Êîãäà ïðàâî ëóêàâîé íî÷è, äî çàêàòà, â ìîãèëó êàíåò, â ïðåäðàññâåòíîé, òîñêëèâîé êîð÷å, îæèâóò è çàñòîíóò êàìíè. Âèä èõ æàëîê, óáîã è ìðà÷åí ïîä êðóïîþ ðîñèñòîé ïóäðû. Âû íå çíàëè, ÷òî êàìíè ïëà÷óò åù¸ ñëàùå, ÷åì ïëà÷åò óòðî, îìûâàÿ ðîñîé îáèëüíîé âåòâè, ëèñòüÿ, öâåòû è òðàâû? Êàìíè æàæäóò, ÷òîá èõ ëþáèëè. Êàìíè òîæå èìåþò ïðàâî íà ëþáîâü, íà õ

O Regresso

O Regresso Danilo Clementoni Danilo Clementoni O Regresso As aventuras de Azakis e Petri Traduzido por Marta de Camargo Fernandes Este livro ?© uma obra de fic?§??o. Nomes, personagens, lugares e organiza?§?µes mencionados s??o fruto da imagina?§??o do autor e s??o destinadas a dar autenticidade ?  narrativa. Qualquer analogia com eventos ou pessoas reais, vivas ou mortas ?© completamente casual. O regresso Direitos autorais ?© 2013 Danilo Clementoni 1?° edi?§??o: novembro 2013 Publicado e impresso em pr??prio facebook: www.facebook.com/libroilritorno blogue: dclementoni.blogspot.it e-mail: [email protected] (mailto:[email protected]) Traduzido por Marta de Camargo Fernandes Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publica?§??o pode ser reproduzida em qualquer forma, incluindo qualquer tipo de sistema mec??nico e eletr??nico, sem pr?©via permiss??o por escrito da editora, exceto para breves passagens para fins de resenha. A minha esposa e a meu filho pela paci??ncia que tiveram comigo e por todas as sugest?µes que me deram, ajudando a melhorar a mim e este romance. Um grande obrigado a todos os meus amigos que continuamente me incentivavam e estimulavam para avan?§ar na conclus??o deste trabalho que talvez, sem eles, nunca teria visto a luz. ??ndice Introdu?§??o (#u7300992b-b111-52ba-b869-822344b34356) Astronave Theos ??? Um Milh??o De Quil??metros De J??piter (#u63ec0cb2-87ff-59cb-9002-32da56090eed) Planeta Terra - Tell El-Mukayyar - Iraque (#u49c0c7bc-ba46-5248-a91c-787bc2490eab) Astronave Theos - ??rbita De J??piter (#ud20af62f-2da9-54a1-913e-27789383e6d2) Nass?­ria - O Hotel (#u7109ba4e-c1c7-5de0-9cdc-d10eb65762df) Astronave Theos - Alarme De Proximidade (#u7766b959-3bc5-52cd-be26-264d86c3bea3) Nass?­ria - Restaurante Masgouf (#ub9880ede-2f98-5f62-800e-4ff244250ed8) Astronave Theos - O Objeto Misterioso (#ua55647fb-3223-5d23-b2b2-38d2b5e637c5) Nass?­ria - O Jantar (#udbc1d15d-016d-588c-b1d7-ef780ec33055) Astronave Theos - An??lise De Dados (#u0a51934f-2c0b-55f8-8dc6-623ba07eb0db) Nass?­ria - Depois Do Jantar (#u32d4c9f9-4023-5c59-9c88-2eb689920232) Astronave Theos - Os Anci??os (#litres_trial_promo) Nass?­ria - Despertando (#litres_trial_promo) AstronaveTheos - Imagens Da Terra (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar - Escava?§?µes (#litres_trial_promo) Astronave Theos - A Descoberta Desagrad??vel (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar - O Sarc??fago (#litres_trial_promo) Astronave Theos ??? O Cintur??o De Asteroides (#litres_trial_promo) Tell-el-Mukayyar ??? A Invas??o Da Noite (#litres_trial_promo) Astronave Theos - O Rosto De Marte (#litres_trial_promo) Tel El-Mukayyar - Surpresa No Meio Da Noite (#litres_trial_promo) Astronave Theos ??? ??rbita Terrestre (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar ??? O Desmascaramento (#litres_trial_promo) Astronave Theos ??? As Prepara?§?µes Finais (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar ??? Os Quatro Guardi?µes (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar - Contato (#litres_trial_promo) Tell El-Mukayyar ??? Recupera?§??o (#litres_trial_promo) Astronave Theos ??? H??spedes A Bordo (#litres_trial_promo) Astronave Theos ??? Revela?§??o (#litres_trial_promo) Refer??ncias Bibliogr??ficas (#litres_trial_promo) Note (#litres_trial_promo) "Est??vamos voltando. Tinha passado somente um dos nossos anos solares, desde que fomos obrigados a abandonar depressa o planeta, mas para eles, de anos terrestres, tinha passado 3.600. O que encontrar?­amos?" Introdu?§??o O d?©cimo segundo planeta, Nibiru (O planeta de passagem) como foi chamado pelos Sumerianos ou Marduk (o rei dos c?©us), como foi apelidado pelos babil??nios, na verdade ?© um corpo celeste que orbita em torno do nosso sol com um per?­odo de 3.600 anos. A sua ??rbita ?© substancialmente el?­ptica, retr??grada (gira em torno do sol na direc?§??o oposta aos outros planetas) e ?© muito inclinada em rela?§??o ao plano do nosso sistema solar. A cada sua aproxima?§??o c?­clica quase sempre resultava em enormes perturba?§?µes interplanet??rias em nosso sistema solar tanto nas ??rbitas, tanto na concep?§??o dos planetas que faziam parte. Em particular, foi em uma de suas passagens mais tumultuosas que o planeta imponente Tiamat, Localizado entre Marte e J??piter, com uma massa de cerca de nove vezes a da Terra, rico em ??gua e equipada com onze sat?©lites, foi devastado por uma colis??o enorme. Uma das sete luas que orbitam em torno a Nibiru bateu no gigante Tiamat dividindo-o praticamente ao meio e for?§ando as duas se?§?µes seguirem ??rbitas diferentes. Em um segundo momento (o "segundo dia" da G?©nesis), os restantes sat?©lites de Nibiru completaram o feito, destruindo completamente uma das duas partes formadas na primeira colis??o. Os detritos gerados pelos m??ltiplos impactos em parte criaram o que hoje conhecemos como o "Cintur??o de Aster??ides" ou "Anel de Fragmentos", como era chamado pelos sum?©rios e, em parte, foram incorporados aos planetas vizinhos. Em particular, foi a J??piter que capturou a maioria dos detritos, aumentando consideravelmente a sua massa. Os sat?©lites causadores do desastre, incluindo os sobreviventes da ex-Tiamatforam em sua maior parte "lan?§ados" fora das ??rbitas, formando o que hoje conhecemos como "cometas". A parte que escapou da segunda colis??o se posicionou em uma ??rbita est??vel entre Marte e V??nus, levando com se o ??ltimo sat?©lite e assim formou o que conhecemos hoje como Terra, juntamente com a sua companheira insepar??vel a Lua. A cicatriz causada pelo impacto c??smico, que ocorreu h?? cerca de 4 bilh?µes de anos, ainda ?© parcialmente vis?­vel hoje. A parte danificada do planeta est?? completamente coberta pelas ??guas do que ?© agora chamado Oceano Pac?­fico. Ele ocupa cerca de um ter?§o da superf?­cie da Terra com uma ??rea de mais de 179 milh?µes de quil??metros quadrados. Ao longo desta vasta ??rea n??o s??o praticamente presentes ??reas de superf?­cie, mas apenas uma grande depress??o que se estende ? s profundidades superiores a dez quil??metros. Atualmente Nibiru como forma?§??o, ?© muito semelhante ?  da Terra. ?? por dois ter?§os coberto por ??gua, enquanto o resto est?? ocupado por um ??nico continente que se estende do Norte ao sul, com uma ??rea total de mais de 100 milh?µes quil??metros quadrados. Alguns de seus habitantes, por centenas de milhares de anos, aproveitando da aproxima?§??o c?­clica do planeta ao nosso, nos fazem visitas sistematicamente, influenciando, todas as vezes, a cultura, o conhecimento, a tecnologia e at?© mesmo a evolu?§??o da ra?§a humana. Nossos predecessores t??m chamado eles de v??rias formas, mas talvez o melhor nome que os representa seja: "deuses" Astronave Theos ??? Um Milh??o De Quil??metros De J??piter Azakis ficou deitado confortavelmente na sua poltrona escura auto male??vel que o seu velho amigo Artes??o, construiu com as pr??prias m??os, dando de presente tantos anos antes, por ocasi??o da sua primeira miss??o interplanet??ria. ???Vai te dar sorte??? disse aquele dia. ???Servir?? para voc?? se relaxar e tomar as decis?µes certas quando for preciso.??? Na verdade, de decis?µes, sentado l??, tinha tomado v??rias desde ent??o e a sorte, tamb?©m, ficou muitas vezes ao seu lado. Por isso tinha feito sempre em modo de levar-la consigo esta cara lembran?§a, mesmo a despeito de muitas regras que o teriam impedido, especialmente em uma nave espacial como a Bousen-1, na qual encontrava-se agora. Uma tira de fuma?§a azulada subia reta e r??pido do charuto entre o polegar e o indicador da m??o direita, enquanto com os olhos, tentava seguir a 4,2 UA que ainda o separava do seu destino. Embora fizesse esse tipo de viagem da muitos anos, o charme da escurid??o do espa?§o e das bilh?µes de estrelas que pontilhavam sempre foram capazes de roubar seus pensamentos. A grande abertura el?­ptica, apenas na frente de seu posto, permitia de ter uma vis??o completa na dire?§??o da viagem e ele ficava sempre surpreendido em como, esse campo de for?§a muito fino fosse capaz de proteg??-lo do frio do espa?§o sideral e impedia ao ar de fugir para fora de repente, aspirado pelo v??cuo exterior. A morte seria quase imediata. Aspirou rapidamente um bocado do seu charuto e voltou a olhar no display hologr??fico na sua frente, onde apareceu o rosto cansado e n??o barbeado de Petri, o seu companheiro de viagem, que da outra parte da nave, reparava o sistema de controlo dos tubos de escape. Por um pouco brincou distorcendo a imagem soprando a fuma?§a apenas aspirada, criando um efeito de onda que lembrava tanto os movimentos sinuosos das dan?§arinas sensuais, que costumava encontrar quando finalmente voltava para a sua cidade natal e poderia desfrutar de um pouco de merecido descanso. Petri, seu amigo e companheiro de aventuras, tinha quase trinta e dois anos e era a sua quarta miss??o deste tipo. Sua estatura imponente e enorme incutia, em todos os que o conheceram, sempre muito respeito. Olhos negros como espa?§o exterior, cabelo longo, escuro e bagun?§ado que iam at?© os ombros, quase dois metros de altura e trinta, peito e bra?§os poderosos capazes de levantar um Nebir adulto sem esfor?§o, mas com a alma de uma crian?§a. Ele era capaz de se comover vendo desabrochar uma flor de Soel , poderia ficar por horas assistindo as ondas do mar e quebrando na branca costa doGolfo do Saraan . Uma pessoa incr?­vel, confi??vel, leal, pronto para dar a vida por ele sem hesita?§??o. Ele nunca teria partido se n??o tivesse tido Petri ao seu lado. Era a ??nica pessoa no mundo em quem confiava cegamente e que nunca o trairia. Os motores da astronave, ajustada para a navega?§??o dentro do sistema solar fazia o cl??ssico e reconfortante zumbido bif??sico. Para os seus ouvidos treinados, o som confirmava que tudo estava funcionando perfeitamente. Com a sua sensibilidade auditiva seria capaz de perceber uma varia?§??o nas salas de c??mbio de apenas 0,0001 Lasig, Muito antes do sofisticad?­ssimo sistema de controle automatizado possa perceber. Por isso foi concedido, j?? em uma jovem idade, o comando de uma astronave da classe de Pegasus. Muitos de seus colegas de curso dariam um bra?§o para estar l?? ao posto dele. Mas era ele que estava l??. O implante intra-ocular O ^ OCM materializou a sua frente a nova rota recalculada. Era incr?­vel como um objeto grande alguns m?­crons podia executar todas aquelas fun?§?µes. Inserido diretamente no nervo ??tico, era capaz de exibir um painel de controle inteiro, sobrepondo a imagem sobre o que voc?? realmente tinha na frente. No in?­cio, n??o tinha sido f??cil se acostumar com aquele dispositivo e mais de uma vez a n??usea tinha tomado conta. Agora, no entanto, n??o poderia ficar sem. Todo o sistema solar girava em torno a ele em toda sua fascinante grandeza. O pequeno ponto azul perto do gigante J??piter, representava a posi?§??o da sua astronave e a linha vermelha fina, curvada um pouco mais do que a anterior agora transparente, indicava a nova trajet??ria em dire?