao ?ureo reino, colhendo o pr?mio de seu trabalho. Como estrela nova brilhava, que disperde as n?voas do mundo. Ainda ? margem da vida voltou a fugir dos prados floridos do s?culo. Poderoso ao operar milagres, do sopro de Deus inspirado, resplandeceu para prod?gios e previu o que guardava o futuro. Destinado a dar alimentos a tantos, recomp?s o exame do gr?o; escolhendo para si um angustiante c?rcere, o fogo se extingue com fogo. Com a arma da Cruz parte a ta?a que traz o veneno; disciplina a mente que vagueia com o suave flagelo do corpo. Jorram riachos das rochas; o ferro retorna do fundo da ?gua; obedecendo corre nas ondas; com um manto o menino escapa da morte. ? revelado o veneno escondido; o alado realiza os comandos. Um desmoronamento esmaga o inimigo; volta atr?s o rugente le?o. Torna-se leve a pedra im?vel; o pedido imagin?rio se dissipa. Torna saud?vel quem estava despeda?ado; o abuso cometido em outro lugar se revela. Astuto, est? mascarado; indevido que oprime, est? em fuga. J? s?o conhecidos, eventos do futuro; os teus mist?rios mais escondidos, no cora??o. No sonho se p?em as funda??es a terra rejeita os cad?veres. Pelo drag?o ? formado o fugitivo; moedas fazem chover o ?ter. Resiste o cristal ? rocha; esborram de ?leo os jarros. A sua vista desmancha as correntes; os mortos retornam ? vida. O poder de t?o grande luz ? vencido pelo desejo da irm? quanto mais um ama, tanto maior a for?a que decifra para voar no c?u. Reluz na noite um esplendor desconhecido antes das pessoas; percebe-se nele todo o globo, e entre as chamas o Santo em cruz. Entre estas coisas, com a sua palheta tornou claras admir?veis realidades, semelhantes ao n?ctar; tra?ou, de fato, uma linha precisa de vida consagrada para os seguidores. Mas voc?, afinal guia poderoso para seus filhos, seja prop?cio aos suspiros do rebanho; desencadeie ele no bem e se guarde da serpente para seguir no seu caminho. Gostaria de referir aqui um fato que o beato Gregorio n?o menciona na vida de San Benedetto, nosso pai fundador. Quando, por inspira??o divina, vem de Subiaco nestes locais onde agora repousa, foi seguido por tr?s corvos que ele costumava nutrir, eles voaram em torno por cinquenta milhas. Ao chegar a uma encruzilhada, lhe apareceram dois anjos em forma de jovens para indicar-lhe o caminho a tomar. Sempre aqui vivia um Servo de Deus em uma humilde casinha ao qual o c?u tinha dito: «Tenha cuidado destes lugares, um outro amigo est? aqui». Ao chegar aqui, na Rocca di Cassino, Benedetto se mortificou em uma severa e cont?nua abstin?ncia, sobretudo, no tempo de quaresma fazia retiro, afastado dos problemas do mundo. Estas not?cias as encontrei no canto do poeta Marco, que vindo em visita a Benedetto comp?s alguns versos em seu louvor, n?o os mostro aqui em seguida porque n?o quero alongar-me demais na narrativa. Foi com certeza o C?u a conduzir Benedetto neste local f?rtil sob o qual se estende um vale exuberante: queria que aqui se reunisse uma congrega??o de muitos monges, assim como acontece realmente, gra?as ? orienta??o de Deus. A terminar de narrar estas coisas, que n?o podia ignorar, volto ? nossa hist?ria. 27. Audoino, Rei dos Longobardos, teve como esposa Rodelinda, ela gerou-lhe um filho, Alboino, adequada ? guerra e valoroso na a??o. Morto Audoino, o d?cimo Rei foi assim Alboino que se torna com os votos de todos. As muitas a??es de Alboino o tornaram famoso e Clotario, Rei dos Francos, quis unir-se a ele dando-lhe como mulher a pr?pria filha Clotsuinda, desta uni?o nasceu s? uma filha, Albsuinda. No entanto, morreu Turisindo, Rei dos Gepidi, ao qual seguiu Cunimondo. Este, querendo se vingar das velhas rusgas sofridas, rompeu o tratado de paz com os Longobardos e preparou a guerra. Alboino tinha firmado um pacto perp?tuo com os Avaros, aqueles que um tempo eram chamados Unos e s? em seguida Avaros, do nome de um seu Rei. Alboino partiu para a guerra provocada pelos Gepidi e enquanto estes ?ltimos, de v?rias dire??es, se moviam contra ele, como por acordos tidos com o Rei Longobardo, os Avaros invadiram o territ?rio dos Gepidos. Um triste mensageiro chegou ? Cunimondo com a not?cia que os Avaros tinham entrado nas suas terras. Abatido no moral, disposto em frente a uma escolha angustiantes, Cunimondo decidiu enfrentar antes os Longobardos e encorajando-os ? batalha adicionou que depois de t?-los vencido teria expulsado da sua p?tria os Unos. A inevit?vel batalha foi conduzida com todas as for?as, os Longobardos resultaram vencedores e cruelmente se lan?aram contra os Gepidi com tanta f?ria que os massacraram quase que completamente, tanto que a duras penas salvou-se quem levou a not?cia do exterm?nio. Naquela batalha, Alboino matou Cunimondo e, retirando-lhe a cabe?a, a fez de copo para beber, do tipo daqueles que junto deles s?o chamados “scala” e em latim “patera”. Fez tamb?m prisioneira a filha do Rei Gepide de nome Rosmunda e uma grande multid?o de homens e mulheres de todas as idades. Alboino, dado que Clotsunda estava morta, tomou Rosmunda como mulher e sua futura desgra?a, como depois ficou claro. Com aquela vit?ria, os Longobardos recolheram uma grande riqueza. A estirpe dos Gepidi foi destru?da, quem escapou acabou na parte sujeita aos Longobardos e em parte sob o duro jugo do Imp?rio Uno que at? hoje ocupa a sua p?tria. O nome de Alboino, em vez disse, surgiu com grande fama tanto que junto aos Bavaros, Sax?es e outros homens que falam a mesma l?ngua, conta-se que as suas proezas, a fortuna em guerra, o valor em batalha e a gloria. Sob o seu governo, os Longobardos fabricaram tamb?m muitas novas armas de uma madeira especial como se conta ainda hoje. Fim do Primeiro Livro Segundo Livro 1. Enquanto a fama das cont?nuas vit?rias dos Longobardos se difundia em todos os lugares, Narsete, “Cartul?rio imperial” e governador na It?lia, estava ocupado preparando a guerra contra o Goto Totila. J? tendo sido os Longobardos federados do Imp?rio, Narsete mandou embaixadores para Alboino pedindo-lhe de colocar-lhe ? disposi??o um contingente auxiliar para a iminente guerra contra os Gotos. Alboino enviou um contingente de homens escolhidos que chegaram na It?lia atravessando o golfo do mar Adri?tico. Estes aliados dos Romanos participaram das batalhas derrotando e exterminando os Gotos, matando tamb?m o Rei Totila, honrados e cheios de presentes, voltaram para as suas terras. Por todo o tempo em que ficaram separados em Pannonia, os Longobardos foram Federados da Rep?blica Romana e os ajudaram contra os seus inimigos. 2. Naqueles anos, iniciou uma guerra contra o Duque Buccellino. O Rei Franco Teodeberto, no momento de voltar para a G?lia, o tinha deixado na It?lia junto a um outro Duque, Amingo; tinham o dever de submeter toda a pen?nsula. Buccellino mandou ricos presentes ao seu Rei, estas eram parte do grande saque acumulado e enquanto se preparava para passar o inverno na Campania, foi alcan?ado e vencido, por Narsete em uma dura batalha na localidade conhecida com o nome de Tanneto. Na batalha, o mesmo Buccellino ? morto. Em seguida, Amingo tentou levar ajuda ? Windin, um Conde Goto que tinha se rebelado a Narsete, ambos foram derrotados pelo general Romano, Windin foi enviado em ex?lio em Constantinopla enquanto Amingo foi assassinado pela espada de Narsete. Um terceiro Duque, Leutario, irm?o de Buccellino, carregado com muito produto de saque, tentou voltar para a p?tria, mas entre Verona e Trento, perto do lago Benaco, morreu de doen?a. 