§??o ?  terra. A atra?§??o gravitacional do maior planeta do sistema era impressionante. Devia absolutamente ficar a uma dist??ncia segura e somente a pot??ncia dos dois motores Bousen, permitiria a Theos de escapar do abra?§o mortal. "Azakis" resmungou o comunicador port??til sobre o painel de comando na frente dele. "Devemos verificar a condi?§??o das juntas no compartimento seis." "Voc?? n??o fez ainda?" respondeu em tom de brincadeira, com a certeza de enfurecer o seu amigo. "Jogue fora esse charuto fedorento e venha me dar uma m??o!" Petri bradou. Eu sabia. Tinha conseguido enfurecer o amigo e se divertia como um louco. "Aqui estou, aqui estou. Eu estou chegando, meu amigo, n??o fique bravo." "Vamos, ?© quatro horas que estou no meio desta porcaria e n??o tenho vontade de brincar." Resmung??o como sempre, mas nada, nem ningu?©m, poderia separar esses dois. Eles se conheciam desde a inf??ncia. Petri o tinha salvado mais de uma vez de uma surra certa (sempre foi muito maior do que os outros, desde crian?§a), interpondo com o seu tamanho respeit??vel o seu amigo e turma de valent?µes do momento. Azakis, quando menino, n??o era o tipo pelas quais as representantes do sexo oposto fariam loucuras para conhecer. Vestia-se sempre bastante desalinhado, cabelo a zero, f?­sico fr??gil, sempre conectado ?  rede da qual absorvia milh?µes de informa?§?µes a uma velocidade dez vezes superior ?  m?©dia. J?? com dez anos, gra?§as ao seu excelente desempenho nos estudos, obteve um acesso de n?­vel C, com a possibilidade de se aproximar ao conhecimento proibido a quase todos os seus pares. O implante neural N ^ OCM, que garantia aquele tipo de acesso, no entanto, tinha algumas pequenas contra-indica?§?µes. Durante a fase de aquisi?§??o, a concentra?§??o tinha que ser quase absoluta, e uma vez que a passava a maior parte do seu tempo assim, havia quase sempre uma express??o ausente, com o olhar perdido, absolutamente alheio a tudo que acontecia ao seu redor. Na verdade, todos acreditavam que, ao contr??rio do que diziam os Anci??os, ele fosse meio retardado. Ele n??o se importava. Sua sede de conhecimento n??o tinha limites. Mesmo durante a noite permanecia conectado e embora durante o sono a capacidade de adquirir, por causa da necessidade de concentra?§??o absoluta, fossem reduzidos a um mero 1%, n??o queria perder nem um segundo da sua vida, sem a possibilidade de aumentar a pr??pria bagagem cultural. Deu um sorriso leve e foi em dire?§??o ao compartimento seis, onde o seu amigo estava esperando. Planeta Terra - Tell El-Mukayyar - Iraque Elisa Hunter estava tentando pela en?©sima vez enxugar a molesta gota de suor que, da sua testa, teimava em cair lentamente na dire?§??o do seu nariz, e, em seguida, mergulhar na areia quente aos seus p?©s. Eram j?? muitas horas que esta de joelhos, com a sua insepar??vel Esp??tula Marshalltown , raspando delicadamente o solo, na tentativa de trazer ?  luz, sem danos, aquela que parecia se a parte superior de uma l??pide. Desde o come?§o essa teoria n??o a tinha convencido. Perto do Ziqqurat di Ur , onde da quase dois meses, gra?§as a sua fama de arque??loga e grande esperta de l?­ngua sumeriana, tinham dado permiss??o de trabalhar. Muitas sepulturas, deste o come?§o as escava?§?µes no inicio do sec. XX, foram encontradas, mas em nenhumas delas, tinham encontrado manufaturados como aqueles. Dada a forma quadrada particular e o grande porte, mais que um sarc??fago, parecia a "tampa" de uma esp?©cie de recipiente enterrado l?? milhares de anos antes, para proteger ou esconder sabe-se o qu??. Infelizmente, tendo trazido ?  luz, pelo momento, apenas uma por?§??o da parte superior, ainda n??o era capaz de determinar o quanto, o suposto recipiente, pudesse ser alto. As incis?µes cuneiformes que cobriam toda a superf?­cie vis?­vel da tampa, n??o se assemelhavam a nada que j?? tivesse visto antes. Para traduzir levaria v??rios dias e muitas noites sem dormir. "Doutora." Elisa levantou a cabe?§a e, com a m??o direita logo acima dos olhos para se proteger do sol, viu o seu ajudante Hisham, vindo em sua dire?§??o com passos r??pidos. "Doutora", repetiu o homem, "uma chamada para voc?? da base. Parece urgente." "J?? vou. Obrigada Hisham." Aproveitou a pausa for?§ada para beber um gole de ??gua, j?? quase fervendo, do cantil que ela sempre levava preso ao cinto. Uma chamada da base... S?? podia significar problemas chegando. Levantou-se, deu uns tapas nas cal?§as levantando v??rias nuvens de poeira e caminhou determinada para a tenda que servia de base de apoio para pesquisas. Ela abriu o z?­per que mantinha semi fechada a tenda e entrou. Demorou um pouco para seus olhos habituarem ?  mudan?§a de luz, mas isso n??o a impediu de reconhecer, no monitor, o grande rosto do Coronel Jack Hudson, que severamente, olhava para o nada esperando uma sua resposta. O Coronel era oficialmente respons??vel pela equipe estrat?©gica anti-terrorismo em Nass?­ria, mas a sua verdadeira tarefa era coordenar uma s?©rie de estudos cient?­ficos encomendados e controlados por um misterioso departamento: ELSAD . Este departamento era cercado da aura de mist?©rio que normalmente convolve esse tipo de estrutura. Quase ningu?©m sabia exatamente os objetivos e as metas de todo o grupo. Sabia-se apenas que o comando operacional reportava diretamente ao Presidente dos Estados Unidos. No fundo, Elisa n??o se importava muito. A verdadeira raz??o pela qual ela tinha decidido aceitar a oferta em participar de uma das expedi?§?µes era a de que, finalmente, poderia voltar para os lugares que mais amava no mundo, fazendo seu trabalho que adorava e em que, apesar da sua idade relativamente jovem (trinta e oito), era uma das mais talentosas e importantes no setor. "Boa noite, Coronel", disse ela mostrando o seu melhor sorriso. "A que eu devo esta honra?" "Doutora Hunter, pare com essas pieguices. Sabe muito bem por que estou ligando. A autoriza?§??o que foi concedida para completar o seu trabalho j?? expirou h?? dois dias e a senhora n??o pode mais ficar a?­." Sua voz era clara e firme. Desta vez, nem mesmo o seu charme ineg??vel seria suficiente para arrancar mais delongas. Decidiu jogar sua ??ltima cartada. Desde, o 23 mar?§o de 2003, quando a coaliz??o liderada pelos Estados Unidos tinha decidido invadir o Iraque, com o prop??sito expresso de depor o ditador Saddam Hussein, acusado de manter armas de destrui?§??o em massa (alega?§??o que se revelaram infundados depois) e de apoiar o terrorismo isl??mico, no Iraque, toda a pesquisa arqueol??gica, j?? muito dif?­cil em tempos de paz, havia sofrido um bloco for?§ado. Apenas o fim formal das hostilidades, em 15 de Abril de 2003 que se reacendeu a esperan?§a de arque??logos de todo o mundo, de poder voltar aos lugares de onde, presumivelmente, as civiliza?§?µes mais antigas da hist??ria tinham se desenvolvido e tinham, em seguida, espalhado a cultura em todo o mundo. A decis??o das autoridades iraquianas e, em seguida, no final de 2011, a reabertura da escava?§??o de alguns dos locais com valor hist??rico inestim??veis, a fim de "continuar a melhorar a sua heran?§a cultural" finalmente a esperan?§a virou certeza. Sob a bandeira da ONU e com in??meras licen?§as assinadas e confirmadas por um n??mero incont??vel de "autoridades", alguns grupos de pesquisadores selecionados e supervisionados por comiss?µes especiais dedicadas, poderiam operar por per?­odos limitados, nas ??reas arqueol??gicas mais significativas do territ??rio iraquiano. "Caro Coronel", disse ela, aproximando-se tanto quanto poss?­vel da webcam de modo que seus olhos esmeralda pudessem obter o efeito que esperava. " O senhor tem toda a raz??o." Sabia bem que dar uma raz??o ao interlocutor, o teria preparado de forma mais positiva. "Mas agora que estamos t??o perto." "Perto do qu???" O Coronel gritou levantando-se da cadeira e apoiando os punhos sobre a mesa. "S??o semanas que persisti com a mesma hist??ria. N??o estou disposto a confiar mais sem ver com os meus pr??prios olhos algo de concreto." "Se o senhor me der a honra da sua companhia esta noite no jantar, terei o maior prazer de lhe mostrar algo que vai fazer mudar de id?©ia. O senhor aceita?" Os dentes brancos ostentavam um sorriso bonito e o passar a m??o pelo cabelo louro e comprido fazia o resto. Ela tinha certeza que o tinha convencido. O Coronel franziu o cenho tentando manter um olhar furioso, mas sabia que n??o saberia resistir a essa proposta. Elisa fazia o seu tipo e um jantar t??te-? -t??te o intrigava muito. Al?©m do mais ele, apesar dos seus quarenta e oito anos, era ainda um homem bonito. Corpo atl?©tico, tra?§os fortes, cabelos grisalhos curtos, olhar forte e decidido de um azul intenso, uma boa cultura geral que lhe permitia manter discuss?µes sobre muitos temas, tudo combinado com o charme indiscut?­vel do uniforme, o fazia um exemplar do sexo masculino ainda muito 'interessante'. "Ok", bufou o Coronel, "mas se esta noite realmente n??o me mostre algo de incr?­vel, j?? pode come?§ar a recolher toda a sua bugiganga e fazer as malas" Ele tentou usar o tom mais autorit??rio poss?­vel, mas sem muito sucesso. "As vinte e zero zero esteja pronta. Um carro vai busc??-la ao seu hotel.", e desligou, um pouco arrependido por n??o ter despedido. Raios, Tenho que me apressar. Eu tenho poucas horas antes de escurecer. "Hisham", gritou fora da tenda. "Logo, re??ne toda a equipe. Eu preciso de toda a ajuda poss?­vel." Ele caminhou, com passos r??pidos, os poucos metros que separavam da ??rea de escava?§??o, deixando para tr??s toda uma s?©rie de pequenas nuvens de poeira. Dentro de minutos, todos se reuniram ao seu redor esperando por suas ordens. "Voc??, por favor, remova a areia daquele canto", ordenou, indicando o lado da pedra mais longe dela. "E voc?? ajud??-lo. Tome cuidado, muito cuidado. Se ?© o que penso, este objeto vai ser a nossa salva?§??o." Astronave Theos - ??rbita De J??piter O pequeno, mas extremamente confort??vel, m??dulo esf?©rico de transfer??ncia interna estava correndo a uma velocidade m?©dia de cerca de 10 m / s, o duto n??mero tr??s, levaria Azakis at?© a entrada do compartimento, onde o seu companheiro Petri o esperava. A Theos, tamb?©m de forma esf?©rica, com um di??metro de noventa e seis metros, equipada com dezoito condutas tubulares, cada uma com pouco mais de trezentos metros, como meridianos, constru?­dos com dez graus de dist??ncia uns dos outros e cobrindo toda a circunfer??ncia. Cada um dos vinte e tr??s n?­veis, com quatro metros de altura, exceto para o hangar central (d?©cimo primeiro n?­vel) que media o dobros, eram facilmente acess?­veis gra?§as ? s "paradas" que cada conduta tinha em cada andar. Na pr??tica, para ir dos dois pontos mais distantes do navio, pode-se empregar um m??ximo de quinze segundos. A freagem foi quase impercept?­vel. A porta se abriu com um leve chiado e atr??s dela apareceu Petri, parado com as pernas abertas e os bra?§os cruzados. "S??o horas que espero", disse com tom decididamente pouco convindo. "Voc?? j?? terminou com os filtros de ar entupindo eles com aquela porcaria fedorenta que voc?? sempre carrega?" A alus??o ao charuto era ligeiramente velada. Indiferente a provoca?