3. Narsete teve que arcar com ainda uma guerra contra Sindualdo Rei dos Brionos, uma parte daquela estirpe de Eruli que Odoacre levou consigo no tempo da sua vinda na It?lia. Em Sindualdo, Narsete tinha dado muitos privil?gios na qualidade de aliado de Roma, mas depois Sindualdo, tomado pelo orgulho e pelo ?mpeto de reinar se rebelou a Narsete. Ele o derrotou em batalha e o capturou, depois Sindualdo acabou enforcado em uma alta trave. Al?m disso, o Patr?cio Narsete, para o tr?mite do general Digisteo, homem forte e belicoso, ocupou toda a It?lia. Narsete foi para a It?lia como Cartulario mas gra?as ao seu valor obteve o Patriciado. Era um homem pio, de religi?o cat?lica, generoso com os pobres e cuidadoso na restaura??o das igrejas. T?o fervoroso nas vig?lias e nas ora??es que obteve a vit?ria mais com as s?plicas a Deus do que com as armas. 4. No tempo em que Narsete governava a It?lia, explodiu uma grav?ssima epidemia de peste na prov?ncia da Lig?ria. Inesperadamente apareceram manchas nas casas, nas portas, nos vasos e nas roupas, quando algu?m tentava limp?-las estas se tornavam ainda mais evidentes. Passado um ano, aos homens apareceram gl?ndulas grandes como uma noz ou uma t?mara nas ?reas inguinais e em outras partes delicadas do corpo. A isto seguia uma forte febre que em tr?s dias levava ? morte. Quem conseguia superar os tr?s dias tinha boas esperan?as de sobreviver. Em todos os lugares havia luto e l?grimas e como entre o povo tinha se espalhado a voz de quem se afastava das casas podia sobreviver, elas eram abandonadas, vazias, s? os c?es ficavam para guard?-las. Permaneceram sozinhos nos pastos os rebanhos, sem pastores para vigi?-los. Onde antes se avistavam vilas e acampamentos cheios de gente, agora eram desertos e abandonados pois todos tinha fugido. Fugiam os filhos deixando sem sepultar os cad?veres dos pais, fugiam os pais deixando os filhos tomados pelas fortes febres. Quem persista e continuava oferecendo piedosa sepultura como por antigos costumes, era contagiado e ficava por sua vez sem ser sepultado. Ao oferecer a ?ltima honraria ao cad?ver do defunto deixava o seu cad?ver sem a honra da sepultura. Os locais voltaram ao sil?ncio primordial, nenhuma voz nos campos, nenhum apito de pastores, nenhum perigo de feras para o gado, nenhum para os p?ssaros dom?sticos. As colheitas que j? tinham que estar sendo colhidas, esperavam o colhedor, a vinha j? sem folhas e com a uva avermelhada permanecia ilesa na videira enquanto j? o inverno come?ava. O sil?ncio reinava soberano onde antes se ouviam as trombetas de guerra e o estrondo das armas, nenhum viajante e nenhum combatente, mas mesmo assim havia cad?veres at? onde o olhar pudesse alcan?ar. Os abrigos dos pastores tinham se tornado tumbas para os homens e as habita??es para as feras. Mas esta desventura golpeou s? os Romanos no territ?rio italiano at? a fronteira com os Alem?es e os Bavaros. Enquanto isso acontecia na It?lia, morria Giustiniano e em Constantinopla Giustino II (Segundo) assumiu o comando do estado. Narsete capturou Vitale, bispo da cidade de Altino, que muito tempo antes tinha fugido para Agunto no Reino dos Francos e o condenou ao ex?lio na Sic?lia. 5. Narsete, vencida cada estirpe Gota na It?lia e tamb?m os outros que falamos antes, colocou junto riquezas de ouro, prata e outras coisas preciosas, suscitando grande inveja naqueles Romanos que ele tinha defendido e protegido dos muitos inimigos. O seu ?dio produziu uma mensagem que mandou escondido para Augusto Giustino e sua mulher Sofia, uma mensagem que recitava assim: «Aos Romani ? agrad?vel ser escravo tanto dos Gotos quanto dos Gregos, do momento que nos governa um eunuco, Narsete, e nos mant?m oprimidos em escravid?o e que o