§??o, com um sorriso, Azakis pega do cinto o analisador port??til e o ativa com um gesto do polegar. "Segure isso e vamos logo", disse, passando o aparelho com uma das m??os, enquanto com a outra tentava colocar o sensor dentro da junta a sua direita. "Chegada prevista em aproximadamente 58 horas e estou um tantinho preocupado." "Por qu???" Petri perguntou ingenuamente. "N??o sei. Tenho a sensa?§??o de que vamos ter uma grande surpresa desagrad??vel. " A ferramenta que Petri tinha em m??o come?§ou a emitir uma s?©rie de sons em diferentes frequ??ncias. Ele olhava o aparelho em ter ideia do que estivesse indicando. Olhou em dire?§??o ao amigo ?  procura de algum sinal, mas n??o viu nenhum. Azakis, movendo-se com muito cuidado, apontou o sensor na outra uni??o. Uma nova s?©rie de sons inintelig?­veis saiu do analisador. Depois, sil??ncio. Azakis pegou o instrumento da m??o do seu companheiro, olhou atentamente para os resultados, em seguida, sorriu. "Tudo bem. Podemos prosseguir. " S?? ent??o Petri percebeu que prendia a respira?§??o. Jogou fora todo o ar e imediatamente sentiu uma sensa?§??o de relaxamento. Uma falha, por menor que seja, de uma dessas articula?§?µes poderia acabar com a miss??o, obrigando-os a voltar o mais r??pido poss?­vel. Seria a ??ltima coisa que desejaria. Estavam t??o perto. "Vou tomar um banho", disse Petri tentando sacudir um pouco da poeira. "A visita a um conduto ?© sempre assim...", e acrescentou, franzindo o l??bio superior "instrutiva!" Azakis sorriu. "Vejo voc?? no ponte de comando." Petri chamou o m??dulo e, um segundo depois, se foi. O Sistema Central anunciou que a ??rbita de J??piter tinha sido superada sem problemas e que eles estavam indo sem problemas em dire?§??o ?  Terra. Com um leve mas r??pido movimento dos olhos para a direita, Azakis pediu ao seu O ^ OCM mostrar a rota novamente. O ponto azul que se movia na linha vermelha, agora tinha se movido um pouco mais perto da ??rbita de Marte. A contagem regressiva, Indicava o tempo estimado de chegada em 58 horas exatas e a velocidade da nave em 3.000 km / s. Estava cada vez mais nervoso. Por outro lado, aquela em que estava viajando, era a primeira astronave equipada com os novos motores Bousen, Completamente diferentes das concep?§?µes anteriores. Os projetistas afirmavam que seriam capazes de impulsionar a aeronave a uma velocidade perto da um d?©cimo daquela da luz. Ele ainda n??o se atrevia a ir t??o longe. Para o momento, 3.000 km/s, pareciam mais do que suficiente para uma viagem inaugural. Dos cinquenta e seis membros da tripula?§??o que normalmente teriam de ser acomodados a bordo da Theos nessa primeira miss??o, tinha sido selecionados somente oito, incluindo Petri e Azakis. As raz?µes dadas pelos Anci?µes n??o foram muito exaustivas. Limitaram as explica?§?µes com a senten?§a, que dada a natureza da viagem e o destino, poderiam encontrar muitas dificuldades e que, portanto, seria melhor n??o colocar em risco muitas vidas desnecessariamente. Ent??o n??s seriamos sacrific??veis? Que g?©nero de conversa. Era sempre assim. Quando tinha que arriscar a pele quem ia na frente? Azakis e Petri. Afinal de contas, a propens??o deles para a aventura e tamb?©m a not??vel capacidade de resolver situa?§?µes "complicadas", resultaram em uma s?©rie de benef?­cios nada maus. Azakis vivia em uma casa enorme na linda cidade de Saaran localizada ao sul do continente, que tinha sido usada at?© recentemente, como um dep??sito pelos artes??os da cidade. Ele, gra?§as aos "benef?­cios", tinha conseguido a posse e a permiss??o para alter??-lo ?  vontade. A parede sul tinha sido completamente substitu?­da por um campo de for?§a semelhante ao utilizado na sua nave espacial, de modo a permitir-lhe ver, diretamente da sua insepar??vel poltrona auto male??vel, a maravilhosa ba?­a. Em caso de necessidade toda a parede poderia ser transformada num sistema tridimensional gigante, onde poder ser exibidos simultaneamente at?© doze transmiss?µes simult??neas da rede. Mais de uma vez, este sofisticado sistema de controle e gest??o, tinha lhe permitido obter informa?§?µes decisivas muito em antecipo, permitindo-lhes assim resolver com sucesso at?© crises de grande import??ncia. Ele n??o saberia renunciar. Uma parte do ex-dep??sito estava reservada para a sua cole?§??o de souvenir recuperados em todas as suas miss?µes, realizadas nos anos por todo o espa?§o. Cada um deles lembrava de algo especial e cada vez que ele estava no meio daquela confus??o absurda de objetos estranhos, n??o poderia deixar de agradecer a sua boa sorte, e acima de tudo, seu fiel amigo, que, mais de uma vez, tinha salvado a sua vida. Petri ao contr??rio, embora sempre se destacasse brilhantemente em seus estudos, n??o era um amante da tecnologia de punta. Embora fosse capaz de dirigir com facilidade praticamente todos os tipos de ve?­culos em circula?§??o, conhecer perfeitamente a cada modelo de arma e todos os sistemas de comunica?§??o locais e interplanet??ria, preferia, muitas vezes, confiar em seus instintos e nas suas habilidades manuais para resolver os problemas que apresentavam. Mais de uma vez, diante de seus olhos, viu ele transformar em pouqu?­ssimo tempo, um amontoado informe de sucata de metal em um meio de transporte ou uma incr?­vel arma de defesa. Poderia construir qualquer coisa que precisasse. Certamente em parte era devido ?  hereditariedade transmitida pelo seu pai, um h??bil artes??o, mas acima de tudo, ?  sua grande paix??o pelas artes. Desde jovem, na verdade, se encantava com as habilidades manuais dos artes??os que conseguiam transformar a mat?©ria impotente em algo de muito ??til e tecnol??gico, deixando intacta dentro deles "a beleza". Um som desagrad??vel, intermitente e alto, o surpreendeu, trazendo-o de volta ?  realidade imediatamente. O alarme de proximidade autom??tica soou de repente. Nass?­ria - O Hotel O hotel n??o era certamente um 'cinco estrelas', mas para ela que estava acostumada a passar semanas em uma tenda no deserto, at?© mesmo o chuveiro poderia ser considerado um luxo. Elisa deixou a ??gua quente e regeneradora cair massageando pesco?§o e ombros. Seu corpo parecia gostar muito, porque toda uma s?©rie de agrad??veis arrepios passou v??rias vezes pela suas costas. Voc?? s?? percebe o qu??o importante algumas coisas s??o, quando as perde. Somente dez minutos mais tarde, ela decidiu sair do chuveiro. O vapor tinha emba?§ado o espelho que estava pendurado visivelmente torto. Tentou endireit??-lo, mas assim que ela soltava, voltava ?  sua posi?§??o original desequilibrada. Preferiu ignor??-lo. Com uma aba da toalha secou uma gota d'agua que permanecia sobre ele e se admirou. Quando mais jovem, que tinha sido repetidamente contactada para trabalhar como modelo e at?© mesmo como atriz. Talvez agora poderia ser uma estrela de cinema ou a esposa de um rico jogador de futebol, mas o dinheiro nunca a tinha atra?­do muito. Preferia suar, comer poeira, estudar textos antigos e visitar lugares remotos. A aventura sempre esteve no seu sangue e a emo?§??o que sentia ao descobrir um artefato antigo, o desenterrar dos restos de milhares de anos, n??o poderia ser comparado a nenhuma outra coisa. Ela se aproximou do espelho, demais, e viu aquelas malditas rugas finas nas laterais dos olhos. A m??o foi automaticamente dentro da necessarie do qual tirou um desses cremes que 'tiram dez anos em uma semana'. Com cuidado passou por todo o rosto e se olhou atentamente. O que queria, um milagre? Al?©m disso, o efeito seria vis?­vel somente ap??s 'sete dias'. Ela sorriu para si mesma e para todas as mulheres que foram facilmente enganadas pela publicidade. O rel??gio na parede acima da cama marcava 19:40. Nunca iria conseguir se preparar em apenas vinte minutos. Secou-se o mais r??pido poss?­vel, deixando o cabelo loiro ligeiramente molhado, e ficou na frente do guarda-roupa de madeira escura, onde guardava as pocas roupas elegantes que tinha conseguido levar consigo. Em outros momentos, ela poderia passar horas para decidir o vestido para a ocasi??o, mas, naquela noite, a escolha era muito limitada. Optou, sem pensar muito, o vestido preto curto. Muito bonito, muito sexy, mas n??o vulgar, com um decote generoso que certamente exaltaria os generosos seios. Pegou e, com um elegante movimento, jogou o vestido na cama. 19:50. Apesar de ser mulher detestava se atrasar. Ela olhou pela janela e viu um carro escuro, incrivelmente brilhante, exatamente em frente ?  porta do hotel. Aquele que deveria ser o motorista, um rapaz vestido com roupas militares, estava encostado no cap?? enganando a espera calmamente fumando um cigarro. Usou l??pis e r?­mel para exaltar os olhos, passou rapidamente batom nos l??bios e como tentou distribu?­-lo uniformemente com uma s?©rie de beijos no ar, colocou seus brincos favoritos, n??o sem dificuldade em encontrar os 'buracos'. Na verdade, fazia muito tempo que n??o saia ?  noite. O trabalho fazia ela estar sempre viajando ao redor do mundo e nunca foi capaz de encontrar uma pessoa para um relacionamento est??vel, que durasse mais do que poucos meses. O instinto maternal inato que toda mulher e que ela habilmente fazia quest??o de ignorar, agora, com a aproxima?§??o da maturidade biol??gica, se fazia presente sempre mais. Talvez fosse hora de pensar seriamente sobre come?§ar uma fam?­lia. Abandou o mais r??pido poss?­vel esse pensamento. Colocou o vestido, cal?§ou o ??nico par de sapatos de salto alto de doze cent?­metros que tinha trazido, e com gestos largos, jogou em ambos os lados do pesco?§o o seu perfume favorito. Xale de seda, grande bolsa preta. Estava pronta. ??ltima olhada na frente do espelho perto da porta, confirmou a perfei?§??o de seu vestu??rio. Deu a volta sobre si mesma e saiu com um ar satisfeito. O jovem motorista, depois de ter colocado no lugar o queixo, que havia ca?­do pela vis??o de Elisa quando saiu do hotel, jogou o segundo cigarro que tinha acabado de acender e correu para abrir a porta do carro. "Boa noite, Doutora Hunter. Podemos partir?" perguntou com voz hesitante o militar. "Boa noite", disse ela, testando o seu maravilhoso sorriso. "Vamos." "Obrigada pela passagem", acrescentou enquanto entrava no carro, sabendo muito bem que a saia subiria ligeiramente e teria parcialmente mostrado as pernas ao militar envergonhado. Ela sempre gostou de se sentir admirada. Astronave Theos - Alarme De Proximidade O sistema O ^ OCM materializou imediatamente ?  frente de Azakis, um objeto estranho cujos contornos, dada a baixa resolu?§??o obtidas pela vis??o de longo alcance que o levavam, ainda n??o eram bem definidas. Certamente estava se movendo e andava em dire?§??o deles. O sistema de aviso de proximidade, avaliou a probabilidade de impacto entre o Theos e o objeto desconhecido, maior de 96%, se ningu?©m mudasse a pr??pria rota. Azakis rapidamente entrou no m??dulo de transfer??ncia mais pr??ximo. "Sala de controle" ordenou ao sistema automatizado. Depois de cinco segundos, a porta se abriu assobiando e a grande tela central da sala de controle mostrava, ainda muito turva, o objeto que estava se movendo em rota de colis??o com a nave. Quase simultaneamente, outra porta perto dele se abriu e Petri saiu afanado. ???O que diabos est?? acontecendo???? perguntou o seu amigo: "N??o deveriam ter meteoritos nesta ??rea", exclamou com espanto olhando para a grande tela. "Eu n??o acho que seja um meteorito." "E se n??o ?© um meteorito, ent??o o que ?© que ?©?" Petri perguntou, visivelmente preocupado. "Se n??o corrigimos imediatamente a rota, vai poder ver diretamente com seus olhos, quando nos encontramos com ele dentro do painel de comando." Petri imediatamente mexeu nos controlos de navega?§??o e ajustou uma ligeira varia?§??o da trajet??ria daquela previamente predeterminada. "Impacto em 90 segundos.", comunicou sem emo?§??o, a voz feminina do sistema de aviso. "Dist??ncia do objeto: 276.000 km, em aproxima?§??o." "Petri faz alguma coisa e r??pido!" gritou Azakis. "Eu j?? estou fazendo, mas essa coisa se move muito r??pido." A estimativa da probabilidade de impacto, vis?­vel na tela no lado direito do objeto, estava diminuindo lentamente. 90%, 86%, 82%. "N??o vamos conseguir", disse com um fio de voz Azakis. "Meu amigo, ainda n??o inventaram um 'objeto misterioso' que possa esmagar a minha nave", disse Petri com um sorriso diab??lico. Com uma manobra que fez perder a ambos, por um momento, o equil?­brio, Petri impostou os dois motores Bousen uma invers??o de polaridade instant??nea. A nave espacial tremeu por longos momentos e apenas o sistema de gravidade artificial refinado, assegurando uma compensa?§??o imediata na varia?§??o, impediu que toda a tripula?§??o acabasse esmagada na parede na frente deles. "??timo trabalho" disse Azakis dando um tapinha vigorosa no ombro do amigo. "Mas agora, como voc?? vai parar a rota?§??o?" Os objetos na sala j?? tinham come?§ado a subir e a girar dando voltas no ambiente. "S?? um minuto", disse Petri pressionando bot?µes e mexendo com os controles. "Basta s??..." Uma s?©rie de gotas de suor escorria lentamente da sua testa. "abrir a...", continuou ele, enquanto tudo o que estava na sala voava incontrolavelmente. At?© os dois come?§aram a se al?§ar do ch??o. O sistema de gravidade artificial j?? n??o podia compensar a imensa for?§a centr?­fuga gerada. Eles estavam sempre mais leves. "a... a porta... tr??s!" gritou Petri no final, enquanto todos os objetos ca?­ram no piso. Uma grande caixa pesada, atingiu Azakis exatamente entre a terceira e quarta costela, for?§ando-o a emitir um gemido ma?§ante. Petri, a partir da altura de meio metro de onde foi pairar, caiu sob o painel de instrumentos, em uma posi?§??o por nada natural e decididamente rid?­cula. A estimativa do impacto tinha ca?­do para 18% e continuou a diminuir rapidamente. "Tudo Bem?" logo perguntou Azakis, tentando esconder a dor no lado atingido. "Sim, sim. Eu estou bem, estou bem", disse Petri tentando se levantar. Um momento depois Azakis estava chamando o resto da tripula?§??o que prontamente comunicava ao seu comandante a aus??ncia de danos a pessoas e bens. A manobra apenas executada, tinha desviado um pouco a Theos da rota anterior e a depress??o causada pela abertura da porta tinha sido imediatamente compensada pelo sistema automatizado. 6%, 4%, 2%. "dist??ncia do objeto: 60.000 km" Anunciou a voz. Ambos estavam segurando a respira?§??o, esperando de chegar ?  dist??ncia de 50.000 km na qual seria acionados os sensores de curto alcance. Esses momentos pareciam intermin??veis. "Dist??ncia do objeto: 50.000 Km. Sensores de curto alcance: ativos." A figura borrada na frente deles, de repente ficou n?­tida. O objeto apareceu na tela, tornando vis?­vel cada detalhe. Os dois amigos se olharam, espantados, olhos nos olhos. "Inacredit??vel!" exclamaram em un?­ssono. Nass?­ria - Restaurante Masgouf O Coronel Hudson caminhava nervoso, ao longo da diagonal do corredor em frente da sala principal do restaurante. Olhava, praticamente a cada minuto, o rel??gio t??tico que sempre mantinha no seu pulso esquerdo e que nunca tirava, mesmo para dormir. Ele estava t??o entusiasmado como um adolescente em seu primeiro encontro. Para matar o tempo, pediu um Martini com gelo e uma fatia de lim??o ao bartender bigodudo que, embaixo de sobrancelhas grossas, observava com curiosidade, enquanto ociosamente limpava uma s?©rie de copos. O ??lcool, obviamente, n??o era permitido nos pa?­ses isl??micos, mas, para essa noite, tinha feito uma exce?§??o. O pequeno restaurante foi totalmente reservado somente para os dois. O Coronel, logo ap??s fechar a conversa com a Dra. Hunter, tinha imediatamente entrado em contato com o propriet??rio do restaurante, especificamente pedindo o prato especial Masgouf, do qual o restaurante tinha pego o nome. Dada a dificuldade em encontrar o ingrediente principal, o esturj??o do rio Tigre, queria ter certeza de que o local pudesse servir. Al?©m disso, sabendo que precisa de pelo menos duas horas para prepar??-lo, queria que tudo fosse cozinhado sem pressa e com a perfei?§??o absoluta. Para a noite, como o uniforme mim?©tico certamente n??o seria adaptado ?  situa?§??o, decidiu tirar fora o seu terno escuro Valentino, combinado com uma gravata de seda Regimental com listras cinzas e brancas. Os sapatos pretos s??o engraxados como s?? um militar, sempre italianos. Claro, o rel??gio t??tico n??o tinha nada a ver, mas nunca poderia ficar sem ele. "Chegaram." A voz saiu crepitante do receptor, parecido com um telefone celular, que mantinha no bolso interno do terno. Desligou o aparelho e olhou atrav?©s da porta de vidro. O grande carro escuro desviou de um saquinho amassado, levado pela ligeira brisa da noite rolava pregui?§osamente na rua. Com uma manobra r??pida parou em frente da entrada do restaurante. O motorista deixou a poeira abaixar, em seguida, cautelosamente saiu do carro. Do fone de ouvido escondido na sua orelha direita, vieram uma s?©rie de 'tudo libero'. Ele olhou atentamente em todas as posi?§?µes anteriormente predefinidos at?© estar certo de que tinha identificado todos os seus homens que, em uniforme de combate, cuidariam da seguran?§a dos dois comensais durante todo o jantar. A ??rea era segura. Abriu a porta traseira e, gentilmente estendendo a sua m??o direita, ajudou a convidada a descer do autom??vel. Elisa agradeceu o militar pelo gesto gentil, saiu suavemente do carro. Ela olhou para cima e encheu os pulm?µes do ar limpo da noite clara, se deu um momento para contemplar o magn?­fico espet??culo que s?? o c?©u estrelado do deserto sabia encenar. O Coronel ficou por um momento indeciso se ir ao seu encontro ou ficar dentro da sala esperando a sua entrada. No final, escolheu sentar na esperan?§a de melhor mascarar a sua agita?§??o. Em seguida, fingindo indiferen?§a, se aproximou do balc??o, sentou num banco, descansou o cotovelo esquerdo na madeira escura, balan?§ou um pouco o licor em seu copo e parou para observar a semente do lim??o se depositar lentamente no fundo. A porta se abriu com um leve chiado e o motorista militar se inclinou para verificar se tudo estava em ordem. O Coronel deu um leve aceno de cabe?§a e o militar acompanhou Elisa ao interno, fazendo ela passar com um grande movimento da m??o. "Boa noite, Dra. Hunter", disse o Coronel, levantando-se do banco e mostrando o seu melhor sorriso. "A viagem foi confort??vel?" "Boa noite, Coronel," Elisa respondeu com um sorriso deslumbrante "Tudo bem, obrigada. O motorista foi muito gentil." "Voc?? pode ir, obrigado", disse com voz autorit??ria o Coronel, ao soldado que o saudou, virou-se e desapareceu na noite. "Uma bebida, doutora?" perguntou o Coronel, chamando com um aceno de sua m??o o barman bigodudo. "O mesmo que o senhor," Elisa respondeu imediatamente, apontando para o copo de Martini que o Coronel ainda estava segurando. Ent??o, ela acrescentou, "Pode me chamar de Elisa, Coronel, se prefere." "Perfeito. E voc?? pode me chamar Jack. 'Coronel' vamos deixar para os meus soldados. " ?? um bom come?§o, pensou o Coronel. O barman preparou cuidadosamente o segundo martini e entregou ?  rec?©m-chegada. Ela se aproximou o pr??prio copo ao do Coronel e brindou. "Sa??de" exclamou alegremente e deu um grande gole. "Elisa, eu tenho que dizer que esta noite voc?? est?? realmente maravilhosa", disse o Coronel passando os olhos da cabe?§a aos p?©s da sua convidada. "Voc?? tamb?©m n??o est?? nada mal. O uniforme pode at?© ter o seu charme, mas eu prefiro voc?? assim" disse sorrindo maliciosamente e inclinando a cabe?§a ligeiramente para um lado. Jack, um pouco sem jeito, voltou a sua aten?§??o para o conte??do do copo que tinha em m??o. Ele o observou por um momento, ent??o engoliu em um gole. "Que tal se n??s vamos para a mesa?" "Boa ideia", disse Elisa. "Estou morrendo de fome." "Eu fiz preparar a especialidade da casa. Espero que voc?? goste." "N??o me diga que voc?? conseguiu que cozinhassem o Masgouf!" Ela exclamou com espanto, abrindo os belos olhos verdes. "?? quase imposs?­vel encontrar o esturj??o do Tigre nessa ?©poca do ano." "Para uma companhia como a sua n??o podia que exigir melhor", disse satisfeito o Coronel, vendo que sua escolha parecia ter sido muito apreciada. Ele gentilmente estendeu a m??o direita e convidou a doutora a segui-lo. Ela, sorrindo maliciosamente, apertou a sua m??o e se deixou acompanhar ?  mesa. O local era decorado no estilo t?­pico local. Luz quente e suave, grandes cortinas em quase todas as paredes descendo do teto. Um grande tapete com desenhos Eslimi e Toranjdar, cobria quase todo o ch??o, enquanto alguns menores foram colocados nos cantos da sala, para enquadrar o tudo. ?? claro, a tradi?§??o queria que a refei?§??o fosse consumida sentados no ch??o em travesseiros agrad??veis e macios, mas, como bom ocidental, o Coronel tinha preferido uma mesa 'cl??ssica'. Essa foi cuidadosamente preparada e as cores escolhidas para a toalha eram perfeitamente compat?­veis com o resto da sala. Um fundo musical onde uma Darbuka acompanhava a batida Maqsum a melodia de um Oud , gentilmente preenchia toda a sala. Uma noite perfeita. Um gar?§om alto e magro se aproximou e educadamente, com uma rever??ncia, convidou os dois convidados para se sentar. O Coronel fez Elisa se acomodar e a ajudou com a cadeira, em seguida, sentou-se na sua frente, tomando cuidado para n??o fazer a gravata cair dentro do prato. "?? realmente lindo aqui", disse Elisa, olhando ao redor. "Obrigado", disse o Coronel. "Devo confessar que temia a sua opini??o. Ent??o eu pensei sobre sua paix??o por esses lugares e pensei que poderia ser a melhor escolha." "Acertou em cheio!" Elisa exclamou mostrando mais uma vez o seu maravilhoso sorriso. O gar?§om abriu uma garrafa de champanhe e, enquanto enchia os copos de ambos, um outro se aproximou com uma bandeja na m??o, dizendo: "Para come?§ar, por favor, aceite um Most-o-bademjan. " Os dois comensais pareciam satisfeitos, pegaram os dois c??lices e beberam novamente. A cerca de uma centena de metros do local, dois tipos estranhos em um carro escuro mexiam em um sofisticado sistema de vigil??ncia. "Voc?? viu como o Coronel mima a donzela?" disse sorrindo um decididamente obeso, que estava no banco do motorista, enquanto mordia um enorme sandu?­che e se enchia de migalhas barriga e cal?§as. "Foi uma ideia genial colocar um emissor no brinco da doutora" respondeu o outro, muito mais magro, com os olhos grandes e escuros, que bebia caf?© da um copo grande de papel marrom. "A partir daqui podemos perfeitamente ouvir tudo o que eles dizem." "Olha, para n??o criar problemas e registra de tudo", avisou, "caso contr??rio, v??o nos fazer pagar por esses brincos." "N??o precisa se preocupar. Eu conhe?§o muito bem esse aparelho. N??o vai escapar mesmo um sussurro." "Devemos que descobrir o que realmente descobriu a doutora", acrescentou o gordo. "Nosso l?