nosso pio Pr?ncipe o ignora. Libere-nos das suas m?os ou certamente entregaremos a cidade de Roma e com ela n?s mesmos, aos pag?os.». Ao saber disso, Narsete respondeu com estas palavras: «Se agi mal com os Romanos, mal terei». O imperador, indignado com Narsete, mandou Longino para a It?lia como Prefeito para tomar o lugar. Narsete, amedrontado por estas coisas e sobretudo pela princesa Sofia, n?o ousou voltar para Constantinopla. A prop?sito disso, conta-se que a mulher do Imperador, ao saber que Narsete era um eunuco, disse que a teria colocado com as mo?as no gineceu para separar os novelos de l?. E parece que Narsete tenha respondido: «Irei tecer uma trama tal que enquanto for viva n?o poder? liber?-la». Mas depois, amedrontado e aborrecido pelo ?dio da princesa, se afastou para N?poles, uma cidade da Campania e ali enviou mensageiros ao povo Longobardo convidando-o a deixar a pobre terra de Pannonia para vir conquistar a bem rica It?lia. Para seduzi-los ? conquista, enviou muitos tipos de fruta e outros produtos dos quais a It?lia ? rica. Os Longobardos acolheram com favor aquela mensagem tamb?m porque j? h? tempo a esperavam e desejavam fazer isto, antecipando as muitas vantagens. E logo no c?u da It?lia apareceram ? noite espadas de fogo, press?gio daquele sangue que ser? versado para este acontecimento. 6. Alboino decidiu partir para a It?lia com os Longobardos, pediu ajuda aos seus velhos amigos, os Sax?es, pois queria ter o m?ximo de guerreiros poss?vel para levar ao fim a conquista. E os Sax?es vieram at? ele, vinte mil guerreiros com mulheres e filhos, como acertado, decididos a participar da conquista. Ao tomarem conhecimento disso, Clotario e Sigiberto colheram a ocasi?o para distribuir Svevi e outros povos nos territ?rios deixados livres pelos Sax?es. 7. Alboino deixou as terras dos Longobardos, a Pannonia, aos seus amigos Unos mas com o pacto que fosse obrigados a voltar, os Avaros teriam restitu?do aqueles campos aos Longobardos. Assim, os Longobardos, recolhido cada bem dom?stico, com mulheres e filhos, foram em marcha rapidamente para a It?lia. Tinham habitado a Pannonia por quarenta e dois anos, sa?ram em abril, a tempo da "primeira assembleia eclesi?stica”, o dia depois daquele de P?scoa que naquele ano, segundo os c?lculos, ca?a no primeiro de abril, quando j? tinham passado 548 anos da encarna??o do Senhor. 8. Quando o Rei Alboino chegou ? fronteira com a It?lia com todo o ex?rcito e com a multid?o de povos em seguida, subiu em um monte que se elevava naqueles lugares e de l? contemplou aquela parte da It?lia at? onde o olhar podia alcan?ar. Daquele momento, aquele monte foi chamado “Do Rei”. Conta-se que naquele monte viviam tamb?m bis?es selvagens e n?o havia motivo de se maravilhar porque a Pannonia est? pr?xima e ali estes animais s?o prol?ficos. Um velho digno de confian?a me contou que no monte viu uma pele de um bis?o morto sobre o qual podiam se estender at? quinze homens. 9. De l?, Alboino entrou na prov?ncia de Veneza, praticamente sem encontrar resist?ncia, a capital da regi?o ? a cidade, ou melhor, a fortaleza de Cividale del Friuli. E logo come?ou a pensar a quem dar o comando daquela regi?o. A It?lia ao leste ? circundada pelo mar Adri?tico e depois pelo mar Tirreno a sudoeste, ao norte e noroeste ? protegida pelos altos Alpes, que n?o t?m passagens se n?o estreitas gargantas e altos cruzamentos, ? nordeste em vez disso, naquela ?rea que faz fronteira com a Pannonia, tem uma passagem bastante f?cil. Refletindo sobre qual Duque colocar no comando de Cividale del Friuli, escolheu Gisulfo, homem h?bil em todas as coisas que era tamb?m seu sobrinho e seu Escudeiro, que na sua l?ngua se diz “marphis”. Gisulfo disse que n?o teria aceito o governo daquela regi?o se n?o lhe fossem atribu?das os “Fara” escolhidos por ele e Alboino lhe concedeu, Gisulfo pediu tamb?m rebanhos de cavalos de boa ra?a, isto tamb?m lhe foi concedido. Assim ele escolheu entre os mais nobres Fare dos Longobardos e obteve grandes honras e o t?tulo de Duque. 