­der tem investido muito dinheiro para seguir secretamente esta investiga?§??o." "N??o deve ter sido f??cil vista a forte estrutura de seguran?§a que o Coronel preparou." O homem magro olhou para o c?©u com cara de sonhador e acrescentou: "Se tivessem dado a mim um mil?©simo de todo aquele dinheiro, agora eu estaria deitado sob uma palmeira em Cuba, tendo como ??nica preocupa?§??o a de escolher entre uma Margarita ou uma Pi?±a Colada." "E talvez com um monte de garotas em biqu?­ni que passam o filtro solar em voc??", disse o gordo, caindo na gargalhada, enquanto o movimento da barriga fazia cair no ch??o parte das migalhas. "Este aperitivo ?© delicioso." A voz da doutora saiu ligeiramente distorcida pelo pequeno alto-falante no painel. "Devo confessar que eu n??o esperava encontrar por tr??s dessa fachada de militar rude, um homem t??o refinado." "Bem, obrigado Elisa. Eu tamb?©m n??o esperava que atr??s de uma doutora t??o altamente qualificada, al?©m de muito bonita, tivesse tamb?©m uma mulher muito gentil e agrad??vel" disse a voz do Coronel, sempre um pouco distorcida, mas com um volume ligeiramente inferior. "Olha como eles flertam", disse o hom??o no banco do motorista. "Eu acho que eles v??o acabar na cama." "Eu n??o tenho tanta certeza", afirmou outro. "A nossa doutora ?© muito, muito inteligente e n??o acho que um jantar e alguns elogios decadentes podem ser suficientes para faz??-la cair em seus bra?§os." "Dez d??lares que ela n??o passa dessa noite", disse o homem gordo estendendo a m??o direita para o colega. "Ok, aceito", exclamou o outro apertando a m??o grande. Astronave Theos - O Objeto Misterioso O objeto que se materializou diante dos dois companheiros at??nitos, definitivamente n??o era nada que a natureza, apesar de sua imagina?§??o infinita, pudesse criar de forma independente. Parecia uma esp?©cie de flor met??lica com tr??s p?©talas longas, sem haste, com um pistilo central com uma forma ligeiramente c??nica. O lado de tr??s do pistilo tinha a forma de um prisma hexagonal, com a superf?­cie de base ligeiramente maior do que a do cone posicionado no lado oposto e que servia como suporte para a estrutura inteira. A partir dos tr??s lados do hex??gono ramificavam p?©talas equidistantes retangulares, com um comprimento de pelo menos quatro vezes maiores do que a base. "Parece um tipo de velho moinho de vento, como aqueles que eram usados s?©culos atr??s, nos grandes pratos do leste", disse Petri, sem tirar os olhos do objeto, nem por um segundo, mostrado na tela grande. Um arrepio percorreu as costas de Azakis, quando regressava ?  mente alguns prot??tipos antigos que os Anci??os tinham sugerido estudar antes da partida. "?? uma sonda espacial" disse com a decis??o Azakis. "Eu vi alguns, feitas mais ou menos dessa forma, nos velhos arquivos da rede" disse que, enquanto se apressava a encontrar atrav?©s a N ^ COM, mais informa?§?µes sobre o assunto. "Uma sonda espacial?" Petri disse, e se virou com ar assustado em dire?§??o ao seu companheiro. "E quando foi lan?§ada?" "Eu acho que n??o ?© o nosso." "N??o ?© nosso? O que quer dizer, meu amigo?" "Quero dizer que n??o ?© e nem ?© estada constru?­da nem lan?§ada por um dos habitantes do planeta Nibiru." O rosto Petri ficou cada vez mais preocupado. "Como assim?" N??o me diga que voc?? acredita naquela estupidez sobre alien?­genas, hein?" "O que eu sei ?© que nada desse tipo jamais foi constru?­do no nosso planeta. Eu verifiquei todo o arquivo da rede e n??o h?? nenhuma correspond??ncia com o objeto que vemos. Nem mesmo nos projetos nunca realizados." "N??o ?© poss?­vel!" disse Petri. "O seu N ^ COM deve estar fora de fase. Controla bem." "Sinto muito Petri. Eu j?? verifiquei duas vezes e tenho absoluta certeza de que essa coisa n??o ?© nossa." O sistema de vis??o de curto alcance gerou uma imagem tridimensional do objeto, recriando minuciosamente em seus m?­nimos detalhes. O holograma flutuava ligeiro no meio da sala de controlo, suspenso a cerca meio metro do solo. Petri, com um movimento de sua m??o direita, come?§ou a faz??-lo girar lentamente, examinar cuidadosamente cada detalhe. "Parece feito de uma liga de metal leve", disse Petri, com um tom muito mais t?©cnico que espantado. "O poder dos motores devem ser fornecidas por esses tr??s p?©talas, o que parecem serem cobertas com um tipo de material sens?­vel ?  luz solar." Ele tinha finalmente come?§ado a mexer nos comandos do sistema. "O pistilo deve ser uma esp?©cie de antena de r??dio de duas vias e o prisma hexagonal ?© definitivamente o "c?©rebro" dessa coisa." Petri moveu mais r??pido e mais r??pido o holograma, inclinando em todas as dire?§?µes. De repente, parou e disse: "Olhe aqui. Na sua opini??o, o que ?© isso?" perguntou no momento em que ampliava os detalhes. Azakis aproximou o m??ximo poss?­vel. "Parecem s?­mbolos." "Dois s?­mbolos diria," corrigido Petri "ou melhor, um desenho e quatro s?­mbolos pr??ximos." "Azakis continuou rapidamente atrav?©s o N ^ COM, Para procurar algo na rede mas n??o conseguia encontrar nada que tivesse a menor correspond??ncia com o que ele via na sua frente." O desenho representava um ret??ngulo composto por quinze listras longitudinais alternadas branco e vermelho, no canto superior esquerdo, um outro ret??ngulo azul contendo cinquenta estrelas com cinco pontas brancas. ?? sua direita, os quatro s?­mbolos: JUNO "Parece uma esp?©cie de escrita", aventurou-se Azakis. "Talvez os s?­mbolos representam o nome de quem criou a sonda." "Ou talvez seja o seu nome", rebateu Petri. "A sonda se chama 'JUNO" e o s?­mbolo dos criadores ?© aquela esp?©cie de ret??ngulo colorido." "No entanto, certamente n??o ?© coisa nossa" afirmou Azakis. "Voc?? acha que poderia haver alguma forma de vida nele?" "Acho que n??o. Pelo menos n??o uma que conhecemos. O espa?§o da c??psula posterior, que ?© o ??nico lugar onde poderia ter qualquer coisa, ?© muito pequeno para manter um ser vivo." Enquanto falava, Petri j?? tinha come?§ado a digitalizar a sonda, procurando qualquer sinal de vida poderia vir de dentro. Ap??s alguns momentos, uma s?©rie de s?­mbolos apareceu na tela e rapidamente traduziu para o companheiro. "De acordo com nossos sensores n??o h?? nada de 'vivo' l??. Nem parece que tenha armas de qualquer tipo. Em uma primeira an??lise, eu diria que este neg??cio ?© uma esp?©cie de nave de reconhecimento na explora?§??o do sistema solar em busca de quem sabe o qu??." "Pode ser", disse ele Azakis "mas a pergunta que devemos nos fazer ?©: Enviado por quem?" "Bem", sup??s Petri "se excluirmos a presen?§a de misteriosos 'aliens' eu diria que os ??nicos capazes de fazer tal coisa, s?? podem ser os seus velhos 'amigos terrestres'." "O que voc?? est?? dizendo? Mas se quando deixamos a ??ltima vez mal conseguiam montar um cavalo. Como eles podem ter atingido um n?­vel de conhecimento assim em t??o pouco tempo? Enviar uma sonda para passear o espa?§o n??o ?© uma piada." "Pouco tempo?" objetou Petri olhando-o diretamente nos olhos. "N??o se esque?§a que, para eles, j?? passaram quase 3.600 anos. Considerando que a vida m?©dia era de no m??ximo cinquenta ou sessenta anos, quer dizer que se passaram pelo menos sessenta gera?§?µes. Talvez eles se tornaram muito mais inteligentes do que pensamos." "E talvez seja por isso", acrescentou Azakis, tentando completar o racioc?­nio do seu amigo "que os Anci??os estavam t??o preocupados com esta miss??o. Eles ou haviam previsto, ou tinham considerado essa possibilidade." "Bem, eles poderiam ter aludido a essa possibilidade, ou n??o? A vis??o dessa coisa quase me fez ter um treco." "Ainda estamos no n?­vel de conjeturas", disse Azakis esfregando o polegar e o indicador no queixo "mas parece que tenha um senso. Vou tentar entrar em contato com os Anci??os e vou tentar arrancar um pouco mais de informa?§?µes, se eles t??m. Voc??, por sua vez, tenta entender alguma coisa mais sobre esse tro?§o. Analisar rota atual, velocidade, massa, etc. e tenta fazer uma previs??o sobre o seu destino, quanto tempo ?© o partido e os dados que tem armazenados. Ou seja, eu quero saber o m??ximo poss?­vel do que nos espera l??." "Ok, Zak", disse Petri ao fazer vibrar no ar, em torno dele, hologramas coloridos com uma infinidade de n??meros e f??rmulas. "Oh, n??o se esque?§a de analisar o que voc?? identificou como uma antena. Se fosse real, isso a?­ seria capaz de transmitir e receber. Eu n??o gostaria que o nosso encontro j?? fosse comunicado antes do tempo." Dito isto, Azakis caminhou rapidamente em dire?§??o ?  cabine do H ^ COM, a ??nica em toda a nave equipada para comunica?§?µes de longa dist??ncia, e estava entre as dezoito e dezenove portas dos m??dulos de transfer??ncia. A porta se abriu com um leve chiado e Azakis entrou na cabine estreita. Porque ser?? que a fizeram t??o pequena, me pergunto... Pensou ao tentar instalar-se sobre o assento, esse tamb?©m decididamente mi??do, que descia automaticamente do alto. Talvez queriam que fosse usado o m?­nimo poss?­vel... Quando a porta se fechou atr??s dele, come?§ou a compor uma s?©rie de comandos no console na sua frente. Precisou esperar v??rios segundos para o sinal estabilizar. De repente, no display hologr??fico, semelhante ao que tinha na sala de comando, come?§ou a aparecer a face magra e decididamente marcada pelos anos do seu superior Anci??o. "Azakis", disse o homem sorrindo levemente enquanto levantava lentamente a m??o ossuda em sauda?§??o. "O que o fez chamar, t??o urgentemente, este pobre velho?" Ele nunca foi capaz de saber exatamente a idade de seu superior. Ningu?©m tinha a permiss??o de saber informa?§?µes t??o privadas de um dos componentes dos Anci?µes. Claro, de voltas ao redor do sol tinha visto v??rios. No entanto, seus olhos dan?§avam da esquerda para a direita com uma vitalidade que nem ele teria faria melhor. "Fizemos um encontro muito surpreendente, pelo menos para n??s," come?§ou Azakis sem muito pre??mbulo, tentando olhar diretamente nos olhos de seu interlocutor. "Quase nos chocamos com um objeto estranho", continuou ele, tentando perceber a menor express??o do Anci??o. "Um objeto? Explica melhor, meu rapaz." "Petri ainda est?? analisando, mas n??s pensamos que poder ser algum tipo de sonda e tenho a certeza que n??o ?© nosso." O Anci??o ficou boquiaberto. Parecia muito surpreso. "Encontramos alguns s?­mbolos estranhos gravados no casco em uma l?­ngua desconhecida", acrescentou. "Eu estou enviando todos os dados." O olhar do Anci??o pareceu se perder por um momento no vazio, em quanto atrav?©s de sua O ^ OCM, analisava o fluxo de informa?§?µes abaixadas. Depois de alguns longos momentos, seus olhos voltaram a fixar o seu interlocutor e, em um tom que n??o deixou escapar nenhum tipo de emo?§??o, disse, "Convocarei imediatamente o Conselho dos Anci??os. Tudo sugere que suas dedu?§?µes iniciais est??o corretas. Se as coisas estiverem mesmo assim, devemos rever imediatamente os nossos planos." "Aguardamos not?­cias" e assim dizendo, Azakis fechou a comunica?§??o. Nass?­ria - O Jantar O Coronel e Elisa j?? estavam esvaziando a terceira ta?§a de champanhe e o ambiente se tornava decididamente mais casual. "Jack, eu tenho que dizer: este Masgouf ?© divino. Ser?? imposs?­vel termin??-lo, ?© enorme." "Sim, ?© realmente ??timo. Devemos dar os parab?©ns ao chef." "Talvez eu devesse casar com ele e faz??-lo cozinhar para mim", disse Elisa rindo em modo exagerado. O ??lcool j?? estava fazendo os seus efeitos. "Eh, n??o, deve entrar na fila. Eu cheguei antes." Arriscou pensando que a frase n??o seria exatamente inapropriada. Elisa fingiu n??o perceber e continuou a mastigar o seu esturj??o. "Voc?? n??o ?© casado, certo?" "Nunca tive tempo para essas coisas." '?? uma desculpa muito velha", disse ela olhando maliciosamente. "Bem, uma vez cheguei quase, mas a vida militar n??o ?© exatamente adequada para o casamento. E voc???" acrescentou, fugindo de um assunto que parecia que ainda do?­a. "J?? foi casada?" "Est?? brincando? E quem iria suportar ter uma mulher que passa a maior parte de seu tempo viajando pelo mundo para escavar o subsolo como uma toupeira e que gosta de profanar os t??mulos de milhares de anos?" "??", disse Jack sorrindo amargamente, "obviamente n??o somos feitos para o casamento." E quando levantou a ta?§a, prop??s um melanc??lico "Vamos beber sobra." O gar?§om chegou com mais Samoons fresquinhos interrompendo, felizmente, o momento de suave tristeza. Jack, aproveitando da interrup?§??o, tentou dissipar rapidamente uma s?©rie de mem??rias que voltavam ?  mente. Era coisa do passado. Agora ele tinha uma bela mulher ao lado dele e tinha que se concentrar apenas nela. N??o era t??o dif?­cil. A m??sica de fundo, que parecia envolv??-los suavemente, era aquela certa. Elisa, iluminada pelas tr??s velas colocadas no meio da mesa, estava maravilhosa. Seu cabelo era de tons de ouro e cobre e sua pele era lisa e bronzeada. Seus olhos penetrantes eram de um verde profundo. Seus l??bios macios estavam lentamente tentando separar um peda?§o de esturj??o do osso entre os dedos. Era t??o sexy. A Elisa n??o tinha passado desapercebido aquele momento de fraqueza do Coronel. Apoiou o osso na borda do prato e sugou, com aparente descuido, o ?­ndice, em seguida, o polegar. Abaixou a cabe?§a ligeiramente e olhou para ele t??o intensamente que Jack pensou que seu cora?§??o iria saltar para fora do meu peito e vai acabar diretamente no prato. Percebendo que j?? n??o controlam a situa?§??o e acima de tudo a si mesmo, o Coronel tentou se recuperar imediatamente. Era um menino crescido demais para fazer a figura do adolescente apaixonado, mas aquela garota tinha algo que o atra?­a terrivelmente. Ele respirou fundo, esfregou o rosto com as m??os e tentou dizer "Que tal terminar tamb?©m esse ??ltimo pedacinho?" Ela sorriu, delicadamente pegou o peda?§o de esturj??o, levantou ligeiramente da cadeira se alongou na dire?§??o e levou at?© a boca dele. Nessa posi?§??o, o decote mostrava parcialmente os seios pr??speros. Jack, visivelmente constrangido, abocanhou com uma ??nica mordida, sem evitar tocar os l??bios nos dedos. Sua excita?§??o cresceu mais e mais. Elisa estava brincando com ele como um gato faz com um rato e Jack n??o conseguia se opor de forma alguma. Ent??o, com um ar de menina inocente, Elisa sentou confortavelmente no seu lugar e, como se nada tivesse acontecido, fez um gesto com a m??o para o gar?§om alto e magro, que prontamente chegou. "Eu acho que ?© hora de um agrad??vel ch?? com cardamomo. O que acha, Jack?" Ele que ainda n??o havia se recuperado do clima anterior, balbuciou algo como: "Bem, sim, ok..." E enquanto, endireitando a jaqueta, tentou tomar um tom, acrescentou: "Deve ser ??timo para a digest??o." Percebeu ter dito algo rid?­culo, mas naquele momento n??o conseguia pensar em algo melhor. "?? tudo muito gostoso Jack, ?© uma noite muito agrad??vel, mas n??o se esque?§a da finalidade para a qual estamos aqui esta noite. Eu tenho que mostrar uma coisa, lembra?" O Coronel estava pensando em tudo no momento, menos que no trabalho. Mas ela tinha raz??o. Em jogo tinham coisas muito mais importantes que um est??pido flerte. O fato era que, para ele, aquele flerte n??o parecia nada est??pido. "Claro", respondeu tentando recuperar seu ar autorit??rio. "Eu n??o posso esperar para saber o que voc?? descobriu." O gordo, que n??o muito longe, no carro estava ouvindo tudo disse: "Essa cachorra! Todas as mulheres s??o iguais. Elas nos seduzem, nos levam para as estrelas, e depois agem como se nada tivesse acontecido." "Eu acho que os seus dez d??lares em breve estar??o em meu bolso", disse o magro, com uma grande risada. "Na verdade n??o me importa em nada quem a nossa doutora leva pra cama ou n??o. N??o se esque?§a que estamos apenas aqui para saber tudo o que ela sabe." E enquanto tentava ficar mais comodo na cadeira, por causa de uma dor nas costas que come?§ava a surgir, acrescentou: "Dever?­amos ter colocado uma boa c??mera naquela sala maldita." "Sim, talvez debaixo da mesa, para que voc?? ver as coxas dela." "Cretino. Mas quem foi o idiota que selecionou voc?? para esta miss??o?" "Nosso chefe, meu amigo. E eu conselho que voc?? evite insult??-lo, pois ele sabe muito bem como colocar escutas e n??o teria dificuldade at?© mesmo em colocar neste carro." O gordo se assustou e por um momento pensou que seu cora?§??o parou de bater. Estava tentando ter uma carreira e insultar o superior direto, n??o era a melhor maneira de avan?§ar. "Pare de falar besteira", disse, tentando ser s?©rio e profissional. "Pense em fazer o seu trabalho bem e faz em modo de voltar ?  base com algo de concreto." Dito isto, olhou fixamente para um ponto n??o definido no escuro da noite al?©m do p??ra-brisa ligeiramente emba?§ado. Elisa tirou da sua bolsa o seu insepar??vel tablet, apoiou sobre a mesa e come?§ou a percorrer as fotos. O Coronel curiosamente, tentou esticar os olhos para ver algo, mas o ??ngulo n??o permitia. Ela, encontrou o que queria, levantou-se e sentou na cadeira ao lado dele. "Ent??o," come?§ou Elisa " fique confort??vel que a hist??ria ?© longa. Vou tentar resumir, o m??ximo poss?­vel." Rolando rapidamente com o ?­ndice na tela, ela abriu uma foto de uma t??bua com inscri?§?µes com desenhos estranhos e escritas cuneiformes. "Esta ?© uma foto de uma das t??buas que foram encontrados no t??mulo do rei Baldu?­no II de Jerusal?©m", continuou Elisa, "que ?© supostamente o primeiro, em 1119, a abrir o Mearat Hamachpelah, tamb?©m conhecida como a Caverna dos Patriarcas, onde parece que est??o sepultos Abra??o e seus dois filhos Isaac e Jacob. Estas sepulturas deveriam se encontrar no subsolo do que hoje ?© chamado de Mesquita ou Santu??rio de Abra??o em Hebron, na Cisjord??nia." Nesse ponto, ela mostrou uma foto da mesquita. "Dentro dos t??mulos", continuou ele Elisa "o rei teria encontrado, al?©m de in??meros objetos de v??rios tipos, at?© mesmo um n??mero de t??buas que pertenciam a Abra??o. Se pensa que podem representar uma esp?©cie de di??rio que ele teria mantido e onde escreveu os momentos mais importantes da sua vida." "Uma esp?©cie de 'registos de viagem'" Jack tentou antecipar, na esperan?§a de fazer uma boa impress??o. "De certa forma, sim, j?? que de quil??metros, para a ?©poca, ele fez realmente muitos." Ao deslizar em outra fotografia, Elisa continuou explicando "Os maiores especialistas da sua l?­ngua e do modo gr??fico do tempo tentaram traduzir o que foi gravado nessa t??bua. As opini?µes foram, naturalmente, bastante divididas em algumas partes, mas todos concordaram que este" e ampliou um detalhe da imagem "seja traduz?­vel como 'vaso' ou como '??nfora dos Deuses'. Depois, h?? as palavras como 'enterro', 'secreto' e 'prote?§??o' tamb?©m bastante claras." Jack estava come?§ando a ficar um pouco confuso, mas, acenando com a cabe?§a, tentou convencer Elisa que estava seguindo tudo perfeitamente. Ela olhou para ele por um momento, em seguida, passou a dizer: "Este s?­mbolo ao inv?©s" e tocou na tela para torn??-lo o mais claro poss?­vel, "segundo alguns, deve ser uma sepultura: o t??mulo de um Deus. E esta parte deve descrever um dos Deuses que adverte ou, at?© mesmo, amea?§a o povo se reunido em torno a ele." O Coronel, um pouco por causa do ??lcool, um pouco pelo perfume inebriante que emanava Elisa ao seu redor, e um pouco mais pelos olhos dela, nos quais estava mergulhado, n??o estava entendendo mais nada. Ele continuou, no entanto, a acenar como se tudo fosse claro. "Ent??o, resumindo," continuou Elisa notando o embaciamento de Jack" os espertos interpretaram o conte??do desta t??bua, como uma representa?§??o de um evento que ocorreu na ?©poca de Abra??o em que um suposto Deus ou, mais genericamente Deuses, teriam secretamente enterrado perto de sua sepultura, algo muito precioso, pelo menos para eles." "Parece uma afirma?§??o muito gen?©rica" come?§ou Jack, tentando dar-se uma voz. "Para dizer que tem algo valioso enterrado perto da sepultura dos Deuses, certamente n??o ?© como ter as coordenadas GPS. Pode se referir a qualquer coisa a qualquer lugar." "Voc?? est?? certo, mas todas as inscri?§?µes, especialmente aqueles de muito tempo, devem de alguma forma ser interpretadas e contextualizadas. E ?© por isso que existem os especialistas e, ali??s, eu sou um deles." Assim dizendo, come?§ou a imitar os movimentos de uma modelo sendo fotografada pelos paparazzi. "Ok,ok. Eu sei que voc?? ?© competente. Mas agora tenta explicar alguma coisa para n??s, pobres mortais." "Basicamente," falou Elisa depois de se recompor "depois de analisar e comparar artefatos hist??ricos de todos os tipos, hist??rias verdadeiras, lendas, rumores e assim por diante, as maiores "c?©rebros" da terra afirmaram que esta reconstru?§??o tem certamente um fundo verdade. Nesta base, eles t??m desencadeado arque??logos de todo o mundo em busca desse lugar misterioso." "Mas ent??o, em tudo isto, o que tem a ver o ELSAD? " O Coronel estava recuperando as suas fun?§?µes cerebrais. "Foi-me dito que esta pesquisa tinham como escopo recuperar artefatos fantasmag??ricos de origem alien?­gena." "E talvez seja exatamente isso", disse Elisa. "E agora a opini??o geral ?© que estes famosos "Deuses", que nos tempos antigos vagam pela Terra, seriam simplesmente humanoides vindos de um planeta fora do nosso sistema solar. Devido ?  alta tecnologia e grandes conhecimentos m?©dicos e cient?­ficos, n??o era t??o dif?­cil que fossem confundidos com deuses capazes de realizar todo tipo de milagre." "Sim", Jack interrompeu. "Eu tamb?©m, se chegasse com um helic??ptero apache em uma tribo da Amaz??nia central e come?§asse a lan?§ar m?­sseis em todos os lugares, eu poderia ser confundido com uma divindade raivosa." "Este ?© exatamente esse o efeito que deve ter produzido essas criaturas sobre os homens da ?©poca. Alguns dizem at?© que teriam sido os alien?­genas a incutir no Homo Erectus a semente da intelig??ncia, transformando-os, em poucas dezenas de milhares de anos, no que hoje conhecemos como Homo sapiens sapiens." Elisa olhou atentamente para o Coronel, que parecia estar cada vez mais surpreendido e decidiu afundar um golpe baixo. "Na verdade, como chefe desta miss??o, eu pensei que voc?? fosse mais informado." "Eu tamb?©m pensei." Jack falou. "Obviamente, nos altos planos seguem a filosofia do: quanto menos se sabe melhor ?©." A raiva estava come?§ando a tomar o lugar da do?§ura anterior. Percebendo isso, Elisa colocou sua m??o sobre a mesa e ficou a poucos cent?­metros do rosto do Coronel, que por um momento prendeu a respira?§??o pensando que ela queria beij??