10. Nos anos em que os Longobardos invadiam a It?lia, o Reino Franco foi dividido em quatro partes pelos filhos do defunto Rei Clotario. O primeiro, Ariperto, se estabeleceu em Paris, o segundo, Guntramno, governou em Orleans, Ilperico colocou o seu trono em Suisson, de onde tinha reinado seu pai Clotario e Sigiberto governou a cidade de Metz. Neste mesmo per?odo era Papa o sant?ssimo Benedetto. No comando da cidade de Aquileia estava o beato Patriarca Paolo, o qual, temendo as barb?ries Longobarda, se refugiou na ilha de Grado levando com ele o tesouro da igreja de Aquileia. No inverno que precedeu a chegada dos Longobardos, na plan?cie caiu muita neve como de costume nos picos dos Alpes e depois no ver?o a colheita foi abundante como n?o se lembrava h? tempo. Sempre nestes anos, os Unos, ou seja, os Avaros, ao saber da morte de Clotario atacaram seu filho Sigiberto mas este os enfrentou em Turingia no rio Elba, os enfrentou em combate e depois sob seu pedido lhes concedeu a paz. ? Sigiberto ? dada como mulher Brunechilde que veio da Espanha. Ela lhe deu um filho de nome Childeberto. Depois, de novo, os Avaros atacaram Sigiberto nos mesmos locais da anterior batalha e desta vez venceram, massacrando o ex?rcito Franco. 11. Neste ano, Narsete voltou para Roma da Campania mas morreu logo depois, o seu corpo foi colocado em uma arca de chumbo e com todas as suas riquezas foi enviado para Constantinopla. 12. Quando Alboino chegou no rio Piave, o bispo de Treviso, Felice, ficou contra e a ele e Alboino concedeu conservar todos os bens da Igreja, mostrando-se bondoso e confirmou isto com a “Pragm?tica San??o”. 13. Tendo nomeado este Felice, quero aqui falar do vener?vel e sant?ssimo Fortunato que nos conta que Felice foi seu companheiro. O Fortunato de quem estou para lhes falar nasceu em um lugar chamado Valdobbiadene a n?o pouca dist?ncia do castelo de Ceneda e da cidade de Treviso. Foi criado em Ravenna onde se tornou c?lebre na arte da gram?tica, na ret?rica e tamb?m na m?trica. Tendo ambos dor nos olhos, foram juntos para a bas?lica dos beatos Paolo e Giovanni disposta no interior dos muros da cidade. Aqui h? um altar constru?do e honra do beato Martino confessor, a? sobre uma janela existe uma l?mpada para iluminar. Com o ?leo daquela l?mpada, Fortunato e Felice ungiram os olhos e logo a dor dos olhos sarou, como desejado por eles. Por este motivo, Fortunato venerou sempre o beato Martino e pouco antes que os Longobardos invadissem a sua p?tria foi para Tours em visita ao sepulcro do santo. O mesmo Fortunato nos conta em versos a sua viagem atrav?s das correntes de Tagliamento, Ragogna, Osoppo, os Alpes Giulie, a fortaleza de Agunto, os rios Drava e Birro, as terras dos Brioni, a cidade de Augusta, banhada pelo Birro e Lech. Depois de chegar em Tours e ter cumprido seu Voto, estabeleceu-se em Poitiers onde escreveu, em prosa e versos, muitas vidas de santos. Em Poitiers foi ordenado primeiro presb?tero e depois bispo e agora repousa sepultado com dignas honras. Ali escreveu tamb?m a vida do beato Martino, quatro livros em hex?metros. E escreveu muitos outros carmos em doce e culta l?ngua, hinos para as festividades crist?s e para os amigos. Foi em peregrinagem no seu sepulcro como lhe pedido por Apro, abade daqueles locais e ali comp?s este epit?fio. Конец ознакомительного фрагмента. Текст предоставлен ООО «ЛитРес». 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