-lo, e exclamou: "Agora vem a melhor parte." Com um movimento r??pido voltou ao seu lugar e mostrou outra fotografia. "Enquanto todos se jogaram na busca por essa famosa "sepultura dos Deuses", andando a vasculhar as pir??mides eg?­pcias, os t??mulos dos deuses por excel??ncia, formulei uma interpreta?§??o diferente do que est?? gravado na t??bua e acho que ?© o caminho certo. Olhe aqui", e mostrou orgulhosa a imagem com o texto como ela tinha interpretado. Os dois comparsas que, de dentro do carro estavam ouvindo a conversa entre os dois, dariam um bra?§o para serem capazes de ver as fotos que a doutora mostrava ao Coronel. "Droga!" o gordo imprecou. "Temos de encontrar uma maneira de por as m??os nesse tablet." "Esperamos que pelo menos um dos dois, leia em voz alta", disse o magro. "Esperamos tamb?©m que este 'jantar rom??ntico' acabe logo. Estou cansado de estar aqui no escuro e al?©m do mais, estou morrendo de fome. " "Fome? Do que voc?? est?? falando? Se voc?? comeu at?© os meus sandu?­ches." "Nem todos, meu querido. ?? avan?§ado um e agora como"e rindo satisfeito, se virou para pegar o saquinho de papel no banco de tr??s. Ao girar o joelho bateu exatamente no pulsante do sistema de registra?§??o que deu um fraco bipe e se desligou. "Seu est??pido idiota, tome cuidado!" O magro, correu para tentar reacender o instrumento. "Agora tenho que reiniciar o sistema e isso vai me levar pelo menos um minuto. Ore para que eles n??o digam nada de importante, caso contr??rio, eu vou encher a tua gorda bunda de chutes e pontap?©s daqui at?© o Golfo P?©rsico!" "Desculpe", disse o homem gordo quase sussurrando. "Acho que ?© hora de come?§ar uma dieta." "Os deuses enterram um frasco com um valioso conte??do a sul do templo e ordenou que as pessoas n??o se aproximassem at?© que eles voltassem, caso contr??rio terr?­veis calamidades se abateriam sobre todas as na?§?µes. Para a prote?§??o do local, quatro guardi?µes flamejantes." "Essa ?© a minha tradu?§??o," Elisa disse com orgulho. "A palavra exata para mim n??o ?© 'sepultura' mas 'templo' e Zigurate de Ur, onde eu estou conduzindo minha pesquisa, n??o ?© nada mais que um templo erguido para os Deuses. Claro, me dir?? que de Ziqqurat por aqui h?? muitos, mas nenhuma ?© t??o perto da casa que pertencia ao homem que supostamente escreveu as t??buas: o nosso amado Abra??o." "Interessante." O Coronel estava examinando de perto o texto. "Na verdade o que tem sido indicada por todos como a 'Casa de Abra??o' ?© apenas algumas centenas de metros do templo." "Al?©m disso, se esses seres fossem realmente extraterrestres.", continuou Elisa "imagina o quanto pode ser interessante para os militares esse 'vaso'. Talvez at?© muito mais do seu 'conte??do valioso'." Jack pensou por um momento, depois disse: "Essa ?© a raz??o para todo esse interesse por parte do ELSAD. O vaso enterrado poderia ser muito mais do que um simples recipiente de barro." "Exatamente. E agora, a reviravolta ", disse Elisa teatralmente. "Senhoras e senhores, eis o que eu encontrei hoje de manh??." Tocou a tela e uma nova foto apareceu na tela. "Mas ?© o mesmo s?­mbolo que estava sobre a t??bua", exclamou Jack. "Exato. Mas esta foto que eu fiz hoje ", disse Elisa satisfeita. "Aparentemente Abraham, para indicar os "Deuses" usou a mesma representa?§??o que os sum?©rios j?? tinham usado: uma estrela com doze planetas em torno dele e que, ali??s, achei gravada na tampa do 'recipiente' que estamos desenterrando." "Pode n??o significar nada", disse Jack. "Talvez seja apenas uma coincid??ncia. O s?­mbolo tamb?©m pode ter outros mil significados." "Ah ?©? E ent??o, na sua opini??o, n??o ?©?" e ela lhe mostrou a ??ltima foto. "N??s fizemos do lado de fora do recipiente com o nosso equipamento de raio-X port??til." Jack n??o podia n??o esbugalhar os olhos de espanto. Astronave Theos - An??lise De Dados Petri ainda estava imerso na an??lise da sonda quando Azakis, retornando para a ponte, disse ao seu amigo: "Mais tarde v??o nos dizer alguma coisa." "Isso significaria temos que descobrir sozinhos", disse Petri amargamente. "Mais ou menos como sempre, n??o?" Azakis respondeu, dando um tapinha nas costas do companheiro de viagem. "O que voc?? pode me dizer desse monte de sucata?" "Al?©m do fato por pouco que n??o arranhou toda a pintura externa do nossa nave, posso confirmar que, com quase toda a certeza, que nenhuma mensagem foi enviada pelo nosso amigo com tr??s p??s. A sonda parecem ter sido projetada com o objetivo de analisar e estudar os corpos celestes. Um tipo de um viajante solit??rio no espa?§o, que regista os dados e os transmite periodicamente" e mostrou o detalhe de uma no holograma flutuante na sala. "Provavelmente n??s passamos perto muito rapidamente para que possa ter registrado a nossa presen?§a", se aventurou a supor Azakis. "N??o sei, meu velho. Seus instrumentos a bordo s??o programados para analisar objetos distantes centenas de milhares de quil??metros e n??s passamos t??o perto que, se n??o estiv?©ssemos em um v??cuo, o movimento do ar estaria fazendo-o girar como um pi??o at?© agora." "E agora que nos afastamos, voc?? acha que poderia detectar a nossa presen?§a?" "Acho que n??o. Somos pequenos e r??pidos demais para entrar em seus 'interesses'." "Bem" exclamou Azakis. "Essa me parece uma boa not?­cia, finalmente." "Eu tentei fazer uma an??lise do m?©todo de transmiss??o de dados utilizado pela sonda", continuou Petri. "Parece que ainda n??o est?? equipado com tecnologia a 'v??rtices de luz' como o nosso, mas ainda utilizando um sistema antigo de modula?§??o em frequ??ncia." "N??o era o que usaram os nossos antecessores antes da Grande Revolu?§??o ?" perguntou Azakis. "Exato. N??o era muito eficiente, mas nos permitiu trocar informa?§?µes em todo o planeta por um longo per?­odo de tempo e definitivamente nos ajudou a chegar onde estamos agora." Azakis sentou na cadeira de comando, mordendo por um momento o dedo indicador, e depois, disse: "Se este ?© o sistema de comunica?§??o atualmente em uso na Terra, talvez podemos ser capazes de captar um pouco do que eles transmitem." "Sim, talvez um bom filme porn??", disse Petri, mostrando levemente a l?­ngua do lado esquerdo da boca. "Para com essas bobagens. Em vez disso, por que n??o tenta ajustar o nosso sistema de comunica?§??o secund??rio com essa tecnologia? Gostaria de chegar l?? o mais bem preparado poss?­vel." "Entendi. Ser??o muitas horas de trabalho nesse compartimento min??sculo." "O que voc?? acha de comer algo antes?" come?§ou Azakis, antecipando o pedido de seu amigo, que imaginou viria a qualquer momento. "Esta ?© a primeira coisa sensata que eu ouvi voc?? dizer hoje", respondeu Petri. "Toda essa turbul??ncia me deu um apetite!" "Ok, vamos fazer uma pausa, mas eu decido o que pegar. O f?­gado de Nebir que voc?? escolheu ontem, ficou no meu est??mago tanto tempo que parecia ter feito raizes." Dez minutos mais tarde, quando os dois companheiros de viagem ainda estavam ocupados com a refei?§??o, na Terra, no controle de miss?µes da NASA, um jovem engenheiro observou uma estranha varia?§??o na rota de sonda que monitorava. "Chefe", disse ele ao microfone que tinha a um cent?­metro de sua boca e ligado ao seu fone de ouvido. "Acho que temos um problema." "Que tipo de problema?" apressou-se a responder o engenheiro respons??vel pela miss??o. "Parece que Juno por alguma raz??o ainda desconhecida, sofreu uma ligeira varia?§??o na rota estabelecida." "Varia?§??o? De quanto? Mas, devido a qu???" J?? estava suando frio. O custo dessa miss??o era exorbitante e nada podia dar errado. "Estou analisando os dados nesse momento. A telemetria indica uma mudan?§a de 0,01 grau sem uma raz??o aparente. Tudo parece funcionar corretamente." "Poderia ter sido atingido por um peda?§o de rocha", arriscou o engenheiro s??nior. "No fundo, o cintur??o de aster??ides, n??o ?© t??o longe." "Juno ?© praticamente na ??rbita de J??piter, e l?? n??o deveria haver nenhum", afirmou com grande tato o jovem. "Ent??o, o que aconteceu? Tem que haver uma falha de algum tipo." Pensou por um segundo, ent??o, ordenou: "Eu quero um duplo controlo sobre toda a instrumenta?§??o de bordo. Os resultados dentro de cinco minutos no meu computador" e desligou. O jovem engenheiro foi subitamente consciente da responsabilidade que tinha recebido. Observou as pr??prias m??os: tremiam ligeiramente. Decidiu ignor??-las. Pediu ajuda a um colega para executar um Check-up diferencial da sonda e cruzou os dedos. Os computadores come?§aram a realizar sequencialmente todos os controles programados, e alguns minutos mais tarde, em sua tela, apareceram os resultados: Check-up completo. Todos os instrumentos est??o em funcionamento. "Parece tudo em ordem", disse o colega. "Ent??o o que aconteceu? Se n??o descobrirmos dentro dos pr??ximos dois minutos, o chefe vai nos massacrar ", come?§ou fervorosamente a digitar no teclado que estava na frente dele. Nada de nada. Funciona tudo perfeitamente. Tinha que inventar alguma coisa e rapidamente. Come?§ou a tamborilar os dedos sobre a mesa. Continuou por cerca de dez segundos, em seguida, decidiu apelar para a primeira regra n??o escrita no manual de conduta no local de trabalho: nunca contradizer o chefe. Ele abriu o microfone e disse rapidamente: "Chefe, voc?? estava certo. Foi apenas um pequeno aster??ide troiano que desviou a sonda. Felizmente, ele n??o bateu diretamente, mas ?© s?? passou perto. Evidentemente, a massa do aster??ide criou uma pequena for?§a gravitacional no nosso Juno, assim, causando a ligeira modifica?§??o do curso. Estou mandando os dados" e prendeu a respira?§??o. Depois de intermin??veis segundos, no auricular veio a voz orgulhosa do chefe "Eu tinha certeza. Rapaz, o instinto do velho lobo nunca erra." E acrescentou: "Preparem para ativar os motores da sonda e corrigir a rota. N??o se admitem erros." e fechou a chamada. Um segundo depois reabriu dizendo: "Bom trabalho, rapazes." O jovem engenheiro percebeu que o sangue recome?§ava a fluir em seu corpo. Seu cora?§??o batia t??o forte que podia senti-lo batendo em meus ouvidos. No fundo, poderia ser exatamente o que aconteceu. Ele virou seu olhar para o colega e, erguendo o polegar, fez o sinal de ok. O outro respondeu com uma piscadela. Tinha andado tudo bem, pelo menos at?© agora. Nass?­ria - Depois Do Jantar O sistema de registro emitiu um duplo bipe e se reativou. A voz da doutora voltou a ser reproduzida pelo pequeno alto-falante no interior da m??quina. "Acho que ?© hora ir, Jack. Amanh?? de manh?? eu vou ter que levantar cedo para continuar as escava?§?µes." "Ok." respondeu o Coronel. "Vou agradecer o chef, e depois podemos ir." "Porca mis?©ria", disse o magro. "Por causa sua perdemos a melhor parte." "Vamos l??, n??o fiz de prop??sito" justificou-se aquele mais gordo. "Podemos sempre dizer que houve um mau funcionamento do sistema e que parte do discurso n??o fomos capazes de gravar." "Sou sempre eu que tenho que cobrir a tua estupidez" disse o outro. "Vou me fazer perdoar. Eu j?? tenho um plano para colocar as m??os sobre o tablet da nossa doutora." Ele colocou o nariz entre o polegar e o indicador, depois disse: "Vamos entrar esta noite em seu quarto e copiar todos os dados sem que ela perceba." "E para n??o acordar ela o que vamos fazer, uma can?§??o de ninar?" "N??o se preocupe, amigo. Eu tenho alguns truques na manga" e piscou. Enquanto isso, no restaurante, Jack e Elisa estavam se preparando para sair. O Coronel ligou o comunicador port??til e contatou a escolta "N??s estamos saindo." "Aqui fora ?© tudo livre, Coronel", respondeu uma voz no fone de ouvido. Com um comportamento prudente, o Coronel abriu a porta e com aten?§??o olhou fora. Do lado de fora, em p?© ao lado do carro, ainda havia o soldado que tinha acompanhado Elisa. "Voc?? pode ir" ordenou o Coronel. "Acompanho eu a doutora." O soldado ficou em posi?§??o de sentido, saudou e disse algo em seu comunicador, antes de desaparecer na noite. "Foi uma noite maravilhosa, Jack." disse Elisa saindo. Respirou profundamente o ar fresco da noite e disse: "Era da muito tempo que n??o passava uma noite assim. Muito obrigada" e abriu um dos seus maravilhosos sorrisos. "Vamos, n??o ?© muito seguro ficar ao ar livre nesta ??rea", e assim dizendo, abriu a porta e ajudou a doutora a entrar no carro. O grande carro escuro, dirigido pelo Coronel, partiu veloz, deixando para tr??s uma grande nuvem de poeira. "Eu tamb?©m me diverti muito. Eu nunca pensei que uma noite com uma "doutora pedante" poderia ser t??o agrad??vel." "Pedante? ?? assim que me considera?" e virou do outro lado fingindo estar ofendida. "Pedante sim, mas tamb?©m muito simp??tica, inteligente e muito sexy." Como ela estava olhando para fora, ele aproveitou a oportunidade para acariciar suavemente o cabelo atr??s da cabe?§a. O contato causou-lhe uma s?©rie de arrepios agrad??veis que percorreram a coluna vertebral. N??o podia ceder t??o cedo. A sua excita?§??o, no entanto, estava crescendo cada vez mais. Decidiu n??o dizer nada, e aproveitar aquela agrad??vel e pequena massagem. Jack, encorajado com a falta de rea?§??o contr??ria ao seu gesto, continuou acariciando o longo cabelo. De repente, ele come?§ou a deslizar sua m??o, primeiro em seu ombro, em seguida, no bra?§o, seguindo mais e mais para baixo, at?© tocar seus dedos suavemente. Ela sempre virada para a janela, pegou a sua m??o e segurou com firmeza. Era uma m??o grande e forte. Esse contato lhe dava seguran?§a. N??o muito longe dali, um outro carro escuro estava seguindo os dois, tentando desvendar algum outro di??logo interessante. "Aqueles dez d??lares, creio, est??o mudando de estrada, meu velho", disse o homem gordo. "Agora a leva no hotel, ela o faz subir para uma bebida e v??o nos finalmentes." "Reza para n??o vai acabar assim, ou quero ver como n??s vamos copiar os dados do dispositivo." "Caralho, n??o tinha pensado." "Voc?? nunca pensa alguma coisa que n??o tenha a chance de acabar nesse seu est??mago sem fundo." "Vai, n??o fique muito longe", disse o gordo, ignorando a provoca?§??o. "N??o quero perder novamente o sinal." Ficaram m??o na m??o, sem dizer nada. Ambos olhando para fora do p??ra-brisa. O hotel estava sempre mais perto e Jack se sentia t??o desajeitado. N??o era a primeira vez que ele saia com uma mulher, mas naquela noite, sentia ressurgir toda a timidez que o havia torturado na sua juventude, e que achava tivesse passada. Esse contato t??o prolongado estava paralisando ele. Talvez ele devesse falar alguma coisa para quebrar o sil??ncio constrangedor, mas temendo que qualquer palavra arruinasse esse momento m??gico, decidiu adiar. Ele agradeceu a transmiss??o autom??tica que n??o obrigava deixar a m??o dela para mudar de marcha e continuou a dirigir na noite. A Elisa, no entanto, voltavam ?  mente, um por um, todos os supostos "homens da sua vida." Diferentes hist??rias, tantos sonhos, projetos, alegrias e felicidade, mas, no final, sempre tanta decep?§??o, amargura e dor. Era como se o destino j?? tinha decidido tudo para ela. Tinha sido tra?§ado para ela um caminho cheio de satisfa?§?µes e reconhecimento em n?­vel profissional, mas parecia que n??o era previsto algu?©m ao seu lado para acompanh??-la. L?? estava, em um pa?­s estrangeiro, na noite, de m??os dadas com um homem que at?© o dia antes considerava apenas como um obst??culo aos seus planos e que agora passava tanta ternura e carinho. Mais de uma vez se perguntou o que deveria fazer. "Tudo bem?" perguntou Jack com preocupa?§??o, vendo os olhos dela sempre mais lacrimejantes. "Sim, obrigada Jack. ?? s?? um momento de tristeza. J?? vai passar." "??, talvez, minha culpa?" perguntou depressa o Coronel. "Eu falei ou fiz algo errado?" "N??o, ao contr??rio." ela respondeu rapidamente e com uma voz muito doce e acrescentou: "Fique comigo, por favor." "Estou aqui. N??o se preocupe com nada. N??o vou deixar que nada te aconte?§a, ok?" "Obrigada, muito obrigada", disse Elisa enquanto tentava enxugar as l??grimas que lentamente ca?­am por suas bochechas. "Voc?? ?© um tesouro." Jack permaneceu em sil??ncio e apertou a m??o ainda mais forte. O letreiro do hotel apareceu no fim da estrada. Fizeram todo o caminho sem dizer nada. Em seguida, o Coronel diminuiu a velocidade e parou o carro junto ?  entrada. Os dois se olharam intensamente. Por um lungo momento ningu?©m se atreveu a dizer nada. Jack sabia que seria sua vez de dar o primeiro passo, mas Elisa se lhe antecipou: "Agora voc?? deve me dizer que foi uma bela noite, que sou maravilhosa e eu devo convid??-lo a subir para uma bebida" "Sim, a pr??xis o imp?µe", disse Jack. "Deveria ser assim se voc?? fosse uma como todas as outras, mas isso n??o ?© o que eu penso." Ele respirou fundo e continuou. "Eu acho que voc?? ?© uma pessoa muito especial e essa noite juntos me deu a oportunidade de conhec??-la melhor e descobrir muitas coisas que nunca pensei encontrar em uma 'arque??loga'." "Eu tomo isso como um elogio", disse ela, tentando alegar a situa?§??o. "Por tr??s dessa armadura de mulher forte e indestrut?­vel, acredito que se esconde uma menina delicada e assustada. Voc?? ?© uma garota doce e com uma sensibilidade ??nica" Talvez ele iria se arrepender do que estava dizendo, mas tomou coragem e continuou, "Francamente, eu n??o me importo com uma noite de sexo para ser arquivada depois, como tantas outras absolutamente in??teis e que na manh?? seguinte n??o deixam nada al?©m de um imenso vazio. De voc?? eu quero mais. Eu sempre gostei muito de voc??, confesso." Agora ele n??o podia mais parar. Pegou as duas m??os dela, apertou com as suas e continuou. "Desde que te conheci pela primeira vez em meu escrit??rio, percebi que em voc?? havia algo de particular. Inicialmente eu estava, obviamente, atra?­do por sua beleza, mas, em seguida, a sua voz, a maneira de falar, seus gestos, a maneira de andar, seu sorriso..." parou por um momento, em seguida, acrescentou:"o seu encanto me enfeiti?§ou. Voc?? roubou o meu cora?§??o. Eu n??o acho que eu j?? n??o podia pensar em uma vida sem voc?? e n??o vai ser o fim dessa noite que vai me fazer mudar de id?©ia." Elisa, que certamente n??o esperava tal declara?§??o, ficou muda por um momento, em seguida, ainda olhando em seus olhos, aproximou-se dele lentamente. Hesitou por um momento, ent??o o beijou. Foi um beijo longo e intenso. Emo?§?µes antigas e novas surgiram nas mentes de ambos. Elisa repente parou o beijo e, permanecendo apenas a poucos cent?­metros dele, disse, "Obrigada por suas palavras, Jack. Nem eu queria que o nosso encontro terminasse com uma triste noite de sexo. Essa noite me deu a oportunidade de saber mais sobre voc?? e apreciar o tipo de homem que voc?? ?©. Eu tamb?©m nunca teria pensado em encontrar, atr??s de um ??spero "Coronel", uma pessoa t??o delicado e sens?­vel. Devo confessar que n??o sentia o meu cora?§??o batendo t??o forte h?? muito tempo. Eu j?? n??o sou mais uma garotinha, eu sei, mas n??o quero estragar tudo agora fazendo voc?? subir. " Fez uma longa pausa, depois acrescentou: "Eu gostaria muito me encontrar com voc?? novamente." Ela o beijou de novo, saiu e entrou correndo no hotel. Tinha medo de que, se olhasse para tr??s, n??o seria capaz de respeitar o que ela tinha dito. Jack a seguiu com os olhos at?© desaparecer al?©m porta girat??ria do hotel. Ficou observando as portas girando at?© pararem completamente. Nesse ponto, deu uma ??ltima olhada no letreiro piscante do hotel, em seguida, apertou o acelerador e, com um grito agudo de pneus, desapareceu na noite. As duas figuras sombrias, que seguiam o casal, estacionaram o carro na parte de tr??s do hotel tomando cuidado para n??o serem notados. De l??, podiam ver a janela do quarto de Elisa, que depois de menos de um minuto, se iluminou. "?? entrada e est?? sozinha" disse o gordo. O magro logo lembrou ao outro que tinha perdido a aposta. "Amigo, desembolsa a grana", e fez o gesto de esfregar com o indicador e o polegar. "Bem, esperava de tudo, menos que fosse acabar assim", disse o homem obeso. "Nosso querido Coronel parece estar caidinho." "Sim, e ela tamb?©m parece n??o ficar pra tr??s." "Realmente um lindo casal'', disse o homem gordo com a sua habitual risada. "Agora vamos esperar at?© que a garota v?? pra cama, depois, entramos no quarto dela e copiamos todos os dados do tablet." Saiu do carro e acrescentou: "Enquanto isso, prepare o equipamento, e controla se a luz se apaga." Elisa se sentia torturada por mil pensamentos. Tinha feito bem em deixa-lo assim? O que ele estaria pensando? Ele realmente queria v??-la novamente? A final, foi ele mesmo a propor um adiamento. Sem d??vida, Jack tinha lhe dado uma ??tima demonstra?§??o de seriedade. Eram realmente sinceros os sentimentos que, com tantas palavras maravilhosas, tinha expressado ou eram apenas uma estrat?©gia para joga-la cada vez mais em uma rede inteligentemente preparada? N??o iria suportar uma outra decep?§??o amorosa, mais dor, mais sofrimento. Decidiu n??o pensar, por enquanto. O objetivo que havia estabelecido em si tinha sido alcan?§ado: o Coronel havia concedido mais duas semanas para concluir a sua pesquisa. O resto eram apenas 'expectativas' e agora ela tinha aprendido a n??o fazer muitas ilus?µes. Ela n??o podia dar-se o luxo de cair em tr??pola novamente. N??o seria capaz de se levantar mais uma vez. Tirou a roupa e se jogou na cama. O ??lcool tinha feito o seu efeito. Agora, o seu maior desejo era apenas dormir profundamente. Apagou a luz e quase no mesmo instante adormeceu. Jack, enquanto dirigia em dire?§??o ?  base, pensava mais ou menos as mesmas coisas. Havia decepcionado ela? Ela realmente queria v??-lo novamente? Apesar de tudo, tinha certeza de ter feito uma boa impress??o passando, de maneira t??o nobre, a oportunidade de ir para a cama com ela. Poucos outros teriam feito e era certo que ela tinha apreciado. Afinal, se realmente estava come?§ando alguma coisa, teriam todo o tempo do mundo para ficar juntos. Um dia a mais ou a menos n??o faria qualquer diferen?§a. Êîíåö îçíàêîìèòåëüíîãî ôðàãìåíòà. Òåêñò ïðåäîñòàâëåí ÎÎÎ «ËèòÐåñ». Ïðî÷èòàéòå ýòó êíèãó öåëèêîì, êóïèâ ïîëíóþ ëåãàëüíóþ âåðñèþ (https://www.litres.ru/pages/biblio_book/?art=40850581&lfrom=688855901) íà ËèòÐåñ. Áåçîïàñíî îïëàòèòü êíèãó ìîæíî áàíêîâñêîé êàðòîé Visa, MasterCard, Maestro, ñî ñ÷åòà ìîáèëüíîãî òåëåôîíà, ñ ïëàòåæíîãî òåðìèíàëà, â ñàëîíå ÌÒÑ èëè Ñâÿçíîé, ÷åðåç PayPal, WebMoney, ßíäåêñ.Äåíüãè, QIWI Êîøåëåê, áîíóñíûìè êàðòàìè èëè äðóãèì óäîáíûì Âàì ñïîñîáîì.
Íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë Ëó÷øåå ìåñòî äëÿ ðàçìåùåíèÿ ñâîèõ ïðîèçâåäåíèé ìîëîäûìè àâòîðàìè, ïîýòàìè; äëÿ ðåàëèçàöèè ñâîèõ òâîð÷åñêèõ èäåé è äëÿ òîãî, ÷òîáû âàøè ïðîèçâåäåíèÿ ñòàëè ïîïóëÿðíûìè è ÷èòàåìûìè. Åñëè âû, íåèçâåñòíûé ñîâðåìåííûé ïîýò èëè çàèíòåðåñîâàííûé ÷èòàòåëü - Âàñ æä¸ò íàø ëèòåðàòóðíûé æóðíàë.